Perplexity compartilhará com meios de comunicação receitas de suas buscas com IA

Perplexity compartilhará com meios de comunicação receitas de suas buscas com IA

A ferramenta de inteligência artificial Perplexity anunciou nesta segunda-feira (25) que começará a pagar milhões de dólares a meios de comunicação como parte de um novo modelo para compartilhar os lucros das buscas com empresas jornalísticas. Os veículos que se tornarem parceiros da companhia em breve receberão pagamentos quando seu trabalho for utilizado pelo navegador ou pelo assistente de IA da Perplexity para responder a consultas ou solicitações, informou a startup sediada em San Francisco. "Estamos compensando os meios de comunicação com o modelo adequado para a era da IA", anunciou a empresa em seu blog. Os pagamentos serão administrados por meio de um serviço de assinatura que será lançado nos próximos meses, chamado Comet Plus, que a Perplexity descreve como um programa que garante que veículos e jornalistas se beneficiem dos novos modelos de negócio que a IA oferece. Foi reservado um fundo comum de 42,5 milhões de dólares (R$ 230 milhões) para compartilhar com os meios, e espera-se que aumente com o tempo, acrescentou. "Conforme a web evoluiu além da informação para incluir conhecimento, ação e oportunidades, o excelente conteúdo de veículos e jornalistas ganha ainda mais importância", explicou a equipe da Perplexity. A Perplexity é uma das startups mais promissoras do Vale do Silício, cujo motor de busca baseado em IA é frequentemente citado como um potencial disruptor para o Google. No entanto, a empresa foi processada por meios como o Wall Street Journal, o New York Times e o japonês Yomiuri Shimbun, que alegam que ela se beneficia injustamente de seu trabalho. Um modelo de repartição de receitas por parte da Perplexity seria um gesto de conciliação com os veículos e ajudaria a dissipar as acusações de oportunismo. Diferentemente do ChatGPT ou do Claude da Anthropic, a Perplexity fornece respostas atualizadas que frequentemente incluem links para os materiais de origem, permitindo que os usuários verifiquem a informação. © Agence France-Presse

Sabesp vai diminuir a pressão da água em SP a partir de quarta (27) devido à estiagem

Sabesp vai diminuir a pressão da água em SP a partir de quarta (27) devido à estiagem

CLAUDINEI QUEIROZ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A partir da noite de quarta-feira (27), a Sabesp passará a diminuir a pressão da água no encanamento de toda a região metropolitana de São Paulo por oito horas no período noturno, para tentar reduzir o volume retirado dos reservatórios da região, que estão em nível mais baixo desde a crise hídrica de 2014/2015. Em medição nesta segunda (25), os reservatórios que abastecem a região estão com apenas 38,4% de sua capacidade. Nesse mesmo dia 25 de agosto de 2014, o volume estava em 12,7%; em 2015, era 9,6%; e em 2016, 51%. Não há prazo para terminar a diminuição da pressão, mas a expectativa é que seja quando as chuvas chegarem e os níveis das represas voltarem a subir, o que pode ocorrer a partir do fim de setembro, no início da primavera. A decisão foi tomada pela Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) após estudo realizado pela SP Águas (Agência de Águas do Estado de São Paulo) devido à falta de chuvas na região mais populosa do país. Devido ao baixo nível dos reservatórios e ao fato de ter chovido apenas 8,3% do esperado para o mês de agosto na Grande São Paulo, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo, a Arsesp notificou a Sabesp na tarde desta segunda-feira (25) para realizar a diminuição da pressão. Essa é uma tentativa para evitar o que ocorreu antes da maior crise hídrica de São Paulo, quando não houve ações preventivas e a seca persistiu por dois anos, obrigando a população a mudar seus hábitos e a aprender a economizar água, devido ao racionamento imposto por vários meses. O objetivo agora é reduzir em cerca de 4.000 litros por segundo a vazão de água que sai das represas, além de transferir água de outros sistemas interligados para repor os da região metropolitana. A diminuição da pressão deve atingir cerca de 20 milhões de pessoas, mas será apenas no período noturno, quando o consumo é menor. "É muito importante que consigamos estabilizar os reservatórios até que tenhamos novas chuvas, e para isso a adoção de medidas de contingência é importante, assim como é fundamental a cooperação da população na redução do consumo", enfatiza a presidente da SP Águas, Camila Viana. A Sabesp afirma que quem possuir caixa d'água na residência não deve sentir a diminuição da pressão. No entanto, os moradores de regiões mais elevadas, onde já é difícil o abastecimento, devem enfrentar falta de água. Para tentar evitar ou minimizar esses efeitos, a Arsesp afirma que manterá uma fiscalização dos trabalhos da Sabesp. Segundo Tiago Mesquita Nunes, diretor presidente da Arsesp, a agência vai monitorar para que o período de oito horas seja respeitado em todas as regiões, inclusive, nas áreas mais altas. "Os sensores estão localizados nesses pontos mais altos e vamos monitorar se eles não ficarão mais que as oito horas determinadas. Então, é a Sabesp que tem de considerar o tempo de carga e descarga do sistema para que a experiência do usuário da ponta seja de 8 horas de redução de demanda", disse Mesquita Nunes à TV Globo. A Sabesp está preparando uma ação para conscientizar os moradores quanto ao uso da água e para avisar os clientes dos horários de diminuição de pressão. A companhia informou que a comunicação será feita pelos diversos canais e ferramentas de comunicação da empresa, com foco em emails e mensagens. O Governo de São Paulo também informou que iniciará nesta semana uma campanha de conscientização da população para a redução do consumo por meio de medidas simples, como a contenção de vazamentos, o uso de chuveiros eficientes, o uso de máquinas de lavar com carga completa, entre outras. Em nota, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou que está em fase final de aprovação o Protocolo de Escassez Hídrica de São Paulo, ferramenta que orienta a atuação do governo sobre as medidas preventivas e de contingência a serem adotadas para cada faixa de disponibilidade hídrica. "De acordo com o protocolo, a região metropolitana se encontra hoje em estado de atenção (reservatórios com volume útil de 39,2%). Caso esse percentual caia para valores entre 30% e 20%, é acionado o estágio crítico. Já o último estado, de emergência, é acionado quando os valores atingem percentuais inferiores a 20%. O protocolo prevê medidas a serem adotadas em cada um desses estágios, como suspensão de outorgas, diminuição de vazões outorgadas, intensificação da fiscalização em localidades críticas, entre outras", detalhou o governo estadual. PLANO DE CONTINGÊNCIA IRÁ REPOR ÁGUA DOS MANANCIAIS Além da diminuição da pressão nos canos, a Sabesp também colocará em prática um plano de contingência que envolve infraestrutura instalada para trazer água de outros mananciais. Depois da crise hídrica de 2014/2015, a companhia realizou várias obras para interligar os sete mananciais da região: Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço. Assim, é possível enviar água de um para o outro, para repor o reservatório. Ainda há outra bacia interligada à da região metropolitana, que é a do rio Paraíba do Sul, no vale do Paraíba, que pode ter suas águas transferidas para o sistema Cantareira, se for necessário. Ainda há a interligação do rio Itapanhaú -no litoral, entre Bertioga e Guarujá- com sistema o Alto Tietê, que está em em obra de pré-operação. Outras obras previstas são a ampliação do sistema Baixo Cotia, a Nova Travessia Taiaçupeba e a segunda fase de ampliação da Rio Grande.

Embaixador americano dribla convocação para esclarecimentos após criticar Macron por antissemitismo

Embaixador americano dribla convocação para esclarecimentos após criticar Macron por antissemitismo

ANDRÉ FONTENELLE PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Convocado pelo governo francês a prestar esclarecimentos devido a um artigo acusando Emmanuel Macron de "falta de ação suficiente" contra o antissemitismo, o embaixador dos Estados Unidos na França, Charles Kushner, driblou o chamado. Ele enviou um subordinado ao Ministério das Relações Exteriores francês na tarde desta segunda (25). Não foi confirmado o nome do diplomata, que ouviu um sermão de duas diretoras subalternas do ministério e teria respondido prometendo trabalho em conjunto com a França para combater o antissemitismo. Abaixo de Kushner, o mais graduado da embaixada é o chefe de missão adjunto, Mario Mesquita. A convocação tinha sido a forma escolhida pelo presidente francês para demonstrar sua indignação com a carta aberta publicada por Kushner no domingo (24) no influente jornal americano The Wall Street Journal. Nela, ele afirmou que as críticas de Macron a Israel e a decisão de reconhecer o estado palestino "encorajam extremistas, fomentam a violência e põem em perigo a vida dos judeus na França". Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou em Washington que o governo de Donald Trump "apoia os comentários" de Kushner. O embaixador e magnata do ramo imobiliário é pai de Jared Kushner, genro do presidente americano. Em comunicado no mesmo dia da publicação, o Quai d'Orsay, o Ministério das Relações Exteriores francês, qualificou de "inaceitáveis" as afirmações de Kushner. Embora tenha anunciado que a França reconhecerá a Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, Macron também tem sistematicamente pedido a libertação dos reféns em poder do Hamas em Gaza e condenou publicamente diversos atos antissemitas, que recrudesceram na França desde o início da guerra, em outubro de 2023. Filho de judeus poloneses que sobreviveram ao Holocausto, Charles Kushner prosseguiu sua carta afirmando que "o presidente Trump e eu temos filhos judeus e compartilhamos netos judeus". Em seguida, listou atos recentes dos EUA, entre eles o bombardeio das instalações do programa nuclear do Irã. "Essas medidas provam que o antissemitismo pode ser combatido com eficiência quando os líderes têm vontade de agir", acrescentou o embaixador. O artigo de Kushner é inusitado: não é comum que embaixadores critiquem publicamente os líderes dos países aliados onde estão servindo. A convocação do embaixador para dar explicações é o procedimento padrão em situações assim no campo diplomático. No início de agosto, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos sobre uma postagem em redes sociais atacando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Os EUA estão sem embaixador no Brasil desde a posse de Trump, em janeiro. De forma análoga à ocorrida em Paris nesta segunda, o diplomata americano não foi recebido pelo chanceler Mauro Vieira, e sim pelo secretário interino do Itamaraty para Europa e América do Norte, Flávio Goldman. A indicação de Kushner, de 71 anos, para a embaixada em Paris, em maio, foi polêmica. Além do vínculo familiar com o presidente -Jared, seu filho mais velho, é casado desde 2009 com Ivanka Trump- Kushner não é diplomata de carreira e tem no currículo uma sentença judicial. Condenado em 2005 por evasão fiscal e contribuições ilegais de campanha, Kushner cumpriu dois anos de prisão. Em 2020, no final de seu primeiro mandato, Trump usou sua prerrogativa presidencial para conceder-lhe perdão incondicional. O episódio é mais uma evidência da tensão latente na relação entre a França e os EUA, apesar dos esforços de Macron para manter um relacionamento produtivo com Trump em questões como os conflitos em Gaza e na Ucrânia e os tarifaços impostos pela Casa Branca. Embora Trump e Macron demonstrem cordialidade quando se encontram -como na semana passada, na Casa Branca-, o presidente americano não poupa críticas ao colega francês. "Macron é um cara legal, mas o que ele diz não importa", disse em julho sobre a decisão francesa de reconhecer a Palestina.

Flamengo joga por música, faz 8 no Vitória e crava recorde no Brasileiro

Flamengo joga por música, faz 8 no Vitória e crava recorde no Brasileiro

BRUNO BRAZ E BRUNO MADRID RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Maracanã virou palco de um verdadeiro concerto do Flamengo, que atropelou o Vitória de maneira acachapante por 8 a 0, cravou a maior goleada da história do Brasileirão nos pontos corridos e se manteve na liderança isolada desta edição do torneio. Arrascaeta regeu como maestro da orquestra e fez um gol, Samuel Lino bailou sobre os rivais com dois, e Pedro, o grande solista da noite, encantou a plateia ao marcar três vezes —o primeiro deles, aliás, configurou o gol de número 100 do atacante no estádio carioca. Ainda deu tempo de os reservas Luiz Araújo e Bruno Henrique entrarem para definir o 8 a 0, encerrando o espetáculo no Maracanã com chave de ouro em um samba de oito notas. O Flamengo chegou aos 46 pontos em 20 jogos e continuou na ponta da tabela, seguido pelo Palmeiras (42 pontos em 19 jogos) e Cruzeiro (41 pontos em 21). O Vitória, por sua vez, estacionou nos 19 pontos e não conseguiu sair do Z4. Os times voltam a jogar no domingo. O Flamengo recebe o pressionado Grêmio no Rio, enquanto o Vitória, também em casa, mede forças com o Atlético-MG. Rápido e fatal: foi assim que o Flamengo entrou em campo para encarar o Vitória, que protagonizou dois erros em sequência com o goleiro Lucas Arcanjo e foi punido em ambas as vezes com gols: um de Samuel Lino, o primeiro do atacante com a nova camisa, e outro de Pedro, que marcou pela 100ª vez no Maracanã. Ainda deu tempo do maestro Arrascaeta, dono das assistências para os atacantes, fincar um golaço antes do intervalo. A pausa do show durou somente 15 minutos porque o rubro-negro voltou ao gramado "on fire". Samuel Lino e Pedro repetiram a dobradinha antes de Luiz Araújo, substituto de Plata, deixar o dele — ainda deu tempo de Pedro marcar o seu terceiro em um lance digno de Puskás, e Bruno Henrique, de pênalti, transformar o resultado na maior goleada da história dos pontos corridos. FLAMENGO Rossi; Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro (Viña); Jorginho, Saúl (De la Cruz) e Arrascaeta (Carrascal); Plata (Luiz Araújo), Samuel Lino (Bruno Henrique) e Pedro. T.: Filipe Luís VITÓRIA Lucas Arcanjo; Lucas Braga, Lucas Halter, Zé Marcos e Ramon; Pepê, Wendell (Ricardo Ryller) e Ronald Lopes (Willian Oliveira); Erick (Oswaldo), Aitor Cantalapiedra (Edu) e Renato Kayzer. T.: Fábio Carille Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ) Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG) Assistentes: Felipe Alan Costa de Oliveira (MG) e Leonardo Henrique Pereira (MG) VAR: Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira (MG) Cartões amarelos: Cartões vermelhos: não houve Gols: Samuel Lino (FLA), a 1 min do 1º tempo e aos 4 min do 2º tempo; Pedro (FLA), aos 3 min do 1º tempo, a 1 min do 2º tempo e aos 13 min do 2º tempo; Arrascaeta (FLA), aos 33 min do 1º tempo; Luiz Araújo (FLA), aos 8 min do 2º tempo; Bruno Henrique (FLA), aos 35 min do 2º tempo

Governo tenta se recuperar de derrota e emplacar plano de trabalho paralelo na CPI do INSS

Governo tenta se recuperar de derrota e emplacar plano de trabalho paralelo na CPI do INSS

O governo Lula está se organizando para tentar uma recuperação da derrota na eleição para presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS e deve tentar aprovar um plano de trabalho próprio para a investigação. A avaliação do Palácio do Planalto é que seus aliados têm uma maioria apertada e, se bem mobilizados, podem ditar o rumo do colegiado. Leia mais (08/25/2025 - 23h18)

Flamengo aplica maior goleada da era dos pontos corridos ao marcar 8 a 0 no Vitória

Flamengo aplica maior goleada da era dos pontos corridos ao marcar 8 a 0 no Vitória

O Flamengo protagonizou uma noite histórica no Maracanã ao golear o Vitória por 8 a 0, na maior vitória do Brasileirão desde 2003. Pedro brilhou com gols e se tornou o oitavo maior artilheiro da história do estádio, enquanto Arrascaeta se consagrou como maior assistente do campeonato. Samuel Lino marcou seus primeiros gols pelo clube, e o time manteve intensidade do início ao fim em uma atuação dominante.