Brasil confirma 32 casos de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas

Brasil confirma 32 casos de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas

O Ministério da Saúde confirmou, nesta segunda-feira (13), 32 casos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas em todo o país. O balanço atualizado aponta ainda 181 casos sob investigação em diferentes estados. Desde o início do monitoramento, 213 notificações foram registradas, 320 suspeitas já foram descartadas. 'Antropoide desvairado': Milton Leite registra queixa de racismo contra advogados do Jockey Medicina: MEC suspende por quatro meses edital de abertura de novos cursos privados A maioria dos casos confirmados ocorreu em São Paulo, com 28 registros. Paraná teve três casos e o Rio Grande do Sul, um. Cinco mortes foram confirmadas no estado paulista. Outras nove mortes estão em investigação: três em São Paulo, três em Pernambuco, uma no Mato Grosso do Sul, uma em Minas Gerais e uma no Ceará. Entre os casos suspeitos, São Paulo concentra o maior número, com 100 ocorrências ainda sob análise. Em seguida, aparecem Pernambuco (43), Espírito Santo (9), Rio Grande do Sul (6), Rio de Janeiro (5), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Goiás (3), Maranhão (2), Alagoas (2), Minas Gerais (1), Paraná (1) e Rondônia (1). Dois registros iniciais em Pernambuco, nos municípios de Garanhuns e Ipojuca, foram reclassificados após atualização do local de residência dos pacientes: os casos foram atribuídos, respectivamente, a Maceió (AL) e São Paulo (SP). Segundo o Ministério da Saúde, as atualizações dos dados sobre intoxicação por metanol são divulgadas às segundas, quartas e sextas-feiras, após às 17h, durante o funcionamento da Sala de Situação da pasta.

'Em Família com Eliana': novo programa da Globo será exibido nas tardes de domingo em 2026

'Em Família com Eliana': novo programa da Globo será exibido nas tardes de domingo em 2026

Eliana e Paulinho Serra relembram a primeira vez no ‘Altas Horas’ O novo programa de Eliana será exibido nas tardes de domingo, com estreia prevista para março de 2026. Os detalhes de "Em Família com Eliana" foram revelados nesta segunda-feira (13), durante o Upfront Globo 2026, evento em que a Globo apresenta ao mercado publicitário as principais novidades para o próximo ano. Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O programa vai ao ar antes do futebol — e reforça o já consagrado time de apresentadores do fim de semana. "Em Família com Eliana" vai celebrar a cultura brasileira por meio da paixão pela música, explorando diferentes ritmos presentes em diversas regiões do país. "Vai ter um auditório animadíssimo, um júri divertido. Vamos mostrar todos os cantos do Brasil através de histórias emocionantes dessas famílias musicais", disse Eliana no palco do Upfront. "Teremos todos os ritmos musicais." A apresentadora viajará pelo país para encontrar artistas com forte tradição musical, revelando histórias inspiradoras e curiosidades sobre suas famílias. Na volta ao estúdio, Eliana não estará sozinha: um membro da família será o jurado convidado da semana na competição que acontece no palco. "Em Família com Eliana" é um projeto multiplataforma com um spin-off semanal no GNT, com histórias com reportagens e entrevistas no Gshow e bastidores nas redes sociais da TV Globo. A experiência completa estará no Globoplay. Em 2025, Eliana se tornou apresentadora do programa de auditório "The Masked Singer Brasil", além do "Saia Justa", da GNT. Sua estreia na TV Globo foi no ano passado. Eliana durante o Upfront Globo 2026 Globo/Daniela Toviansky

Monica Benini comenta sobre boatos de crise com Junior Lima

Monica Benini comenta sobre boatos de crise com Junior Lima

Monica Benini, designer e influenciadora, usou as redes sociais para acabar com os rumores sobre sua separação do cantor Junior Lima. Em uma interação no Instagram, ela respondeu com humor às especulações. Monica Benini e Junior Lima: Juntos contra os rumores Recentemente, Monica Benini foi questionada sobre um possível término com Junior Lima. Em resposta,... The post Monica Benini comenta sobre boatos de crise com Junior Lima appeared first on O Antagonista .

Banco Central obriga bancos a rejeitar pagamentos para contas suspeitas de fraude

Banco Central obriga bancos a rejeitar pagamentos para contas suspeitas de fraude

Banco Central obriga bancos a rejeitar pagamentos para contas suspeitas de fraude Reprodução/TV Globo Entrou em vigor nesta segunda-feira (13) uma nova regra do Banco Central do Brasil para combater a ação de golpistas. As instituições financeiras passam a ser obrigadas a rejeitar transações suspeitas de fraude. Nessas situações, o dono da conta vai ser comunicado e pode recorrer. Segundo o Banco Central, cada instituição pode definir os critérios para determinar se uma transação é suspeita - como avaliar o perfil de quem paga e de quem recebe, o horário e o valor da operação. LEIA TAMBÉM Banco Central obriga bancos a rejeitar pagamentos para contas suspeitas de fraude; entenda

Gaspar, sobre atrito com ex-presidente do INSS: ‘Estou acostumado com valentia’

Gaspar, sobre atrito com ex-presidente do INSS: ‘Estou acostumado com valentia’

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), criticou a postura do ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social, Alessandro Stefanutto, durante a reunião da comissão desta segunda-feira, 13. O depoimento foi marcado por momentos de tensão e troca de farpas, que levaram à suspensão temporária da sessão. “Estou acostumado com valentia de investigado”, disse Gaspar. “Depois, quando caminha para o cárcere, fica calmo. Não sei se vai ser o caso desse depoimento. Ele era o presidente do INSS e lá estava, está lá na organização criminosa. O que eu quero saber é se ele era o chefe da organização criminosa ou agiu com a missão. É simples assim.” + Carlos Viana critica habeas corpus concedido a ex-presidente do INSS Gaspar também reagiu ao comportamento de Stefanutto e de outros depoentes que compareceram amparados por habeas corpus preventivo. Segundo o relator, a comissão vem sendo alvo de desrespeito por parte de investigados e testemunhas. “O fato de ter vindo com habeas corpus dá essa autoridade de araque”, afirmou. “Só falta depoente chegar e urinar na mesa por conta desses habeas corpus preventivos que são vergonhosos. Evidentemente que eu, no lugar do presidente, tinha dado voz de prisão por desacato. Mas eu entendo a percepção do presidente e vou fazer o meu papel. Nem tenho medo de cara feia, nem medo de bandido perigoso, nem medo de ladrão de milhões. Seja lá quem for, irei enfrentar e cumprir a minha missão.” Alfredo Gaspar e, no fundo, Alessandro Stefanutto durante reunião da CPMI desta segunda-feira, 13 | Foto: Carlos Moura/Agência Senado Relação do ex-presidente do INSS Em entrevista coletiva, Gaspar declarou que os dados analisados pela CPMI indicam que Stefanutto autorizou descontos em massa de aposentados e pensionistas em desacordo com uma instrução normativa assinada por ele próprio, o que teria provocado um prejuízo milionário ao erário. “Os dados demonstram que ele autorizou descontos em massa, indo de encontro justamente à instrução normativa que ele expediu e que proibia isso”, explicou. “Isso ocasionou de pronto um prejuízo bilionário e a inclusão de 1,2 milhão de associados, dos quais 97% disseram que não tinham autorizado descontos.” + Leia mais notícias de Política em Oeste O relator acrescentou que Stefanutto também firmou acordos com as empresas Crefisa e PicPay, classificados por Gaspar como “altamente suspeitos” e que serão investigados em nova fase da CPMI. “Ele fez acordo com o PicPay e com a Crefisa. São acordos altamente suspeitos que nós vamos, a partir de janeiro do próximo ano, também adentrar esse assunto”, disse. “Evidentemente que ele tem todo o direito de defesa, mas os documentos e os fatos vão totalmente na contramão da inocência dele.” O post Gaspar, sobre atrito com ex-presidente do INSS: ‘Estou acostumado com valentia’ apareceu primeiro em Revista Oeste .

Shopee inaugura novo centro de distribuição e amplia estrutura no Brasil

Shopee inaugura novo centro de distribuição e amplia estrutura no Brasil

A Shopee inaugurou um novo centro de distribuição em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, na última segunda-feira, 6. Com essa abertura, a empresa alcançou 14 unidades desse tipo no país. O empreendimento foi construído no modelo cross-docking , sistema logístico em que as mercadorias são recebidas e rapidamente transferidas para o destino final, sem armazenamento prolongado. As informações foram divulgadas pela coluna do jornalista Carlo Cauti na Edição 291 da Revista Oeste . A estrutura é a maior entre as operações da Shopee no Brasil. De acordo com a companhia, o centro conta com “o maior sistema automatizado de classificação de produtos dentre suas operações no país”, projetado para lidar com grandes volumes de pedidos. Segundo dados fornecidos pela empresa, a nova instalação tem capacidade para processar aproximadamente 3,8 milhões de pedidos por dia. Vista panorâmica do Paço Municipal de São Bernardo do Campo (SP) | Foto: Divulgação/PMSBC O centro de São Bernardo do Campo foi planejado para reforçar a capacidade operacional da varejista durante períodos de maior movimento no comércio eletrônico, como a Black Friday e o Natal. A empresa informou que o objetivo é garantir agilidade nas entregas e ampliar a cobertura logística nas regiões Sudeste e Sul. A operação cross-docking permite que os produtos cheguem ao local e sejam imediatamente encaminhados às transportadoras ou aos pontos de distribuição, o que reduz o tempo de permanência nas unidades. Esse formato é usado por grandes varejistas para otimizar custos e acelerar o despacho de pedidos. Revista Oeste muito além da Shopee A íntegra da coluna “ Mercado Livre quer vender medicamentos on-line ” está disponível a todos os mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste . A publicação digital ainda conta com reportagens especiais e artigos de Silvio Navarro, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Alexandre Garcia, Guilherme Fiuza, Adalberto Piotto, José Fucs, Eugênio Esber, Artur Piva, Fábio Bouéri, Antonio Cabrera, Evaristo de Miranda, Roberto Motta, Eugenio Goussinsky, Brendan O'Neill (da Spiked ) e Daniela Giorno. Startup de jornalismo on-line, a Revista Oeste está no ar desde março de 2020. Sem aceitar anúncios de órgãos públicos, o projeto é financiado diretamente por seus assinantes. Para fazer parte da comunidade que apoia a publicação digital que defende a liberdade e o liberalismo econômico, basta clicar aqui , escolher o plano e seguir os passos indicados. O post Shopee inaugura novo centro de distribuição e amplia estrutura no Brasil apareceu primeiro em Revista Oeste .

Shopee inaugura centro de distribuição e amplia estrutura no Brasil

Shopee inaugura centro de distribuição e amplia estrutura no Brasil

A Shopee inaugurou um novo centro de distribuição em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, na última segunda-feira, 6. Com essa abertura, a empresa alcançou 14 unidades desse tipo no país. O empreendimento foi construído no modelo cross-docking , sistema logístico em que as mercadorias são recebidas e rapidamente transferidas para o destino final, sem armazenamento prolongado. As informações foram divulgadas pela coluna do jornalista Carlo Cauti na Edição 291 da Revista Oeste . A estrutura é a maior entre as operações da Shopee no Brasil. De acordo com a companhia, o centro conta com “o maior sistema automatizado de classificação de produtos dentre suas operações no país”, projetado para lidar com grandes volumes de pedidos. Segundo dados fornecidos pela empresa, a nova instalação tem capacidade para processar aproximadamente 3,8 milhões de pedidos por dia. Vista panorâmica do Paço Municipal de São Bernardo do Campo (SP) | Foto: Divulgação/PMSBC O centro de São Bernardo do Campo foi planejado para reforçar a capacidade operacional da varejista durante períodos de maior movimento no comércio eletrônico, como a Black Friday e o Natal. A empresa informou que o objetivo é garantir agilidade nas entregas e ampliar a cobertura logística nas regiões Sudeste e Sul. A operação cross-docking permite que os produtos cheguem ao local e sejam imediatamente encaminhados às transportadoras ou aos pontos de distribuição, o que reduz o tempo de permanência nas unidades. Esse formato é usado por grandes varejistas para otimizar custos e acelerar o despacho de pedidos. Revista Oeste muito além da Shopee A íntegra da coluna “ Mercado Livre quer vender medicamentos on-line ” está disponível a todos os mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste . A publicação digital ainda conta com reportagens especiais e artigos de Silvio Navarro, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Alexandre Garcia, Guilherme Fiuza, Adalberto Piotto, José Fucs, Eugênio Esber, Artur Piva, Fábio Bouéri, Antonio Cabrera, Evaristo de Miranda, Roberto Motta, Eugenio Goussinsky, Brendan O'Neill (da Spiked ) e Daniela Giorno. Startup de jornalismo on-line, a Revista Oeste está no ar desde março de 2020. Sem aceitar anúncios de órgãos públicos, o projeto é financiado diretamente por seus assinantes. Para fazer parte da comunidade que apoia a publicação digital que defende a liberdade e o liberalismo econômico, basta clicar aqui , escolher o plano e seguir os passos indicados. O post Shopee inaugura centro de distribuição e amplia estrutura no Brasil apareceu primeiro em Revista Oeste .

Trump afirma que a segunda fase do cessar-fogo de Gaza já começou

Trump afirma que a segunda fase do cessar-fogo de Gaza já começou

Sem a presença de Benjamin Netanyahu e de representantes do Hamas, o presidente americano assinou o cessar-fogo de Gaza e afirmou que a segunda fase do acordo já começou. Pouco antes das 17h, horário local, o Air Force One pousou em Sharm El-Sheikh, no Egito. Donald Trump foi recebido pelo presidente egípcio, Abdul Fatah Al-Sisi. Depois de um breve encontro, os dois seguiram para a chamada Cúpula Internacional da Paz. Mais de 30 líderes e chefes de organizações internacionais participaram do evento. Como um anfitrião, Donald Trump recebeu um por um na porta. Mas nenhum aperto de mãos chamou mais atenção do que o de Mahmoud Abbas. O presidente da Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, conversou brevemente com o presidente americano. Em setembro, ele foi impedido de entrar nos Estados Unidos para discursar na Assembleia-Geral da ONU. Na sala de conferências, os países que ajudaram a mediar o acordo ocuparam a mesa principal. Além de Trump e do egípcio, assinaram o cessar-fogo o emir do Catar, xeique Hamad Al Thani, e o turco Tayyip Erdogan. Tudo feito sem a presença do israelense Benjamin Netanyahu ou de representantes do Hamas. O conteúdo não foi divulgado. “É um documento que vai definir muitas regras e regulamentos e muitas outras coisas. É muito abrangente”, disse Trump. Mais tarde, a Casa Branca divulgou o conteúdo do cessar-fogo. O documento intitulado "Declaração Trump por paz e prosperidade duradouras" afirma: "A paz duradoura será aquela em que palestinos e israelenses possam prosperar com seus direitos humanos fundamentais protegidos, sua segurança garantida e sua dignidade preservada". Donald Trump afirma que a segunda fase do cessar-fogo já começou Jornal Nacional/ Reprodução A proposta apresentada pelos americanos no fim de setembro tem 20 tópicos divididos em fases. A primeira parte foi concluída nesta segunda-feira (13), com a troca de reféns por prisioneiros. Trump disse que a segunda fase já começou. Os principais pontos são: a exclusão do Hamas de um futuro governo e a exigência de que os terroristas entreguem as armas - de acordo com analistas, um dos mais desafiadores e incertos; também determina anistia para terroristas que se comprometerem com uma coexistência pacífica com Israel; depois, começariam as negociações para um governo de transição apolítico, formado por palestinos e especialistas internacionais; esse governo responderia a um Conselho da Paz, comandado por Donald Trump; com o plano em prática, as tropas israelenses continuariam a deixar Gaza aos poucos; para garantir o cumprimento de todas as fases do acordo, os Estados Unidos já começaram a enviar 200 soldados para Israel; países árabes devem se juntar no que chamam de Centro de Coordenação Civil-Militar; aproposta também prevê discussões para a formação de um Estado Palestino - o atual governo israelense já se mostrou, por diversas vezes, totalmente contrário a esse ponto. um outro ítem fala em investimentos para reerguer a terra devastada. Nesta segunda-feira (13), Trump disse que “muito dinheiro” entrará em Gaza para a reconstrução. "Vários países de grande riqueza, poder e dignidade se manifestaram hoje e na semana passada para oferecer apoio financeiro”, disse ele, sem dar mais detalhes. Não há dúvidas de que o desafio é imenso: recuperar o território que se transformou em escombros. As Nações Unidas estimam que 78% das construções tenham sido destruídas ou danificadas em dois anos de guerra e que há 61 milhões de toneladas de destroços. O Banco Mundial calcula que reconstruir o território vai custar cerca de US$ 50 bilhões. Cerca de 3% da população morreram - 67 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo grupo terrorista. No fim do evento, o francês Emmanuel Macron disse que esta segunda-feira (13) foi um dia histórico para os reféns, as famílias, para os israelenses e os palestinos, mas há muitos passos pela frente. O britânico Keir Starmer afirmou que o desafio agora é o que está por vir: “Não podemos dar nenhum passo em falso agora”, disse ele. O secretário-geral da ONU disse que estava profundamente aliviado com a libertação dos reféns e pediu que os dois lados honrem seus compromissos assumidos no acordo. Ausentes no evento, a Rússia e a China também se manifestaram. O ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, disse que o plano serve para pôr fim ao banho de sangue, mas que só menciona a Faixa de Gaza, não diz o que precisa acontecer na Cisjordânia e não detalha a criação de um Estado palestino. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que apoia os esforços para restabelecer a paz e defendeu a solução de dois Estados. Além da questão palestina, o fim da guerra em Gaza abre as portas para a continuidade dos Acordos de Abraão, assinados no primeiro mandato de Donald Trump. Com a mediação do presidente americano, Israel firmou, na época, tratados bilaterais com Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão. Foi a primeira leva de estabelecimento de relações diplomáticas de países árabes com Israel desde a década de 1990. O objetivo agora seria a normalização das relações com a Arábia Saudita, que estava em andamento e foi interrompida pelos atentados terroristas de outubro e a guerra na Faixa de Gaza. LEIA TAMBÉM Próximos passos: Trump, Macron e líderes de países árabes se reúnem no Egito para discutir futuro de Gaza após cessar-fogo Em dia histórico, Hamas devolve últimos reféns vivos, Trump decreta 'tempos de paz', e líderes assinam cessar-fogo em Gaza Sem Israel nem Hamas, líderes mundiais assinam acordo de cessar-fogo em Gaza; 'Conseguimos fazer o impossível', diz Trump

Brasília vira palco da última rodada de negociações climáticas antes da COP30 em Belém

Brasília vira palco da última rodada de negociações climáticas antes da COP30 em Belém

Brasília vira palco da última rodada de negociações climáticas antes da COP30 em Belém Reprodução/TV Globo No Brasil, a capital federal virou palco da última rodada de negociações climáticas antes da COP30 em Belém. Do lado de fora do centro de convenções, ativistas do Greenpeace cobravam ações concretas para proteger as florestas. Lá dentro, representantes da sociedade civil pediam mais ambição aos negociadores. Na sessão de abertura, o secretário executivo da Convenção da ONU sobre Mudança Climática, Simon Stiel, afirmou que a ciência exige ações rápidas e conectadas ao dia a dia das pessoas. Negociadores e ministros de 67 países estão em Brasília para debater os temas mais importantes da Conferência do Clima. A ideia é tentar avançar na negociação climática e tentar construir consensos, antes mesmo do início da COP. O governo brasileiro e a presidência da COP30 também querem discutir metas mais efetivas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. E outro ponto em discussão é como aumentar o financiamento para ajudar os países pobres a se adaptarem ao aumento da temperatura média global. Os Estados Unidos não enviaram representante. "O que a gente quer é, antes de mais nada, assegurar que a gente tenha uma COP na qual a gente possa avançar nas negociações. Evitar bloqueios de um lado ou do outro que sejam provocados pelo desejo de colocar na agenda coisas que não estão na agenda. A primeira coisa é assegurar a boa vontade de todos para a COP possa começar já com negociações”, afirma André Corrêa do Lago, presidente da COP-30. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que a COP em Belém seja marcada pela implementação das medidas já acordadas em conferências anteriores: "Que a COP30 possa se constituir como um grande mutirão de implementação dos acordos até aqui alcançados. A COP30 será o lastro para novos caminhos e novas maneiras de caminhar, como disse o poeta amazônico Thiago de Melo”. LEIA TAMBÉM COP30: governo busca apoio internacional para garantir US$ 1,3 trilhão para financiamento climático Presidente da COP30 lamenta atraso de países na entrega de compromissos com o clima: 'Decepcionante' Como o turismo pode ajudar a preservar áreas naturais?

Mortalidade materna de meninas até 14 anos é maior do que média brasileira

Mortalidade materna de meninas até 14 anos é maior do que média brasileira

GIULIA PERUZZO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) A mortalidade materna entre meninas de 10 a 14 anos é superior à registrada em outras faixas etárias, mostram dados do SUS (Sistema Único de Saúde) compilados pelo Observatório Criança Não é Mãe, lançado nesta segunda-feira (13). Enquanto o Brasil registra taxa de 52,27 mortes gravídico-pueperais (ou seja, durante a gestação ou o pós-parto imediato) a cada 100 mil nascidos vivos, o número para meninas de 10 a 14 anos é de 62,57 mortes no mesmo intervalo. Neste ano, uma menina de 12 anos morreu na região metropolitana de Belo Horizonte após a realização de um parto de emergência -ela estava grávida de oito meses. O projeto é uma parceria entre o Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde e a ONG Projeto Vivas e reune dados de gestação na infância e na adolescência no Brasil, em especial com foco na cidade de São Paulo. No momento, os dados vão até 2024, e foram registrados no DataSUS em três sistemas: Sinasc (Sistema de Nascidos Vivos), SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e SIH (Sistema de Informações Hospitalares). A advogada Letícia Ueda, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, diz que o observatório tem o objetivo de tornar os dados mais acessíveis para a população, já que reúne e os apresenta de forma gráfica, já interpretados. "A mudança acontece a partir do momento que você tem base científica e dados que amparem alterações, sejam legislativas, sejam modificações em políticas públicas, para que a gente promova transformações com base naquilo que efetivamente está acontecendo dentro do território", afirma. Os dados mostram que, a cada ano, cerca de 300 mil crianças e adolescentes dão à luz no Brasil. No ano de 2021, foram registrados 17.456 nascidos vivos de crianças com menos de 14 anos e 13.934 nascidos vivos de pessoas com menos de 14 anos em 2023. Entre 2019 e 2023, foram registrados 38 nascidos vivos de crianças de 10 a 14 anos que já haviam tido gestações anteriores: 35 tiveram uma gestação anterior e três tiveram duas gestações anteriores. Ueda indica esse dado como uma falha no sistema de proteção à criança. "O profissional que faz o atendimento não identifica aquele caso como uma situação de violência e não toma as providências necessárias para garantir a proteção dessa criança ou desse adolescente. E ela permanece exposta no cenário de violação de direitos e muitas vezes permanece em cenários em que ela continua sendo vítima de violência sexual." Isso porque, segundo o art. 217-A do Código Penal, praticar qualquer ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, independentemente do consentimento da vítima. Em 2024, segundo o observatório, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou 87.545 vitimas de estupro no país. A maioria sendo meninas (77,7%), negras (55,6%), de no máximo 13 anos (61,4%) e estupradas por familiares ou conhecidos (83,9%), dentro de sua s próprias casas (67,9%). "Os dados só confirmam aquilo que o movimento de mulheres negras vem trazendo há muito tempo, que a raça-cor e que a classe social são elementos fundamentais para a gente pensar uma maior exposição de pessoas a questões que colocam elas diante de violações de direitos", diz Ueda. O observatório notou que há lacunas em determinados dados, como na ocupação e na identidade de gênero das pessoas. "Essas lacunas de informação impedem que a gente entenda o que efetivamente está acontecendo com determinadas camadas da população, porque a partir do momento que você sequer mapeia, você não tá produzindo política pública", afirma. A gravidez na infância e na adolescência apresenta mais riscos, diz Olímpio Moraes, membro da Comissão Nacional Especializada em Violência Sexual e Interrupção Gestacional Prevista Em Lei e Vice Presidente da Região Nordeste da Federação Brasileira das Associações em Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Ele também é ex-diretor do Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros) da Universidade de Pernambuco, serviço de referência na realização de aborto legal que já atendeu casos emblemáticos como o da menina de 10 anos do Espírito Santo, em 2020. Algumas complicações são pré-eclâmpsia, parto prematuro e hemorragia. Outra questão é que nessa idade o acompanhamento pré-natal é normalmente inadequado, o que pode ter outras consequências. "A grande maioria não é fruto de uma gravidez desejada e planejada. Principalmente porque [relação sexual com] menores de 14 anos, por lei, é estupro", explica sobre a não realização do pré-natal. Crianças e adolescentes muitas vezes tendem a esconder ou desconhecer a gestação até que ela se torne visível, o que implica na procura tardia de um centro de saúde e também em uma maior dificuldade de acesso ao aborto legal. A legislação brasileira prevê que todas as crianças e adolescentes até 14 anos têm direito ao aborto legal, já que ele é permitido em três casos: estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto. Olímpio afirma que o número de mortes gravídico-puerperais poderia ser diminuído se o aborto legal fosse tratado como um problema de saúde pública. "Deve ser tratado oferecendo educação sexual, acesso fácil a métodos contraceptivos e um aborto seguro, porque aí ela pode ter acesso a um método seguro para não engravidar novamente."