Defesa Civil alerta para mudança de tempo que deve provocar chuva forte até domingo no interior de SP

Defesa Civil alerta para mudança de tempo que deve provocar chuva forte até domingo no interior de SP

Jundiaí (SP) pode registrar chuva forte no fim de semana Prefeitura de Jundiaí/Divulgação O avanço de uma frente fria associado à umidade vinda da Amazônia vai provocar condições de instabilidade generalizadas no estado de São Paulo, especialmente no período entre a noite de sexta-feira (17) e domingo (19), alerta a Defesa Civil. Chuvas de moderada a forte intensidade estão previstas para as regiões de Presidente Prudente, Bauru, São José do Rio Preto, Itapetininga e Sorocaba, podendo haver tempestades isoladas, trovoadas e até granizo. Participe do canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp Nas regiões de Presidente Prudente e Marília, a temperatura mínima será de 15 °C e a máxima de 26 °C, com previsão de pancadas de chuva e tempestades isoladas. Em Bauru, os termômetros variam entre 13 °C e 27 °C, com chuva e trovoadas. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Em Araçatuba e São José do Rio Preto, as temperaturas ficam entre 15 °C e 33 °C, com tempestades localizadas e possibilidade de granizo. Na região de Itapetininga e Itapeva a mínima prevista é de 15 °C, e a máxima, de 26 °C, com condições para tempestades isoladas. Em Sorocaba, as temperaturas variam de 11° C a 23° C, com possibilidade de granizo. As chuvas podem causar alagamentos, deslizamentos e transbordamentos de pequenos córregos, principalmente em áreas mais vulneráveis. A Defesa Civil reforça a importância de acompanhar as atualizações e seguir as orientações das autoridades locais. A Defesa Civil também orienta que a população não se abrigue debaixo de árvores, não estacione veículos próximos a placas ou estruturas metálicas e evite áreas alagadas. Veja mais notícias no g1 Presidente Prudente e Região VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

Bebidas adulteradas com metanol saíam da mesma fábrica no ABC

Bebidas adulteradas com metanol saíam da mesma fábrica no ABC

Uma fábrica clandestina localizada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, é apontada pela Polícia Civil de São Paulo como a provável fonte de todas as bebidas adulteradas com metanol identificadas no Estado, de acordo com o delegado-geral Artur Dian. Uma operação realizada nesta sexta-feira, 17, marcou o fim de uma fase da apuração. As investigações mapearam uma cadeia criminosa que abrange desde a produção da bebida adulterada , comandada por um núcleo familiar, até a distribuição em bares, restaurantes e postos suspeitos de comercialização do produto contaminado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo + Leia mais notícias do Brasil em Oeste "A principal hipótese é que a fábrica da Vanessa distribui para a maioria dos lugares. Já constatamos três locais que recebem dela, outros estão sendo verificados", afirmou Dian. "Temos mais quatro casos, alguns em São Bernardo, outros em Osasco. Não é uma quantidade enorme de mortes, são seis mortes, o que é extremamente grave, mas duas a gente já comprovou que saiu dali e uma pessoa que está cega, também." Bebidas contaminadas por metanol já provocaram as mortes de cinco pessoas no Brasil | Foto: Divulgação/Governo de SP A Polícia Civil afastou a possibilidade de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) no esquema. A Polícia Federal, por sua vez, analisa se metanol abandonado por criminosos durante ação policial voltada ao combate do crime organizado no setor de combustíveis está sendo usado para adulterar bebidas alcoólicas. “Essas outras quatro mortes a gente vai constatar [ a origem ] ainda. Pode ser que tenha saído da fábrica dela também", afirmou Dian. "A investigação continua. Mas o primeiro ciclo dessa cadeia criminosa foi fechado com a operação de hoje.” A delegada Isa Lea Abramavicus, da 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações sobre Infrações, declarou que “os postos não são da mesma rede, não acredito que possa ser estabelecido vínculo com a operação Carbono Oculto”. https://twitter.com/DerriteSP/status/1976707291299643900 Polícia descobriu fábrica depois de mortes por metanol A localização da fábrica ocorreu depois de a polícia investigar a morte de Ricardo Lopes, 54 anos, que morreu em 16 de setembro, e Marcos Antônio Jorge Júnior, 46 anos. Ambos consumiram bebidas no Bar Torres, na Mooca, zona leste da capital, interditado pela Vigilância Sanitária. O Bar Torres informou colaborar com as autoridades e garantiu que “todas as bebidas são originais, adquiridas apenas de fornecedores oficiais e com nota fiscal, garantindo procedência e confiança”. As apurações apontam que o irmão, o pai e o cunhado de Vanessa integravam o esquema de adulteração e todos foram presos. Eles adquiriam etanol misturado com metanol de dois postos no ABC paulista, identificados devido a transações financeiras com a família. Força-tarefa em fiscalização pela Grande São Paulo | Foto: Pablo Jacob/Governo de SP O delegado-geral explicou que “o combustível que estava na casa da Vanessa foi comprado nesses postos de gasolina e foi constatado que essas 'bombonas' continham etanol com metanol”. Dian informou que ainda não há confirmação de elo entre os casos de São Paulo e ocorrências em outros Estados. “Não temos essa correlação ainda. Estamos checando para verificar se ela vendeu para outros locais. Não podemos precisar se ela vendeu para outros Estados.” Segundo boletim do Ministério da Saúde, o total de casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil aumentou de 32 no início da semana para 41 até a última quarta-feira, 15. O post Bebidas adulteradas com metanol saíam da mesma fábrica no ABC apareceu primeiro em Revista Oeste .

Preso nos EUA, ex-general da Venezuela aceita acordo de delação

Preso nos EUA, ex-general da Venezuela aceita acordo de delação

O ex-general venezuelano Hugo Armando Carvajal Barrios, conhecido como “El Pollo”, aceitou cooperar com as investigações de autoridades dos Estados Unidos. Acusado de chefiar o Cartel de los Soles, organização criminosa formada por oficiais de alto escalão da Venezuela, Carvajal é considerado uma das figuras centrais na conexão entre o regime chavista, o narcotráfico e o financiamento de movimentos políticos no exterior. + Leia mais notícias do Mundo em Oeste Segundo documentos e fontes citadas pelo site espanhol The Objective nesta sexta-feira, 17, Carvajal admitiu ter integrado o cartel e cooperado com a guerrilha colombiana Farc no envio de grandes quantidades de cocaína para a América do Norte. Em junho deste ano, ele se declarou culpado de quatro crimes — narcotráfico, narcoterrorismo, posse e conspiração para o uso de armas de fogo — perante a Corte do Distrito Sul de Nova York. De acordo com o Ministério Público norte-americano, o ex-chefe de inteligência de Hugo Chávez “usou a cocaína como arma, inundando Nova York e outras cidades norte-americanas com veneno”. A acusação sustenta que o Cartel de los Soles funcionava dentro das Forças Armadas venezuelanas e utilizava estruturas estatais para transportar e proteger toneladas de drogas destinadas aos EUA. O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, lidera a celebração do 22º aniversário do retorno Hugo Chávez ao poder, depois de uma tentativa fracassada de golpe em 2002 - 13/4/2024 | Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters A confissão de Carvajal abre caminho para uma possível redução significativa de sua pena, que pode variar entre prisão perpétua e cerca de vinte anos. O tribunal autorizou uma audiência final para avaliar as informações que o ex-general se dispõe a fornecer em troca de benefícios judiciais. Segundo The Objective, Carvajal “ está disposto a contar tudo ”, inclusive detalhes sobre os acordos entre o chavismo e as Farc e o repasse de recursos a partidos e líderes de esquerda em diversos países. Fontes próximas ao ex-militar afirmam que ele entregou documentos inéditos sobre redes de financiamento político associadas ao governo venezuelano. Venezuela teria financiado movimentos de esquerda pelo mundo Carvajal foi extraditado da Espanha para os EUA em 2023, depois de passar dois anos foragido. Durante este período, ele apresentou um documento de sete páginas à Justiça em que afirmou que “o governo venezuelano financiou ilegalmente movimentos políticos de esquerda no mundo durante ao menos 15 anos". O ex-diretor de Inteligência e Contrainteligência Militar escreveu ainda que, enquanto ocupava o cargo, recebeu “uma grande quantidade de relatórios indicando que esse financiamento internacional estava ocorrendo”. No mesmo texto, listou líderes e partidos supostamente beneficiados por recursos enviados de Caracas: Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil); Néstor Kirchner (Argentina); Evo Morales (Bolívia); Fernando Lugo (Paraguai); Ollanta Humala (Peru); Mel Zelaya (Honduras); Gustavo Petro (Colômbia); Movimento Cinco Estrelas (Itália); e Partido Podemos (Espanha). Segundo o documento, “todos eles foram mencionados como recebedores de dinheiro enviado pelo governo venezuelano”. Carvajal também afirmou que a prática teria continuado sob o comando de Nicolás Maduro, que utilizou a estatal petrolífera PDVSA como principal fonte de recursos. Leia também: “O vermelho é a nova cor da América Latina” , artigo de Gustavo Segrê publicado na Edição 144 da Revista Oeste O post Preso nos EUA, ex-general da Venezuela aceita acordo de delação apareceu primeiro em Revista Oeste .

Polícia captura 6 suspeitos de participar de queima de fogos ordenada por facção em Fortaleza

Polícia captura 6 suspeitos de participar de queima de fogos ordenada por facção em Fortaleza

Polícia prende 6 suspeitos de participar de queima de fogos por facção em Fortaleza (CE) A Polícia Militar do Ceará prendeu 6 suspeitos de envolvimento com organização criminosa após uma queima de fogos em diversos bairros de Fortaleza na noite da última quinta-feira (16), por volta de 19 horas. Houve registro de queima de fogos em bairros como Carlito Pamplona, Jacarecanga, Vila Velha e Presidente Kennedy. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS), os policiais foram acionados após registros dos disparos de fogos de artifício, "que estariam relacionados a atuação de um grupo criminoso". ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp Entre as facções criminosas, a salva de fogos é utilizada como forma de demonstrar poder e celebrar a conquista de um território - indicando que o local de onde eles foram disparados está na área de influência do grupo criminoso. No dia 15 de setembro, uma queima massiva de fogos foi registrada em Fortaleza e na Região Metropolitana por parte da facção Comando Vermelho (CV) para celebrar a conquista de um novo território. No dia seguinte, outra grande queima de fogos foi registrada, desta vez celebrando a união entre as facções Guardiões do Estado (GDE) e Terceiro Comando Puro (TCP), rivais do CV. LEIA TAMBÉM: Fortaleza passa por duas noites seguidas de queimas de fogos a mando de facções Membros de organizações criminosas são presos após queima de fogos em Fortaleza Logo após os fogos desta quinta-feira (16), um primeiro grupo de quatro homens, todos com antecedentes criminais, foi capturado pela PM no bairro Jacarecanga com seis caixas de fogos, contendo um total de 24 projéteis - sendo 22 deles utilizados e dois intactos. Os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Dentre os quatro detidos na Jacarecanga, estão: um homem de 29 anos com passagens por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo; um homem de 25 anos com antecedentes por posse irregular de arma de fogo, tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal dolosa, integrar organização criminosa, adulteração de sinal identificador de veículo, furto qualificado e receptação um terceiro homem, de 24 anos, com registros criminais por tráfico de drogas, roubo, porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal dolosa, dano, resistência e desacato; um homem, de 18 anos, com antecedente criminal por integrar organização criminosa e, quando adolescente, atos infracionais por crime contra a administração pública, roubo a pessoa, furto de veículo, tráfico ilícito de drogas, ameaça e uso de drogas. Outros dois suspeitos foram capturados no bairro Carlito Pamplona, um de 26 anos e outro de 17 anos. Com a dupla, os policiais do CPRaio apreenderam 12 fogos de artifício - sendo quatro deflagrados e oito intactos. O mais velho responde por roubo, posse irregular de arma de fogo, tráfico ilícito de drogas, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa e corrupção de menores. Os dois foram encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a setembro no Ceará foram presas ou apreendidas 1.851 pessoas, em flagrante ou por mandado, pelo crime de integrar organizações criminosas. Polícia prende 6 suspeitos de participar de queima de fogos ordenada por facção em Fortaleza (CE) Reprodução Assista aos vídeos mais vistos do Ceará

Boto tucuxi de 1,73 metro é encontrado morto às margens do Rio Amazonas, em Macapá

Boto tucuxi de 1,73 metro é encontrado morto às margens do Rio Amazonas, em Macapá

Boto tucuxi foi encontrado morto na Orla do bairro do Perpétuo Socorro em Macapá José Eduardo Lima/PCMC/AP Um boto tucuxi macho, com 1,73 metro de comprimento, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (17) às margens do Rio Amazonas, na Orla do Perpétuo Socorro, na Zona Leste de Macapá (AP). O animal estava em estado avançado de decomposição. Segundo a bolsista de medicina veterinária Larissa Sacramento, a condição da carcaça dificultou a identificação da causa da morte e a coleta de amostras para análise. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp “Identificamos que o animal estava em estado avançado de decomposição, dificultando a detecção da causa da morte e da coleta de amostras de qualidade”, explicou. LEIA MAIS Projeto ambiental resgata 600 animais silvestres entre Amapá e Ceará Projeto do Amapá estuda espécie de baleia de 14 metros encalhada morta em ilha do PA ‘É o primeiro registro na Amazônia’, diz pesquisadora sobre encalhe de cachalote-pigmeu morto, no AP A carcaça foi recolhida e levada ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), onde será feita a limpeza dos ossos e outras análises laboratoriais. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Para a cientista ambiental Juliana Campos, a ação contribui para o conhecimento da biodiversidade marinha e para futuras pesquisas. “Essa atividade é muito importante para conhecermos a nossa biodiversidade marinha e também proporcionar pesquisas futuras”, disse. Sobre a espécie O boto tucuxi (Sotalia fluviatilis) é uma espécie de golfinho de água doce que habita a bacia do Rio Amazonas e afluentes. Ele é considerado o menor golfinho da família Delphinidae e pode medir entre 1,3 e 2 metros de comprimento, pesando cerca de 35 a 40 quilos. Diferente do boto-cor-de-rosa, com quem compartilha o habitat, o tucuxi tem corpo mais esguio, coloração cinza-azulada e nadadeiras dorsais mais pronunciadas. Apesar de viver em rios, é geneticamente mais próximo dos golfinhos marinhos, como o boto-cinza. A espécie corre risco de extinção e está classificada como 'em perigo' pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), principalmente devido à pesca acidental, poluição dos rios e perda de habitat. Boto tucuxi foi encontrado morto na Orla do bairro do Perpétuo Socorro em Macapá José Eduardo Lima/PCMC/AP Sobre o PCMC O Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC) é realizado desde 2024 como parte das exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no processo de licenciamento ambiental da pesquisa marítima da empresa TGS. A pesquisa ocorre nas bacias do Pará-Maranhão e Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira. O projeto inclui o monitoramento de praias para atender casos de encalhe de baleias, botos e golfinhos, além de ações de educação ambiental em comunidades locais. Em casos de encalhe de animais marinhos, o PCMC disponibiliza os contatos: (96) 99206-3344 e (96) 99116-3712. Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:

Brasil lidera desinformação sobre vacina na América Latina, diz estudo

Brasil lidera desinformação sobre vacina na América Latina, diz estudo

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (17), no Dia Nacional da Vacinação, apontou que o Brasil lidera a desinformação sobre vacinas na América Latina, concentrando 40% de todo esse tipo de material que circula pela rede social Telegram. Chamado de Desinformação Antivacina na América Latina e no Caribe (Anti-vaccine Disinformation in Latin America and the Carribean) o estudo mapeou 81 milhões de mensagens que foram publicadas em 1.785 comunidades de teorias da conspiração do Telegram que circularam entre 2016 e 2025 em 18 países da América Latina e do Caribe. E identificou 175 supostos danos que teriam sido atribuídos às vacinas e 89 falsos antídotos que estavam sendo vendidos como uma forma de neutralizar seus efeitos. Elaborado pelo Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas, o levantamento apontou que o Brasil lidera o volume de mensagens e o número de usuários ativos que participam de comunidades conspiratórias sobre vacinas, sendo responsável por mais de 580 mil conteúdos falsos ou com desinformação sobre imunização. Para Ergon Cugler, coordenador do estudo e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas (DesinfoPop/FGV), o Brasil aparece na liderança porque ainda carece de regulação. “Temos um ambiente digital ainda pouco regulado, com plataformas que lucram com o engajamento por meio do medo. Temos também uma sociedade polarizada, o que cria um terreno fértil para o discurso conspiratório”, disse à Agência Brasil. Entre os líderes desse ranking também estão a Colômbia, com 125,8 mil mensagens falsas; o Peru, com 113 mil, e o Chile, com 100 mil publicações com conteúdos falsos. Conteúdos falsos mais comuns Entre as alegações falsas mais comuns que circularam nesses grupos de conspiração estava a de que a vacina provoca morte súbita (15,7% do total das mensagens mencionavam isso) ou altera o DNA de quem a toma (8,2%). Também houve falsas menções de que a vacina provoca Aids (4,3%), envenenamento (4,1%) ou câncer (2,9%). Além disso, os grupos de teorias conspiratórias apontam possíveis “antídotos” contra as vacinas, misturando pseudociência, espiritualidade e consumo. Entre essas falsas alegações estavam a de que era preciso ficar descalço no solo para limpar energias do corpo (2,2% das mensagens mencionavam isso) ou comprar dióxido de cloro (1,5%) ou outras substâncias químicas. Segundo o Ministério da Saúde, essas informações são totalmente erradas e podem, inclusive, provocar danos à saúde da população. O dióxido de cloro tem venda controlada e é categorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como saneante, ou seja, destinado à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e públicos, e no tratamento de água. “Usado em produtos de limpeza, a substância, conhecida também pelos nomes MMS, CDS e Solução Mineral Milagrosa, foi muito propagada durante a pandemia de covid-19, mesmo sem nenhuma eficácia comprovada. O importante é entender o perigo de usar a substância, que é altamente reativa e tóxica, podendo levar as pessoas a graves riscos à saúde”, informou o ministério da saúde em uma publicação feita no ano passado, alertando que essa substância pode, inclusive, levar à morte. Segundo Cugler, a desinformação é um mercado lucrativo e uma grande ameaça à saúde pública. “Ela [a desinformação] funciona como um funil de vendas: primeiro, espalha medo com alegações falsas sobre vacinas e, depois, oferece produtos, cursos e terapias como supostas ‘curas’. O antivacinismo virou um mercado, onde o pânico é transformado em lucro. Essas comunidades exploram o medo, misturam pseudociência com espiritualidade e vendem soluções milagrosas sem base científica”, disse ele. Esses conteúdos falsos, explicou o coordenador do estudo, utilizam jargões científicos para parecem sérios, mas não têm qualquer embasamento científico. “O objetivo é plantar dúvida e medo, minando a confiança na ciência”, esclareceu. Pandemia O volume de desinformação sobre vacinas foi ainda mais intenso durante a pandemia de covid-19. O levantamento feito pelo DesinfoPop mostrou que as postagens sobre vacinas em comunidades conspiratórias nos países da América Latina e Caribe cresceram 689,4 vezes entre os anos de 2019 e 2021, passando de 794 posts em 2019 para 547.389 em 2021. Depois desse pico, o volume voltou a diminuir, mas não voltou ao que era antes: em 2025, com dados até o mês de setembro, ainda circulam 122,5 vezes mais conteúdo antivacina do que em 2019, somando cerca de 97 mil postagens. Para o coordenador do estudo, essa desinformação é um projeto que atrapalha as políticas públicas de saúde e pode colocar a vida das pessoas em risco, abrindo espaço para o reaparecimento de doenças que já estavam controladas. Por isso, ele orienta que as pessoas devem sempre desconfiar de conteúdos que apelam para o medo ou a emoção e, depois, checar a fonte de informação, ou seja, de onde veio essa notícia. “Se [o conteúdo] não vem de uma instituição científica, de saúde pública ou de jornalismo profissional, é melhor não compartilhar [a notícia]. E o mais importante: sempre busque informação em fontes oficiais, converse com profissionais de saúde e lembre-se que vacina é uma conquista coletiva, não um risco individual”, ressaltou. Vacinas são seguras O Ministério da Saúde ressalta que a propagação de fake news é um dos fatores que mais impacta na adesão da população às campanhas de imunização. Para tentar reverter isso, o Ministério da Saúde lançou o programa Saúde com Ciência, uma iniciativa em defesa da vacinação e voltada ao enfrentamento da desinformação. Pelo site da iniciativa, a população brasileira pode obter informações confiáveis sobre vacinação e também sobre as fake news que circulam na internet. Também é possível enviar informações duvidosas para que a equipe do Ministério da Saúde possa responder sobre essas dúvidas em seus canais. O site traz ainda um passo a passo sobre como cada um pode denunciar, nos canais oficiais das plataformas digitais, os conteúdos enganosos, contribuindo para reduzir a sua disseminação na internet. As informações foram retiradas da Agência Brasil.