Vulcão na Indonésia entra em erupção e lança enorme coluna de cinzas; vídeo

Vulcão na Indonésia entra em erupção e lança enorme coluna de cinzas; vídeo

Um vulcão entrou em erupção em uma ilha da Indonésia, lançando uma coluna massiva de cinzas, informaram as autoridades nesta quarta-feira, que emitiram o nível máximo de alerta para a região. O monte Lewotobi Laki-Laki, localizado na Ilha de Flores, entrou em erupção na noite de terça-feira e na madrugada de quarta, lançando materiais vulcânicos a 10 quilômetros acima de seu cume, que tem 1.584 metros de altura, informou a agência vulcanológica nacional, em um comunicado. Initial plugin text Inicialmente, não foram relatadas vítimas nem danos, mas as autoridades alertaram os moradores e turistas da ilha, no leste da Indonésia, a se manterem afastados do vulcão e a se prepararem para possíveis evacuações. Encerradas buscas por vítimas de desabamento em escola na Indonésia; balanço é fechado em 67 mortos O chefe da agência vulcanológica, Muhammad Wafid, anunciou que foi emitido o nível mais alto de alerta após a detecção de um aumento nos abalos sísmicos profundos, que frequentemente antecedem uma erupção explosiva. Ele advertiu que a coluna de cinzas da erupção poderia “interromper operações aeroportuárias e rotas de voo, caso se espalhe ainda mais”. O mesmo vulcão havia lançado, em setembro, uma coluna de cinzas de quilômetros de altura, o que obrigou o cancelamento de voos na região. A Indonésia, um extenso arquipélago, está situada no “Anel de Fogo” do Pacífico, uma região de intensa atividade sísmica.

Explosão de carro-bomba deixa um morto em Guayaquil, no Equador; veja vídeos

Explosão de carro-bomba deixa um morto em Guayaquil, no Equador; veja vídeos

Uma pessoa morreu e muitas outras ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba nesta terça-feira (14) em uma zona comercial e movimentada da cidade de Guayaquil, no Equador, um incidente que o ministro do Interior classificou de "ato terrorista". Um vídeo do serviço de segurança ECU911 mostra um veículo estacionado do qual sai fumaça e fogo. Minutos depois, acontece a explosão. Initial plugin text Initial plugin text O ministro do Interior, John Reimberg, detalhou que, no local, havia "dois veículos dos quais um detonou". O outro permanece com "quantidade de explosivos", por isso será realizada uma explosão controlada. - Por volta das 18h (20h em Brasília) ouvimos um barulho muito forte e acreditamos que era da explosão. Agora vejo que ocorreu a poucos metros de nós. Saímos correndo por medo de que algo mais acontecesse, estamos em choque - disse a médica Samantha Vera, de 40 anos, que trabalha em uma localidade vizinha. O Corpo de Bombeiros informou na rede X que registrou um morto e "várias pessoas feridas", sem detalhar o número. A empresa pública de segurança da cidade informou através da rede X que está atendendo à "emergência ocasionada pela detonação de artefatos explosivos" e publicou fotos da via fechada por viaturas da polícia e caminhões dos bombeiros. O Ministério Público informou nessa mesma rede social que abriu uma investigação. - A Polícia Nacional está trabalhando de maneira permanente para combater a ameaça e chegar aos responsáveis deste ato terrorista - disse Reimberg. O ministro detalhou que os explosivos utilizados são de "elaboração profissional" e atribuiu o ataque a "grupos criminosos que querem provocar o caos". A área onde ocorreu a explosão é de classe média, com muitos restaurantes, negócios, lojas, consultórios, um hospital, hotéis e o maior centro comercial da cidade. - Foi terrível, foi um estrondo horroroso - contou Claudia Quimí, proprietária de um salão de beleza próximo onde "os vidros tremeram". O Equador está mergulhado em uma onda de violência que resulta das disputas mortais entre as gangues pelo controle do tráfico de drogas dentro do país e para os Estados Unidos e a Europa. Por sua localização estratégica com saída para o Oceano Pacífico, Guayaquil é reduto de organizações criminosas e tem registrado um aumento de atentados, homicídios, extorsões, desaparecimentos, roubos e outros delitos.

IA na educação: desafios e oportunidades - O Assunto #1577

IA na educação: desafios e oportunidades - O Assunto #1577

Mais da metade dos professores brasileiros diz ter incorporado a inteligência artificial à rotina de trabalho. É o que mostra uma pesquisa divulgada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no início de outubro: 56% dos docentes no país usam a tecnologia para preparar aulas e buscar novas formas de ensino — um índice 20 pontos percentuais acima da média dos países desenvolvidos. O dado reforça como, mesmo em um cenário de desigualdade tecnológica, a IA foi rapidamente absorvida em práticas educacionais. Um avanço que vem acompanhado de obstáculos. A mesma pesquisa aponta que 64% dos professores afirmam não ter o conhecimento nem as habilidades necessárias para usar ferramentas de IA, e seis em cada dez dizem que as escolas onde trabalham carecem de infraestrutura adequada para lidar com esse tipo de ferramenta. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Nara Fernandes de Oliveira, professa que explica como a inteligência artificial já mudou a maneira como ela prepara aulas. Nara, que leciona no Colégio Estadual Barão de Tefé, em Seropédica (RJ), dá exemplos de como a inteligência artificial está sendo usada, na prática, em sala e na relação com os alunos. E quais são os desafios com os quais ela se depara. Neste dia dos professores, Nara responde se ela teme pelo futuro da profissão a partir do uso desse tipo de tecnologia. Para explicar como a IA pode apoiar o processo de aprendizado sem substituir o esforço cognitivo dos estudantes, Victor recebe Paulo Blikstein, professor livre-docente da Escola de Educação e diretor do Centro Lemann de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia. Ele detalha de que forma a inteligência artificial pode ser usada para desenvolver habilidades essenciais no ensino. Convidados: Nara Fernandes de Oliveira, professora da rede pública do RJ, e Paulo Blikstein, professor livre-docente da Escola de Educação e Diretor do Centro Lemann de Estudos Brasileiros da Universidade de Columbia (EUA) O que você precisa saber: ENSINO MÉDIO: 7 em cada 10 alunos usam inteligência artificial em pesquisas; alunos relatam falta de orientação sobre como usar OPORTUNIDADES E RISCOS: Ensino começa a integrar inteligência artificial no Brasil TESTE: Em 'modo educação', ChatGPT imita filósofo e só faz perguntas ao aluno, sem dar respostas diretas O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Hoje na apresentação: Victor Boyadjian. O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 168 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 14,2 milhões de visualizações. Imagem ilsutrativa de uma sala de aula Divulgação

Vida de luxo de Buzeira incluía mansão em SP, carros e colar de R$ 2 milhões para Neymar: 'Tem que respeitar'

Vida de luxo de Buzeira incluía mansão em SP, carros e colar de R$ 2 milhões para Neymar: 'Tem que respeitar'

Preso na terça-feira (14), o influencer Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, levava uma vida marcada por ostentação e muitos luxos. Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão em uma mansão avaliada em cerca de R$ 18 milhões, localizada em Igaratá, no interior de São Paulo — uma propriedade que, por si só, já evidencia um alto padrão de vida. Durante a ação, a polícia apreendeu carros de luxo cromados, relógios e quantias em dinheiro em espécie. Diretor-geral de 'Vale tudo' em 1988: Dennis Carvalho relembra mudança de última hora em morte de Odete Roitman 'Nova chance': Vini Jr diz que Virginia Fonseca foi a sua melhor 'ficante', e web resgata comentário após revelação de retomada Parte fortuna de Buzeira foi conquistada por meio do conteúdo que compartilhava na internet. “Vi que a internet possibilitava muitas coisas diferentes. Não pensei duas vezes e comecei a agir”, disse ele, que chegou a se formar em comércio exterior, certa vez. Vida de luxo de Buzeira incluía ostentação nas redes sociais Reprodução/Instagram Vida de luxo de Buzeira incluía ostentação nas redes sociais Reprodução/Instagram Ele vivia em um condomínio de alto padrão e possuía uma coleção de carros esportivos, frequentemente exibida nas redes sociais. Também compartilhava suas viagens ao exterior. “Tudo o que conquistei veio do meu esforço, trabalho duro e coragem”, afirmou. Segundo o jornal Extra, seu patrimônio estava estimado em cerca de R$ 100 milhões no ano passado. Vida de luxo de Buzeira incluía ostentação nas redes sociais Reprodução/Instagram Buzeira ainda estava inserido no círculo social de famosos, como o jogador Neymar. No final de 2023, quando ele esteve no cruzeiro do atleta, ele o presenteou com um colar avaliado em R$ 2 milhões. “Presente do 00 para o 00 chefe. Falem bem ou falem mal, ninguém é igual o Neymar. Tem que respeitar”, escreveu ao comentar sobre o momento. Initial plugin text

Samsung ou Motorola? Veja 6 pontos para decidir seu próximo celular

Samsung ou Motorola? Veja 6 pontos para decidir seu próximo celular

A decisão de comprar um novo celular muitas vezes começa pela escolha da marca. Cada fabricante costuma ter características próprias — quase uma assinatura — que podem influenciar diretamente na experiência de uso. Motorola e Samsung, por exemplo, são conhecidas por entregar boas telas, baterias duradouras e Android atualizado, embora com interfaces distintas. Pensando nisso, o TechTudo preparou uma lista comparando os smartphones das duas marcas e destacando seus principais pontos fortes para ajudar o leitor a escolher qual delas vale mais a pena. Xiaomi ou Samsung: qual a melhor marca de celular? Guia analisa ➡️ Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews A lista compara especificações como tela, câmeras, desempenho e bateria em alguns dos melhores aparelhos das marcas. O tempo de atualização do software e o preço também entram na análise, já que são fatores importantes na hora de escolher um novo celular. A comparação considera apenas aspectos técnicos — portanto, o desempenho real pode variar conforme o uso no dia a dia. Veja, nas linhas a seguir, seis pontos para decidir se o seu próximo celular será da Samsung ou da Motorola. Saiba-mais taboola Samsung e Motorola são duas das marcas de celulares mais vendidas no Brasil Arte/TechTudo Qual celular é melhor: Motorola ou Samsung? Responda no Fórum do TechTudo Initial plugin text Pontos avaliados no comparativo entre celulares da Samsung e da Motorola Tela Câmeras Desempenho Bateria e carregamento Atualização de software Preço e prestígio 1. Tela As telas LCD — ou cristal líquido — são as mais comuns em aparelhos de entrada e têm um painel de LED atrás, chamado "backlight", que ilumina a tela. Painéis OLED não usam backlight, são mais finos e gastam menos bateria, enquanto o AMOLED, evolução do OLED, exibe imagens mais rápidas. A Samsung desenvolveu tecnologias como Super AMOLED e Dynamic AMOLED, que tornam os painéis mais responsivos e leves. A Motorola, por sua vez, investiu na tecnologia pOLED, que deixa os displays mais leves e resistentes. Assim, pOLED, Super AMOLED e Dynamic AMOLED se destacam como telas superiores. Tela do Galaxy S25 Ultra, celular topo de linha da Samsung, é Dynamic AMOLED 2X Rubens Achilles/TechTudo Outro ponto que merece atenção é a taxa de atualização das telas. Por padrão, a maioria dos aparelhos de entrada tem 60 Hz, mas há modelos com 90 Hz, 120 Hz ou mais, o que melhora a exibição de imagens rápidas e fréneticas, como em jogos, sem formar fantasmas ou borrões. O Moto G56 (Motorola), por exemplo, tem tela LCD com 120 Hz. Já o Galaxy A36 (Samsung), na mesma faixa de preço, oferece Super AMOLED com os mesmos 120 Hz. Entre os aparelhos topo de linha, a Motorola se destaca. O Motorola Edge 60 Pro, por exemplo, tem tela pOLED com brilho quase duas vezes maior que o Dynamic AMOLED do Galaxy S25 Ultra e frequência de emissão de luz superior, reduzindo o desconforto em usos prolongados. Ao escolher um novo celular, é recomendado evitar aparelhos com telas simples, de LCD, ou com taxas de atualização baixas. 2. Câmeras Enquanto nos modelos mais básicos a quantidade de megapixels promete fazer diferença na qualidade da imagem capturada, nos intermediários há bons recursos para ambos os lados. O Galaxy A56, por exemplo, tem sensor principal de 50 megapixels com 1/1,56 polegada, equipado com estabilização óptica (OIS) para fotos e digital (EIS) para vídeos, além de filmar em resolução 4K. Pelo lado da Motorola, o Moto G86 oferece os mesmos 50 MP, mas com sensor menor, de 1/1.95 polegadas, que pode gerar fotos mais escuras. Este sensor também conta com OIS e EIS, e ainda permite filmar em câmera lenta, com até 120 quadros por segundo (fps). Câmeras do Motorola Edge 50 Ultra Letícia Rosa/TechTudo Nos aparelhos mais caros, a Samsung leva vantagem sobre a rival. O Galaxy S25 Ultra tem um sensor principal de 200 MP — quatro vezes mais que o Motorola Edge 60 Pro — e zoom óptico de 5x, enquanto o Motorola fica limitado a 3X. A gravação de vídeos também é superior: 8K no S25 Ultra contra 4K no Edge 60 Pro. Em portais de avaliação técnica, como o DXOMARK, a câmera do celular da Samsung marcou 151 pontos, destacando-se na captura de detalhes e no desempenho do zoom. Já o da Motorola se beneficia do uso de lentes Sony no sensor principal, que garantem fotos detalhadas mesmo em condições adversas de luz. 3. Desempenho De modo geral, aparelhos intermediários da Samsung utilizam processadores próprios da marca, os da linha Exynos, enquanto a Motorola aposta em chips da MediaTek. Já os smartphones topo de linha de ambas as fabricantes vêm com processadores avançados da Qualcomm, como o Snapdragon 8 Elite. A quantidade de memória RAM, por sua vez, é similar para modelos da mesma faixa de preço. O Snapdragon 8 Elite Gen 5, atualmente o processador mais avançado da Qualcomm, deve chegar a aparelhos das marcas em breve Gisele Barros/TechTudo Ao comparar intermediários como o Galaxy A56 e o Moto G86, portais especializados como o Nano Review indicam desempenho superior do chip da Samsung. Para compensar, a Motorola incluiu em boa parte dos seus celulares a tecnologia RAM Boost, que converte parte do armazenamento em memória RAM temporária quando necessário. No Moto G86, por exemplo, isso permite até 16 GB adicionais, totalizando 24 GB de RAM. Embora os aparelhos premium de ambas as marcas tenham desempenho semelhante, os intermediários se beneficiam dos recursos da Motorola para apresentar maior fluidez em multitarefas, enquanto os da Samsung tendem a ter melhor performance em jogos. No comparativo entre o A56 e o Moto G86, portais como o AnTuTu apontam que o chip da Samsung entrega 36% mais desempenho que o MediaTek do modelo da Motorola. 4. Bateria e carregamento Avaliar a quantidade de bateria e o tempo de carregamento é essencial para escolher um celular adequado ao uso. Em alguns casos, a autonomia pode ser um fator decisivo na hora da compra, já que influencia diretamente o tempo que o celular deverá passar longe da tomada. Celulares da Samsung costumam estimar o tempo de duração da bateria conforme o usuário utilize o aparelho Reprodução/Samsung Boa parte dos celulares da Samsung têm baterias de 5.000 mAh, desde os modelos de entrada, como o Galaxy A07, até os premium, como o Galaxy S25 Ultra, com poucas excessões. Nos mais básicos, o carregamento chega a 25W, enquanto em intermediários, como o Galaxy A36, atinge 45W. O ponto negativo é que a Samsung nem sempre inclui o carregador mais potente na caixa — nesse caso, é preciso adquirir o assessório à parte para aproveitar a velocidade máxima. Já a Motorola apresenta maior variação na capacidade de bateria. Modelos como Moto G56 e Motorola Edge 60 têm 5.200 mAh ou mais, enquanto modelos com sobrenome “Power” costumam ultrapassar 6.000 mAh, embora nem todos cheguem oficialmente ao Brasil. O diferencial é que a Motorola inclui na caixa o carregador com capacidade máxima do aparelho. Por exemplo, o Edge 60 vem com um carregador TurboPower de 68 W, bem mais rápido que o carregador mais potente da Samsung. Motorola Edge 60 5G suporta recarga rápida e carregadores de até 68W Reprodução/Motorola Tomando como referência os modelos mais potentes de cada marca, a Motorola informa que o Edge 60 oferece até 40 horas de uso com uma única carga. Caso seja necessário recarregar, o aparelho garante energia suficiente para até 12 horas de uso em apenas 8 minutos na tomada. Já a Samsung afirma que seu topo de linha, o Galaxy S25 Ultra, pode reproduzir até 31 horas de vídeo e atingir 68% de carga em 30 minutos. Ponto para a Motorola, que, de modo geral, se mostra mais generosa com os consumidores, oferecendo melhor gestão de energia e sem exigir a compra de acessórios adicionais para aproveitar todo o potencial do aparelho. Ainda assim, é importante que o leitor avalie se a autonomia e a velocidade de recarga anunciadas nos sites oficiais atendem ao seu uso diário antes da compra do novo celular. Embora a tendência seja valorizar sempre o melhor em cada quesito, ambas as marcas têm aparelhos capazes de atender a maioria dos usuários de forma satisfatória. 5. Atualização de software Outro quesito importante a ser avaliado é a política de atualizações dos smartphones. Quanto mais tempo o aparelho receber atualizações, maior será sua vida útil. Além das correções de segurança, que protegem contra vulnerabilidades, diversos aplicativos podem deixar de funcionar caso não sejam compatíveis com as versões mais recentes do sistema. Samsung Galaxy A07 receberá até seis anos de atualizações de sistema operacional e de segurança Divulgação/Samsung Nesse quesito, há uma grande disparidade entre as marcas. Embora a Motorola não informe, de forma explícita, o tempo de suporte de seus celulares, a fabricante disponibiliza uma página de consulta com todos os aparelhos que receberão a versão mais recente do Android. No caso do Android 16, por exemplo, os modelos mais antigos contemplados são os lançados em 2023, totalizando dois anos de updates além do ano de lançamento. A Samsung, por sua vez, adotou uma política agressiva de atualizações nos últimos anos, próxima ao praticado pela Apple: são seis anos de suporte de sistema e segurança, garantidos desde o Galaxy A07 — seu modelo mais barato — até o Galaxy S25 Ultra. Apesar de ambas as marcas utilizarem interfaces personalizadas — Hello UI na Motorola e One UI na Samsung —, há quem prefira o estilo da Motorola por ser mais simples e intuitivo. A Samsung, por outro lado, mantém sua interface constantemente atualizada e disponibiliza recursos avançados, como o Samsung DeX, nos modelos mais potentes. 6. Preço e prestígio Dos celulares mais básicos aos mais luxuosos, tanto Motorola quanto Samsung contemplam todos os bolsos. Em 2025, a Samsung tem três linhas principais: a linha A, com modelos mais acessíveis; a linha S, com os mais caros e recheados de recursos; e a linha Z, dedicada aos dobráveis. O paralelo da Motorola está na linha Moto G, com celulares mais em conta; Edge, com os mais potentes, com visual premium; e Razr, que reúne os dobráveis. Galaxy S25, Galaxy S25 Plus e Galaxy S25 Ultra, respectivamente, lado a lado Rubens Achilles/TechTudo Entre os aparelhos lançados em 2025, o mais básico da Samsung é o Galaxy A07, vendido no Mercado Livre por a partir de R$ 719. Já o topo de linha, S25, custa cerca de R$ 3.933,99 na Amazon, enquanto a versão Ultra aparece por R$ 6.496. Em comparação, o Moto G06 pode ser encontrado com preços que partem de R$ 899, e o Motorola Edge 60 Pro custa R$ 2.748 na Casas Bahia. Já o preço dos dobráveis Galaxy Z Flip 7 e Motorola Razr 60 gira em torno de R$ 5.940 e R$ 3.699, respectivamente. A Motorola ainda oferece uma versão mais completa do dobrável vertical, o Razr 60 Ultra, que custa cerca de R$ 8.737. O dobrável horizontal da Samsung, o Galaxy Z Fold 7, aparece no varejo online por a partir de R$ 10.800. A marca ainda conta com uma versão Fan Edition do Galaxy Z Flip, que custa R$ 3.996 nas Casas Bahia. De modo geral, os smartphones da Motorola são mais acessíveis, ainda que cada empresa foque em recursos diferentes — como no caso do Z Fold, que não tem um competidor direto entre os aparelhos da Motorola. Samsung Galaxy Z Flip 7 e Motorola Razr 60 Ultra Arte/TechTudo/Samsung/Motorola/Reprodução Um diferencial da Motorola é que apenas ela vende smartphones com acabamento diferenciado, como couro vegano. Ainda assim, é importante conferir avaliações de consumidores que já adquiriram os aparelhos em lojas como Amazon e Mercado Livre, onde há reviews com fotos e opiniões de quem usa o celular no dia a dia. Sites como o Reclame Aqui também são uteis, pois apontam defeitos e problemas relatados pelos clientes. Consultar essas avaliações ajuda a evitar surpresas ou decepções na hora de adquirir um novo celular. Com informações de Android Authority, Android Police, DXO Mark, Motorola (1, 2, 3, 4), Nano Review e Samsung (1, 2) ️ iPhone vs. Android: qual vale mais a pena? Veja mitos e verdades iPhone vs. Android: qual vale mais a pena? Veja mitos e verdades Nota de transparência: o TechTudo mantém uma parceria comercial com lojas parceiras. Ao clicar no link da varejista, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques. Os valores indicados no texto são referentes a outubro de 2025.

Lula parece disposto a testar cacife recém-adquirido

Lula parece disposto a testar cacife recém-adquirido

Lula está diante de um daqueles momentos-chave na trajetória de um governo. No prazo de uma semana, colheu sua maior vitória no Congresso e uma derrota considerável. Agora, parece disposto a testar o cacife que acumulou nas últimas rodadas do jogo da política. Trata-se de movimento ousado. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Crime da 113 Sul: condenado como executor é inocentado e solto após 15 anos na Papuda; conheça os detalhes do caso

Crime da 113 Sul: condenado como executor é inocentado e solto após 15 anos na Papuda; conheça os detalhes do caso

113 Sul: STJ anula condenação e manda soltar Francisco Mairlon, preso durante 15 anos como executor do crime O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a condenação, extinguiu o processo e mandou soltar nesta terça-feira (14) um homem que está preso há quase 15 anos. Francisco Mairlon Barros Aguiar foi condenado como um dos executores do Crime da 113 Sul, o triplo homicídio que chocou Brasília em 2009 e ganhou série documental no Globoplay. Na madrugada desta quarta (15), Mairlon foi solto e deixou o Complexo Penitenciário da Papuda abraçando a família e escoltado pelos advogados. Por unanimidade, os cinco ministros da Sexta Turma do STJ entendeu que Francisco Mairlon teve uma condenação injusta. A sentença foi baseada somente em depoimentos frágeis, prestados na delegacia e nunca repetidos na frente de um juiz. Os ministros mandaram soltar Mairlon imediatamente – o que, segundo o STJ, pode acontecer ainda nesta terça. Ele está livre de qualquer acusação. Francisco Mairlon Barros Aguiar em entrevista ao documentário "Crime da 113 Sul". Globoplay/Reprodução Entenda abaixo a prisão, os depoimentos e a nova decisão do STJ. A prisão em 2010 Mairlon tinha 22 anos e morava no Pedregal, município de Novo Gama (GO), quando foi preso pela Polícia Civil de Brasília em novembro de 2010. O crime tinha ocorrido um ano e três meses antes, em 28 de agosto de 2009. Foram mortos, no apartamento da família: o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; a esposa dele, Maria Villela; a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva. Os três foram assassinados a facadas dentro do apartamento onde moravam, na quadra 113 Sul de Brasília. Dólares e joias foram levados do apartamento na noite do crime. Em 2013, Francisco Mairlon foi condenado pelo Tribunal do Júri a 55 anos de prisão — pena reduzida para 47 anos de prisão em segunda instância. Irmãos de Francisco Mairlon comemoram após STJ anular condenação. Caso revisitado A história da investigação é contada na série documental Original Globoplay "Crime da 113 Sul", disponível na plataforma. Em abril de 2024, a equipe do documentário entrevistou Mairlon dentro da Papuda, onde ele cumpria a pena. Na ocasião, Mairlon disse na entrevista que não queria sair da cadeia em decorrência do tempo de cumprimento da pena. "Eu só aceito sair daqui inocentado", afirmou. Os familiares de Mairlon sempre defenderam a inocência dele. Os irmãos do acusado chegaram a estudar direito na tentativa de, em algum momento futuro, ajudá-lo. A família, então, se aliou à ONG Innocence Project — organização internacional que se dedica a reverter possíveis erros judiciais — para tentar reverter o processo. Catorze anos depois de um crime brutal em Brasília, assassino confesso muda versão. O caso do Crime da 113 Sul é cheio de reviravoltas e elementos incomuns: disputas entre três delegacias; a participação de uma vidente — que denunciou falsos suspeitos e teve a farsa descoberta; um "dossiê" escrito à mão escondido numa fossa sanitária no interior de Minas Gerais; a contribuição de uma testemunha-chave – um preso que descobriu, dentro da cela, quem havia executado os assassinatos e fez uma denúncia à polícia. Suposta mandante, supostos executores Adriana Villela Mais de um ano após os assassinatos, em setembro de 2010, em meio a cobranças da sociedade pela solução do crime, a Polícia Civil indiciou a filha do casal, a arquiteta Adriana Villela, como mandante do crime. Para os investigadores, foi Adriana quem contratou os assassinos para ficar com a herança. A conclusão policial se baseava naquele momento em: depoimentos de funcionários dos Villela que diziam que Adriana tinha uma relação conflituosa com a mãe; uma carta na qual Maria brigava com a filha por questões financeiras; "evidências comportamentais" da arquiteta. No momento do indiciamento de Adriana, porém, a polícia ainda não sabia quem tinham sido os executores do crime. Crime da 113 Sul: quem é Adriana Villela, acusada de mandar matar os próprios pais Leonardo Campos Alves e Paulo Cardoso Santana Somente em novembro de 2010 a polícia descobriu o envolvimento de um ex-porteiro do prédio da Asa Sul, Leonardo Campos Alves. Ele havia trabalhado no condomínio por 14 anos e havia sido demitido seis meses antes do crime. Com a demissão, Leonardo passou a viver em Montalvânia, cidade no norte de Minas Gerais onde tinha familiares. Ao ser preso na cidade mineira, Leonardo confessou o crime. Ele afirmou que viajou para Brasília em 28 de agosto de 2009 e foi ao apartamento dos Villela para roubar — e não porque havia sido contratado. Leonardo relatou que agiu junto com um sobrinho, Paulo Cardoso Santana, também morador de Montalvânia. Segundo essa primeira versão, Leonardo e Paulo tinham sido os únicos responsáveis pelas facadas e por levar os dólares e as joias do apartamento dos Villela. A investigação, então, mudou de delegacia. A partir de seu quinto depoimento aos policiais, Leonardo alterou sua versão. O ex-porteiro passou a afirmar que foi contratado por Adriana —que lhe entregou os US$ 27 mil e as joias retiradas do apartamento — para simular um assalto e matar os Villela. Já a empregada Francisca teria sido morta para não deixar uma testemunha. Ao dar a nova versão, que foi a que prevaleceu na Justiça, Leonardo sustentou que não subiu até o apartamento, diferentemente do que tinha dito antes. Ele afirmou que quem subiu e deu as facadas foi seu sobrinho Paulo e um amigo, "Mairton" — que a polícia logo identificou como Francisco Mairlon. A história de Mairlon Mairlon havia sido vizinho de Leonardo e de Paulo no Pedregal em 2008 e no início de 2009, antes de o ex-porteiro ser demitido do prédio da 113 Sul e se mudar para Montalvânia com o sobrinho. Filho de pais cearenses, Mairlon fazia entregas de gás no comércio da família, tinha aberto sua própria mercearia no Pedregal e estava casado havia alguns meses. A companheira dele estava grávida de oito meses quando ele foi preso. Mairlon só viu o filho uma vez, quando a mãe dele levou o recém-nascido a uma visita na Papuda. Levado à delegacia, a antiga Coordenação de Investigação de Crimes contra a Vida (Corvida), Mairlon prestou vários depoimentos ao longo de todo o dia. Inicialmente, ele negou qualquer ligação com o crime. Depois de alguns depoimentos e de ter sido colocado frente a frente com Leonardo em uma "acareação informal" — como mostra um dos vídeos feitos na delegacia —, Mairlon confessou ter ido à quadra dos Villela, mas disse que não entrou na casa e que foi ele que ficou de vigia. A versão dele não batia com a dos outros investigados. Mairlon afirma que só admitiu à polícia que foi até a quadra 113 Sul junto com Paulo e Leonardo porque ficou com medo de os policiais ameaçarem sua esposa, que estava grávida. Durante todo o processo, na fase judicial, ele sempre negou envolvimento com o crime. Não há no processo provas materiais de que Mairlon tenha estado no endereço dos Villela, ponto destacado pelo Innocence Project no pedido feito ao STJ. No caso de Leonardo e Paulo, diferentemente, existem provas materiais: a polícia localizou duas lojas em Montes Claros (MG), na região de Montalvânia, onde Leonardo vendeu as joias e os dólares que pertenciam aos Villela. Para a ONG Innocence Project, o ex-porteiro Leonardo envolveu Mairlon na história na tentativa de obter uma pena menor para si mesmo — quando disse que não entrou no apartamento, mas apenas ficou esperando embaixo do prédio. A polícia e o Ministério Público, por outro lado, sustentam que Mairlon confessou sua participação nas mortes em dois depoimentos prestados na delegacia. Infográfico - Veja linha do tempo do Crime da 113 Sul na Justiça Arte/g1 STJ é unânime ao anular condenação Os cinco ministros da Sexta Turma foram unânimes em anular a condenação – e, em seguida, em anular toda a ação penal, trancando (encerrando) o caso de Mairlon. Relator do caso, o ministro Sebastião Reis Junior afirmou que a conduta nos depoimentos que incriminaram Mairlon feriu direitos como a ampla defesa e o contraditório. "Existindo depoimentos incriminando o recorrente bem como depoimentos judiciais inocentando-o, caberia ao magistrado singular, na ocasião de proferir a decisão de pronúncia, confrontar os elementos de informação", disse. "É inadmissível que, em um Estado Democrático de Direito, um acusado seja pronunciado [levado a júri] e condenado por um tribunal de juízes leigos apenas com base em elementos de informação da fase extrajudicial, dissonantes da prova produzida em juízo", seguiu. O ministro Rogério Schietti, após assistir aos vídeos dos depoimentos tomados na antiga Corvida, disse que foram usados "expedientes que fogem de qualquer conceito de civilidade". "Os vídeos mostram de que maneira as coisas acontecem na delegacia, sem a presença de advogado, após horas exaustivas de depoimento, suprimindo direitos dos investigados, e o resultado é o incremento enorme do risco de condenações injustas", afirmou Schietti. 113 Sul: Sessão da Sexta Turma do STJ julga pedido de soltura de Francisco Mairlon STJ/Reprodução "Talvez esteja na hora, não sei se pelo CNJ [Conselho Nacional de Justiça], de haver uma provocação para que a matéria de conduzir investigações, de tomar depoimentos, não se fie mais nessa técnica que tem sido reverberada há cerca de 70 anos no Brasil, e passemos a adotar um protocolo que dê confiabilidade a essa prova", disse. O ministro Carlos Pires Brandão afirmou que o caso era "quase uma tragédia para os profissionais do direito". "Me espantou essa utilização de elementos meramente informativos, levantados na fase administrativa, serem transformados em provas sem qualquer cotejamento com os demais elementos", disse. O ministro Og Fernandes afirmou que os vídeos dos depoimentos são "claros, no sentido de uma coação moral". "Em regra, [a coação é] aplicada a pessoas de pouca estrutura intelectual, que são coagidas a assumir tal ou qual versão porque isso encerra, bem ou mal, a atividade policial". "Todos aqui temos um único desejo, a verdade. Seja o Judiciário, seja a defensoria, seja o Ministério Público. E parece que essa verdade assim obtida, pelo que vi e pelo que vi, é falsa. Não convence." O ministro Antônio Saldanha Palheiro acompanhou os demais, mas não chegou a usar a palavra durante a análise. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF. Série documental "Crime da 113 Sul" do Globoplay

Crime da 113 Sul: inocentado pelo STJ, Francisco Mairlon deixa o presídio da Papuda em Brasília após 15 anos preso

Crime da 113 Sul: inocentado pelo STJ, Francisco Mairlon deixa o presídio da Papuda em Brasília após 15 anos preso

113 Sul: STJ anula condenação e manda soltar Francisco Mairlon, preso durante 15 anos como executor do crime Inocentado por decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Mairlon Barros Aguiar deixou o presídio da Papuda, em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (15). Ele passou 15 anos preso, após ter sido condenado como um dos executores do "Crime da 113 Sul". Detido em 2010 aos 22 anos de idade, ele volta a ser um homem livre aos 37. Na decisão desta terça (14), os ministros do STJ determinaram a "soltura imediata" do ex-réu, agora inocentado. O comunicado foi enviado ao Tribunal de Justiça do DF, que notificou a Vara de Execuções Penais (VEP) para soltar Francisco Mairlon. 113 Sul: Sessão da Sexta Turma do STJ julga pedido de soltura de Francisco Mairlon STJ/Reprodução Decisão do STJ Na decisão do STJ, os ministros também trancaram a ação penal e anularam o processo desde o início. Ou seja: Francisco Mairlon, agora, não é condenado nem réu pelo crime. O triplo homicídio ocorrido em Brasília em 2009, ainda vivo na memória dos moradores da capital, ganhou série documental no Globoplay. Crime da 113 Sul: irmãos de Francisco Mairlon Aguiar comemoram emocionadas decisão do STJ. A decisão foi tomada com base em um pedido da ONG Innocence Project — organização internacional que busca reparar erros judiciais —, que assumiu a defesa de Mairlon. Segundo a defesa, os depoimentos que incluíram Francisco Mairlon na cena do crime, dados pelo próprio Mairlon e pelo réu Paulo Cardoso Santana, foram colhidos mediante pressão e intimidação. Baixe o app do g1 para ver notícias do DF em tempo real e de graça O Tribunal de Justiça do Distrito Federal tinha negado uma revisão do processo e, por isso, o caso passou à análise do STJ. O Ministério Público do DF pode recorrer da decisão. 113 Sul: executores mudaram depoimentos e disseram ter sido torturados pela polícia para confessar O que disse a defesa de Mairlon A única a falar antes dos votos foi a advogada Dora Cavalcanti, que representa a ONG. A Innocence Project pede a anulação da condenação e a soltura de Mairlon, que está há quase 15 anos na Papuda. "Ao longo das 16 mil páginas e dos quatro anos, ao longo dos quais o Innocente Project estudou a condenação definitiva de Francisco Mairlon, o que se pode constatar é que ficou ele esquecido, invisibilizado. Não só na fase pré-processual, como também quando do julgamento de sua apelação", afirmou Dora. "A única coisa invocada como lastro para a denúncia, para a pronúncia [envio ao júri popular], único elemento apresentado aos senhores jurados e usado também para manter a condenação foram confissões extrajudiciais", seguiu a advogada. A advogada afirmou que Mairlon foi "quebrado" pelas múltiplas horas de depoimento, e foi dado como "réu confesso" mesmo sem ter admitido ter dado facadas ou ter entrado no apartamento do crime. "Não foi só ele, muitas pessoas podem ser 'quebradas' sob pressão policial. Abatidas, exaustas, desorientadas, muitas vezes privadas do sono, de boa alimentação. Depois de seis horas, a chance de alguém assumir a responsabilidade por um crime que não cometeu sob a falsa promessa de que vai ser liberado para ir para casa aumentar exponencialmente", defendeu. Francisco Mairlon Barros Aguiar em entrevista ao documentário "Crime da 113 Sul" Globoplay/Reprodução Os principais argumentos de defesa são: Confissões feitas sob pressão: Innocence Project aponta que as confissões de Mairlon e dos outros dois homens condenados foram feitas em um ambiente de pressão e manipulação por parte dos policiais. A confissão de Mairlon, segundo a ONG, foi extraída à força, após horas de interrogatório, sem descanso. Sem provas além das confissões: Mairlon foi condenado apenas com base na confissão dele feita na delegacia e jamais repetida em juízo e também nas acusações feitas pelo assassino confesso Leonardo Alves. Não há outras provas — como DNA, impressões digitais ou testemunhas — além da confissão. Retratação das acusações em juízo: as confissões feitas na delegacia pelos outros réus, Leonardo Alves e Paulo Santana (leia mais abaixo), foram corrigidas durante a fase judicial. Defesa cerceada: a defesa conseguiu acesso aos vídeos dos depoimentos do Paulo Cardoso Santana e de Leonardo Campos Alves em 2024 e eles nunca tinham sido devidamente analisados pelos juízes. De acordo com a defesa, os vídeos são essenciais para mostrar a realidade dos interrogatórios, a manipulação policial e a fragilidade da confissão de Mairlon. Os vídeos desses depoimentos foram exibidos em primeira mão no documentário "Crime da 113 Sul", lançado pelo Globoplay em fevereiro deste ano. 'Crime da 113 Sul': entenda em 5 pontos o recurso que pode anular a condenação de um dos executores Como votaram os ministros Os cinco ministros da Sexta Turma foram unânimes em anular a condenação – e, em seguida, em anular toda a ação penal, trancando o caso de Mairlon. Relator do caso, o ministro Sebastião Reis Junior afirmou que a conduta nos depoimentos que incriminaram Mairlon feriu direitos como a ampla defesa e o contraditório. "Existindo depoimentos incriminando o recorrente bem como depoimentos judiciais inocentando-o, caberia ao magistrado singular, na ocasião de proferir a decisão de pronúncia, confrontar os elementos de informação", disse. "É inadmissível que, em um Estado Democrático de Direito, um acusado seja pronunciado [levado a júri] e condenado por um tribunal de juízes leigos apenas com base em elementos de informação da fase extrajudicial, dissonantes da prova produzida em juízo", seguiu. O ministro Rogerio Schietti Cruz classificou o caso de Mairlon como "gravíssimo". "Envolve uma das grandes chagas da nossa tradição, que é o uso de meios viciados de obtenção de provas. Temos, em vários outros processos, afirmado que a Justiça criminal brasileira ainda se centra na confissão como 'a rainha das provas'. Há uma verdadeira obsessão pela confissão", destacou. "Não podemos aceitar mais que se leve alguém a julgamento pelo Tribunal do Júri com base tão somente em depoimentos colhidos em uma delegacia, não confirmados em juízo. E mais ainda, retratados em juízo, sem que isso seja objeto expresso de uma análise judicial séria, isenta, objetiva e racional", emendou. O ministro Carlos Pires Brandão afirmou que o caso era "quase uma tragédia para os profissionais do direito". "Me espantou essa utilização de elementos meramente informativos, levantados na fase administrativa, serem transformados em provas sem qualquer cotejamento com os demais elementos", disse. O ministro Og Fernandes afirmou que os vídeos dos depoimentos são "claros, no sentido de uma coação moral". "Em regra, [a coação é] aplicada a pessoas de pouca estrutura intelectual, que são coagidas a assumir tal ou qual versão porque isso encerra, bem ou mal, a atividade policial". "Todos aqui temos um único desejo, a verdade. Seja o Judiciário, seja a defensoria, seja o Ministério Público. E parece que essa verdade assim obtida, pelo que vi e pelo que vi, é falsa. Não convence." O ministro Antônio Saldanha Palheiro acompanhou os demais, mas não chegou a usar a palavra durante a análise. Condenados como executores Três homens foram condenados pela execução do crime. Presos desde novembro de 2010, são eles: Leonardo Campos Alves: ex-porteiro do prédio onde o casal Villela morava. Em 2013, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 60 anos de prisão; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo: em 2016 foi condenado a 62 anos de prisão pelo júri; e Francisco Mairlon Barros Aguiar: em 2013 foi condenado a 55 anos de prisão, pena reduzida em segunda instância para 47 anos de prisão. Mairlon morava no Pedregal, município de Novo Gama (GO), quando foi preso pela Polícia Civil de Brasília em novembro de 2010, um ano e três meses após as mortes. Crime da 113 Sul ganha série documental no Globoplay Foram assassinados no caso: o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; a esposa dele, Maria Villela; a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva. As vítimas foram mortas a facadas dentro do apartamento onde moravam, na quadra 113 Sul de Brasília. Dólares e joias foram levados do apartamento na noite do crime, 28 de agosto de 2009. 'Crime da 113 Sul': STJ anula condenação de Adriana Villela por triplo homicídio Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.