Franquias mostram como enfrentar a sazonalidade do varejo

Franquias mostram como enfrentar a sazonalidade do varejo

Vender sorvete no inverno; comercializar malas de viagem longe das férias: o varejo enfrenta a sazonalidade e é preciso vivência em gestão para que haja lucratividade em negócios que dependem do clima ou de datas muito específicas para garantirem o faturamento de todo o ano. Melitha Novoa Prado, advogada especializada em franchising, sócia do NPMP Advogados, explica que quem investe em negócios sazonais precisa aprender a geri-los, já que haverá épocas em que o faturamento será maior e outras em que se operará no vermelho. “É necessário equilibrar as contas para ver se vale a pena”, alerta. E quem não tem qualquer experiência? “Vale a pena investir tempo em procurar uma franquia que lhe ofereça o mais próximo ao que ele precisa para fazer uma boa gestão. Também é importante que o franqueado busque aprimoramento constante, por meio de cursos extras e leitura, afinal, ele ganhará muito com sua própria capacitação”, ensina a advogada. Quem não tem muita experiência em empreendedorismo pode sentir dificuldade com negócios sazonais, mesmo que eles sejam franquias, porque as compras, em algumas redes, dependem do franqueado. “É fundamental que se ofereça, no segmento de acessórios, por exemplo, curadoria de moda e consultoria para composição de estoque, com os produtos indicados conforme as características do consumidor local”, pondera Shirleine Diniz, Executiva de Expansão da Lebriju, rede com 14 lojas próprias e franqueadas pelo Brasil. Vender produtos ‘necessários o ano todo’ é uma boa estratégia, especialmente para quem deseja constância no faturamento. A Dr. Shape, rede de franquias de suplementos alimentares e artigos esportivos, com 70 lojas pelo Brasil, também não enfrenta a sazonalidade. A marca acaba de lançar uma microfranquia com investimento de R$ 89,7 mil, ideal para quem quer trabalhar em home office. Trata-se de uma franquia de autoatendimento de totens de venda de suplementos alimentares que podem ser instalados em condomínios residenciais e empresariais, academias, escola, clubes e outras localidades. “Geramos a venda recorrente, o ano todo, e sempre conquistando novos clientes”, explica Felipe Kalaes, sócio-franqueador. Em Alimentação, fugir da sazonalidade pode ser mais importante do que se imagina. Andreia Freitas, franqueadora da rede Bomdiqueijo, que oferece pães de queijo super recheados, conta que, quando pensou no seu negócio, levou em conta os horários em que a loja ficaria vazia. “Tive a ideia de criar um cardápio que disponibiliza ao cliente verdadeiros sanduíches no pão de queijo, que podem ser pedidos como lanche ou refeição, além do pão de queijo com recheios doces, o pão de queijo tradicional e o pão de queijo sem recheio, mas em algumas versões diferentes”, informa. Prestação de serviços também é opção Na prestação de serviços, o setor de Saúde e Beleza se destaca por não sofrer com a sazonalidade. “As pessoas não deixam de se cuidar porque é inverno ou verão e os serviços de Beleza crescem ano a ano”, comenta Helyezer Hasegawa, CEO do grupo Hasegawa, que tem 12 unidades, dentre próprias e franqueadas, das marcas Hasegawa Studio de Beleza (salão de beleza multisserviços); Hasegawa Spa e Hasegawa Barbearia. Quem concorda com ele é Paulo Silva, franqueador da Barbearia Black Zone, uma rede com 40 barbearias no estado de São Paulo. “Os homens sempre fazem, ao menos, a barba e cortam seus cabelos com regularidade. Essa recorrência mantém o faturamento das lojas com estabilidade”, comenta. Outra forma de garantir faturamento constante é oferecer aos clientes programas de fidelidade, com descontos na compra de pacotes de serviços. Esse tipo de benefício está cada vez mais presente nas redes de beleza. “Mesmo na pandemia, as clientes permaneceram fiéis ao nosso Clube de Fidelidade, o que nos manteve com faturamento recorrente”, recorda Rômulo Figurelli, CEO da Blow Escova Inteligente. Por fim, como a dor não tem hora para acontecer, a Doutor Hérnia é uma opção de negócio que não tem qualquer vínculo com a sazonalidade. Especializada em tratamento de hérnia de disco e reabilitação da coluna vertebral, a rede de 270 clínicas distribuídas pelo Brasil, duas no Paraguai e uma nos Estados Unidos atende pacientes o ano todo, faça chuva ou faça sol. “Nosso negócio depende da ação comercial do franqueado, ele precisa fazer parcerias com médicos, divulgar seu negócio localmente, gerir bem a equipe e cuidar da satisfação dos pacientes. Não há preocupação com datas comemorativas ou clima, certamente”, diz Laudelino Risso, sócio-franqueador. Oportunidades em diversos setores Abaixo, é possível conferir algumas marcas que atuam no mercado de franchising e estão expandindo para todo o Brasil: Blow Escova Inteligente – Franquia de salões de beleza especializados em escovar os cabelos, com destaque para as operações de autoatendimento, com investimentos a partir de R$ 295 mil. Lebriju – Franquia de quiosques e lojas com investimento de R$ 170 mil (quiosque) e R$ 390 mil (loja), incluindo estoque inicial e instalação. Doutor Hérnia – Microfranquia de clínicas especializadas no tratamento de coluna vertebral com investimento de R$ 150 mil. Hasegawa Studio de Beleza – Franquia de salões de beleza multisserviços com investimento a partir de R$ 380 mil. Dr. Shape – A marca acaba de lançar uma microfranquia com investimento de R$ 89,7 mil, também com opção de investimento em lojas, a partir de R$ 250 mil. Bomdiqueijo – Franquia de quiosques e lojas com investimento a partir de R$ 220 mil. Barbearia Black Zone – Franquia de barbearias com investimento de R$ 150 mil. Unhas Club – Microfranquia de tratamento e embelezamento de unhas para todas as necessidades femininas e masculinas, com investimento de R$ 129,5 mil.

DF registra aumento de chamados para retirada de abelhas

DF registra aumento de chamados para retirada de abelhas

Por Vítor Ventura O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) atendeu somente na última segunda-feira (25) três chamados para lidar com enxames de abelhas. Em um desses, os insetos se aglomeraram na traseira de uma moto estacionada perto do Aeroporto de Brasília. O CBMDF destaca o crescimento de casos do tipo em 2025, entre janeiro e agosto foram 4.671 ocorrências. O número representa um aumento de mais de 135% em relação ao mesmo período em 2024. Os acidentes envolvendo abelhas também aumentaram, segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF). No primeiro quadrimestre de 2024, foram 34 ocorrências. No mesmo período em 2025, foram 43 casos, representando um aumento de 26,5%. Até o dia 23 de agosto, foram registrados 123 acidentes com abelhas no DF, conforme dados da SES-DF. A secretaria indica que o aumento de acidentes envolvendo animais peçonhentos em geral no DF pode estar associado a uma combinação de fatores ambientais e urbanos. A expansão desordenada das áreas urbanas, o acúmulo de resíduos sólidos, as alterações climáticas e a insuficiência de infraestrutura de saneamento básico são condições que possivelmente contribuem para a maior incidência desses animais em áreas habitadas. Segundo o Ministério da Saúde, as abelhas são insetos da ordem Hymenoptera, assim como as vespas e as formigas. Algumas espécies são conhecidas por produzirem o mel e viverem em colônias, com uma organização hierárquica com uma rainha, alguns machos férteis e milhares de operárias fêmeas. As abelhas operárias são as responsáveis pela defesa da colônia. Ao picar, elas perdem parte do aparato inoculador, morrendo em seguida. Este aparato possui músculos próprios e continua injetando a peçonha mesmo após a separação do resto do corpo. Próximas a um enxame, as primeiras abelhas, ao picarem, liberam um feromônio que faz com que outras ataquem o mesmo alvo, podendo ocasionar um acidente com centenas de picadas. Especialistas explicam aumento Para Luiz Lustosa Vieira, presidente da Federação de Meliponicultores do DF, um dos fatores que explicam o aumento no número de abelhas é o período de enxameação, um fenômeno natural que ocorre no ciclo de vida das abelhas, no qual uma parte da colônia, liderada pela rainha, deixa a colmeia original para formar um novo enxame. Esse processo é essencial para a reprodução e sobrevivência das abelhas, garantindo a dispersão e colonização de novos locais. Outro ponto levantado por Luiz é a condição climática no DF. “No período de seca, existe escassez de alimentos que causa a evasão das abelhas no seu habitat natural”, aponta. Junto à seca, as queimadas também contribuem para a presença das abelhas em ambientes urbanos, segundo Luiz. Roberto Montenegro, diretor-presidente da Associação de Meliponicultores do Distrito Federal (AMe-DF), afirma que a intensificação das pressões ambientais sobre o habitat natural das abelhas, especialmente no cerrado, contribui para a aparição de abelhas em ambientes urbanos. As queimadas são um dos reflexos dessas pressões. “O fogo ameaça a fauna e a flora nativas e, especialmente as abelhas, por dependerem do cerrado para viver e se alimentar. Como mecanismo de sobrevivência, os enxames abandonam as áreas de risco e migram para locais mais seguros, sendo as cidades uma das alternativas mais próximas”, explica. Além disso, Roberto destaca também a própria expansão urbana no DF, que reduz a mata nativa. “Com menos flores e locais para nidificar, as abelhas são empurradas para as cidades”, conta. Como lidar De acordo com a SES-DF, nenhum antiveneno está atualmente disponível para o tratamento de picadas de abelhas. Por isso, é importante a adoção das medidas de prevenção de acidentes, como a remoção das colônias de abelhas situadas próximas a lugares públicos ou residências. Essa remoção é conduzida pelo Corpo de Bombeiros, portanto ao se deparar com um enxame de abelhas, a recomendação é acionar o CBMDF através do número 193. Segundo Luiz, as abelhas normalmente não atacam, apenas o fazem quando se sentem ameaçadas. No entanto, é importante tomar cuidado. “O risco é ser ferroado. Se o indivíduo for alérgico, como no meu caso, deve tomar um antialérgico e tentar retirar o ferrão. O melhor mesmo é ficar longe delas”, orienta. Roberto reforça que enxames migratórios geralmente não oferecem risco, pois não têm crias ou estoque de mel para proteger. “Se o enxame estiver apenas ‘pousado’ em um local (uma bola de abelhas em uma árvore, por exemplo), ele provavelmente está apenas descansando e seguirá viagem em até três dias. Se não houver risco imediato, a melhor opção pode ser apenas aguardar”, avalia. Em casos de ataques já desencadeados de abelhas, a orientação é evitar movimentos bruscos ou agitar as mãos perto do rosto e se afastar rapidamente do local, procurando abrigo em um ambiente fechado, como uma casa ou veículo. Para o tratamento das manifestações tóxicas ocasionadas por uma ou poucas picadas, recomenda-se a retirada dos ferrões e a utilização de compressas frias e analgésicos para o alívio da dor. Em casos de reações alérgicas, múltiplas picadas ou sintomas como falta de ar, inchaço na garganta ou tontura, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente.

Prefeitura e CDHU tentam suspender aluguel social de famílias afetadas por interdição de prédios em Marília

Prefeitura e CDHU tentam suspender aluguel social de famílias afetadas por interdição de prédios em Marília

Prefeitura e CDHU querem suspender aluguel social de 880 famílias em Marília A Prefeitura de Marília (SP) e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) entraram na Justiça com uma proposta para suspender o pagamento do aluguel social a 880 famílias que deixaram o conjunto habitacional Paulo Lúcio Nogueira, interditado desde julho de 2024 por risco de desabamento. O local foi desocupado após uma decisão judicial apontar precariedade estrutural e risco de desabamento. Desde então, Prefeitura e CDHU passaram a pagar aluguel social às famílias. No entanto, agora apresentaram uma nova proposta à Justiça e solicitaram a suspensão do benefício. Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp A proposta divide os moradores em dois grupos: as famílias que têm contrato ou vínculo comprovado com os imóveis receberiam, em caso de quitação, o valor total investido de volta, ou o equivalente às parcelas já pagas. Já as famílias sem vínculo formal teriam direito a uma carta de crédito. LEIA TAMBÉM: LIXO: Multa à Prefeitura de Marília por Queima de Lixo DROGAS: Maconha apreendida: Trio preso em Marília após perseguição HOMICÍDIO: Mulher é presa suspeita de matar companheiro a facadas após ser agredida em Tupã Em entrevista à TV TEM, o prefeito de Marília, Vinícius Camarinha (PSDB), relatou que as cartas de crédito devem variar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. No entanto, moradores questionam se o valor é suficiente para a compra de uma nova moradia. Prefeito Vinícius Camarinha explica sobre proposta sobre o caso do CDHU TV TEM/Reprodução "As cartas de crédito variam entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Esses valores que nós estamos fazendo uma força-tarefa para apresentar para as famílias. Por isso que esse prazo ainda é de 30, 60 dias, para a gente terminar essa proposta de forma definitiva e chamar todas essas famílias para estarem conosco, dialogando um por um", explicou o prefeito. O prefeito também reconheceu as dificuldades e disse que a proposta está em fase final de construção com a CDHU. "Desde que cheguei na prefeitura, junto com o Governo do Estado, estamos trabalhando de corpo e alma, com muita dedicação, pra gente encontrar uma solução. E a gente está avançando. Eu quero que isso seja rápido, o mais rápido possível pra gente tirar a agonia e a angústia dessas famílias que precisam ter as suas casas e o seu lar, estabelecer a sua vida de forma normal", relatou. Vinícius também afirmou que o prazo para definição da situação é de 30 a 60 dias. Segundo ele, após esse período, a Prefeitura pretende iniciar o diálogo individual com cada família. Em relação ao aluguel social, o prefeito destacou que o benefício representa um custo de quase R$ 1 milhão por mês e que a Prefeitura, junto com a CDHU, estuda formas de mantê-lo durante o período de transição. Famílias questionam proposta da Prefeitura de Marília junto ao CDHU TV TEM/Reprodução Moradores insatisfeitos Alguns moradores relataram à TV Tem insatisfação com a proposta, dizendo que a situação é injusta. Alguns moradores relataram insatisfação com a proposta TV TEM/Reprodução "Eu acho que isso não é justo. Agora pra dar uma solução pra gente está sendo difícil. Eles não conseguem dar uma solução", disse Maria Madalena Rangel, uma das afetadas. Já Rosângela Aparecida Maggi, diarista, afirmou que havia a expectativa de que os imóveis fossem reformados e que as famílias pudessem retornar ao conjunto. "Um absurdo! Porque primeiro eles falam que ia reformar, porque a maioria tem vontade de voltar aqui, eu principalmente. Agora eles falam que vai até em casa já pronta, mas não fala onde é. Quando o Tarcísio veio aqui em Marília entregar aquelas casas, ele falou que já tinha verba pra reformar. E a gente estava ciente disso. Agora veio essa outra proposta, a gente fica meio perdido", expressou. Rosângela Aparecida Maggi, diarista, afirmou que havia expectativa de reforma e retorno ao conjunto TV TEM/Reprodução Nota oficial A equipe de reportagem entrou em contato com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano para possíveis esclarecimentos. Em nota, foi informado que a CDHU está elaborando um plano definitivo de atendimento habitacional para as famílias, em substituição gradual ao pagamento do auxílio-aluguel. A Companhia relatou que aguarda decisão judicial sobre o pedido de suspensão do processo por 180 dias e reforçou que todas as etapas serão conduzidas com responsabilidade social, priorizando o diálogo e a proteção das famílias envolvidas. Famílias questionam proposta da Prefeitura de Marília junto ao CDHU TV TEM/Reprodução Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região

VÍDEO: Vítima de estupro e sequestro vê viatura da PM e salta de carro para pedir socorro em MG

VÍDEO: Vítima de estupro e sequestro vê viatura da PM e salta de carro para pedir socorro em MG

Vídeo mostra momento em que mulher pula de carro, corre e pede ajuda da PM em MG Câmeras flagraram o pedido de socorro de uma mulher que tinha sido estuprada e estava sendo sequestrada pelo ex-companheiro (veja vídeo acima). As cenas foram capturadas em um posto de combustíveis, localizado em Corinto, no interior de Minas Gerais. No vídeo, vítima e o agressor aparecem em um carro que chega no local. Ele estaciona para abastecer, mas não contava que uma equipe Polícia Militar iria chegar momento depois. As imagens mostram a mulher apreensiva, ela coloca as mãos na cabeça e chega a tirar o cinto de segurança ao notar a presença da viatura. Por vários momentos, o homem sai e volta rapidamente. Clique aqui para seguir o canal do g1 Grande Minas no WhatsApp Ao perceber que a viatura passa perto do automóvel, o agressor entra em seu veículo, mas não consegue impedir a ação da mulher, que abre a porta, sai correndo e entra na viatura. Na sequência, os militares agem rápido e imobilizam o homem. Mulher corre para viatura da PM pedindo socorro Câmeras de segurança De acordo com o capitão Márcio Brandão, a mulher, de 28 anos, foi sequestrada pelo ex, de 35, em Conceição do Mato Dentro. Após obrigá-la a entrar no automóvel mediante ameaça e uso de faca, ele seguia para Joaquim Felício. “Quando o agressor para na bomba de gasolina para abastecer, a vítima, que segue no banco do passageiro, está incomodada e aflita olhando para os lados. Ela vê a viatura e percebe a possibilidade de se salvar daquela situação de violência que vinha passando.” A mulher não morava em Conceição do Mato Dentro. Com medo das ameaças que sofria por parte do ex, ela foi para a cidade para se esconder na casa de um irmão. Ao perceber que o ex-cunhado havia saído para ir ao supermercado, o homem a abordou. Após força-la a entrar no veículo, ele tomou o celular dela, impedindo que tentasse pedir socorro. Conforme o capitão Brandão, os policiais que prestaram socorro à vítima e prenderam o homem faziam patrulhamento noturno. Diariamente, as equipes passam pelas proximidades do posto de combustíveis justamente para atuar na prevenção de crimes. “Ela viu uma esperança de ser salva e, na primeira oportunidade, desembarca do veículo em direção aos militares correndo e o agressor desembarca atrás tentando impedir que ela faça contato com a viatura. Nesse momento, imbuídos, os militares conseguem efetuar a abordagem do suspeito e efetuam a prisão. “A vítima alegou que foi violentada sexualmente no trajeto e que foi ameaçada de morte o tempo todo. Graças à atuação dos militares, uma vida foi salva.” O homem foi levado para a delegacia da Polícia Civil, onde teve a prisão em flagrante ratificada pelos crimes de estupro, ameaça e sequestro e cárcere privado. Viatura no posto de combustíveis onde a vítima pediu socorro Polícia Militar Vídeos do Norte, Centro e Noroeste de MG Veja mais notícias da região em g1 Grande Minas.

Brasil e França lançam expedição científica e cultural pelo rio Amazonas

Brasil e França lançam expedição científica e cultural pelo rio Amazonas

Um grupo de cientistas brasileiros e franceses apresentou nesta quarta-feira, em Belém, alguns detalhes de como será a caravana fluvial Iaraçu, uma iniciativa conjunta entre os governos dos dois países para fomentar redes de conhecimento na região amazônica. O programa, que abriu edital no início do mês para submissão de projetos, consiste em uma expedição que terá início em 28 de outubro e termina depois da COP30, a conferência do clima da ONU, em 20 de novembro. A ideia da iniciativa é levar conhecimento relacionado a mudanças climáticas e temas socioambientais para habitantes da região e, em contrapartida, mapear como os amazônidas ao longo do maior rio tropical do mundo estão enfrentando a crise do clima e desafios de desenvolvimento. Uma embarcação com 14 cabines de capacidade deverá ter uma população 28 de cientistas e agentes culturais que poderão se alternar durante o trajeto. O barco percorrerá lentamente o caminho de Manaus até Belém, com paradas em diversos pontos para incursões por terra. O projeto envolve inicialmente as universidades federais do Pará e do Amazonas junto do Centro Franco Brasileiro de Biodiversidade Amazônica, que se divide entre Amapá e Guiana Francesa. Os projetos a serem levados a cabo na expedição, porém, podem ser submissões de estudantes e pesquisadores em qualquer universidade do país, desde que estejam dentro da temática da expedição. Segundo o idealizador da proposta, Abdelfettah Sifeddine, diretor interino do CFBBA, a ideia é que instituições de pesquisa levem até comunidades da região o conhecimento científico que seja demandado por elas e, em contrapartida, recolham depoimentos para ajudar a pautar a ciência amazônica. — Isso é importante, porque, precisamos ir além de fazer a ciência pela ciência. Nós precisamos ver se essa ciência que estamos fazendo vai servir de alguma maneira para a sociedade. Então, temos que escutar a sociedade. Os ribeirinhos vão criar indicadores antropológicos para a gente adequar a nossa pesquisa para a solução de problemas que eles conhecem — afirma. O anúncio da proposta foi feito na UFPA durante o seminário Conexões Amazônicas, que governos francês e brasileiro promoveram nesta semana para divulgar pesquisas colaborativas entre os dois países feitas na região, no Museu Paraense Emilio Goeldi, em Belém. A reunião integra a Temporada França-Brasil 2025, série de eventos de comemoração marcando 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. O volume de recursos empenhados para a caravana Iaraçu não foi divulgado ainda, e deve ser definido em detalhes só após o fechamento do edital para projetos de pesquisa. O projeto é bancado no lado francês pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) e do lado brasileiro por instituições federais, incluindo as agências de fomento a pesquisa Capes e CNPq. Os pontos de paradas definidos para a expedição são inicialmente as principais cidades e centros estratégicos entre as capitais do Amazonas e do Pará: Manaus, Itacoatiara, Parintins, Óbidos, Alter do Chão, Almeirim, Porto de Moz, Gurupá, Breves e Belém. Ciência de raiz Segundo Sophie Jacquel, representante da embaixada francesa para assuntos culturais, um dos objetivos da caravana Iaraçu é promover uma maneira de fazer ciência que escute mais a comunidade. — Nós queremos promover uma troca, porque muitas vezes a ciência é feita com uma visão de cima para baixo — afirma. — Essa maneira de fazer ciência participativa é importantíssima para a nossa cooperação franco-brasileira na Amazônia. A maneira de fazer ciência "de baixo para cima" implica, de todo modo, que é preciso aceitar objetivos pouco claros logo de início, diz a diplomata, defensora de que a expedição abrace o espírito de aventura. A embarcação que conduzirá a caravana é um barco de desenho tradicional amazônico com espaços de convivência que acomodam mais pessoas nos períodos de ancoragem. Em princípio, o número de propostas de pesquisa aprovados, não vai superar o de passageiros, e a acomodação vai depender da escolha dos projetos e de suas necessidades de equipamentos. O edital encerra a recepção de propostas nesta semana, mas avalia prorrogar até o dia 10 de setembro. O cientista da UFAM envolvido na coordenação da empreitada, o geólogo Naziano Filizola, afirma que uma das inspirações para o Iaraçu foi o projeto "Rios Online", que a universidade criou para interagir de forma mais permanente com populações ribeirinhas e acompanhar suas demandas. — No projeto a gente entra em conexão com os ribeirinhos, eles mandam fotografias das situações dos rios, a gente transforma essas fotografias em posters e leva de volta para a comunidade, para as escolas para mostrar a situação dos rios com mais informações — conta. — Nessas idas às comunidades, a gente estabelece rodas de conversa com os comunitários, eles demonstram suas demandas, seus problemas. Nós desenvolvemos inclusive um aplicativo para que eles possam repassar essas demandas para nós e para o Ministério Público de forma anônima. A ideia da expedição, porém, é promover interações mais abertas. A UFAM afirmam também que pretende montar um pequeno museu itinerante científico com peças como fósseis, minerais de acervos da instituição para serem exibidos ao longo do projeto. Durante a COP30 no início de novembro, o barco deve ficar ancorado em Belém. O repórter viajou a Belém a convite da Temporada França-Brasil 2025

Brunello di Montalcino X Rosso di Montalcino: as diferenças dos dois vinhos

Brunello di Montalcino X Rosso di Montalcino: as diferenças dos dois vinhos

Do pequeno vilarejo toscano de Montalcino saem alguns dois vinhos italianos mais nobres e apreciados do mundo: o jovem Rosso di Montalcino e seu irmão mais velho, o Brunello di Montalcino. Vem entender as diferenças. Ambos são elaborados com a uva Sangiovese (que na região é chamada também de Brunello). O Rosso exibe no rótulo a menção DOC (Denominação de Origem Controlada), enquanto o Brunello é DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) ou seja, são produzidos segundo regras rígidas que garantem a alta qualidade da bebida. As principais diferenças estão no rendimento das uvas - o Brunello é produzido a partir de vinhedos com rendimento mais baixo, o que eleva a qualidade da bebida - e no tempo de envelhecimento, que no Brunello é bem mais longo. Por isso, o Rosso pode ser comercializado a partir de 1º de setembro do ano seguinte à colheita; já o Brunello pode chegar ao mercado apenas a partir do 6º ano após a vindima. Por exemplo, a safra 2025 de Brunello só estará disponível a partir de 1º de janeiro de 2030, que é o sexto ano incluindo também o ano da colheita. Envelhecimento Rosso X Brunello di Montalcino O que acontece com o vinho enquanto aguarda de ser colocado no mercado? Durante o ano em que fica na vinícola, o Rosso pode ou não amadurecer em carvalho. As regras de produção não obrigam o amadurecimento em madeira, portanto a escolha depende do produtor. Já o Brunello deve obrigatoriamente envelhecer pelo menos dois anos em carvalho e pelo menos quatro meses na garrafa – seis meses no caso do Brunello Riserva, elaborado apenas em safras excepcionais. Aromas e sabores do Rosso X Brunello di Montalcino O Rosso di Montalcino é um vinho harmonioso, elegante, saboroso e que chega ao mercado pronto para beber. Pode ser guardado por até uma década, mas é um vinho bem prazeroso para ser bebido jovem. Harmoniza muito bem com massa à bolonhesa, massas com cogumelos ou trufas, risoto de linguiça, aves e carne suína ao forno. Já o Brunello é um vinho bem intenso no nariz que geralmente apresenta notas de frutos de bosque, sous bois, madeira, baunilha e fruta em compota. Em boca, é elegante, vibrante, encorpado e muito persistente. Tem potencial de guarda de no mínimo 10 anos, podendo chegar a 30 anos nas melhores safra. É um vinho que vai bem com comidas robustas como carnes vermelhas assadas e grelhadas, carnes de caças e queijos maduros, como o pecorino. Ficou curioso de experimentar esses dois vinhos? Conheça a linha da Cantina Camigliano, vinícola tradicional de Montalcino que elabora vinhos orgânicos que expressam todo o terroir da Toscana. Rosso di Montalcino DOC Cantina Camigliano Divulgação É muito elegante e expressa ao máximo os aromas frutados e florais típicos da uva Sangiovese. Apresenta aroma de frutas maduras e flores como violeta, com toques de baunilha e chocolate. Em boca, é equilibrado, possui taninos finos, a excelente acidez e final longo. Amadureceu por 6 meses de barricas de carvalho francesas. Harmoniza com carnes vermelhas assadas. Brunello di Montalcino DOCG Cantina Camigliano Divulgação Um dos vinhos toscanos mais icônicos do mundo, é complexo, elegante, sofisticado e expressa ao máximo o potencial do terroir da Toscana e da uva Sangiovese. Apresenta aroma de frutas vermelhas maduras, acompanhado de notas de especiarias, couro, chocolate e tabaco. Em boca, é encorpado, possui acidez pungente, taninos equilibrados e bem estruturados e final longo e complexo. Amadureceu em barrica por 24 meses e passou 24 meses em garrafa antes da comercialização. Acompanha carnes vermelhas grelhadas e assadas, ensopados e queijos maduros. A safra 2018, disponível no Brasil, recebeu 91 pontos por Robert Parker. BEBA MENOS, BEBA MELHOR.

Valdemar diz que candidato do PL para 2026 é Bolsonaro ou ‘só quem ele escolher’

Valdemar diz que candidato do PL para 2026 é Bolsonaro ou ‘só quem ele escolher’

Brasília e São Paulo, 27 - O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reforçou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é o candidato do partido à Presidência da República, mas abriu espaço para que ele seja substituído. Nas palavras de Valdemar, porém, apenas Bolsonaro é quem dirá quem será seu substituto nas eleições presidenciais do próximo ano. O dirigente afirmou ainda que o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) terá o apoio para ser candidato ao Senado em Santa Catarina ou em "qualquer Estado que desejar". "Nosso candidato a presidente da República é Jair Bolsonaro ou quem ele, e só ele, escolher. E quanto ao Carlos Bolsonaro, seguimos firmes em sua candidatura ao Senado por Santa Catarina, ou (em) qualquer Estado que desejar", afirmou Valdemar em publicação no X. A declaração ocorre em meio a intensificação de movimentações sobre quem vai herdar os eleitores do ex-presidente, que segue inelegível até 2030 por duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por golpe de Estado na próxima terça-feira, 2. Nesta terça-feira, 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou pela primeira vez que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), será seu adversário nas eleições de 2026. Como mostrou o Estadão, o próprio governador mudou o discurso e, internamente, admite disputar o Planalto. O nome de Tarcísio como candidato da direita também tem sido endossado publicamente nos últimos dias. Nesta segunda-feira, 25, o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), citou o governador do seu partido como possibilidade de ser o nome da sigla na disputa pela Presidência No mesmo dia, Valdemar afirmou que caso concorra, Tarcísio deve ir para o PL. Sobre a candidatura de Carlos ao Senado, como mostrou a Coluna do Estadão, o PL mapeia novas opções para o vereador disputar uma vaga em 2026, diante de resistências locais em Santa Catarina. Em julho, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), negou existência de um acordo com o ex-presidente sobre o vereador disputar uma cadeira no Legislativo federal pelo Estado. O assunto deve ser tratado nesta quinta-feira, 28, durante visita do presidente do partido a Bolsonaro, em prisão domiciliar. No momento, estão no radar os Estados de São Paulo, diante a permanência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, e Roraima, Estado com predominância bolsonarista. Carlos reagiu à publicação da Coluna, negando haver qualquer impasse e afirmando que não se deixará "intimidar", sem dar mais detalhes. Eduardo, indiciado junto com Bolsonaro por tramar com autoridades americanas contra o Brasil para favorecer o pai no julgamento, também tem elevado o tom e criticado a provável substituição do pai. Nesta terça-feira, 26, o deputado afirmou, sem citar Tarcísio, que "se houver necessidade de substituir JB, isso não será feito pela força nem com base em chantagem". Estadão Conteúdo

Conselheira tutelar é acusada por proferir ofensas a adolescente que sofreu abuso do genitor

Conselheira tutelar é acusada por proferir ofensas a adolescente que sofreu abuso do genitor

Por Larissa Barros Uma conselheira tutelar do Sol Nascente, em Ceilândia, é acusada de coação psicológica e violência institucional ao proferir ofensas a uma menor de 17 anos, vítima de abusos sexuais pelo próprio pai. Em 2024, Cláudia Damiana da Silva Teixeira teria dito à adolescente frases como: “Ser lésbica e ateia é coisa do demônio”, “Vou te provar que Deus existe”, “O que você está me dizendo é pecado” e “Você precisa ler a Bíblia”. A situação, que configura violência institucional, ocorreu após a adolescente buscar atendimento em uma UPA da região em setembro do ano passado para relatar os abusos psicológicos e sexuais cometidos por seu pai. Ao chegar para prestar o atendimento, a conselheira, além das frases ditas, ainda perguntou à jovem se ela gostaria de mudar de cidade para um lugar desconhecido, com outra família, sem celular e ficar com sua mãe. Cláudia também mostrou conteúdos de automutilação para a menina, que pouco tempo depois da conversa teria tentado contra a própria vida. Diante da gravidade dos fatos, a conselheira recebeu uma medida protetiva de urgência e não pode se aproximar da vítima ou manter contato com ela, sob pena de prisão em caso de descumprimento. Cláudia deve ser investigada por coação psicológica, exibição de conteúdo sensível, comentários discriminatórios e revitimização, atitudes que se chocam com as atribuições do Conselho Tutelar. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o conselheiro tem a função de atender crianças e adolescentes com direitos violados ou ameaçados, oferecendo orientação, apoio e acompanhamento temporários. Ao Jornal de Brasília, a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) informou que a conselheira segue no cargo. "O procedimento, respeitando o princípio do contraditório e ampla defesa previsto na Constituição Federal, busca indícios da materialidade, precisando, em muitos casos, aguardar a apuração em outras esferas", explicou o órgão. O caso está sendo apurado pela Comissão de Ética e Disciplina dos Conselhos Tutelares, que já realizou diligências e solicitou informações a órgãos externos. Segundo a Sejus-DF, as respostas foram recebidas e estão em análise pelo membro responsável pela condução do processo. A Secretaria também reforça que acompanha a apuração com seriedade e transparência, garantindo o devido processo legal e o direito de defesa da conselheira, conforme previsto na legislação.