Esses 7 filmes que previram o futuro, segundo especialistas

Esses 7 filmes que previram o futuro, segundo especialistas

Diversos filmes de ficção científica se anteciparam aos avanços tecnológicos vivenciados anos após seus lançamentos no cinema, de acordo com especialistas da área. Longas como 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e O Show de Truman (1998) foram visionários ao retratar inovações científicas que geram questões sociais que hoje são comuns, como a exploração espacial, o excesso do uso de telas e a espetacularização da vida. Esses e outros títulos instigantes e proféticos estão disponíveis para streaming na Netflix, Amazon Prime Video, HBO Max e mais. Pensando nisso, o TechTudo preparou uma matéria com filmes de ficção científica visionários por discutir temas sociais, políticos e éticos relacionados ao consumo tecnológico. Para explicar mais sobre o assunto, contamos com a opinião de quatro especialistas: Alexandre Salvatore, sócio-fundador da MyHood, Hugo Godinho, CEO da Dialog, Eduardo Freire, CEO da FWK Innovation Design e Allan de Alcântara, engenheiro de computação e sócio-proprietário da Frank Fox Informática. A seguir, confira também informações de título, enredo, elenco principal, repercussão e e o que faz desses filmes realistas. 15 filmes antigos com histórias que resistiram ao tempo continuam atuais Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews Cena de 2001: Uma Odisseia no Espaço que mostra a parte interior da nave Discovery One Divulgação/Warner Bros.  Como rodar serviços de streaming em um PC antigo? Saiba no Fórum do TechTudo Na lista organizada pelo TechTudo, você vai encontrar: O Show de Truman (1998) Her (2013) 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) Mynority Report (2002) Ex Machina (2014) Blade Runner (1982) Wall-E (2008) 1. O Show de Truman (1998) O Show de Truman apresenta a história de um homem que desde que nasceu vive em um lugar quase perfeito onde nada de extraordinário acontece, sem imaginar que, na verdade sua rotina é controlada e transmitida 24h por dia como parte de um reality show. Embora essa realidade fosse distante quando lançada, para Alexandre Salvatore, sócio-fundador da MyHood, a obra é "um retrato das redes sociais". Em entrevista, ele comentou que "vivemos a era dos influenciadores, em que a vida cotidiana é transformada em um reality permanente, com cenas cuidadosamente produzidas para parecerem espontâneas." O longa conduzido pelo cineasta Peter Weir (Sociedade dos Poetas Mortos) e estrelado por Jim Carrey (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças) antecipa de forma brilhante a relação de consumo das redes sociais modernas em que rotinas artificiais são criadas para mostrar uma performance à uma audiência vigilante. Aclamada pela crítica, a produção tem 94% de apoio no Rotten Tomatoes e 8.2 pontos no IMDb. Para quem se interessou, o O Show de Truman está disponível para assistir nos streamings Netflix, Amazon Prime Video (com Telecine) e grátis no Mercado Play. O Show de Truman pode ser lido como uma sátira à sociedade de consumo moderna Reprodução/Paramount Pictures 2. Her (2013) Com reflexões sobre as relações humanas e as tecnologia, Her narra a história de um homem que compartilha seus dias com uma assistente virtual chamada Samantha e acaba se apaixonando por ela. A história retratada por Spike Jonze (Onde Vivem os Monstros) e estrelada por Joaquin Phoenix (Coringa) foi um prelúdio da interação cada vez mais íntima entre pessoas e sistemas de inteligência artificial, hoje presentes no cotidiano com assistentes virtuais como Siri, da Apple, e Cortana, da Microsoft. Disponível na HBO Max e Amazon Prime Video, o filme Her tem 94% de aprovação da crítica no Rotten e 8 pontos no IMDb. De acordo com Hugo Godinho, CEO da Dialog, o longa é contemporâneo ao discutir a relação humana com a tecnologia e quais são seus limites, especialmente no ambiente de trabalho. O especialista da comenta que "com o avanço acelerado da IA, temos de repensar como se dão as relações e os limites de pessoas e máquinas: onde podemos delegar apenas para tecnologia, onde temos de deixar apenas para o humano e, principalmente, onde podem atuar em conjunto e em harmonia". Her é protagonizado por Joaquin Phoenix no papel de Theodore Twombly Divulgação/Warner Bros. Pictures 3. 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) Dirigido pelo visionário Stanley Kubrick (Laranja Mecânica), 2001: Uma Odisseia no Espaço acompanha a expedição de um grupo de cientistas que vão até Júpiter investigar a aparição de um monólito negro. No entanto, a missão é colocada em risco quando HAL-9000, o supercomputador que controla a nave, começa a agir contra os astronautas. Ícone da ficção científica, o longa é estrelado por Keir Dullea (2010) e Gary Lockwood (O Último Tiro). Para Hugo Godinho, CEO da Dialog, o longa previu um mundo interligado por chamadas de vídeo instantâneas, hoje comuns na rotina, e antecipou temas como inteligência artificial, o cotidiano dos astronautas e a comunicação por vídeo em tempo real. Disponível para assistir nas plataformas HBO Max, Apple TV+ e Amazon Prime Video, 2001: Uma Odisseia no Espaço tem notas de 92% da crítica no Rotten Tomatoes e 8.3 no IMDb. Clássico da ficção científica, 2001 - Uma Odisseia no espaço mostra os astronautas usando tablets Divulgação/IMDb 4. Minority Report - A Nova Lei (2002) Neste suspense policial a trama transporta o espectador para o ano de 2054, quando a polícia desenvolveu um sistema capaz de prever crimes antes que eles aconteçam, erradicando completamente os assassinatos. No entanto, a eficácia do método é colocada à prova quando um detetive honesto é acusado de um homicídio que ainda não ocorreu. O longa é estrelado por Tom Cruise (Top Gun: Maverick) e dirigido pelo cineasta Steven Spielberg (franquia Indiana Jones). De acordo com Eduardo Freire, estrategista e CEO da FWK Innovation Design, o filme levanta questionamentos éticos sobre o uso de algoritmos. Para ele, Minority Report antecipou avanços atuais como o reconhecimento facial e tecnologias que dialogam diretamente com a IA preditiva e a vigilância algorítmica nas cidades modernas. O filme pode ser assistido gratuitamente na plataforma Mercado Play e registra avaliações positivas da crítica, com nota 7.6 no IMDb e taxa de 89% no Rotten Tomatoes. Minority Report - A Nova Lei antecipou avanços atuais como o reconhecimento facial Reprodução/20th Century Fox 5. Ex Machina (2014) Em Ex Machina o espectador acompanha a história de Caleb, um programador que vence um concurso e é convidado para um fim de semana na casa de seu excêntrico chefe. Ao chegar lá, ele descobre que será usado de cobaia para testar uma IA chamada Ava, um protótipo humanoide que se volta contra todos que estão na residência. Estrelada por Domhnall Gleeson (Questão de Tempo), Oscar Isaac (Star Wars: O Despertar da Força) e Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa), o longa dirigido por Alex Garland (Aniquilação) adiantou discussões sobre ética algorítmica. Para Allan de Alcântara, engenheiro de computação e sócio-proprietário da Frank Fox Informática, a obra é um alerta sobre o avanço tecnológico: “Ex Machina mostra um futuro em que a inteligência artificial não só conversa, mas também questiona, manipula e cria laços. Hoje, já convivemos com sistemas que simulam emoções e tomam decisões autônomas. A grande questão é: quem está no controle dessa inteligência? É um alerta sobre transparência, governança e limites tecnológicos.” Disponível para compra ou aluguel no Amazon Prime Video, o filme atingiu notas 7.7 no IMDb e 92% de apoio no Rotten Tomatoes. Ex Machina, dirigido por Alex Garland (Aniquilação), adiantou discussões sobre ética algorítmica Reprodução/IMDb 6. Blade Runner (1982) Baseada em um dos contos cyberpunk de Philip K. Dick, Blade Runner acompanha um agente cuja missão é capturar e eliminar androides estrangeiros que invadiram o planeta. Contudo, ao se aproximar de um desses inimigos, o protagonista percebe que eles só querem um lugar para viver em paz. Com atuações de Harrison Ford (Star Wars) e Hutger Gauer (O Vingador), a produção do cineasta Ridley Scott (Alien: O Oitavo Passageiro) já na década de 1980 provocava reflexões sobre identidade, pertencimento, robótica avançada e bioengenharia. Na opinião do especialista Allan de Alcântara, “Blade Runner questiona onde termina a máquina e começa a humanidade. Hoje, com biotecnologia, próteses inteligentes e IA generativa, estamos cada vez mais próximos de borrar essa linha." O filme é aclamado pela crítica de cinema e pelo público, com avaliações de 8.1 no IMDb e taxa de 89% no Rotten Tomatoes. Para quem quer conhecer mais da produção, ela está disponível no Amazon Prime Video. Blade Runner - O Caçador de Andróides provocava reflexões sobre identidade, pertencimento, robótica avançada e bioengenharia Divulgação/Warner Bros. Pictures 7. Wall-E (2008) Além de marcar uma parceria entre Disney e Pixar, Wall-E é uma animação à frente de seu tempo ao falar de crise ambiental e dependência tecnológica. Ambientada no ano 2100, a trama gira em torno da vida de um carismático robô programado para limpar o planeta após a humanidade destruir a Terra com poluição. Isolado por anos, ele cumpre sua função quando uma nave pousa trazendo uma robô moderna, por quem ele se apaixona. De acordo com o engenheiro Allan de Alcantara, além de um conto emocionante, a obra "na verdade é uma crítica afiada à dependência tecnológica e ao descaso ambiental." Disponível no catálogo do Disney+, Wall-E arrancou elogios nos principais sites de cinema e venceu premiações como Globo de Ouro e Oscar. A animação recebeu 95% de avaliações positivas da crítica no Rotten Tomatoes e uma pontuação de 8.4 no IMDb. Sob direção de Andrew Stanton, o filme conta com dublagens de Ben Burtt (Planeta Azul), Andrew Stanton (Procurando Nemo) e Elissa Knight (Divertida Mente). Wall-E é uma animação à frente de seu tempo ao abordar temas como automação total, consumismo e crise ambiental Divulgação/Disney+ Com informações de IMDb (1), Rotten Tomatoes (1), Collider (1) Qual filme todo mundo gosta MENOS você? Listamos 5 obras superestimadas! Qual filme todo mundo gosta MENOS você? Listamos 5 obras superestimadas! Mais do TechTudo Initial plugin text

PUC-Rio realizada segunda edição da ExpoLivro com participação de José Roberto de Castro Neves, Aline Bei e Míriam Leitão

PUC-Rio realizada segunda edição da ExpoLivro com participação de José Roberto de Castro Neves, Aline Bei e Míriam Leitão

A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro inaugura neste domingo (24), no Campus da Gávea, Zona Sul do Rio, a segunda edição da sua feira literária, a ExpoLivro PUC-Rio. O evento gratuito, que vai até sexta-feira, sempre das 9h às 19h, terá a presença de mais de 30 autores ao longo de uma programação que contempla lançamentos, debates, painéis temáticos, masterclasses e entrevistas. Jeferson Tenório tem perfil banido do Instagram sem qualquer explicação da Meta: 'Estou cansado de falar de censura', desabafa escritor Restaurada: Casa do Sol, de Hilda Hilst, reabre com baile funk e residência artística que resgata 'experiência original' do lugar Diversas editoras estarão presentes nos estandes que ocuparão o campus, como Companhia das Letras, HarperCollins, Intrínseca, Rocco, Record e Globo Livros, além da própria Editora PUC-Rio, que idealizou e que realiza a feira, e outras editoras universitárias. — Estamos muito animados com esta edição, trata-se de um evento que tem o intuito de aproximar o mercado editorial da universidade e também abrir o espaço do campus da PUC-Rio para a sociedade — diz Tatiana Helich, organizadora da ExpoLivro. — Estamos com uma programação com nomes de peso do mercado e várias atrações, conversas sobre o mercado entre autores e editores. Irineu Marinho: em seu centenário de morte, fundador do GLOBO segue como referência da modernização do jornalismo A abertura oficial do evento está marcada para 12h e será realizada pelo padre Anderson Antonio Pedroso, S.J., reitor da PUC-Rio, na arena do campus. Mas a programação começa antes. A primeira mesa de conversa acontece às 9h, na Casa de Inovação, e o tema é “Quem faz o livro e os desafios da construção desse objeto surpreendente”, com participação de Fernando Sá, Alexandre Martins Fontes, Dante Cid, Debora Fleck, Elisa Menezes e Liciane Correa. Às 11h, no mesmo local, o poeta e professor Paulo Henriques Britto falará sobre sua trajetória com mediação de Julia Barandier. Na parte da tarde, às 15h, os jornalistas Ana Cecilia Impellizieri Martins, Cecilia Olliveira e Chico Otávio conversam na mesa “O livro-reportagem”. Casa da Inovação. Espaço inaugurado em 2023 vai sediar boa parte da programação da ExpoLivro PUC-Rio 2025 Divulgação ’Filhos da PUC’ Ao longo da semana, há outros destaques. Na terça-feira (26), 11h, será a vez de o advogado José Roberto de Castro Neves, eleito este ano para a Academia Brasileira de Letras, falar na Casa de Inovação sobre sua trajetória. Às 12h, no mesmo espaço, a escritora paulistana Aline Bei vai ministrar uma masterclass ao lado da editora e professora Adriana Maciel. Bei, que também contará sua trajetória na Arena, às 13h, é um dos vários “filhos da PUC” que estarão na programação da feira. O termo é uma brincadeira entre alunos e ex-alunos que passaram pela universidade. Será, no entanto, a primeira vez da escritora de 37 anos no campus da Gávea. — Fiz uma pós-graduação de 2021 a 2023 em escritas performáticas, e foi maravilhoso. Me gerou, inclusive, reflexões fundamentais para construir “Uma delicada coleção de ausências”, meu novo livro, cuja primeira parte foi escrita toda dentro da pós-graduação — diz ao GLOBO a autora, que também publicou “O peso do pássaro morto” (2017) e “Pequena coreografia do adeus” (2021). — Vai ser emocionante poder conhecer a PUC-Rio, porque fiz a pós-online, né? Mas também sou “filha da PUC” porque eu fiz PUC aqui em São Paulo. 'Tradwife', 'broligarchy' e 'delulu': palavras criadas na web pela Geração Z entram no Cambridge Dictionary Outro ex-aluno da universidade da Gávea com presença confirmada é o historiador Thiago Gomide, que ganhou projeção com o perfil “Tá na história”, que mantém nas redes sociais. Gomide, que também é colunista do GLOBO, vai revisitar sua trajetória na quarta-feira (27), às 11h, na Casa de Inovação, com mediação de Valmir Moratelli. — Acho fundamental um evento como esse para os estudantes, para os professores e para a sociedade do Rio. A PUC é uma grande casa de apresentação de ideias, de debates para todos — comenta o historiador. — É uma casa que inclui, que consegue abraçar as ideias distintas. Um evento literário permite e aprofunda isso e também cumpre o papel da universidade de ser não só formadora, mas uma grande estimuladora de pontos de vista. O GLOBO na feira Na quinta-feira (28), o escritor e filósofo Mario Sergio Cortella repassa sua carreira em papo com o jornalista Guilherme Amado, às 11h, também na Casa da Inovação. Às 13h, na Arena, Amado recebe a jornalista Míriam Leitão, imortal da ABL e também colunista do GLOBO. Às 15h, o editor-executivo do GLOBO André Miranda e o escritor e historiador Leonêncio Nossa, biógrafo do jornalista Roberto Marinho (1904-2003), participam do painel temático “100 anos do jornal O GLOBO”. Na sexta-feira (29), último dia da ExpoLivro, o repórter da TV Globo Ricardo Abreu, que também é ex-aluno da PUC-Rio, entrevista a escritora cubana Tereza Cárdenas, às 13h, na Arena. Às 15h, ele vai mediar o painel “A sagrada cultura da rua”, com Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino.

'Bolada': Tati Quebra-Barraco terá a sua história contada nas telas do cinema

'Bolada': Tati Quebra-Barraco terá a sua história contada nas telas do cinema

A trajetória de Tati Quebra-Barraco, da Cidade de Deus ao reconhecimento no exterior, vai ganhar as telas. O longa-metragem “A rainha do funk” está em processo de produção. A direção é de Susanna Lira, com roteiro de Maíra Oliveira e argumento de Vanessa de Araújo Souza. Em 2004, o clipe “Boladona” alcançou 5 milhões de visualizações. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

‘Próxima estação’... cantar junto! Música-tema do MetrôRio ganha letra após 14 anos

‘Próxima estação’... cantar junto! Música-tema do MetrôRio ganha letra após 14 anos

“Próxima estação” cantar junto: música-tema do MetrôRio ganha letra após 14 anos O som que já virou parte da rotina de quem anda de metrô no Rio vai ganhar novos contornos. Após 14 anos embalando viagens apenas como melodia, a música-tema do Metrô Rio, cantarolada por usuários do modal com onomatopeias musicais, ganhou letra (leia — ou cante — no fim). A novidade chegou nesta quinta-feira (21), quando a faixa “Metrô do Rio”, criada pela cantora e produtora Zanna, estreou nas plataformas de streaming e no site da concessionária. É na voz de Zanna, aliás, toda a comunicação aos passageiros nos vagões, desde o “próxima estação” até o “ceda o lugar”. “Esse é o meu maior hit, e eu tinha muita vontade de colocar uma letra que falasse um pouco o que está por trás do cotidiano do carioca e poder cantá-la. Estou agradecida e me sinto reconhecida e, ao mesmo tempo, servindo à cidade”, conta Zanna, conhecida como a “voz do metrô”. Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Criada por Zanna, a faixa “Metrô do Rio” estreia nesta quinta (21) Divulgação Quem é a voz do metrô Os novos trechos falam das histórias que passam pelas estações, misturando encontros, romances e até ficções com o aviso de “atenção ao vão entre o trem e a plataforma”. A trilha, que já foi lembrada em versões de samba, rock e funk durante a pandemia, agora pode ser acompanhada em coro pelos passageiros. Além de cantora, compositora e multi-instrumentista, Zanna é produtora musical, escritora e CEO da empresa Zanna Sound, especializada em identidade sonora. A carreira inclui colaborações com grandes nomes da música brasileira e três indicações ao Grammy Latino pelo álbum “Zanna”. Como foi feita a nova versão A canção “Metrô do Rio” não nasceu sozinha. Para transformar a trilha em música com letra, Zanna reuniu um time de músicos: o trombone de Rafael Rocha, a flauta de Sofia Ceccato e a guitarra de João Gaspar dão o tom carioca da gravação. O produtor e músico Kassin assina o baixo e divide a coprodução, enquanto a percussão fica a cargo de Kainã do Jêje. A novidade ainda conta com um reforço de peso: uma orquestra formada por 22 mulheres, entre violinos, violas e violoncelos, que ganhou arranjos do maestro Eduardo Farias. No centro de tudo, está a própria Zanna, que empresta sua voz, seu violão e sua assinatura musical. A faixa integra o álbum “Reflexo”, o segundo da artista, previsto para novembro. No Instagram, ela também compartilha histórias de quem circula pelo transporte público, aproximando a música do dia a dia dos passageiros. Cante a música Tantas histórias se passam aqui Filme vivo sem fim Romance até ficção Mas atenção ao vão O rapaz, a menina e o vagão Caminhos se cruzam e ação Enquanto roda o trem nesse vai e vem Na trilha toca o som O sinal é essa voz Adoro essa estação Nos ouvidos de mil corações Na composição Tantas histórias se passam aqui Filme vivo sem fim Romance até ficção Mas atenção ao vão O rapaz, a menina e o vagão Caminhos se cruzam e então Eu jogo essa canção No meio da multidão Na trilha toca o som O sinal, essa voz Adoro essa estação Nos ouvidos de mil corações Na composição Na Tijuca, Pavuna, Acari Colégio, Inhaúma... dormi Perdi a estação Voltei na contramão Botafogo, Flamengo, Irajá Até o Maraca tá lá Da Barra até o final O Rio é musical No meio da multidão Na trilha toca o som O sinal, essa voz Adoro essa estação Nos ouvidos de mil corações Na composição Próxima estação... mind the gap

Jaguatirica, tamanduá, irara e outros animais são flagrados em passagens subterrâneas na MG-050

Jaguatirica, tamanduá, irara e outros animais são flagrados em passagens subterrâneas na MG-050

Câmeras de monitoramento registram animais silvestres usando travessia sob a MG-050 Jaguatirica, tamanduá-bandeira, quati, irara e uma manada de capivaras foram flagrados por câmeras de monitoramento ao atravessar a passagem subterrânea da MG-050, entre Formiga e Pimenta. As imagens foram divulgadas pela concessionária Via Nascentes. Veja acima. As seis travessias foram implantadas em 2021 ao longo do trecho administrado pela concessionária. Segundo a Via Nascentes, a medida praticamente zerou os atropelamentos de animais silvestres na rodovia. Cercas-guias direcionam os animais até os pontos de travessia e impedem o acesso direto à pista. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp Irara é flagrada usando a travessia subterrânea da MG-050 Reprodução câmera de monitoramento/Via Nascentes A concessionária instalou outdoors nas rodovias MG-050, BR-265 e BR-491 para alertar os motoristas sobre a presença de fauna silvestre. As mensagens orientam sobre a condução defensiva, a redução de velocidade e a atenção aos trechos sinalizados. Segundo o engenheiro ambiental da Via Nascentes, Bruno Novais, o comportamento dos motoristas é essencial para a eficácia das medidas de proteção à fauna: “As estruturas de passagem e a sinalização cumprem seu papel, mas é fundamental que os condutores respeitem os limites de velocidade e fiquem atentos às placas de advertência. A presença de fauna na pista é uma realidade, e a responsabilidade pela segurança é compartilhada”, afirma. Manada de capivaras próxima à passagem subterrânea da MG-050 Reprodução câmera de monitoramento/Via Nascentes LEIA TAMBÉM: 'Miado de emergência': gato preso em carro mobiliza bombeiros em MG Pássaros transportados ilegalmente em caixas de leite iniciam reabilitação em Divinópolis Tamanduá-bandeira 'invade' arraiá e surpreende participantes em Abaeté, MG VEJA TAMBÉM: Áudios e vídeos de grupos de vendas ilegais de bichos exóticos revelam crueldade do tráfico de animais Áudios e vídeos de grupos de vendas ilegais de bichos exóticos revelam crueldade do tráfico de animais VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas A

Pecuaristas investem em touros de alta genética para aumentar produtividade em Roraima

Pecuaristas investem em touros de alta genética para aumentar produtividade em Roraima

Produção de bovinos de alta genética cresce em Roraima e fortalece mercado local Luiz de Matos/Rede Amazônica O investimento em animais de alta genética tem se tornado a principal estratégia para o crescimento da pecuária em Roraima. A ideia é garantir maior produtividade com bovinos de linhagem qualificada e reduzir custos a longo prazo. O assunto foi destaque no Amazônia Agro deste domingo (24). O zootecnista Leonardo Leonel iniciou esse trabalho em 2002, trazendo animais de grandes centros do país para Roraima. Com o passar dos anos, a produção deixou de depender apenas de fora e passou a ser feita também no estado. Um dos destaques é a Libra, vaca da raça Guzerá, considerada de alta qualidade de carne. Campeã em campeonatos nacionais, hoje se tornou multiplicadora de genética. "Nós adquirimos dos mais tecnológicos centros hoje de produção da Guzerá, inclusive a atual campeã nacional. Ela foi campeã nacional em 2024 e reservada campeã em 2025, então ela veio se aposentar aqui em Roraima depois dos campeonatos e hoje ela é uma multiplicadora de genética”, disse Leonel. LEIA TAMBÉM: Agronegócio, produção rural: tudo sobre o Amazônia Agro Veja todas as reportagens sobre Roraima Quando o pecuarista Marcilei Fernandes chegou a Roraima, encontrou um cenário de baixo rendimento. Buscando melhorar o desempenho do rebanho e garantir o desenvolvimento saudável dos animais, ele também optou por touros de alta genética. "Em 2018, quando a gente chegou, vimos uma média de desmame com peso muito baixo. Procurávamos matrizes e usavam touros de baixa qualidade. Hoje, as pessoas estão investindo em touros de alta genética e já colhendo frutos; o peso do bezerro mudou", destacou Fernandes. O sucesso no desenvolvimento dos animais não depende apenas da genética. É necessário acompanhamento técnico e alimentação equilibrada. O médico veterinário Marcos Oliveira destacou que a combinação entre genética e nutrição garante resultados ainda mais expressivos. “Já é um animal de genética superior, e fazendo acompanhamento nutricional, o desempenho vai ser bem superior”, disse Oliveira. Com a produção própria desses animais de alta genética no estado, os rebanhos se tornam mais competitivos e preparados para atender a um mercado mais exigente. E para discutir o tema foi realizado um dia de campo em Mucajaí, onde foram ocorreram palestras e exposição de lojas do agronegócio. Os animais também estavam disponíveis para visitação e venda. “É o terceiro evento voltado para palestras e conhecimento do produtor e o nosso primeiro shopping de produtor para produtor. São animais da fazenda e de seis fazendas convidadas, todas do estado de Roraima, todos com animais melhoradores, animais puros que irão transmitir a genética para seus descendentes. Todos são nascidos e criados em Roraima, adaptados ao clima e às pastagens locais”, afirmou o pecuarista Ronaldo Silveira, um dos responsáveis pelo evento. Touros de alta genética aceleram o ganho de peso, melhoram a fertilidade e garantem maior qualidade de carne ou leite. Com eles, o rebanho se torna mais uniforme e produtivo, o que aumenta o retorno econômico e diminui custos ao longo do tempo. Investimento em touros e matrizes qualificados tem mudado o cenário da criação em Roraima Luiz de Matos/Rede Amazônica Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

Jogos online, fortuna e ostentação: o que se sabe sobre a prisão da influenciadora suspeita de movimentar R$ 217 milhões

Jogos online, fortuna e ostentação: o que se sabe sobre a prisão da influenciadora suspeita de movimentar R$ 217 milhões

Influencer e namorado são presos e Polícia Civil investa movimentação de R$ 217 milhões A influenciadora Karol Digital foi presa em Araguaína durante operação da Polícia Civil, que investiga esquema de exploração ilegal de jogos de azar. Nas redes sociais ela soma 1,5 milhões de seguidores e se descreve como empresária. Durante a ação, foram apreendidos carros de luxo, dinheiro e imóveis, incluindo uma fazenda com bovinos e cavalos. A operação FRAUS contou com 40 policiais e cumpriu 23 ordens de busca e apreensão em endereços ligados à influenciadora, autorizados pela 1ª Vara Criminal de Araguaína. Clique aqui para seguir o canal do g1 TO no WhatsApp Veja na reportagem o que se sabe sobre o caso. Quem são os presos na operação FRAUS? A operação foi realizada no dia 22 de agosto de 2025, em Araguaína, região norte do Tocantins. Maria Karollyny Campos Ferreira e o namorado dela, Dhemerson Rezende Costa, foram presos em um condomínio de alto padrão da cidade. O que diz a defesa? A defesa nega envolvimento dos dois com atos ilícitos. "Meus clientes são inteiramente inocentes. A fonte de renda da minha cliente é inteiramente legal. O que ela pratica, a profissão dela é ser influencer digital. Não temos a dúvida, que tudo será esclarecido", afirmou o advogado Maurício Araújo em entrevista à TV Anhanguera. Por que a influencer e o namorado foram presos? Os dois foram detidos suspeitos por esquema de exploração ilegal de jogos de azar, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular. Conforme a decisão que autorizou as prisões houve, por parte da influenciadora, uma "grande movimentação financeira incompatível com a renda declarada, além do uso de empresas de fachada para lavagem de dinheiro, ocultação de bens de luxo, promoção fraudulenta de jogos de azar e conversas indicando corrupção e fraude". "O que acontece na maioria dos casos, o influencer ele simula que está ganhando no jogo, quando, na verdade, esse dinheiro tem outra origem. Nós sabemos que hoje é um grande problema as apostas online porque várias pessoas estão ficando endividadas, de uma maneira enorme. Muitos até tirando a própria vida por conta dessas dívidas", disse o delegado Wanderson Queiroz em coletiva de imprensa. A influencer tinha passagem pela polícia? Karol foi presa em dezembro de 2015, suspeita de cometer vários roubos em Araguaína. Em abril de 2016 ela fez um acordo em um projeto do Judiciário com o Ministério Público e se comprometeu a escrever cartas de perdão, confeccionar sandálias para seis vítimas e dar aulas de taekwondo para adolescentes infratores, pois ela era professora de arte marcial. Na época, a assessoria 2ª Vara Criminal de Araguaína informou ao g1 que ela chegou a confessar os crimes e se mostrou arrependida. Como a Karol não cumpriu os acordos, ela foi presa novamente em junho de 2016. Em novembro de 2017, a Justiça autorizou que ela cumprisse a pena em regime semiaberto e em abril de 2018, a Justiça determinou a retirada da tornozeleira. LEIA MAIS Investigação sobre jogos ilegais aponta que influenciadora Karol Digital movimentou R$ 217 milhões Carros, mansões e fazendas: influenciadora presa por promover jogos de azar ostentava vida de luxo O que foi apreendido pela polícia? Investigação apontou que Karol Digital adquiriu carros de luxo Reprodução Instagram Karol Digital/Divulgação Polícia Civil A polícia apreendeu sete veículos em nome da influencer, que somam aproximadamente R$ 5.528.000. Entre eles estão um Porsche avaliado em R$ 979 mil, uma RAM 3500 avaliada em R$ 475.000,00 e uma McLaren, modelo Artura, de R$ 3,1 milhões. Karol também teve sete imóveis apreendidos, sendo seis em Araguaína e um em Babaçulândia. A polícia também apreendeu uma fazenda com criação de 248 bovinos e cavalos de raça, avaliada em R$ 8 milhões, em Palmeirante. Um dos imóveis apreendidos foi uma mansão, onde a influencer realizou um reality show em agosto de 2025, com 27 pessoas. A residência é chamada de "Mansão da Digital". Quanto a influencer movimentou? Conforme a decisão, os alvos da operação movimentaram mais de R$ 217 milhões, entre janeiro de 2019 e outubro de 2024. O dinheiro seria de plataformas de jogos de azar ilegais e empresas de intermediação de pagamentos. De acordo com a análise bancária, o valor total movimentado no período investigado foi de R$ 217.662.276,70, sendo R$ 108.404.662,00 a título de crédito e R$ 107.318.589,00 em débito. Os suspeitos operaram 30 contas bancárias em 11 agências de 13 instituições financeiras diferentes. A quebra de sigilo bancário dos investigados também revelou depósitos de plataformas ilegais recebidos por Karol, em suas contas pessoais, que somaram R$ 37.209.761,91. Investigações apontaram que Karol Digital teria transferido bens para três empresas em seu nome, configurando "ocultação" de patrimônios. Ela teria recebido ‘conselhos’ de outros investigados para utilizar as empresas como "blindagem patrimonial". A investigada transferia os bens diretamente para uma holding para evitar riscos e "dar a aparência legal" a bens adquiridos ilegalmente. Quais eram as empresas da influencer? Karol Digital em salão de beleza e promoção de produtos da sua empresa Karol Digital/Instagram/Reprodução Karol é dona de quatro empresas dos segmentos da moda, estética, saúde e agronegócio. Os negócios ficam em Araguaína e possuem perfis no Instragram. Karol Digital Boutique - loja de roupas; Karol Digital Beauty - salão de beleza, aberto em fevereiro de 2015; USE KD Beauty LTDA - loja de suplementos alimentares, aberta em fevereiro de 2024; Haras KD - empresa de criação de equinos, comércio de ferramentas e animais, além de medicamentos veterinários. Foi aberta no dia 1º de agosto de 2025; M.K.C.F. Holdings LTDA - uma empresa de holdings de instituições não-financeiras aberta em abril de 2023; MK Publicidades - empresa de marketing direto, aberta em março de 2023. Segundo o delegado da Polícia Civil Wanderson Queiroz, as empresas aparentavam uma licitude. "Foram criadas holdings e empresas. A gente acredita que muitos dos valores, angariados de forma ilícita nos jogos, acabam tendo esse clareamento através de holding e empresas", disse. Onde a influencer e o namorado estão presos? Vídeo mostra momento em que influencer e namorado são presos em Araguaína A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO) informou que Karol Digital foi levada para Unidade Penal Feminina de Ananás, no norte do estado. Já o namorado dela está na Casa de Prisão Provisória de Araguaína. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.

Doze dias de terror: sequestro da Rua das Margaridas completa 35 anos

Doze dias de terror: sequestro da Rua das Margaridas completa 35 anos

Memória MG: relembre 12 dias de sequestro na Rua das Margaridas, em Juiz de Fora Nesta segunda-feira (25), completam-se 35 anos de uma verdadeira cena de filme que aconteceu na Avenida Barão do Rio Branco, no Centro de Juiz de Fora: cinco fugitivos da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, chegaram à cidade em um carro-forte com quatro militares feitos reféns. O sequestro da Rua das Margaridas, como ficou conhecido, foi um dos mais longos da história de Minas Gerais e, até hoje, permanece na memória de quem mora no município e acompanhou os 12 dias de cárcere. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Veículos de comunicação e jornalistas de todo o país desembarcaram na cidade mineira para acompanhar o crime. Em meio aos muitos profissionais, Andréia Pereira, que na época era estudante de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e estagiária em uma rádio, acompanhou de perto o acontecido. “Eu me lembro perfeitamente do carro-forte estacionado na Avenida Rio Branco, em frente ao Parque Halfeld. Consegui colocar o microfone dentro do comunicador, que era um buraquinho no carro-forte, e conversei com os sequestradores. Nunca me esqueço do momento em que um policial se aproximou e disse que minha mãe estava em pânico, no meio da confusão atrás de mim, enquanto eu continuava ali, com o microfone no carro-forte, conversando com eles”, relembrou a jornalista. A cena descrita por Andréia ocorreu em um sábado de manhã, durante as comemorações do Dia do Soldado, celebrado em 25 de agosto de 1990. “A cidade parou. Formou-se uma multidão no Centro de Juiz de Fora e, nos dias seguintes, foram 24 horas de cobertura. Cheguei a ficar 12, 13 horas no ar, e só se falava do sequestro", contou. Fugitivos de Contagem chegam a Juiz de Fora em carro-forte Reprodução/TV Integração Apesar do caso policial, a jornalista conta que, profissionalmente, a experiência foi enriquecedora e extremamente valiosa para ela. “Não tem como sair sem levar os valores de uma experiência como esta. Pessoalmente, minha família ficava muito preocupada, mas profissionalmente foi algo definidor. Tive a honra de conviver com jornalistas renomados de todo o país. Ainda estudante, uma foca, ao lado de uma tropa de elite de profissionais”, finalizou. Outra moradora de Juiz de Fora que guarda na memória o sequestro da Rua das Margaridas é a professora de história, hoje aposentada, Alcione Altomar Scanapieco Saenz. "Na época, eu trabalhava em uma escola quando um colega chegou comentando o que estava acontecendo. Todos ficaram muito chocados, pois nunca havia acontecido algo semelhante em nossa cidade", lembrou. Durante todos os dias do sequestro, o cenário na cidade foi de tensão. “Evitava sair, a não ser para os compromissos de trabalho. Fiquei bastante angustiada com a demora daquela situação, preocupada com o desfecho que isso teria. Graças a Deus, as negociações chegaram a uma solução pacífica. Os bandidos se renderam e o coronel foi libertado”, concluiu. 12 dias de sequestro Sítio invadido pelo grupo na Rua das Margaridas, Bairro Novo Horizonte, em Juiz de Fora Reprodução/TV Integração Por doze dias, o Brasil parou para acompanhar o sequestro da Rua das Margaridas. No dia 24 de agosto de 1990, cinco presos renderam guardas e fizeram nove reféns na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Após negociações, eles deixaram a unidade prisional em um carro-forte com quatro policiais militares - um deles foi morto - e chegaram a Juiz de Fora no dia 25 de agosto daquele ano. O grupo estacionou na Avenida Barão do Rio Branco e exigiu que a polícia entregasse armas e um carro. De lá, seguiram para o Bairro Grajaú e, próximo à Igreja Nossa Senhora do Líbano, receberam o armamento e o veículo. Depois, seguiram em direção à BR-040 com o coronel Edgar Sores. Pouco depois, renderam uma família em um posto de gasolina e retornaram à cidade, onde invadiram um sítio na Rua das Margaridas, no Bairro Novo Horizonte. Invasão No décimo dia de sequestro, três fugitivos se entregam à polícia em Juiz de Fora Reprodução/TV Integração No sítio, fizeram mais reféns, que foram libertados gradualmente. Apenas o coronel Edgar Soares permaneceu com os criminosos, e uma longa e arrastada negociação colocou Juiz de Fora em destaque em todo o país. No décimo dia, o grupo tentou fugir do sítio e trocou tiros com a polícia. Três deles ficaram feridos e se entregaram. No 11º dia de sequestro, os dois fugitivos deixaram a casa e encontraram-se com a comissão de negociação formada. Um dia depois, houve a liberação do coronel, por volta das 8h30, e a prisão dos outros dois criminosos. 'A cada momento que conto a história, ela fica mais suave para mim' Coronel Edgar Soares foi feito refém por 12 dias no famoso sequestro da Rua das Margaridas, em Juiz de Fora TV Integração/Reprodução Em entrevista ao Globo Repórter, em 2020, o coronel Edgar Soares comentou o caso e disse que, com o passar dos anos, a agonia vivida foi ficando mais suave. “Depois do sequestro, estive com uma psicóloga, e ela me apresentou o seguinte: se eu não contasse a minha história, ficaria preso nela. Comecei a ter muitos pesadelos e, com essa observação dela, comecei a contar. A cada vez que conto a história, ela fica mais suave para mim", disse. Aos 80 anos, o policial morreu em Belo Horizonte, em 2024, após passar duas semanas internado na UTI de um hospital da capital mineira, com quadro de insuficiência cardíaca e pulmonar. Ele deixou quatro filhos e a esposa. RELEMBRE: Morre Edgar Soares, coronel da PM refém por 12 dias no famoso sequestro da Rua das Margaridas, em Juiz de Fora, na década de 90 VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

Doc vai contar trajetória de Portinari sob olhar do filho e com cartas inéditas

Doc vai contar trajetória de Portinari sob olhar do filho e com cartas inéditas

A trajetória de Candido Portinari será contada por meio do contexto histórico e artístico do século XX num documentário dramatizado, previsto para começar a rodar no ano que vem. O filme ("Portinari, meu pai"), que teve aval do Ministério da Cultura para captar R$ 6,1 milhões, traz a perspectiva do filho e matemático João Candido, alheio à fama de Portinari em sua adolescência, até o desejo de levar adiante seu legado. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Centro de tecnologia quer unir IA brasileira para criar robôs mais humanos e empáticos

Centro de tecnologia quer unir IA brasileira para criar robôs mais humanos e empáticos

Centro de tecnologia quer unir IA brasileira para criar robôs mais humanos e empáticos Pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, de Campinas (SP), querem unir o uso de um supercomputador e o Carcará, futura Inteligência Artificial (IA) brasileira, no desenvolvimento de robôs mais humanos e empáticos. Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp O pesquisador Josué Ramos, que atua há 43 anos na área de robótica, destaca como as IAs generativas já disponíveis, conhecidas como LLMs (na sigla em inglês de "large language models"), ampliaram possibilidades e os avanços na área. “A emergência das LLMs trouxe um salto no conhecimento. Agora temos sistemas com emergência de conhecimento, capazes de interações muito mais naturais”, explica. Os pesquisadores têm estudado a aplicação de modelos de LLMs já existentes em dois robôs adquiridos pelo CTI Renato Archer, criando mecanismos para, além de incorporar a tecnologia, fazer com que as máquinas, de fato, interajam de forma autônoma com humanos. Aceitos socialmente e emocionalmente Sophia, uma robô usada em pesquisas no CTI Renato Archer, em Campinas (SP), em que pesquisadores incorporaram inteligência artificial e trabalham na melhoria das interações entre humanos e máquinas Fernando Evans/g1 Ou seja, o objetivo é criar robôs que não apenas executem tarefas, mas que sejam aceitos socialmente e emocionalmente pelas pessoas. "Vai desde como o robô vai se movimentar para indicar que ele está alegre ou triste, como vai mostrar que está te apoiando. Não é só na fala, é no sentimento, na forma como ele olha. Você tem que captar o que o seu usuário, o ser humano, está sentindo. Isso é um desafio grande", explica Marcos Cruz. Esses desafios envolvem pesquisas e estudos de comportamento de diferentes áreas do conhecimento, que ultrapassam os limites da ciência da computação, mecânica e eletrônica. Os pesquisadores lidam com questões que vão de legislação e linguística, a artes, sociologia, psicologia e anatomia. "As pessoas humanizam os robôs. Há experimentos que mostram que em interações com um avatar (virtual) e o robô, elas perdoam mais os erros feitos por um robô físico do que um robô na tela. Essa humanização é um fenômeno que é muito estudado na área de interação", explica Josué. No trabalho são considerados fatores sobre como os robôs se comunicam, seja do volume aos gestos e, inclusive, proximidade no contato ou no acompanhamento de seres humanos. E tudo isso alinhando o uso de Inteligência Artificial. O pesquisador Josué Ramos, que atua há 43 anos na área de robótica no CTI Renato Archer, em Campinas (SP), fala sobre as múltiplas ciências envolvidas no estudo da interação entre humanos e máquinas Fernando Evans/g1 Robô recepcionista Um dos projetos em desenvolvimento no CTI Renato Archer envolve um robô recepcionista, que possa interagir com os visitantes e navegar pelo centro de forma autônoma, guiando as pessoas até os seus destinos. Para isso, é preciso mais do que a incorporação de linguagem aos robôs: é necessário entendimento do ambiente, localização, sensores e interação social. “A IA é só um aspecto. O robô precisa saber onde está, como se mover, como interagir com humanos. Tudo isso é parte do desafio”, destaca Cruz. E a IA brasileira? O pesquisador Marcos Cruz destaca que a inteligência artificial é apenas uma parte das tecnologias envolvidas no trabalho com robôs no CTI Renato Archer, em Campinas (SP) Fernando Evans/g1 Para operar um sistema que possa fornecer respostas mais rápidas e precisas, os pesquisadores explicam que é necessário um computador que possa processar bilhões de parâmetros. Por isso esperam pelo uso do Santos Dumont, supercomputador do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). O CTI Renato Archer vai incorporar um robô à Inteligência Artificial brasileira de grande porte, o Carcará, em desenvolvimento no LNCC, que será usada pela equipe para treinar modelos específicos para robótica, com foco em aplicações educacionais, sociais e industriais. "Nessas LLMs, que são essas redes neurais que falam com a gente como se fosse uma pessoa normal, notebooks comuns têm a capacidade de processar 8 bilhões de parâmetros. Um servidor aqui do CTI vai ter uma capacidade, no máximo, de 27 bilhões de parâmetros. E o que isso muda? Muda o tempo de resposta e a qualidade de resposta", diz Douglas Alexandre de Souza, engenheiro de controle e automação. Douglas Alexandre de Souza, engenheiro de controle e automação na área de robótica do CTI Renato Archer, em Campinas (SP) Fernando Evans/g1 Segundo os pesquisadores, quanto melhor a LLM, e maior a quantidade de parâmetros envolvidos, as respostas são melhores. Para efeito de comparação, Douglas cita que o ChatGPT tem trilhões de parâmetros. "Isso não dá para ter em um computador normal", enfatiza. Ou seja, ter acesso a uma LLM com mais parâmetros (Carcará) e um supercomputador (Santos Dumont) permitirá um domínio maior da tecnologia pela equipe, e a possibilidade de um treinamento mais eficaz e preciso dos robôs. "O que o Carcará pode trazer para gente? A nossa experiência tem mostrado que se você tem uma IA pequena, ela é sujeita a alucinações. As melhores respostas vêm com a IA grande. Se você tem grande capacidade de processamento, significa que você vai ter respostas melhores. Tem determinados treinamentos que você leva dias para fazer. A vinda de um computador de alto desempenho significa que dias podem virar horas", completa Josué. O robô Nao usado pela equipe do CTI Renato Archer, em Campinas (SP), nos trabalhos envolvendo uso do inteligência artificial Fernando Evans/g1 LEIA TAMBÉM Cristo impresso em Campinas é do tamanho de um grão de areia e 410 mil vezes menor que estátua do RS Parque de inovação inaugurado em Campinas receberá startups que desafiam problemas complexos; foco será na saúde Saiba como é feito biomodelo 3D para auxiliar cirurgia de separação de crianças siamesas Cristo impresso em Campinas é 410 mil vezes menor que estátua do RS VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

'Trem da Morte': como vagões que faziam viagem perigosa entre Brasil e Bolívia viraram atração turística no interior de SP

'Trem da Morte': como vagões que faziam viagem perigosa entre Brasil e Bolívia viraram atração turística no interior de SP

'Trem da Morte': veja motivo do 'terrível' apelido para os vagões que iam até a Bolívia O apelido é assustador e faz parte da memória ferroviária da América do Sul. Conhecido como “Trem da Morte”, o comboio que ligava Três Lagoas (MS) a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, carrega histórias de precariedade e risco. Atualmente, a composição carrega turistas pelo interior de São Paulo. Nove de seus carros de passageiros, fabricados no Brasil entre as décadas de 1930 e 1940, sobreviveram ao tempo e hoje estão em Campinas (SP), onde passaram por um processo de restauração que resgata as características originais. As peças históricas fazem parte do acervo da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e estão abertas ao público em passeios turísticos que partem da Estação Anhumas. O restauro foi concluído em julho de 2025, após 120 dias de trabalho para devolver aos carros o visual de quando faziam viagens internacionais. Baixe o app do g1 para ver notícias da região de Campinas em tempo real e de graça Mas por que 'Trem da Morte'? 'Trem da Morte': veja imagens do carro de passageiros após restauração Membro do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), o historiador e pesquisador Henrique Annunziata explica que o apelido surgiu no trecho boliviano do trajeto. Enquanto no Brasil a linha era conhecida como “Trem do Pantanal”, na Bolívia passou a ser chamada de “Trem da Morte” devido à precariedade sanitária e estrutural. Segundo ele, a construção da ferrovia no país vizinho foi difícil porque ocorreu sobre a instabilidade geológica e lutou contra a falta de recursos e muitas mortes de trabalhadores. "O ato de construir foi mais difícil ainda, então se perdia o terreno, se perdia o material, dormentes, trilhos, se desmoronavam. A instabilidade geológica da área também não ajudava muito. Então muitos trabalhadores, mais do lado boliviano, acabaram morrendo", comentou o historiador. Quando os trens começaram a circular, a situação não melhorou: faltava água, higiene nos carros-restaurante e limpeza dos banheiros, o que favorecia a disseminação de doenças como febre amarela, cólera e meningite. “Essa condição adversa de higiene mais a situação natural da área de doenças transmissíveis, principalmente por patologias de vírus, transformou essa questão no "Trem da Morte", disse o historiador. "Porque você sabia que o trem de Bauru até Corumbá chegaria bem, mas passando para Santa Cruz de la Sierra, aí já não dava para saber se você ia chegar vivo ou não", explicou Henrique. Além da saúde, havia ainda os riscos técnicos. Segundo o historiador, trilhos mal assentados provocavam descarrilamentos, e machucavam frequentemente os passageiros. “Pela precariedade do sistema feito pela estrada de ferro da Bolívia tinha muito acidente, então descarrilhava, caia fora da linha, as pessoas se machucavam. Muita morte pela construção técnica da estrada de ferro da Bolívia”, comentou o historiador. Como surgiu a linha? Initial plugin text Segundo o historiador, a origem do “Trem da Morte” está ligada à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, inaugurada em 1906, que partia de Bauru (SP) em direção ao Mato Grosso, mas em uma área que atualmente faz parte do estado do Mato Grosso do Sul. A ferrovia foi construída para expandir a ocupação do interior e chegou até Corumbá por volta de 1950. Do outro lado da fronteira, a Bolívia iniciou sua própria linha entre Santa Cruz de la Sierra e Corumbá por volta de 1907. Em 1950, as duas ferrovias foram unificadas, permitindo a primeira ligação internacional por trilhos entre os dois países. De Bauru para Campinas Hélio Gazetta Filho, diretor administrativo da regional de Campinas da ABPF, afirma que o vagão que hoje está em Campinas foi fabricado em Bauru (SP), sede da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, e circulou em viagens internacionais até a Bolívia. Com a modernização da frota, os carros de madeira foram retirados de serviço no fim dos anos 1980. Para evitar a demolição, a ABPF conseguiu junto à Rede Ferroviária Federal a cessão de dez unidades, em 1987 e 1988. "O passeio Campinas-Jaguariúna estava começando. E a gestão da ABPF, na época, conseguiu, junto à rede ferroviária federal, a cessão desses carros de passageiro. Eles iam ser demolidos", comentou Hélio, que é voluntário da associação há quatro décadas. Em 2025, nove deles seguem preservados em Campinas, e um encontra-se em um acervo na cidade de Carlos Gomes (RS). Processo de restauração ⚙️ Interior do carro de passageiro após a restauração realizada em Campinas (SP) Bianca Garutti/ g1 Em Campinas (SP), os carros passaram por uma série de restaurações até que pudessem ser liberados para passeio novamente. O mais recente ocorreu este ano, durou cerca de quatro meses e envolveu desde repintura até a recuperação de rodas, freios, sanitários, luminárias e estofados. Segundo Hélio, a equipe trabalhou com fotos da época em que o trem funcionava no Brasil para reproduzir fielmente os detalhes do interior e exterior do carro. “Agora, com as redes sociais, essas coisas acabam saindo mais dos acervos particulares, né? E o pessoal publica. Então, a gente viu a foto e eu entrei em contato com um membro da ABPF lá em Bauru. Ele conseguiu bastante dados pra gente", explicou Hélio. O integrante da ABPF explica que preservar as características originais do trem é essencial para preservar a história da locomotiva e conseguir transmiti-la para quem conhece o vagão pela primeira vez. “Uma das características do nosso passeio aqui do Campinas-Jaguariúna é manter a integridade e a originalidade. E é uma regra também que tem que seguir devido aos tombamentos históricos. Então, a gente tem que seguir na íntegra a pintura, a logomarca, a classificação, tudo. Qualquer mudança em projeto tem que fazer um estudo, tem que pedir uma alteração pra poder fazer", contou Hélio. Aberto para passeio ‍‍‍ O vagão restaurado já está integrado ao tradicional passeio turístico Campinas-Jaguariúna, que parte da Estação Anhumas. A bordo, os passageiros podem ter a experiência de viajar em um dos carros históricos. Segundo Hélio, durante o trajeto, os funcionários do trem explicam a história completa do vagão, além de trazerem relatos sobre a ferrovia e a diversidade de composições preservadas na estação Anhumas. Serviço Passeio de trem histórico Local: Estação Anhumas Endereço: Av. Dr. Antônio Duarte Conceição, 1501, Campinas Quanto: A partir de R$ 55, pelo site oficial da ABPF VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Entenda como esterilização de capivaras do Parque da Rua do Porto pode conter febre maculosa na região

Entenda como esterilização de capivaras do Parque da Rua do Porto pode conter febre maculosa na região

Capivara Estevão Mamédio/g1 A esterilização das capivaras do Parque da Rua do Porto, anunciada pela prefeitura de Piracicaba (SP) a pedido do g1, pode conter o avanço de febre maculosa na região, explicou Fernando Magnani, biólogo especialista em manejo de animais silvestres (veja abaixo). O roedor é o principal hospedeiro do carrapato-estrela no meio urbano – o carrapato, quando está infectado, transmite a bactéria que causa a febre maculosa, doença endêmica da região e que pode levar pessoas à morte. A capivara, no entanto, pode ser infectada pela febre maculosa apenas uma vez na vida, afirmou o biólogo. “A importância da esterilização não é só o controle populacional, é o processo de reinfecção do ambiente. Se não tem ‘capivarinhas’ nascendo, não tem novos indivíduos que os carrapatos e a febre maculosa podem infectar e continuar o processo de retransmissão da doença”, afirma o biólogo Fernando Magnani. Baixe o app do g1 para ver notícias de Piracicaba e região em tempo real e de graça Segundo o biólogo, a capivara carrega a doença no organismo por cerca de 15 dias. Durante esse tempo, os carrapatos que a picarem também ficarão infectados e esses carrapatos podem infectar outras capivaras que nunca pegaram a doença ou infectar humanos. Parque da Rua do Porto em Piracicaba, área de risco de contágio de febre maculosa Divulgação/Prefeitura Controle populacional Além do controle da doença, a esterilização é importante para evitar uma ‘superpopulação’ de capivaras, explicou o especialista. A população de capivaras urbanas restrita ao Parque da Rua do Porto aumentou de 12 para 30 indivíduos nos últimos quatro anos. O número equivale a alta de 150%. Segundo o biólogo Fernando, elas encontraram no meio urbano a ‘matemática perfeita’ para um crescimento rápido e desequilibrado: área para habitar, alimentação em abundância e ausência de predadores. “Ainda não dá para se falar em explosão populacional, porque temos populações em crescimento. Mas as populações devem ser manejadas nesse momento, para que no futuro, realmente, não tenhamos um problema de uma superpopulação desses animais”, informa Fernando. Placa que alerta população sobre áreas de risco com carrapato estrela, transmissor da doença, em Piracicaba (SP) Prefeitura de Piracicaba/Divulgação Qual capivara pode ser esterilizada? Tanto filhotes quanto adultos podem ser esterilizados. O procedimento deve ter autorização de órgãos estaduais e federais e ser realizado por veterinários especializados. Após a cirurgia, os animais passam por recuperação e são soltos novamente em seu habitat. A prefeitura de Piracicaba não informou quando as esterilizações ocorrerão. Capivaras viram fenômeno pop e conquistam o mundo VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Piracicaba.

Alienígenas e sumiço do autor: os mistérios por trás do disco de vinil avaliado em R$ 12 mil

Alienígenas e sumiço do autor: os mistérios por trás do disco de vinil avaliado em R$ 12 mil

Altino Soares da Silva, compositor de 'Discos Voadores dos Espaços Siderais' Reprodução/TV Asa Branca Você já olhou para o céu e se questionou sobre a existência de outros seres? Para o sambista, pintor e trabalhador da construção civil Altino Soares, eles existiram e, inclusive, já entraram em contato. É o que ele afirma na letra da música “Discos Voadores de Mundo Siderais", faixa que dá o mesmo nome ao álbum. O disco de vinil, vendido por R$ 12 mil e lançado na década de 80 acumula curiosidades: desaparecimento do autor e relatos interplanetários. Para conhecer mais um pouco sobre o autor é preciso fazer uma viagem aos anos de 1920. Segundo Bruno Azêvedo, historiador de São Luís, no Maranhão que se debruçou na história de Altino Soares, os registram mostram que ele nasceu em Bonito, município do Agreste de Pernambuco, localizado a 135 quilômetros do Recife, na Capital. O interesse por pesquisar a vida de Altino Soares surgiu em 2022, quando um amigo o apresentou a música (veja vídeo abaixo). O alto valor do disco se dá pela raridade que era encontrar uma unidade disponível para venda. Atualmente, o disco foi comprado por um comprador misterioso que não foi localizado pela reportagem do g1. Bruno Azevêdo conta que o disco é avaliado em R$ 12 mil reais ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Caruaru no WhatsApp Segundo Bruno, durante a passagem na Terra, Altino Soares passou por diversos lugares ao longo dos anos: foi operário em uma usina em Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco; se mudou para o Recife e se casou, e depois foi pedreiro e pintor de paredes no Rio de Janeiro, além de sambista. Sem sombra de dúvidas, foi na carreira musical onde o Altino Soares deixou sua marca misteriosa. Em um álbum lançado em 1980, o músico afirma com todas as letras ter tido contato com seres interplanetários. A faixa "Discos Voadores dos Espaços Siderais" parece contar ao ouvinte um relato pessoal. Trechos das músicas de Altino Soares Na contracapa do disco de vinil, uma estranha imagem de um homem ao lado de dois seres e uma grande espaçonave estampa junto com os dizeres: "Relato Interplanetário de uma viagem a outro planeta com Altino Soares da Silva e dois Estraterreno". Na letra, Altino afirma ‘Discos voadores existem/são aparelhos a jato e possantes/eles pesquisam a Terra/são de outros planetas distantes’. Discos Voadores dos Mundos Siderais Reprodução Segundo Bruno, Altino vendia o compacto com duas músicas em feiras de rua no Rio de Janeiro. O encarte trazia uma foto do próprio pintor, na época com 60 anos, mas com aparência muito mais jovem. No lado A, a música dos discos voadores. No lado B, uma canção melancólica de samba intitulada "Maria Cecília". De acordo com o jornal O Globo, o lançamento de 'Discos Voadores dos Mundos Siderais' passou batido. Altino não tinha experiência musical, nem sabia cantar. O destino da obra mudou quando o compacto foi descoberto pela banda Os Copacabana, no início dos anos 90. Em 1991, durante uma passagem da banda no programa de Jô Soares (1938 - 2022), o apresentador mostrou ao Brasil a capa do disco e foi feito um apelo pelo próprio Jô, que disse querer entrevistar ele (veja vídeo abaixo). Jô Soares convida Altino Soares para o programa Após intensas procuras, o historiador do Maranhão chegou a ir ao Rio de Janeiro, onde encontrou documentos que indicavam que Altino havia morrido. A morte parecia ser o final da história, mas deixou diversas dúvidas sobre a vida do pintor. "O cara evaporou e nas canções ele falava em voltar pro planeta Vênus", conta Alguém sabe quem foi Altino Soares? Em uma empreitada jornalística, uma equipe de reportagem da TV Asa Branca chegou a ir ao município de Bonito buscar mais informações sobre quem foi Altino Soares. "Alguém o conheceu? Alguém lembra dele?". Contudo, para os moradores da pacata cidade, a resposta era unânime. Moradores de Bonito não sabem quem foi Altino Soares A inspiração para as letras, de acordo com a pesquisa do historiador, se deu pelo conhecimento popular da época. "Ele [Altino Soares] foi altamente afetado por todo um imaginário dos anos 40 e 50, quando ele era jovem, que tem a ver com o surgimento de discos voadores. Eu encontrei vários jornais do Recife que tratam sobre discos voadores. Eu conheci uma pessoa que conversou com ele e essa pessoa diz que ele foi, de fato, abduzido. Que o que ele colocou é real!", contou Bruno Azêvedo. LEIA TAMBÉM ‘Bola de fogo’ é vista no céu no interior de PE; VÍDEO VÍDEO: 'Luzes no céu' são vistas no interior de Pernambuco e chamam atenção de moradores Veja a letra completa de 'Discos Voadores dos Mundos Siderais': Discos voadores existem São aparelhos a jato e possantes Eles pesquisam a Terra São de outros planetas distantes Até o ano 2000 Eles se identificarão Os tripulantes dos discos com o povo da terra falarão A nós eles falarão Uma estranha linguagem E pra nós eles trarão Uma bonita mensagem E nos falarão assim Somos habitantes de outros planetas Viemos de outros mundos siderais Na terra viemos tratar Intercâmbios comerciais

Como muro subterrâneo de 6 km em praia de Balneário Camboriú vai proteger orla da maré alta

Como muro subterrâneo de 6 km em praia de Balneário Camboriú vai proteger orla da maré alta

Praia alargada de Balneário Camboriú terá muro subterrâneo para proteger orla Um muro subterrâneo de cerca de 6 km de extensão começou a ser construído na Praia Central de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, para proteger a orla da maré alta. A estrutura de concreto armado terá mais de dois metros de profundidade e vai funcionar como contenção e barreira contra a erosão, segundo o município. A obra faz parte do projeto de reurbanização da orla, estimado em mais de R$ 31 milhões, ao todo (veja mais abaixo). ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O primeiro dos cerca de 24 trechos previstos tem 1,5 km de extensão e começou a ser construído neste mês. Os trabalhos, nesta etapa, começaram na Rua 3920 e vão até o molhe da Barra Sul, um dos pontos turísticos da cidade, com passarela para pedestres e mirantes. A orla é contornada pela Avenida Atlântica, onde estão localizados muitos dos arranha-céus mais altos e luxuosos do município. A cidade possui os imóveis com o custo do metro quadrado mais alto do Brasil, segundo o índice FipeZap. Como funciona Após a megaobra de alargamento, que aumentou em 2021 a faixa de areia da Praia Central para 70 metros, poças de água semelhantes a piscinas naturais passaram a aparecer na orla em períodos de maré alta, chamando a atenção de frequentadores e gerando questionamentos sobre os efeitos dessa ampliação. ️ Segundo a prefeitura, o muro feito de concreto armado (junção de concreto com barras de aço) e base de pedra vai funcionar como proteção costeira para evitar a formação desses acúmulos de água. A contenção será construída entre a área de restinga e o passeio para pedestres, que também fazem parte da reurbanização (veja o projeto da prefeitura abaixo). Muro subterrâneo será inserido dentro de projeto de reurbanização da orla de Balneário Camboriú Prefeitura de BC/ Divulgação Para a realização da obra, foi necessário o fornecimento de uma licença ambiental pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e a autorização da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Leia também: Calçadão de Balneário Camboriú reduz faixa de areia em 15 metros no 1º trecho da megaobra Senna Tower: maior arranha-céu do mundo terá 204 apartamentos e elevadores ultrarrápidos Reurbanização A construção do muro subterrâneo ocorre junto com a obra de reurbanização, que inclui também a construção de galerias subterrâneas e a ampliação do calçadão e de áreas de lazer. A obra de reurbanização começou em novembro de 2023. A planta prevê a ampliação do calçadão, jardim à beira-mar com áreas de lazer, quiosques, iluminação e três espaço para exercícios. No total, a prefeitura quer reurbanizar 6 quilômetros de extensão da orla. As intervenções serão feitas de maneira gradual nos trechos propostos. Não foi divulgado prazo para o fim dos trabalhos. Começam obras de macrodrenagem na Praia Central em Balneário Camboriú Praia Central de Balneário Camboriú Allan Pedro/NSC VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias