Lula recorre a Motta para evitar revés em votação de vetos ao licenciamento ambiental

Lula recorre a Motta para evitar revés em votação de vetos ao licenciamento ambiental

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou evento de celebração do Dia dos Professores no Rio de Janeiro para pedir ajuda ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para conter novas derrotas do governo no Congresso. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto e da Câmara dos Deputados, o foco do apelo foi a sessão conjunta marcada para amanhã, quando deputados e senadores devem analisar os vetos presidenciais à lei do Licenciamento Ambiental.  No Legislativo, a bancada ruralista e parte do Centrão tentam derrubar a decisão de Lula, que suprimiu trechos do novo marco ambiental. Além do gesto pessoal de Lula, integrantes da articulação política do Planalto tentam convencer o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) a adiar a análise desses vetos. O projeto do licenciamento foi aprovado pelo Congresso em junho e sancionado por Lula em agosto, com 63 vetos parciais. O Planalto argumenta que os trechos barrados — que simplificavam o processo de licenciamento e retiravam a obrigatoriedade de consultas a povos indígenas em determinados casos — ameaçavam compromissos ambientais do país e abririam brechas para insegurança jurídica. Segundo aliados de Lula e Motta, o presidente da República pediu que o deputado ajude a evitar que os vetos sejam derrubados em bloco e alertou para o desgaste político que uma nova derrota traria ao governo, num momento em que o país se prepara para sediar a COP-30. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, deve participar de uma última reunião com lideranças da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) nesta quarta-feira para tentar costurar um acordo. Na FPA, as negociações são lideradas pela senadora Tereza Cristina (PP-MS). Embora institucionalmente defenda a derrubada integral e em bloco dos vetos, a senadora e o relator do projeto de lei, o deputado Zé Vitor (PL-MG), têm admitido a interlocutores a possibilidade de manter parte dos vetos a alguns dispositivos do texto. Na reunião mais recente sobre o tema, na quarta-feira, a senadora não participou e, segundo integrantes do governo, não houve nenhuma sinalização de consenso. No governo, a leitura é que, se houver votação na quinta-feira, o cenário é de evidente derrota. Nas negociações, integrantes da equipe de articulação política do governo tem argumentado que, se não houver acordo e os vetos forem derrubados integralmente, a gestão Lula deverá ajuizar uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) sob o argumento de que, tal como foi aprovado pelo Congresso, o projeto de lei é inconstitucional. Também há a avaliação de que uma derrubada integral mostraria à opinião pública e à comunidade internacional que o Congresso se opõe a uma agenda de proteção ambiental para o Brasil. Do lado da bancada ruralista, o principal elemento é manter o que os parlamentares têm chamado de autonomia dos Estados na definição de critérios e procedimentos para o licenciamento ambiental. Lula vetou a permissão para que cada estado ou município tivesse suas próprias regras de licenciamento ambiental, sem uma padronização nacional. A FPA entende que a Lei Complementar 140, de 2011, já define que o licenciamento é de competência da União, dos estados e dos municípios e entende que o veto atende a uma demanda do Ministério do Meio Ambiente. Reservadamente, um membro da articulação política afirma que o ponto é inegociável porque, na prática, uma flexibilização total para que cada município tenha suas regras de licenciamento, sem balizas nacionais, tornaria possível "passar a boiada", facilitando a devastação ambiental. Uma eventual derrota do governo, por outro lado, seria apresentado pela FPA como uma vitória do agronegócio contra o que chama de “excesso de burocracia ambiental”. Relação com Motta Além de evitar uma nova crise, o gesto de Lula é visto no Planalto como uma tentativa de reconstruir pontes com Motta após a derrota na MPque subsituiu o aumeto do IOF, na semana passada. O governo tenta agora também tenta ganhar tempo nas negociações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para preservar dispositivos que estavam na medida. Ao fazer o apelo ao paraibano às vésperas de uma votação de alto risco, Lula sinaliza que quer testar o grau de disposição da Câmara em colaborar. Com as recentes exonerações de indicados do Centrão, Motta deve nomear seus aliados para cargos do governo. Interlocutores do presidente da Casa, contudo, afirmam que o encontro não tratou de nomeações. Além do licenciamento, Lula também teria mencionado a LDO, que segue travada por impasses entre Executivo e Congresso sobre o calendário de emendas e o controle de gastos. O encontro de hoje foi descrito por interlocutores como um movimento de precaução. A avaliação é que Lula, acuado por uma base fragmentada, escolheu conversar diretamente com quem concentra poder. Em contrapartida, aliados de Motta ponderam que o deputado também quis estar com o presidente nesta quarta-feira, fazendo bate-volta ao Rio apenas para o compromisso.

Gastos com festas no São João 2025 na Paraíba aumentam 80%, diz Tribunal de Contas

Gastos com festas no São João 2025 na Paraíba aumentam 80%, diz Tribunal de Contas

Gastos com festas no São João 2025 na Paraíba aumentam 80%, diz Tribunal de Contas Prefeitura de Campina Grande Os municípios paraibanos aumentaram em 80% os gastos com as festas de São João em 2025, de acordo com um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) divulgado nesta quarta-feira (15).. Foram gastos R$ 130,1 milhões nos festejos juninos deste ano. O aumento apontado pelo TCE é relativo a comparação entre 2023 e 2025. Somando esses dois anos, inclusive, os municípios paraibanos gastaram R$ 318,6 milhões no São João. Esse montante equivale a 50,5% de todos os gastos das cidades em eventos no geral nesse mesmo período. Conforme o relatório, 79,4% das despesas com o São João 2025 foram realizadas sem licitação, por meio de contratações diretas. Apenas 17% das despesas foram feitas por licitação em pregão eletrônico e adesão a atas de registro de preços. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PB no WhatsApp Dentro dos gastos com festas, o tribunal também apontou que os recursos foram alocados em diferentes setores. Os gastos com cultura nos municípios paraibanos foram de R$ 104,1 milhões, seguida de comércio e serviços 12,5% do valor e esporte e lazer 3,5%. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Cidades que mais gastaram com festas de São João na Paraíba em 2025 De acordo com o levantamento, Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, Sapé, no interior da Paraíba, e Santa Luzia, no Sertão, foram as cidades que mais gastaram com os festejos juninos em 2025. Cidades como João Pessoa e Campina Grande aparecem no top-10. Veja a lista abaixo. Santa Rita (R$ 11,3 milhões); Sapé (R$ 7,8 milhões); Santa Luzia (R$ 7,6 milhões); Monteiro (R$ 4,4 milhões); João Pessoa (R$ 3 milhões); Esperança (R$ 2,9 milhões); Conceição (R$ 2,5 milhões); Campina Grande (R$ 2,3 milhões); Cabedelo (R$ 2,3 milhões); Cajazeiras (R$ 2,1 milhões). Maiores cachês pagos em festas de São João na Paraíba Wesley Safadão foi artista que mais recebeu dinheiro de prefeituas em festas de São João em 2025 na Paraíba TV Globo/Reprodução O levantamento também apontou os artistas que receberam os maiores cachês para os festejos de São João no estado. No topo da lista, Wesley Safadão aparece com dois contratos que somam R$ 1,1 milhão. Em seguida, a banda Calcinha Preta recebeu entre R$ 490 mil e R$ 500 mil em quatro apresentações. Ainda na lista, a Banda Seu Desejo, com nove contratações, teve valores entre R$ 383 mil e R$ 400 mil. Já a cantora Taty Girl, com sete shows, registrou cachês entre R$ 250 mil e R$ 350 mil, enquanto Rey Vaqueiro recebeu de R$ 200 mil a R$ 300 mil por apresentação. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

Paquistão e Afeganistão estabelecem cessar-fogo de 48 horas após vários dias de confrontos

Paquistão e Afeganistão estabelecem cessar-fogo de 48 horas após vários dias de confrontos

Paquistão e Afeganistão concordaram com um cessar-fogo de 48 horas nesta quarta-feira (15), depois que dezenas de soldados e civis de ambas as partes morreram em confrontos na fronteira. Os dois países estavam em conflito desde a semana passada, com atos violentos registrados em Cabul e na fronteira com o Paquistão, que acusa os talibãs de promover um movimento paramilitar. Após recuo do Exército de Israel: Hamas usa execuções públicas e entra em choque com facções para restabelecer domínio em Gaza Entenda: em Gaza, 50 milhões de toneladas de escombros e falta de equipamentos desafiam busca por corpos de reféns israelenses A trégua entrou em vigor às 13h GMT (10h em Brasília), pouco depois de ter sido anunciada por ambos os governos. Soldados do exército paquistanês perto de veículos militares durante os distúrbios na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, em Chaman ABDUL BASIT / AFP “O governo paquistanês e o regime talibã afegão, a pedido dos talibãs, decidiram implementar um cessar-fogo temporário (…) pelas próximas 48 horas”, declarou o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão. Segundo um porta-voz do Executivo, o governo talibã ordenou que seu Exército respeite o cessar-fogo. “O Emirado Islâmico também ordena a todas as suas forças que respeitem este cessar-fogo”, escreveu o porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, no X. Conflitos escalaram na semana passada A violência entre os dois vizinhos se intensificou na semana passada após explosões no Afeganistão, incluindo duas na capital Cabul, que foram atribuídas ao Paquistão. Enlutados e aldeões carregam o caixão de um soldado paramilitar, que foi morto em confrontos transfronteiriços entre o Paquistão e o Afeganistão SYED BASIT / AFP O governo talibã afegão iniciou uma ofensiva de retaliação em alguns pontos da fronteira sul, o que levou o Paquistão a responder aos ataques. Islamabad acusa Cabul de abrigar milícias lideradas pelo movimento paramilitar paquistanês Taliban Tehreek-e-Taliban (TTP), o que o governo afegão nega. No ciclo de violência mais recente, o Exército paquistanês acusou o regime talibã afegão de atacar dois importantes postos de fronteira, ao sudoeste e noroeste. Os militares afirmaram que os ataques foram impedidos e que quase 20 combatentes talibãs morreram em operações na manhã desta quarta-feira perto da cidade de Spin Boldak, no lado afegão da fronteira. “Infelizmente, o ataque foi orquestrado por vilarejos divididos na região, sem qualquer consideração pela população civil”, afirma um comunicado militar paquistanês. A nota acrescenta que outras 30 pessoas morreram em confrontos ao longo da fronteira noroeste do Paquistão. Um homem afegão ferido nos confrontos entre o pessoal de segurança talibã e as forças fronteiriças do Paquistão é evacuado para um hospital no distrito de Spin Boldak SANAULLAH SEIAM / AFP O governo afegão anunciou que 15 civis morreram e dezenas ficaram feridos nos confrontos perto de Spin Boldak e que “dois ou três” combatentes também faleceram nos combates. Ali Mohamad Haqmal, porta-voz afegão para a região de Spin Boldak, afirmou que alguns civis morreram vítimas de disparos de morteiros.

Banco fundado por bilionários apoiadores de Trump recebe autorização de reguladores dos EUA para operar no país

Banco fundado por bilionários apoiadores de Trump recebe autorização de reguladores dos EUA para operar no país

Um novo banco nos Estados Unidos, que tem como objetivo atender empresas emergentes de tecnologia em setores como criptomoedas e inteligência artificial, recebeu do Escritório do Controlador da Moeda (OCC na sigla em inglês) aprovação condicional para operar . Chamado Erebor, o banco com sede em Columbus, Ohio, foi fundado este ano por um grupo que inclui Palmer Luckey, cofundador da empresa de defesa Anduril Industries. Também está envolvido Joe Lonsdale, chefe da firma de capital de risco 8VC e cofundador da empresa de análise de dados Palantir Technologies, segundo informou mais cedo o Financial Times. Luckey e Lonsdale foram grandes doadores para a campanha presidencial mais recente de Donald Trump. O novo empreendimento se juntará a uma lista crescente de bancos que buscam atuar como pilares financeiros para o boom de indústrias emergentes, incluindo o setor de criptomoedas, que historicamente teve dificuldades em encontrar parceiros bancários dispostos a oferecer serviços financeiros. “A decisão de hoje também é uma prova de que o OCC, sob minha liderança, não impõe barreiras generalizadas aos bancos que desejam atuar com ativos digitais,” disse o Controlador da Moeda Jonathan Gould em um comunicado nesta quarta-feira. “Atividades permissíveis com ativos digitais, como qualquer outra atividade bancária legalmente permitida, têm espaço no sistema bancário federal, desde que conduzidas de forma segura e sólida.” Owen Rapaport, cofundador da Erebor, recusou-se a comentar em nome da empresa quando contatado pela Bloomberg. O Erebor é uma das várias empresas envolvidas com ativos digitais ou pagamentos que recentemente buscaram licenças bancárias ou de truste junto a reguladores federais e estaduais nos EUA. Outras incluem a plataforma de stablecoin da Stripe, chamada Bridge, a corretora de criptomoedas Coinbase Global, e a empresa britânica de processamento de pagamentos Checkout.com. No entanto, a decisão do OCC sobre o Erebor recebeu fortes críticas, quase imediatamente, da senadora democrata Elizabeth Warren, que sinalizou sobre o risco de criar “mais um resgate financiado pelos contribuintes americanos” que poderia “desestabilizar nosso sistema bancário”. A família do ex-presidente Donald Trump tem se envolvido em vários empreendimentos no setor de criptomoedas, incluindo uma plataforma de finanças descentralizadas chamada World Liberty Financial e a empresa de mineração American Bitcoin. Seus filhos, Donald Trump Jr. e Eric Trump, disseram que suas próprias experiências de serem “desbancarizados” foram parte do motivo pelo qual decidiram se envolver com criptomoedas, que operam fora do sistema bancário tradicional. Vários bancos favoráveis ao setor de criptoativos registraram lucros de bilhões de dólares durante o período de valorização histórica dos ativos digitais desde a eleição de Trump, que promoveu regulamentações e legislações favoráveis ao setor. A Cantor Fitzgerald, liderada recentemente pelo secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, teve um aumento expressivo nas receitas, impulsionado em parte pelo crescimento nas transações relacionadas a criptoativos, como emissões de títulos e ofertas públicas iniciais (IPOs).

Kim Kardashian relembra ensaio polêmico com Justin Bieber quando ele tinha 16 anos

Kim Kardashian relembra ensaio polêmico com Justin Bieber quando ele tinha 16 anos

Kim Kardashian voltou a falar sobre um ensaio fotográfico realizado em 2010, que na época gerou bastante repercussão. Na sessão, Justin Bieber, que tinha apenas 16 anos, posou em um ensaio inspirado no filme "A Primeira Noite de um Homem" (1967), no qual um jovem se envolve com uma mulher mais velha e casada. Kim, que tinha 29 anos na época, apareceu ao lado do cantor, criando uma atmosfera de sedução entre eles. Durante uma participação no podcast "Call Her Daddy", Kim expressou surpresa com a aprovação do projeto: “Não sei quem aprovou aquilo e não sei quem achou que essa narrativa era normal.” Kim Kardashian e Justin Bieber em 2010 Reprodução/Divulgação Ela também contou que a sessão foi feita com a presença da equipe de Bieber, incluindo sua então namorada, e que tudo foi para a revista Elle. Sobre o ensaio, Kim refletiu: “Eu só sinto que, obviamente, nada de estranho aconteceu - era só um conceito esquisito. E é curioso como ninguém achou aquilo estranho na época. Mas, olhando agora, penso: ‘aquilo não foi o mais apropriado’.” Kim Kardashian e Justin Bieber em 2010 Reprodução/Divulgação A empresária destacou que, embora nada impróprio tenha ocorrido durante o ensaio, o tema por trás da ideia não era adequado. Kim Kardashian e Justin Bieber em 2010 Reprodução/Divulgação Canal da Vogue Quer saber as principais novidades sobre moda, beleza, cultura e lifestyle? Siga o novo canal da Vogue no WhatsApp e receba tudo em primeira mão!

Inteligência artificial começa a criar pacotes de viagens

Inteligência artificial começa a criar pacotes de viagens

O uso de inteligência artificial (IA) no turismo está mudando a forma como viagens são pesquisadas e reservadas. Um exemplo dessa transformação é o lançamento do AI Trips, novo motor de reservas desenvolvido pela Travel Compositor, que permite criar pacotes de viagem completos com base em comandos de texto simples. A ferramenta utiliza IA generativa para interpretar o desejo do viajante e, em segundos, apresentar três propostas de itinerário completas, com transporte, hospedagem e experiências no destino. O processo é realizado de forma automatizada, em um único fluxo, e pode ser concluído diretamente na plataforma. Segundo Eduardo Batista, responsável pela Travel Compositor no Brasil, a tecnologia foi criada para agilizar o trabalho de agências e operadoras de viagens e tornar o processo de cotação mais eficiente: "O AI Trips transforma um simples comando de texto em propostas automáticas com imagens de alta qualidade. Ele aprende com o comportamento dos usuários e se torna um aliado dos profissionais de turismo, ampliando sua capacidade de atendimento e resposta". De acordo com dados da consultoria McKinsey & Company, o uso de IA generativa pode aumentar em até 20% a produtividade no setor de viagens e reduzir significativamente o tempo gasto com tarefas operacionais. No caso das agências, isso representa mais tempo disponível para consultoria personalizada e atendimento ao cliente. Presente em mais de 60 países e utilizada por mais de 500 marcas globais, a Travel Compositor aposta que o AI Trips é um marco no avanço da automação inteligente no turismo, conectando tecnologia, personalização e eficiência em um único sistema.

Hamas entrega mais dois corpos de reféns de Israel e diz que são os últimos que consegue recuperar sem equipamentos

Hamas entrega mais dois corpos de reféns de Israel e diz que são os últimos que consegue recuperar sem equipamentos

O Hamas afirmou nesta quarta-feira que, após entregar mais dois corpos de reféns nesta quarta-feira, devolveu todos os restos mortais que conseguiu localizar. Segundo o grupo extremista, para rastrear os corpos restantes e retirá-los dos escombros, "serão necessários um grande esforço e equipamento especial", acrescentando que seus integrantes "trabalham de forma diligente para fechar essa questão". A declaração ocorre um dia depois de Israel anunciar que manteria fechada a passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, e reduziria o envio de ajuda humanitária ao enclave até o grupo Hamas devolver todos os corpos. Nesta quarta, agência de ajuda e a ONU pediram nesta quarta-feira que Israel abra mais pontos de cruzamento para permitir que "milhares de caminhões" entrem diariamente em Gaza, devastada por dois anos de guerra. Do cativeiro à liberdade: Veja o antes e depois dos reféns israelenses libertados pelo Hamas Guga Chacra: Alegria no presente, tristeza no passado e ceticismo no futuro A entrada de ajuda humanitária em Gaza é um dos pontos centrais da primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, diante da crise de abastecimento de insumos básicos. Caminhões de organizações internacionais entraram no enclave nos últimos dias a partir do ponto de controle em Kerem Shalom, na fronteira com Israel, mas em um volume ainda considerado insuficiente. A abertura de Rafah foi apontada como uma questão estratégica para o reabastecimento do enclave. Initial plugin text Os planos israelenses para a reabertura, porém, parecem indefinidos. A emissora pública israelense Kan informou nesta quarta-feira que a passagem seria liberada para a entrada de 600 caminhões de ajuda humanitária ainda nesta quarta. O carregamento seria proveniente da ONU e de "organizações internacionais autorizadas, o setor privado e países doadores". Ainda de acordo com a Kan, a reabertura teria sido decidida pela "esfera política" depois que o Hamas entregou novos corpos de reféns na noite de terça-feira. A emissora pública não citou a questão de um dos corpos ter sido identificado como não sendo de um refém. Fontes de segurança israelense ouvidas pela imprensa do Estado judeu e veículos internacional disseram que a informação divulgada pela Kan estava equivocada, e que não há um plano para que a passagem seja reaberta para a ajuda internacional. Haveria, porém, um plano para que Rafah sirva de rota de entrada e saída de palestinos de Gaza. — Os preparativos estão em andamento para a abertura apenas para a entrada e saída de moradores de Gaza — disse uma autoridade de segurança ouvida pela rede britânica BBC, citada em anonimato. — A ajuda humanitária continua a entrar na Faixa de Gaza pela passagem de Kerem Shalom e outras passagens após a inspeção de segurança israelense. Fila infinita: caminhões carregados com ajuda humanitária estacionados no lado egípcio da passagem de Rafah, aguardando acesso à Faixa de Gaza AFP O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está sob intensa pressão de diferentes setores da sociedade israelense, em um momento em que o atraso na devolução dos restos mortais dos reféns mortos em Gaza provoca irritação em famílias das vítimas e figuras críticas às negociações. Muitos pedem que o premier não cumpra os termos do acordo ou não dê continuidade às tratativas, até que o grupo palestino cumpra sua parte no acordo — embora o Hamas tenha dito não estar em posse de todos os corpos, e organizações internacionais classificarem uma entrega total como muito difícil, dada a destruição em Gaza e a dificuldade de localizá-los. O ministro da Segurança Interna de Israel, Itamar Ben-Gvir, representante da ala mais radical do governo, afirmou na terça-feira que Netanyahu deveria interromper todo o envio de ajuda a Gaza até que os corpos fossem devolvidos — algo que implicaria não apenas a não reabertura de Rafah, mas o fechamento daquelas que estão em uso. A porta-voz Olga Cherevko, do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) em Gaza, disse a repórteres qeu autoridades israelenses haviam informado à ONU que o número previsto de caminhões seria adiado ou reduzido em função do número de reféns libertados até o momento. — Recebemos essa comunicação das autoridades israelenses e, é claro, continuamos a incentivar as partes a cumprirem os acordos estabelecidos nos parâmetros do cessar-fogo — afirmou Cherevko, em comentários inicialmente divulgados pela Reuters. A agência britânica informou na terça-feira que Israel permitiria a entrada de apenas 300 caminhões de ajuda — metade do número acordado — em Gaza a partir de quarta-feira. Modelo de distribuição Fontes citadas pelo jornal israelense Times of Israel afirmaram que a entrada de ajuda humanitária ocorreria por meio de uma estrutura diferente daquela predominante nos últimos meses de guerra, centrada na Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), contestada organização que recebeu apoio de Israel e dos EUA, apesar de denúncias de ONGs sobre descumprimento do direito internacional. De acordo com a publicação israelense, organizações como a Cruz Vermelha e agências da ONU poderiam voltar a realizar a distribuição de alimentos e insumos permitidos. O período de distribuição de ajuda restritamente pela GHF foi marcado por incidentes envolvendo o Exército de Israel e grandes tumultos, com a confirmação de pessoas alvejadas por disparos de arma de fogo perto dos locais de distribuição ou em rotas que levavam aos centros. (Com AFP)

Enfermeira indiciada por morte de jovem em clínica de estética no Rio é presa

Enfermeira indiciada por morte de jovem em clínica de estética no Rio é presa

A enfermeira Sabrina Rabetin Serri é procurada pela polícia Reprodução/TV Globo A enfermeira Sabrina Rabetin Serri, que estava foragida por participação no procedimento estético que terminou com a morte de Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, foi presa nesta quarta-feira (15). A defesa de Sabrina, em nota, diz que ela se entregou na sede da Delegacia do Consumidor (Decon). Questionada, a polícia afirmou que o mandado de prisão contra Sabrina foi cumprido. Sabrina atuava com o médico José Emílio de Brito, preso por ter realizado o procedimento que levou à morte da jovem. Na terça, a polícia foi até dois endereços de Sabrina, mas ela não foi encontrada. Após saber do mandado de prisão contra Sabrina, a atendente de locadora de carros Lea Carolina Menezes Antunes, irmã de Marilha, afirmou que, apesar da dor ser imensa, ver a Justiça sendo feita traz força para a família e que a irmã não será esquecida. “É um alívio em saber que não só o médico, mas a enfermeira Sabrina serão responsabilizados. Sabrina era o braço direito do médico e quando eu abri a porta do centro cirúrgico e vi o doutor Emílio reanimado minha irmã, a Sabrina me disse para sair dali e que se a minha irmã morresse a culpa seria minha”. No início de outubro, a Delegacia do Consumidor (Decon) indiciou Sabrina por homicídio e exercício ilegal da medicina. A profissional foi levada para a Decon para prestar depoimento no dia 1º de outubro. Agentes da especializada cumpriram 8 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a outras pessoas envolvidas no caso — como a secretária e captadoras de clientes da clínica. Sabrina teve um celular e um notebook apreendidos. Juntamente com José Emílio, Sabrina já foi investigada outras vezes por lesão corporal grave durante procedimentos estéticos, em casos registrados em 2021 e em 2025, logo após a morte de Marilha. Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Relembre o caso Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu durante um procedimento estético Reprodução Marilha morreu no dia 8 de setembro no hospital-dia Amacor, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil do RJ, Marilha foi vítima de erro médico. O médico José Emílio de Brito, que conduziu a hidrolipo em Marilha, está preso desde o dia 15. De acordo com a polícia, ele responde por homicídio e falsidade ideológica. Segundo o delegado Wellington Vieira, Sabrina “praticou atos privativos de médicos”. “Segundo várias pacientes que vieram aqui depor, Sabrina realiza o anestésico da cirurgia. Isso é privativo do médico-cirurgião. Então a gente tem convicção que ela errou, e com certeza isso contribuiu para a morte da Marilha naquela cirurgia”, explicou. Polícia cumpre mandados contra suspeitos de morte de jovem em procedimento Ainda de acordo com Wellington Vieira, “existe uma rede clandestina para captação de pacientes”. “Essas pacientes são iludidas, são induzidas a erro. São feitas promessas que não são cumpridas. As pessoas acham que estão seguras e chegam no dia da cirurgia sem ao menos ter uma consulta prévia com o médico, e aí são submetidas [ao procedimento] e se arriscam muito”, detalhou. Polícia faz buscas em endereço de investigado por morte de Marilha Menezes Antunes Divulgação/PCERJ Um perito que prestou depoimento à Decon afirmou que a necropsia constatou 7 perfurações no corpo da vítima, com ao menos 2 lesões penetrantes que atingiram a cavidade abdominal e provocaram hemorragia interna. Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou perfuração no rim e hemorragia interna como causa da morte. Em registros feitos no dia da ocorrência, o médico havia atribuído o óbito a uma broncoaspiração seguida de parada cardiorrespiratória. O que dizem os citados A clínica informou na ocasião, em nota, que atua como hospital-dia, alugando o centro cirúrgico para equipes terceirizadas, que seriam responsáveis pelos insumos e pela condução dos procedimentos. A direção afirmou lamentar a morte, colaborar com as autoridades e manter a infraestrutura exigida para emergências. A família da vítima contesta. “Foram 90 minutos tentando reanimar a minha irmã”, disse Léa Caroline Menezes, irmã de Marilha, ao relatar demora no acionamento do socorro e falta de recursos no local. Marilha Menezes Antunes era técnica de segurança do trabalho em uma companhia aérea Divulgação

Enquanto o Hamas executa palestinos, Greta acusa israelenses

Enquanto o Hamas executa palestinos, Greta acusa israelenses

A ativista sueca Greta Thunberg disse ter sofrido agressão, tortura e maus-tratos de agentes israelenses durante o período em que esteve sob custódia. A detenção ocorreu no início de outubro, após a interceptação da flotilha Global Sumud Flotilla (GSF), em missão de entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A embarcação tentava romper o... The post Enquanto o Hamas executa palestinos, Greta acusa israelenses appeared first on O Antagonista .