As forças israelenses mataram, nesta sexta-feira, um menino de 11 anos na Cisjordânia ocupada, segundo sua família e o Ministério da Saúde palestino, enquanto o Exército afirmou que suas tropas haviam disparado contra indivíduos que lançavam pedras. O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina identificou o menino como Mohamad Hallaq e disse que ele morreu na localidade de Al Rihiya, ao sul de Hebron. China destitui seu segundo militar de mais alta patente por corrupção Veja mais: Turquia envia dezenas de socorristas especializados para ajudar em busca de corpos dos reféns de Israel em Gaza O tio, que também se chama Mohamad Hallaw, disse à AFP que o menino estava sentado em frente à sua casa quando uma patrulha do Exército passou durante um confronto com um grupo de jovens mais velhos. Os soldados "dispararam diretamente [nos meninos mais velhos] e o mataram", explicou o tio, afirmando que seu sobrinho não fazia parte do grupo de jovens. O Exército israelense declarou à AFP que "os soldados responderam com disparos contra os suspeitos que lançavam pedras" em Al Rihiya. O número de menores mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia, em confrontos vinculados ao lançamento de pedras, aumentou significativamente este ano. Em abril, o Exército matou um adolescente palestino com cidadania americana, seguido por um jovem de 14 anos em junho e um de 15 anos em julho, por terem lançado pedras, segundo a força armada. Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967 e a violência se intensificou ali desde que começou a guerra de Gaza em outubro de 2023. Desde então, as tropas e colonos israelenses mataram pelo menos 986 palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde. Durante o mesmo período, ao menos 43 israelenses, incluindo pessoal de segurança, morreram em ataques palestinos ou durante operações militares israelenses, segundo números oficiais.