
Decisão sobre imposto global de carbono para transporte marítimo é adiada
Países da agência de transporte marítimo da ONU vo...
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Hospital Universitário de Londrina vai receber paciente vítima de incêndio em Cascavel Juliane Vieira, advogada de 28 anos que se pendurou em um suporte de ar-condicionado para salvar a mãe e o primo durante um incêndio no apartamento em que eles moravam, foi transferida nesta sexta-feira (17) ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, no norte do estado. A unidade é referência no estado para o tratamento de queimados. A vítima teve queimaduras em 70% do corpo, inalou bastante fumaça, e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel - cidade do oeste do estado onde o acidente aconteceu. Juliane saiu da UTI para o aeroporto de Cascavel às 12h50, com suporte especial da ambulância Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em um avião da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR). De lá, foi levada de avião para Londrina, onde chegou ao aeroporto às 13h50. A entrada no HU foi às 14h18. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Foz do Iguaçu no WhatsApp Transferência de Juliane aconteceu nesta sexta-feira (17). Sidney Trindade/RPC Cascavel Na quinta-feira (16), o mau tempo fez a transferência ser adiada. O estado de saúde dela não foi divulgado pelo HUOP, devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Juliane salvou a mãe dela, de 51 anos, e um primo de segundo grau, que tem 4 anos. Navegue nesta reportagem para entender o caso: Como foi o incêndio Vizinhos ajudaram no resgate Quem são os outros feridos Quem é Juliane Como foi o incêndio Apartamento pega fogo no PR, e vítima se pendura para salvar mãe e criança O incêndio foi em um apartamento no 13º andar e começou na manhã desta quarta-feira (15). O edifício fica no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country. Conforme apurado pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o fogo foi visto por trabalhadores de uma obra ao lado do prédio. Eles foram até a portaria do condomínio e avisaram o porteiro, que informou os moradores, desligou o gás e a energia, e disparou o alarme de incêndio. Imagens publicadas nas redes sociais mostram a mulher pendurada na parte externa do prédio, em cima de um suporte de ar-condicionado, fazendo o resgate. Assista ao vídeo acima. No apartamento, estavam Juliane, a mãe dela e o primo de 4 anos. Todos estavam dormindo quando o fogo começou. A prima dela, que é mãe da criança e também vive no imóvel, havia saído para ir à academia e não estava no local no momento do incêndio, segundo apurou a RPC. Depois de sair pela janela e fazer o resgate, Juliane foi retirada pelos bombeiros. Leia mais: 'Pela janela de baixo seria muito arriscado': bombeiro explica porquê mulher foi resgatada por dentro de apartamento em chamas no PR Os outros moradores do prédio saíram do local em segurança. As chamas foram controladas e o apartamento, que ficou destruído, isolado para inspeção técnica. No início da tarde do mesmo dia, houve uma perícia. Conforme o perito Rodrigo Cavalcante de Oliveira Neves, a suspeita é de que o fogo tenha começado entre a cozinha e a sala, de forma acidental. O laudo deverá ser concluído em aproximadamente dois meses. Infográfico - Mulher se pendura em ar-condicionado para salvar mãe de incêndio em apartamento no PR Artes/g1 Vizinhos ajudaram no resgate Vizinhos ajudaram Juliana a realizar o resgate da mãe e do filho da prima dela pelo apartamento de baixo. Patrick de Andrade foi um deles, e contou que o único medo era de que a mulher acabasse caindo. "Ela estava pendurada e escorada na caixa de ar-condicionado. Ela estava cansada, mas conseguia se manter, então foi mais o trabalho de ir tranquilizando ela, pois nosso medo era ela tentar descer, a gente não conseguir pegar e ela cair", contou o vizinho. Patrick mora no mesmo andar em que o fogo começou. Ele e a esposa estavam se arrumando para ir trabalhar, quando ouviram gritos e saíram para ver o que havia acontecido. Quando chegaram ao corredor, viram uma fumaça preta saindo do apartamento vizinho - que estava com a porta trancada. Quando uma das moradoras do apartamento voltou, conseguiu abrir a tranca. Entretanto, o fogo havia tomado o imóvel. "A gente tentou socorrer com extintor, mas estava bem alto. Aí fomos acordando os vizinhos. Eu peguei meu cachorro e até inalei um pouco de fumaça, mas está tudo bem. A gente só conseguiu socorrer as pessoas que saíram pela janela no andar de baixo. Foi muito rápido e muita gente envolvida", contou Patrick. Imagens mostram como ficou apartamento após incêndio no PR. Reprodução Leia também: VÍDEO: Socorristas choram pela morte de criança em batida entre caminhões no Paraná Veja quais: Relíquias de São Carlo Acutis, primeiro santo da era digital, percorrem cidades do Paraná Entenda a investigação: Prefeito de Fazenda Rio Grande foi flagrado recebendo propina pelo menos três vezes, diz Ministério Público Outros feridos Além de Juliane, Sueli, mãe dela de 51 anos, teve queimaduras graves no rosto, braços, pernas e inalou fumaça. Além disso, teve as vias respiratórias queimadas. Ela está internada no Hospital São Lucas, de Cascavel. Na manhã desta sexta-feira, a unidade informou que ela permanecia sedada, entubada, e em estado grave na UTI. Ela irá passar por uma nova broncoscopia, no sábado (18). O menino de 4 anos, filho da prima de Juliane, teve queimaduras no quadril, nas pernas, nas mãos e no rosto. Ele também inalou fumaça e foi transferido ao Hospital Evangélico Mackenzie, de Curitiba, onde passou por procedimentos para cuidados com as áreas queimadas. Ele está internado na UTI pediátrica, conforme atualizações desta sexta-feira. Um bombeiro que ajudou no resgate teve queimaduras de 1º, 2º e 3º grau nos braços, nas mãos e em parte das costas. Ele está internado. Outro bombeiro teve queimaduras nas mãos e recebeu alta. Quem é Juliane Juliane é advogada e mora em Cascavel. "A Ju sempre foi prática, de resolver as coisas. E o fato de ter salvado a mãe e o primo resume bem quem ela é", afirma Jeferson Espósito, amigo da vítima. O amigo destaca como outra característica marcante de Juliane a capacidade de superar situações difíceis: "Já vi a Ju passar por dias difíceis, daqueles em que a vontade era ficar na cama, sem enxergar sentido no caminho que estava trilhando. Mas era só questão de tempo até ela recalcular a rota". Leia mais: Advogada e crossfiteira: quem é a mulher que se pendurou para fora de prédio para salvar familiares de incêndio no PR Juliane também pratica crossfit. Amigos disseram que ela sempre gostou de fazer publicações nas redes sociais mostrando uma rotina saudável e de exercícios físicos. "Ela gosta de treinar, de sair com os amigos, de estar ao ar livre. Mas também aprecia o silêncio, o seu canto e os momentos com a família", conta o amigo Jeferson Espósito. Em uma publicação recente, ela aparece durante um treino ao lado do cachorrinho Barthô. O animal também foi resgatado durante o incêndio e não teve ferimentos. Além de ser advogada, Juliane também pratica crossfit. Reprodução VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.
O lipedema é frequentemente confundido com obesidade ou linfedema. A condição manifesta-se pelo acúmulo de tecido adiposo simétrico e doloroso, especialmente em coxas e panturrilhas, com tendência à formação de hematomas e sensação de peso. Essa característica difere da obesidade comum, pois não responde apenas a dietas restritivas ou exercícios físicos. O Consenso Brasileiro de Lipedema (2025), publicado em periódico científico nacional, estabelece critérios técnicos para diagnóstico, estadiamento e manejo da doença. O documento, elaborado com a participação de especialistas da área, destaca que o tratamento conservador deve ser a primeira conduta terapêutica e que intervenções invasivas devem ser avaliadas apenas em casos de resposta insatisfatória após medidas estruturadas. Entre as recomendações do consenso, estão a combinação de terapia compressiva, tratamento fisioterapêutico, alimentação equilibrada com enfoque anti-inflamatório e acompanhamento interdisciplinar. Essas medidas, segundo os especialistas envolvidos, constituem o alicerce do cuidado clínico ético e pautado em evidências científicas. Protocolo BeyondLegs e alinhamento às diretrizes nacionais Em conformidade com as recomendações do consenso, foi desenvolvido o protocolo BeyondLegs, voltado ao manejo conservador do lipedema. O método é estruturado em torno de cinco tecnologias complementares e requer atuação conjunta de uma equipe multidisciplinar. Entre os recursos utilizados, destacam-se: Terapia compressiva segmentada adaptada ao paciente; Drenagem linfática assistida por tecnologia; Ultrassom terapêutico voltado à mobilização tecidual; Radiofrequência ou outras modalidades de energia de baixa intensidade; Monitoramento digital contínuo para acompanhamento clínico. De acordo com o Dr. Ricardo Rizzo Luiz, CRM 18647 – RQE 17257, Cirurgião Vascular especialista em Lipedema, "o protocolo BeyondLegs foi criado para oferecer uma estrutura de cuidado contínuo e baseado em ciência, respeitando o princípio da conduta conservadora como primeira escolha". Fundamentação científica e relevância clínica O Consenso Brasileiro de Lipedema (2025) reforça que a abordagem conservadora é considerada segura e eficaz na redução de sintomas como dor e edema, além de contribuir para a estabilização da evolução da doença. O documento também orienta que procedimentos invasivos, como a lipoaspiração linfopreservadora, devem ser analisados apenas após a aplicação completa das medidas não cirúrgicas e com respaldo técnico adequado. A literatura científica recente tem reforçado a necessidade de protocolos estruturados e condutas personalizadas, com ênfase em terapias físicas e reeducação metabólica. O tratamento deve ser conduzido por profissionais capacitados, considerando a individualidade clínica de cada paciente e o estágio da doença. Papel do especialista e importância da padronização científica O acompanhamento médico especializado é essencial para garantir diagnóstico preciso e implementação adequada das estratégias terapêuticas. Em Florianópolis, o Dr. Ricardo Rizzo Luiz, CRM 18647 – RQE 17257, Cirurgião Vascular especialista em Lipedema, atua no desenvolvimento e aplicação do protocolo BeyondLegs, alinhado aos parâmetros definidos pelo consenso nacional. "O manejo do lipedema exige um olhar clínico criterioso e interdisciplinar. O objetivo é oferecer segurança, previsibilidade e resultados duradouros, sempre respeitando as diretrizes estabelecidas pela comunidade científica", explica o Dr. Ricardo Rizzo Luiz, CRM 18647 – RQE 17257, Cirurgião Vascular especialista em Lipedema. A padronização de condutas clínicas e a disseminação de informações técnicas sobre o lipedema são passos fundamentais para aprimorar a prática médica e fortalecer o compromisso ético com a saúde. O Consenso Brasileiro de Lipedema (2025) representa um marco nesse sentido, consolidando o papel do tratamento conservador como base essencial da conduta terapêutica.
John Bolton, o especialista em segurança nacional e ex-conselheiro de Donald Trump que se tornou um dos maiores críticos do presidente dos EUA, se declarou inocente nesta sexta-feira (17) das acusações de manuseio indevido de informações sigilosas. Leia mais (10/17/2025 - 14h20)
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O PT conclui hoje uma série de oficinas virtuais com representantes das principais plataformas e redes sociais do Brasil (TikTok, YouTube, Instagram, Facebook, WhatsApp e Kwai) para reforçar a comunicação do partido de olho nas eleições de 2026. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.
Os reguladores dos EUA intensificaram o escrutínio das empresas de IA quanto aos potenciais impactos negativos dos chatbots The post Meta aumentará controle dos pais de adolescentes após críticas sobre chatbots de IA appeared first on InfoMoney .
A escolha de María Corina Machado para o Nobel da Paz de 2025 reacendeu a esperança em povos oprimidos de toda a América Latina. Além dos venezuelanos, nicaraguenses e cubanos festejaram a escolha do Comitê Norueguês. Por sua luta por liberdade, Corina virou uma porta-voz de todos eles, e sempre que fala ao microfone ou... The post Crusoé: A dama dos oprimidos appeared first on O Antagonista .
Na esquina valorizada entre as ruas Belo Horizonte e Pio XII, a Plaenge se reencontra com o Centro de Londrina para escrever um novo capítulo da sua história. No coração da cidade, a marca apresenta, em breve, um empreendimento que parte da conexão entre arquitetura e memória no bairro. Entre caminhos que contam trajetórias de quem cresceu e construiu seus próprios destinos em um bairro permeado por histórias, encontra-se um edifício que nasce para ser referência na região. O breve Plaenge propõe uma integração gentil com o entorno e evoca uma nostalgia discreta do tempo em que as pessoas observavam a passagem do tempo pelas sacadas, interagindo com o entorno e ao mesmo tempo integrando-se a ele. Rodolfo Sugeta, superintendente da Plaenge, antecipa que o empreendimento dará continuidade ao propósito da empresa em entregar edifícios icônicos que respeitam a tradição ao mesmo tempo em que vislumbram o futuro estampado no horizonte. “Os parceiros que assinam essa obra se debruçaram sobre a rotina do Centro e a arquitetura da região para proporem um edifício pensado para quem merece um endereço à altura de sua história e de seu tempo. Mais uma vez vamos surpreender nos detalhes, reforçando nosso compromisso de ampliar o legado de marcos arquitetônicos em Londrina”, afirma. Divulgação O projeto combina materiais nobres e muita brasilidade. A proposta, de acordo com Sugeta, resgata a contribuição da Plaenge à memória arquitetônica do bairro, celebrando a tradição que começou com o edifício Olga, passou por obras que já fazem parte do imaginário coletivo - como Moringão, alguns prédios da UEL e os viadutos da Avenida Dez de Dezembro - e agora se ressignifica com a nova referência da rua Belo Horizonte. Ele lembra que o novo empreendimento está a poucos metros do Paseo Santos, lançado em 2023 pela construtora e premiado pelo International Property Awards, o maior reconhecimento do mercado imobiliário global. Juntos, eles ampliam o legado de gentileza urbana e consolidam o bairro como cenário de projetos que unem design autoral e reconhecimento internacional. “Reconhecemos o Centro como um espaço vivo, onde passado e futuro se encontram”, afirma. “Desde a sua fundação, há 55 anos, a Plaenge assumiu o papel de criar referências que se tornaram parte importante da paisagem de Londrina. Nossos edifícios são símbolos reconhecidos internacionalmente por unirem solidez, design e tradição. Só a Plaenge poderia realizar um projeto como este, transformando a paisagem da cidade com a expertise e amadurecimento adquiridos ao longo dos anos”, analisa. Divulgação Quer receber em primeira mão todas as novidades sobre o novo Plaenge no Centro da cidade? Cadastre em www.plaenge.com.br/embreve ou visite a nossa Central de Apartamentos Decorados: Avenida Madre Leônia Milito, 1700. Telefone: (43) 3294-1500
Estudantes do Centro Interescolar de Línguas (CIL) 02 de Brasília participaram, na manhã desta quinta-feira (16), da cerimônia de encerramento da exposição Poesía y Naturaleza , realizada no Espaço Cultural Alfonso Reyes, na Embaixada do México. Sete alunas foram convidadas para fazer a leitura de poesias de autores mexicanos escritas originalmente em alguns dos mais de 68 dialetos indígenas falados no país e traduzidas para o espanhol. Para Alana Nunes de Carvalho Andrade, aluna do sexto semestre de espanhol, a experiência foi marcante. Ela leu o poema Te Quiero , de Santos García Wikit, e destacou o caráter enriquecedor do encontro. “Fico muito feliz, porque não é sempre que temos a chance de interagir com pessoas de outras culturas, de estar no meio delas. É uma oportunidade de desenvolver um pouco mais a língua e a comunicação. Gostei muito, principalmente porque celebra as mulheres”, afirmou. Durante a cerimônia, o ministro de Assuntos Culturais do México, José Manuel Cuevas López, explicou que o país celebra, em 2025, o Ano Internacional da Mulher Indígena, o que motivou o convite exclusivo a mulheres para as leituras. “É também uma forma de estreitar os vínculos de colaboração entre México e Brasil”, afirmou o ministro. O convite feito às alunas do CIL reflete o reconhecimento da qualidade de ensino das escolas de idiomas da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que há 50 anos oferecem formação gratuita em línguas estrangeiras. Entre 2019 e 2025, mais de 350 mil estudantes foram beneficiados, segundo dados do Censo Escolar. O encarregado de negócios da Embaixada do México, Alejandro Ramos Cardoso, ressaltou o caráter educativo e cultural da iniciativa. “Achamos que trazer as estudantes para ler os poemas em espanhol e a tradução para o português era uma boa maneira de fazê-las conhecer mais sobre o México, suas línguas e a riqueza cultural que possuímos, além de fortalecer os laços com as instituições do governo brasileiro”, declarou. A estudante Dalila Reis, também do sexto semestre de espanhol, elogiou a iniciativa. “Todas as embaixadas deveriam oferecer oportunidades como essa. É uma forma de conhecer a cultura e o idioma, e agrega muito valor ao curso”, disse. Ela destacou ainda o impacto do ensino do CIL 02. “É meu primeiro curso de idiomas, e pretendo fazer outros. É uma política pública inclusiva, com professores muito qualificados para lidar com diferentes perfis de alunos”, afirmou. A exposição Poesía y Naturaleza , inaugurada em 22 de maio, celebrou a conexão entre as expressões artísticas dos povos indígenas e sua relação com o meio ambiente. A mostra uniu poesia, fotografia e culinária tradicional, destacando a diversidade cultural e a importância da harmonia com a natureza. O evento contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México. Com informações da Secretaria de Educação do DF
Estudantes do Centro Interescolar de Línguas (CIL) 02 de Brasília participaram, na manhã desta quinta-feira (16), da cerimônia de encerramento da exposição Poesía y Naturaleza , realizada no Espaço Cultural Alfonso Reyes, na Embaixada do México. Sete alunas foram convidadas para fazer a leitura de poesias de autores mexicanos escritas originalmente em alguns dos mais de 68 dialetos indígenas falados no país e traduzidas para o espanhol. Para Alana Nunes de Carvalho Andrade, aluna do sexto semestre de espanhol, a experiência foi marcante. Ela leu o poema Te Quiero , de Santos García Wikit, e destacou o caráter enriquecedor do encontro. “Fico muito feliz, porque não é sempre que temos a chance de interagir com pessoas de outras culturas, de estar no meio delas. É uma oportunidade de desenvolver um pouco mais a língua e a comunicação. Gostei muito, principalmente porque celebra as mulheres”, afirmou. Durante a cerimônia, o ministro de Assuntos Culturais do México, José Manuel Cuevas López, explicou que o país celebra, em 2025, o Ano Internacional da Mulher Indígena, o que motivou o convite exclusivo a mulheres para as leituras. “É também uma forma de estreitar os vínculos de colaboração entre México e Brasil”, afirmou o ministro. O convite feito às alunas do CIL reflete o reconhecimento da qualidade de ensino das escolas de idiomas da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que há 50 anos oferecem formação gratuita em línguas estrangeiras. Entre 2019 e 2025, mais de 350 mil estudantes foram beneficiados, segundo dados do Censo Escolar. O encarregado de negócios da Embaixada do México, Alejandro Ramos Cardoso, ressaltou o caráter educativo e cultural da iniciativa. “Achamos que trazer as estudantes para ler os poemas em espanhol e a tradução para o português era uma boa maneira de fazê-las conhecer mais sobre o México, suas línguas e a riqueza cultural que possuímos, além de fortalecer os laços com as instituições do governo brasileiro”, declarou. A estudante Dalila Reis, também do sexto semestre de espanhol, elogiou a iniciativa. “Todas as embaixadas deveriam oferecer oportunidades como essa. É uma forma de conhecer a cultura e o idioma, e agrega muito valor ao curso”, disse. Ela destacou ainda o impacto do ensino do CIL 02. “É meu primeiro curso de idiomas, e pretendo fazer outros. É uma política pública inclusiva, com professores muito qualificados para lidar com diferentes perfis de alunos”, afirmou. A exposição Poesía y Naturaleza , inaugurada em 22 de maio, celebrou a conexão entre as expressões artísticas dos povos indígenas e sua relação com o meio ambiente. A mostra uniu poesia, fotografia e culinária tradicional, destacando a diversidade cultural e a importância da harmonia com a natureza. O evento contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México. Com informações da Secretaria de Educação do DF
Estudantes do Centro Interescolar de Línguas (CIL) 02 de Brasília participaram, na manhã desta quinta-feira (16), da cerimônia de encerramento da exposição Poesía y Naturaleza , realizada no Espaço Cultural Alfonso Reyes, na Embaixada do México. Sete alunas foram convidadas para fazer a leitura de poesias de autores mexicanos escritas originalmente em alguns dos mais de 68 dialetos indígenas falados no país e traduzidas para o espanhol. Para Alana Nunes de Carvalho Andrade, aluna do sexto semestre de espanhol, a experiência foi marcante. Ela leu o poema Te Quiero , de Santos García Wikit, e destacou o caráter enriquecedor do encontro. “Fico muito feliz, porque não é sempre que temos a chance de interagir com pessoas de outras culturas, de estar no meio delas. É uma oportunidade de desenvolver um pouco mais a língua e a comunicação. Gostei muito, principalmente porque celebra as mulheres”, afirmou. Durante a cerimônia, o ministro de Assuntos Culturais do México, José Manuel Cuevas López, explicou que o país celebra, em 2025, o Ano Internacional da Mulher Indígena, o que motivou o convite exclusivo a mulheres para as leituras. “É também uma forma de estreitar os vínculos de colaboração entre México e Brasil”, afirmou o ministro. O convite feito às alunas do CIL reflete o reconhecimento da qualidade de ensino das escolas de idiomas da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que há 50 anos oferecem formação gratuita em línguas estrangeiras. Entre 2019 e 2025, mais de 350 mil estudantes foram beneficiados, segundo dados do Censo Escolar. O encarregado de negócios da Embaixada do México, Alejandro Ramos Cardoso, ressaltou o caráter educativo e cultural da iniciativa. “Achamos que trazer as estudantes para ler os poemas em espanhol e a tradução para o português era uma boa maneira de fazê-las conhecer mais sobre o México, suas línguas e a riqueza cultural que possuímos, além de fortalecer os laços com as instituições do governo brasileiro”, declarou. A estudante Dalila Reis, também do sexto semestre de espanhol, elogiou a iniciativa. “Todas as embaixadas deveriam oferecer oportunidades como essa. É uma forma de conhecer a cultura e o idioma, e agrega muito valor ao curso”, disse. Ela destacou ainda o impacto do ensino do CIL 02. “É meu primeiro curso de idiomas, e pretendo fazer outros. É uma política pública inclusiva, com professores muito qualificados para lidar com diferentes perfis de alunos”, afirmou. A exposição Poesía y Naturaleza , inaugurada em 22 de maio, celebrou a conexão entre as expressões artísticas dos povos indígenas e sua relação com o meio ambiente. A mostra uniu poesia, fotografia e culinária tradicional, destacando a diversidade cultural e a importância da harmonia com a natureza. O evento contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México. Com informações da Secretaria de Educação do DF
Estudantes do Centro Interescolar de Línguas (CIL) 02 de Brasília participaram, na manhã desta quinta-feira (16), da cerimônia de encerramento da exposição Poesía y Naturaleza , realizada no Espaço Cultural Alfonso Reyes, na Embaixada do México. Sete alunas foram convidadas para fazer a leitura de poesias de autores mexicanos escritas originalmente em alguns dos mais de 68 dialetos indígenas falados no país e traduzidas para o espanhol. Para Alana Nunes de Carvalho Andrade, aluna do sexto semestre de espanhol, a experiência foi marcante. Ela leu o poema Te Quiero , de Santos García Wikit, e destacou o caráter enriquecedor do encontro. “Fico muito feliz, porque não é sempre que temos a chance de interagir com pessoas de outras culturas, de estar no meio delas. É uma oportunidade de desenvolver um pouco mais a língua e a comunicação. Gostei muito, principalmente porque celebra as mulheres”, afirmou. Durante a cerimônia, o ministro de Assuntos Culturais do México, José Manuel Cuevas López, explicou que o país celebra, em 2025, o Ano Internacional da Mulher Indígena, o que motivou o convite exclusivo a mulheres para as leituras. “É também uma forma de estreitar os vínculos de colaboração entre México e Brasil”, afirmou o ministro. O convite feito às alunas do CIL reflete o reconhecimento da qualidade de ensino das escolas de idiomas da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que há 50 anos oferecem formação gratuita em línguas estrangeiras. Entre 2019 e 2025, mais de 350 mil estudantes foram beneficiados, segundo dados do Censo Escolar. O encarregado de negócios da Embaixada do México, Alejandro Ramos Cardoso, ressaltou o caráter educativo e cultural da iniciativa. “Achamos que trazer as estudantes para ler os poemas em espanhol e a tradução para o português era uma boa maneira de fazê-las conhecer mais sobre o México, suas línguas e a riqueza cultural que possuímos, além de fortalecer os laços com as instituições do governo brasileiro”, declarou. A estudante Dalila Reis, também do sexto semestre de espanhol, elogiou a iniciativa. “Todas as embaixadas deveriam oferecer oportunidades como essa. É uma forma de conhecer a cultura e o idioma, e agrega muito valor ao curso”, disse. Ela destacou ainda o impacto do ensino do CIL 02. “É meu primeiro curso de idiomas, e pretendo fazer outros. É uma política pública inclusiva, com professores muito qualificados para lidar com diferentes perfis de alunos”, afirmou. A exposição Poesía y Naturaleza , inaugurada em 22 de maio, celebrou a conexão entre as expressões artísticas dos povos indígenas e sua relação com o meio ambiente. A mostra uniu poesia, fotografia e culinária tradicional, destacando a diversidade cultural e a importância da harmonia com a natureza. O evento contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México. Com informações da Secretaria de Educação do DF
O público que for à Festa Literária Internacional de Niterói (Flin) até este domingo (19) vai poder se divertir com mais de 60 atrações, no espaço Reserva Cultural, em São Domingos, das 9h às 21h30, nesta sexta-feira (17) e domingo, e das 9h às 22h, neste sábado (18). O antropólogo, educador, escritor e político Darcy Ribeiro, considerado um dos mais importantes pensadores do século 20 é o homenageado deste ano. Com programação gratuita, que começou nesta quinta-feira (16), a edição 2025 traz, por meio da literatura e da arte, a diversidade cultural. Entre os autores brasileiros estão presentes Conceição Evaristo, Itamar Vieira Junior, Ana Maria Gonçalves, Nei Lopes e Thalita Rebouças. Entre os estrangeiros, o moçambicano Mia Couto. Notícias relacionadas: Nobel de Literatura é concedido a László Krasznahorkai. Livro resgata obra de Insley Pacheco, pioneiro da fotografia no Brasil. Escritora mineira lança livro sobre memória, esquecimento e Alzheimer. A programação conta com mesas de debate, atividades infantis, música e rodas de conversa, em cinco ambientes principais. A Sala Nélson Pereira dos Santos vai receber desde o espetáculo infantil João e o Pé de Feijão no Sertão, da Cia. Teatral Sassaricando, a encontros com autores, e uma conferência com a Monja Coen. O Palco Darcy Ribeiro, o Espaço Nikitinhos, a Arena Flin e o Palco Povo Brasileiro foram montados especialmente para a feira, realizada pela Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói (FAN). >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp O diretor de Conteúdo e Programação da Flin e da Niterói Livros, Jordão Pablo de Pão, ressalta que a Festa Literária Internacional de Niterói foi pensada para ser um ponto de encontro de Niterói com o mundo. “Quando fizemos a curadoria dos nomes, pensamos em trazer as melhores ou potentes experiências no cenário nacional e internacional, aliada ao público local. A gente tem artistas e instituições de letras locais associadas a instituições nacionais como Academia Brasileira de Letras, pessoas de referência como Conceição Evaristo e Ana Maria Gonçalves, e pessoas internacionais ou que trabalham o processo criativo. Estamos indo mais para este lado de literatura de processo criativo”, disse Jordão Pablo de Pão à Agência Brasil . “A ideia que a gente tinha de uma grande festa como o processo criativo, permite o ser humano se expressar e ao mesmo tempo se construir enquanto indivíduo. Por isso, muitos dos nomes vão participar de mesas pensadas para a gente discutir temáticas e estratégias que eles têm enquanto artistas”, avalia. Na combinação da literatura com o audiovisual, os destaques são o escritor e roteirista Raphael Montes e o ator e dramaturgo Miguel Falabella, que tiveram obras adaptadas para a televisão, como também o escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo, morto este ano, que também será homenageado. Fernanda Veríssimo, uma das filhas do escritor, o ator Diogo Vilela e o jornalista e escritor Arthur Dapieve participaram de uma mesa montada para celebrar o mestre do humor. A programação tem uma parte exclusiva para crianças e adolescentes, e vai receber uma das principais autoras desse público. Entre os sucessos da escritora e jornalista Thalita Rebouças, que completou 25 anos de carreira, estão os livros da série Fala sério! e Tudo por um popstar . Ainda nas atividades para o público infantil, o Espaço Nikitinhos promete atrair as crianças com a presença de grupos como Os Tapetes Contadores de Histórias, Lekolé e Violúdico. “A gente também está discutindo de verdade a questão da literatura jovem adulta, que nos interessa muito. É um público que consome muito livro, faz leitura e está em crescimento”, disse Jordão Pablo. Curadoria Um grupo de especialistas divide a curadoria da Flin 2025, que é assinada pela professora, pesquisadora e escritora Vilma Piedade; pela diretora do Instituto de Letras da UFF, Carla Portilho; pelo diretor de Conteúdo e Programação da Flin e diretor da Niterói Livros, Jordão Pablo de Pão; e pela diretora da Blooks Livraria, Elisa Ventura. No trabalho de curadoria, a parte que trata da questão racial ficou com Vilma Piedade, que se descreve como escritora com E maiúsculo e pesquisadora com P maiúsculo, e tem o trabalho focado nos temas racismo e branquitude, opressão e privilégio. Vilma Piedade se anima com a troca de saberes que a Flin vai permitir. “Vem Nei Lopes. Falar em Nei Lopes é falar em toda uma cultura afro-brasileira como escritor, intelectual, educador e sambista; vem a Conceição [Evaristo], a Helena Theodoro. Ela é escritora, primeira professora doutora do Brasil, uma mulher negra de axé e que também faz um trabalho com samba maravilhoso com As Guerreiras do Samba; e tem o Itamar Vieira [Junior]”, disse Vilma Piedade à Agência Brasil . Ao lembrar de uma expressão lançada por um amigo, Vilma disse que a Flin pode ser chamada de Rock in Rio literário, diante de tantas atrações importantes. “Mia Couto, que é moçambicano e ganhou o Prêmio Camões; Ana Maria Gonçalves, que entrou na Academia Brasileira de Letras e é a autora de Um efeito de Cor ; Conceição Evaristo, que está na Academia Mineira de Letras e é um ícone na literatura”. “É literatura e arte o tempo todo. Isso estimula a troca de conhecimento com a população participando. Estimula a democracia como disse o prefeito [de Niterói] Rodrigo Neves. [A Flin] Está trazendo arte, cultura e troca de saberes”, acrescentou. “Estou chamando de um grande aquilombamento textual, literário e artístico”. Na visão de Vilma Piedade, a Flin vai contribuir também para dar mais visibilidade para os autores e autoras que tratam de cultura negra e de questões raciais. Citou a escritora portuguesa, psicóloga e artista interdisciplinar com raízes em Angola e São Tomé e Príncipe Grada Kilomba, em Memórias da Plantação , que tem a frase ‘Uma mulher negra, diz sou uma mulher negra, e uma mulher branca, diz sou uma mulher. Um homem branco diz eu sou uma pessoa’. A frase, para ela, mostra que o racismo desumaniza. “Se parar para observar, nós temos sempre que dizer cultura negra, questão racial, temos sempre que reafirmar isso. Temos hoje um grande número de autores e autoras negras. A nossa primeira romancista Maria Firmina dos Reis, que escreveu Úrsula no século 19 , só foi ser falada no século 20. A nossa primeira advogada, Esperança Garcia, é negra, mas só foi resgatada tempos atrás. Temos Carolina Maria de Jesus, com Quarto de Despejo . O que aconteceu? Ela foi traduzida em mais de 40 idiomas. Nasceu, cresceu e morreu no chão. Hoje temos expressões como Djamila Ribeiro. Estamos fazendo esse pensar sobre a nossa filosofia. O racismo negou nossa história, nossos valores, nosso conhecimento, aconteceu um epistemicídio. Essa feira está trazendo essa questão para fazer a troca de saberes. É muito importante”, afirma. Ela lembra que atualmente existe a literatura infantojuvenil para crianças negras. “Elas não se viam reconhecidas nos livros infantis”, ressalta. Um dos destaques da literatura infantojuvenil negra é a presença de Rodrigo França, autor do livro O Pequeno Príncipe Preto . “Ele é ator, dramaturgo, escritor. A curadoria é coletiva, mas está na minha área”, explicou Vilma. A pesquisadora lembra que depois da pandemia muitas livrarias fecharam e o número de publicações digitais cresceu. Esse fator também é considerado pela Flin, que incluiu espaços para discussões sobre esse tema. “Vai ter mesas trabalhando a inovação e discutindo a IA [inteligência artificial], mas o analógico está presente também”, afirmou. “A gente começa a entender que existem outras formas de ler possíveis. Isso está muito dentro da gente. A gente está falando muito de oralidade, do papel da internet e da tecnologia nesse processo de leitura, e a Flin trata disso também”, explica Jordão Pablo de Pão. A entrada na Sala Nelson Pereira dos Santos é a partir da distribuição de senhas 2 horas antes do início de cada atração. Para a Arena Flin é por ordem de chegada, sujeita a lotação. Os outros espaços têm trânsito livre. Informações sobre a programação estão no site da feira .
A galeria Brotero 39 recebe, nesta sexta-feira (17), a exposição "Prática de Modelo Vivo", voltada aos desenhos de uma figura humana posando para o artista. Leia mais (10/17/2025 - 14h19)
O público que for à Festa Literária Internacional de Niterói (Flin) até este domingo (19) vai poder se divertir com mais de 60 atrações, no espaço Reserva Cultural, em São Domingos, das 9h às 21h30, nesta sexta-feira (17) e domingo, e das 9h às 22h, neste sábado (18). O antropólogo, educador, escritor e político Darcy Ribeiro, considerado um dos mais importantes pensadores do século 20 é o homenageado deste ano. Com programação gratuita, que começou nesta quinta-feira (16), a edição 2025 traz, por meio da literatura e da arte, a diversidade cultural. Entre os autores brasileiros estão presentes Conceição Evaristo, Itamar Vieira Junior, Ana Maria Gonçalves, Nei Lopes e Thalita Rebouças. Entre os estrangeiros, o moçambicano Mia Couto. Notícias relacionadas: Nobel de Literatura é concedido a László Krasznahorkai. Livro resgata obra de Insley Pacheco, pioneiro da fotografia no Brasil. Escritora mineira lança livro sobre memória, esquecimento e Alzheimer. A programação conta com mesas de debate, atividades infantis, música e rodas de conversa, em cinco ambientes principais. A Sala Nélson Pereira dos Santos vai receber desde o espetáculo infantil João e o Pé de Feijão no Sertão, da Cia. Teatral Sassaricando, a encontros com autores, e uma conferência com a Monja Coen. O Palco Darcy Ribeiro, o Espaço Nikitinhos, a Arena Flin e o Palco Povo Brasileiro foram montados especialmente para a feira, realizada pela Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói (FAN). >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp O diretor de Conteúdo e Programação da Flin e da Niterói Livros, Jordão Pablo de Pão, ressalta que a Festa Literária Internacional de Niterói foi pensada para ser um ponto de encontro de Niterói com o mundo. “Quando fizemos a curadoria dos nomes, pensamos em trazer as melhores ou potentes experiências no cenário nacional e internacional, aliada ao público local. A gente tem artistas e instituições de letras locais associadas a instituições nacionais como Academia Brasileira de Letras, pessoas de referência como Conceição Evaristo e Ana Maria Gonçalves, e pessoas internacionais ou que trabalham o processo criativo. Estamos indo mais para este lado de literatura de processo criativo”, disse Jordão Pablo de Pão à Agência Brasil . “A ideia que a gente tinha de uma grande festa como o processo criativo, permite o ser humano se expressar e ao mesmo tempo se construir enquanto indivíduo. Por isso, muitos dos nomes vão participar de mesas pensadas para a gente discutir temáticas e estratégias que eles têm enquanto artistas”, avalia. Na combinação da literatura com o audiovisual, os destaques são o escritor e roteirista Raphael Montes e o ator e dramaturgo Miguel Falabella, que tiveram obras adaptadas para a televisão, como também o escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo, morto este ano, que também será homenageado. Fernanda Veríssimo, uma das filhas do escritor, o ator Diogo Vilela e o jornalista e escritor Arthur Dapieve participaram de uma mesa montada para celebrar o mestre do humor. A programação tem uma parte exclusiva para crianças e adolescentes, e vai receber uma das principais autoras desse público. Entre os sucessos da escritora e jornalista Thalita Rebouças, que completou 25 anos de carreira, estão os livros da série Fala sério! e Tudo por um popstar . Ainda nas atividades para o público infantil, o Espaço Nikitinhos promete atrair as crianças com a presença de grupos como Os Tapetes Contadores de Histórias, Lekolé e Violúdico. “A gente também está discutindo de verdade a questão da literatura jovem adulta, que nos interessa muito. É um público que consome muito livro, faz leitura e está em crescimento”, disse Jordão Pablo. Curadoria Um grupo de especialistas divide a curadoria da Flin 2025, que é assinada pela professora, pesquisadora e escritora Vilma Piedade; pela diretora do Instituto de Letras da UFF, Carla Portilho; pelo diretor de Conteúdo e Programação da Flin e diretor da Niterói Livros, Jordão Pablo de Pão; e pela diretora da Blooks Livraria, Elisa Ventura. No trabalho de curadoria, a parte que trata da questão racial ficou com Vilma Piedade, que se descreve como escritora com E maiúsculo e pesquisadora com P maiúsculo, e tem o trabalho focado nos temas racismo e branquitude, opressão e privilégio. Vilma Piedade se anima com a troca de saberes que a Flin vai permitir. “Vem Nei Lopes. Falar em Nei Lopes é falar em toda uma cultura afro-brasileira como escritor, intelectual, educador e sambista; vem a Conceição [Evaristo], a Helena Theodoro. Ela é escritora, primeira professora doutora do Brasil, uma mulher negra de axé e que também faz um trabalho com samba maravilhoso com As Guerreiras do Samba; e tem o Itamar Vieira [Junior]”, disse Vilma Piedade à Agência Brasil . Ao lembrar de uma expressão lançada por um amigo, Vilma disse que a Flin pode ser chamada de Rock in Rio literário, diante de tantas atrações importantes. “Mia Couto, que é moçambicano e ganhou o Prêmio Camões; Ana Maria Gonçalves, que entrou na Academia Brasileira de Letras e é a autora de Um efeito de Cor ; Conceição Evaristo, que está na Academia Mineira de Letras e é um ícone na literatura”. “É literatura e arte o tempo todo. Isso estimula a troca de conhecimento com a população participando. Estimula a democracia como disse o prefeito [de Niterói] Rodrigo Neves. [A Flin] Está trazendo arte, cultura e troca de saberes”, acrescentou. “Estou chamando de um grande aquilombamento textual, literário e artístico”. Na visão de Vilma Piedade, a Flin vai contribuir também para dar mais visibilidade para os autores e autoras que tratam de cultura negra e de questões raciais. Citou a escritora portuguesa, psicóloga e artista interdisciplinar com raízes em Angola e São Tomé e Príncipe Grada Kilomba, em Memórias da Plantação , que tem a frase ‘Uma mulher negra, diz sou uma mulher negra, e uma mulher branca, diz sou uma mulher. Um homem branco diz eu sou uma pessoa’. A frase, para ela, mostra que o racismo desumaniza. “Se parar para observar, nós temos sempre que dizer cultura negra, questão racial, temos sempre que reafirmar isso. Temos hoje um grande número de autores e autoras negras. A nossa primeira romancista Maria Firmina dos Reis, que escreveu Úrsula no século 19 , só foi ser falada no século 20. A nossa primeira advogada, Esperança Garcia, é negra, mas só foi resgatada tempos atrás. Temos Carolina Maria de Jesus, com Quarto de Despejo . O que aconteceu? Ela foi traduzida em mais de 40 idiomas. Nasceu, cresceu e morreu no chão. Hoje temos expressões como Djamila Ribeiro. Estamos fazendo esse pensar sobre a nossa filosofia. O racismo negou nossa história, nossos valores, nosso conhecimento, aconteceu um epistemicídio. Essa feira está trazendo essa questão para fazer a troca de saberes. É muito importante”, afirma. Ela lembra que atualmente existe a literatura infantojuvenil para crianças negras. “Elas não se viam reconhecidas nos livros infantis”, ressalta. Um dos destaques da literatura infantojuvenil negra é a presença de Rodrigo França, autor do livro O Pequeno Príncipe Preto . “Ele é ator, dramaturgo, escritor. A curadoria é coletiva, mas está na minha área”, explicou Vilma. A pesquisadora lembra que depois da pandemia muitas livrarias fecharam e o número de publicações digitais cresceu. Esse fator também é considerado pela Flin, que incluiu espaços para discussões sobre esse tema. “Vai ter mesas trabalhando a inovação e discutindo a IA [inteligência artificial], mas o analógico está presente também”, afirmou. “A gente começa a entender que existem outras formas de ler possíveis. Isso está muito dentro da gente. A gente está falando muito de oralidade, do papel da internet e da tecnologia nesse processo de leitura, e a Flin trata disso também”, explica Jordão Pablo de Pão. A entrada na Sala Nelson Pereira dos Santos é a partir da distribuição de senhas 2 horas antes do início de cada atração. Para a Arena Flin é por ordem de chegada, sujeita a lotação. Os outros espaços têm trânsito livre. Informações sobre a programação estão no site da feira .