Melhor cafeteira custo-benefício: 10 modelos para facilitar a rotina

Melhor cafeteira custo-benefício: 10 modelos para facilitar a rotina

A cafeteira elétrica já faz parte do dia a dia dos brasileiros: segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) realizada em 2025, 35% dos entrevistados preparam o café neste aparelho. Se você também está pensando em facilitar a rotina e substituir a chaleira e o filtro de papel pelo eletrodoméstico, mas está com dúvida sobre qual é o melhor modelo para sua necessidade, o TechTudo te ajuda a tomar a decisão. Trazemos aqui 10 opções variadas de Electrolux, Mondial, Philco, Philips Walita, Nespresso, Oster e Três Corações, que vão desde modelos simples, passando por opções programáveis até chegar em uma experiência mais completa, com máquina que inclui moagem de grãos. Sem esquecer, claro, de máquinas de café expresso, para quem deseja uma bebida com sabor mais forte. Quem está de olho em um modelo pequeno e básico, a Mondial Dolce Arome C-35 pode ser uma boa pedida: com reservatório de cerca de 720 ml, está à venda na Amazon por R$ 119. Já quem busca uma experiência mais completa pode apostar na cafeteira Philips Walita EP1220/15, que tem vaporizador e permite até moer os grãos. Na Casas Bahia, está à venda por R$ 2.625. Vale destacar que os preços foram verificados durante a apuração da matéria, em outubro de 2025, e podem sofrer variações. A seguir, confira a lista completa de 10 melhores cafeteiras custo-benefício que vão facilitar sua rotina! ? Grupo do TechTudo no Telegram: receba ofertas e cupons de desconto todos os dias Receba ofertas e cupons direto no seu celular com o nosso canal do WhatsApp Cafeteira elétrica programável Electrolux ECM25 é um dos itens da lista: veja seleção completa Reprodução/Amazon Cafeteira: tudo que você precisa saber antes de comprar Initial plugin text Qual voltagem economiza mais: 220 V ou 127 V? Descubra no Fórum do TechTudo Como escolhemos as melhores cafeteiras custo-benefício? Para montar a seleção de produtos desta matéria, tomamos como referência para ponto de partida os rankings de marketplaces, como Amazon, Casas Bahia e Mercado Livre. A partir daí, fazemos uma análise do volume de vendas, da nota média de avaliações dos usuários — no caso desta lista, todos as cafeteiras selecionadas recebem nota a partir de 4,5 estrelas — e também da reputação do fabricante, a partir de dados de plataformas especializadas, como Reclame Aqui. Além disso, no caso de produtos que foram testados pela nossa equipe, essa experiência prática também contribui para a decisão final. Initial plugin text Melhor cafeteira custo-benefício: 10 modelos para comprar A cafeteira elétrica é aquele eletrodoméstico que parece dispensável, mas só até você começar a usar — digo isso por experiência própria. A facilidade de já acordar com o café pronto, no caso dos modelos programáveis, ou de acordar, deixar o café passando, ir se arrumar e, depois, já ter a bebida pronta facilita a rotina da manhã, que normalmente é mais atribulada com horários de escola e de trabalho. Na lista, trouxemos modelos diversos e com preços variados para você escolher a que oferece melhor custo-benefício para sua realidade. Para apoiar a decisão, trazemos os dados da ficha técnica, a nota de cada produto e os prós e contras apresentados por quem já comprou e já usa no dia a dia. Os mdelos estão à venda no varejo on-line, em sites como Amazon, Casas Bahia e Mercado Livre, e os preços, aferidos em outubro de 2025, podem sofrer alterações. É importante destacar também que a lista está organizada em ordem crescente de preços. A seguir, confira a seleção completa! Melhor custo-benefício modelo básico: Mondial Dolce Arome C-35 Melhor custo-benefício modelo pequeno: Electrolux ECM10 Melhor custo-benefício modelo intermediário: Oster OCAF650 Melhor custo-benefício modelo programável: Electrolux ECM25 Melhor custo-benefício modelo completo: Electrolux ECM30 Melhor custo-benefício café expresso com cápsula: Nespresso Essenza Mini Melhor custo-benefício multibebidas com cápsula: Nescafé Dolce Gusto Mini Me Melhor custo-benefício compacta e regulável com cápsula: Três Corações Passione Melhor custo-benefício expresso com vaporizador: Cafeteira Philco Coffee Express 15 Bar Melhor custo-benefício com moedor: Philips Walita EP1220/15 1. Cafeteira Mondial Dolce Arome C-35 (127 V) — a partir de R$ 119 Medindo 16,5 cm x 23 cm x 26 cm (L x P x A), a Mondial Dolce Arome C-35 serve de uma vez até 720 ml de café e oferece bom custo-benefício para servir até três pessoas de uma vez ou para quem tem pouco espaço na cozinha, mas não quer abrir mão da comodidade. Tem filtro duplo lavável, não sendo necessário usar filtro de papel, sistema corta-pingos, indicador do nível de água e botão liga e desliga luminoso. Já a base de aquecimento permite manter a bebida na temperatura adequada — segundo a fabricante, o recurso por uma hora, pois, depois disso, o sabor pode mudar. Na Amazon, onde está à venda a partir de R$ 119, é avaliada com 4,6 estrelas de 5. Nos comentários, os usuários elogiam a cafeteira Mondial Dolce Arome C-35 pela praticidade para o dia a dia e pela opção de deixar o café aquecido: “não fica extremamente quente, mas na temperatura ideal para beber sem se queimar”, aponta um consumidor. Uma crítica recorrente é quanto à fragilidade da jarra de vidro, que pode trincar com pouco tempo de uso. Para isso, compradores aconselham a não colocar líquido frio enquanto a mesma estiver quente, por exemplo. Prós: prática; realmente mantém a bebida aquecida Contras: jarra de vidro parece frágil e pode trincar 2. Cafeteira Electrolux ECM10 (127 V) — a partir de R$ 128 Mais um modelo pequeno, a cafeteira Electrolux ECM10 mede 15 cm x 22,6 cm x 27,2 cm (L x P x A) e prepara até 600 ml de café de uma vez, sendo um pouco menor que o primeiro item da lista. O sistema de preparo das duas opções, entretanto, é semelhante: tem indicador de nível de água, filtro duplo e lavável, sistema corta-pingos, botão luminoso, que indica o funcionamento, e placa de aquecimento. De acordo com a fabricante, o ideal é manter a temperatura da bebida por, no máximo, 75 minutos. Depois desse tempo, pode haver mudança no gosto do café por causa da oxidação, além de formar uma borra no fundo. Disponível a partir de R$ 128 na Amazon, a cafeteira elétrica Electrolux ECM10 também recebe nota 4,6 de 5 estrelas. Os usuários elogiam a praticidade e indicam para famílias pequenas (até duas pessoas). O design compacto também é destaque, assim como a eficiência da placa de aquecimento e o funcionamento silencioso. Apesar de vir com filtro permanente, há usuários que preferem investir em filtro descartável porque “sempre passa um pouco do pó”, relata um consumidor. Há críticas também à pouca eficácia do sistema corta-pingos. Prós: prático; deixa café bem aquecido; funcionamento silencioso Contras: filtro permanente pode deixar passar pó para jarra; sistema corta-pingos deixa a desejar 3. Cafeteira Oster OCAF650 (127 V) — a partir de R$ 180 Além de ser uma cafeteira com capacidade para coar até 1,2 litro de café, a Oster OCAF650 vem com jarra de inox, o que é uma vantagem para quem tem receio de as de vidro quebrarem com facilidade. O funcionamento desta cafeteira também é simples, como os dois modelos anteriores: vem com filtro permanente lavável, indicador de nível de água, sistema corta-pingos, botão luminoso indicando o funcionamento e placa de aquecimento — diferentemente das outras marcas, a Oster não indica um tempo máximo para manter a bebida aquecida. Maior que os modelos anteriores, mede 15 cm x 25 cm x 31 cm (L x P x A). Avaliada com 4,5 estrelas de 5 pelos usuários, o que indica satisfação com o produto, a cafeteira elétrica Oster OCAF650 está à venda por R$ 180 na Amazon. A resistência da jarra em inox é um dos pontos altos do modelo, que também leva vantagem por manter a bebida bem aquecida. “Café fica quentinho e ela é bem grande”, afirma um consumidor. O fato de não ter pés emborrachados, entretanto, gera reclamações, já que o eletrodoméstico fica instável. Outro problema é durante a coagem do café: o pó atravessa o filtro permanente. Prós: jarra de inox; placa realmente mantém café aquecido Contras: não tem pés emborrachados e fica instável; passa pó pelo filtro permanente 4. Cafeteira Electrolux ECM25 (127 V) — a partir de R$ 228 O grande diferencial desse modelo é a função programável: com timer de 24 horas, dá para deixar tudo no ponto para a cafeteira coar o café de manhã na hora planejada, por exemplo. O visor também funciona como relógio, e a jarra de vidro tem capacidade para 1,2 litro, atendendo bem uma família de quatro pessoas. Outra vantagem do modelo é o desligamento automático após duas horas sem uso. Passar o café é fácil, já que a cafeteira elétrica tem indicador de nível de água e filtro duplo permanente e lavável. Conta ainda com sistema corta-pingos e placa de aquecimento. Uma coisa importante para destacar: caso haja falta de energia, a programação precisa ser refeita. Mede 18,3 cm x 24,9 cm x 32,9 cm (L x P x A). Na Amazon, onde está à venda a partir de R$ 228, a cafeteira elétrico programável Electrolux ECM25 recebe nota 4,7 de 5 estrelas. A facilidade de manuseio e limpeza, o café saboroso, o desligamento automático e a função programável chamam a atenção dos usuários nos comentários. “O timer de programação, principal função, é simples e objetivo”, elogia um consumidor. O sistema corta-pingos, porém, não funciona corretamente, mas, mesmo assim, os compradores afirmam que vale a pena investir no modelo. Prós: fácil de manusear e limpar; função programável eficiente; café saboroso; desligamento automático Contras: sistema corta-pingos não funciona corretamente 5. Cafeteira Electrolux ECM30 (127 V) — a partir de R$ 289 Além de programar o café, com o timer de 24 horas, dá para realçar o sabor da bebida com a opção AromaStrenght da cafeteira elétrica Electrolux ECM30, e esse é o grande diferencial do modelo. O visor também funciona como relógio, e a programação das horas é feita facilmente pelos botões do painel. Com jarra de 1,5 litro de capacidade, é um aparelho grande, que serve bem famílias de cinco a seis pessoas. O desligamento automático acontece depois de duas horas, como no modelo anterior, e ainda conta com indicador de nível de água, filtro duplo permanente e lavável e função manter aquecido. Mede 18,5 cm x 27,5 cm x 35 cm (L x P x A). Está à venda na Amazon a partir de R$ 289 e é avaliada por lá com 4,8 estrelas de 5. Os usuários destacam a rapidez no preparo, o funcionamento silencioso, a eficiência da função programar e a temperatura bem quente do café. A função para realçar o sabor, entretanto, não impressiona: alguns consumidores afirmam que não destaca a bebida. Pelo contrário, pode deixar o café com gosto de queimado. Prós: rapidez no preparo; funcionamento silencioso; função programar eficiente; café sai quente Contras: função realçar o sabor pode deixar a bebida com gosto de queimado 6. Cafeteira Nespresso Essenza Mini (127 V) — a partir de R$ 377 Menor item da lista, com 8,4 cm x 33 cm x 22,4 cm (L x P x A), a Essenza Mini, da Nespresso, é indicada para quem quer economizar espaço sem abrir mão de um café expresso saboroso. Com reservatório de 600 ml e espaço para um café por vez, o usuário pode preparar doses espresso (40 ml) ou lungo (110 ml), e, depois de nove minutos do último uso, o aparelho desliga automaticamente. O preparo é fácil: basta levantar a alavanca, encaixar a cápsula e selecionar no painel se será um cafezinho ou cafezão. À venda a partir de R$ 377 na Amazon, a Nespresso Essenza Mini recebe nota 4,8 de 5 estrelas. Descrita nos comentários como “excelente cafeteira”, é elogiada por ser compacta, fácil de usar e de limpar e por ter cafés saborosos. Entretanto, faz barulho durante o preparo, o que pode incomodar um pouco. O cabo curto também gera algumas reclamações. Os usuários alertam que a tomada é de 20 A, ou seja, o pino é mais grosso. Sendo assim, não cabe em bocais regulares. Prós: compacta; fácil de usar e limpar; opções saborosas de café Contras: barulhenta; cabo curto 7. Cafeteira Nescafé Dolce Gusto Mini Me (127 V) — a partir de R$ 399 Uma pequena notável, é assim que dá para definir a Mini Me, da Dolce Gusto. Com reservatório de 800 ml, prepara uma bebida por vez e dá para escolher o tamanho pelo painel. Esta cafeteira de cápsula é compatível com mais de 50 tipos de bebidas, de acordo com a fabricante: com o aparelho, você consegue servir expresso, latte, chá e chocolate. Uma boa opção para o cantinho do café, mede 16 cm x 24 cm x 30,5 cm (L x P x A). Os usuários se mostram tão satisfeitos, que avaliam a Mini Me com 4,9 estrelas de 5 no Mercado Livre, onde está à venda a partir de R$ 399. O café saboroso, o tamanho compacto, a rapidez no preparo do café e a grande variedade de cápsulas compatíveis são pontos altos da cafeteira, de acordo com os usuários. Entretanto, há relatos de vazamento de água e de problemas na alavanca, que pode não travar corretamente em alguns momentos. Prós: café saboroso; compacta; preparo rápido; grande variedade de cápsulas compatíveis Contras: vazamento de água; alavanca pode dar problemas para travar 8. Cafeteira Três Corações Passione (127 V) — a partir de R$ 444 Outra opção compacta multibebidas, a cafeteira Três Corações Passione mede 12 cm x 32 cm x 23,7 cm (L x P x A) e prepara doses individuais. Com três tipos de preparo, é preciso conferir na cápsula qual botão apertar, se é o vermelho, o azul ou o verde. Versátil, tem cápsulas para café expresso, cappuccinos, cafés filtrados e até chás naturais. Uma vantagem do modelo é a possibilidade de regular a temperatura da bebida, além da quantidade de água, sendo possível personalizar a experiência. A cafeteira Três Corações Passione pode ser comprada no Mercado Livre a partir de R$ 444. Por lá, é avaliada com 4,8 estrelas de 5 pelos usuários, que destacam positivamente a possibilidade de ajustar a temperatura, o preparo rápido e as bebidas saborosas. O uso é intuitivo, e, para os ajustes mais finos, é possível encontrar o passo a passo no manual. Segundo os consumidores, é uma boa aquisição para quem mora sozinho, já que é pequena e permite preparar diversas bebidas. Em contrapartida, alguns compradores reclamam que a máquina acumula resíduos e é barulhenta, enquanto outros comentam a bebida pode não sair quente. Prós: ajuste de temperatura; preparo rápido; bebidas saborosas; variedade de opções de cápsula Contras: máquina acumula resíduos; barulhenta; bebida pode não sair quente 9. Cafeteira Philco Coffee Express 15 Bar (127 V) — a partir de R$ 522 Com a cafeteira Philco Coffee Express, dá para servir o café de sua preferência, sendo possível usar o pó que você desejar no preparo. Com reservatório de 1,6 litro, dá para preparar até duas bebidas simultaneamente. Além do café, é possível fazer um cappuccino cremoso com o bico vaporizador. Fácil de limpar, possui depósito de resíduo removível e filtro permanente lavável. O painel é intuitivo: basta ligar e apertar a opção desejada que a máquina funciona automaticamente, sem necessidade de comandos detalhados. Mede 30 cm x 24 cm x 30 cm (L x P x A). Essa cafeteira expresso sem cápsula de 15 Bar está à venda na Amazon a partir de R$ 522. Por lá, é avaliada com 4,5 estrelas de 5 pelos usuários, que elogiam a facilidade de manuseio, o uso de pó de café no preparo, a cremosidade das bebidas com o vaporizador e o custo-benefício que oferece. Por outro lado, alguns consumidores reclamam que o bico do vaporizador é curto e é preciso “encher a leiteira (...) senão o vaporizador não chega no leite”. Outro problema relatado por alguns compradores é que sai pouca água na hora de coar o café. Prós: fácil de manusear; dá para usar pó de café; vaporizador; bebidas ficam cremosas; custo-benefício Contras: bico vaporizador é curto; sai pouca água na hora de passar o café 10. Cafeteira Philips Walita EP1220/15 (127 V) — a partir de R$ 2.625 Para quem já é versado no preparo de café e quer ter controle desde a moagem do grão até a bebida final, a cafeteira Philips Walita EP1220/15 pode uma boa indicação. Com reservatório de 1,8 litro, dá para preparar chás, expressos e cafés coados: basta escolher a opção desejada no painel. A combinação com a espuma de leite sedosa, devido ao vaporizador, cria um latte saboroso e na medida, de acordo com a fabricante. A intensidade do aroma e a quantidade da bebida também estão a um toque de distância com a opção “My Coffee Choice”. Robusta, mede 24,6 cm x 43,3 cm x 37,2 cm (L x P x A). Na Casas Bahia, está à venda a partir de R$ 2.625, mas ainda não conta com avaliações dos usuários nos comentários. Já na Amazon, onde sai por R$ 2.690, é avaliada com 4,5 estrelas de 5. Descrita como “excelente”, os usuários apontam a facilidade no uso, a bebida saborosa e sempre quente, a espuma macia e sedosa e a versatilidade de bebidas preparadas como pontos altos desta cafeteira Philips Walita. Uma dica para aproveitar ainda mais o aparelho, segundo um consumidor, é “ ajustar o moinho de acordo com o grão de café que você vai usar”. O barulho durante o funcionamento, entretanto, incomoda alguns compradores. Outro aspecto que gera reclamações é o vazamento de água, relatado por alguns compradores. Prós: fácil de usar; bebida saborosa e quente; espuma macia; versátil no preparo de bebidas Contras: barulhenta; pode vazar água Cafeteira vale a pena? Se você é amante da bebida e não vive sem, uma cafeteira elétrica pode facilitar seu dia a dia sim. Escolher o modelo certo é o pulo do gato. Para não errar, além de analisar as informações que apresentamos acima, faça um mapeamento dos seus hábitos. Quanto café você consome diariamente? Prefere um modelo mais básico ou tem necessidade de recursos específicos, como a função de programar, que pode facilitar a rotina pela manhã? Prefere café coado, expresso ou também quer ter a possibilidade de preparar chás, cappuccinos e lattes? Com essas respostas à mão, avalie o orçamento: quanto você pode e quer investir? Se for um primeiro contato, talvez possa ser mais interessante um modelo básico, como um teste para ver se você se adapta, por exemplo. Leve em conta também possíveis taxas de entrega, o custo dos ingredientes (como cápsulas, grãos ou pó específico) e acessórios extras. Assim, você consegue decidir com mais segurança. Com informações de Amazon, Casas Bahia, Mercado Livre, Arno, Electrolux, Mondial, Philco, Philips Walita, Nespresso, Oster e Três Corações Mais do TechTudo Cafeteira elétrica consome muita energia? Assista ao vídeo e aprenda a calcular Qual o eletrodoméstico que gasta mais energia em casa? Saiba calcular Initial plugin text Nota de transparência: o TechTudo mantém uma parceria comercial com lojas parceiras. Ao clicar no link da varejista, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques. Os valores indicados no texto são referentes a outubro de 2025.

A volta do terror: Hamas replica prática do Talibã ao retomar execuções públicas para impor controle em Gaza

A volta do terror: Hamas replica prática do Talibã ao retomar execuções públicas para impor controle em Gaza

Após o recuo do Exército de Israel, o grupo palestino Hamas passou a empregar execuções públicas em Gaza, em meio a choques com facções rivais e a tentativa de restabelecer seu domínio sobre o enclave. A cena, registrada em vídeos que circulam nas redes sociais e reproduzida por meios oficiais do próprio Hamas, remete às punições que o Talibã defendeu e voltou a praticar quando reassumiu o poder no Afeganistão, há quatro anos. Emoção: Vídeos mostram reencontro de reféns do Hamas com familiares após dois anos de cativeiro No Parlamento israelense: Trump afirma que cessar-fogo em Gaza é 'um amanhecer histórico de um novo Oriente Médio' Em setembro de 2021, o então ministro das Prisões do governo provisório do Talibã, o mulá Nooruddin Turabi, declarou à agência Associated Press que execuções e amputações de membros voltariam a ocorrer como forma de punição, em conformidade com a lei islâmica. “Cortar as mãos é muito necessário para a segurança”, afirmou à época, ao dizer que o grupo seguiria as leis do Alcorão e não aceitaria interferência estrangeira. As declarações provocaram reação imediata dos Estados Unidos, à época. O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, classificou as punições como “abusos flagrantes dos direitos humanos” e alertou que o retorno das execuções dificultaria o reconhecimento internacional do governo talibã. Internamente, figuras do regime afegão chegaram a defender a exposição pública das sentenças, como o delegado de Informação e Cultura da província de Kandahar, Noor Ahmed Sayed, que via nas execuções uma “terapia social” para inibir crimes: — Quando você executa alguém na frente de todos, é para dar uma lição e você obtém resultados muito bons, porque todos vêem o que pode acontecer com eles — disse Sayed ao jornal El País, explicando calmamente: — Executar pessoas e esse tipo de coisa era algo raro. Tratava-se de pessoas que haviam cometido muitos assassinatos comprovados. Tudo isso aconteceu de acordo com a sharia [lei islâmica]. Se alguém mata alguém, deve ser morto. Mas a família do assassinado pode salvar sua vida. As execuções em praças e estádios, comuns durante o primeiro governo do Talibã (1996–2001), haviam se tornado um dos símbolos mais sombrios daquele período. Agora, o padrão se repete na Faixa de Gaza, com homens encapuzados executando supostos criminosos diante de multidões. O Hamas, que voltou a ocupar zonas desocupadas pelo Exército israelense após a primeira fase do acordo de paz, afirma agir para “garantir a ordem e restaurar a lei” após dois anos de guerra e colapso institucional. Moradores, contudo, se dividem quanto às ações do grupo. — Por que as pessoas estão comemorando o caos? Um homem mascarado mata outro homem mascarado sem nenhuma prova, sem investigação, sem um tribunal, sem sequer um período de espera para apelação: como chamamos isso? Resistência? Não, isso é ilegalidade — disse o advogado Mumen al-Natoor, morador de Gaza, em entrevista à rede britânica BBC. — Aqueles que matam sem lei são criminosos. Nós os responsabilizaremos. Somos testemunhas do capítulo mais sombrio da nossa história. Outros veem na ofensiva uma tentativa de restabelecer a segurança perdida. — Começamos a nos sentir seguros — afirmou Abu Fadi al Banna, de 34 anos, em Deir al-Balah, no centro de Gaza. — Começaram a organizar o trânsito e a desobstruir os mercados. Nos sentimos protegidos dos delinquentes e dos ladrões. Terror e punição como espetáculo de poder A reprodução da violência pública como demonstração de autoridade revela uma mesma lógica, tanto em Cabul quanto em Gaza: grupos fundamentalistas usam o terror e o espetáculo da punição como instrumentos de poder político. No Afeganistão, o Talibã justificou as amputações como cumprimento da sharia; em Gaza, o Hamas enquadra as execuções como medidas de segurança. A semelhança evidencia um padrão mais amplo de governos de inspiração islamista que emergem do colapso estatal e recorrem à violência ritualizada para afirmar legitimidade. Assim como o Talibã buscava reconhecimento após a retirada americana, o Hamas tenta consolidar controle territorial em meio ao vácuo de poder e às exigências internacionais por um desarmamento e um novo governo palestino.

Vilarejo em Goiás tem maior prevalência no mundo de doença genética rara que aumenta em 10 mil vezes risco de câncer

Vilarejo em Goiás tem maior prevalência no mundo de doença genética rara que aumenta em 10 mil vezes risco de câncer

A recomendação dos médicos contrasta com os quase 40ºC graus que tem feito em Araras, vilarejo no município de Faina, interior de Goiás. Para boa parte dos mil moradores, o indicado é evitar por completo qualquer exposição ao sol. O motivo é a alta prevalência, que chega a ser a maior registrada no mundo, de uma doença genética rara chamada xeroderma pigmentoso. O diagnóstico eleva em 10 mil vezes o risco de câncer de pele. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Mauro Vieira participa de reunião de negociação com EUA sobre tarifaço nesta quinta

Mauro Vieira participa de reunião de negociação com EUA sobre tarifaço nesta quinta

Mauro Vieira terá reunião com Marco Rubio,sobre tarifaço Representantes dos governos brasileiro e norte-americano se reúnem nesta quinta-feira (16) para tratar do tarifaço – em vigor desde 6 de agosto – e das sanções a autoridades brasileiras (leia mais abaixo). O encontro será na tarde desta quinta entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O ministro brasileiro chegou nesta segunda (13) a Washington. Antes da confirmação de Lula, a possibilidade do encontro entre os representantes brasileiros e americanos nesta quinta foi antecipada pelo blog do Valdo Cruz, da GloboNews. Trump sinalizou — durante um encontro com o presidente da Argentina, Javier Milei — um dos pontos que deseja negociar com o Brasil: a possibilidade de substituição do dólar por uma moeda comum entre os países que integram o Brics — grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo. O tema já foi abordado por Lula diversas vezes em discursos sobre política internacional. Marco Rubio e Mauro Vieira g1 Lula e Trump Na quarta-feira (15), ao falar da conversa que teve com Donald Trump por telefone, na semana passada, Lula fez uma referência à declaração do americano na Assembleia Geral da ONU de que teve uma "química excelente" com ele. "Eu comecei a falar o que eu deveria falar. Aí, não pintou química, pintou uma indústria petroquímica. Amanhã [quinta], vamos ter uma conversa de negociação e eu estou dizendo isso para vocês porque a relação humana é química", afirmou em evento no Rio. Lula deu mais detalhes sobre o que os dois conversaram durante a ligação. "Ele me ligou e eu disse: 'Eu queria estabelecer uma conversa sem liturgia. Eu estou fazendo 80 anos hoje, você vai fazer 80 anos dia 14 de junho, porque eu tinha pesquisado. Significa que sou oito meses mais velho que você. Então, vamos nos tratar de 'você', sem liturgia", contou. Ainda sobre o encontro na ONU, Lula afirmou que quando foi falar com Trump, eles não se conheciam e estavam "de mal": "Eu não conhecia ele. E tinha gerado uma química na ONU, 29 segundos, sabe?", disse o presidente.

Fraude do INSS: CPMI ouve assessor dono de empresas que receberam R$ 284,5 milhões de entidade investigada

Fraude do INSS: CPMI ouve assessor dono de empresas que receberam R$ 284,5 milhões de entidade investigada

A CPMI do INSS ouve nesta quinta-feira (16) Cícero Marcelino, apontado como assessor do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer). Presidente da CPI do INSS chegou a ser preso pela comissão após depoimento. A entidade é uma das investigadas pela Polícia Federal (PF) e pela CPMI por suposto envolvimento nos descontos indevidos de benefícios do INSS para entidades associativas. Relatórios de inteligência financeira da Conafer enviados à comissão apontam que pelo menos 76% das verbas recebidas pela entidade, paga pela Previdência Social entre julho de 2022 e maio de 2024, foram transferidas para empresas de pessoas relacionadas ao presidente, Carlos Roberto Ferreira Lopes. Na prática, de R$ 376,5 milhões repassados pelo INSS à entidade no período, R$ 284,5 milhões acabaram nos cofres de empresas de Cícero Marcelino, sua esposa e um outro sócio, apontado como contador da entidade. Exclusivo: testemunha-chave de investigação diz que Conafer adulterava documentos para retirar dinheiro de aposentados Jornal Nacional/ Reprodução Transações 'atípicas' Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) consideraram algumas das transferências "atípicas". O relatório do Coaf afirma que há “características incomuns em suas transações” e que foi “constatado o recebimento dos recursos públicos com imediato uso para o envio de transferências pulverizadas em benefício de terceiros diversos". Um levantamento do g1 a partir de informações também enviadas à comissão identificou que parte das empresas que receberam os valores foram eventualmente transferidas por Marcelino e sua esposa para novos sócios que receberam assistência social, como o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19 e o Bolsa Família. O presidente da Conafer chegou a ser preso – e depois liberado – durante audiência da CPMI que investiga os desvios nas aposentadorias no fim de setembro.

Tarifa de Trump trava exportações e força Brasil a buscar novos mercados; governo tenta reverter impasse nesta quinta

Tarifa de Trump trava exportações e força Brasil a buscar novos mercados; governo tenta reverter impasse nesta quinta

Itamaraty quer levar tarifas para negociação com Rubio, mas vê EUA focado em Lula e Trump A aproximação recente entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reacendeu a esperança de um novo acordo comercial entre os dois países, após mais de dois meses de sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. A expectativa é que a reunião entre o secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, prevista para acontecer nesta quinta-feira (16), abra caminho para uma negociação das taxas, com um desfecho mais favorável para o Brasil. Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Enquanto um novo acordo não é firmado, no entanto, as empresas brasileiras continuam a sentir o impacto das taxas — e seguem em busca de alternativas para lidar com o impasse comercial. Os efeitos das tarifas por aqui são diversos. No Ceará, por exemplo, fábricas precisaram cortar gastos enquanto procuram novos clientes na Europa e na Ásia para escoar seus produtos. Já em Minas Gerais, produtores perderam contratos com os EUA e enviaram amostras a empresas da Noruega e de Dubai, na tentativa de evitar prejuízos. Enquanto isso, as lagostas, tradicionalmente vendidas ao mercado norte-americano, permanecem estocadas, à espera de compradores na China. Esse cenário mostra que redirecionar exportações dos EUA para outros mercados não é uma tarefa simples — e, segundo especialistas consultado pelo g1, revela falhas na política de comércio exterior do Brasil, ainda vista como defasada. Entenda nesta reportagem a relação comercial entre o Brasil e os EUA, os motivos que têm dificultado a exportação para outros países por parte das empresas brasileiras e o que esperar da reunião prevista para esta quinta-feira (16). A relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. E apesar das alegações de Trump de que o comércio com o Brasil é injusto para os EUA, a balança continua a pender a favor dos norte-americanos. Dados de setembro, por exemplo, indicam que o Brasil registrou um déficit de aproximadamente US$ 1,8 bilhão no mês passado — o nono mês consecutivo de saldo negativo na balança comercial brasileira. Déficit comercial significa que o Brasil importou mais produtos americanos do que exportou para os Estados Unidos. Para a economia brasileira, esse fato representa um cenário desfavorável. O número ainda representa uma queda de 20% das exportações brasileiras para os EUA: de US$ 3,23 bilhões em setembro de 2024 para US$ 2,58 bilhões, no mês passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A redução nas exportações para os Estados Unidos — parcialmente compensada pelo aumento das vendas para a China — está relacionada às tarifas mais elevadas impostas pelo governo norte-americano. Os produtos sujeitos à taxação representam cerca de 55% das exportações brasileiras para os EUA, o equivalente a US$ 22 bilhões. Entre eles, estão: café, carne, ferro e aço semimanufaturados e produtos manufaturados. Outros setores impactados incluem siderurgia, madeira, calçados, máquinas e pecuária — especialmente a carne bovina, que não conta com isenção tarifária. (Veja aqui os produtos isentos) O que dificulta a busca por novos mercados pelas empresas brasileiras? De maneira geral, o Brasil segue as políticas comerciais do Mercosul, que estabelece uma Tarifa Externa Comum (TEC) para todos os produtos vindos de fora do bloco. Essa taxa costuma variar de 0% a 20%, podendo chegar a 35% em casos excepcionais. Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimentos (IBCI) indicam que o Brasil mantém barreiras comerciais relativamente altas, com tarifas médias de 12%. Para efeito de comparação, antes do tarifaço de Trump, a tarifa média dos EUA era de 3%. O Índice de Abertura Comercial, criado pelo Banco Mundial para medir o quanto um país está conectado ao comércio internacional, ficou em 33,85% para o Brasil em 2023. O resultado foi superior ao dos EUA (25%), mas ainda abaixo da média da OCDE, da média mundial e da América Latina e Caribe. O índice compara o total de importações e exportações do país com o tamanho da sua economia (PIB). Veja abaixo: Os dados reforçam que, embora o Brasil tenha aumentado sua abertura comercial nas últimas décadas, a economia brasileira continua relativamente fechada e protege parte de sua produção em relação ao comércio internacional. Esse perfil mais protecionista do Brasil pode, por outro lado, diminuir a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Segundo Sandra Rios, diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes) e coautora do livro “Integração Comercial Internacional do Brasil”, o alto grau de proteção à produção doméstica tem dificultado uma maior integração do Brasil ao mercado global. “Isso acaba tornando nossos produtos industriais menos competitivos lá fora, porque as empresas estão acostumadas a competir apenas dentro do mercado interno”, afirma. Rios acrescenta que o país mantém uma rede limitada de acordos comerciais, tendo negociado poucos tratados em comparação com outros países — que, por sua vez, firmaram compromissos que garantem tarifas mais baixas e vantagens competitivas nos principais mercados. "Isso nos coloca em desvantagem". Os especialistas destacam, ainda, que a busca por novos destinos para exportação passa por um longo processo, que inclui um estudo prévio sobre a demanda, custos logísticos, normas tributárias e diferenças culturais, além de adaptações específicas para determinados setores, como o de alimentos. Segundo Claiton Alves Cunha, professor da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), até mesmo o tempo para acessar novos mercados varia: “Produtos perecíveis podem levar menos tempo, enquanto bens de maior valor agregado exigem meses ou até um ano”, explica. Além disso, empresas maiores também têm mais vantagem em novos mercados, pois contam com estruturas internacionais, enquanto médias e pequenas enfrentam processos mais lentos. O que podemos esperar das negociações entre Brasil e EUA? A reunião entre Rubio e Vieira marca a mais recente tentativa do governo brasileiro de reverter as sobretaxas dos EUA. A expectativa é que as duas autoridades e outros integrantes do governo norte-americano discutam os próximos passos da agenda comercial. Segundo Murillo Oliveira, especialista em comércio exterior e investimentos da Saygo Comex, as negociações entre Brasil e Estados Unidos devem se concentrar em dois pontos principais: o afastamento do Brasil em relação ao Brics e o comércio de terras raras — minerais essenciais para a indústria de semicondutores e de defesa. “Trump voltou a citar diretamente o Brics e deixou claro que quer ver o Brasil se distanciando do grupo e da moeda comum que vem sendo discutida”, afirmou. Segundo ele, essa pode ser uma exigência central dos Estados Unidos na reunião. “O governo brasileiro provavelmente terá de demonstrar algum sinal de afastamento da agenda geopolítica do Brics”, completou. TRUMP X BRICS: Entenda porque o bloco incomoda tanto o presidente dos EUA Já em relação às terras raras, Oliveira destaca a relevância do Brasil nas negociações, uma vez que o país possui a segunda maior reserva desses minerais no mundo, atrás apenas da China. "Como a China tem restringido exportações desses materiais, é provável que os EUA pressionem por algum tipo de favorecimento no acesso aos recursos brasileiros”, diz o professor. Os especialistas ainda destacam que, embora a Organização Mundial do Comércio (OMC) tenha um papel importante na intermediação das negociações entre Brasil e EUA, sua atuação tem alcance limitado. "A base de argumentação do Brasil se apoia em acordos assinados por todos os membros da OMC. Sobretaxas são permitidas, mas devem seguir critérios e estudos, o que não ocorreu”, afirma Stefânia Ladeira, gerente da Saygo Comex. “Mas mesmo que a decisão favoreça o Brasil, não há garantia de reversão das tarifas.” Já para José Roselino, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mesmo que o Brasil tenha "todos os argumentos para vencer" a disputa comercial, o processo ainda pode levar anos para ser concluído. "A política tarifária dos EUA 'é irracional' e acaba empurrando parceiros estratégicos em direção à China. Essas ações reduzem a própria relevância dos EUA no comércio internacional", diz. Ainda assim, o encontro entre os dois países, marcado para esta quinta-feira (16), é visto com otimismo para o mercado — e a expectativa é por uma redução parcial das tarifas impostas pelos EUA. “Acho difícil voltar ao patamar anterior, mas é possível chegar a um meio-termo — algo em torno de 25% de tarifa. É uma estratégia típica de Trump: eleva as tarifas para forçar a contraparte à mesa de negociação e depois busca um acordo no meio do caminho”, avalia Oliveira. Próximos passos Os especialistas consultados pelo g1 também destacam a importância de o Brasil adotar uma política comercial mais estratégica, que amplie sua presença no mercado internacional. "O Brasil segue como um ponto fora da curva: nossas tarifas médias continuam altas e ainda usamos barreiras não tarifárias de forma mais intensa que outros países. Negociações levam anos para serem implementadas. O Brasil precisa de reformas internas para aumentar competitividade e abrir a economia", diz Rios, do Cindes. A diretora ainda destaca a importância da decisão do governo brasileiro de recorrer à OMC contra os EUA poucos dias depois que as taxas entraram em vigor. Ela reforça a necessidade de avançar no acordo Mercosul-União Europeia e em novas frentes de negociação. “Sem mudanças na visão das políticas comerciais e industriais, é improvável que o Brasil avance de forma expressiva”, avalia. Além disso, o Acordo Mercosul-EFTA, assinado ainda no mês de setembro, também abre oportunidades em países europeus que não fazem parte do bloco da União Europeia. Divulgação

Tentativa de Hamas de retomar controle de Gaza com execuções públicas fortalece demanda de Israel por desarmamento do grupo

Tentativa de Hamas de retomar controle de Gaza com execuções públicas fortalece demanda de Israel por desarmamento do grupo

A campanha de execuções públicas e de perseguição a grupos dissidentes lançada pelo Hamas após o início do cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza acendeu um sinal de alerta entre grupos de defesa de direitos humanos, que denunciaram como graves violações o que classificaram como execuções extrajudiciais. Analistas ouvidos pelo GLOBO apontam que a onda de violência observada no enclave palestino é parte de um movimento do Hamas para retomar à força o controle de fato do território, em um reposicionamento antes da continuidade das negociações políticas — uma abordagem interna que pode ter como efeito colateral externo uma participação ativa de países árabes e de maioria islâmica para atingir o objetivo de Israel de desarmar o grupo palestino e excluí-lo da futura administração do enclave. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Casos registrados de envenenamento crescem e chegam a 560 no 1º semestre de 2025; 15 pessoas morreram

Casos registrados de envenenamento crescem e chegam a 560 no 1º semestre de 2025; 15 pessoas morreram

Serial Killer teria matado mulher para incriminar ex-namorado PM que era casado Os casos notificados de envenenamento criminoso estão aumentando a cada ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, 560 pessoas foram envenenadas e 15 morreram somente no primeiro semestre de 2025. O número é o maior da série histórica no mesmo período e representa um aumento de 9% em relação 2024, que teve 513 casos nos seis primeiros meses. Vários casos de envenenamento ganharam repercussão neste ano. O mais recente envolve a universitária Ana Paula Veloso Fernandes, que está sendo chamada pela polícia de São Paulo de serial killer. Dados sobre envenenamento estão no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), alimentado por profissionais que atendem pacientes em unidades de saúde públicas e privadas. No registro, os médicos precisam informar se o envenenamento ocorreu em uma circunstância de "violência/homicídio" e se houve morte. Os números de 2025 não estão consolidados e ainda podem aumentar. Os casos de envenenamento por metanol, por exemplo, que aconteceram em setembro, não foram incluídos no Sinan, por enquanto. Além das 15 vítimas que morreram envenenadas por terceiros neste ano, segundo os dados do Sinan, nove pessoas se curaram, mas ficaram com sequelas. Contudo, a maioria dos pacientes se curou e não tiveram sequelas (407 casos). Os demais morreram por outras causas não identificadas, ou a evolução do caso não foi registrada. O número de mortes já registrado em 2025 está acima da média em relação a outros anos. Em 2024, por exemplo, foram notificadas 19 mortes por envenenamento criminoso em 12 meses, quase a mesma quantidade de pessoas que morreram apenas no primeiro semestre de 2025. Ao todo, 11.630 pessoas sofreram envenenamento criminoso desde 2007. Os números praticamente dobraram na última década. Em 2015, 577 pessoas foram envenenadas. Já em 2024, os casos chegaram a 1.141. As mortes, no entanto, se mantiveram praticamente no mesmo patamar em 10 anos e até reduziram proporcionalmente. Foram 18 óbitos em 2015 e 19 em 2024. Ao todo, 220 morreram desde 2007. Regulamentação para venda de raticidas Ana Paula, presa por envenenamento Reprodução/TV Globo No caso mais recente de grande repercussão, a investigação policial aponta que a universitária Ana Paula Veloso Fernandes, que está sendo chamada pela polícia de serial killer, envenenou e matou quatro pessoas nos últimos cinco meses. A suspeita é que tenha usado um veneno contra ratos, conhecido como chumbinho. Raticidas aparecem em 2º lugar como o agente tóxico mais utilizado por quem pretende envenenar outra pessoa. Segundo os dados do Sinan, foram notificados 38 casos em 2025. Em 1º lugar estão os medicamentos, com 300 casos neste ano. Para Juliana Sartorelo, toxicologista e coordenadora do comitê de toxicologia da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), não há uma resposta única para explicar o aumento dos envenenamentos criminosos. Mas ela levanta algumas hipóteses, como fatores sociais, que causam instabilidades comportamentais, e a facilidade de acesso às substâncias tóxicas. Para reduzir o número de casos, a especialista diz que é preciso aumentar a fiscalização e implementar estratégias de controle de comercialização de substâncias potencialmente tóxicas. “Além disso, [é preciso] focar em ações preventivas, estratégias de acolhimento e políticas públicas voltadas para a saúde mental da população”, defende Sartorelo. Média de 28 internações mensais O Brasil registrou uma média de 28 internações mensais por envenenamento criminoso entre 2015 e 2024, segundo levantamento da Abramede com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, foram 3.461 casos de intoxicação proposital causada por terceiros, que levaram à internação hospitalar de ao menos 24 horas na última década. Para representantes da entidade médica, o envenenamento é uma arma silenciosa e eficaz, que exige treinamento dos profissionais para identificar rapidamente as intoxicações, o que reduz a probabilidade de mortes. Sartorelo também destaca a disponibilidade de antídotos nas unidades de saúde como essencial para tratamento eficaz. “Deve haver também notificação dos casos no Sinan para que possam ser identificados padrões, sazonalidade e tipos de substâncias tóxicas. Isso ajuda a nortear as políticas públicas voltadas para o tema”, afirmou a especialista. Procurado, o Ministério da Saúde informou que ações e políticas públicas para casos de envenenamento são de responsabilidade do Ministério da Justiça. Em nota, o Ministério da Justiça disse que o Sistema de Alerta Rápido (SAR), que integra a estratégia da Secretaria Nacional da Política sobre Drogas, pode ser notificado a respeito de casos diversos relacionados a substâncias, incluindo intoxicações exógenas. “O SAR está apto a receber e a alertar órgãos que possam responder de imediato em caso de aumento expressivo de casos ou ameaça à segurança e saúde”, diz a nota. Relembre casos de envenenamento em 2025 Em janeiro, nove pessoas da mesma família comeram um baião de dois envenenado com terbufós —substância altamente tóxica semelhante ao chumbinho — em Parnaíba (PI). Seis delas morreram. Meses antes, duas crianças já tinham morrido com sintomas de envenenamento. Os suspeitos são o casal Francisco de Assis e Maria dos Aflitos. Algumas vítimas eram filhos ou netos da mulher. Outra era vizinha dos réus. Eles estão presos desde janeiro e vão responder por oito homicídios qualificados e três tentativas de homicídio qualificado. Em março, a professora de pilates Larissa Rodrigues foi encontrada morta no apartamento em que vivia com o marido, o médico Luiz Antônio Garnica, em Ribeirão Preto (SP). Exames detectaram a presença de chumbinho no organismo da vítima. Luiz Antônio Garnica, Larissa Rodrigues, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP Reprodução/g1 As investigações concluíram que Larissa vinha sendo envenenada pela sogra, Elizabete Arrabaça, a mando do filho, após descobrir uma traição e temer perder parte dos bens na separação. Mãe e filho estão presos desde maio e foram denunciados por feminicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Em abril, os irmãos Luís Fernando Rocha Silva, de 7 anos, e Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, morreram em Imperatriz (MA) após comerem um ovo de Páscoa contaminado com chumbinho. A mãe das crianças, Mírian Lira Rocha, também foi internada em estado grave, mas sobreviveu. O presente havia sido entregue por um motoboy com um bilhete que dizia: “Com amor, para Mírian Lira. Feliz Páscoa”. As investigações apontaram que o chocolate foi enviado por Jordélia Pereira Barbosa, ex-namorada do atual companheiro de Mírian. Em setembro, a Justiça decidiu que ela será julgada pelo Tribunal do Júri em Imperatriz. Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, foi presa suspeita de envenenar ovo de Páscoa no interior do Maranhão. Divulgação/Redes sociais Também em abril, a bebê de oito meses de idade, Yohana Maitê Filgueira Costa, morreu em Natal, no Rio Grande do Norte. Ela tomou um açaí envenenado com chumbinho. A prima de segundo grau da menina também consumiu o alimento, passou mal e chegou a ficar internada em estado grave, mas sobreviveu. A polícia ainda não apontou suspeitos. Em junho, em Itapecerica da Serra, São Paulo, a adolescente Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, morreu depois de comer um bolo de pote que recebeu em casa, acompanhado de um bilhete. A Polícia Civil identificou outra adolescente, também de 17 anos, como responsável pelo envio do doce. Segundo o delegado do caso, o crime foi motivado por “raiva e ciúmes”. A suspeita foi apreendida e encaminhada à Fundação Casa e o caso segue em investigação.

Quais são os grupos extremistas em choque com o Hamas em Gaza?

Quais são os grupos extremistas em choque com o Hamas em Gaza?

Forças do grupo terrorista Hamas entraram em confronto com grupos armados rivais em diferentes partes da Faixa de Gaza na terça-feira, um dia após a assinatura do acordo de cessar-fogo firmado com Israel. Integrantes do braço armado do Hamas conduziu execuções públicas que foram gravadas em vídeo e espalhadas nas redes sociais. Essas ações, que continuam a espalhar medo entre palestinos, fazem parte de uma disputa de poder pelo controle do enclave. O grupo islamista acusa membros das milícias rivais de serem "traidores" e aliados do governo de Israel. Entenda: Em Gaza, 50 milhões de toneladas de escombros e falta de equipamentos desafiam busca por corpos de reféns israelenses Após cessar-fogo: Organizações internacionais de mídia voltam a exigir acesso imediato de jornalistas a Gaza O acordo de cessar-fogo firmado na última sexta-feira garantiu o retorno de reféns mantidos sob poder do grupo terrorista a Israel, além da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e do recuo de tropas israelenses dentro do enclave. No entanto, esses passos acordados na primeira fase de negociações entre os envolvidos no conflito ainda estão longe de serem suficientes para garantir a paz na região. Desde a segunda-feira, quando o houve a troca de reféns por prisioneiros palestinos, o Hamas convocou cerca de 7 mil membros de suas forças de segurança para reassumir o controle sobre áreas de Gaza que haviam sido desocupadas pelas tropas israelenses. A liderança do grupo na região tem sido desafiada por vários clãs nos últimos meses, especialmente no sul do enclave palestino. E a reocupação rápida do território por parte do Hamas busca não dar espaço para os adversários controlarem a região. Saqueadores que pertencem a esses grupos rivais roubaram milhares de armas e munições dos depósitos do Hamas durante a guerra, e alguns grupos até receberam suprimentos de Israel. Veja quais são os rivais internos do Hamas: Clã Doghmush No domingo, confrontos eclodiram entre o clã Doghmush e as forças de segurança do Hamas, matando pelo menos 27 pessoas, incluindo oito membros do grupo terrorista, de acordo com o Ministério do Interior em Gaza. O clã Doghmush é um dos maiores e mais poderosos da Faixa de Gaza. O clã tem uma relação tensa com o Hamas há muito tempo, e seus membros armados já entraram em confronto com o grupo em várias ocasiões no passado. Essa grande família tem membros em várias facções do espectro político em Gaza, incluindo a Fatah e o Hamas. Mumtaz Doghmush, um importante líder do clã, liderou anteriormente o braço armado dos Comitês de Resistência Popular na Cidade de Gaza. Mais tarde, formou o "Exército do Islã", que declarou lealdade ao Estado Islâmico, e esteve envolvido no ataque transfronteiriço de 2006 que levou à captura do soldado israelita Gilad Shalit, juntamente com o Hamas. Este foi posteriormente libertado numa troca de prisioneiros. Initial plugin text Combatentes do Hamas entraram em confronto com membros do Doghmosh no domingo e na segunda-feira. Muitos membros do clã foram mortos, assim como alguns combatentes do Hamas, de acordo com fontes de segurança. Não há evidências de que Mumtaz Doghmush tenha participado dos confrontos dos últimos dias, uma vez que ele não é visto em público nem dá notícias há alguns anos. Yasser Abu Shabab Além de Doghmush, Yasser Abu Shabab, com base na área de Rafah, é o líder da milícia anti-Hamas mais proeminente e alguns de seus membros dissidentes fundaram outros grupos armados no enclave. Ele opera numa parte do sul de Gaza ainda ocupada pelas forças israelenses. Segundo a Reuters, seu grupo recrutou centenas de combatentes oferecendo salários atraentes. O seu clã é um grupo beduíno concentrado na zona oriental de Rafah e estima-se que sua força pessoal seja de cerca de 400 homens. O Hamas o acusa de colaborar com Israel, mas Abu Shabab nega. Em junho deste ano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu que o país estava armando a milícia rival do Hamas. A informação, revelada inicialmente pela imprensa internacional, foi confirmada por Netanyahu em um vídeo publicado nas redes sociais. Na ocasião, o premier afirmou que o apoio ao grupo era uma forma de ajudar os soldados israelenses. Segundo ele, a revelação da história pela mídia "apenas ajudava o Hamas". Leia mais: Hamas convoca moradores de Gaza a caçar 'colaboradores de Israel' em meio a disputa territorial com facções Segundo o jornal americano Wall Street Journal (WSJ), o grupo — que se autodenomina “Força Popular” — já circula armado pelas ruas da região, portando fuzis M16 e Kalashnikov, armas supostamente fornecidas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) e confiscadas de combatentes do Hamas. Acusados de saquear ajuda humanitária em Gaza, Abu Shabab admitiu em entrevista ao New York Times em novembro de 2024, ter “assumido” a distribuição de mantimentos para famílias da região. Clã al-Majida Mais um grupo grande que disputa o poder com o Hamas no enclave palestino é o clã al-Majida, que está sediado em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. No início de outubro, o Hamas invadiu a área do clã para prender homens que, segundo o grupo, eram procurados por terem matado membros do Hamas. Seguiu-se um tiroteio, que resultou em várias mortes de ambos os lados, segundo o Hamas e membros do clã. Fontes próximas ao clã negam as acusações do Hamas de que seus membros tenham ligações com Abu Shabab. O líder do grupo, Hossam al-Astal, é ex-oficial do aparato de segurança preventiva palestino, foi acusado na década de 1990 de colaborar com Israel. Ele estava entre aqueles que se juntaram às milícias de Yasser Abu Shabab antes de fundar o seu próprio grupo armado em Gaza. A milícia acusa o Hamas de usar a invasão como pretexto para assassinatos seletivos, citando um documento que afirmam ter recuperado dos corpos de combatentes do Hamas mortos durante a invasão. No entanto, na segunda-feira, o chefe do clã emitiu uma declaração nas redes sociais afirmando o apoio à campanha de segurança lançada pelo Hamas para manter a lei e a ordem em Gaza, convencendo os membros do clã a cooperarem. Assim como o clã Doghmush, o clã al-Majida é formado por membros com diferentes afiliações, incluindo a Fatah e o Hamas. Rami Hellis O clã Hellis se concentra na Cidade de Gaza, com sede no subúrbio de Shejaia. Há alguns meses, um membro sênior do grupo, Rami Hellis, e Ahmed Jundeya, membro de outro grande clã de Shejaia, formaram uma milícia que atua contra o Hamas em partes de Shejaia que ainda estão sob o controle das Forças Armadas israelenses.

Acusada de planejar queda de Maduro, CIA está por trás de uma longa lista de ações na América Latina; veja algumas

Acusada de planejar queda de Maduro, CIA está por trás de uma longa lista de ações na América Latina; veja algumas

A revelação feita pelo jornal New York Times de que o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou uma operação especial da CIA, a principal agência de inteligência americana, na Venezuela confirmou o que a Casa Branca já dava a entender há algum tempo: para Washington, o tempo de Nicolás Maduro no poder já chegou ao fim. O sinal verde permitiria à agência realizar operações em solo venezuelano, inclusive letais, mas ainda não é possível determinar se há de fato um plano em curso. Diz NYT: Venezuela ofereceu participação no petróleo para encerrar tensões com os EUA Vídeo: Trump diz que seria 'ridículo' responder se autorizou CIA a derrubar governo Maduro Uma eventual operação da CIA na Venezuela — a agência foi acusada de intervir diretamente no golpe fracassado de 2002 para derrubar Hugo Chávez e de atuar junto à oposição a Maduro —, se juntaria a uma longa lista de ações de Washington na América Latina, voltadas a mudanças de regimes considerados hostis pelo governo americano. Veja algumas delas. Chile Segundo documentos do governo americano, o principal alvo de Washington era Salvador Allende, político do Partido Socialista e candidato à Presidência em 1964. Antes da votação, Washington autorizou uma campanha para difamar Allende, que contribuiu para sua derrota nas urnas. Quatro anos depois, o socialista voltou a concorrer, dessa vez com apoio de Cuba e da União Soviética — do outro lado, o dinheiro americano continuou a chegar, mas não impediu sua vitória. Segundo um relatório do Senado americano, de 1975, foram gastos cerca de US$ 8 milhões entre 1970 e 1973 para fomentar a oposição e angariar apoio entre os militares para o golpe liderado por Augusto Pinochet. O então presidente americano, Richard Nixon, e seu conselheiro de Segurança Nacional, Henry Kissinger, apoiaram a junta militar desde o início, e incrementaram a ajuda militar a Santiago — Kissinger, de acordo com registros oficiais, disse a Nixon que os EUA não atuaram diretamente no golpe, mas ajudaram a “criar as melhores condições possíveis”. Nos anos seguintes, o Chile foi um dos líderes da chamada Operação Condor, voltada a reprimir a oposição em ditaduras de direita apoiadas pelos Estados Unidos nos anos 1970. Resposta a Trump: Maduro denuncia 'golpes de estado orquestrados pela CIA', mas diz não querer guerra Brasil Em março, quando o governo americano divulgou mais de sete mil documentos sigilosos do governo de John Kennedy, ficou comprovada a participação da CIA nos movimentos que antecederam o golpe de 1964, que derrubou o presidente João Goulart e deu início a 21 anos de ditadura militar no Brasil. A agência, em telegrama de 1963, afirmava que Goulart "vivia em um mundo de fantasia", e endossava a tese dos conspiradores de que ele pretendia dar um autogolpe e instaurar uma ditadura comunista. Na ocasião, conselheiros de Kennedy indicavam que um golpe seria preferível a deixar o Brasil entrar para a área de influência da União Soviética. Documentos revelados recentemente confirmaram ainda que os EUA tinham um plano de contingência militar — a Operação Irmão Sam — para apoiar os golpistas caso fosse necessário. A proposta previa o uso de navios americanos e o fornecimento de armas e combustível para os insurgentes, mas foi cancelada horas depois da derrubada de João Goulart. Comissão Nacional da Verdade: Militares brasileiros tiveram aula em instituto americano sobre como praticar tortura Equador Nas eleições de 1960, a chegada ao poder de José María Velasco Ibarra, que apesar de não ser um novo Fidel Castro ou um comunista convicto, acendeu sinais amarelos em Washington, e teve início uma das mais intensas operações da CIA na região. A agência conseguiu se infiltrar em praticamente todas as agremiações políticas do país — na esquerda, o objetivo era afastá-las da influência cubana; na direita, angariar apoio às ideias americanas e ao anticomunismo. Ibarra foi forçado a renunciar em 1961, por pressão dos militares, mas seu sucessor, Carlos Julio Arosemana, também não era bem visto pelos americanos. Além da infiltração no meio político, a operação contou com a divulgação de notícias falsas em órgãos de imprensa aliados e a atentados atribuídos à esquerda. Arosemana foi derrubado em 1963, e substituído por uma junta militar afável a Washington. Trump anuncia novo ataque contra barco com 'narcoterroristas da Venezuela' Guatemala Após o fim da ditadura de Jorge Ubico, que gostava de ser chamado de “Napoleão da América Central”, em 1944, a Guatemala foi comandada por dois presidentes que defendiam a realização de reformas sociais, contrárias à agenda de Washington, incluindo uma reforma agrária que desapropriou terras improdutivas da United Fruit Company. A empresa americana intensificou seu lobby junto ao governo americano para derrubar o governo, e a CIA deu início à operação PBSuccess, seguindo a cartilha de ações de desinformação, apoio à oposição e incitação junto aos militares. O então presidente, Jacobo Árbenz, se viu sem saída a não ser a renúncia em 1954, no que foi o início de quatro décadas de instabilidade no país. Haiti No início dos anos 1990, a CIA foi acusada de fornecer apoio para militares que derrubaram o recém-eleito presidente Jean-Bertrand Aristide, e alguns dos comandantes do levante eram pagos por Washington e receberam treinamento nos Estados Unidos. Aristide retornou ao poder em 1994, em uma operação comandada pelos americanos, mas isso não significou que estivesse nas graças da Casa Branca. No golpe de 2004, a CIA foi acusada de fornecer apoio material e militar à Frente Nacional Revolucionária para a Libertação e Reconstrução do Haiti, grupo armado que derrubou Aristide. Como esperado, o governo americano jamais confirmou o apoio ou a participação no movimento. Crise humanitária: Mais da metade da população do Haiti sofre de desnutrição, e número pode aumentar Cuba Nenhum país da América Latina foi alvo tão recorrente de operações da CIA como a ilha comandada por um regime socialista desde 1959. Meses depois da fracassada Invasão da Baía dos Porcos, em 1961, a CIA orquestrou a chamada Operação Mongoose, que autorizava atentados e assassinatos com o objetivo de fragilizar o regime, mas que teve pouco sucesso. A Operação Northwoods, em 1962, pretendia organizar atos de violência dentro dos Estados Unidos para culpar os cubanos e justificar uma guerra contra a ilha, mas ela não saiu do papel. Em outra frente, a CIA não economizou esforços para tentar matar o líder da revolução, Fidel Castro: segundo documentos oficiais e depoimentos de ex-funcionários da agência, foram mais de 600 tentativas, desde atentados até um charuto envenenado. Castro morreu em 2016, aos 90 anos de idade.

Mauro Vieira leva a Washington cobrança por fim de sanções e tarifas contra o Brasil

Mauro Vieira leva a Washington cobrança por fim de sanções e tarifas contra o Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reúne hoje, em Washington, com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para preparar o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. A expectativa de interlocutores do governo brasileiro é que, com a retomada do diálogo entre os dois países, a Casa Branca adote gestos concretos para pôr fim à crise diplomática, incluindo a suspensão das tarifas sobre produtos nacionais e a revogação das sanções contra cidadãos do Brasil. Lula confirma reunião com Rubio e comenta encontro com Trump: ‘Não foi química, foi indústria petroquímica' Lauro Jardim: A preparação e a cautela de Mauro Vieira na véspera da reunião com Marco Rubio em Washington O objetivo do encontro é assegurar que a futura reunião presidencial vá além de declarações simbólicas e resulte em medidas efetivas. Entre os temas centrais estão a suspensão do “tarifaço” de 50% sobre exportações brasileiras e o fim das sanções a autoridades nacionais, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal. Será a segunda reunião entre Vieira e Rubio neste ano, depois da primeira conversa, em julho, quando Trump, ao anunciar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e iniciar uma série de sanções contra autoridades, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, praticamente condicionou uma negociação comercial ao arquivamento do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela Corte. Scott Bessent: Secretário do Tesouro de Trump propõe trégua mais longa em tarifa para China por terras-raras O governo Lula reagiu afirmando que a soberania nacional não poderia ser desrespeitada e que os Poderes no país são independentes. Desde então, além do tarifaço, os Estados Unidos iniciaram uma investigação por supostas práticas desleais de comércio contra o Brasil, que poderão resultar em novas sanções. O governo americano mira, entre outros pontos, o desmatamento, a corrupção, as tarifas de importação, o uso do Pix como meio de pagamento e as vendas de produtos falsificados na Rua 25 de Março, em São Paulo. Entrevista: ‘Trump sacrifica Bolsonaro se tiver ganhos com Lula’, diz Matias Spektor, professor da FGV Na semana passada, Vieira e Rubio conversaram por telefone durante 15 minutos. A convite do americano, o chanceler viajou a Washington para o encontro. De acordo com nota divulgada pelo Itamaraty, o objetivo da reunião é “dar seguimento ao tratamento das questões econômico-comerciais entre os dois países, conforme definido pelos presidentes”. Um dos mais críticos ao governo Lula e ao Judiciário brasileiro, Marco Rubio foi designado para ser o interlocutor da Casa Branca nas negociações com o Brasil, após uma conversa telefônica de meia hora entre Lula e Trump, dias antes. Crédito: Tesouro terá que abrir exceção para fazer empréstimo de até R$ 20 bi aos Correios Nos bastidores, Brasil e Estados Unidos perseguem objetivos distintos. O país busca reduzir barreiras comerciais, garantir previsibilidade e fortalecer cadeias produtivas locais, enquanto Washington exige acesso a minerais estratégicos, regras mais flexíveis para grandes plataformas digitais e alinhamento geopolítico. Na quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou convite americano para tratar de lítio, níquel e terras raras, reforçando o interesse de Washington em um fornecimento estável de insumos estratégicos. No campo digital, o Brasil tenta equilibrar investimento e soberania de dados, enquanto os Estados Unidos pressionam por regulamentação favorável às suas empresas. Para interlocutores brasileiros, a prioridade é previsibilidade e acesso a mercados; para os americanos, influência estratégica e garantias de que o país não se alinhará a rivais globais. Initial plugin text

Lula e Silveira reativam conselho de minerais críticos em meio a interesse dos EUA

Lula e Silveira reativam conselho de minerais críticos em meio a interesse dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participam, nesta quinta-feira, da primeira reunião do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), órgão criado para ditar políticas públicas ao setor mineral. Recurso: TCU suspende decisão que obrigava governo a buscar centro da meta fiscal Tarifaço: Mauro Vieira e Marco Rubio buscam destravar agenda entre Lula e Trump após meses de impasse A inauguração do novo órgão acontece em meio ao interesse do governo americano na exploração de minerais críticos e estratégicos no Brasil. Do outro lado, o governo do presidente Lula avalia que o interesse dos americanos no setor pode ser uma oportunidade de barganha nas negociações sobre a retirada das tarifas impostas sobre a compra de produtos brasileiros. Em meio à crescente demanda dos minerais, o foco do Conselho será justamente definir uma estratégia de exploração desses recursos no Brasil. Crédito: Tesouro terá que abrir exceção para fazer empréstimo de até R$ 20 bi aos Correios Os chamados minerais críticos — como lítio, nióbio, cobre e terras raras — são insumos essenciais para a transição energética global e indústria de alta tecnologia. O tema tem se tornado um dos eixos centrais da disputa geopolítica entre Estados Unidos e China, e o Brasil é visto como um dos poucos países com potencial para ampliar a oferta desses recursos de forma sustentável. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o Brasil é dono de cerca de 10% das reservas mundiais desses insumos. A produção efetiva no país, no entanto, não passa de 0,09% da oferta global. Nesta quarta, o ministro de Minas e Energia declarou que vai se reunir com o governo do presidente Donald Trump para discutir o tema no fim deste mês. Durante audiência pública na Câmara, o ministro disse que foi convidado para se encontrar com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright. 'Impacto administrativo': INSS suspende pagamento bônus para reduzir fila de pedidos por falta de recursos Criado no final de 2022, ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o CNPM ainda não tinha saída do papel desde então. Ao assumir em 2023, o governo do presidente Lula decidiu revisar a organização e atribuições do órgão. Segundo o decreto que estabelece a reativação do Conselho, o colegiado será composto por representantes de 16 ministérios, entre eles os de Relações Exteriores, Fazenda, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Indústria, Justiça, Integração e Casa Civil, além do Gabinete de Segurança Institucional. O órgão será presidido pelo ministro Alexandre Silveira. Além disso, também haverão representações dos municípios produtores de minério, universidades, especialistas do setor mineral e entidades da sociedade civil, com mandatos previstos por dois anos.

CPI do INSS vai votar requerimento para ouvir irmão de Lula sobre descontos irregulares de benefícios previdenciários

CPI do INSS vai votar requerimento para ouvir irmão de Lula sobre descontos irregulares de benefícios previdenciários

A CPI do INSS vai votar, na sessão desta quinta-feira, um requerimento de convocação para depoimento de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente do colegiado, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou em suas redes sociais que o requerimento será votado "em bloco", ou seja, junto com outros pedidos de oitivas de pessoas ligadas a entidades e associações vinculadas aos descontos irregulares em benefícios previdenciários. No mês passado, a CPI aprovou outro requerimento, que abria o sigilo sobre as pessoas que tinham procuração para atuar em nome do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi), entre os anos de 2015 e 2023. A entidade tem como vice-presidente Frei Chico. O sindicato é citado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre possíveis fraudes e nega irregularidades. Frei Chico não é investigado. A blindagem a Frei Chico é uma das prioridades para os governistas que integram a CPI e a votação da convocação dele "em bloco" quebra um acordo alinhavado no início dos trabalhos do colegiado. Na ocasião, ficou pactuado que a votação de requerimentos em bloco na comissão só aconteceria se houvesse consenso sobre todos os nomes analisados. Isto evitaria que o nome de Frei Chico aparecesse ao lado de outros alvos, o que faria com que uma possível convocação tivesse que ser submetida individualmente aos parlamentares, o que aumentaria a margem de articulação do governo para derrotar o pleito. A expectativa é de que os governistas peçam a retirada do requerimento.

Família de noiva flagrada com padre em casa paroquial de MT denuncia exposição de imagens nas redes

Família de noiva flagrada com padre em casa paroquial de MT denuncia exposição de imagens nas redes

Padre é flagrado com noiva de fiel em Nova Maringá (MT) A família da noiva flagrada com o padre Luciano Braga Simplício na casa paroquial de Nova Maringá (MT) registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira (13) denunciando o vazamento das imagens do flagrante no local. Segundo a Polícia Civil, o boletim de ocorrência descreve uma divulgação indevida das imagens que, em algumas horas, se espalharam pela cidade, de pouco mais de 5 mil habitantes, e viralizou na internet. A ocorrência foi registrada pela polícia como “caso atípico”. Como se trata de um crime que depende de representação, mais detalhes não foram divulgados pela Polícia Civil. O g1 entrou em contato com a família da noiva, mas os envolvidos optaram por não se pronunciar sobre o caso. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Entenda o caso Na última segunda-feira (13) foi divulgado nas redes sociais um vídeo do padre Luciano, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com a noiva de um fiel em uma casa paroquial de Nova Maringá, onde atua. As imagens mostram um grupo de homens arrombando a porta do quarto e do banheiro da casa paroquial, após o padre se recusar a abri-las. Em seguida, a noiva é encontrada chorando embaixo da pia do banheiro (assista acima). LEIA MAIS VÍDEO: padre é investigado pela Igreja após ser flagrado com noiva de fiel em casa paroquial de MT Padre flagrado com noiva de fiel pode ser afastado do cargo? Entenda Padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida Reprodução

Subsídios, repressão e atentados: Entenda o que está por trás da onda de protestos e violência no Equador

Subsídios, repressão e atentados: Entenda o que está por trás da onda de protestos e violência no Equador

Na tarde do último domingo, centenas de pessoas saíram às ruas da capital do Equador, Quito, contra a decisão do governo de Daniel Noboa de eliminar os subsídios aos combustíveis, o que elevou os preços em 56%. Os gritos de “Noboa, fora, fora!”, dividiram espaço com as bombas de gás lançadas pelas forças de segurança. A manifestação foi apenas uma da longa série de protestos contra o governo desde o mês passado — além de gritos de ordem, os atos são acompanhados por ataques contra autoridades, denúncias de abusos e pela ação de grupos criminosos. A crise desencadeada pelos protestos corre em paralelo a um outro e igualmente grave desafio para o Equador: a violência das organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas, que parecem se aproveitar do estado de tensão entre governo e manifestantes. Na terça-feira, um carro-bomba foi detonado do lado de fora de um shopping da maior cidade do Equador, Guayaquil, matando uma pessoa e deixando 26 feridos. Um dia depois, houve explosões em pontes em outras duas províncias, deixando uma pessoa ferida e causando danos às estruturas. Onda de violência: Ataques de gangues do narcotráfico deixam 14 mortos no Equador; vítimas apresentavam sinais de tortura Apostas e futebol: Tráfico de drogas ameaça esporte mais popular do Equador Mesmo diante do crescente número de mortos, no entanto, Noboa não está disposto a recuar. Na segunda-feira, anunciou o envio de um segundo comboio de 100 veículos do Exército a Imbabura, e o emprego de 5 mil militares para desobstruir os bloqueios. O ponto central na nova crise equatoriana foi o anúncio, no dia 12 de setembro, do fim do subsídio oficial aos preços dos combustíveis: nas bombas, o litro do diesel passou de US$ 1,80 (R$ 9,83) para US$ 2,80 (R$ 15,29 — o dólar é a moeda usada no Equador). O governo aponta para uma economia de US$ 1,1 bilhão (R$ 6 bilhões) aos cofres públicos, mas críticos destacam o impacto sobre os orçamentos das famílias, especialmente as mais pobres. Manifestantes durante protesto contra o fim dos subsidios aos combustíveis, anunciado pelo governo do Equador, em Quito Rodrigo BUENDIA / AFP A reação nas ruas foi quase imediata. Uma semana depois, já em meio a protestos, a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), uma das principais forças políticas do Equador, convocou uma greve geral, aliada a protestos, enfrentamentos com forças de segurança e bloqueios de rodovias. Noboa, que até agora se recusa a ceder sobre o subsídio, declarou estado de exceção em sete das 24 províncias equatorianas. O mecanismo suspende alguns direitos e é voltado a suprimir situações de crise, e tem sido usado com relativa frequência no país, diante da infindável sequência de turbulências internas. Os bloqueios nas estradas continuaram, assim como os protestos em várias cidades, especialmente na região andina, base da Conaie. No dia 28 de setembro, uma pessoa morreu e 12 soldados ficaram feridos em um violento confronto em Otavalo, na província de Imbabura — a Conaie acusa os militares de terem efetuado o disparo que matou Efraín Fuerez, um líder comunitário, mas as autoridades negam. Ao mesmo tempo, as Forças Armadas afirmam que as manifestações foram “infiltradas por grupos terroristas”, e ao menos 13 pessoas detidas enfrentam acusações de terrorismo. Initial plugin text Em comunicado, a Conaie afirma que o governo “transformou nossas comunidades em zonas de guerra”, repetindo acusações de uso de munição letal contra manifestantes desarmados. Até agora, três pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas, algumas em estado grave. A ONG equatoriana Periodistas Sin Cadenas relata ainda que 55 profissionais da imprensa foram agredidos. “A repressão aos protestos, os ataques ao Tribunal Constitucional e a persistência de uma estratégia de segurança militarizada, apesar das graves violações de direitos humanos, colocam o Equador na lista de países da região que vivenciam um aumento preocupante de práticas autoritárias”, afirmou a diretora para as Américas da Anistia Internacional, Ana Piquer, em comunicado divulgado pela organização. Manifestante é detido pela polícia durante protesto contra o governo em Quito Rodrigo BUENDIA / AFP No dia 4 de outubro, Noboa expandiu o estado de exceção para dez províncias, suspendendo por 60 dias o direito de reunião, efetivamente proibindo manifestações. Na ocasião, Edgar Lama, presidente do Conselho de Previdência Social, afirmou: "Não há nada a discutir com uma minoria que busca impor sua vontade por meio da violência". na rede social X, Noboa foi além, afirmando que “aqueles que optarem pela violência enfrentarão a lei. Aqueles que agirem como criminosos serão tratados como criminosos”. Em outro grave incidente, no dia 7, Noboa foi alvo do que as autoridades chamam de tentativa de assassinato. Durante uma visita a uma localidade em uma região andina, o carro de sua comitiva foi atacado por pedras, paus e, de acordo com a ministra de Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano, por disparos de arma de fogo. Veja vídeo: Veja como era luxuoso bunker onde criminoso mais procurado do Equador se escondia O presidente saiu ileso, cinco pessoas foram presas e o ministro da Defesa, Gian Carlo Loffredo, disse que se tratou de “um ato de terrorismo”. A Conaie, por sua vez, afirmou que Noboa foi a uma área onde sabia que seria hostilizado “para justificar a sua política de guerra”. Yaku Pérez, ativista e ex-candidato à Presidência, disse que não há nada que ligue os detidos ao ataque, condenado pela comunidade internacional. — Se houver repressão em Imbabura, os povos e nacionalidades não ficarão insensíveis. Nós nos levantaremos, não por solidariedade, mas por responsabilidade, porque o que eles estão fazendo em Imbabura está sendo feito com o resto do país — afirmou Yaku Pérez, em entrevista ao jornal La Hora. Até o momento, não há sinal de diálogo entre o governo e a Conaie. Para Juan Fernando Páez, da Pontifícia Universidade Católica do Equador, hoje Noboa tem a mão mais forte à mesa, e mostra o ímpeto para usar a força para resolver a crise. Contudo, ele aponta que o presidente precisará fazer concessões em algum momento. No mês que vem, o país vai às urnas em um referendo que inclui, dentre outras medidas, a convocação de uma Assembleia Constituinte. — Muitas das reivindicações deles (da Conaie) são legítimas e contam com o apoio da população — afirmou em entrevista ao site Cuenca High Life. — Pode haver espaço limitado para concessões sobre o diesel, mas é preciso haver uma discussão sobre saúde pública, educação e outros temas. Uma maneira de resolver esta greve é ​​o presidente e o governo admitirem que muitos dos argumentos da Conaie são válidos. Duas pessoas foram presas: Equador apreende, na fronteira com o Peru, material explosivo para 'atos terroristas' na Colômbia Destroços de carro-bomba detonado diante de um shopping center em Guayaquil Marcos Pin / AFP Aumento do crime organizado Antes considerada uma nação segura, o território equatoriano passou a ser usado por cartéis para o transporte de narcotráficos para os EUA e Europa, e se tornou cenário de confrontos sangrentos, inclusive dentro das penitenciárias. Não há ligação comprovada entre as explosões de terça e quarta-feira, mas o ministro do Interior, John Reimberg, afirmou que a organização criminal Los Lobos, uma das maiores do país, era a principal suspeita: segundo ele, seriam represálias a um ataque recente contra áreas de mineração ilegal, controladas pelo grupo, em Imbabura. Para o ministro da Infraestrutura, Roberto Luque, o narcotráfico também tenta se aproveitar das turbulências sociais para causar distúrbios e afetar a vida dos cidadãos. Já o governador da província de Guayas, Humberto Plaza, onde fica Guayaquil, tentou ligar a explosão ao movimento indígena, algo rejeitado pela Conaie. “Repudiamos as acusações irresponsáveis ​​e sem fundamento do governador de Guayas, Humberto Plaza, que quer vincular os povos indígenas à explosão”, afirma a organização, em publicação no X. “Este discurso bélico das autoridades do regime, como o de John Reimberg, só evidencia a violência estatal contra nossos povos.”

Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira

Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira

Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio O concurso 2.928 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 40 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (16), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (14), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.