As tarifas mais altas dos Estados Unidos devem ter um efeito relativamente pequeno sobre a economia brasileira. A declaração consta da edição de outubro do Regional Economic Outlook para o Hemisfério Ocidental divulgado nesta sexta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Projeção: FMI vê trajetória de alta da dívida do Brasil, que deve alcançar 98,1% do PIB em cinco anos Em carta ao FMI: Haddad defende fim de restrições comerciais unilaterais e destaca compromisso inabalável do BC com a meta Segundo o relatório, isso se deve a diversos fatores entre os quais o fato de os EUA serem o terceiro maior mercado de exportação do Brasil (cerca de 12%), atrás da China (30%) e da União Europeia (14%); e de os produtos afetados representarem cerca de 36% das exportações brasileiras para os EUA. Além disso, diz o relatório, muitos desses produtos são commodities, que podem ser redirecionados para outros mercados. PIB: FMI eleva novamente a projeção de crescimento do Brasil para este ano, mas revisa para baixo a de 2026 O relatório do FMI afirma ainda que o crescimento da economia brasileira deve moderar neste ano, projetando um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,4%, citando uma política monetária restritiva, redução do apoio fiscal e aumento da incerteza global. No entanto, a economia brasileira tem demonstrado força e capacidade de resiliência, ressalta o documento. Em relação à inflação, o relatório prevê um percentual de 4,9% neste ano, acima do intervalo da meta estabelecida pelo Banco Central.