Vírus assume controle do WhatsApp Web para roubar senhas de bancos; veja como se proteger

Vírus assume controle do WhatsApp Web para roubar senhas de bancos; veja como se proteger

O vírus que se espalha no WhatsApp Web , ao menos desde setembro, usa uma tela falsa para roubar dados de clientes de mais de duas dúzias de bancos brasileiros, além de corretoras de criptomoedas, incluindo senhas e outras credenciais de acesso. As instituições financeiras que estão entre os alvos não foram divulgadas em estudo da Kaspersky. Leia mais (10/16/2025 - 04h00)

Violência armada deveria ser pensada como problema de saúde pública, dizem especialistas

Violência armada deveria ser pensada como problema de saúde pública, dizem especialistas

Incluir a violência armada nos currículos dos cursos de medicina e adotar avisos sobre os riscos de se ter uma arma na hora de comprá-la, tal como se faz hoje nos rótulos de alimentos prejudiciais à saúde . Essas foram algumas das propostas apresentadas em debate ocorrido durante a Cúpula Mundial de Saúde, que aconteceu nesta semana em Berlim. Leia mais (10/16/2025 - 04h00)

Global Economy Briefing: October 15, 2025

Global Economy Briefing: October 15, 2025

Investors digested softer activity in Japan, a mixed European inflation and production picture, and renewed signs of cooling U.S. housing demand. China’s credit pulse improved on aggregate financing but bank lending slowed, while India’s trade gap widened. Funding conditions in Europe eased at core auctions as IMF meetings shaped the policy backdrop. United States Mortgage […]

Rumo à COP30: veleiro sai do Rio com destino a Belém em expedição inédita sobre vida marinha brasileira

Rumo à COP30: veleiro sai do Rio com destino a Belém em expedição inédita sobre vida marinha brasileira

A realização da COP30, em novembro, atrairá os olhares de todo o mundo para Belém (PA), que se transformará em um palanque global para a discussão do combate à crise climática. A um mês do evento, uma expedição deixou o Rio de Janeiro com destino à conferência a bordo de um veleiro pensando não exatamente no que acontecerá durante a COP, mas, sim, no que encontrará no caminho até lá. Evento preparatório: Pré-COP tem atrito com árabes e ‘surpresa’ chinesa Investigação: TCU vai apurar se houve irregularidade em contratação de duas empresas para espaços da COP30 A embarcação, que zarpou da Baía de Guanabara na noite dessa terça-feira (14) e deve atracar no Pará na primeira semana de novembro, tem como objetivo mapear a biodiversidade do oceano brasileiro no caminho entre as capitais. A iniciativa é do Instituto Mar Urbano em parceria com a OceanPact, empresa especializada no desenvolvimento de soluções marítimas, e a NatureMetrics, multinacional que atua na coleta e no processamento de dados relacionados à preservação do meio ambiente. — Essa expedição é um marco científico — afirma Ricardo Gomes, presidente do Instituto Mar. — Pela primeira vez, vamos conseguir fazer um raio-X genético contínuo da vida marinha em uma das costas mais biodiversas do mundo. Durante a expedição, seis tripulantes de diferentes áreas do conhecimento vão coletar amostras de DNA ambiental (eDNA) deixadas na água por peixes, corais, raias, tartarugas e outras espécies marinhas em pontos estratégicos da costa brasileira, como Arraial do Cabo e a foz do Rio Amazonas. Após coletados, estes dados serão compartilhados com ONGs locais e comunidades costeiras para fortalecer ações de conservação. Ao mesmo tempo, empresas terão acesso a dados que podem ser integrados às suas estratégias de gestão de riscos ambientais, licenciamento, cadeia de suprimentos e indicadores ESG. A expedição utiliza uma tecnologia inovadora que permite coletar o eDNA com alta precisão, inclusive o de espécies invisíveis ao olho humano, sem a necessidade de captura de espécimes ou observação direta, ampliando a compreensão dos ecossistemas marinhos e seus processos de uma maneira mais rápida, eficaz e menos invasiva para a natureza. — Com estes dados, vamos poder, por exemplo, comparar a biodiversidade dentro e fora de áreas protegidas, ou avaliar a qualidade dos ecossistemas na foz do Rio Doce nove anos após o desastre de Mariana — acrescenta Gomes. — A expedição marca um passo na direção de poder olhar em frente e criar soluções baseadas na ciência para a preservação da vida marinha. Antes de chegar a Belém, onde permanece até o final da COP, o veleiro ainda deve passar por Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE), além de também fazer escala no arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

Dia do Pão: aprenda três receitas fáceis de chefs para preparar em casa

Dia do Pão: aprenda três receitas fáceis de chefs para preparar em casa

Nesta sexta-feira (16) é celebrado o Dia Mundial do Pão, e nada mais simbólico do que colocar a mão na massa para comemorar. Da frigideira ao forno, chefs e padeiros da cidade ensinam três versões fáceis e saborosas para preparar em casa: o pão pita da padeira Iona Rothstein, do premiado Empório Jardim, o pão de cacau do chef Flavio Alves (Farinha Pura) e o clássico pão italiano de Michele Petenzi (Alba). De receitas simples às fermentações longas, o importante é aproveitar o processo — e o perfume que invade a casa quando sai do forno. Bom apetite! Initial plugin text Pão de cacau Flavio Alves (Farinha Pura) Pão de cacau: Flavio Alves (Farinha Pura) Divulgação/Lipe Borges Ingredientes 1kg de farinha (de preferência 00) Gotas de chocolate 100g de cacau 100% 25g de fermento biológico 700ml de água de açúcar 20 de sal raspa de casca de laranja Preparo Colocar na batedeira fermento, 500ml de água, farinha já misturada com cacau e bater por sete minutos na velocidade 1. Acrescentar o sal, 200 ml de água, as gostas de chocolate e as raspas de laranja e bater na velocidade 2 por três minutos. Dobrar a massa e descansar por 12 horas. Depois, dividir em quatro pedaços e descansar por mais 30 minutos. Aquecer o forno em 240 graus por 10 minutos. Colocar o pão para assar por 20 minutos. Depois de assado, deixar descansar por 30 minutos antes de servir. Pão italiano Michele Petenzi (Alba) Ingredientes 1,2kg de farinha (de preferência 00) 720g de água fria 48g de sal 6g de fermento biológico fresco Preparo Derreter o sal na água, acrescentar a farinha com o fermento. Amassar por cinco minutos, deixar descansar por 20 minutos. Começar as dobras, fazer quatro dobras a cada 30 minutos por duas horas mantendo a massa na geladeira. Deixar descansar por 20 horas na geladeira. Depois, dividir a massa em quatro, dar o formato e colocar numa forma. deixar descansar por oito a dez horas na geladeira. Assar em forno pré-aquecido por 30 minutos a 240 graus e depois por mais 20 minutos a 210 graus. Pão pita Iona Rothstein Pão pita de Iona Rothstein Divulgação/Iona Rothstein Ingredientes 550g de farinha de trigo 330g de água em temperatura ambiente 15g de fermento biológico fresco 15g de sal 20g de açúcar Preparo Se tiver batedeira, misturar tudo com o gancho de massa em velocidade lenta. Quando soltar dos lados, aumentar para velocidade média por mais dois minutos. Terminar de sovar a massa numa bancada com farinha. Sem batedeira, força no braço. Sovar a massa até ficar lisa. Fazer uma bola lisa e cobrir com pano . Esperar 30 minutos até dobrar de tamanho. Dividir a massa em nove pedaços de mais ou menos 100g. Fazer bolas não muito apertadas e deixar descansar por mais 15 minutos. Quando a massa estiver fermentada, espalhe farinha numa bancada e abra as bolas em discos de 10 a 15cm de diâmetro com ajuda de um rolo (ou uma garrafa). Esquentar uma frigideira anti aderente, botar um disco e tampar. Uns três minutos de cada lado ou até ficar bem douradinho. Initial plugin text

Tadáskía: artista visual carioca chama atenção no exterior com obra multidisciplinar e interessada na brincadeira

Tadáskía: artista visual carioca chama atenção no exterior com obra multidisciplinar e interessada na brincadeira

A carioca Tadáskía estava em Düsseldorf para receber o Prêmio Global de Arte K21, concedido a jovens artistas emergentes, quando conversou por vídeo com o GLOBO no começo do mês. Ela ia inaugurar na cidade alemã a instalação “brincando animada: travesti mariposa centopeia”. De lá, voou para Londres, onde apresenta suas obras na Frieze, feira de arte contemporânea que começou nesta quarta-feira (15) e vai até domingo (19). Autora de desenhos, esculturas, instalações, vídeos e poemas, que usa materiais como lápis de cor, esmaltes de unha, bambu e cascas de ovo, Tadáskía voa alto. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Novo francês em Ipanema, Caju em Botafogo e Minimok no Shopping Leblon: radar gastronômico

Novo francês em Ipanema, Caju em Botafogo e Minimok no Shopping Leblon: radar gastronômico

Ophelia O mestre da charcutaria Pedro Attayde, à frente da linha Cochon Rouge, depois de abrir o bar Jurema, na Lapa, inaugura dia 23 o Ophelia. Nessa nova empreitada, o chef levanta a bandeira francesa, cardápio 100% “bleu blanc rouge”, mas farto em embutidos, bien sûr. Fica no mesmo imóvel onde funcionou o espanhol Ízär, em Ipanema. Vai ser lindo. É hoje O Caju Gastrobar, casa concorrida do “Baixo Barata Ribeiro”, em Copacabana, abre nesta quinta0feira (16) uma filial de Botafogo e em pleno agito: no encontro da General Polidoro com Arnaldo Quintela. O balcão com seleção de frios é a aposta da nova casa, que terá na roda os hits da matriz, como a moela de pato na manteiga de garrafa e as bifanas de mignon de carne de sol. Kampai! Minimok, o japinha de Eduardo Preciado, foi das primeiras casas japonesas do Rio e das primeiras a se instalar na Rua Dias Ferreira, no Leblon: lá se vão 28 anos. Em 2015, abriu a filial de Ipanema e, em novembro, o Minimok está aportando na área nova do Shopping Leblon, em espaço vizinho ao Bal Clan, que é também egresso da mesma Dias Ferreira. E fica combinado assim. Initial plugin text

Gonza: saiba o que provar no aguardado restaurante de Gonzalo Vidal no efervescente Horto

Gonza: saiba o que provar no aguardado restaurante de Gonzalo Vidal no efervescente Horto

Quer se divertir, ver gente, comer bem sem frescuras, complicações e confusões? Vai no Gonza, ou melhor, vai pra fila do Gonza, última novidade do agora efervescente Horto. Eu podia ter esperado um pouco para conhecer a casa do chef Gonzalo Vidal, que abriu semana passada em um casarão centenário, após meses de obras — valeu a demora, ficou um charme. Mas como sou “misto quente” de ansiosa e curiosa, baixei lá no terceiro dia de funcionamento. Apesar de todos os anos de estrada de Vidal, esse é o seu primeiro restaurante, que não só traz sua identidade no nome, mas o tipo de cozinha que lhe representa. Ali, serve o que gosta e faz melhor. Esperar por quê? Não seria logo agora que o chef iria errar na mão. E não errou. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Menu executivo todo dia, toda hora: um roteiro com bares e restaurantes que têm cardápio promocional à noite e nos fins de semana

Menu executivo todo dia, toda hora: um roteiro com bares e restaurantes que têm cardápio promocional à noite e nos fins de semana

Comer bem gastando menos é sempre uma ótima pedida. Melhor ainda é não se limitar aos horários dos menus executivos — geralmente em vigor no almoço de segunda a sexta. Em vários restaurantes, fórmulas mais em conta se expandem para os fins de semana e até no jantar. Bom apetite! De volta à cena, Novo Mercado São José vira destino concorrido em Laranjeiras; saiba o que provar Matcha, febre nas redes sociais, é estrela em sobremesas e bebidas no Rio; saiba onde encontrar Caju Gastrobar O bar de comida brasileira — que ganha hoje filial em Botafogo (leia mais na pág. 6) — oferece menu executivo durante a semana (das 12h às 21h) e aos sábados e domingos até 15h. A promoção inclui uma proteína, como bifanas de carne de sol com queijo meia cura (R$ 52), barriga de porco com vinagrete (R$ 40) ou hambúrguer de castanha-de-caju (R$ 40), que chega com dois acompanhamentos, de polentinha e aipim na manteiga aos clássicos arroz e feijão. Praça Demétrio Ribeiro 97, Copacabana. Dom a qui, das 11h30 à meia-noite. Sex e sáb, das 11h30 à 1h. Curadoria & Bar Saudade A casa famosa pelas carnes curadas artesanalmente lançou dois menus de almoço no fim de semana (das 12h às 17h). Um da Curadoria e outro do Bar Saudade, que integram o mesmo espaço. No primeiro, tem salpicão de frango defumado, com batata palha (R$ 45). É também possível montar um prato com proteína e dois acompanhamentos, como o filé suíno grelhado (R$ 59), com creme de milho e legumes salteados. No segundo, opções como rabada com polenta e salada de agrião cítrica (R$ 59). Rua da Matriz 54, Botafogo. Ter a dom, das 12h à meia-noite. dB House Na casa de carnes, o menu executivo se estende ao jantar durante a semana (das 12h às 23h) e aos sábados (das 12h às 16h). A refeição em três etapas (R$ 109) inclui entrada, nove opções de principais e sobremesa. Um caminho possível é croquete de carne com queijo; cupim no bafo com mil-folhas de mandioca trufada e farofa de banana; bolo de chocolate. VillageMall, Barra. Diariamente, das 12h às 23h. Eccellenza Além do menu executivo tradicional durante a semana, das 12h às 16h (a partir de R$ 79,90), o restaurante de pizzas e massas oferece também o executivo de fim de semana (R$ 129), no mesmo horário. A promoção inclui prato principal, como berinjela à parmegiana ou espaguete à carbonara com frutos do mar, mais entrada e sobremesa do dia. VillageMall, Barra. Diariamente, das 12h à meia-noite. Initial plugin text Ferro & Farinha A unidade do Shopping Leblon é a única da premiada pizzaria que abre para o almoço. O menu exclusivo está disponível diariamente (seg a sex, das 12h às 16h, com uma entrada; sáb e dom, das 12h às 17h), e consiste em uma proteína e dois acompanhamentos. Entre as dicas preparadas na lenha, o salmão na manteiga (R$ 85) e o ferro milanesa (R$ 79), filé com manteiga de tomilho e pomodoro. Arroz de forno, capellini com prangattato e salada são algumas opções para escoltar. Diariamente, das 12h às 23h. Jurema Bar Nos fins de semana e feriados, o bar entre a Glória e a Lapa oferece executivos especiais, das 12h às 17h. O menu muda a cada mês. Em outubro, as opções são lasanha de berinjela (R$ 38), servida com creme de espinafre, e barriga de porco (R$ 42), acompanhada de molho de goiabada, batata ao murro e salada de repolho. Rua Morais e Vale 47. Qua a sex, das 17h à 1h. Sáb, das 12h às 2h. Dom, das 12h às 22h. Jurubeba O bar do chef Elia Schramm oferece menu especial de PF diariamente, inclusive aos fins de semana, das 12h às 18h. Entre as opções, carne assada com arroz, feijão, farofa e fritas (R$ 42); bottaveggie (R$ 41), burguer de lentilha, purê de abóbora, coalhada e granola salgada; e rigatoni com ragu de linguiça toscana e parmesão (R$ 43). Rua Real Grandeza 196, Botafogo. Seg e qua a sáb, das 12h à meia-noite. Nonna per Heaven No restaurante italiano da chef Heaven Delhaye, além do tradicional almoço executivo em três etapas, (seg a sex, das 12h às 16h; R$ 79), há menu noturno, o “Senza Fondo” (R$ 89). De domingo a quinta no jantar (das 17h às 22h), a experiência em quatro etapas começa com pizza brotinho de pepperoni e segue com lasanha — à bolonhesa, com 15 camadas de massa fresca, ou de ragu de carne assada e molho bechamel. Para finalizar, panna cotta com geleia de goiaba. ParkJacarepaguá. Sex e sáb, das 12h às 23h. Dom a qui, das 12h às 22h. Olivo Além do executivo durante a semana, com entrada, prato e sobremesa (R$ 89), o restaurante italiano oferece o menu “sugestão do chef”, de domingo a quinta, das 18h às 23h (R$ 98). Entre as opções, arancini de cogumelos com fonduta de parmesão e creme de trufas ou anéis de lula fritos, de entrada. Para o principal, rigatoni à bolonhesa com fonduta de parmesão ou polpetone de mignon com mozzarella e tagliolini na manteiga. E doces como mil-folhas de chantilly e morangos. Shopping Tijuca. Seg a sáb, das 12h às 23h. Dom, das 12h às 22h. Padelli Na casa comandada pelo chef Derek Neto, pupilo de Rafa Costa e Silva, o Menu Bistrô é servido todos os dias, inclusive aos fins de semana e feriados, das 12h às 20h. São cinco opções a preços especiais, como escalopinho de mignon ao molho demi-glacê com arroz cremoso (R$ 59) e tilápia grelhada com risoto de limão-siciliano (R$ 54). Av. Atlântica 3.564, Copacabana. Diariamente, das 7h às 23h. Initial plugin text

Zema nomeia advogado de mineradoras para chefiar órgão ambiental alvo da PF em Minas

Zema nomeia advogado de mineradoras para chefiar órgão ambiental alvo da PF em Minas

O governador Romeu Zema (Novo) nomeou para a presidência da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) o ex-promotor Edson de Resende Castro, que, após se aposentar do Ministério Público de Minas Gerais, fundou um escritório de advocacia com atuação para empresas do setor de mineração. A nomeação foi publicada no último sábado (11), no Diário Oficial do Estado, e ocorre em meio à crise provocada pela Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de setembro. A operação resultou na prisão de Rodrigo Franco, então presidente da Feam, e outros 21 suspeitos de integrar um esquema que envolvia o pagamento de propina para a liberação irregular de licenças ambientais a mineradoras. Análise: Como Messias tenta driblar preferência por Pacheco no STF e Senado Fernanda Torres, Anitta e Juliette: Artistas engrossam campanha para que Lula indique uma mulher ao STF Edson Resende é o terceiro nome a ocupar o comando do órgão em menos de 40 dias. Antes dele, Maria Amélia Lins havia assumido interinamente o cargo após a exoneração de Franco, afastado dias antes da operação por decisão do próprio governo, que alegou ter recebido “burburinhos e fofocas” sobre possíveis irregularidades. Após 31 anos como promotor, Resende se aposentou no início de 2024 e fundou um escritório de advocacia especializado em direito ambiental e eleitoral. O escritório teria sido contratado por três mineradoras, entre elas a Itaminas, que opera no mesmo complexo da barragem da Vale que se rompeu em Brumadinho, em 2019, deixando 272 mortos. A Feam é o órgão estadual responsável por fiscalizar e conceder licenças ambientais, especialmente para empreendimentos de alto impacto como barragens e minas de ferro, setor diretamente implicado na investigação da PF. A investigação aponta que servidores da Feam, da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) integravam uma rede de corrupção que beneficiava empresas mineradoras. As fraudes teriam permitido a exploração irregular de minério em áreas de proteção e gerado impactos ambientais e sociais severos. A estimativa é que os esquemas tenham movimentado mais de R$ 1,5 bilhão em propinas, fraudes e lavagem de dinheiro. Procurado, o governo de Minas Gerais respondeu por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), e justificou a nomeação de Resende pela sua "reconhecida trajetória de mais de três décadas no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com atuação destacada na área ambiental e sólido conhecimento técnico-jurídico". A Semad acrescentou ainda que Edson não foi representante formal da Itaminas. "Após a aposentadoria, Edson exerceu consultoria jurídica por período limitado, em conformidade com a legislação aplicável. Nessa condição, acompanhou a diretoria da Itaminas em visita institucional ao Ministério Público, sem ter atuado como representante formal da empresa, seja em inquérito civil ou em processo decisório correlato", destacou a Semad. Sobre a Operação Rejeito, o governo do estado afirmou que foram tomadas todas as medidas decorrentes da decisão judicial, com o afastamento de servidores envolvidos, a suspensão de todas as licenças e autorizações das empresas citadas no âmbito da decisão e a deflagração de ampla operação de fiscalização para garantir o cumprimento das suspensões. "A Semad iniciou procedimento de revisão interna para analisar processos vinculados às empresas investigadas e avalia, junto à Controladoria-Geral do Estado, a contratação de auditoria externa independente para apoiar e dar maior celeridade aos processos de investigação", informou o governo de Minas Gerais, em nota.

Diretora de 'The mastermind', Kelly Reichardt fala de sua atuação no cinema independente:  'Não faço parte da indústria'

Diretora de 'The mastermind', Kelly Reichardt fala de sua atuação no cinema independente: 'Não faço parte da indústria'

Como professora de cinema da Bard College, no estado de Nova York, Kelly Reichardt adora acompanhar as interações de seus alunos e observar para onde eles gostam de “apontar suas câmeras pela primeira vez”. Como diretora de filmes, a realizadora americana, um dos nomes mais respeitados do cinema independente contemporâneo, costuma revisitar gêneros consagrados para revirá-los e então oferecer um olhar novo sobre ambientes, estruturas narrativas e tipos humanos que, por repetição, viraram clichês. Em “The mastermind”, que chega hoje aos cinemas brasileiros, a autora de “First cow — A primeira vaca da América” (2019), no qual embaralhava os códigos do western viril, agora evoca os dos filmes de assalto à moda antiga, especialmente os produzidos durante a Nova Onda de Hollywood, entre os anos 1960 e o início dos 1970. Além de 'O agente secreto': conheça outros três filmes brasileiros que podem concorrer ao Oscar 'A ressurreição de Cristo': Mel Gibson revela elenco de sequência de 'A paixão de Cristo' com novos atores para Jesus e Maria Madalena Na trama, Josh O’Connor (o príncipe Charles em duas temporadas da série “The Crown”) interpreta James Mooney, um carpinteiro desempregado, pai de família e estudante de arte frustrado que planeja e executa um roubo de quadros de um museu da cidade onde mora, só para descobrir que roubá-los é mais fácil do que usufruir ou desfazer-se deles. Diferentemente de filmes de assalto modernos, como “Onze homens e um segredo” (2001) e “Gênios do crime” (2016), que enfatizam e glamourizam a ação do crime em si, “The mastermind” concentra-se nas consequências do ato inconsequente e nos dilemas que ele impõe ao protagonista, que não tem o charme ou a esperteza de seus pares em produções do mesmo gênero, mais luxuosas e vibrantes: preso numa espiral de erros, James é forçado a pegar a estrada, deixando a mulher e os filhos para trás. — Além de admirar os filmes da Nova Onda de Hollywood, também sou fã de alguns filmes de assalto franceses, como “O círculo vermelho” (1970), ou mesmo “Cai a noite sobre a cidade” (1972), de Jean-Pierre Melville (1917-1973), um diretor que amo. Mas são filmes sobre homens feito por homens. O personagem de Josh vem dessa linhagem de homens meio frustrados e atrapalhados, mas que também são meio heróis, e que consagrou atores como Bruce Stern e Elliot Gould — diz a cineasta, que exibiu seu filme na mostra competitiva do Festival de Cannes. — James Mooney é um cara inteligente o suficiente para se enrascar, mas não é inteligente suficiente para sair do problema. Segui essa tradição, mas também para quebrá-la um pouco. O gênero é desconstruído, assim como o plano de Mooney. Kelly Reichardt está entre os poucos diretores independentes que ainda conseguem manter uma produção regular sem comprometer seus padrões Luca Carlino / NurPhoto via AFP O roteiro, também assinado por Kelly, é inspirado num roubo semelhante ocorrido em 1972, no Museu de Arte de Worcester, no estado de Massachusetts, onde dois quadros de Gauguin, um de Picasso e uma peça de Rembrandt foram levados durante o horário de funcionamento do museu — as obras foram recuperadas rapidamente e os ladrões foram presos. “The mastermind” é ambientado em 1970, e reproduz a precariedade dos sistemas de alarme analógicos da época, sem câmeras de vigilância e protocolos de segurança de que dispomos hoje. A história se passa numa cidade fictícia, que abriga um museu rico em peças do americano Arthur Dove, pioneiro da arte abstrata. Logo no início, acompanhamos James checando a segurança da instituição, escondendo uma pequena estatueta dentro da bolsa de sua mulher, sob o nariz dos guardas. — Durante o trabalho de promoção de “Showing up” (2022), meu filme anterior, estava sob a pressão de encontrar algo novo para trabalhar, e que não fosse parecido com algo que já havia feito antes. Há muito tempo andava interessada no gênero de assalto, lia bastante coisa a respeito, e então topei com a efeméride do aniversário de 50 anos do caso das adolescentes que cruzaram o caminho dos criminosos do museu de Massachusetts. Por coincidência, eu frequentei a escola de artes lá. Essa foi a semente de tudo, e uma forma também de homenagear a obra de Dove — diz Kelly, ganhadora do prêmio Robert Altman do Independent Spirit Awards de 2024 por “Showing up”. — Nos filmes de assalto tudo é grandioso e tudo vai bem, mesmo quando dá errado. Mas eu queria lidar com as coisas pequenas, com os passos de uma pessoa comum diante de um ato tão ambicioso. Conhecida por seus personagens que vivem à margem da sociedade e da História, Kelly Reichardt pinta, com muita sutileza, o pano de fundo político da época. Em 1970, os Estados Unidos estão envolvidos na Guerra do Vietnã, e as manifestações de mães, soldados, hippies e estudantes se multiplicam pelo país, mesmo reprimidas pela polícia. Filho de um juiz e pai de família, ou seja, imune a uma possível convocação, James Mooney parece indiferente ao noticiário da TV e do rádio, às imagens em preto e branco das marchas que cruzam o país, às reivindicações do movimento feminista, ao discurso dos artífices da contracultura. Admirador das artes, aspirante a colecionador e, quem sabe, futuro agente do mercado negro, o protagonista de “The mastermind” é um representante da alma dividida do povo americano à época. Que, de certa forma, ecoa na nação hoje. — Na verdade, não tive o propósito de fazer qualquer associação à situação que vivemos hoje. Mas, em se tratando da trajetória recente dos Estados Unidos, é impossível que isso não aconteça, mesmo inconscientemente. Quando fiz “Antiga alegria” (2006), por exemplo, estávamos no início da era Bush, mas pensávamos que aquele período obscuro iria passar. Mas já deu para perceber que isso não vai acontecer tão cedo, vamos depender da Suprema Corte para o resto da vida, não sei. Talvez eu esteja ficando velha — brinca a diretora, de 61 anos, nascida na Flórida. — Falhamos nos anos 1950, um período muito repressivo, e falhamos nos anos 1970, com a questão do Vietnã e o caso Watergate. Não que não tivéssemos falhado antes, mas ficou a percepção que, desde então, temos vivido um tipo de ideal falido. Kelly está entre os poucos realizadores independentes que ainda conseguem manter uma produção regular, sem comprometer seus padrões. A cineasta conta com o apoio de colaboradores famosos e constantes, como a atriz Michelle Williams, com quem fez quatro filmes (“Showing up”, “Certas mulheres”, “Wendy e Lucy” e “O atalho”). Em sua primeira experiência num set sob o comando da diretora, Josh O’Connor diz que “há algo muito especial em trabalhar com Kelly, uma gentileza na relação entre diretor e ator que não se encontra com frequência, e que acaba influenciando uma performance”. Apesar do momento promissor que o cinema americano atravessa, explicitado pelos Oscars de “Anora”, de Sean Baker, a cineasta não sonha com honrarias grandiosas e se diz satisfeita com a vida equilibrada entre os filmes e as aulas no Bard College. — Fico muito feliz por Baker, sei que é maravilhoso ganhar prêmios, mas gosto da vida comum. Eu dou aulas para sobreviver, e gosto do meu trabalho. Quem concorre ao Oscar leva pelo menos oito meses de sua vida perseguindo aquele prêmio. Fico feliz por quem ganhar, mas imagina se for o seu último ano de vida e você o gastou correndo atrás de um prêmio? — diverte-se. — Gosto do equilíbrio que construí. Dou aulas um semestre por ano, no outro tento fazer filmes. Moro num apartamento pequeno, tomo um trem para chegar lá, e me hospedo numa pensão nos períodos de aula. Meus alunos me visitam no set. Meu plano de saúde, e é isso pelo que todos lutamos nos Estados Unidos, vem do meu trabalho como professora. Não faço parte da indústria do cinema.