Trecho da TO-050 entre Palmas e Silvanópolis passa a ser rodovia federal BR-010

Trecho da TO-050 entre Palmas e Silvanópolis passa a ser rodovia federal BR-010

Federalização do trecho entre Palmas e Silvanópolis é assinada; entenda O trecho da TO-050, entre Palmas e o município de Silvanópolis, região central do estado, passou a ser de responsabilidade do Governo Federal e integrar a BR-010. O termo de federalização foi assinado nesta quarta-feira (27) pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício Galvão. A solenidade aconteceu durante a manhã, no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos. Com a assinatura do termo, o trecho será considerado federalizado a partir da publicação no Diário Oficial da União (DOU). Clique aqui para seguir o canal do g1 TO no WhatsApp De acordo com o Governo do Estado, o objetivo é que a rodovia, que vai passar a fazer parte da BR-010, tenha uma padronização na segurança e otimização do transporte, além de garantir investimentos em vias estratégicas para a integração com outras rotas federais. A mudança também tem caráter econômico, já que a manutenção do trecho passa a ser responsabilidade do governo federal. Outro anúncio feito na solenidade foi a duplicação do trecho da rodovia entre Palmas e Porto Nacional. De acordo com o DNIT, serão 39,5 km de pista duplicada entre Palmas e Porto, com custo inicial de R$ 4 milhões. "Para o Estado é importantíssimo para fazer o escoamento da produção, para a mobilidade das pessoas, essa é uma rodovia bastante utilizada, deve ser o trecho que tem mais fluxo de veículos e nos queremos não apenas essa, claro, estamos trabalhando também para começar a duplicação para Paraíso, vamos querer fazer um pedaço também em direção a Lajeado. São acessos da capital que precisam dessas duplicações para melhorar a ida e a volta das pessoas. Essa de Porto é fundamental, tanto para concluir a federalização, quanto a sua duplicação", comentou o governador Wanderlei Barbosa no evento. LEIA TAMBÉM: Ciclista morre em ambulância após ser atropelado por caminhão em avenida de Palmas CNH Cidadã: governo divulga regras para programa que garante habilitação gratuita no Tocantins A previsão é que a obra comece em 2026 e a conclusão ocorra em dois anos e meio, conforme o departamento. Mas antes da duplicação, assim que o termo de federalização for publicado no Diário da União, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já vai assumir a fiscalização do trânsito no trecho de Palmas a Silvanópolis, passando por Porto Nacional. "O DNIT recebe a TO-050, que passa a ser a BR-010 nesse corredor. Então o DNIT, de imediato, já assina um contrato que vai garantir a manutenção e revitalização desse trecho. Já são R$ 17 milhões que a gente assina hoje com o governador. A gente espera que esse investimento de R$ 4 milhões já no próximo ano tenha o projeto executivo pronto para ser licitado, e a gente volte aqui para iniciar essa obra", afirmou o diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão. Também foi assinado um contrato de elaboração do projeto para construção da ponte sobre o Rio Aldeia Grande, entre Itacajá e Goiatins, norte do estado, e a assinatura de um contrato de elaboração do projeto da BR-235, para ligar a divisa com o Maranhão até o município de Pedro Afonso. Trecho da rodovia TO-050 vai fazer parte da BR-010 Tharson Lopes/Governo do Tocantins Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

Acidente na MGC-381 deixa dois mortos próximo a Governador Valadares

Acidente na MGC-381 deixa dois mortos próximo a Governador Valadares

Duas pessoas morrem em acidente próximo a Governador Valadares Um acidente na MGC-381, no trecho entre São Vítor, distrito de Governador Valadares, e Chalé, distrito de Divino das Laranjeiras, deixou duas pessoas mortas e uma ferida na manhã desta terça-feira (27). Segundo informações da Polícia Militar, o carro de passeio saiu da pista por volta das 9h, bateu em uma árvore e capotou em uma ribanceira às margens da rodovia. O veículo ficou virado de cabeça para baixo. Uma das hipóteses levantadas é que o motorista tenha cochilado ao volante, já que não havia marcas de frenagem no asfalto. Clique aqui para seguir o canal do g1 Vales no WhatsApp O carro, com placa de Ipatinga, seguia no sentido Mantena e tinha três ocupantes. O passageiro da frente foi socorrido com vida e encaminhado para o hospital. Já o motorista e a passageira que estava no banco traseiro morreram na hora. As vítimas fatais foram identificadas como Francisco Claudino de Oliveira, de 56 anos, e Maria de Fátima Gouvea dos Santos, de 55 anos. Francisco Claudino de Oliveira, de 56 anos, e Maria de Fátima Gouvea dos Santos, de 55 anos, morreram na hora Reprodução Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e equipes do Samu estiveram no local. De acordo com o corpo de bombeiros, o resgate foi dificultado pela localização do carro na ribanceira. O veículo só pôde ser retirado quase cinco horas depois do acidente. A Polícia contou com apoio de um guincho para desvirar o carro e trazê-lo de volta à pista. VEJA TAMBÉM: Policial penal fica ferido em acidente na MG-232, em Mesquita VÍDEO: Motorista passa mal, atropela idoso e bate em veículos em Governador Valadares Acidente entre moto e carro deixa duas mortes na LMG-823, em São Sebastião do Anta Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Veja outras notícias da região em g1 Vales de Minas Gerais.

Empreendedorismo feminino se reinventa com as transformações do mercado

Empreendedorismo feminino se reinventa com as transformações do mercado

Economia de experiência, inteligência artificial, migração do físico para o digital, Web 3.0 e automação são alguns dos conceitos que todos os empreendedores precisam acompanhar. As transformações do mercado exigem adaptação de quem busca empreender e o cenário gera oportunidades para o empreendedorismo feminino. O avanço tecnológico, aliado à busca por modelos de negócios mais humanos e sustentáveis, tem impulsionado mudanças que estão redefinindo a forma de empreender. A empreendedora Camila Nunes, especialista em marcas e curadora do Palco Delas é Movimento, do Delas Summit, recomenda que as mulheres empreendedoras acompanhem, principalmente, três tendências que estão transformando o cenário atual. A primeira é a economia do cuidado, que coloca saúde mental, bem-estar e autoconhecimento no centro da gestão de empresas. — Nós, mulheres, costumamos ter dupla ou tripla jornada e, cada vez mais, percebemos que, sem cuidar de nós mesmas, não é possível cuidar dos nossos negócios ou das pessoas ao redor — afirma Camila. A segunda tendência é o uso da inteligência artificial, que tem impactado principalmente os pequenos negócios, já que as novas ferramentas tornam acessíveis tecnologias que antes eram restritas às grandes empresas. Por fim, Camila destaca a força das redes colaborativas femininas, que oferecem apoio e ampliam oportunidades. — Para mim, essas três tendências mostram que o futuro não é apenas tecnológico, mas também profundamente humano e colaborativo — avalia. Olhar para o futuro dos pequenos negócios Segundo Keylla Signorelli, analista do Observatório de Negócios do Sebrae/SC, a digitalização com inteligência artificial já não é mais um diferencial competitivo, mas parte fundamental da infraestrutura dos pequenos negócios. A tecnologia permite que empreendedoras automatizem rotinas administrativas, melhorem processos de atendimento e usem ferramentas de marketing com baixo custo, o que aumenta a produtividade e amplia as chances de crescimento. Ela destaca, também, que práticas ligadas ao consumo consciente e à sustentabilidade, como o ESG e a circularidade, vêm se consolidando como fatores decisivos para a credibilidade e longevidade das marcas. Esse movimento é acompanhado pela ascensão da economia criativa, que, em Santa Catarina, ganha força conectada ao turismo, à gastronomia e às expressões culturais regionais. Além disso, setores emergentes, como a silver economy, termo usado para os negócios que atendem o público com mais de 50 anos, e a economia do cuidado, despontam como campos de oportunidades para empreendedoras, especialmente em áreas ligadas à saúde, beleza, alimentação, moda e serviços digitais. — O empreendedorismo feminino em Santa Catarina já representa quase meio milhão de empresas e, embora a maior concentração esteja em segmentos como beleza, moda e alimentação, cresce também em áreas estratégicas de inovação, tecnologia e sustentabilidade — reforça Keylla. Delas Summit como espaço de atualização e conexão O Delas Summit, promovido pelo Sebrae, é um dos maiores eventos de empreendedorismo feminino do país e já está consolidado como espaço de inspiração e capacitação para mulheres empreendedoras. Para Camila, que participa do evento desde a primeira edição, o diferencial está no protagonismo feminino e no ambiente de pertencimento. — Sou até suspeita para falar: participei de várias capacitações do Sebrae Delas e estou no Delas Summit desde a primeira edição. Acredito muito nas oportunidades e no conhecimento que os eventos oferecem. Especialmente no networking, que é uma das melhores formas de se conectar com pessoas de outras cidades, gerar negócios e se aproximar de quem admiramos — comenta. À frente da programação do Palco Delas é Movimento, ela reforça que o conteúdo no espaço foi pensado para destacar as principais tendências de mercado e tudo o que pode ser aplicado nos negócios. Ela afirma ainda que a programação vai além, ao trazer histórias e palestras de empreendedoras que têm inovado nos negócios. Inovação como DNA Em Santa Catarina, milhares de negócios liderados por mulheres usam da tecnologia para criar novos processos, inovar e ser referência estadual. Esse é o caso da Nanobiocell, startup catarinense fundada por Janaina Lisi Leite Howarth e Katiusca Wessler Miranda, que desenvolve soluções inovadoras em celulose bacteriana. — O nosso negócio nasceu do desejo de duas mulheres cientistas – que também são mães, ex-docentes do ensino superior e pesquisadoras apaixonadas pela ciência dos polímeros – em transformar conhecimento acadêmico em soluções reais que melhorassem a vida das pessoas — explica Janaina. O processo desenvolvido pela empresa dispensa produtos químicos, reduz o consumo de água e energia e gera insumos aplicáveis em setores diversos, como saúde, cosméticos, alimentos e construção civil. Para consolidar a empresa, as empreendedoras contaram com o apoio do Sebrae. — Conheci o Sebrae por meio do ecossistema de inovação de Santa Catarina, onde a presença da instituição é muito ativa e estratégica. Decidimos buscar apoio porque entendemos que, além da base técnico-científica que já tínhamos, era essencial desenvolver competências em gestão, mercado e estratégia — explica. Ao longo da jornada, a startup já participou de projetos como Jornada Startups, Mulheres em Foco, Mulheres + Tec, Catalisa ICT 2025, Empreendedora Tech, Nascer e Startup Summit. Segundo Janaína, com esses programas, as empreendedoras conseguiram garantir oportunidades de networking, orientação prática e oportunidades de capacitação. Delas Summit 2025 Para as mulheres que desejam inovar nos negócios, o Delas Summit, maior evento de empreendedorismo do Sul do Brasil, é a oportunidade ideal. O evento será realizado nos dias 30 e 31 de outubro, no CentroSul, em Florianópolis. Ao todo, serão dois dias de programação com mais de 120 palestrantes, 300 expositoras, painéis temáticos e oportunidades de networking. Entre as atrações confirmadas estão Giovanna Antonelli, Monique Evelle, Dani Amaral, Cris Arcangeli e Luana Zucoloto.

Juro alto preocupa mais que tarifaço, diz Luiz Marinho

Juro alto preocupa mais que tarifaço, diz Luiz Marinho

A taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, representa um problema mais grave para a economia nacional do que o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, disse nesta quarta-feira (27) o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. A declaração foi feita ao avaliar os resultados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) , que registrou a menor criação de empregos formais em julho desde 2020. Segundo o ministro, a elevação dos juros tem efeito direto na atividade econômica e no mercado de trabalho. O patamar da taxa é definido pelo Banco Central nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Notícias relacionadas: Entidades do setor produtivo criticam manutenção dos juros em 15%. Alckmin: tarifaço de Trump afeta 3,3% das exportações brasileiras. Setor de serviços atingiu recorde de 15,2 milhões de empregos em 2023. “Peço para o santo dos juros baixar esse juro, esse é o principal problema, maior que o tarifaço. Precisamos de redução de juros urgentemente para a atividade se manter”, declarou Marinho. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Impacto do tarifaço Segundo Marinho, no pior cenário, o país poderia perder 320 mil empregos em razão das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. O ministro, no entanto, destacou que, com as medidas de apoio anunciadas pelo governo federal, essa consequência deve ser evitada. Entre as ações, está a oferta de R$ 40 bilhões em crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas exportadoras afetadas . “Creio que passaremos por isso, e tenho certeza que o comércio exterior brasileiro sairá mais forte”, afirmou Marinho. O ministro ressaltou que o acesso aos financiamentos pelas empresas prejudicadas será condicionado à manutenção dos empregos. Pejotização Durante a entrevista coletiva sobre o Caged, Marinho também criticou a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer a legalidade de contratos de prestação de serviço por pessoas jurídicas, prática conhecida como pejotização . Ele classificou a medida como “um crime contra a ordem econômica”. Para o ministro, a substituição da carteira assinada pela contratação via pessoa jurídica (PJ) traria sérios riscos à Previdência Social, ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e até ao papel do BNDES. “Caminhar para a pejotização é um desastre. Isso é fraude trabalhista”, disse. O tema tramita no STF, por meio de um recurso extraordinário com agravo, com repercussão geral reconhecida. O relator, ministro Gilmar Mendes, sinalizou nesta quarta-feira (27) ser favorável à legalidade da prática e afirmou que o julgamento poderá ocorrer ainda este ano. >> Supremo fará audiência pública em setembro para debater pejotização A Corte deverá analisar três pontos principais: a validade da contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas, a competência da Justiça do Trabalho para julgar supostas fraudes e a responsabilidade sobre a apresentação de provas nesses casos. Gilmar destacou que a discussão tem impacto econômico e social relevante, considerando tendências de flexibilização nas relações trabalhistas em diversos países.

Galípolo reforça que juros devem permanecer em nível alto por longo período e vê dólar ‘se comportando bem’

Galípolo reforça que juros devem permanecer em nível alto por longo período e vê dólar ‘se comportando bem’

EDUARDO SODRÉ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) Gabriel Galípolo não trouxe boas notícias para um setor que anseia por crédito barato. Nesta quarta (27), o presidente do BC (Banco Central) falou a empresários do setor automotivo durante o 33º Congresso Fenabrave, realizado no São Paulo Expo, pavilhão de exposições na zona sul de SP. Galípolo reforçou que a Selic, taxa básica de juros do país, deve permanecer no patamar de 15% por um longo período, já que a convergência para o centro da meta de inflação segue lenta. O presidente do BC disse que projeções feitas para este ano -e também estudos de prazos mais longos, com foco em 2026 e 2027- indicam que os cenários futuros permanecem com inflação acima da meta anual, que é de 3%, com uma banda variável de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em comunicados das últimas reuniões, o Copom (Comitê de Política Monetária) tem reforçado a estratégia de manter a Selic em nível elevado por um longo tempo para assegurar a convergência da inflação à meta. Para o comitê, é necessária uma política de juros em nível "significativamente contracionista" -ou seja, que contribua para a moderação do crescimento da economia- por período "bastante prolongado". O cenário preocupa os revendedores de veículos, que têm no financiamento uma das principais ferramentas de venda. Por outro lado, o câmbio dá sinais positivos, com dólar registrando quedas, o que favorece as importações de veículos e de componentes comercializados nas concessionárias. "O mercado cambial tem se comportado bem, há uma mudança na correlação entre as moedas emergentes e o dólar", afirmou Galípolo. "Historicamente, quando há um aumento na aversão ao risco, tende a ser um momento de valorização do dólar. Temos visto essa relação não funcionar muito bem." O presidente do BC chegou ao evento pontualmente às 14h. Sentou-se na primeira fila do auditório ao lado do presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, e aguardou o término dos anúncios publicitários para ser chamado ao palco. Foram cerca de 10 minutos de propagandas dos patrocinadores do evento. Santander, Itaú, Safra e C6 Bank estão nesse grupo, bem como a montadora Stellantis. Antes da palestra, Arcelio Júnior disse que Galípolo falaria para um público que representa mais de 8.000 pontos de venda, que geram cerca de 350 mil empregos. O evento, realizado entre os dias 26 e 28 deste mês, reúne donos de concessionárias, financeiras, fintechs e empresas de tecnologia ligadas à indústria automobilística. O presidente do BC explicou para a plateia o processo de definição da taxa básica de juros e fez analogia à medicina. "Tão importante quanto o tratamento para o paciente é explicar como ele funciona." O presidente da Fenabrave mostrou alinhamento com a Anfavea ao falar sobre a chegada de novas marcas ao mercado nacional. "Há espaço para todos, desde que com isonomia", disse Júnior. Ele comparou o momento do mercado a uma pizza do mesmo tamanho que passa a ser dividida por mais pessoas. Entre janeiro e julho, foram licenciados 1,44 milhão de veículos leves e pesados, segundo a Fenabrave. Houve crescimento de 4,12% em relação ao mesmo período de 2024.

Mercado de joias no Brasil deve dobrar faturamento até 2030

Mercado de joias no Brasil deve dobrar faturamento até 2030

O mercado de joias brasileiro vem registrando crescimento contínuo, impulsionado pelas tendências de moda e pela busca dos consumidores por acessórios que complementem o estilo pessoal. Nos últimos anos, esse segmento se consolidou como um dos mais promissores da economia criativa nacional, atraindo desde consumidores de alto poder aquisitivo até jovens interessados em peças modernas e acessíveis. Um levantamento da Mordor Intelligence aponta que o mercado de joias no Brasil alcançou US$ 3,59 bilhões até o final de 2024, com potencial para atingir US$ 5,34 bilhões em 2029. A taxa média de crescimento anual estimada é de 8,31% nos próximos cinco anos, reforçando o papel estratégico do país nesse segmento. Anéis lideram as vendas, com participação de 33,8% no mercado, mas há expectativa de crescimento para brincos e pulseiras, com taxa anual de 4,5%. O Google Ads registrou aumento de 30% na procura por joias permanentes em 2023, além de crescimento expressivo nas buscas por brincos planos (+63%) e joias à prova d’água (+33%). O perfil do consumidor brasileiro de joias As mulheres continuam sendo as principais consumidoras. Dados da Bain revelam que 52% dos acessos às plataformas de artigos de luxo são feitos por elas. O estudo ainda mostra que, embora 75% do poder aquisitivo esteja nas mãos de mulheres acima de 50 anos, jovens de até 35 anos já representam 49% dos gastos nesse mercado. Esse novo perfil exige estratégias diferenciadas. Samara Luz, especialista em marketing do ecommerce Fábrica do Ouro, explica que Millennials e a Geração Z têm preferência por compras digitais, valorizando joias personalizadas, peças mais sofisticadas e designs mais sustentáveis. "O consumo de peças personalizadas ganhou destaque. Cada vez mais clientes buscam acessórios únicos, criados sob medida. Outro fator que impulsiona o mercado é a procura por peças com pedras preciosas, tendência já adotada por grandes marcas globais", afirma Samara. Expansão das joias sustentáveis A sustentabilidade também influencia o mercado de joias. Peças produzidas com matérias-primas recicladas ou certificadas, associadas a embalagens ecoeficientes, estão em alta. Segundo Samara, zircônias, rubis e diamantes são as grandes tendências do momento, demonstrando a preocupação dos consumidores com a sustentabilidade. Joias masculinas em evidência Embora ainda representem uma fatia menor, as joias voltadas ao público masculino já correspondem a 10% das ofertas das joalherias no Brasil. Esse nicho vem crescendo impulsionado pela mudança cultural no consumo de acessórios. O mercado de joias no Brasil vive um momento de expansão acelerada, sustentado por mudanças no perfil do consumidor, pelo avanço das vendas online e pela força das novas tendências de moda e sustentabilidade. A expectativa é que o setor dobre seu faturamento até 2030, consolidando o país como um dos principais polos do segmento no mundo. Para acompanhar essa transformação, marcas e joalherias precisam investir em inovação, personalização e experiências digitais capazes de atender às novas gerações de consumidores.