Dinheiro vai para o Botafogo ou o Lyon? Entenda imbróglio com iminente venda de Savarino

Dinheiro vai para o Botafogo ou o Lyon? Entenda imbróglio com iminente venda de Savarino

O Botafogo aceitou, no início da noite da última segunda-feira, as propostas que recebeu do Al-Rayyan, do Catar, e do Trabzonspor, da Turquia, pelo venezuelano Savarino. Com valores similares, as ofertas são de 7 milhões de euros (aproximadamente R$ 44,1 milhões). Dessa maneira, o destino do camisa 10 alvinegro está nas mãos do próprio atleta. Entenda: Botafogo aceita ofertas de R$ 44 milhões por Savarino e conclusão da venda depende apenas do 'sim' do atleta Motivada por questões financeiras, já que o Botafogo vive situação financeira delicada em meio ao imbróglio envolvendo John Textor e a Eagle Football Holding (EFH), a negociação do venezuelano que está prestes a ser concluída deixou dúvidas do destino final do dinheiro. Isto é porque, em março, a SAF alvinegra vendeu os direitos econômicos do atleta para o Lyon-FRA por 7,6 milhões de euros (aproximadamente R$ 48,4 milhões). Dessa forma, no caso de uma eventual negociação, os valores da operação teriam que ser repassados ao clube francês. Relembre: Em documento, Botafogo diz que vendeu Savarino ao Lyon por R$ 48 milhões em ajuda a clube francês Vale lembrar que, em situações semelhantes, Luiz Henrique, Igor Jesus, Thiago Almada e Jair tiveram as quantias das vendas direcionadas ao Lyon. Na época, o clube francês precisava angariar recursos por conta dos problemas que vivia com o órgão regulador local, quando o caixa dos clubes da Eagle Football Holding ainda eram únicos. No entanto, fontes alvinegras ouvidas pela reportagem afirmam que, como não há mais operações de caixa único entre os clubes no momento, o dinheiro de uma possível transferência de Savarino seria mantido nos cofres do Botafogo. A alegação é de que a quantia seria uma espécie de abatimento pelos empréstimos que o alvinegro afirma ter feito ao Lyon anteriormente. Ainda assim, fato é que a situação esquentará ainda mais as disputas judiciais que acontecem em torno da SAF do Botafogo. No que diz respeito ao campo e bola, o time treinado por Davide Ancelotti retornará aos gramados nesta quarta-feira, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Vasco.

Consulado da China tenta influenciar a diáspora em eleições de Nova York

Consulado da China tenta influenciar a diáspora em eleições de Nova York

Em Nova York, nos Estados Unidos , clubes sociais apoiados pela China minaram a candidatura de um político que já havia desafiado o regime na televisão chinesa, ajudaram a derrubar um senador estadual por participar de um banquete com o presidente de Taiwan , e condenaram uma candidata ao Conselho Municipal nas redes sociais por apoiar a democracia em Hong Kong . Leia mais (08/26/2025 - 04h00)

Comando Vermelho expande tráfico no AM enquanto forças de segurança discordam sobre proteção da fronteira

Comando Vermelho expande tráfico no AM enquanto forças de segurança discordam sobre proteção da fronteira

Em meio às curvas do rio Javari que formam a fronteira entre Brasil e Peru , os policiais militares do Amazonas estacionam o barco e apontam para a margem peruana, na metade do trajeto entre as cidades de Benjamin Constant e Atalaia do Norte. A intenção é demonstrar como estão próximos do problema e, ao mesmo tempo, impedidos de agir. Leia mais (08/26/2025 - 04h00)

Governo pode aumentar restrições à publicidade de bets, diz secretário

Governo pode aumentar restrições à publicidade de bets, diz secretário

O secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda , Regis Dudena, acenou com a possibilidade de o governo federal estabelecer uma maior restrição à publicidade das bets no Brasil . Ao C-Level , videocast da Folha , o secretário comentou as críticas em relação ao excesso de publicidade no setor por parte de influenciadores, apresentadores de TV, canais esportivos e até mesmo atletas. Leia mais (08/26/2025 - 04h00)

Drones vão ao ataque contra o lixo no Everest

Drones vão ao ataque contra o lixo no Everest

Everest, a montanha mais alta do mundo, localizada na cordilheira do Himalaia, na fronteira entre o Nepal e a Região Autônoma do Tibete, na China. Nesta temporada de escaladas, uma equipe de operadores de drones se uniu aos alpinistas e guias no acampamento-base com uma missão: ajudar a limpar o ponto mais alto do mundo. Toneladas de resíduos — desde latas vazias e cilindros de gás até garrafas, plásticos e equipamentos de escalada descartados — valeram ao Everest, que um dia foi um lugar intocado, o sombrio apelido de "o lixão mais alto do mundo". Everest: como o monte passou de expedição para alpinistas a destino turístico de massa Astronauta veterano da Nasa publica fotos inéditas do Monte Everest tiradas do espaço; veja Dois drones de carga pesada DJI FC 30 foram enviados até o Acampamento 1, a 6.065 metros de altitude, onde já ajudaram a transportar 300kg de lixo durante a temporada de escalada da primavera, que normalmente vai de abril até o início de junho. - As únicas opções eram helicópteros e força humana, sem nenhuma outra alternativa - explica Raj Bikram Maharjan, da empresa nepalesa Airlift Technology, que desenvolveu o projeto. - Então, como solução para esse problema, tivemos a ideia de usar nossos drones de carga pesada para transportar o lixo - acrescenta. Após um teste piloto bem-sucedido no Everest no ano passado, a empresa fez ensaios do sistema na montanha próxima Ama Dablam, onde retirou 641kg de resíduos. - É uma iniciativa revolucionária nas montanhas para torná-las mais limpas e seguras - afirma Tashi Lhamu Sherpa, vice-presidente do município rural de Khumbu Pasang Lhamu, que supervisiona a área do Everest. 'Uma mudança revolucionária' Os drones estão se mostrando muito mais eficientes, econômicos e seguros do que os métodos anteriores, segundo Tshering Sherpa, chefe do Comitê de Controle da Poluição de Sagarmatha. - Em apenas 10 minutos, um drone pode transportar tanto lixo quanto 10 pessoas em seis horas - explica à AFP. Essas potentes aeronaves custam cerca de US$ 20 mil cada uma, mas foram fornecidas pelo fabricante sediado na China para apoiar a operação de limpeza e promover sua marca. O restante dos custos foi coberto em parte pelas autoridades locais. Além da coleta de resíduos, os drones também foram usados para entregar equipamentos de escalada essenciais, como cilindros de oxigênio, escadas e cordas, o que reduziu o número de perigosas travessias pela cascata de gelo de Khumbu, uma das zonas mais mortais do Everest. Isso pode ajudar a melhorar a segurança dos guias e carregadores, especialmente das equipes de "preparação", que estabelecem as rotas no início da nova temporada. - As pessoas da equipe de preparação ficaram muito felizes - diz o alpinista Nima Rinji Sherpa, o mais jovem a alcançar os 14 picos mais altos do mundo. - Eles podem ir sozinhos, e o drone leva as escadas, o oxigênio e as cordas. Economiza muito tempo e energia - afirma. No mês que vem, a Airlift Technology levará os aparelhos ao monte Manaslu, o oitavo pico mais alto do mundo. - Os drones não são úteis apenas na guerra - garante Maharjan. - Eles podem salvar vidas e proteger o meio ambiente. Essa tecnologia vai representar uma mudança revolucionária para o trabalho humanitário e climático - conclui.

Decisão do tribunal de Haia abre nova frente de ação pelo clima, dizem especialistas

Decisão do tribunal de Haia abre nova frente de ação pelo clima, dizem especialistas

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, emitiu no fim do mês passado uma decisão que não está atrelada a uma sentença, mas pode mudar a dinâmica de como os países tratam o combate à crise do clima. Em um parecer consultivo solicitado pela Aliança de Pequenos Estados-Ilha (Aosis), reforçado por um pedido aprovado na Assembleia Geral da ONU, o tribunal respondeu no mês passado a questionamentos sobre a validade do direito internacional para tratar do aquecimento global. No documento, os juízes afirmam que sim, os governos têm obrigação formal de combater as mudanças climáticas, incluindo a regulamentação de atores privados em seus territórios. A corte decidiu também que os países deve ser responsabilizados legalmente se não tomarem as medidas necessárias para limitar suas emissões de gases de efeito estuga, ainda que tenha deixado menos claro como isso pode ser feito. Segundo os juízes de Haia, há uma série de obrigações das nações que tem o statos "Erga omnes", ou seja, são obrigações de todos os governos soberanos do planeta. "Todos os Estados têm um interesse comum na proteção dos bens ambientais globais, como a atmosfera e o alto mar", afirma o texto do parecer. "Consequentemente, as obrigações dos Estados relativas à proteção do sistema climático e de outras partes do meio ambiente contra as emissões antropogênicas de gases de efeito estufa, em particular a obrigação de prevenir danos transfronteiriços significativos, de acordo com os princípios consuetudinários internacionais, são obrigações Erga omnes." Algumas das obrigações apontadas no documento são da classe "Erga omnes partes", ou seja, dirigidas apenas aos Estados-membros signatários de algum tratado relevante. Além de citar a Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), o documento dirige esse dever também aos países aderentes ao Acordo de Paris para o clima, do Protocolo de Montreal para proteger a camada de ozônio e diversos outros tratados na área. Com o enfraquecimento de Paris, do qual o maior emissor histórico de carbono, os Estados Unidos, estão prestes a desembarcar, a entrada da CIJ no jogo do clima é vista com bons olhos por diplomatas e ambientalistas. A medida abre um caminho para não apenas pressionar entes americanos a agirem, mas também para a sociedade civil realizar pressões internas em outros países que não têm cumprido suas promessas de corte de emissões de CO2. Na opinião de Helena Rocha, co-diretora de programa de Brasil no Centro pela Justiça e Direito Internacional (Cejil), com a decisão o direito internacional passa a ser uma frente de combate ao clima, em fez de uma oportunidade para subterfúgios no cumprimento de tratados. — Muitos estados, quando se posicionaram perante a corte no período de consulta, falavam que esses tratados emitiam recomendações, que eles eram orientações, e que não existiria uma obrigação legal de cumprimento daqueles requisitos — afirma a advogada. — Agora, o que se esclareceu em Haia é que existe essa obrigação legal e que o não cumprimento dessas obrigações gera consequências. Sutileza policial Quais são essas consequências e como aplicá-las, porém, são a parte mais complicada para a CIJ. — É muito complexo avaliar isso quando se trata da decisão de uma Corte que não tem poder de polícia — diz Paulo Busse, advogado do Observatório do Clima, maior coalizão de ONGs ambientais do Brasil. — Se os Estados Unidos, por exemplo, tiverem um presidente como o Trump é agora, que nega a mudança climática, está saindo do Acordo de Paris e se recusa a cumprir qualquer coisa, qual autoridade internacional vai obrigar os EUA a agir diferente? Busse, que já venceu uma ação em nome de jovens ativistas no Brasil em 2022 para obrigar o governo a corrigir sua meta de cortes de emissão, afirma que o principal diferencial do parecer da CIJ será em assuntos domésticos, mas não no Brasil. — Essa decisão é mais importante para países que não têm o sistema jurídico que o Brasil tem, começando pelo artigo 225 da Constituição e passando por uma série de leis e instrumentos para proteger o meio ambiente — diz. Para Christopher Bartlett, chefe da diplomacia climática do pequeno país-ilha de Vanuatu e um dos articuladores do movimento pelo parecer em Haia, um dos trunfos da decisão em Haia é que ela não se restringe apenas a signatários de acordos. — Nós pedimos aos juízes que examinassem todo o direito internacional e as formas como as obrigações em relação às mudanças climáticas se vinculam a esses diversos tratados — afirma o diplomata. — Portanto, o fato de um Estado se retirar de apenas um tratado não significa que ele tenha perdido suas obrigações em relação às mudanças climáticas sob os outros tratados dos quais ainda faz parte. Segundo Rocha, do Cejil, um aspecto importante do parecer diz respeito à munição que ele oferece a advogados para ancorar suas argumentações, uma forma mais sutil de poder. Em um mundo onde o ceticismo climático ainda sobrevive, às vezes as convicções pessoais de juízes podem levá-los a crer que a queima de petróleo nos EUA nada teria a ver com a elevação do nível do mar em Vanuatu. Com Haia conferindo peso jurídico à ciência do clima, isso fica mais difícil. — O parecer define quais os parâmetros as prova de causalidade requerem, que eram questões que eram ainda bastante questionadas, inclusive nos tribunais — explica a advogada. — Isso abre um novo caminho, com pautas mais claras e com parâmetros mais nítidos, sobre o que pode ser exigido dos Estados.