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PGR envia ao Congresso projeto para reajustar salários de servidores do Ministério Público da União
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou ao Congresso nesta terça-feira (14) uma proposta que reajusta os salários de servidores e pessoas em cargos de confiança no Ministério Público da União (MPU). O texto, que começará a ser analisado na Câmara, estabelece que a atualização dos vencimentos ocorrerá em três parcelas com 8% de reajuste em cada uma delas. Se o projeto virar lei, após votação no Congresso e sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o primeiro reajuste será pago em julho de 2026. As duas parcelas restantes serão pagas em julho de 2027 e em julho de 2028. Paulo Gonet é reconduzido ao cargo pelo presidente Lula A atualização salarial atingirá o salário-base das carreiras. Além do valor básico, os servidores do MPU também podem acumular outros valores. Nos cargos com salários mais altos — secretário-geral do Ministério Público da União, chefe de gabinete do procurador-geral da República e secretário-geral do Conselho Nacional do Ministério Público —, os salários saltarão de R$ 15.338 para R$ 23.040 em 2028. Segundo o texto enviado ao Congresso, o impacto dos reajustes será de R$ 227,8 milhões em 2026; R$ 641,6 milhões em 2027; e de pouco mais de R$ 1 bilhão em 2028 Paulo Gonet afirma que o MPU possui "capacidade orçamentária para implementar a proposta nos anos de 2026, 2027 e 2028". Os reajustes foram anunciados internamente por Gonet no último dia 9, após negociações com representantes sindicais. Ao comunicar que enviaria um projeto ao Congresso a respeito do tema, o atual PGR afirmou aos servidores que a "aprovação da medida representará o reconhecimento devido ao quadro funcional do MPU". "Preocupado com a valorização de todos os servidores que integram o Ministério Público da União e com a necessidade de garantir condições adequadas de trabalho, informo que, na data de hoje, assinei projeto de lei que altera a Lei 13.316/2016, propondo o reajuste dos vencimentos básicos, divididos em três parcelas anuais de 8%", disse Paulo Gonet na ocasião. Na proposta enviada ao Congresso, o PGR defendeu o reajuste para manter a "simetria entre as carreiras dos quadros do MPU e o Poder Judiciário". Em setembro, o STF enviou uma proposta à Câmara para reajustar os salários de servidores do Judiciário. Segundo Gonet, apesar de terem sido implementados reajustes salariais nos últimos anos, "observa-se expressiva desvalorização salarial dos servidores, com consequências negativas para sua motivação e permanência na carreira".