Ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump se declara não culpado de divulgar informações confidenciais

John Bolton, ex-assessor de segurança nacional de Donald Trump antes de se tornar um crítico do presidente, declarou-se não culpado nesta sexta-feira (17) das acusações de manipulação indevida de informações confidenciais, informou a imprensa americana. Alerta da OMS: infecções na Faixa de Gaza estão ‘fora de controle’ em meio à demora na entrega de ajuda humanitária 'Guerra psicológica': Trump tenta fraturar regime Maduro ao confirmar missão secreta da CIA e ameaçar ataques dentro da Venezuela O diplomata veterano, de 76 anos, declarou-se inocente das 18 acusações de transmissão e retenção de informações confidenciais em uma audiência em um tribunal federal em Greenbelt, Maryland, de acordo com a CNN e a ABC. O ex-assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, John Bolton, foi indiciado por um grande júri federal em 16 de outubro de 2025, informou a imprensa americana BRENDAN SMIALOWSKI / AFP “Eu me tornei o alvo mais recente (…) do Departamento de Justiça para perseguir aqueles que considera seus inimigos com acusações previamente rejeitadas ou que distorcem os fatos”, escreveu na noite de quinta-feira em um comunicado divulgado pela imprensa. Em junho de 2020, Bolton publicou um livro sobre seus 17 meses como assessor de segurança nacional de Donald Trump, a quem descreveu como um presidente “incapaz” de liderar os Estados Unidos. Trump expressou repetidamente durante a campanha eleitoral seu desejo, uma vez de volta ao poder, de se vingar de todos aqueles que considera inimigos pessoais. Antes de Bolton, foram acusados o ex-diretor do FBI James Comey e a procuradora-geral do estado de Nova York Letitia James. Bolton é acusado de “abusar de seu cargo como assessor de segurança nacional ao compartilhar mais de mil páginas de documentos sobre suas atividades diárias” com duas pessoas de seu círculo — que não foram identificadas — sem autorização de segurança. A imprensa americana afirma que se trata da esposa e da filha do ex-assessor, às quais, de acordo com a acusação, ele teria transmitido informações confidenciais através de suas contas de e-mail pessoais não seguras. Em julho de 2021, um representante do ex-assessor de Segurança Nacional informou ao FBI que uma das contas de e-mail que utilizava havia sido hackeada após sua saída do governo. Ele acreditava que o hacker estaria ligado ao Irã, país para o qual John Bolton defendia uma política de linha dura. Segundo os promotores, em nenhum momento Bolton alertou as autoridades sobre o fato de que havia compartilhado em sua conta “informações de defesa nacional, incluindo informações secretas”. Em uma busca na residência de Bolton, em agosto, o FBI encontrou documentos relacionados à defesa nacional, segundo a promotoria. Em 2020, a Casa Branca tentou, sem sucesso, bloquear a publicação do livro do ex-assessor presidencial alegando preocupações de segurança nacional.