Polícia encontra crânios e ossos humanos em apartamento no Jardim Paulista

Polícia encontra crânios e ossos humanos em apartamento no Jardim Paulista

A Polícia Militar de São Paulo encontrou na manhã deste sábado, 18, mais de 12 crânios e diversos ossos humanos em um apartamento no Jardim Paulista, bairro nobre na zona oeste da capital paulista. O imóvel pertencia a um homem que morreu na última segunda-feira, 13, segundo informações da PM.  Durante a vistoria, os policiais... The post Polícia encontra crânios e ossos humanos em apartamento no Jardim Paulista appeared first on O Antagonista .

SP: Justiça condena prefeitura a pagar R$ 300 mil por morte de jovem na UPA

SP: Justiça condena prefeitura a pagar R$ 300 mil por morte de jovem na UPA

A Justiça de São Paulo condenou a Prefeitura de Tatuí a pagar R$ 300 mil de indenização à família de Jaiane Tibellio, jovem de 20 anos que morreu em 2022 depois de não receber o diagnóstico correto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. A sentença foi proferida pela 3ª Vara Cível, que apontou falhas graves na condução do caso da jovem. O governo municipal já anunciou que irá recorrer, conforme informações divulgadas pelo portal G1. + Leia mais notícias de Brasil em Oeste Segundo o processo, Jaiane buscou atendimento três vezes na UPA com sintomas de cetoacidose diabética — condição grave associada ao diabetes e que exige intervenção imediata. Ainda assim, ela foi liberada sem a realização de exames adequados e sem diagnóstico preciso. O quadro se agravou e a jovem morreu. O laudo pericial anexado ao processo confirmou a negligência médica e afirmou que a morte poderia ter sido evitada “caso fossem seguidos os protocolos clínicos e laboratoriais compatíveis com o quadro apresentado”. Relato da família A juíza responsável determinou que a prefeitura pague R$ 100 mil para cada um dos três autores da ação: pai, mãe e marido de Jaiane. Para a magistrada, houve “atendimento deficiente e tardio” por parte da unidade de saúde, configurando omissão do poder público. Abalado, o pai de Jaiane, Marcelo Mesquita Tibellio, disse ao G1 que a decisão representa justiça, mas não traz alívio: “Não é pelo dinheiro, é para que não aconteça com outras famílias”. “Deus nos fortalece, só quem é pai sabe a dor de perder um filho”, lamentou. Prefeitura vai recorrer da indenização à família da jovem Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que lamenta o ocorrido, mas ressaltou que, na época do caso, a UPA era administrada por uma Organização Social (OS) contratada pelo município, cujo nome não foi revelado. A prefeitura informou ainda que vai recorrer da decisão e ingressar com ação de regresso para tentar repassar a responsabilidade financeira à organização que geria o serviço de saúde. O processo movido pela família de Jaiane Tibellio contra a Prefeitura de Tatuí começou em 2022 e seguiu com base no argumento de que houve negligência médica e falha no dever de atendimento do poder público. Durante a investigação judicial, foram ouvidos profissionais de saúde que atuavam na UPA, anexados prontuários médicos e solicitado um laudo técnico-pericial para esclarecer a conduta adotada pelos médicos. A perícia concluiu que não foram realizados exames básicos de glicemia e hemograma nas primeiras consultas, apesar dos sintomas compatíveis com descompensação diabética. Para o Ministério Público e para a Justiça, ficou comprovado que houve omissão do serviço público de saúde, o que configurou responsabilidade civil do município. A defesa da família também ressaltou que Jaiane não tinha histórico conhecido de diabetes e buscou atendimento médico confiando na avaliação feita pelos profissionais da UPA. O post SP: Justiça condena prefeitura a pagar R$ 300 mil por morte de jovem na UPA apareceu primeiro em Revista Oeste .

Dia D da vacinação: postos nos 142 municípios de MT abrem neste sábado para vacinar crianças e adolescentes

Dia D da vacinação: postos nos 142 municípios de MT abrem neste sábado para vacinar crianças e adolescentes

Dia D da vacinação: postos nos 142 municípios de MT abrem neste sábado para vacinar crianças e adolescentes SES-SC/Divulgação Os postos de saúde nos 142 municípios de Mato Grosso abrem neste sábado (18) para a campanha nacional do Dia D da vacinação. O foco são crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. Em Cuiabá, o horário de atendimento começa das 8h até 17h. A orientação é que os pais ou responsáveis levem documento com foto e a caderneta de vacinação para conferência e atualização das doses. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp A campanha vem no momento em que três casos de sarampo foram confirmados em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. Já na região metropolitana da capital, em Várzea Grande, o caso de uma criança de nove anos foi descartado após exames. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, em comunicado, que distribuiu 500 mil doses de vacina para os municípios e mobilizou as equipes de saúde para que recebam um grande público nos postos de vacinação. A ideia é promover a conscientização sobre a imunização como medida de prevenção de doenças. Os não vacinados contra o HPV (papilomavírus humano), febre amarela e sarampo estão entre as prioridades da campanha. Vacinas disponíveis: BCG; rotavírus; pneumocócica-10 valente; meningocócica C; meningocócica ACWY; pentavalente; poliomielite; febre amarela; tríplice viral; catapora; hepatite A; hepatite B; dupla adulto; HPV e dTpa. A vacina contra BCG tem cobertura vacinal de 99,1%, sendo a única no estado acima da vacinação ideal, de 90%. A dose contra rotavírus tem a mesma meta, mas está com cobertura de 84,1%. As vacinas tríplice viral (90,1% na primeira dose), pneumocócica-10 (87,1%), meningo C (83,8%), poliomielite (81,2%), febre amarela (72,5%), pentavalente (81,7%), varicela (67,9%) e hepatite A infantil (77,9%) estão abaixo da cobertura ideal de 95%, conforme atualização do painel da última terça-feira (14). Terceiro caso de sarampo confirmado em Primavera do Leste: Prefeitura reforça vacinação

Criança viraliza ao fazer 'parto cesárea' em ovos e ajudar pintinhos a nascerem no RN

Criança viraliza ao fazer 'parto cesárea' em ovos e ajudar pintinhos a nascerem no RN

Criança viraliza ao fazer 'parto cesárea' em ovos e ajudar pintinhos a nascerem no RN Berçário pronto, mãos esterilizadas com álcool, ultrassom e, em seguida, a 'cesárea'. A imagem que pode vir à mente é de um parto de um bebê em uma maternidade, mas o procedimento é para o nascimento de um pintinho no galinheiro de um sítio na zona rural de Caraúbas, na região Oeste do Rio Grande do Norte. A pequena Sofhya de Moura, mais conhecida como Sofhya Vaqueira, de 7 anos, viralizou na internet ao mostrar os "partos" de pintinhos. Ela abre ovos que já passaram do prazo de eclosão a fim de ajudar os bichos que não conseguiram quebrar a casca. Clique aqui para seguir o canal do g1 RN no WhatsApp O berçário é um balde com terra e um pano limpinho, o exame de som consiste em aproximar o ovo da orelha e identificar onde está o bico da ave. Por fim, a cirurgia envolve quebrar a casca com cuidado e ajudar o pintinho a sair do ovo. Sofhya viralizou na internet ao fazer 'parto' de pintos em sítio do RN Arquivo pessoal/Cedidas O manejo aprendido com os pais produtores rurais foi registrado em alguns vídeos da menina no perfil que ela mantém nas redes sociais. Um deles viralizou e alcançou mais de 3,7 milhões de visualizações. O cuidado com os animais recebeu elogios nas redes sociais, com internautas apontando que Sofhya teria vocação para a Medicina Veterinária. A criança confirma o amor pelos animais, mas tem outros planos para o futuro além da veterinária. "Eu amo os animais. Eu quero ser veterinária, professora e correr vaquejada. Eu aprendi isso com meu pai, minha mãe e minha avó e hoje sou em quem faz (os partos)", diz. Sofhya tem cerca de 990 mil seguidores no seu perfil no instagram, aberto ainda durante a pandemia e administrado pela mãe, a agricultora e pedagoga Vanessa de Moura. Redes sociais como terapia para o autismo Vanessa conta que resolveu usar as redes sociais para incentivar a filha, que tinha atrasos na fala e foi diagnosticada com autismo de suporte nível 3 aos 2 anos e 11 meses. “A gente iniciou nas redes sociais como uma forma de ajudar ela na fala, que era bem prejudicada na época”, conta Vanessa. “As gravações começaram como um momento de diversão, mas também de aprendizado. Quando ela cozinha, por exemplo, trabalha concentração, quantidade, coordenação. Foi um complemento importante”, explica. Sofhya mostra rotina do sítio da família na internet Arquivo pessoal/cedidas Com o tempo, a evolução de Sofia passou a inspirar outras famílias. “Hoje, muitas pessoas chegam dizendo que ela nem parece autista. Mas não é sobre parecer ou não”, afirma Vanessa. As redes sociais são um complemento ao tratamento. Sofhya vai à escola, na cidade de Caraúbas e faz terapias semanalmente. Mãe e filha chegam a sair de manhã de casa e só voltar à noite, em alguns dias. O pai e a irmã mais velha, de 16 anos, também participam dos vídeos da criança, que ainda contam com receitas e outras atividades do cotidiano da roça. A mãe explica que a família não tem renda garantida pelos vídeos, mas ganhou um grande presente do cantor Júnior Vianna, de quem Sophya é fã. Ele realizou a reforma da casa da família, na comunidade Baixa do Meio, localizada há cerca de 15 km da cidade. "A gente vai permanecer nas redes sociais, mas sempre priorizando os estudos, que é o mais importante, a infância, o lazer, o descanso. Sempre tem essas prioridades. E as redes sociais entram como um momento de diversão na nossa vida", diz a mãe. Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN

Quiz: sabe que partes da cidade foram construídas em cima de aterros? Teste seus conhecimentos

Quiz: sabe que partes da cidade foram construídas em cima de aterros? Teste seus conhecimentos

Dados do Instituto Pereira Passos (IPP) mostram que, apenas no período de 82 anos compreendido entre 1942 e 2024, o Rio avançou 16,55 quilômetros quadrados mar adentro, o equivalente a 2.318 campos de futebol como o do estádio do Maracanã. O número impressiona, mas está longe de representar a totalidade de terreno que a cidade fundada em 1565 ganhou em cima do mar, das lagoas e dos alagadiços. Aterros do Rio: cidade avançou sobre as águas, e parte da Lapa, Saara e até a sede do Flamengo ficam onde era mar, lagoa ou pântano Descubra: Centro do Rio perdeu lagoas que deram lugar a locais icônicos Veja o antes e o depois: praias e lagoas que foram aterradas no Rio Você sabe se este lugar famoso do Rio fica numa área aterrada, onde antes havia lagoa ou mar? Impasse no Centro: Novas construções no Centro e no Porto esbarram em tombamentos históricos: no Castelo, um dos berços do Rio, projeto está emperrado há 11 anos Galerias Relacionadas De BRT a VLT: projeto que transforma corredores transporte é aprovado em primeira discussão pela Câmara do Rio Initial plugin text

A hora mais escura da Inglaterra?

A hora mais escura da Inglaterra?

Em meados de setembro de 2025, Londres foi palco de um dos maiores protestos de sua história: entre 110 mil e 150 mil pessoas marcharam no comício “Unite the Kingdom”, organizado por Tommy Robinson, em tom abertamente anti-imigração e nacionalista. Robinson invocou expressões como “a hora mais sombria da Inglaterra”, que ficou famosa com o filme Darkest Hour , sobre o momento mais difícil da administração de Churchill, quando da retirada das tropas de Dunquerque e a iminente invasão nazista à ilha, que acabou não ocorrendo. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste Mas será que esse é realmente o momento mais sombrio da Inglaterra? O coração da pauta das manifestações foi o “caos migratório” que, segundo os manifestantes, estaria transformando de forma irreversível a identidade inglesa. Em Londres, os britânicos nativos já são minoria. A presença muçulmana é simbólica e institucional: os prefeitos das principais cidades, como Londres e Birmingham, são muçulmanos, e a comunidade islâmica mantém influência crescente em estruturas paralelas, como os tribunais de sharia, que funcionam em diversas localidades para arbitrar questões familiares e civis segundo a lei islâmica. Estimativas apontam para cerca de 85 conselhos de sharia operando no país. Essa mudança é também geracional. As famílias muçulmanas têm, em média, mais filhos que as nativas, e não é por acaso que “Mohammed” é, há anos, o nome mais registrado para recém-nascidos na Inglaterra e no País de Gales . https://twitter.com/RealDonKeith/status/1974442368477847974 O Estado britânico, com um generoso sistema de bem-estar social, financia parte desse crescimento: benefícios habitacionais, auxílio-desemprego e créditos fiscais por filho são amplamente acessados por famílias imigrantes. Isso cria a percepção, explorada nos protestos, de que os contribuintes nativos sustentam comunidades que, em muitos casos, não compartilham os mesmos valores culturais. Paralelamente, o cristianismo tradicional inglês encolhe. Centenas de igrejas foram fechadas ou convertidas, enquanto novas mesquitas surgem a cada ano. A retórica dos manifestantes é direta: a Inglaterra estaria se tornando estrangeira dentro de si mesma, um país em que a maioria trabalha para sustentar minorias organizadas que crescem em número e influência. Outro eixo do protesto foi a criminalidade associada à imigração em massa. Em bairros inteiros de Londres, Birmingham ou Manchester, os knife crimes (ataques com armas brancas) se tornaram rotina. Estupros coletivos cometidos por grupos paquistaneses em cidades como Rotherham e Rochdale revelaram a brutalidade dos atos e também a conivência de autoridades que, por medo de serem acusadas de racismo, deixaram de agir. A capital do império que um dia dominou o mundo se tornou uma cidade em que bairros inteiros parecem pertencer a outras culturas, regidas por códigos e valores alheios à tradição britânica. Essa sensação de perda se agrava com o cerceamento da liberdade de expressão . As leis britânicas de comunicação, redigidas para coibir discurso de ódio, hoje são usadas para punir opiniões incômodas. Em 2023, mais de 12 mil pessoas foram presas por “ofensas de fala”, média de 30 por dia. Entre os casos recentes estão o blogueiro Pete North, preso por publicar um meme, o roteirista Graham Linehan, detido por críticas ao movimento trans, e a jovem Lucy Connolly, condenada a 31 meses de prisão por um tweet contra requerentes de asilo. Até reuniões pacíficas de grupos conservadores vêm sendo invadidas pela polícia. Para muitos nativos, o medo é duplo: o de perder o país e o de ser preso por dizê-lo em voz alta. + EUA acusam Europa de punir cidadãos pelo 'crime' de criticar seus próprios direitos A crise econômica também alimenta esse sentimento. O desemprego chegou a 4,7% entre maio e julho de 2025, somando 1,67 milhão de pessoas, enquanto os salários cresceram 4,8%, avanço que mal cobre a inflação de 3,8%. O PIB real subiu apenas 0,3% no segundo trimestre, com projeções anuais tímidas. A saída da União Europeia, celebrada como a reconquista da soberania, devolveu ao governo britânico o controle sobre fronteiras e comércio, mas trouxe barreiras alfandegárias, custos adicionais e perda de competitividade. O Brexit deu autonomia política, mas não prosperidade: Londres recuperou o poder de decidir, mas não soube o que fazer com ele. https://www.youtube.com/watch?v=2bTSm8311jQ Trailer de Darkest Hour ( O Destino de uma Nação ) Não à toa, ocorreu uma sucessiva queda de premiês conservadores até as eleições de 2024, quando os trabalhistas venceram de forma inconteste, e os conservadores quase se viram perdendo a segunda posição para os liberais-democratas. A instabilidade política britânica recente é tão emblemática que reforça a sensação de um país que não sabe mais quem realmente o governa. Nesse vácuo, emergiu o Reform UK, partido populista de direita liderado por Nigel Farage, que hoje ameaça substituir os conservadores como força de oposição central. Desde as eleições gerais de 2024, percebe-se a erosão da base conservadora: o partido sofreu uma das suas piores derrotas históricas, reduzindo seu número de cadeiras a patamares críticos, enquanto parte de seus eleitores migrou diretamente para o Reform UK, que ganhou musculatura nas eleições locais de 2025, conquistando 677 assentos locais e controlando dez conselhos municipais e duas prefeituras importantes. Leia também: É oficial: as leis islâmicas contra a blasfêmia chegaram à Grã-Bretanha , artigo de Fraser Myers, da Spiked, publicado na Edição da Revista Oeste Do lado trabalhista, o governo de Keir Starmer (Partido Trabalhista, de esquerda) vem enfrentando um desgaste antes inesperado. Em agosto de 2025, apenas 24% da população tinha uma visão positiva dele, enquanto 68% tinham opinião desfavorável, resultando em um índice líquido de aprovação de –44%. Pesquisas apontam que a popularidade de Starmer despencou, com mais de dois terços dos britânicos vendo seu governo com ceticismo ou rejeição. Em termos comparativos, isso coloca Starmer entre os líderes ocidentais com menores índices de aceitação pública. Sem identidade nacional, invadida por povos e culturas alienígenas que destroem sua cultura milenar, e com uma gigantesca crise econômica e política, sem que tenha havido, a qualquer momento, uma guerra declarada, mas sim uma sucessão de derrotas invisíveis que corroem lentamente a confiança nacional, a Inglaterra hoje parece tatear no escuro, dividida entre o medo e a nostalgia, entre a tolerância e a rendição. Churchill enfrentou tanques e bombas, mas o inimigo era externo e claramente perceptível; já o governo atual enfrenta o esquecimento de si mesmo tomado por inimigos que sitiam a Inglaterra por dentro de maneira insidiosa e invisível. Em uma gigantesca ironia, o império que ficou conhecido como “aquele onde o Sol nunca se põe” agora atravessa uma grande noite sombria e sem perspectiva de uma alvorada. * Bernardo Santoro é cientista político e advogado, mestre e doutorando em Direito pela UERJ, conselheiro do Instituto Liberal e sócio do escritório SMBM Advogados. O post A hora mais escura da Inglaterra? apareceu primeiro em Revista Oeste .

Crustáceo descoberto em cavernas do RN guarda traços de um passado marinho

Crustáceo descoberto em cavernas do RN guarda traços de um passado marinho

Brasilana spelaea é a primeira espécie troglóbia descoberta no RN Diego M Bento / ICMBio-Cecav Um pequeno crustáceo branco e cego, com antenas alongadas e corpo achatado, acaba de se tornar o mais novo representante da fauna subterrânea brasileira. Trata-se da Brasilana spelaea, a primeira espécie troglóbia descrita no Rio Grande do Norte, encontrada em cavernas inundadas da região oeste do estado. O estudo, publicado recentemente na revista científica Subterranean Biology, aponta que o animal pode já estar ameaçado de extinção devido às pressões humanas sobre os aquíferos e cavernas onde vive. Mas por que troglóbia? Uma espécie troglóbia é um ser vivo adaptado exclusivamente à vida em ambientes subterrâneos, como cavernas, aquíferos ou fendas rochosas, e que não consegue sobreviver fora deles. O termo vem do grego: troglo (caverna) + bios (vida), ou seja, “vida da caverna”. Parque da Furna Feia é um dos locais de ocorrência do crustáceo Carmém Felix/governo do RN Segundo o pesquisador Diego Bento, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que assina a descrição da espécie, a descoberta amplia o conhecimento sobre a biodiversidade subterrânea brasileira e revela um cenário de vulnerabilidade ambiental. O crustáceo vive em cavernas de águas subterrâneas estáveis, ambientes sensíveis a variações climáticas e à exploração de recursos naturais. “Como todos os isópodes, existem machos e fêmeas e a reprodução é sexuada. A fêmea guarda e incuba os ovos”, explica Luiz Ricardo. Sendo relativamente grande para um invertebrado troglóbio, o corpo da nova espécie mede cerca de 1,2 a 1,5 cm de comprimento, podendo chegar a quase 2 cm nos maiores exemplares. “Sabemos que é uma espécie troglóbia, que passa o tempo todo em cavernas e outros habitats subterrâneos. Ou seja, os indivíduos nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem e morrem nesses ambientes, e não conseguem sobreviver na superfície”, acrescenta. Um relicto oceânico Além de sua raridade, a Brasilana spelaea chama atenção por sua origem evolutiva. Ela pertence à família Cirolanidae, composta majoritariamente por espécies marinhas. “A espécie é muito importante para o entendimento da evolução dos troglóbios, principalmente porque é um relicto oceânico”, diz o pesquisador. “Seus ancestrais viviam no mar e, após uma transgressão oceânica, colonizaram espaços subterrâneos. Quando o mar recuou, ficaram presos nesses ambientes e continuaram a viver ali, adaptando-se às condições subterrâneas” Esses registros ajudam a reconstruir a história geológica da região. O Rio Grande do Norte é o único lugar do Brasil onde são conhecidos relictos oceânicos - espécies que mantêm vestígios dessa transição do mar para o subsolo. Adaptações à escuridão O pequeno crustáceo apresenta um conjunto de características típicas de animais que vivem em ambientes sem luz: ausência de pigmentação e de olhos, antenas longas e órgãos sensoriais aguçados. “Resumindo, provavelmente vai ser um bicho branco (ou transparente), cego e antenudo. E é exatamente assim com Brasilana spelaea”, diz o pesquisador Espécie já pode estar correndo risco de extinção, segundo os autores do artigo Rodrigo Lopes Ferreira /UFLA Além das modificações físicas, os troglóbios também possuem um metabolismo lento, o que lhes permite sobreviver com poucos recursos alimentares. “Eles conseguem se alimentar de uma variedade maior de coisas e sobreviver com menos recursos, pois o metabolismo é mais lento. Isso quer dizer também que vivem por muito mais tempo”, explica. Função ecológica e ameaças Nas cavernas onde ocorre, o crustáceo tem papel importante como espécie detritívora generalista, ajudando a decompor matéria orgânica por se aliemntar de fezes de morcegos, biofilmes bacterianos e restos vegetais e animais. Também serve de alimento para alguns peixes. Mas sua sobrevivência já está em risco. Segundo Diego, as cavernas que abrigam suas populações vêm sendo impactadas por mineração artesanal, desmatamento, turismo desordenado e superexploração da água subterrânea. Fatores que reduzem o lençol freático e, consequentemente, deterioram seu habitat. Os planos de manejo são instrumentos que orientam o uso sustentável de áreas protegidas, como unidades de conservação. Na região onde Brasilana spelaea ocorre, há apenas uma: o Parque Nacional da Furna Feia, que já possui plano de manejo. No entanto, a maioria das cavernas conhecidas fica fora de unidades de conservação e acabam ficando vulneráveis à degradação. Algumas cavernas com uso turístico organizado também contam com um documento específico - o Plano de Manejo Espeleológico -, que considera a presença de espécies sensíveis. Nessas áreas, portanto, a espécie está protegida. “Com a descrição da espécie e a sua divulgação, ela poderá ter o seu risco de extinção oficialmente avaliado. Se confirmado que está ameaçada, pode ser inserida na lista nacional da fauna ameaçada de extinção e em iniciativas de conservação como os Planos de Ação Nacionais (PAN)”, orienta. Distribuição restrita De acordo com o autor do estudo, a Brasilana spelaea foi registrada em nove cavernas, numa área de cerca de 1.400 km² no oeste do Rio Grande do Norte, que inclui os municípios de Felipe Guerra, Governador Dix-Sept Rosado e Baraúna; e no nordeste do Ceará, em Quixeré. Estudos genéticos sugerem que há fluxo gênico entre populações distantes, indicando que a espécie pode se dispersar pelo lençol freático e, talvez, ocorra em outras cavernas ainda não exploradas. Apesar dessa relativa amplitude, o número de ambientes adequados é pequeno: “Poucas são as cavernas que possuem corpos d’água perenes na região, então a grande maioria não tem habitats adequados para a espécie”, alerta Luiz Ricardo. Com a descoberta, o Brasil soma mais um exemplo da biodiversidade oculta de seus ambientes subterrâneos. Este e outros achados reforçam a urgência de proteger ecossistemas invisíveis, mas fundamentais, que abrigam espécies únicas e indispensáveis para o equilíbrio natural. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente

g1 e ge completam 12 anos informando com credibilidade e rapidez no interior da Amazônia

g1 e ge completam 12 anos informando com credibilidade e rapidez no interior da Amazônia

Da esquerda para a direita: Luiz Henrique Nunes, Sarah Castro (estagiária), Dominique Cavaleiro, Sílvia Vieira e Kamila Andrade Latoya Lucas / TV Tapajós O g1 Santarém e Região completa 12 anos neste sábado (18), cumprindo sua missão de levar à sociedade a informação que importa, checada, rechecada, confiável e útil, e tudo isso aliado à agilidade. O ge também faz aniversário e celebra a credibilidade conquistada junto aos amantes do esporte. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp O g1 é responsável pela cobertura jornalística de 15 municípios paraenses da região de integração do Baixo Amazonas. E para acompanhar os fatos mais relevantes de cada uma das cidades, os desafios começam pela dimensão territorial. Essa cobertura só é possível com ajuda de fontes e pessoas do povo que confiam no jornalismo profissional que é nossa marca. "Nesses 12 anos, o g1 Santarém e Região tem primado pela produção de conteúdos relevantes, que façam diferença na vida das pessoas, seja com uma reportagem investigativa, um factual ou uma reportagem de serviço, que facilite o dia a dia no trânsito, na busca de emprego, na qualificação profissional. Esse trabalho é feito sempre respeitando uma linha editorial e sem ultrapassar o limite da livre expressão", destaca a coordenadora, Sílvia Vieira. Ao longo da sua trajetória, o g1 Santarém e Região tem conseguido emplacar importantes reportagens nacionalmente, o que mostra a potência dos profissionais e a qualidade do material produzido no interior da Amazônia, que não fica atrás das redações dos grandes centros. Destaques do g1 e do ge no JT1 Além dos conteúdos digitais, disponibilizados no portal, o público também fica por dentro das notícias em alta e novidades do momento por meio do quadro ‘destaque do g1’ nos telejornais da TV Tapajós, afiliada da Rede Globo no oeste do Pará, inclusive com participações ao vivo no JT1, o que cria proximidade entre os jornalistas do digital e o público. Do mesmo modo, o ge Santarém e Região, nosso portal de esporte, que também tem espaço na TV com os 'destaques do ge' mostrando o que de mais importante tem movimentado o cenário esportivo na região. "Internet com conexão de excelência no interior da Amazônia não é ainda uma realidade, nesse sentido, a participação nos telejornais aproxima o público dos conteúdos do g1 e ge e amplia a nossa rede de contatos e fontes nos municípios do Baixo Amazonas. Muitas informações chegam pelo WhatsApp com o pedido: ‘Divulguem nos destaques do g1, na TV, por favor, porque quando sai no g1 todo mundo confia!’, e a nós ficamos muito feliz em ver que temos uma audiência qualificada”, enfatizou Sílvia Vieira. Luiz Henrique Nunes, Sílvia Vieira, Kamila Andrade, Sarah castro (estagiária) e Dominique Cavaleiro Latoya Lucas / TV Tapajós Na apuração e publicação do hard news diário, a redação do g1 conta com o talento e a sagacidade dos repórteres: Dominique Cavaleiro, Kamila Andrade, Luiz Henrique Nunes, Sarah Castro (estagiária) e da coordenadora Sílvia Vieira. O público também ajuda na construção das notícias, com informações, flagrantes (fotos e vídeos) e sugestões. E o g1 valoriza cada informação recebida, e apura com o rigor necessário para publicar conteúdos de qualidade e atrair cada vez mais internautas. “O clique da pessoa que está pesquisando em plataformas de busca, conta pra nós. Mas o clique que mais queremos é das pessoas que vêm porque gostam e confiam no nosso conteúdo, que vêm ao portal querendo saber mais, e que não achem que perderam tempo acessando no nosso link”, disse Sílvia Vieira. Para fidelizar e aumentar o público cada vez mais, o g1 e o ge Santarém e Região têm realizado ao longo de 12 anos de história, coberturas de eventos que movimentam a região, como Sairé, Círio de Nossa Senhora da Conceição, festivais, campeonatos, além de entrevistas em vídeo e reportagens especiais. VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região

Homem é condenado a prisão por matar a ex-namorada e o tio dela em Porto Velho

Homem é condenado a prisão por matar a ex-namorada e o tio dela em Porto Velho

O que é feminicídio? Jessé Marcelino Monteiro foi condenado a 66 anos de prisão pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho por matar a ex-namorada e o tio dela. O crime aconteceu em fevereiro de 2025. Ele foi considerado culpado pelos crimes de feminicídio e homicídio qualificado. A pena será cumprida em regime inicialmente fechado — 50 anos correspondem ao feminicídio e 16 anos ao homicídio. De acordo com a decisão, o feminicídio foi cometido por motivo torpe, com extrema crueldade e de forma que impediu a defesa da vítima. Já o homicídio foi qualificado pelos mesmos motivos e ocorreu em uma emboscada. De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), este foi o primeiro julgamento em Porto Velho após a mudança na lei que transformou o feminicídio em um crime próprio. Antes, o ato era tratado apenas como uma qualificadora do homicídio; agora, pode resultar em penas mais altas. O g1 tenta localizar a defesa do acusado. Relembre o caso Tio e sobrinha foram encontrados mortos na Zona Leste de Porto Velho. De acordo com o boletim de ocorrência, a menina foi asfixiada, e o tio dela foi morto com golpes de faca. O ex-namorado da menina, apontado como o principal suspeito, foi preso poucas horas depois. Segundo a polícia, as vítimas foram assassinadas na mesma residência, com um intervalo de 8 horas. A primeira a ser morta foi a sobrinha, cuja morte teria sido motivada pela rejeição do ex-namorado ao fim do relacionamento. A perícia médica confirmou que a menina foi asfixiada até a morte. O tio foi encontrado caído no chão, ensanguentado, com cortes no pescoço e nas costas, no mesmo local onde morava com a sobrinha. Uma vizinha, que ouviu barulhos vindos do imóvel, foi quem chamou a ajuda. A polícia informou que depoimentos de testemunhas foram cruciais para identificar o principal suspeito: o ex-namorado da sobrinha. Segundo relatos, ele não aceitava o término do relacionamento e tinha ciúmes da convivência entre a ex-companheira e o tio dela. O suspeito foi localizado na casa da mãe, onde foi preso e conduzido à Central de Flagrantes. Martelo da Justiça Reprodução/Redes Sociais