O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes anunciou, nesta sexta-feira, 17, sua saída do PDT, partido ao qual esteve filiado desde 2015. A decisão foi formalizada por meio de uma carta entregue ao presidente da legenda, Carlos Lupi, conforme havia informado a Folha de S, Paulo , inicialmente. A definição sobre seu novo destino político deve ser anunciada nos próximos dias. + Leia mais notícias de Política em Oeste Apesar de, segundo lideranças do diretório nacional, Ciro não ter se desligado formalmente, ele tem mantido conversas com dirigentes do PSDB e do União Brasil. Ele já declarou, em outra ocasião, seu desejo de retorno ao PSDB. View this post on Instagram A post shared by Ciro Gomes (@cirogomes) O ex-governador também participou, em agosto, do ato que marcou a federação entre União Brasil e PP, onde fez críticas diretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A movimentação de Ciro ocorre em meio a um realinhamento político que pode influenciar as eleições de 2026. O próprio PDT tem passado por algumas mudanças. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, oficializou na quarta-feira 15, em Brasília (DF), sua filiação ao partido, com vistas a concorrer às eleições para o governo de Minas Gerais. Já a saída de Ciro visa à transferência dele para um grupo de oposição ao governo petista. Ele defende uma coalizão que integre forças da centro-esquerda à centro-direita. Insatisfação de Ciro Gomes Fontes próximas ao ex-governador afirmam que a saída do partido é irreversível. Ciro concorreu à Presidência da República quatro vezes. As duas últimas foram pelo PDT, em 2018 e 2022. No primeiro pleito, alcançou o melhor desempenho do partido desde Leonel Brizola, ajudando a formar a maior bancada pedetista em décadas. Leia mais: "Valdemar, sobre chapa da direita: 'Quem decide é Bolsonaro'" Já em 2022, obteve apenas 3% dos votos válidos. Ficou atrás de Simone Tebet (MDB) e repetiu o desempenho modesto da legenda na Câmara dos Deputados , que encolheu para 17 deputados. Descontente com o rumo do PDT e com a aproximação da sigla ao PT tanto no plano nacional quanto no Ceará, Ciro vinha externando insatisfação. Em entrevistas recentes, afirmou estar “infeliz” com a adesão do partido à base lulista e criticou a “fritura” de Lupi durante a crise do INSS. As denúncias no órgão resultaram na saída do ministro da Previdência. Em setembro último, garantiu, em entrevista à Rádio Itatiaia, que não pretende disputar novamente a Presidência. “Não quero mais ser candidato, não", afirmou na ocasião. "Não quero mais importunar os eleitores”. Aliados, porém, não descartam uma nova candidatura, possivelmente ao governo do Ceará, cargo que ocupou entre 1991 e 1994, ano em que se tornou ministro da Fazenda, em substituição a Rubens Ricupero. A aproximação com o União Brasil também é reforçada por movimentos locais. No Ceará , o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, aliado histórico de Ciro, deixou o PDT neste ano e ingressou no União. O partido faz oposição ao PT no Estado e é visto como um caminho natural para a nova fase política do ex-ministro. O post Ciro Gomes anuncia saída do PDT apareceu primeiro em Revista Oeste .