O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, afirmou que nenhum país limitará "o direito dos judeus de viver na Terra de Israel", após vários países terem condenado a aprovação de 19 colonatos na Cisjordânia ocupada. "Israel rejeita veementemente a declaração emitida por países estrangeiros relativamente à decisão do Gabinete sobre os colonatos na Judeia e Samaria", o termo bíblico oficial que Israel utiliza para se referir à Cisjordânia ocupada, declarou na quarta-feira à noite Saar, citado pela agência de notícias EFE. Os colonatos israelitas na Cisjordânia — ocupada por Israel desde 1967 — são considerados ilegais pelas Nações Unidas. "Os governos estrangeiros não restringirão o direito dos judeus de viver na Terra de Israel e qualquer pedido nesse sentido é moralmente errado e discriminatório", acrescentou. Entre os países que condenaram a aprovação dos colonatos estão França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Itália, Irlanda, Islândia, Japão, Malta, Países Baixos e Noruega. Numa declaração conjunta divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, instaram Israel a revogar esta decisão e a travar a expansão dos colonatos, em conformidade com a Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU. "Estamos determinados a apoiar o direito dos palestinianos à autodeterminação. Reafirmamos o nosso compromisso inabalável com uma paz abrangente, justa e duradoura", declarou o grupo, insistindo que "não há outra solução" se não dois Estados "lado a lado em paz e segurança, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas". O gabinete de segurança do Governo israelita aprovou o reconhecimento de 19 novos colonatos na Cisjordânia no domingo. Com esta decisão, o número total de colonatos reconhecidos durante o mandato do atual ministro das Finanças, o colono de extrema-direita Bezalel Smotrich, que é também responsável pelas políticas de colonatos na Cisjordânia, sobe para 69.