'E se alguém tivesse que votar por você?': o desafio dos cegos com o voto impresso na Argentina; entenda

'E se alguém tivesse que votar por você?': o desafio dos cegos com o voto impresso na Argentina; entenda

Pela primeira vez, as eleições de 26 de outubro na Argentina serão realizadas com o sistema de cédula única de papel. Para pessoas cegas ou com baixa visão, essa mudança significa perder algo essencial: a capacidade de votar de forma independente e manter o sigilo do seu voto. “Ninguém pensou em nós. Este novo sistema não inclui nenhuma medida de acessibilidade. Pessoas com deficiência visual só podem votar com a ajuda de outra pessoa”, afirma Pablo Lecuona, fundador da Tiflonexos, organização que trabalha pelos direitos de pessoas com deficiência visual. “Você gostaria que sua única opção fosse pedir para alguém votar em você?”, questiona. Lecuona explica que, segundo estimativas internacionais, cerca de 1,5% da população argentina apresenta algum grau de deficiência visual. Isso representa centenas de milhares de pessoas cujo direito ao voto secreto pode ser violado se medidas urgentes de acessibilidade não forem implementadas. Solução desenvolvida por Tiflonexos Nesse contexto, a Tiflonexos lançou uma campanha para garantir que, no próximo domingo, pessoas com deficiência visual possam votar sem depender de terceiros. A organização desenvolveu uma ferramenta simples: um modelo de papel do mesmo tamanho da cédula única, com um furo numerado em braille para cada cabine de votação. Initial plugin text O eleitor coloca o modelo sobre a cédula, identifica o número da urna correspondente e marca seu voto de forma independente. Um guia de áudio, disponível para download via QR code, indica qual candidato corresponde a cada número. “Por exemplo, o áudio diz: 'Seção eleitoral 1, tal e tal candidato'. Se eu quero votar na seção eleitoral 4, posso fazer isso contando os buracos ou lendo o número em braille”, explica Lecuona. Na província de Buenos Aires, as cédulas têm 15 espaços, um para cada partido. Na cidade, há duas fileiras de 17 espaços, uma para senadores e outra para deputados. “Nós projetamos esta ferramenta que nos permite votar de forma independente, mas precisamos de apoio público para produzi-la e distribuí-la ao maior número possível de eleitores e seções eleitorais”, resume Lecuona. Ele acrescenta: “A cédula única é cheia de informações visuais e letras miúdas, que nem mesmo uma pessoa com baixa visão consegue ler, mesmo usando lupa.” Corrida contra o tempo Para produzir e distribuir os modelos a tempo, a Tiflonexos lançou a campanha #VotoSinBarreras. “Precisamos de 3 milhões de pesos para fabricar e entregar aproximadamente 1.500 palmilhas: 1.000 na província de Buenos Aires e 500 na cidade”, detalha Lecuona. “A meta é que 1.500 seções eleitorais tenham gabaritos que permitam que 30.000 pessoas cegas ou com baixa visão votem sem barreiras. Cada gabarito será usado por várias pessoas”, acrescenta. Até esta manhã, a organização havia arrecadado 325 mil pesos, apenas 10% do total necessário. Pressão sobre o Estado e mobilização da sociedade civil A Tiflonexos vem exigindo que o Estado garanta acessibilidade nas eleições desde a decisão de implementar a cédula única. “Se isso tivesse sido feito pelo Estado, o lógico seria ter uma equipe para cada seção eleitoral, como propusemos”, explica Lecuona. Sem resposta oficial, a organização começou a articular uma rede de cidadãos. “Ontem conversei com uma mulher de Junín que se ofereceu para receber os modelos e distribuí-los em cidades próximas. É assim que estamos nos organizando”, relata. Lecuona conta que a ferramenta não foi aceita na cidade de Buenos Aires, mas teve aprovação na província: “Eles se comprometeram a informar aos delegados de cada escola que pessoas com deficiência visual podem usar o modelo se o trouxerem, e a distribuí-lo a todos os centros de votação de La Plata, onde conseguimos alcançá-los”. Segundo seus cálculos, a criação de modelos para toda a província custaria apenas 0,1% do orçamento destinado à impressão de cédulas. “Quase nada dentro dos custos eleitorais. Mas a deficiência não é considerada prioridade, então temos que consertar as coisas”, diz ele. “Mesmo assim, estamos buscando implementar essa correção agora, para que o problema seja visível e possa ser incorporado às eleições estaduais de 2027”, acrescenta. No último minuto, a Tiflonexos conseguiu se reunir com o juiz Alejo Ramos Padilla, que prometeu autorizar o uso dos formulários e distribuí-los a todas as seções eleitorais de La Plata. No restante da província, a logística dependerá da rede de voluntários construída contra o tempo. Uma trajetória dedicada à acessibilidade Lecuona começou a perder a visão aos dois anos. “Sempre tive deficiência visual. Quando criança, tinha baixa visão. Até a terceira série escrevia em letras grandes, depois em braille, e na adolescência fui perdendo gradualmente o que me restava da visão”, conta. Em 1999, fundou, junto a amigos, a Tiflolibros, primeira biblioteca digital para cegos falantes de espanhol. A iniciativa surgiu quando a internet ainda estava em desenvolvimento e leitores de tela eram novidade. “Compartilhávamos os livros que digitalizávamos e acreditávamos que a internet nos permitiria construir uma biblioteca global”, lembra. Hoje, a Tiflolibros oferece mais de 81 mil títulos acessíveis a 12 mil usuários em todo o mundo. A partir desse projeto nasceu a Tiflonexos, associação civil sem fins lucrativos que oferece serviços de acessibilidade, consultoria a organizações públicas e privadas e promove iniciativas que fomentam autonomia e inclusão de pessoas com deficiência visual.

De hábitos familiares a tarefas domésticas: como reagir a elogios de sua sogra que parecem ataques

De hábitos familiares a tarefas domésticas: como reagir a elogios de sua sogra que parecem ataques

Quando me despeço da minha sogra, ela frequentemente me envolve em abraços longos, que costumam durar mais de 15 segundos. Durante esses momentos, ela faz elogios que, embora provavelmente bem-intencionados, eu interpreto como críticas: agradece por eu ser uma boa cozinheira para meu marido ou por manter nossa casa tão limpa. Existe amizade entre ex? Especialista esclarece os dilemas das relações pós-término sem drama Meu marido e eu somos profissionais liberais e dividimos as tarefas domésticas igualmente. Tenho orgulho disso. Ele explica que os comentários da mãe são apenas uma forma dela tentar se conectar comigo. Mas existe uma maneira de evitar os abraços indesejados? É aí que surgem os chamados elogios. Nora: Quinze segundos de abraço é mais do que eu gostaria de permanecer com a maioria das pessoas. Parece que você está evitando uma questão maior: os elogios da sua sogra, embora sinceros, não refletem seus valores. Evitar os abraços não resolve isso. Por que não conversar abertamente? A experiência de vida dela pode ser diferente da sua, e isso não é uma crítica. Para o abraço indesejado: da próxima vez que ela se aproximar, segure cada uma das mãos dela mantendo-as à distância, estabeleça contato visual e sorria calorosamente. Amigável, mas sem abraços! Essa rotina pode ser repetida sempre que necessário. Quanto aos comentários, explique que reconhece os elogios sobre cozinha e limpeza, mas acrescente: “Não faço esse trabalho sozinha. Seu filho e eu dividimos igualmente. Isso me dá tempo para minha carreira e é algo que valorizo em nosso casamento.” A princípio, ela pode não compreender, mas a conversa abre espaço para reformular o relacionamento. O ápice da frustração Somos uma família de cinco pessoas altas: dois adultos e três adolescentes, todos com mais de 1,80 m. Frequentemente, recebemos observações de amigos e estranhos sobre nossa altura. Até recentemente, deixávamos passar. No entanto, neste verão, nossa filha de 14 anos desenvolveu um transtorno alimentar. A lembrança constante de que é observada e julgada não tem feito bem. Como conter comentários diários sem revelar seu problema? Mãe: Há 17 anos, aconselho leitores: comentários sobre aparência alheia são imprudentes. Não sabemos como afetarão a pessoa. Mesmo supostos elogios, como “Que pernas longas!”, podem gerar inseguranças. Muitos leitores resistem a essa ideia, acreditando que têm direito a elogiar ou demonstrar curiosidade. Você provavelmente não vai impedir essas pessoas. Uma resposta possível é: “Adolescentes têm vergonha da própria aparência. Todos nós temos! Aposto que consegue encontrar algo melhor para conversar.” Pode ser útil em outras famílias também. Você pode dormir amanhã Recentemente, organizei a festa de aniversário do meu marido, enviando os convites com dez dias de antecedência. Uma hora antes, dois amigos dele ligaram dizendo que não iriam por estarem de ressaca. Fui ríspida, pois não considerei um motivo válido para faltar. Eles acabaram vindo depois, percebendo minha irritação. Exagerei? Esposa: Talvez. Mas, se eu tivesse atendido a ligação com gentileza, teria fingido estar tudo bem, embora estivesse irritada. Ao ser direta, você foi honesta e protegeu os sentimentos do marido. Um pouco de firmeza, nesse caso, funcionou. O casal está registrado no caixa eletrônico mais próximo Uma prima distante vai se casar e, embora eu não esperasse convite, recebi algo que parecia uma solicitação de presentes em dinheiro. Fiquei chocada. Preocupo-me que, se não enviar nada, haja tensão. Primo: Pergunte-se: está preocupada com a tensão ou busca validação para seu choque? “Não” é uma boa resposta para muitas situações. Seja generosa: envie um cartão de felicitações. Considere o pedido de presente um equívoco da prima — todos cometemos erros.

Dizer não às visitas: saiba o que a psicologia diz para quem prefere ficar sozinho em casa

Dizer não às visitas: saiba o que a psicologia diz para quem prefere ficar sozinho em casa

Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, a preferência por não receber visitas em casa, longe de ser um sinal negativo, é interpretada pela psicologia como uma manifestação legítima de autocuidado emocional. Para muitas pessoas, o lar transcende sua função física e se torna um refúgio íntimo e pessoal, um espaço vital onde podem recarregar as baterias e proteger seu bem-estar. Portanto, essa necessidade de isolamento não implica necessariamente rejeição aos outros, mas sim uma estratégia consciente e válida para manter o equilíbrio mental. Existe amizade entre ex? Especialista esclarece os dilemas das relações pós-término sem drama Perspectivas psicológicas De uma perspectiva psicológica, essa preferência pode ter diversas origens. Primeiro, está associada à introversão, um estilo de personalidade mais reservado. Indivíduos com essas características recarregam as energias quando estão sozinhos ou em silêncio, pois a interação social prolongada pode ser exaustiva. Segundo, pode ser uma forma de proteção emocional. Abrir a própria casa para os outros é, muitas vezes, percebido como abrir o próprio mundo interior. Quando há falta de energia ou exaustão emocional, essa exposição pode gerar desconforto e vulnerabilidade, tornando mais saudável se proteger de estímulos indesejados. Um terceiro fator é o esgotamento social ou o estresse acumulado. Após dias de trabalho ou atividades com alta demanda interpessoal, o que muitas pessoas buscam é paz e tranquilidade. Nesse contexto, evitar visitas torna-se um ato de autocuidado, pois reconhece e respeita os próprios limites. Como aponta a especialista Marian Rojas, dizer "não" às visitas não é egoísmo, mas uma decisão baseada na sabedoria emocional, priorizando saúde mental e bem-estar pessoal. Estratégias para lidar com a preferência Para lidar com essa necessidade sem culpa ou isolamento excessivo, especialistas sugerem estratégias práticas. É crucial comunicar limites de forma clara e honesta, explicando quando você está aberto a visitas e quando não é o momento certo. Também é recomendável estabelecer horários de recuperação social, planejando encontros fora de casa quando houver energia suficiente. Criar rituais de calma no lar, como reservar espaços físicos ou atividades específicas, ajuda a manter sensação de controle e conforto. Além disso, é importante refletir sobre quais aspectos das visitas causam desconforto, seja falta de privacidade, aviso prévio insuficiente ou a percepção de obrigação. Se a culpa for constante, a tristeza persistir ou o isolamento prejudicar a vida cotidiana e os relacionamentos, buscar ajuda profissional é fundamental para encontrar equilíbrio emocional. O valor do tempo sozinho Ficar sozinho em casa quando a "bateria social" está esgotada é uma maneira saudável de recarregar a energia emocional e mental. A interação constante, mesmo que agradável, pode causar fadiga. Reservar momentos de solitude permite processar emoções, aliviar o estresse e se reconectar com os outros a partir de um estado mais calmo e autêntico. Caso o comportamento se torne extremo ou prejudicial, a orientação de um profissional pode evitar danos maiores.

Astrônomos podem ter encontrado novo planeta no Sistema Solar após 170 anos

Astrônomos podem ter encontrado novo planeta no Sistema Solar após 170 anos

Astrônomos da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, publicaram em 21 de agosto de 2025 um estudo na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters, sugerindo a existência de um novo planeta no Sistema Solar. O corpo, denominado provisoriamente Planeta Y, teria tamanho semelhante ao da Terra e estaria localizado além de Netuno, na região do Cinturão de Kuiper. Quem é ela? Séculos depois, nova teoria pode revelar identidade da 'Moça com Brinco de Pérola' A pesquisa analisou as trajetórias de 154 objetos do Cinturão de Kuiper e identificou que, a partir de cerca de 80 unidades astronômicas do Sol (aproximadamente 12 bilhões de quilômetros), essas órbitas começam a se inclinar em relação ao plano esperado. Esse desvio não pode ser explicado apenas pela influência gravitacional dos planetas conhecidos. Simulações realizadas pelos pesquisadores indicam que um planeta com massa entre a de Mercúrio e a da Terra, com órbita distante e levemente inclinada, poderia causar esse efeito gravitacional. Esse corpo hipotético teria uma trajetória a 100 a 200 vezes a distância da Terra ao Sol, tornando-o difícil de detectar com os telescópios atuais. Os autores destacam que essa hipótese não é a mesma do "Planeta 9", proposta em estudos anteriores, mas um objeto distinto que influenciaria outra região do Sistema Solar. O possível Planeta Y teria uma inclinação de cerca de 15 graus e massa suficiente para "puxar" o plano dos corpos menores ao seu redor. A equipe acredita que futuros levantamentos astronômicos, como o que será realizado pelo Observatório Vera C. Rubin, poderão confirmar se esse planeta realmente existe. Caso seja detectado, ele se tornará o primeiro novo planeta descoberto no Sistema Solar em mais de 170 anos, desde Netuno.

Chiclete pré-histórico? Goma mastigada há 5 mil anos pode revelar segredos da vida no Neolítico

Chiclete pré-histórico? Goma mastigada há 5 mil anos pode revelar segredos da vida no Neolítico

No fundo de um lago ou em um vilarejo à beira de um rio, alguém do Neolítico mastigava um pedaço de resina de bétula. O gesto, aparentemente trivial, agora oferece um vislumbre extraordinário da vida cotidiana de mais de 5 mil anos atrás. Pesquisadores descobriram que essa “goma de mascar” pré-histórica carrega informações valiosas sobre dieta, trabalho e práticas sociais das primeiras comunidades agrícolas europeias. Quem é ela? Séculos depois, nova teoria pode revelar identidade da 'Moça com Brinco de Pérola' O estudo, publicado nesta quarta-feira (15) na revista Proceedings of the Royal Society B, foi liderado por Hannes Schroeder e Anna White, do Globe Institute da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. A equipe analisou 30 artefatos de alcatrão de bétula de nove sítios arqueológicos nos Alpes e regiões vizinhas, combinando técnicas de cromatografia gasosa com espectrometria de massa e sequenciamento de DNA antigo. As análises revelaram restos genéticos humanos e microbianos, além de vestígios de plantas e animais como trigo, cevada, avelãs, ervilhas, papoulas, peixes de água doce, ovelhas e javalis. Isso permitiu aos cientistas reconstruir hábitos alimentares, bem como identificar a produção e o uso de ferramentas e cerâmicas reparadas com o mesmo material. O piche de bétula, considerado o mais antigo material sintético conhecido, tinha usos múltiplos: colar ferramentas de pedra, consertar cerâmica e, aparentemente, servir como goma. Em alguns casos, ele era misturado com resina de conífera, alterando suas propriedades mecânicas para tarefas específicas. “A presença de DNA humano e DNA microbiano oral indica que o alcatrão foi mastigado, em alguns casos por mais de uma pessoa”, observaram os pesquisadores. A investigação também trouxe indícios sobre a organização social: o DNA humano recuperado sugeriu que homens e mulheres poderiam ter participado de atividades diferentes dentro das comunidades agrícolas. Além disso, o estudo reforça a ideia de que práticas higiênicas, medicinais ou sociais estavam associadas ao uso da resina. Apesar das descobertas, os cientistas alertam para limitações na preservação do DNA antigo, especialmente em peças expostas ao calor ou submetidas a processos pós-escavação. Mesmo assim, o trabalho demonstra como a integração de análises químicas e genéticas pode aprofundar o entendimento sobre as práticas culturais do passado. “Este estudo confirma a diversidade de usos do piche de bétula na Europa Neolítica e seu valor para reconstruir a vida cotidiana dessas comunidades”, concluíram.

Osteoporose: cresce o número de casos entre os homens; entenda o motivo

Osteoporose: cresce o número de casos entre os homens; entenda o motivo

Ronald Klein estava andando de bicicleta pelo seu bairro em North Wales, Pensilvânia, em 2006, quando tentou subir um meio-fio. Ele relembra que não tinha impulso suficiente, e por isso, estava andando devagar. Quando tombou, ele esticou o braço esquerdo para amortecer a queda. Não parecia um acidente grave, porém não conseguia levantar. Mal, o 'cachorro gigante' que cresceu sem parar e agora pesa 82 quilos: 'A coleira dele é do tamanho de um cinto' Eletrodos no cérebro, 5 horas de duração: conheça a cirurgia que Moacyr Luz fará hoje em SP contra o Parkinson avançado No pronto-socorro, os raios-X mostraram que ele havia fraturado tanto o quadril — que precisou de cirurgia — quanto o ombro. Ronald, que é dentista, voltou ao trabalho em três semanas, usando uma bengala. Após cerca de seis meses e muita fisioterapia, ele se sentia bem, mas ficou intrigado com os danos causados pela queda. — Um homem de 52 anos não deveria quebrar o quadril e o ombro. Talvez devesse fazer um exame de densidade óssea — comentou Klein em uma consulta com o ortopedista. Como suspeitava, o exame revelou que ele havia desenvolvido osteoporose — uma condição progressiva que se intensifica com a idade, afinando e enfraquecendo os ossos, podendo levar a fraturas graves. Dr. Klein iniciou imediatamente um tratamento medicamentoso e, agora aos 70 anos, continua com ele. A osteoporose é muito mais comum entre as mulheres, para quem as diretrizes médicas recomendam rastreamento universal a partir dos 65 anos. Por isso, um homem que não fosse profissional de saúde talvez nem pensasse em fazer o exame. O ortopedista, de fato, não sugeriu. De volta ao mapa da vergonha: crianças sem vacina Mas cerca de um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerá uma fratura osteoporótica ao longo da vida, e entre os idosos, cerca de um quarto das fraturas de quadril ocorre em homens. Cathleen Colon-Emeric, geriatra do Durham VA Health Care System e da Universidade Duke, autora principal de um estudo recente sobre tratamento de osteoporose em veteranos do sexo masculino comenta que quando isso acontece com os homens, eles têm “os piores desfechos”. — Os homens não se recuperam tão bem quanto as mulheres. Um homem de 50 anos tem mais chance de morrer por complicações de uma fratura osteoporótica grave do que de câncer de próstata — comenta a geriatra. E os homens têm altas taxas de mortalidade, 25% a 30% dentro de um ano, além da incapacidade e da institucionalização. Initial plugin text O que é “importante”? No estudo com 3.000 veteranos entre 65 e 85 anos, realizado em centros de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos na Carolina do Norte e Virgínia, apenas 2% do grupo controle haviam feito exame de densidade óssea. Douglas Bauer, epidemiologista clínico e pesquisador de osteoporose da Universidade da Califórnia em San Francisco comenta que o número é “chocantemente baixo”. E ainda publicou um comentário sobre o estudo na JAMA Internal Medicine. — Abismal. E isso no sistema do VA, onde o exame é pago pelo governo — expõe. Mas quando foi criado um serviço especializado em saúde óssea, supervisionado por uma enfermeira responsável por registrar pedidos, enviar lembretes e explicar resultados, os números mudaram drasticamente entre os pacientes do grupo de intervenção — todos com ao menos um fator de risco. Comer carne vermelha antes da menstruação: quão verdadeira é a tendência viral para aliviar cólicas? Quase metade (49%) deles aceitou fazer o exame. Metade dos testados foi diagnosticada com osteoporose ou osteopenia (uma forma mais leve). A maioria iniciou tratamento adequado para preservar ou reconstruir os ossos. — Ficamos agradavelmente surpresos com o número de homens que aceitaram ser testados e iniciar o tratamento — afirmou Colon-Emeric. Após 18 meses, a densidade óssea aumentou modestamente no grupo de intervenção, que também foi mais propenso a seguir corretamente os tratamentos do que pacientes com osteoporose de ambos os sexos em condições reais. O estudo não durou o suficiente para determinar se a densidade óssea continuaria aumentando ou se as fraturas diminuiriam, mas os pesquisadores planejam uma análise secundária para acompanhar isso. Os resultados reacendem uma questão antiga: diante de fraturas potencialmente fatais e da eficácia dos remédios disponíveis, os homens mais velhos também deveriam ser rastreados para osteoporose, como as mulheres? E, se sim, quais e quando? Essas perguntas importavam menos quando a expectativa de vida era mais curta, explica Bauer. Os homens têm ossos maiores e mais densos e costumam desenvolver osteoporose de cinco a dez anos mais tarde que as mulheres. — Até recentemente, esses homens morriam de doenças cardíacas e tabagismo antes que a osteoporose pudesse prejudicá-los. Hoje em dia, os homens costumam viver até os 70 e 80 anos, então sofrem fraturas. Nessa época, eles também acumularam outras condições crônicas que prejudicam sua capacidade de recuperação. Com testes e tratamento para osteoporose, um homem pode ver uma melhora clara na mortalidade e, mais importante, na qualidade de vida — comenta Bauer. Mesmo assim, muitos pacientes e médicos ainda encaram a osteoporose como uma “doença de mulher”. — Há um pouco da ideia de Superman. Os homens gostam de acreditar que são indestrutíveis, então uma fratura não tem o peso que deveria ter — observa o dr. Eric Orwoll, endocrinologista e pesquisador da Universidade de Ciências e Saúde do Oregon. Misofonia: nova pesquisa explica a irritação com sons como mastigação, fungada ou clique de caneta Um paciente, por exemplo, resistiu durante anos aos apelos de sua esposa, uma enfermeira, para “ver alguém” sobre suas costas visivelmente arredondadas. Bob Grossman, 74 anos, professor aposentado de escola pública em Portland, culpou a má postura e disse a si mesmo para se endireitar. — Pensei: 'Não pode ser osteoporose, pois sou homem — disse ele acometido pela doença. Colon-Emeric esclarece que um outro obstáculo ao rastreamento é a falta de consenso nas diretrizes médicas. Associações profissionais como a Endocrine Society e a American Society for Bone and Mineral Research recomendam que homens acima dos 50 com fatores de risco — e todos os homens acima dos 70 — façam o exame. Mas o American College of Physicians e a U.S. Preventive Services Task Force consideram que as evidências ainda são insuficientes. Estudos clínicos mostram que medicamentos aumentam a densidade óssea nos homens, como nas mulheres, mas a maioria dos estudos masculinos foi pequena ou de curto prazo, sem comprovar redução de fraturas. Como resultado, o Medicare e muitos planos privados não cobrem exames preventivos para homens, a menos que já tenham sofrido fraturas, embora cubram o tratamento quando a osteoporose é diagnosticada. — As coisas estão paradas há décadas — lamenta Orwoll. Por isso, talvez caiba aos próprios pacientes mais velhos pedirem um exame DXA (lê-se DEXA), amplamente disponível por US$ 100 a US$ 300. Caso contrário, como a osteoporose é normalmente assintomática, homens e mulheres, que continuam subdiagnosticadas — só descobrem o problema depois que um osso quebra. — Se você teve uma fratura após os 50 anos, deve fazer o exame, esse é um dos principais indicadores — recomenda Orwoll. Outros fatores de risco incluem quedas, histórico familiar de fratura de quadril e uma lista de condições de saúde como artrite reumatoide, hipertireoidismo e doença de Parkinson. O tabagismo e o consumo excessivo de álcool também aumentam as chances. — Vários medicamentos prejudicam a densidade óssea — acrescenta Colon-Emeric, destacando especialmente os corticoides e os fármacos usados contra o câncer de próstata. Quando o exame confirma a osteoporose, os tratamentos variam conforme a gravidade: medicamentos orais como Fosamax ou Actonel, versões intravenosas como Reclast, injeções diárias de Forteo ou Tymlos, ou aplicações semestrais de Prolia. ‘Outubro sóbrio’: conheça o movimento internacional que ganha força com escândalo do metanol no Brasil Colon-Emeric ressalta que mudanças no estilo de vida — exercícios físicos, suplementação de cálcio e vitamina D, parar de fumar e moderar o álcool — ajudam, mas não bastam para interromper ou reverter a perda óssea. Embora as diretrizes ainda não recomendem o rastreamento universal, ela defende que todos os homens acima dos 70 anos façam o exame, já que o risco de incapacidade após fraturas de quadril é altíssimo (dois terços dos idosos não recuperam a mobilidade anterior) e os medicamentos são eficazes e muitas vezes baratos. — O avanço da conscientização de que a osteoporose também ameaça os homens ocorre a passos de tartaruga — lamenta Orwoll. Klein se lembra de ter participado de um seminário sobre o uso do medicamento Forteo: — Eu era o único homem lá — conta.

'Dama de Ferro' fora do poder: nova biografia de Margaret Thatcher detalha vida amorosa secreta da primeira-ministra britânica

'Dama de Ferro' fora do poder: nova biografia de Margaret Thatcher detalha vida amorosa secreta da primeira-ministra britânica

Apesar da imagem de rigor que lhe rendeu o apelido de "Dama de Ferro", Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido por uma década e responsável pela guerra das Malvinas contra a Argentina, parece ter tido um passado sentimental muito mais intenso do que se conhecia até agora. Quem é ela? Séculos depois, nova teoria pode revelar identidade da 'Moça com Brinco de Pérola' É o que revela a biografia The Incidental Feminist, da jornalista Tina Gaudoin, que afirma que a ex-primeira-ministra, no poder entre 1979 e 1990, manteve “casos extraconjugais” com pelo menos dois amantes. Esse lado inédito da vida de Thatcher contrasta com a imagem que ela mesma projetava e com seu profundo vínculo com Denis Thatcher, marido por mais de 50 anos, a quem a ex-primeira-ministra definiu como uma figura essencial, o "fio de ouro" de sua vida, sem o qual não teria alcançado o sucesso político. O fato surpreende ainda mais considerando que nenhum escândalo sobre o casal chegou à imprensa, exceto por rumores isolados que nunca foram confirmados publicamente. “Mulher fatal” No livro de Gaudoin, fruto de extensa pesquisa em fontes políticas e midiáticas, a jornalista questiona se uma das figuras mais polarizadoras da política internacional na segunda metade do século XX também poderia ter sido uma “femme fatale”. O livro menciona um primeiro caso no início da carreira política de Thatcher, logo após sua eleição para o Partido Conservador em 1959, aos 34 anos. A identidade deste primeiro amante não é revelada, mas o segundo é conhecido: Sir Humphrey Atkins, deputado conservador pelo distrito de Spelthorne. Relacionamento secreto com Sir Humphrey Atkins Esse segundo relacionamento teria ocorrido quando Thatcher já era uma figura proeminente na política britânica. Atkins atuou como líder da bancada conservadora e, de 1979 a 1981, foi Ministro da Irlanda do Norte sob Thatcher. Casado, tornou-se membro da Câmara dos Lordes e faleceu em 1996. Para a biografia, Gaudoin entrevistou políticos próximos a ambos, incluindo o ex-ministro Jonathan Aitken. “Houve rumores bem informados sobre isso na época. Sua atratividade física podia chamar atenção, mas sua inteligência política foi decisiva”, disse Aitken ao jornal The Times. O mesmo veículo destacou ainda que a piada na época era sobre as constantes promoções de Atkins, questionando se eram influenciadas por sua proximidade com Thatcher. Flerte com Lord Bell Gaudoin também cita comentários sobre um suposto flerte entre Thatcher e Lord Bell, seu assessor de relações públicas, que teria percebido que a líder conservadora apreciava quando ele tocava seu joelho ou fazia gestos discretos durante jantares, sem que a situação evoluísse para algo mais íntimo. Segundo a biografia, Thatcher mantinha uma “amizade extracurricular” com seu conselheiro de confiança, reforçando a ideia de que sua vida pessoal possuía nuances desconhecidas do público. Além dos rumores sobre sua vida amorosa, Gaudoin defende que Thatcher, primeira mulher a liderar o governo britânico, desempenhou um papel crucial na normalização da presença feminina no topo do poder político. Por isso, a jornalista decidiu revelar esta faceta inédita da vida da Dama de Ferro, que morreu em 2013 aos 87 anos.

O que é a ‘maldição’ do Homo sapiens? Biólogo explica como a mente humana gera sofrimento e nunca nos deixa satisfeitos

O que é a ‘maldição’ do Homo sapiens? Biólogo explica como a mente humana gera sofrimento e nunca nos deixa satisfeitos

Em algum ponto da vida, todos já sentiram aquela inquietação constante: mesmo alcançando objetivos, a satisfação parece durar pouco, e o próximo desejo surge quase automaticamente. Não é verdade? Quem é ela? Séculos depois, nova teoria pode revelar identidade da 'Moça com Brinco de Pérola' Para Emiliano Bruner, biólogo especializado em antropologia evolutiva e neurociência, essa sensação não é apenas psicológica — é fruto de milhões de anos de evolução. Em entrevista ao The Formula Podcast, o pesquisador espanhol explicou, com base em sua obra A Maldição do Homem-Macaco (2025), como nossa capacidade de imaginar, projetar e planejar cria um “Rádio Sapiens” interno que nunca se cala, gerando insatisfação crônica. Desejo, insatisfação e evolução De acordo com o Infobae, Bruner descreve o desejo como o motor da vida humana: “Se estivéssemos plenamente satisfeitos, pararíamos de desejar e, com isso, pararíamos de gerar a energia vital que nos impulsiona”, disse durante o podcast, disponível no Spotify e YouTube. Para ele, nossa mente complexa, capaz de projetar o passado e o futuro, favorece a espécie, mas pode ser prejudicial para o bem-estar individual. O resultado é uma tensão constante entre inteligência e sofrimento, um efeito colateral da seleção natural. Ao abordar o papel da meditação e da atenção plena, Bruner enfatiza que essas práticas não se destinam apenas a reduzir o estresse. “Meditação e atenção plena são uma maneira de usar seu próprio corpo como um laboratório. Elas treinam a atenção e a consciência corporal, permitindo observar a ruminação mental sem se deixar consumir por ela”, explicou. Segundo o pesquisador, os benefícios se manifestam em diferentes escalas de tempo: mudanças fisiológicas podem ocorrer em minutos, enquanto alterações estruturais cerebrais surgem com meses ou anos de prática regular. Bruner destaca que a rede de modo padrão, responsável pela nossa divagação mental, compete pelos mesmos recursos do corpo que a atenção plena. Treinar a atenção é, portanto, essencial para gerenciar o fluxo de imagens e palavras internas, equilibrando cognição e corpo. “Ninguém nos ensinou a controlar isso, então precisamos aprender a nos sentir confortáveis com o silêncio e com as ruminações”, afirma o cientista, que combina anatomia digital, morfometria geométrica e análise de redes para estudar a evolução do cérebro humano. Meditação além do alívio do estresse Para o pesquisador, a prática meditativa vai além do relaxamento: ela transforma nossa perspectiva diante dos problemas e das pressões da vida cotidiana. “Gradualmente, você começa a ver as coisas de forma diferente, e sua vida profissional ou pessoal não o sobrecarrega mais. Os problemas não são resolvidos; eles desaparecem”, explicou. Bruner lembra ainda que essa prática exige dedicação contínua, comparável ao cuidado com a saúde física: quanto mais consistente a prática, mais profundos os efeitos sobre a atenção, o bem-estar e a resiliência mental. Por fim, o biólogo ressalta o paradoxo evolutivo que torna a meditação desafiadora para a sociedade: a seleção natural favoreceu um “macaco inteligente e triste”, capaz de obsessões e compulsões que aumentam o sucesso reprodutivo, mas dificultam o cultivo de hábitos de atenção plena e reflexão profunda. “Se a espécie humana quisesse se beneficiar da meditação, provavelmente a seleção natural não favoreceria isso”, conclui, lembrando que a inteligência, apesar de poderosa, carrega consigo o peso da insatisfação crônica.

Peixes, carne e laticínios: restos de comida de 8 mil anos mostram o que os humanos comiam no Neolítico

Peixes, carne e laticínios: restos de comida de 8 mil anos mostram o que os humanos comiam no Neolítico

Imagine um jantar de 8 mil anos atrás, às margens do Danúbio: peixes frescos sendo cozidos em potes de barro, enquanto os primeiros agricultores colhiam trigo e cuidavam de rebanhos. Essa cena, antes considerada improvável, ganhou respaldo científico graças a uma descoberta no sítio arqueológico conhecido como Portões de Ferro, entre a atual Romênia e Sérvia. Fragmentos de cerâmica neolítica carregando restos alimentares mostram que a dieta da época não era feita apenas de carne e laticínios, mas também de peixes, mudando nossa visão sobre a transição do Mesolítico para o Neolítico. Quem é ela? Séculos depois, nova teoria pode revelar identidade da 'Moça com Brinco de Pérola' A análise de mais de 200 fragmentos de cerâmica revelou altos níveis de ácidos graxos provenientes de peixes e outros recursos aquáticos. Utilizando cromatografia por espectrometria de massas, pesquisadores da Universidade de Bristol identificaram que a maioria dos recipientes era usada para cozinhar pescado, contrastando com outras regiões da Europa, onde a cerâmica neolítica processava carne de gado, ovinos e laticínios. “A maior parte da cerâmica aqui era usada para peixes ou outros recursos aquáticos”, afirmou a Dra. Lucy Cramp, líder do estudo publicado em 2019 no Proceedings of the Royal Society B. Interação cultural e mistura de tradições O que torna os Portões de Ferro únicos não é apenas a abundância de esturjão e outros peixes, mas também a interação cultural entre caçadores-coletores mesolíticos e agricultores neolíticos. Pesquisas indicam que, ao se estabelecerem às margens do Danúbio, as comunidades neolíticas incorporaram tradições alimentares locais, preservando a pesca como prática cotidiana. “O Danúbio não só oferecia recursos aquáticos abundantes, como também era um ponto de encontro cultural”, explica o Dr. Radu Spataro, coautor do estudo. Além de evidenciar o consumo contínuo de peixe, os vestígios sugerem mudanças nos métodos de preparo. Os recipientes de cerâmica indicam que ensopados e sopas se tornaram comuns, permitindo aproveitar ao máximo os recursos disponíveis. Essa combinação de técnicas mesolíticas e práticas agrícolas neolíticas mostra como a alimentação era adaptativa, moldada pelo ambiente e pelo intercâmbio cultural. Apesar das evidências, os cientistas ainda se perguntam por que a pesca permaneceu tão central no Danúbio, enquanto declinava em outras partes da Europa. Seria a disponibilidade do esturjão suficiente ou haveria fatores culturais que privilegiavam alimentos aquáticos? E como exatamente os pratos eram preparados, quais receitas eram populares? Essas perguntas continuam em aberto, alimentando novas linhas de investigação sobre a vida cotidiana dos primeiros agricultores.

Roleplay na vida sexual: por que assumir personagens pode transformar o prazer e fortalecer o casal

Roleplay na vida sexual: por que assumir personagens pode transformar o prazer e fortalecer o casal

E se, por algumas horas, você pudesse ser outra pessoa? Incorporar um personagem completamente diferente da rotina, capaz de revelar lados mais ousados da sua personalidade? Essa é a proposta do roleplay, uma prática que mistura fantasia, interpretação e desejo para transformar a experiência sexual. Sexo sem tabu: 5 ideias erradas sobre orgasmo que podem atrapalhar sua vida íntima Empoderadas e sem pudores: veja famosas que mandam a real quando o assunto é sexo Segundo o sexólogo Vitor Mello, especialista em harmonização íntima masculina, o roleplay funciona como uma "peça de teatro íntima, onde cada um interpreta um papel fora do cotidiano. O objetivo é quebrar a rotina e ampliar as possibilidades de prazer", explica. A vontade de experimentar não é só teoria. Uma pesquisa do jornal britânico "The Sun", com mais de 2 mil pessoas entre 16 e 55 anos, mostrou que 38% desejam uma vida sexual mais ousada, sendo 44% dos homens e 32% das mulheres. Entre as práticas mencionadas, o roleplay aparece como destaque: 25% dos entrevistados afirmaram ter interesse em tentar. No Brasil, o desejo também é latente. Um levantamento feito pelo aplicativo de relacionamentos MePega revelou que 73% dos brasileiros já fantasiaram experiências sexuais, mas 68% nunca dividiram essas vontades com o parceiro, mostrando que a curiosidade existe, mas o diálogo ainda é um desafio. O que eles mais gostam? Dentro do universo do roleplay, há uma variedade de personagens e cenários, alguns inspirados na imaginação, outros baseados em situações do cotidiano. Vitor lista os estilos mais populares entre os homens: Jogos de poder Uma das temáticas mais comuns envolve dinâmicas de dominação e entrega, seja em versões mais leves ou com inspiração no universo BDSM. "A fantasia de poder e controle, ou de entregar o controle, é um dos gatilhos mais comuns", afirma. O bad boy Motoqueiro, roqueiro, rebelde sem causa, o arquétipo do homem que quebra regras exerce forte apelo. "A transgressão é o tempero. Ele é imprevisível, foge do padrão e cria um clima de liberdade para quem vive uma rotina controlada", diz. O estranho sedutor A fantasia com o desconhecido, aquele encontro misterioso num bar, elevador ou hotel, continua entre as preferidas: "A ideia de ser outra pessoa permite recriar o jogo da conquista do zero, mas com a intimidade de quem já conhece o parceiro." Personagens de fantasia Super-heróis, personagens de filmes, acessórios e uniformes continuam em alta. "Fantasias, algemas, máscaras, orelhas, caudas, roupas temáticas… o mercado erótico está em expansão, e os itens que ajudam a construir esses personagens seguem o mesmo ritmo", detalha. Além disso, o roleplay pode ultrapassar o físico. "Dá para brincar à distância, como no sexo virtual. Vale usar mensagens, chamadas de vídeo ou áudios com teor mais picante. É uma boa alternativa para casais que estão longe ou para quem quer começar com menos exposição", orienta o especialista. Por que funciona? Para além da fantasia, o roleplay também tem um papel importante na saúde da vida sexual masculina. "Assumir um papel permite liberar emoções e desejos que normalmente são contidos pela rotina ou pelo padrão social de masculinidade. É uma forma de explorar sensações sem julgamento", destaca Mello. A prática também pode ser uma aliada para casais que querem reacender a conexão íntima. Mas, para isso, o ponto de partida é sempre o diálogo. Assim como nas práticas do BDSM, o roleplay segue a regra do SSC: são, seguro e consensual. "Combinar os papéis, estabelecer limites e garantir que ambos estejam confortáveis é o que transforma uma fantasia em prazer real, e não em constrangimento", finaliza o sexólogo.

Drone, fantasia e armadilha: ONG em Minas Gerais viraliza ao fazer operação de quase um mês para resgatar cadela em estrada; vídeo

Drone, fantasia e armadilha: ONG em Minas Gerais viraliza ao fazer operação de quase um mês para resgatar cadela em estrada; vídeo

Nem toda operação digna de filme acontece em grandes cidades ou envolve forças especiais. Em Viçosa, no interior de Minas Gerais, o resgate de uma cadela virou um verdadeiro enredo de aventura com direito a drone, fantasia camuflada e arapucas. O vídeo, publicado no final de setembro pela Sociedade Viçosense de Proteção aos Animais (Sovipa), ultrapassou um milhão de visualizações e comoveu a internet. A carona mais fofa do mundo: Golden retriever vira 'babá' de coala perdido e viraliza nas redes sociais; imagens Batizada de Cometa, a cadela apareceu pela primeira vez na beira de uma estrada. Faminta e curiosa, mas com medo dos humanos, ela se afastava sempre que alguém tentava se aproximar. “Durante três semanas fomos ao local e tentamos capturá-la de todas as formas, sem sucesso”, contou a ONG na legenda da publicação. O grupo temia que o animal fosse atropelado, e decidiu recorrer a métodos pouco convencionais. Para tentar se aproximar, os voluntários improvisaram uma fantasia de mato, montaram armadilhas camufladas e usaram de toda a criatividade. Nada funcionava. “Esse resgate foi muito desafiador… nenhuma estratégia dava certo”, contou Marly Coelho, voluntária da Sovipa na publicação. A virada veio quando a equipe usou um drone para monitorar a cadela e uma medicação que a deixasse sonolenta. Com o equipamento, conseguiram acompanhar cada passo de Cometa. Mesmo sonolenta, ela ainda correu antes de ser finalmente alcançada. “Ela tentou nos morder, porque tinha muito medo, mas conseguimos segurá-la”, relatou a ONG. Suja, assustada e exausta, Cometa foi levada ao abrigo — o primeiro passo para uma nova vida. Assista o momento: Initial plugin text De fugitiva a “grude” da família Dias depois, ela foi adotada por uma família disposta a oferecer o que mais lhe faltava: paciência e amor. Marcela Lima, que acolheu a cadela, escreveu no post: “Cometa é nosso grude! Muito carinhosa e muito querida por todos em nossa casa.” Nos comentários do vídeo, internautas se emocionaram com a história. “Chorei e sorri em um vídeo só”, escreveu uma seguidora. Outro completou: “O vídeo mais lindo que eu já assisti em 2025.” E teve um que até brincou: "primeiro vídeo de resgate que eu vejo que foi uma operação criada pela Cia e pelo FBI KKKKKKKK parabéns." Fundada há 25 anos, a Sociedade Viçosense de Proteção aos Animais atua em resgates, campanhas de castração e adoção responsável. Histórias como a de Cometa, que antes vagava sozinha na estrada, hoje inspiram milhares de pessoas nas redes. Afinal, para quem acredita no amor e na persistência, nenhum resgate é impossível.

Dubai quer transformar a inteligência artificial em seu 'novo petróleo'; entenda

Dubai quer transformar a inteligência artificial em seu 'novo petróleo'; entenda

Dubai, símbolo de modernização e ousadia no Oriente Médio, agora mira um novo tipo de riqueza: a inteligência artificial. O emirado, que já transformou o deserto em um dos centros urbanos mais dinâmicos do planeta, aposta que dados e algoritmos podem ocupar o mesmo papel que o petróleo teve no século XX. Segundo a Forbes, o governo pretende transformar a IA em um dos motores de crescimento mais poderosos da economia local até 2030. Leia também: Apple lança MacBook Pro com chip de IA a partir de R$ 20 mil no Brasil. Veja as novidades Saiba mais: IA ajuda historiador a descobrir identidade de nazista em foto de assassinato durante Holocausto À frente dessa estratégia está Dr. Marwan Al Zarouni, CEO de IA do Dubai Department of Economy and Tourism (DET) e uma das vozes mais influentes do setor. “A inteligência artificial será o principal habilitador dos nossos objetivos”, afirmou o executivo durante o GITEX Global, evento de tecnologia que ocorre nesta semana e reúne representantes de todo o mundo. Ele se refere à meta de incubar 30 unicórnios — startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão — e escalar mais de 400 empresas até 2033. Segundo ele, “a IA não é apenas uma ferramenta de automação, mas um pilar estratégico da Dubai Economic Agenda (D33)”, plano que pretende dobrar o tamanho da economia até o fim da próxima década. De acordo com o Dubai State of AI Report, a inteligência artificial deve adicionar mais de AED 235 bilhões (cerca de US$ 64 bilhões) à economia do emirado até 2030. A estimativa é que a IA represente até 14% do PIB dos Emirados Árabes Unidos ao final da década — uma das maiores proporções do mundo. Para Al Zarouni, a explicação está na abertura regulatória. “Dubai oferece transparência e liberdade, o que atrai empresas de IA frustradas com as regras rígidas de outros países”, disse. O governo local também aposta pesado em infraestrutura, pesquisa e parcerias público-privadas. Um dos eixos centrais é a criação de uma “economia de data centers impulsionada por IA”, avaliada em mais de AED 14,3 bilhões até 2028, além de iniciativas voltadas à automação do turismo e dos serviços públicos. De acordo com a Forbes, em parceria com a Avaya, o DET vem digitalizando processos internos e implantando chatbots para agilizar desde o licenciamento de empresas até o atendimento a turistas e investidores — medidas que traduzem a busca por eficiência e inovação. O projeto está alinhado à visão de Sheikh Hamdan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum, príncipe herdeiro de Dubai, que definiu como meta tornar o emirado uma das dez cidades mais avançadas do mundo em inovação e IA. A iniciativa também conta com a supervisão de Omar Sultan Al Olama, Ministro de Estado para Inteligência Artificial, cargo criado em 2017 — o primeiro do gênero no mundo. Ele lidera a estratégia nacional de IA e defende que a tecnologia deve “melhorar a vida das pessoas e aumentar a eficiência do governo, sempre com responsabilidade ética e governança”. Com mais de 20 anos de experiência em segurança da informação e inovação digital, Al Zarouni acredita que o país vive um ponto de inflexão. “Estamos entrando em uma nova fase da economia digital. E a IA é a base que vai sustentar o próximo salto de produtividade, crescimento e competitividade global”, afirmou. Enquanto outras economias ainda discutem os limites da regulação, Dubai segue investindo em um modelo que combina ambição, pragmatismo e investimento público-privado. Assim como fez com o turismo e os serviços financeiros, o emirado aposta agora que poderá transformar a inteligência artificial em seu novo petróleo — a principal fonte de prosperidade e influência global nas próximas décadas.

Garagem milionária: jogadores do Real Madrid escolhem novas BMWs avaliadas em mais de R$ 27 milhões; veja fotos

Garagem milionária: jogadores do Real Madrid escolhem novas BMWs avaliadas em mais de R$ 27 milhões; veja fotos

Ser jogador do Real Madrid tem seus privilégios — e um deles é escolher, todo ano, um carro novo da BMW. A parceria de luxo entre o clube espanhol e a montadora alemã voltou a render manchetes nesta quinta-feira, quando o elenco merengue e o técnico Xabi Alonso escolheram seus modelos para a temporada 2025/2026. Real Madrid gasta mais de R$ 27 milhões com carros de luxo para jogadores; veja fotos, preços e modelos Somados, os novos veículos ultrapassam a marca de R$ 27 milhões, segundo a cotação atual. O destaque ficou para dois modelos: o BMW i7, sedã totalmente elétrico, e o BMW XM, SUV híbrido de alto desempenho. Entre os mais populares do elenco, o i7 — avaliado em R$ 1,37 milhão — foi o preferido de Vini Jr., Endrick, Éder Militão, Mbappé, Carvajal, Rüdiger, Carreras e do técnico Xabi Alonso. A maioria escolheu a cor preta, mas Militão preferiu um modelo branco, que chamou atenção nas imagens divulgadas pelo clube. Já o BMW XM, vendido por cerca de R$ 1,14 milhão, foi a escolha de Rodrygo, Bellingham, Mendy, Fran García, Brahim Díaz, Valverde, Huijsen, Ceballos e Tchouameni. O SUV híbrido combina potência e conforto, e alguns jogadores optaram por versões personalizadas, com interiores exclusivos. Outros atletas preferiram modelos menos chamativos, mas igualmente sofisticados. Camavinga e Trent Alexander-Arnold escolheram o iX60, de R$ 1,44 milhão, enquanto o jovem Gonzalo García ficou com um i5 (R$ 795 mil). O goleiro Lunin optou por um M5 (R$ 663 mil), e o argentino Mastantuono escolheu um i4 (R$ 675 mil). Em média, cada jogador do Real Madrid agora tem um carro de R$ 1,18 milhão na garagem — uma vitrine ambulante da parceria entre o clube e a BMW, que combina sustentabilidade, tecnologia e luxo.

Vila na Itália oferece até R$ 126 mil para atrair novos moradores; conheça

Vila na Itália oferece até R$ 126 mil para atrair novos moradores; conheça

Com pouco mais de 900 habitantes e enfrentando queda populacional, a vila de Radicondoli, na região da Toscana, na Itália, ampliou um programa de incentivos para atrair novos moradores. O município agora oferece bônus de até 20 mil euros — cerca de R$ 126 mil — para quem decidir viver na região. O plano, iniciado em 2023, previa apoio financeiro para a compra de imóveis desocupados, mas, a partir de 2025, a prefeitura passou a incluir também subsídios para locatários, cobrindo até 50% do valor do aluguel durante os dois primeiros anos de contrato. Europa além do óbvio: conheça as 10 cidades mais ricas em cultura para conhecer em 2026 Lá no alto: conheça a cidade argentina a 3.400 metros de altitude que recebe apenas 22 turistas por vez 'Não tem nada melhor que isso': Sabrina Carpenter revela destino de viagem favorito para comer bem Além da ajuda com moradia, novos residentes podem receber até 6 mil euros adicionais (cerca de R$ 38 mil) para cobrir despesas como transporte, aquecimento e instalação de sistemas de energia sustentável. Localizada entre colinas e vinhedos, Radicondoli segue uma tendência comum a pequenos vilarejos italianos, marcados pelo envelhecimento da população e pelo esvaziamento de áreas residenciais. Segundo o prefeito Francesco Guarguaglini, mais de 400 mil euros (mais de R$ 2,5 milhões) já foram investidos no programa, que também contempla apoio a estudantes, subsídios para transporte público e incentivos à adoção de fontes de energia limpa. A iniciativa segue em vigor até o início de 2026. Interessados podem se candidatar pelo site oficial da prefeitura. Famílias jovens, profissionais liberais e empreendedores com planos de residência permanente têm prioridade no processo.

Como preparar aveia corretamente no café da manhã para ter todo o potencial do alimento? A receita precisa, segundo especialistas

Como preparar aveia corretamente no café da manhã para ter todo o potencial do alimento? A receita precisa, segundo especialistas

A aveia, por anos vista como um simples cereal de despensa, voltou a ganhar destaque nas mesas de café da manhã. Sua capacidade de se adaptar a diferentes preparações — frias, quentes ou assadas — a transformou em uma das opções preferidas de quem busca começar o dia com equilíbrio e energia. Rica em fibras, saciante e versátil, esse grão deixou de ser apenas ingrediente de papinhas tradicionais para se tornar o centro de receitas modernas que combinam nutrição e prazer. Além de sua suavidade e sabor neutro, a aveia se destaca por seu aporte natural de proteínas vegetais e carboidratos complexos. Lula e Trump: o que é a ‘química’ nas relações humanas? Esclerose múltipla e Alzheimer: cientistas descobrem por que o cérebro das mulheres tem risco maior para as doenças O consumo regular ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e a manter a sensação de saciedade por mais tempo. No entanto, o verdadeiro potencial da aveia depende do modo de preparo: da proporção correta de líquido, da cocção adequada e dos acompanhamentos que realcem seu sabor sem mascará-lo. Aveia quente, no micro-ondas ou deixada de molho Cada método revela uma textura diferente. Nos dias frios, a versão cozida oferece o charme do clássico: meia xícara de flocos para uma xícara de leite ou água, uma pitada de sal e cinco minutos de cozimento lento são suficientes para obter um resultado cremoso. Uma raminha de canela durante o cozimento ou fatias de maçã salteadas acrescentam aroma e aconchego. O verdadeiro potencial da aveia depende de como ela é preparada Freepik Para as manhãs corridas, o micro-ondas simplifica o processo sem sacrificar o sabor. Basta misturar os ingredientes em uma tigela: aveia, leite, adoçante e um toque de canela, e cozinhar por dois a três minutos. Um breve descanso deixa a textura espessa, pronta para servir com mel, baunilha ou frutas secas. Mas há uma terceira versão que conquistou os amantes da praticidade: a aveia deixada de molho, conhecida mundialmente como “overnight oats”. É preparada na noite anterior, misturando aveia, leite ou iogurte, sementes de chia e mel. Depois de descansar na geladeira por pelo menos seis horas, os ingredientes se transformam em uma mistura fria, suave e naturalmente adocicada. Ao acordar, basta adicionar pêssegos, frutas vermelhas ou coco ralado para um café da manhã que combina frescor e praticidade. Um cereal com história Antes de virar tendência nas redes sociais ou parte dos cardápios saudáveis, a aveia era um alimento essencial na Europa Central e na Escócia. Há mais de 3.000 anos, era cultivada para preparar papas que acompanhavam a vida camponesa. No século XIX, consolidou-se como um café da manhã tradicional, e no início do século XX, o médico suíço Maximilian Bircher-Brenner criou o “Bircher muesli”: uma mistura de aveia deixada de molho, frutas e iogurte que inspirou as atuais versões frias. Mounjaro, Ozempic: canetas emagrecedoras atrasam os efeitos do álcool na corrente sanguínea, indica estudo Essa mesma simplicidade ancestral continua atual. A aveia pode ser assada com banana e gotas de chocolate, virar panquecas sem farinha ou ser misturada com iogurte e granola. Em cada versão, conserva sua essência: um alimento acolhedor, acessível e honesto. Preparar aveia corretamente não é uma fórmula exata, mas uma maneira de cuidar do corpo com algo simples e verdadeiro. Em sua textura se misturam séculos de história, a paciência do fogo lento e a calma da noite que repousa na geladeira. Com pêssegos, maçãs ou apenas uma pitada de canela, esse cereal prova que o café da manhã pode ser, ao mesmo tempo, um ritual de cuidado e um lembrete de que a nutrição começa nas pequenas coisas do cotidiano.

Goiano ficou famoso em todo país ao ganhar loteria e ficar milionário; relembre

Goiano ficou famoso em todo país ao ganhar loteria e ficar milionário; relembre

Goiano ficou famoso em todo país após ficar milionário ao ganhar na loteria Miron Vieira de Souza se tornou no dia 28 de outubro de 1975 o primeiro goiano a ganhar um prêmio milionário na Loteria Esportiva. Morador da região oeste do estado, ele ficou famoso em todo o país ao estampar capa de revista e ser entrevistado na TV. Na época, o prêmio foi de 22 milhões de cruzeiros, equivalente a R$ 50 milhões atualmente. Natural da cidade de Ivolândia, onde tinha um armazém, Miron acertou 13 pontos no concurso 254 e viu a sua vida mudar drasticamente. Ele se tornou um milionário e passou a estar diante dos holofotes. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Após conquistar a bolada, ele foi cercado por jornalistas em frente à propriedade que morava. Na ocasião, revelou que ganhava cerca de 500 cruzeiros por mês e que a aposta que garantiu a premiação custou apenas três cruzeiros. Natural da cidade de Ivolândia, ele chegou a ficar escondido em uma fazenda da família, protegido por um delegado e peões armados até viajar para receber o prêmio em Brasília. O comerciante relatou na época ter recebido cartas com pedidos de ajuda e empréstimos de diversas regiões do Brasil. Mesmo com a fama, ele manteve as suas raízes humildes. A primeira coisa que fez após a premiação ser paga foi colocar uma dentadura. LEIA TAMBÉM: Santa Dica: saiba a história da mulher conhecida por curar enfermos, participar de revoluções políticas e criar povoado Conheça lenda sobre rio aonde canoas navegam carregando almas, em Goiás Cobra gigante adormecida embaixo de igreja: conheça a origem da lenda que ultrapassa gerações em Silvânia Goiano Miron Vieira de Souza ganhou um prêmio milionário na Loteria Esportiva Cedoc/OJC Como ele investiu o dinheiro? Conforme noticiado pelo jornal O Popular, Miron comprou fazendas em Ivolândia, Iporá e Moiporá, além de casas em Goiânia, Ivolândia e Iporá. O novo milionário também investiu em lavouras, comprou mais de 3 mil cabeças de gado, carros e equipamentos agrícolas, mas não deixou de ajudar familiares. Miron Vieira de Souza após ganhar um prêmio milionário na Loteria Esportiva, em 1975 Cedoc/OJC Ele era casado com Divina Luíza e teve seis filhos. Em 1980, o Fantástico realizou uma reportagem especial para comemorar os 10 anos da Loteria Esportiva, e Miron foi um dos entrevistados. Em uma caminhonete vermelha ao lado da companheira e esbanjando o novo sorriso, ele relatou sobre os primeiros anos como milionário e que ainda recebia pedidos de ajuda financeira. "Quem compra terra, nunca erra", disse Miron, para a TV Anhanguera, em 1995, 20 anos após ter a vida transformada. Miron revelou que ainda fazia apostas na loteria e faturou uma vez 6 mil cruzeiros após a premiação milionária. Ao O Popular, em 2006, Miron contou que restava um valor correspondente a 10% do prêmio e que precisou vender parte dos bens para pagar dívidas. Miron Vieira de Souza ao ser entrevistado pelo jornal O Popular, em 2006 Diomício Gomes/O Popular Lembranças de um homem humilde Em 2020, o goiano perdeu a filha caçula para o câncer. Ele e a esposa passaram a morar na Fazenda Boa Esperança, em Iporá, onde morreu aos 83 anos devido a um câncer na próstata, que se espalhou para outros órgãos. Atualmente, Miron é lembrado por carinho por moradores da região. “Grande senhor Miron, da minha terra de Iporá. Ele era muito humilde. É incrível que o dinheiro não o corrompeu”, escreveu um conhecido nas redes sociais. “Foi um exemplo de homem que, ao ganhar o prêmio milionário, não se deixou deslumbrar. Sabiamente, tratou de investir em terras e gado (coisas que ele conhecia pouco, mas fez questão de aprender), e garantiu longos anos de vida tranquila para ele, e para sua família”, relembrou um internauta. Aposta de Miron Vieira de Souza, em 1975 Cedoc/OJC Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás