O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou, no sábado, que os restos mortais de um refém devolvido pelo Hamas na sexta-feira foram identificados como pertencentes a Eliyahu Margalit. Veja também: Hamas entrega corpo de mais um refém à Cruz Vermelha, diz Israel O exército israelense "comunicou a família do sequestrado Eliyahu Margalit que os restos mortais de seu ente retornaram a Israel e que o processo de identificação foi concluído". Além disso, o gabinete do primeiro-ministro acrescentou que "não cederá" nem poupará esforços até que todos os reféns falecidos sejam devolvidos. O corpo foi entregue na sexta-feira pelo movimento islâmico Hamas à Cruz Vermelha, que o devolveu às Forças de Defesa de Israel para ser levado ao Instituto Médico Legal em Tel Aviv. O exército israelense avisou, no sábado, que os restos mortais já foram entregues à família. De acordo com o comunicado militar, Eliyahu Margalit foi morto durante o ataque do Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. Margalit, que tinha 75 anos na época de sua morte, foi sequestrado dos estábulos do kibutz Nir Oz, uma comunidade agrícola muito próxima da fronteira com Gaza. O Hamas reiterou na sexta-feira que devolverá a Israel os corpos de todos os reféns que continuam na Faixa de Gaza, conforme estipulado no acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA. As partes se comprometeram com um cessar-fogo a partir de 10 de outubro, após o Hamas ter libertado os 20 reféns restantes e os mortos na última segunda-feira. O grupo pró-iraniano pediu tempo devido às dificuldades para encontrar e extrair os corpos das ruínas do território palestino, devastado por dois anos de guerra. "O processo de devolução dos corpos dos prisioneiros israelenses pode levar algum tempo", declarou o movimento, que governa Gaza desde 2007, na sexta-feira, em resposta às acusações de Israel de violação dos termos do acordo. O ataque sem precedentes do Hamas contra Israel deixou 1.221 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. A ofensiva retaliatória israelense causou 67.967 mortes em Gaza, também a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde liderado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.