‘Agradecer a Deus pela segunda vida', diz motorista de ônibus que sobreviveu a grave acidente na BR-423, no Agreste de Pernambuco

‘Agradecer a Deus pela segunda vida', diz motorista de ônibus que sobreviveu a grave acidente na BR-423, no Agreste de Pernambuco

Motorista de ônibus que tombou na BR-423 em Garanhuns agradece por estar vivo O grave acidente registrado na noite da sexta-feira (17) na BR-423, onde um ônibus tombou entre os municípios de Paranatama e Saloá, no Agreste pernambucano, deixou 17 sobreviventes e 15 pessoas mortas. Sandro Júnior, de 27 anos, é o motorista auxiliar do veículo, disse agradeceu a Deus por ter conseguido sobreviver (veja vídeo acima). Em entrevista para TV Asa Branca poucas horas após o acidente, o homem revelou que estava dormindo no momento do acidente e acordou em meio ao impacto. “Eu tenho que agradecer a Deus pela segunda vida que ele me deu. [Nós] já estavamos voltando já”, relatou o sobrevivente. O grupo havia saído do Moda Center de Santa Cruz do Capibaribe por volta das 15h e estava seguindo para Brumado, na Bahia. A viagem entre as cidades é de 1.136,6 quilômetros via BR-423. O ônibus deveria atravessar os estados de Alagoas e Sergipe até chegar no município localizado no sul da Bahia. De acordo com o Google Maps, o trajeto dura cerca de 16h50. Marlete Batista Neves Fernandes, outra sobrevivente moradora de Caetité, no sudoeste da Bahia, relatou para a TV Sudoeste que o grupo voltava para a Bahia depois de passar o dia fazendo compras no Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe. Segundo ela, o ônibus trafegava em alta velocidade pouco antes do tombamento. “Eu percebi que o ônibus começou a ter uma velocidade muito forte e falei: ‘o motorista está doido’. Nesse momento, ele começou a fazer zigue-zague" Acho que ele tentou encostar em um barranco, e aí o ônibus tombou. Eu segurei a poltrona e, quando ele virou, fui a primeira a sair”, contou Marlete. LEIA TAMBÉM Acidente com ônibus deixa ao menos 15 mortos e feridos na BR-423, no Agreste de PE; VÍDEO Motorista perdeu controle, entrou na contramão, atingiu rochas e barranco de areia antes de ônibus tombar na BR-423 no Agreste de PE; 15 pessoas morreram 'Gente morta, sangue e gritos de socorro’: Sobrevivente relata momentos após acidente com ônibus que deixou 15 mortos Ônibus que tombou na BR-423 ficou destruído Reprodução/PRF Como foi o acidente Conforme a PRF, o acidente aconteceu em um trecho conhecido como Serra dos Ventos. O veículo era conduzido por Sandro e outro motorista que também sobreviveu, mas não teve o nome divulgado. Eles revezavam a direção em alguns trechos da rodovia. Segundo o inspetor André Quintino, da PRF, o motorista que conduzia o ônibus relatou aos policiais que houve falha no sistema de freios do veículo de grande porte. Por meio de nota, a polícia disse ainda que: o ônibus acessou a contramão e atingiu rochas que estavam às margens da rodovia; o condutor do veículo conseguiu voltar para o sentido correto da BR-423; colidiu novamente em um barranco de areia e tombou. O condutor teve ferimentos leves. Ele foi encaminhado para atendimento em uma unidade de saúde e depois foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Garanhuns para prestar depoimento. Segundo a PRF, alguns passageiros foram arremessados do veículo, o que indica que poderiam estar sem o cinto de segurança. Imagens enviadas para TV Globo mostram o momento em que veículos do SAMU e policiais realizam atendimento aos sobreviventes (veja vídeo abaixo). Ônibus tomba na BR-423 e deixa mortos e feridos no Agreste de Pernambuco Sobreviventes O Hospital Municipal Josina Godóy, em Saloá, disse que recebeu cerca de 16 vítimas e prestou todo o suporte e atendimento emergencial necessário. Desse total, 15 vítimas foram transferidas para o Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns. Um dos pacientes não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Por meio de nota, o Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, informou que recebeu 17 pacientes vítimas do grave acidente ocorrido na BR-423. Entre os atendidos, dois pacientes estão em estado grave e seguem sob cuidados intensivos da equipe médica. Os demais permanecem em observação na unidade, recebendo todo o suporte necessário. Infográfico - acidente na BR-423 em Saloá, no Agreste de Pernambuco Dhara Pereira/g1

STF tem maioria para derrubar decisão de Barroso que autoriza enfermeiros a auxiliar em casos de aborto legal

STF tem maioria para derrubar decisão de Barroso que autoriza enfermeiros a auxiliar em casos de aborto legal

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para derrubar duas decisões liminares do ministro Luís Roberto Barroso que autorizam enfermeiros a auxiliar no procedimento de aborto em casos legais no país. Barroso aposentou-se da Corte neste sábado. Na sexta-feira, o ministro Barroso proferiu as duas decisões e as enviou para análise pelos demais ministros. O ministro Gilmar Mendes apresentou um voto divergente, seguido por outros seis colegas: Cristiano Zanin, Flávio Dino, Kassio Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. A votação ocorre em plenário virtual, por meio do qual os ministros se manifestam eletronicamente, e o julgamento deve durar até o dia 24 de outubro. No voto que abriu a divergência, Gilmar Mendes afirmou não ver urgência para as decisões. Ele não entrou no mérito dos casos. "A questão submetida à apreciação possui inegável relevo jurídico. Nada obstante, com o devido respeito às posições em sentido contrário, não vislumbro, na espécie, preenchidos os requisitos autorizadores da concessão de provimento de índole cautelar", escreveu o ministro. Nas duas decisões liminares, Barroso estendeu a enfermeiros e técnicos em enfermagem os efeitos de um artigo do Código Penal que determina a não punição de médicos que conduzirem abortos nos casos previstos por lei. O ministro estabeleceu ainda que órgãos públicos de saúde não podem criar "óbices não previstos em lei para a realização do aborto lícito", como no caso de interrupção da gravidez por estupro. As liminares de Barroso ocorreram após o ministro apresentar seu último voto, antes da aposentadoria, em outro processo, manifestando-se a favor de autorizar mulheres a realizar aborto voluntário até a 12ª semana de gestação. Nesse caso, Barroso repetiu um gesto de Rosa Weber, que também se manifestou pela descriminalização do aborto pouco antes de se aposentar do cargo, em 2023. A ministra foi a relatora da ação, que tramita desde 2017 no tribunal, função assumida em seguida pelo ministro Flávio Dino. Na sexta-feira, o relator determinou a retirada de pauta do caso. Isso significa que, para o julgamento ser retomado no plenário físico, primeiro terá de ser liberado por Dino. Depois, cabe ao presidente do Supremo, Edson Fachin, definir uma data. Ao registrar seu entendimento, Barroso evitou ainda um voto de seu sucessor no cargo — no momento, o ministro Jorge Messias, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), é o favorito para a indicação que será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No voto de sexta-feira , o ministro defendeu que a “interrupção da gestação deve ser tratada como uma questão de saúde pública, não de direito penal”. Para Barroso, “a discussão real não está em ser contra ou a favor do aborto”, mas “definir se a mulher que passa por esse infortúnio deve ser presa”. Pena a mulheres pobres Barroso também argumentou, em seu voto sobre o aborto legal, que a criminalização “penaliza, sobretudo, as meninas e mulheres pobres, que não podem recorrer ao sistema público de saúde para obter informações, medicação ou procedimentos adequados” e ressaltou que “praticamente nenhum país democrático e desenvolvido do mundo adota como política pública” a proibição. Como Rosa Weber, o ministro enfatizou ainda a autonomia das mulheres para decidirem sobre o procedimento. “As mulheres são seres livres e iguais, dotadas de autonomia, com autodeterminação para fazerem suas escolhas existenciais”, escreveu Barroso. Também na sexta-feira , Barroso deu decisões liminares em outras duas ações, autorizando profissionais de enfermagem a prestarem auxílio na realização de abortos, nos casos permitidos por lei e determinando que esses profissionais e técnicos de enfermagem não podem ser punidos pela prática. Essas determinações ainda serão analisadas pelo plenário virtual. Na noite de sexta-feira , os ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin apresentaram seus votos nessas duas ações e divergiram de Barroso, alegando não haver urgência. Barroso ainda estabeleceu que órgãos públicos de saúde não podem criar “óbices não previstos em lei para a realização do aborto lícito”, como no caso de interrupção da gravidez por estupro. Nessa hipótese, fica vedada a imposição de qualquer restrição relacionada ao período de gestação para o procedimento e a exigência de registro de ocorrência policial. Em seguida, Fachin abriu duas sessões extraordinárias do plenário virtual para que essas duas decisões sejam analisadas. O julgamento começou na noite desta sexta-feira e vai até o dia 24. A ação que está sendo analisado foi apresentada em 2017 pelo PSOL, questionando dois crimes previstos no Código Penal: o aborto provocado pela própria gestante e o provocado por um terceiro, com o consentimento dela. O partido considera que a interrupção da gravidez nas 12 primeiras semanas não deve ser enquadrada nesses tipos penais, porque não seria compatível com a Constituição. O partido alega que a proibição viola a dignidade da pessoa humana e a cidadania das mulheres, por afetar desproporcionalmente mulheres pobres. A legenda ainda apontou um desrespeito ao direito à saúde e ao planejamento familiar, entre outras alegações. Hoje, a lei só garante o direito ao aborto para salvar a vida da grávida, ou quando a gestação é fruto de um estupro. Em 2012, uma decisão do STF também garantiu a medida no caso de fetos anencéfalos.

Espetáculo que celebra ancestralidade e resistência feminina na Amazônia estreia em Manaus

Espetáculo que celebra ancestralidade e resistência feminina na Amazônia estreia em Manaus

Espetáculo 'Aquelas que me habitam' que celebra ancestralidade e resistência feminina na Amazônia estreia em Manaus Divulgação O espetáculo "Aquelas que me habitam", criado pela artista Francis Baiardi, estreia no dia 23 de novembro, às 18h, no Teatro da Instalação, em Manaus. A obra celebra a força, a ancestralidade e a resistência das mulheres amazônicas, inspirada nas lendárias Ykamiabas, conhecidas como guerreiras da floresta. O projeto reúne apresentações artísticas, rodas de conversa, um e-book ilustrado e ações de acessibilidade. A proposta também envolve estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em um observatório de criação, que acompanha o processo artístico. Para Francis Baiardi, o espetáculo é uma homenagem às mulheres que a inspiram. Participe do canal do g1 AM no WhatsApp "As mulheres Ykamiabas foram conhecidas por serem guerreiras, com força e habilidade. Elas me atravessam e dialogam com as mulheres amazônicas contemporâneas, que continuam inspirando e transformando a sociedade", afirmou. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A iniciativa tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e do Governo Federal.

Cometa Lemon está cada vez perto da Terra e essa será a hora de observá-lo

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Os entusiastas da astronomia terão uma rara e excitante oportunidade de observar ainda nesse mês de outubro o cometa C/2025 A6, conhecido como Cometa Lemmon Este cometa, que já pode ser detectado no céu do hemisfério norte com o auxílio de binóculos, oferece condições ideais de observação durante esse mês, especialmente à medida que se... The post Cometa Lemon está cada vez perto da Terra e essa será a hora de observá-lo appeared first on O Antagonista .

Projeto Grael disputa o “Oscar” da vela mundial

Projeto Grael disputa o “Oscar” da vela mundial

O Projeto Grael, criado pelos irmãos Torben, Lars e Axel Grael, foi anunciado como finalista do World Sailing Awards 2025, considerado o “Oscar” da vela mundial. A iniciativa brasileira concorre na categoria Projeto Social, que premia ações de impacto positivo no esporte. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

O ato final de Barroso

O ato final de Barroso

Caro leitor, a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, a corrida pela sua sucessão e a investigação sobre venda de sentenças no STJ são temas desta edição. Inscreva-se na newsletter Fumus Boni Iuris. Boa leitura. Barroso quer votar sobre aborto em ato final no STF O ministro Luís Roberto Barroso pediu a convocação de uma sessão extraordinária do plenário virtual do Supremo Tribunal Federal para votar no julgamento sobre a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Favorável à mudança na regra, ele quer apresentar seu voto antes de deixar a Corte neste sábado. Até agora, apenas um voto foi registrado, o da então ministra Rosa Weber, também antes da aposentadoria Ministro deixará 912 casos para sucessor Após anunciar aposentadoria, Barroso liberou para julgamento cinco ações retidas por pedido de vista Emendas, anistia, ativismo judicial: o que pensam os cotados para o STF Levantamento analisa declarações recentes em sete temas relevantes do debate público que o indicado por Lula poderá se deparar ao chegar à Corte Entrevista: ‘Desigualdade de gênero é déficit democrático’ Diretora-executiva do Plataforma Justa, Luciana Zaffalo, defende indicação de uma mulher ao STF para vaga aberta por aposentadoria de Barroso Artigo: Como se faz uma Corte Constitucional? Atual modelo de indicação ao STF cria um incentivo indireto à lógica do favorecimento de laços pessoais, que podem desaguar em expectativas futuras sobre julgamentos decisivos para a nação A sede do Superior Tribunal de Justiça STJ/Divulgação PF vê 3 núcleos em esquema de venda de sentenças no STJ Grupo recorria a mensagens cifradas e telefones em nome de terceiros para tentar ocultar a engrenagem criminosa STJ pode rever decisão sobre ‘dever de revelação’ em arbitragem Recurso apresentado no processo, julgado com placar apertado pelos ministros da 3ª Turma, tenta reverter entendimento anterior Artigo: Temos um direito a ridicularizar? Ronald Dworkin pensa que sim. E ele está certo A legitimidade democrática requer a tolerância a discursos dos intolerantes, ainda que em sua forma ridicularizante Fachada da Agência do INSS na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro Lucas Tavares/Agência O GLOBO Novos arranjos do mercado de trabalho desafiam a Previdência Estudo do FGV Ibre mostra que trabalhadores por conta própria têm baixa contribuição ao INSS OAB-RJ anuncia redução da anuidade em 17% Seccional carioca é a segunda maior do Brasil, com aproximadamente 160 mil inscritos IA do TJ-RJ é uma das mais avançadas do mundo Estudo da Universidade de Oxford avalia ferramentas de inteligência artificial no Judiciário global Califórnia adota lei pioneira sobre chatbots de IA Em embate com Trump, governador democrata sanciona legislação após casos de suicídio de adolescentes Uruguai aprova ‘Lei da Morte Digna’ País se torna o primeiro da América Latina a aprovar legislação que autoriza a morte assistida sob condições específicas Initial plugin text

Vem aí o primeiro Festival Literário da Igualdade Racial do Brasil

Vem aí o primeiro Festival Literário da Igualdade Racial do Brasil

Vem aí o primeiro Festival Literário da Igualdade Racial (FLIIR) do Brasil. Com o tema "Entrelaçando Letras e Lutas: Escrevivências Pan-Africanas e Igualdade Racial", o festival, que acontece em novembro, irá homenagear a escritora Conceição Evaristo e as irmãs Nardal, pioneiras no desenvolvimento do conceito de negritude. Será em novembro, na sede da CUFA, em Madureira, tem a Festa Literária das Periferias (FLUP) com parceira. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Marcelo Rubens Paiva lança versão francesa do livro 'Ainda estou aqui'

Marcelo Rubens Paiva lança versão francesa do livro 'Ainda estou aqui'

Na próxima quarta, dia 22, o escritor Marcelo Rubens Paiva participa de um evento na Sorbonne, em Paris, e lança o livro " Je suis toujours là", versão francesa do premiado “Ainda estou aqui”. De lá ele vai para Bari, província italiana de onde veio a família de sua mãe, participar de um Festival de Cinema e inaugurar a "Via Eunice Facciolla Paiva", na cidade de Polignano a Mare.