A Kering — dona de Gucci, Saint Laurent e Balenciaga — está em negociações para vender seus negócios de beleza para a L'Oréal em um acordo avaliado em cerca de € 4 bilhões (US$ 4,7 bilhões), de acordo com pessoas a par das negociações, enquanto o novo presidente-executivo Luca de Meo busca reverter a situação da gigante do luxo, que registra perdas em vendas. O acordo pode ser anunciado já na semana que vem, embora as discussões ainda possam fracassar, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as informações são privadas. Retomada: Ações da dona da Louis Vuitton têm maior alta em quase 25 anos com a volta do consumo de luxo Investigação: Gucci, Chloé e Loewe são multadas em US$ 182 milhões por violação das leis antitruste da UE A Kering não quis comentar, enquanto a L'Oréal, dona de marcas como Garnier e Maybelline New York, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. As discussões foram noticiadas anteriormente pelo Wall Street Journal. Uma potencial venda da divisão de beleza da Kering seria o primeiro movimento estratégico sob o comando de De Meo, que enfrenta desafrios trazidos pela queda na demanda chinesa e pela ameaça de tarifas mais altas nos EUA. O CEO, que assumiu o cargo no mês passado, substituindo François-Henri Pinault, deve revelar sua visão estratégica na próxima primavera. Bernard Arnault: Dono de um império do luxo, homem mais rico da Europa critica taxação de grandes fortunas: 'extrema-esquerda' No início deste ano, Pinault anunciou que deixaria o cargo de CEO após uma série de alertas sobre o lucro no grupo de luxo fundado por seu pai, François Pinault. O fraco desempenho da Gucci vem derrubando as vendas do grupo. Os Pinaults são os acionistas majoritários da Kering, com 42% de participação e 59% dos direitos de voto. A Kering lançou sua divisão de beleza em 2023. A empresa adquiriu a fabricante de colônias Creed naquele ano por cerca de € 3,5 bilhões para construir sua plataforma de beleza, mas tem lidado com problemas mais urgentes desde então.