Homem é preso por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas na Ceilândia

Homem é preso por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas na Ceilândia

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), por meio do PATAMO/BPChoque, prendeu na tarde desta segunda-feira (25) um homem acusado de ameaçar um desafeto com arma de fogo em Ceilândia. Na abordagem, os policiais apreenderam: 01 revólver Taurus; 03 munições calibre .38 SPL; 05 munições calibre 9mm; 1,886 kg de cocaína; 269 g de maconha dry; 01 motocicleta Yamaha MT-03; R$ 1.040,00 em dinheiro; 02 balanças de precisão. O suspeito foi encaminhado à 15ª Delegacia de Polícia, onde ficou à disposição da Justiça.

Anvisa atende a governo Lula e passa canetas emagrecedoras à frente na fila de registro

Anvisa atende a governo Lula e passa canetas emagrecedoras à frente na fila de registro

MATEUS VARGAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) Após pedido do Ministério da Saúde, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá priorizar a análise dos registros de medicamentos contendo liraglutida ou semaglutida, que são os princípios ativos das canetas usadas para emagrecimento e no tratamento da diabetes. A agência publicou nesta segunda-feira (25) um edital com regras para as empresas pedirem para os seus produtos passarem à frente na fila de análises, que tem mais de 1.900 fármacos aguardando o aval para chegar ao mercado. A Anvisa afirma que serão avaliados mais cedo as canetas fabricadas no Brasil. A agência também cita concentração de mercado e risco de desabastecimento, mas não divulga dados que mostram esse cenário. O edital foi lançado meses antes do fim da validade da patente do Ozempic (semaglutida), uma das canetas mais populares. A fabricante Novo Nordisk ainda tenta no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) ampliar o prazo que expira em março de 2026. Empresas EMS, Biomm e Hypera Pharma já se preparam para lançar genéricos do produto. O pedido para as canetas emagrecedoras furarem a fila da Anvisa foi formalizado em 15 de agosto pelo Ministério da Saúde. No documento obtido pela Folha, a pasta comandada por Alexandre Padilha (PT) afirma que deseja promover a fabricação nacional dos medicamentos, além de "ampliar e qualificar" o acesso a tratamentos. O ministério ainda fala em "reduzir a dependência tecnológica do país, fortalecendo a soberania e autonomia nacional". As canetas emagrecedoras são análogas do GLP-1, hormônio produzido no intestino que atua no controle dos níveis de glicose no sangue e nos mecanismos de saciedade. Esse tipo de medicamento foi inicialmente registrado no Brasil para o tratamento da diabetes tipo 2, até que em janeiro de 2023 a Anvisa deu aval para uso como auxiliar para a perda de peso. No último dia 20, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) rejeitou ofertar no SUS os medicamentos semaglutida (Wegovy) e liraglutida (Saxenda), ambos da Novo Nordisk. A decisão foi pautada principalmente por restrições orçamentárias e fiscais —a entrada dos produtos na rede pública custaria R$ 8 bilhões por ano, segundo a Saúde. A Anvisa tem uma série de regras para passar a análise de um registro à frente na fila. No caso das canetas, a agência liberou furar a ordem com base em trecho de uma resolução de 2017 que abre margem para classificar como prioritárias as análises quando houver risco de desabastecimento do mercado com impacto para a saúde pública. No edital publicado nesta segunda, a agência afirma que detectou "concentração de mercado considerável" de canetas emagrecedoras e que esse cenário tem levado a casos de falsificação e roubo de cargas. Ainda diz que a ideia é evitar o "risco de desabastecimento" dos medicamentos. A Folha solicitou o acesso ao relatório que apontaria concentração de mercado e risco de desabastecimento das canetas, mas não recebeu resposta da Anvisa. A agência afirma, ainda no edital, que o objetivo é ampliar o potencial para que novos produtos cheguem ao mercado com preços mais baixos, entre outros pontos. Segundo o órgão regulador, no começo de agosto havia nove pedidos de registro de medicamentos sintéticos de semaglutida e sete de liraglutida, sendo que os processos ainda não começaram a ser avaliados pelas áreas técnicas voltadas à qualidade, segurança e eficácia dos fármacos. Há também três processos ligados a medicamentos biológicos, que "ainda se encontram em fase inicial, aguardando distribuição para análise técnica pelas áreas responsáveis". A Anvisa fixou prazo de 15 dias para as empresas pedirem a prioridade na análise dos seus produtos. Depois, a agência deve apontar, em até 30 dias, os prazos para avaliação dos registros. Mesmo antes de formalizar o pedido, Alexandre Padilha anunciou em 6 de agosto que a Anvisa faria um chamado às empresas interessadas em comercializar os produtos voltados à diabetes e emagrecimento. A agência "quer registrar o mais rápido possível", disse o ministro durante evento da EMS, farmacêutica que lançou no mercado os primeiros medicamentos injetáveis à base de liraglutida fabricados no Brasil. "O governo quer que o Brasil entre de vez, domine essa tecnologia dos peptídeos [como os análogos do GLP-1], que hoje são utilizados para diabetes, para emagrecimento, mas essa tecnologia pode vir a ser utilizada para outras doenças no futuro, como câncer e doenças autoimunes", afirmou o ministro no mesmo evento. Em nota, o ministério disse que o pedido feito à Anvisa segue critérios previstos na legislação, "com foco no incentivo à produção nacional, estímulo à concorrência e maior acesso da população a medicamentos". A pasta disse que a entrada de genéricos no mercado garante preços de 30% a 40% mais baixos. O ministério também pediu priorização da análise da Anivsa sobre produtos à base de darunavir e dasatinibe, usados no tratamento de HIV e leucemia mieloide crônica, respectivamente. A agência irá avaliar os casos em outros processos.

Os bizarros efeitos que a comida pode causar nos remédios que tomamos

Os bizarros efeitos que a comida pode causar nos remédios que tomamos

Alimentos podem interferir com a ação esperada de alguns medicamentos Serenity Strull/BBC A situação em si já era constrangedora. E, depois de cinco horas de uma ereção constante, vieram as dores. Inicialmente, os médicos ficaram perplexos com a situação apresentada por aquele homem de 46 anos de idade que foi parar no pronto-socorro de um hospital em Tamil Nadu, no sul da Índia. Ele havia tomado o medicamento sildenafila (mais conhecido pelo nome comercial Viagra) para disfunção erétil antes de uma relação sexual com a esposa — seguindo a dosagem prescrita. Quando souberam dos detalhes, os médicos descobriram que homem havia tomado um grande copo de suco de romã antes do remédio. Eles, então, o trataram com uma injeção para combater os efeitos e o aconselharam a dispensar o suco no futuro. Os médicos concluíram que a bebida inadvertidamente amplificou a potência da droga. Este caso é apenas um exemplo de como os alimentos que ingerimos podem interagir com medicações de formas imprevisíveis. Existem inúmeras referências na literatura médica que detalham eventos bizarros — e até preocupantes — de combinação de alimentos e remédios, produzindo efeitos colaterais incomuns. Estes casos, em sua maioria, são relatos isolados de indivíduos específicos ou pequenos grupos. Mas, agora, existe também um conjunto cada vez maior de pesquisas detalhando as diversas formas em que os alimentos, bebidas e ervas podem interagir com produtos farmacêuticos no interior do corpo humano. Sabe-se há muito tempo que a toranja, por exemplo, amplifica o poder de uma ampla variedade de remédios, aumenta o risco de efeitos colaterais ou até faz com que as doses normais passem a ser tóxicas. Já alimentos com alto teor de fibras podem reduzir a eficácia de alguns medicamentos. Normalmente, os produtos farmacêuticos passam por décadas de testes e desenvolvimento para garantir sua segurança e eficácia. Mas existem milhares de tipos de drogas no mercado e milhões de combinações de alimentos diferentes. Pesquisas científicas indicam que as interações alimentares podem ser uma importante ameaça à segurança e eficácia da farmacoterapia oral. E os especialistas estão apenas começando a acompanhar sistematicamente essas interações. Alguns deles esperam poder aproveitar essas combinações para fazer os medicamentos funcionarem melhor do que quando tomados isoladamente. "A maioria das drogas não é afetada pelos alimentos", explica o professor de Administração e Prática Farmacêutica Patrick Chan, da Universidade Western de Ciências da Saúde, na Califórnia. "É nos casos específicos em que certas drogas são afetadas pelos alimentos que precisamos ficar atentos", segundo ele. A Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) e a Agência Europeia de Medicamentos exigem que as medicações passem por testes de efeitos da alimentação. Estes testes envolvem pessoas em jejum ou que ingeriram uma refeição com alto teor de gorduras e calorias — duas torradas com manteiga, duas fatias de bacon frito, dois ovos fritos, uma porção de batatas fritas e um grande copo de leite integral, por exemplo. Mas testar tudo é quase impossível. E o metabolismo humano é complicado, lembra a pesquisadora Jelena Milešević, do Centro de Excelência de Pesquisa em Nutrição e Metabolismo de Belgrado, na Sérvia. "É meio que uma pequena fábrica e você tem uma porção de insumos e muitos produtos", explica ela. Depois de todas as reações químicas do corpo, do alimento e do medicamento, aquilo "fica enorme e é muito difícil de separar", segundo Milešević. Ela pesquisa como a vitamina D afeta os medicamentos no corpo e vice-versa. Sabe-se que a toranja (grapefruit) interfere com a capacidade do corpo para lidar com uma ampla variedade de medicamentos Getty Images/BBC Os alimentos podem afetar as medicações de duas formas: eles podem interagir com os ingredientes ativos do medicamento ou podem alterar a forma em que o corpo reage em relação ao remédio. Algumas combinações entre alimentos e drogas são conhecidas desde os anos 1980. Um exemplo bem conhecido é como a toranja e seu suco podem interferir com medicações, incluindo algumas drogas redutoras do colesterol, como estatinas, além de medicamentos usados para o tratamento da hipertensão arterial, como nifedipina e felodipina. A fruta também interage com ciclosporina, uma droga usada para suprimir o sistema imunológico, evitando a rejeição após o transplante de órgãos, além de diversos outros produtos farmacêuticos amplamente empregados por pacientes em todo o mundo. A toranja também pode aumentar a quantidade de medicamento disponível para absorção na corrente sanguínea e aumentar a potência da dose, incluindo em alguns remédios contra a malária, como artemeter e praziquantel, e drogas antivirais, como saquinavir. Para isso, ela inibe uma enzima fundamental chamada citocromo P450 3A4, que é responsável pela decomposição de muitos tipos diferentes de remédios. Isso pode gerar acúmulo das drogas até níveis que podem chegar a se tornar tóxicos, como ocorre com a substância para disfunção erétil sildenafila, mencionada no início desta reportagem. "Sem esta enzima, as drogas ficam por mais tempo no corpo e as concentrações podem se tornar muito tóxicas", segundo Maria da Graça Campos, chefe do Observatório de Interações entre Drogas e Ervas da Universidade de Coimbra, em Portugal. E os sucos de frutas costumam apresentar interações mais potentes, pois são frequentemente concentrados. Com isso, eles contêm compostos ativos que interagem com medicamentos em níveis mais altos que a própria fruta. É assim que também se acredita que os cranberries interagem com a varfarina. Existem dezenas de relatos de pacientes que beberam suco de cranberry indicando que a fruta pode amplificar o efeito anticoagulante da varfarina. Houve até o caso de uma pessoa que engoliu meia xícara (113 g) de calda de cranberry todos os dias, por uma semana, para consumir os restos do jantar de Ação de Graças. Testes clínicos e análises sistemáticas das evidências concluíram que os níveis normais de consumo de cranberries não devem interferir com a varfarina. Mas é preciso destacar que um teste randomizado amplamente divulgado que não encontrou essa interação foi financiado por um fabricante de suco de cranberry. "A maior parte da literatura se limita a relatos de qualidade muito ruim que ignoram fatores óbvios de confusão", segundo Anne Holbrook, diretora de toxicologia e farmacologia clínica da Universidade McMaster, em Hamilton, no Canadá. Para responder a estas questões, é preciso reunir pelo menos algumas centenas de pacientes randomizados apenas com varfarina, em comparação com varfarina e cranberry, em cenários com produtos de cranberry padronizados, segundo Holbrook. O tipo de suco (fresco, concentrado ou extrato), aliado à quantidade da fruta e ao momento do consumo, em relação à ingestão do medicamento, também pode afetar a interação, segundo o decano de Farmácia da Universidade de Sydney, na Austrália, Andrew McLachlan. Em 2011, a FDA dos Estados Unidos atualizou suas orientações médicas para warfarina, retirando os alertas sobre cranberry. Mas o serviço de saúde pública do Reino Unido (NHS) continua a aconselhar os pacientes a evitar tomar suco de cranberry quando ingerirem o medicamento. Infindáveis interações Outro alimento que causa interação com medicações é o alcaçuz. Ele age sobre uma série de enzimas de citocromo que, normalmente, decompõem produtos farmacêuticos. O alcaçuz afeta medicamentos como a digoxina, remédio para doenças cardíacas, e alguns antidepressivos. Mas estudos que quantificaram precisamente este efeito indicam que ele também não deve causar efeitos colaterais clinicamente relevantes. Todos estes motivos explicam por que as interações entre alimentos e medicações são mais bem compreendidas pensando nelas como um espectro. "Não podemos pensar em interações de drogas como 'tudo ou nada'", explica Chan. "As interações com medicamentos são graduadas. Elas podem ser severas, moderadas ou pequenas." Em 2017, Campos descobriu outra estranha interação, quando um paciente medicado para artrite foi levado às pressas para o hospital com anemia e dores nos membros. Ele havia tomado uma infusão de alcachofra, que interagiu com seu remédio para a artrite (colchicina), além de outros medicamentos que ele tomava para diabetes e hipertensão. Aparentemente, substâncias bioquímicas da alcachofra inibiram a capacidade do seu corpo de lidar normalmente com as medicações, causando acúmulo tóxico no fígado. "Realmente, foi muito ruim", ela conta. "Inicialmente, pensamos que ele pudesse precisar de um transplante de fígado. Foi muito, muito complexo." Por sorte, o paciente se recuperou totalmente e de forma espontânea. Ervas e seus extratos, como infusão de alcachofra, são empregados na medicina tradicional e não são especificamente regulamentados, afirma Campos, mesmo que alguns deles sejam poderosos como drogas sintéticas. Da mesma forma, Campos também estudou um caso clínico de interação de cúrcuma e um suplemento nutricional à base de algas chlorella com a medicação contra o câncer de um paciente, causando extrema toxicidade no fígado. A cúrcuma também é conhecida por amplificar os efeitos dos anticoagulantes e remédios contra diabetes. E extratos de erva-de-são-joão podem interagir com medicamentos contra ansiedade e depressão, certos anticoncepcionais e algumas drogas quimioterápicas. "É realmente muito importante que as pessoas compreendam que as ervas podem causar muitas interações", orienta Campos. Mas aqui, novamente, mais testes clínicos são necessários para observar se esses padrões são persistentes e generalizados ou, às vezes, apenas casos isolados. Nem sempre as interações tornam as drogas mais tóxicas ou perigosas. Elas também podem prejudicar o seu efeito. A varfarina (além da sua controversa interação com cranberries) parece ter uma relação incomum com a vitamina K existente nas verduras. Quando a varfarina encontra a vitamina K na corrente sanguínea, sua eficácia é reduzida. Isso não significa que os pacientes que consomem varfarina não devam comer verduras, mas a dosagem da sua terapia precisa ser calculada de acordo com sua alimentação habitual — que, por sua vez, também precisa permanecer constante. "Você come muito mais verduras do que eu? O médico provavelmente irá aumentar sua dose de varfarina, para compensar o efeito das verduras", explica Chan. Pacientes que tomam uma classe de antidepressivos conhecida como inibidores da monomina oxidase (MAOIs, na sigla em inglês) também são normalmente aconselhados a adotar uma alimentação com baixo teor de alimentos fermentados e alguns queijos curados, devido aos seus altos níveis de tiramina. Esta enzima altera a capacidade do corpo de metabolizar tiramina e pode acarretar picos da pressão sanguínea. Leite e laticínios, como queijo e iogurte, podem alterar a forma de absorção de certos antibióticos (como ciprofloxacina e norfloxacina) pelo sistema digestivo. Os pesquisadores do setor chamam este mecanismo de "efeito queijo". E alimentos com alto teor de fibras, como cereais integrais, podem apresentar efeito similar. As moléculas dos laticínios e das fibras, aparentemente, "abraçam" eficientemente as moléculas do medicamento nos intestinos, impedindo que elas entrem na corrente sanguínea, segundo Chan. "A droga nem mesmo chega até o sangue, pois, nos intestinos, os produtos lácteos se unem à medicação e ela fica presa no intestino", explica Chan. A solução, segundo ele, é simples: os pacientes devem evitar o consumo de laticínios duas a quatro horas antes ou depois do antibiótico receitado. "Você ainda pode tomar seu leite e comer seu queijo, apenas não ao mesmo tempo [que o remédio]", segundo Chan. Os cientistas esperam ser possível fazer uso das interações entre alimentos e remédios para aumentar e eficácia de certos tratamentos GettyImages/BBC Estas interações podem parecer assustadoras, mas nem tudo está perdido. Alguns pesquisadores esperam fazer uso das interações entre remédios e alimentos, bebidas e ervas que consumimos, na esperança de amplificar o efeito dos tratamentos farmacêuticos de formas úteis. Os oncologistas, por exemplo, vêm tentando aumentar a eficácia dos tratamentos contra o câncer explorando a interação entre a comida e certos tratamentos. O biólogo celular Lewis Cantley, da Faculdade de Medicina Harvard em Boston, no Estado americano de Massachusetts, descobriu que um processo regulador do crescimento celular, alvo de certas medicações contra o câncer, aparentemente reage melhor ao tratamento quando acompanhado por alimentos com baixo teor de açúcar. "Os seres humanos evoluíram, centenas de milhares de anos atrás, para comer carnes e vegetais crus, que não causam rápido aumento da glicose após as refeições", explica Cantley. O câncer, provavelmente, era uma rara causa de morte milhares de anos atrás. E o aumento dos casos de câncer observado nas últimas cinco décadas, "muito provavelmente", está relacionado ao aumento dramático do consumo de alimentos com carboidratos de rápida liberação, segundo ele. Experimentos realizados por Cantley em 2018 com camundongos (que receberam uma dieta cetogênica, com baixo teor de carboidratos e alto teor de carnes e vegetais) apresentaram resultados preliminares promissores. O medicamento contra o câncer funcionou com mais eficácia com os camundongos em dieta. Por isso, sua equipe vem testando os efeitos em um pequeno número de pacientes humanos, em sua start-up chamada Faeth Therapeutics. Ele chama o experimento de tentativa de "repensar a ciência do câncer, usando o metabolismo". Testes similares envolvendo embalagens prontas de refeições de Cantley também estão em andamento no Centro do Câncer Memorial Sloan Kettering, em Nova York, nos Estados Unidos, para o tratamento de mulheres com câncer do endométrio. Mas existe um importante desafio pendente, que é a enorme quantidade de interações entre alimentos e remédios. Para isso, Jelena Milešević chegou a juntar forças com uma equipe de biólogos computacionais para reunir todas as informações disponíveis sobre interações entre alimentos e remédios na literatura em um banco de dados organizado. A esperança é conseguir acompanhar melhor esses dados. "Achávamos que seria mais fácil, mas não foi tão simples", explica o biólogo computacional Enrique Carrillo de Santa Pau, do Instituto Alimentício IMDEA de Madri, na Espanha. Ele trabalhou no projeto e conta que havia poucos bancos de dados disponíveis e nenhum deles apresentava coincidências consistentes. A equipe acabou reunindo dados sobre milhões de interações entre alimentos e remédios em uma nova plataforma, para que os médicos pudessem ter acesso. Este é um quadro complexo e ainda está em desenvolvimento. Mas, no futuro, ele poderá fazer com que os médicos consigam recomendar uma dieta que complemente o tratamento medicamentoso. Enquanto isso, provavelmente é melhor dispensar o Viagra com suco de romã. Importante: todo o conteúdo desta reportagem é fornecido apenas como informação geral e não deverá ser tratado como substituto ao aconselhamento de um médico ou outro profissional de saúde. A BBC não é responsável por nenhum diagnóstico feito por um usuário com base no conteúdo deste site. A BBC não é responsável pelo conteúdo de nenhum site externo da internet relacionado, nem endossa nenhum produto ou serviço comercial mencionado ou anunciado em nenhum desses sites. Consulte sempre seu médico sobre qualquer preocupação com a sua saúde. Bom Dia Doutor: Quais os riscos e os cuidados que devemos ter com a automedicação

Trump demite diretora do Federal Reserve por suspeita de fraude em hipotecas

Trump demite diretora do Federal Reserve por suspeita de fraude em hipotecas

Depois de semanas de tensão, o presidente dos EUA, Donald Trump, formalizou a demissão de Lisa Cook do Conselho de Governadores do Federal Reserve. Primeira mulher negra a ocupar o cargo, ela foi destituída em razão de acusações sobre declarações falsas em contratos hipotecários. O anúncio foi feito nas redes sociais e confirmado por meio de carta oficial, assinada por Trump nesta segunda-feira, 25. https://twitter.com/TrumpTruthOnX/status/1960133520443216032 No documento, o presidente dos EUA afirmou que a decisão entra em vigor imediatamente e citou a suposta fraude hipotecária como justificativa. “De acordo com minha autoridade sob o Artigo II da Constituição dos Estados Unidos e o Ato do Federal Reserve de 1913, conforme emenda, você está, por meio desta, removida de seu cargo no Conselho de Governadores do Federal Reserve, com efeito imediato”, afirmou Trump. Acusações de fraude hipotecária contra Lisa Cook Segundo o presidente, há motivos suficientes para acreditar que ela pode ter feito declarações falsas em um ou mais contratos de hipoteca. O caso está sob investigação do Departamento de Justiça. Trump informa que Cook teria declarado como residência principal imóveis diferentes em Michigan e na Geórgia, com intervalo de duas semanas, para obter condições de financiamento mais favoráveis. Lisa Cook, diretora do Federal Reserve, foi demitida por Donald Trump | Foto: Reprodução/X Trump ressaltou, na carta, que seria "inconcebível" que ela "não estivesse ciente do primeiro compromisso ao fazer o segundo". "É impossível que pretendesse cumprir ambos." No texto, Trump também afirmou que o Federal Reserve exerce papel crucial na definição das taxas de juros e na supervisão dos bancos, destacando que a confiança na integridade dos membros é fundamental. “À luz de sua conduta enganosa e potencialmente criminosa em um assunto financeiro, eles não podem — e eu não posso — ter tal confiança em sua integridade." O presidente norte-americano também enfatiza sua responsabilidade constitucional de garantir o cumprimento das leis e reitera a necessidade da remoção imediata de Cook do cargo para preservar a confiança no sistema financeiro norte-americano. Especialistas em Direito afirmam que a demissão de Cook só será validada se o governo comprovar justa causa em processo judicial, com base na acusação de fraude hipotecária. Outras críticas de Trump ao Federal Reserve A saída de Cook ocorre em um contexto de críticas constantes de Trump ao Fed, especialmente em relação à condução das taxas de juros. Na última sexta-feira, 22, Trump já havia declarado a intenção de demitir Cook caso ela não renunciasse. Na ocasião, Cook respondeu que “não tinha intenção de ceder a pressões”. O episódio soma-se a outros ataques públicos do presidente ao comando do Fed, incluindo insultos ao presidente da instituição, Jerome Powell, como “burro” e “teimoso”. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste Trump argumenta que o Federal Reserve está demorando para reduzir os juros. Ele defende cortes de "2 a 3 pontos porcentuais". O banco central dos EUA, porém, decidiu manter a taxa de referência entre 4,25% e 4,50% ao ano no fim de julho. A justificativa do Fed são incertezas econômicas, inclusive em relação ao aumento de tarifas promovido pelo governo. O afastamento de Lisa Cook e a renúncia antecipada de Adriana Kugler, também integrante do Fed, abrem espaço para que Trump indique técnicos alinhados à sua política econômica. O post Trump demite diretora do Federal Reserve por suspeita de fraude em hipotecas apareceu primeiro em Revista Oeste .

Suspeito de matar empresário em Itapajé fugiu correndo com arma em punho e falando ao celular; veja vídeo

Suspeito de matar empresário em Itapajé fugiu correndo com arma em punho e falando ao celular; veja vídeo

Suspeito de matar dono de mercadinho fugiu correndo com arma em punho e falando ao celular O suspeito de matar a tiros o empresário Francisco Robério Araújo Oliveira no município de Itapajé, no interior do Ceará, na tarde desta segunda-feira (25), fugiu correndo de arma em punho e falando ao celular. (veja o vídeo acima) O crime aconteceu no Bairro Santa Rita, a cerca de 200 metros de distância do espetinho onde o comerciante Alexandre Roger Lopes, de 23 anos, foi morto, na semana passada, após pagar a uma facção criminosa um valor abaixo do 'exigido'. Não há informações se os dois crimes estão relacionados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp Suspeito de matar dono de mercadinho em Itapajé fugiu correndo com a arma em punho e falando ao celular. Reprodução Segundo testemunhas, assim como ocorreu com Alexandre, Robério também estava próximo do próprio comércio quando foi atacado com os disparos. Ele morreu no local. O empresário era proprietário de um mercadinho e de uma revenda gás. Além disso, já havia atuado como presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, que lamentou a morte do comerciante. "Robério foi uma liderança marcante no comércio local, tendo atuado com dedicação, ética e espírito colaborativo à frente da CDL. Seu compromisso com o fortalecimento da classe lojista e com o desenvolvimento econômico de Itapajé deixou um legado que inspira e será eternamente lembrado", disse a entidade. Empresário Robério Oliveira foi morto a tiros em Itapajé (CE) Reprodução Até o momento, não se sabe o que motivou o crime contra Robério. À TV Verdes Mares, pessoas próximas à vítima disseram que o crime tem relação com facção. Moradores da cidade têm relatado cenário de medo depois das últimas ocorrências no município. A Secretaria de Segurança informou que equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar realizam buscas na região para capturar os envolvidos na morte de Robério. O caso está sendo investigado pela Delegacia Municipal de Itapajé. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará