Quatro pessoas são hospitalizadas após intoxicação por falsa couve em Santa Vitória Um técnico agrícola pediu ajuda na rua após ele e a família comerem a Nicotiana glauca, planta tóxica conhecida como "falsa couve" em Santa Vitória, no Triângulo Mineiro. A informação foi confirmada ao g1 pela secretária de Saúde, Sandra Barbosa, que também disse que sete pessoas foram intoxicadas, sendo quatro da mesma família, mas foram socorridas e passam bem. Na quinta-feira (15), o prefeito Sérgio Moreira disse que o técnico e os familiares apresentaram sintomas como vômito, diarreia, fraqueza, falta de ar e turvação visual. O prefeito também afirmou que o homem levou a planta para casa, mas não sabia dos efeitos e toxicidade. "Nós sabemos que é a 'falsa couve', porque o chefe dessa família identificou o produto. Ele tinha levado para casa e feito o consumo, mas não sabia da toxicidade da planta", disse. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Sérgio Moreira também afirmou que a rápida intervenção dos médicos foi crucial para impedir que as condições piorassem. "A gente conseguiu evitar a maior absorção do veneno da planta e também uma hidratação vigorosa para que eles pudessem se recuperar mais rapidamente. O quadro não evoluiu nem para óbito, nem para desfechos mais negativos", finalizou o prefeito. Santa Vitória tem cerca de 20 mil habitantes fica a cerca de 360 km de Patrocínio, onde quatro pessoas foram intoxicadas pela "falsa couve" no dia 8 de outubro. Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu, um homem teve alta e outras duas vítimas seguem internadas. Nicotiana glauca Corpo de Bombeiros/Divulgação Como diferenciar a 'falsa couve' da verdadeira A Nicotiana glauca, planta conhecida como "falsa couve", tem características físicas que podem diferenciá-la da couve verdadeira. Entre elas, estão: folhas um pouco mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada. As informações foram confirmadas pela professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). "Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, a Nicotiana glauca tem um verde mais vivo. Mas, ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação. A dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência", afirmou a especialista. Ainda de acordo com a professora, a ingestão da Nicotiana glauca pode causar intoxicação grave e até levar à morte. Falsa couve tem folhas mais finas, textura aveludada e coloração verde acinzentado. Polícia Militar/Divulgação LEIA TAMBÉM: Quatro são internados após comerem ‘falsa couve’ 'Falsa couve': o que se sabe sobre a família intoxicada Como diferenciar 'falsa couve' da verdadeira A intoxicação em Patrocínio Em 8 de outubro, por volta das 15h, Claviana Nunes da Silva e três homens passaram mal pouco depois do almoço em família em uma chácara na zona rural. Eles foram atendidos por equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar. No momento do socorro, as vítimas sofreram parada cardiorrespiratória, mas os socorristas conseguiram reverter o quadro ainda no local. Elas foram encaminhadas em estado grave para a Santa Casa de Patrocínio e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Uma criança de 2 anos também foi hospitalizada, mas apenas para observação, já que não chegou a ingerir a planta. A "falsa couve" foi colhida no próprio terreno e servida refogada na refeição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família havia se mudado recentemente para a chácara e acreditava que a planta era couve, devido à semelhança com o vegetal. A Secretaria de Saúde informou que parte da “falsa couve” foi encontrada na arcada dentária da mulher e encaminhada, junto com outras folhas da planta, para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. A principal linha de apuração é envenenamento acidental. Um homem de 67 anos teve alta um dia após ser internado. Claviana morreu na segunda-feira (13), após piora no estado de saúde dela. Os outros dois homens, de 60 e 64 anos permanecem internados. O estado de saúde deles é: Homem 60 anos: saiu do coma e está consciente, orientado, com oxigênio sob máscara. Segue sob cuidados intensivos, apresentando melhoras, e responsivo às perguntas da equipe médica. ; Homem 64 anos: quadro estável, internado na enfermaria com quadro estável, porém ainda confuso. Morre mulher que comeu ‘falsa couve’ em MG VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas