O governo chinês comunicou, nesta sexta-feira, que iniciou investigações por corrupção contra o segundo militar de maior patente do exército, o general He Weidong, e outros oito altos comandantes, como parte da campanha anticorrupção lançada pelo presidente Xi Jinping. He Weidong, vice-presidente da Comissão Militar Central (CMC), foi um dos nove indivíduos expulsos do exército por terem “violado gravemente” a disciplina, segundo um comunicado online do porta-voz do Ministério da Defesa, Zhang Xiaogang. Oito dessas pessoas foram expulsas do Partido Comunista Chinês, após terem feito parte de seu Comitê Central, acrescentou. “O severo castigo imposto a He Weidong, Miao Hua (...) e outros demonstra mais uma vez a firme determinação do Comitê Central do Partido e da Comissão Militar Central em perseverar na luta contra a corrupção”, declarou o porta-voz. O anúncio encerrou meses de especulações sobre a situação de He, que não havia aparecido em público desde março. É a primeira vez que o governo chinês confirma oficialmente sua destituição, sem fornecer detalhes sobre uma eventual detenção. Xi transformou a erradicação da suposta corrupção em todos os níveis do governo em uma prioridade absoluta desde que assumiu o poder, há pouco mais de uma década. Os defensores dessa política afirmam que ela promove uma governança limpa, mas outros argumentam que também serve como ferramenta para que o mandatário elimine seus rivais políticos.