Casal dos EUA descobre lápide romana de quase 2 mil anos no quintal; entenda como ela foi parar lá

Casal dos EUA descobre lápide romana de quase 2 mil anos no quintal; entenda como ela foi parar lá

Quem diria que, entre as folhas secas e o mato alto do quintal de uma casa em Nova Orleans, nos Estados Unidos, repousava uma relíquia de 1.900 anos? Foi o que descobriram Daniella Santoro, antropóloga da Universidade Tulane, e seu marido, Aaron Lorenz, ao limpar o terreno de sua residência no início deste ano. Sob a vegetação, encontraram uma laje de mármore com inscrições em latim, que, à primeira vista, pareciam ser de um cemitério do século XIX. Mas, ao investigar mais a fundo, revelaram um vínculo com o Império Romano. Leia também: Arqueólogos descobrem navio romano de 2 mil anos surpreendentemente preservado na Croácia A pedra, com cerca de 30 centímetros de largura, trazia uma inscrição que dizia: "Aos espíritos dos mortos, para Sextus Congenius Verus, soldado da frota praetória Misenensis, da tribo dos Bessi, que viveu 42 anos e serviu 22 na guerra, na trirreme Asclepius. Atilius Carus e Vettius Longinus, seus herdeiros, fizeram para ele, bem merecedor". A tradução foi confirmada por especialistas como Susann Lusnia, da Universidade Tulane, e Harald Stadler, da Universidade de Innsbruck, que identificaram a lápide como pertencente a um marinheiro romano do século II. Segundo a AP News, a surpresa maior veio quando a inscrição foi comparada com registros de um artefato perdido: a mesma lápide havia sido parte de um cemitério militar desenterrado na década de 1860 em Civitavecchia, Itália, e estava desaparecida desde os bombardeios da Segunda Guerra Mundial. A cidade, importante porto romano, foi severamente atingida pelos aliados, resultando na destruição de muitos museus e acervos arqueológicos. O elo americano A história da pedra ganhou um novo capítulo recentemente quando se descobriu que ela havia sido trazida para os Estados Unidos por Charles Paddock Jr., veterano da Segunda Guerra Mundial que serviu na Itália. Sua neta, Erin Scott O’Brien, herdou o item e o utilizou como decoração de jardim em sua casa em Nova Orleans a partir de 2003. Quando Santoro e Lorenz se mudaram para a residência em 2018, encontraram a pedra e iniciaram a investigação que revelou sua origem. Após a confirmação da autenticidade e da origem da lápide, autoridades americanas, em colaboração com o FBI e o Ministério da Cultura italiano, iniciaram o processo de repatriação do artefato. A pedra será restaurada e exibida no Museu Arqueológico Nacional de Civitavecchia, onde ocupará seu lugar de direito na preservação da história romana.

Acreana e de origem indígena: conheça a modelo que brilhou nas passarelas da Semana de Moda de Paris

Acreana e de origem indígena: conheça a modelo que brilhou nas passarelas da Semana de Moda de Paris

Gabriely Dobbins, de 18 anos, viveu um dos momentos mais marcantes de sua trajetória no domingo (5), ao estrear nas passarelas da Semana de Moda de Paris. Natural de Sena Madureira, no interior do Acre, e descendente do povo indígena Kaxinawá, ela foi escolhida pela grife francesa Chloé para integrar o casting de seu desfile, feito que marca sua entrada oficial no circuito internacional da moda. Confira: Dandara Queiroz, atriz e modelo indígena, é destaque do primeiro dia da São Paulo Fashion Week De vendedora de chips a top model: jovem indígena brilha na Semana de Moda de Nova York Ainda no backstage da apresentação, a modelo compartilhou registros nas redes sociais e se emocionou com a dimensão do momento. No Instagram, onde reúne pouco mais de 8 mil seguidores, Gabriely recebeu uma enxurrada de mensagens celebrando seu feito e exaltando sua beleza. "Perfeita, do nosso Acre para o mundo", escreveu uma seguidora. "Que emoção ver uma acreana voando tão alto", comentou outra. "Deusa demais. O Acre está muito bem representado", destacou um perfil. Entre os comentários, predominavam orgulho, apoio e encantamento com sua representatividade. Gabriely Dobbins: modelo de origem Kaxinawá estreia na Semana de Moda de Paris e emociona seguidores Reprodução Instagram Antes de despontar como nova promessa da moda, Gabriely chegou a iniciar o curso de Farmácia e trabalhou como maquiadora. Mas foi aos 16 anos que sua carreira deu uma guinada, ao ser descoberta e agenciada pela Way Model, mesma agência responsável por nomes como Alessandra Ambrósio, Carol Trentini e Candice Swanepoel. Quem é a nova modelo brasileira que desfilou para a Chloé e conquistou Paris Reprodução Instagram Desde então, a jovem acreana tem construído uma trajetória consistente na indústria. No Brasil, já participou de desfiles da São Paulo Fashion Week e foi destaque em editoriais de publicações de peso como "Vogue" e "Marie Claire". Quem é a modelo brasileira de origem indígena que estreou na passarela da Chloé em Paris Reprodução Instagram A estreia em Paris é mais do que um marco na carreira de Gabriely, é também um passo importante para ampliar as referências de beleza e identidade nas passarelas internacionais. Com postura serena e olhar firme, ela representa não apenas o talento brasileiro, mas também a diversidade que ainda luta por espaço no mundo da moda.

Estilo resort? Quais são as três melhores cidades para curtir a aposentadoria nos EUA, segundo estudo

Estilo resort? Quais são as três melhores cidades para curtir a aposentadoria nos EUA, segundo estudo

Aposentar-se já não significa “sumir do mapa” ou viver à margem do mundo produtivo. Cada vez mais, essa fase da vida se transforma em um recomeço, sendo um período para aprender, socializar, viajar e, principalmente, viver com conforto. Academias, aulas de cerâmica, clubes de vinho, trilhas ao ar livre e festas são o novo normal entre aposentados que buscam bem-estar e autonomia, e não apenas descanso. Leia também: Lisboa é eleita uma das cidades mais felizes para turistas em 2025; conheça o top 5 Entre rios e casas de pedra: conheça a cidade mais bonita do mundo em 2025, segundo a Forbes Esse movimento, que se espalha por vários países, é especialmente visível nos Estados Unidos, onde um levantamento do GOBankingRates mapeou as dez cidades mais promissoras para aposentadoria com base em critérios como qualidade de vida, custo de moradia, acesso à saúde e oferta de lazer. As líderes da lista, Goodyear (Arizona), Sugar Land (Texas) e Clermont (Flórida), exemplificam como as novas gerações de aposentados estão ressignificando o que significa envelhecer. De acordo com a CNBC, o contexto ajuda a entender o fenômeno: o número de americanos com 65 anos ou mais deve saltar de 35 milhões em 2000 para cerca de 74 milhões até 2030, segundo projeções oficiais. Essa mudança demográfica vem acompanhada de outro fator determinante: os Baby Boomers detêm mais riqueza acumulada do que as gerações seguintes, o que lhes dá liberdade para escolher onde e como querem viver. E muitos estão optando por comunidades planejadas que mais se parecem com resorts de férias permanentes. Aposentadoria com cara de resort Essas novas comunidades, voltadas a moradores com mais de 55 anos, oferecem o oposto da imagem tradicional dos asilos. São espaços com piscinas estilo clube, academias modernas, aulas de dança e ateliês de arte. Os empreendimentos são desenhados para que os aposentados mantenham uma rotina ativa e socialmente conectada, com fácil acesso a serviços médicos e infraestrutura completa, um conceito que, segundo o Daily Mail, cresce rapidamente no mercado imobiliário americano. Em Goodyear, subúrbio de Phoenix, a população idosa aumentou 11% no último ano. Lá, o PebbleCreek Resort Community oferece desde clubes de escultura e fotografia até apresentações de comédia e festivais de dança. Já em Sugar Land, no Texas, o atrativo está nas vantagens fiscais e na vida social intensa de comunidades como o Arista Riverstone, que oferece desde aulas de ioga e meditação até noites de bingo e cinema. Em Clermont, na Flórida, o destaque é o clima agradável, os lagos e os parques que permitem um estilo de vida ao ar livre, além da proximidade com centros de saúde e atrações turísticas. No fim das contas, o que se vê nessas cidades é mais do que uma tendência imobiliária: é uma nova filosofia de vida. A aposentadoria do século XXI é ativa, conectada e planejada. E talvez o maior símbolo dessa revolução seja justamente a frase dita por uma corretora de Goodyear ao Daily Mail: “Morar aqui é como viver em um resort. Todo dia parece sábado. Se você está entediado, a culpa é sua.”

Como voltar ao Windows 11 23H2? Veja passo a passo para reverter atualização

Como voltar ao Windows 11 23H2? Veja passo a passo para reverter atualização

Atualização do Windows 11 pode ser revertida se o usuário deseje voltar para a versão 23H2. Caso o internauta tenha feito o update para a versão mais recente do sistema operacional e esteja enfrentando bugs e lentidão, a Microsoft permite que o downgrade seja realizado em um prazo de 10 dias — após esse período, os arquivos necessários para a restauração são apagados. Nesse caso, a alternativa é reinstalar o Windows 11 23H2 do zero, por meio do modo de recuperação. Nas próximas linhas, veja o passo a passo para reverter a atualização com segurança. Versão 24H2 do Windows 11: recursos e ajustes que vale a pena conhecer ➡️ Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews ? Grupo do TechTudo no Telegram: receba ofertas e cupons de desconto todos os dias Como voltar ao Windows 11 23H2? Veja passo a passo para reverter atualização Laura Storino/TechTudo O que é o Windows 11 Lite? Saiba mais no Fórum do TechTudo Veja se é possível voltar ao Windows 11 23H2 Downgrade do Windows pode ser feito dentro de um período de 10 dias Reprodução/Unsplash/Windows A Microsoft estabelece um prazo de 10 dias para que o downgrade seja realizado. Após esse período, o Windows apaga automaticamente todos os arquivos necessários para efetuar a reversão. Por isso, antes de iniciar o processo, esteja atento ao prazo. Caso ainda esteja dentro do período, siga o passo a passo abaixo: Passo 1. Vá em “Configurações”, toque em “Sistema” e procure a seção “Recuperação”. Passo 2. Em “Opções de recuperação”, verifique se há o botão “Voltar” ou “Reverter”. Se houver, clique em um deles para iniciar o processo de reversão do Windows e siga as instruções. Passo 3. Aguarde até que o sistema reinicie e restaure o Windows 11 23H2. Importante destacar que seus arquivos pessoais serão mantidos. Use o modo de recuperação se o PC não iniciar corretamente Modo de recuperação é uma alternativa para reinstalação da versão anterior do Windows Reprodução/Unsplash/Windows Se o computador travar após a atualização 24H2, você deve recorrer ao modo de recuperação para reverter a instalação para a versão 23H2. Para isso, ligue e desligue o PC três vezes seguidas até que ele entre na tela de Reparo Automático. Depois, vá em “Solução de Problemas”, depois em “Opções Avançadas” e, em seguida, em “Desinstalar Atualização”. Selecione a opção “Desinstalar a atualização de recurso mais recente”. Aguarde até que o processo de reversão para o sistema anterior seja concluído. Faça uma instalação limpa do Windows 11 23H2 Veja como fazer uma instalação do Windows 11 23H2 do zero Reprodução/Unsplash/Windows Após o fim do prazo para reversão, a única alternativa que resta é realizar uma reinstalação limpa do Windows 11 23H2. Ao concluir a reinstalação, será necessário restaurar os dados a partir do backup criado e reinstalar novamente todos os softwares e drivers. Para isso, siga com atenção o passo a passo abaixo: Passo 1. Baixe a imagem ISO do Windows 11 23H2 — acessível em sites como UUP Dump ou em repositórios oficiais da Microsoft (vale mencionar que, durante a apuração para produção desta matéria, a ISO do Windows 11 23H2 não estava disponível no site da Microsoft). Passo 2. Em seguida, crie um pendrive de boot utilizando ferramentas como o Rufus. Passo 3. Faça backup dos seus arquivos. Passo 4. Reinicie o computador e inicialize pelo pendrive. Passo 5. Siga as instruções na tela para instalar o Windows 11 23H2 do zero. Dicas para evitar problemas futuros O update do software pode trazer problemas. Devido à instabilidade do sistema, é comum que o computador trave, apresente lentidão ou falhas de hardware e de drivers. Nesse caso, uma dica importante é criar um ponto de restauração antes de aceitar novas atualizações. Dessa forma, caso o update apresente problemas, será possível restaurar o computador para as configurações anteriores. Além disso, desative temporariamente as atualizações automáticas para evitar a reinstalação da versão 24H2 e utilize o Assistente de Instalação da Microsoft apenas quando a nova versão do sistema operacional estiver estável. Com informações de Microsoft Mais do TechTudo Veja também: A IA pode te ajudar no processo seletivo de uma vaga? A IA pode te ajudar no processo seletivo de uma vaga?

Atividades criativas ajudam o cérebro a envelhecer mais lentamente, mostra estudo internacional

Atividades criativas ajudam o cérebro a envelhecer mais lentamente, mostra estudo internacional

Mudanças simples na rotina podem melhorar a saúde do cérebro Um estudo internacional publicado na revista científica Nature Communications mostrou que se envolver em atividades criativas — como dançar, tocar instrumentos, pintar, cantar ou até jogar videogame — pode retardar o envelhecimento do cérebro. A pesquisa analisou dados cerebrais de mais de 1.400 participantes de 13 países e descobriu que pessoas que praticam atividades criativas com frequência têm cérebros “mais jovens” do que aquelas que não cultivam esses hábitos. “Não é que o cérebro rejuvenesce — ele envelhece mais lentamente”, explica o neurologista Renato Anghinah, professor da Universidade de São Paulo (USP) e um dos autores do estudo. “O cérebro dessas pessoas mantém sua capacidade de resposta e de criação por mais tempo.” ? O que a ciência descobriu A equipe usou modelos computacionais conhecidos como brain clocks (“relógios cerebrais”) para comparar a idade biológica e cronológica do cérebro. Entre os grupos analisados — dançarinos, músicos, artistas visuais, jogadores de videogame e pessoas que não praticavam nenhuma atividade criativa —, os resultados foram claros: os que se envolviam regularmente com práticas criativas tinham cérebros mais jovens e conexões neurais mais eficientes. Os chamados “não praticantes” — grupo usado como controle — apresentaram o padrão esperado de envelhecimento cerebral, sem os ganhos observados nos criativos. Já os aprendizes, que começaram recentemente uma atividade, mostraram melhora intermediária: os benefícios aparecem mesmo após poucas semanas de treino. O efeito foi ainda mais evidente nos dançarinos de tango, cujos cérebros pareceram até sete anos mais jovens do que a idade real. Segundo Anghinah, isso acontece porque a dança combina movimento, coordenação, música e improviso, ativando várias regiões cerebrais ao mesmo tempo. “A dança é uma atividade completa: exige coordenação motora, planejamento, resposta rápida e criatividade. Tudo isso faz com que o cérebro crie mais conexões e mantenha essas redes ativas por mais tempo”, explica o pesquisador. Dançarinos de tango têm cérebros que parecem até sete anos mais jovens do que a idade real. Reprodução Criatividade como ferramenta de saúde pública O neurologista acredita que o estudo ajuda a revalorizar o papel das artes e da criatividade como fatores de saúde e não apenas de lazer. “A arte sempre foi colocada em segundo plano, como se fosse algo opcional. Mas ela deve ter o mesmo peso que o exercício físico ou uma boa alimentação. As atividades criativas fazem parte da complexidade da nossa cognição e precisam estar no centro das políticas públicas”, afirma. Anghinah defende que escolas — públicas e privadas — deveriam manter o ensino de música, teatro e artes como componentes essenciais do currículo. Começar tarde também traz benefícios Mesmo quem nunca se considerou uma pessoa criativa pode se beneficiar. O estudo mostrou que começar depois dos 50 ou 60 anos ainda traz ganhos mensuráveis para o cérebro. “Se a pessoa resolve entrar num coral, aprender um instrumento, pintar ou jogar algum jogo que exija atenção e raciocínio, ela vai criar novas conexões e reativar habilidades antigas”, diz Anghinah. “Não é o mesmo efeito de quem fez isso a vida inteira, mas o cérebro continua respondendo. A neuroplasticidade funciona até o fim da vida.” Pequenas mudanças que fazem diferença Para o neurologista, o ideal é começar aos poucos e encontrar uma atividade que gere prazer. “Há infinitas formas de ser criativo”, diz ele. “Cantar, cozinhar de forma diferente, aprender um tipo novo de dança, fazer crochê, pintar, desenhar ou até jogar videogames que exijam estratégia e coordenação — tudo isso ajuda o cérebro a trabalhar melhor.” “A criatividade é um exercício de liberdade mental. Ela não precisa de talento, mas de curiosidade e constância”, resume. ? Um novo olhar sobre o envelhecimento Os pesquisadores acreditam que, no futuro, a criatividade poderá ser prescrita como ferramenta de prevenção. “Acho que o grande recado é que o envelhecimento cerebral é resultado de uma soma de fatores: boa alimentação, atividade física, sono, e agora sabemos que a criatividade também é um protetor importante”, diz Anghinah. Ele próprio, após participar da pesquisa, diz ter se inspirado a retomar antigos hobbies. “Eu era uma pessoa muito racional, de pesquisa. Mas esse estudo me fez voltar a cantar e a buscar atividades criativas. Até o pesquisador sai transformado”, ri.

Diretor-geral de 'Vale tudo' em 1988, Dennis Carvalho relembra mudança de última hora em morte de Odete Roitman

Diretor-geral de 'Vale tudo' em 1988, Dennis Carvalho relembra mudança de última hora em morte de Odete Roitman

No fim de 1988 e ínicio de 1989, Dennis Carvalho era uma das poucas pessoas que sabiam da resposta a um dos maiores mistérios da história da TV brasileira: quem havia matado Odete Roitman? Essa informação privilegiada lhe cabia porque ele era o diretor-geral da novela escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, agora reescrita por Manuela Dias com o mesmo assassinato mobilizando o país. Indispensável: OAB alerta suspeitos de morte de Odete Roitman após depoimentos sem advogados Veja as primeiras imagens do casamento de Raquel e Ivan em 'Vale tudo'; figurinista detalha vestido de noiva — A gente pensou em Marco Aurélio para matar Odete — diz Dennis ao GLOBO, referindo-se ao personagem de Reginaldo Faria. — Mas houve um vazamento e precisamos mudar. Mas a resolução do mistério acabou saindo na imprensa, segundo Dennis, o que obrigou Gilberto Braga a alterar a trama em cima da hora. Não só porque perderia a graça para o público, como também por causa de um concurso patrocinado pela marca de alimentos Maggi (o caldo da Galinha Azul), que sortearia 5 milhões de cruzados entre os telespectadores que acertassem o assassino. Quem matou Odete Roitman: autora de 'Vale tudo' escreveu dez finais, para cinco suspeitos; veja diferenças entre 2025 e 1988 — Uma semana antes do final, o Gilberto me falou: "Quem é que tem cara de louca no elenco?". A Cássia (Kis, intérprete de Leila), claro, eu respondi. Então é ela que vai matar, ele me disse — relembra Dennis. Esta história também é contada na autobiografia de Gilberto Braga, "O balzac da Globo", escrita por Artur Xexéo e Maurício Stycer (Editora Intrínseca). A última gravação Para evitar novos vazamentos, Dennis armou uma operação de guerra, reportada pelo GLOBO na edição de 7 de janeiro de 1989, um dia depois do último capítulo. O final, com Leila, mulher de Marco Aurélio, matando Odete sem querer, por achar que sombra na parede era de Fátima (Gloria Pires), a amante dele, foi filmada no dia em que foi ao ar. "Oito cenas foram gravadas ontem, duas com a participação da vítima", dizia a matéria do GLOBO. — Convoquei todo o elenco, fomos para o estúdio às 9h e fiz uma brincadeira, falando, solenemente, “vou revelar quem matou Odete Roitman” — diz Dennis. — Quando anunciei Cássia Kis, foram só aplausos. O pessoal foi para casa e começamos a gravar do zero às 13h. Sobre a nova versão, Dennis diz que, pela primeira vez, está com tempo de assistir a uma novela inteira e elogia a atuação "brilhante" de Debora Bloch. E quem matou Odete Roitman, na visão desse especialista? — Afonso (Humberto Carrão). Para mim, ele é o assassino.

Como foi o final da versão original de 'Vale Tudo'? Capítulo teve trisal, casamentos e jogo do bicho

Como foi o final da versão original de 'Vale Tudo'? Capítulo teve trisal, casamentos e jogo do bicho

Veja como foi o final de ‘Vale Tudo’ em 1989 O capítulo final da primeira versão de "Vale Tudo" foi ao ar em 6 de janeiro de 1989. A novela surpreendeu os espectadores ao não punir os personagens de má índole, finalmente uniu um casal queridinho e explicou de vez quem matou Odete Roitman (Beatriz Segall). No remake, o capítulo final vai ao ar nesta sexta (17). Relembre como foi o final da versão original: Quem matou Odete Roitman No capítulo final, a identidade do assassino finalmente é revelada: Leila (Cássia Kis) matou Odete por engano. Mas ela não chega a ser punida. Leila confessa a verdade a Bartolomeu e consegue fugir com Marco Aurélio (Reginaldo Faria) e Bruno (Danton Mello). No avião, o empresário da TCA faz o gesto de "dar uma banana" para o Brasil e voa para longe — a cena se tornou uma das mais emblemáticas da teledramaturgia brasileira. Cena em que Marco Aurélio (Reginaldo Faria) dá uma banana para o Brasil ao fugir do país com Leila (Cássia Kis) Reprodução/TV Globo Casamentos (e trisal?) No último capítulo, Afonso vai atrás de Solange (Lídia Brondi) e se declara para ela. Ele acha que a filha dela, Marcinha, é de Mário Sérgio (Marcos Palmeira), mas se oferece para cuidar da menina "como se fosse minha". Mais tarde, Solange revela que a bebê é filha dele. "Você é muito desligado, hein, Afonso? Bom, ficou dois anos casado com a Fátima sem saber que ela te enganava... aliás, era só olhar para a Marcinha com um pouquinho mais de atenção. Ela é a tua cara", diz ela, para a emoção de Afonso. Vemos os casamentos de Poliana (Pedro Paulo Rangel) e Íris (Cristiana Galvão interpreta a personagem, que não existe no remake). Afonso e Solange se casam e Heleninha (Renata Sorrah) se casa com William (Dennis Carvalho), que também não está na nova versão. Sóbria há um ano, Heleninha aparece feliz e bem-sucedida em sua galeria de arte. Maria de Fátima (Glória Pires) se casa com príncipe italiano Reprodução/TV Globo Maria de Fátima (Glória Pires) está trabalhando diariamente (o que, para ela, é um sofrimento). Mas ela também acaba se dando bem: César (Carlos Alberto Riccelli) consegue para ela um casamento arranjado com um príncipe italiano, que precisa de uma esposa para disfarçar sua homossexualidade. O capítulo dá a entender que, juntos, os três formarão um trisal. Já o filho dela fica com Raquel. Consuelo e Olavo Na versão original, Consuelo é solteira, e Jarbas é seu irmão. Ela tem um caso com Olavo, que por sua vez está com ela por interesse. No fim da novela, o fotógrafo é preso, e ela o visita na cadeia todos os domingos (para a família, ela diz que está na igreja). Vitória no jogo do bicho Lucimar (Maria Gladys) ganha no jogo do bicho Reprodução/TV Globo Até então faxineira, Lucimar (Maria Gladys) aposta no número da sepultura de Odete Roitman e vence no jogo do bicho. Com a bolada, ela desaparece por um tempo e volta mudada, diretamente da Argentina. Ela reaparece vestida como uma socialite, de penteado parecidíssimo com Odete, e desprezando os brasileiros. Ivan e Raquel Ivan e Raquel no fim de 'Vale Tudo' (1988) Reprodução/TV Globo Se Marco Aurélio consegue fugir, Ivan (Antônio Fagundes) não tem a mesma sorte de não pagar pelos seus crimes. Ele é condenado a dois anos de prisão pelo crime de suborno para liberar equipamentos retidos na alfândega. "Aqui nesse país, é careta você ser íntegro, você ser honesto", diz. Ele cumpre um ano e, ao sair da cadeia, é indicado por Afonso (Cássio Gabus Mendes) à vice-presidência da TCA. Mais tarde, lança o livro "Vale Tudo", baseado em suas experiências de vida. Ele compra uma casa para morar com Raquel (Regina Duarte). Felizes, os dois protagonizam a cena final da novela, andando juntos pela orla da praia.

Como economizar a bateria do celular Samsung? Use essas configurações

Como economizar a bateria do celular Samsung? Use essas configurações

Aumentar a durabilidade da bateria do celular reduz a necessidade de cargas constantes, o que pode preservar a vida útil do aparelho a longo prazo. Tanto que as próprias fabricantes, como a Samsung, implementam recursos nativos para prolongar o nível da carga de seus dispositivos, como o modo de economia de energia. Algumas simples configurações de tela também podem impactar significativamente no consumo e, ainda, existem aquelas medidas que você nem imagina que possam ter uma contribuição no uso da bateria do seu smartphone. Por isso, o TechTudo separou 5 ajustes que podem salvar a bateria do seu celular Samsung. Confira! Essas 10 funções vão deixar o seu celular Samsung BEM mais rápido! Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews O Galaxy A55 tem uma bateria de 5.000 mAh Divulgação/Samsung Como liberar espaço no celular Android? Veja no fórum do TechTudo Como economizar a bateria do celular Samsung? Use essas configurações: Uso do “Modo de Energia Adaptável” e Limites de Processamento Configuração Agressiva da Suspensão Profunda Gerenciamento de Tela “Always On Display” (AOD) Ajuste da Resolução e Taxa de Atualização Desativação de Serviços de Localização e Conectividade Desnecessários Uso do “Modo de Energia Adaptável” e Limites de Processamento Um recurso que os usuários de Android já conhecem é o modo de economia de energia, bem útil quando o smartphone está em níveis críticos de bateria e não dá para ser carregado instantaneamente. Essa “economia” acontece, pois, para preservar a bateria, o modo limita o desempenho da CPU do smartphone, reduzindo o brilho da tela, desligando a luz das teclas sensíveis ao toque e o feedback de vibração. Além disso, ele geralmente fecha todos os aplicativos e telas desnecessárias para aumentar a duração da bateria. No entanto, existe outra funcionalidade integrada ao Samsung e na maioria dos smartphones Android, a chamada Bateria Adaptável. Ela gerencia automaticamente o desempenho e eficiência do smartphone em segundo plano, usando processos especiais para prolongar a carga. Em algumas operações mais simples que não exigem desempenho máximo, como navegar pela caixa de entrada, por exemplo, a configuração reduz o consumo de bateria para economizá-la. Para que isso aconteça, você deve acessar Ajustes > Bateria > Preferências adaptáveis. ​​Verifique se a opção “Bateria adaptável” está ativada, caso contrário, ative-a. Bateria adaptável Samsung Reprodução/Samsung Members Configuração Agressiva da Suspensão Profunda Os apps instalados que caem no esquecimento por falta de uso entram automaticamente “Em Suspensão”, ou seja, em uma espécie de hibernação digital, de modo que não funcionam em segundo plano. Porém, uma vez que algum desses softwares é aberto, ele volta à “estaca zero”. Porém, existe uma maneira de você mesmo colocar os apps do seu Samsung para dormir. No modo de Suspensão Profunda, é possível escolher os aplicativos que deseja que jamais operem em segundo plano. Mas vale dizer que há algumas consequências ao fazer isso, como deixar de receber notificações, como novas mensagens no WhatsApp, por exemplo. Para fazer isso, acesse as configurações do smartphone e siga essa sequência: Assistência do Aparelho > Bateria > Gerenciamento de energia de aplicativos > Aplicativos em suspensão profunda. Escolha os aplicativos em suspensão profunda no Android Foto: Reprodução/Mayara Aguiar Gerenciamento de Tela “Always On Display” (AOD) O Always On Display (AOD) exibe determinadas informações em telas AMOLED enquanto elas estão “desligadas”. Ele permite, por exemplo, que você verifique a data e hora sem precisar ativar a tela. Mas ao fazer isso, essa atividade exige que a tela fique ligada o tempo todo, consumindo mais energia. No entanto, você tem a opção de desligar o AOD ou definir horários para que ele ligue e desligue. Para desativá-lo, vá para Configurações > Tela de bloqueio e segurança > Tela de bloqueio e Always On Display. Toque o controle deslizante (ele se moverá para a esquerda). Se quiser somente definir um cronograma de funcionamento, faça o mesmo passo a passo para chegar até a Tela de bloqueio e Always On Display, toque em “Quando mostrar” (pode variar conforme dispositivo), e siga as orientações do dispositivo. Use o Always-On-Display em horário agendado Reprodução/Diego Cataldo Ajuste da Resolução e Taxa de Atualização A melhoria no desempenho das telas dos smartphones mais modernos se deve, na maioria, às taxas de atualização mais rápidas que os fabricantes implementaram, seja 90 Hz, 120 Hz ou valores maiores. Isso torna as animações, rolagem nas redes sociais e outras interações mais suaves e responsivas. Mas, por outro lado, o consumo de bateria também é maior. Entretanto, existe a possibilidade de reduzir essa taxa de atualização. Nas configurações do telefone, navegue até o menu “Tela” e procure por “Suavidade de Movimento” (ou similar, dependendo do dispositivo) e volte para a taxa padrão. Isso significa que sua tela passará a operar automaticamente em 60 Hz. Ao fazer a mudança, você pode sentir uma certa instabilidade na tela no começo, mas isso é completamente normal. Outra opção para economizar bateria é alterar a resolução da tela de QHD Plus para Full HD Plus. Isso reduz o consumo da bateria, fazendo somente uma pequena diferença na qualidade da tela. Vá para Configurações > Tela > Resolução da tela > FHD. Altere a taxa de atualização da tela em celular Samsung para Padrão (60 Hz) para economizar bateria Reprodução: Juliana Villarinho/TechTudo Desativação de Serviços de Localização e Conectividade Desnecessários Muitas vezes, desabilitar recursos que não estão em uso já faz uma diferença significativa para poupar a bateria. Serviços de localização, Wi-Fi e Bluetooth são funcionalidades que não precisam estar o tempo todo ativadas, pois, nestes casos, cada verificação regular em busca de sinal consome energia. Nos Samsung e maioria smartphones Android, você pode rolar o painel de notificações (menu suspenso) para baixo para ativar e desativar esses serviços tocando no ícone correspondente. Embora este modo de configurações rápidas seja a maneira mais prática de acessá-los, eles também estão disponíveis no menu de configurações do celular para gerenciamento. Ainda sobre os serviços de localização, há a possibilidade de desativar o seu uso individualmente em apps específicos em “Permissões de aplicativos”. Com informações de Samsung, Android, ZDNET, Asurion e Boucepad North America Inc. Mais do TechTudo Veja também: Melhores antivírus Grátis para celular Android! Veja o Top 3 atualizado para 2025! Melhores antivírus Grátis para celular Android! Veja o Top 3 atualizado para 2025!

Enem 2025: checklist para revisar a redação e garantir mais pontos

Enem 2025: checklist para revisar a redação e garantir mais pontos

'Vale Tudo' no Enem: morte de Odete vira questão de matemática; qual seria sua nota? Faltando poucas semanas para a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, os candidatos devem definir um bom plano de ataque para a prova. No primeiro domingo, 9 de novembro, é preciso ter agilidade para responder às 90 questões objetivas e escrever uma boa redação – cuja pontuação é determinante para a nota final. Para garantir que o texto produzido atende às competências cobradas pelo exame, é essencial que o estudante reserve alguns minutos para revisar o que escreveu antes de entregar. Ou, de preferência, e se houver tempo, antes mesmo passar à limpo na folha de redação. LEIA TAMBÉM: Quantos parágrafos tem uma redação do Enem? Relembre a estrutura Além de corrigir pequenos erros de gramática e ortografia, essa estratégia permite ter uma visão geral e mais distanciada do texto, garantindo que não existam falhas graves que possam resultar em perdas significativas de pontos ou até mesmo na anulação da redação – um grande medo dos candidatos. Prova de redação será aplicada no primeiro domingo de exame, 9 de novembro. Freepik É o famoso "pente fino". Maysa Barreto, assistente pedagógica da plataforma Redação Nota 1000, recomenda que o candidato comece relendo a redação em voz baixa, claro, para não incomodar os outros inscritos. “Isso ajuda a identificar possíveis desvios gramaticais e falhas sintáticas que podem ter passado despercebidos na hora de transcrever o texto do rascunho para a folha oficial”, explica. Veja o checklist completo recomendado por Maysa: ✅ Releia em voz baixa para identificar desvios gramaticais e falhas sintáticas; ✅ Confira se respeitou os limites da folha – mínimo de 8 linhas e máximo de 30 –, mantendo o texto dentro das margens indicadas; ✅ Garanta que as palavras-chave da frase-tema apareçam ao longo da redação, o que mostra que o texto está de fato dentro do tema proposto; ✅ Verifique se há uma tese clara na introdução, ou seja, um ponto de vista que foi desenvolvido e retomado ao longo de todo o texto; ✅ Observe se incluiu repertórios socioculturais pertinentes, informações vindas de outras áreas do conhecimento e não apenas dos textos de apoio – e se estão bem relacionados ao tema e à argumentação do parágrafo; ✅ Revise a coerência e a progressão das ideias, avaliando se cada parágrafo contribui para a defesa do ponto de vista e se as afirmações estão acompanhadas de exemplos ou justificativas para comprová-las; ✅ Analise o uso dos conectivos, garantindo variedade e sentido adequado nas relações entre as partes do texto; ✅ Confira se a proposta de intervenção está completa, com todos os elementos essenciais, respeito aos direitos humanos e relação direta com os problemas discutidos na redação. Revise com base nas competências Outro caminho é revisar o texto de acordo com as cinco competências avaliadas pelo Enem, indica a professora de redação Tanay Gonçalves, da plataforma Professor Ferretto. Ela sugere o seguinte roteiro: ✅ Competência 1: revisar bem o rascunho para eliminar o máximo de erros gramaticais; ✅ Competência 2: verificar se o tema é mencionado em todos os parágrafos; ✅ Competência 3: garantir dois ou três repertórios socioculturais, sempre acompanhados de análise para articular à argumentação – nada de citações soltas; ✅ Competência 4: observar se fez bom uso dos conectivos, empregando de 10 a 15, especialmente no início dos parágrafos de desenvolvimento e conclusão; ✅ Competência 5: conferir se a proposta de intervenção traz os cinco elementos válidos (agente, ação, modo, finalidade e detalhamento), relacionados à discussão dos parágrafos anteriores. LEIA MAIS: Um mês para o Enem: o que estudar e como se preparar para cada área da prova? Como estudar para o Enem usando filmes, séries e outras obras Como treinar redação em casa? Vale usar IA para corrigir?

De volta ao mapa da vergonha: crianças sem vacina

De volta ao mapa da vergonha: crianças sem vacina

É inadmissível, mas está acontecendo: o Brasil voltou a figurar entre os 20 países com maior número de crianças não vacinadas no mundo. Somos agora o 17º colocado, segundo dados divulgados em julho pela Unicef e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estávamos fora dessa lista em 2023, quando demos sinais de recuperação nas coberturas vacinais. Mas, infelizmente, um ano depois, retrocedemos. Voltamos a ocupar um lugar entre as nações que falham em proteger suas crianças contra doenças evitáveis. É um alerta vermelho para a saúde pública brasileira. De acordo com o levantamento, cerca de 14 milhões de crianças no mundo não receberam sequer uma dose de vacina. São chamadas de “zero dose”. Outras 6 milhões foram vacinadas apenas parcialmente, ficando também vulneráveis. O estudo usa como referência a aplicação da DTP1 — vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche —, por ser considerada um marcador de acesso aos serviços de imunização de rotina. E os números que vêm do Brasil são preocupantes. Em 2024, foram registrados mais de 7.440 casos de coqueluche no país. A doença é caracterizada por crises severas de tosse seca, que podem durar semanas e causar complicações graves, principalmente em bebês. A doença está reaparecendo com força. O tétano também não desapareceu, apesar da falsa sensação de segurança. A vacina reduziu muito os casos, mas não eliminou a doença. De 2022 a 2024, o Brasil registrou 188, 205 e 219 casos, respectivamente. Quase todos entre adultos e idosos. O mais alarmante? A letalidade: entre 26% e 29%. Isso significa que 1 em cada 4 pessoas que contraem tétano morre. Já a difteria, que não registra mortes no país desde 2017, continua sendo uma ameaça latente. Naquele ano, uma criança de 10 anos, vinda da Venezuela, morreu em Boa Vista (RR) — um lembrete brutal de que fronteiras sanitárias são frágeis, e que o Brasil precisa manter vigilância constante. O que estamos vivendo é consequência direta da queda nas coberturas vacinais. Nenhuma das 17 vacinas infantis monitoradas pela OMS atingiu os 90% de cobertura no Brasil. A hesitação cresceu, alimentada por desinformação, fake news e discursos antivacina. Isso, somado à redução de recursos e à fragilização do Programa Nacional de Imunizações (PNI) — responsável por organizar e garantir o acesso gratuito às vacinas — gera o cenário perfeito para o retorno de doenças antes controladas. Você já se perguntou por que os bebês tomam vacinas desde o nascimento? Os recém-nascidos correm maior risco de adoecer. É também o momento em que o sistema imunológico deles mais aprende com as vacinas. Quando atuava como pediatra, costumava explicar aos pais que uma criança é como um computador novo — sua “memória imunológica” está em branco, e as vacinas vão instalando as proteções contra vírus e bactérias perigosos, garantindo que o corpo esteja preparado para enfrentar doenças. Vacinar é, sim, uma decisão individual — mas com impacto coletivo. Ao deixar de vacinar seu filho, uma família coloca em risco toda uma comunidade. E, no caso de doenças como sarampo, coqueluche e poliomielite, basta uma queda pontual de cobertura para o vírus circular novamente. A imunização precisa voltar a ser tratada como prioridade — e não apenas quando há surtos ou emergências sanitárias. É frustrante ver o Brasil — País que já foi referência mundial em vacinação — recuar tanto. Mas ainda é possível mudar esse cenário. Precisamos de ações integradas entre governos, setor privado, profissionais de saúde, educadores e famílias. Campanhas de comunicação eficazes, reforço no PNI, capacitação das equipes de saúde e investimento contínuo são o caminho. A vacina é uma das maiores invenções da humanidade. Proteger nossas crianças com elas não deveria ser negociável.

Salário em dólar: veja como conseguir emprego no exterior sem sair do Brasil

Salário em dólar: veja como conseguir emprego no exterior sem sair do Brasil

Estados Unidos lidera como o país que mais emprega brasileiros. Pexels/RF._.studio Os Estados Unidos lideram a lista de países que mais contratam trabalhadores brasileiros para o serviço remoto e concentra cerca de 85% das vagas, segundo levantamento da plataforma de câmbio voltada para profissionais TechFX. Dos 1.428 desenvolvedores brasileiros entrevistados e que atuam no exterior, 1.220 trabalham para organizações americanas, com salários médios que chegam a US$ 110 mil anuais (cerca de R$ 598 mil). O estudo também destaca outros destinos: Canadá e Austrália aparecem empatados em segundo lugar, com 1,85% cada, seguidos pelo Reino Unido (1,85%), Argentina (1,55%), Portugal (1,16%), México (1%) e Alemanha (0,62%). No mercado, esses profissionais são conhecidos como Global Workers: trabalhadores que prestam serviços remotamente para empresas estrangeiras, mantendo residência no Brasil e recebendo em moedas fortes, como dólar ou euro. Essa modalidade oferece a vantagem de acesso a salários mais altos, flexibilidade de tempo e liberdade geográfica, sem a necessidade de migrar para outro país. Mas afinal, como conseguir oportunidades em empresas do exterior sem sair do Brasil? É preciso ser fluente em inglês? O g1 conversou com especialistas, que dão dicas práticas e explicam os direitos desses profissionais a seguir: ‍ Perfil profissional mais procurado ✍ Fluência em Inglês Como encontrar vagas Modalidades de Contratação ➡️ Direitos e cuidados legais ? Declaração para o IR Vantagens e desafios MEIs agora podem pagar o DAS por cartão de crédito; veja como fazer ‍ Perfil profissional mais procurado Uma outra pesquisa da TechFX, feita com 1.433 brasileiros que atuam remotamente para empresas internacionais, mostra uma forte concentração em uma única área: a tecnologia. Do total, 1.251 profissionais – ou 87,6% – trabalham nesse setor. (saiba como entrar) Outras áreas aparecem em números muito menores: Produto: 41 pessoas (2,9% do total) Sucesso do Cliente: 38 pessoas (2,7% do total) Design: 37 pessoas (2,6% do total) Marketing: 20 pessoas (1,4% do total) Operações: 14 pessoas (1% do total) Recursos Humanos: 13 pessoas (0,9% do total) Apesar da pesquisa ter como base os clientes da empresa, os dados refletem uma tendência clara: atuar na área de tecnologia, especialmente em desenvolvimento, aumenta significativamente as chances de conseguir uma vaga em empresas internacionais. “Embora a área de tecnologia realmente concentre uma grande demanda global, empresas que estão expandindo suas operações para o Brasil, por exemplo, precisam montar times completos. Isso inclui áreas como vendas, RH, atendimento ao cliente, entre outras. Não há uma limitação por formação”, explica Gustavo Sèngès, especialista em carreiras globais. O Diretor da HireRight no Brasil, autor e mentor de carreiras, destaca que não existe uma única formação. As oportunidades se concentram em áreas como tecnologia, design, marketing digital, vendas, atendimento ao cliente, RH e operações. Para ele, a tendência é que o modelo se expanda cada vez mais, atingindo diferentes segmentos e níveis de senioridade. Isso porque, existem também vagas para funções que não exigem formação específica como gestão, atendimento ao cliente e vendas. Outro ponto destacado por Gustavo Sèngès é que esse mercado não é exclusivo apenas para profissionais mais jovens. Segundo o especialista, o mais importante é a capacidade de entrega e adaptação ao modelo de trabalho remoto global. “Isso não é verdade. Trata-se de um mercado altamente democrático. Já vi e acompanhei contratações de profissionais das mais diversas idades atuando em equipes multiculturais e intergeracionais com total sucesso”, completa Sèngès. ✍ Fluência em outros idiomas O inglês continua sendo uma das habilidades mais valorizadas para quem busca uma carreira internacional, mas não é necessário ter a fluência de um nativo. O chamado “inglês funcional”, que serve para se comunicar com clareza, participar de reuniões e expressar ideias de forma eficaz, já pode abrir portas. Especialistas destacam que o nível exigido varia conforme o cargo: posições de liderança e de contato direto com clientes costumam pedir domínio avançado, enquanto funções operacionais podem ser exercidas com conhecimento intermediário. Além disso, o acesso ao aprendizado está cada vez mais democrático. O que antes era restrito a cursos caros hoje pode ser alcançado por meio de aplicativos, canais no YouTube, podcasts, perfis especializados e até ferramentas de inteligência artificial. Um exemplo é o ChatGPT, que ajuda a revisar textos, preparar currículos e simular entrevistas. Além disso, os avanços em tradução simultânea em ferramentas de comunicação entre equipes prometem romper as fronteiras da comunicação. “Em termos de carreira e retorno salarial, aprender inglês pode ser um dos melhores investimentos a se fazer. Cada vez mais, plataformas de AI gratuitas oferecem a possibilidade de aprender e praticar inglês, como uma porta de entrada para o aprendizado”, explica o CEO da TechFX, Eduardo Garay. Plataformas de IA gratuitas também oferecem oportunidades para praticar o idioma, tornando o inglês um dos investimentos mais vantajosos para crescimento profissional e retorno salarial. “O mais importante é ter confiança na sua capacidade de se comunicar e buscar o aprendizado contínuo. O inglês ainda é uma das principais habilidades técnicas exigidas neste mercado de global workers", completa Gustavo Sèngès. Como encontrar vagas Especialistas afirmam que conquistar a primeira oportunidade em uma empresa internacional exige planejamento e proatividade. O ponto de partida é compreender o funcionamento do mercado global: os formatos de contratação, as principais demandas e como suas habilidades podem se encaixar nesse contexto. Essa análise inicial ajuda a destacar pontos fortes, identificar áreas de desenvolvimento e estruturar uma narrativa profissional consistente. Além disso, é essencial elaborar um currículo em inglês e se preparar para entrevistas – que ainda são um dos maiores desafios para brasileiros. De acordo com o especialista em carreiras globais Gustavo Sèngès, existem três caminhos principais para ingressar nesse mercado: Recrutadores estrangeiros: manter um perfil atualizado e bem posicionado em plataformas como o LinkedIn aumenta as chances de ser encontrado. Networking (ou “netplaying”): cultivar relações de forma genuína, ajudando e sendo ajudado, amplia as possibilidades. Muitas vezes, a oportunidade surge dentro do próprio círculo de contatos. Busca ativa por vagas: aplicar constantemente, ajustar estratégias e aprender com os processos seletivos. Estar presente em plataformas especializadas e treinar entrevistas são passos fundamentais. Entrar nesse mercado é uma jornada que exige estratégia, coragem e resiliência. As carreiras não são lineares, mas sim feitas de tentativas, erros e acertos. Contar com mentorias ou cursos pode acelerar muito esse caminho. De modo geral, os profissionais que conseguem vagas em empresas internacionais atendem a dois requisitos básicos: dominar a comunicação em inglês e ter pelo menos três anos de experiência na área. Segundo o CEO da TechFX, Eduardo Garay, esses critérios concentram 98% das oportunidades no exterior. O LinkedIn aparece como a principal vitrine para os brasileiros nesse processo, sendo responsável por quase 60% das contratações. Modalidades de Contratação Na maioria dos casos, profissionais brasileiros contratados por empresas estrangeiras recebem em moeda internacional e atuam como pessoa jurídica (PJ). Neste caso, o profissional contratado tem uma empresa aberta em seu nome e se torna prestador de serviços para a contratante, emitindo notas fiscais, além de ser responsável pelo pagamento de impostos e contribuições. Dentro dessa modalidade de trabalhadores com CNPJ entram, por exemplo, os microempreendedores individuais (MEIs) e os microempresários (MEs). A diferença entre os dois tipos está no faturamento anual, das atividades, no número de funcionários permitidos e no regime de tributação. O vínculo com o contratante não é classificado como uma relação de emprego. Sendo assim, o profissional não possui direitos trabalhistas assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias remuneradas, auxílio-transporte e carteira assinada. (confira a diferença) Apesar disso, esse modelo tem acesso a benefícios previdenciários. É o caso da aposentadoria por idade ou invalidez e auxílio-doença. Basta apenas que o prestador pague as contribuições mensais em dia e cumpra a carência necessária para cada benefício. (entenda como funciona) O profissional PJ tem mais flexibilidade porque pode definir a própria jornada. A remuneração também tende a ser maior. É que esse profissional não tem encargos trabalhistas e a empresa contratante não precisa arcar com os benefícios previstos no regime CLT. Em geral, essas economias são recompensadas no salário. Por outro lado, caberá ao PJ arcar com custos de alimentação, transporte, equipamentos, etc, salvo se o contrato com a empresa para o qual prestará serviços prever a oferta desses benefícios. E também "não existe um valor mínimo de remuneração e nem piso salarial, como o salário de empregados CLT", ressalta a advogada trabalhista Iara Neves. "O valor é definido na negociação entre as partes. O pagamento pode ser mensal, por projeto ou por hora." Outra modalidade é a contratação via Employer of Record (EOR), em que uma intermediadora formaliza o vínculo no país. Nesse caso, o profissional é registrado pela CLT e tem acesso a benefícios como plano de saúde e férias, embora o salário seja pago pela empresa estrangeira. Em geral, o EOR é uma empresa terceirizada que assume todas as responsabilidades legais e administrativas de um empregador no país, atuando em nome de outra empresa que não tem presença legal local. Neste caso, essa empresa terceirizada é o empregador oficial, cuidando da folha de pagamento, impostos, benefícios e conformidade com as leis trabalhistas locais, permitindo que empresas contratem talentos internacionalmente sem precisar se estabelecer no país. Também existe a modalidade de autônomos: profissionais que não têm CNPJ e trabalham ou prestam serviços sem vínculo empregatício. Neste caso, o pagamento é feito diretamente para a pessoa física. Porém, o trabalhador precisa estar atento aos tributos e à declaração de Imposto de Renda. (veja abaixo como funciona) Segundo especialistas, a escolha do modelo não cabe ao trabalhador, mas sim à contratante. Organizações globais, sobretudo de tecnologia, tendem a preferir o PJ, enquanto companhias em fase de expansão no Brasil optam pelo vínculo CLT via empresas terceiras. ➡️ Direitos e cuidados legais Segundo Antonio Vasconcellos Junior, sócio fundador do AVJ Advogados Associados, quando um brasileiro presta serviços para uma empresa estrangeira, mas reside no Brasil, a legislação aplicável é a brasileira – neste caso a CLT. Isso só não se aplica caso houver condição mais favorável prevista pela lei do país contratante. Um exemplo é a jornada reduzida de 6 horas diárias de trabalho, em razão das regras da empresa estrangeira. O especialista ainda destaca que os profissionais contratados como PJ não têm os direitos da CLT, mas podem negociar cláusulas específicas no contrato de trabalho, como bônus, pausas de descanso e benefícios adicionais. Antes de aceitar uma vaga no exterior, o advogado recomenda uma revisão contratual por um especialista. Isso porque, em casos de conflitos, a Justiça do Trabalho brasileira pode ser acionada se a contratação ou transferência ocorreu no Brasil. Por outro lado, não terá competência quando o vínculo for firmado diretamente no exterior. “Existem exceções em situações específicas, como serviços prestados em navios ou aeronaves de bandeira brasileira, ou em embaixadas e consulados do Brasil localizados no exterior”, explica. O Brasil mantém acordos internacionais de previdência social com alguns países, permitindo o cômputo de tempo de contribuição, mas ainda não há um tratado global que unifique direitos trabalhistas. Por isso, o advogado destaca que é fundamental manter as contribuições previdenciárias em dia. “É possível optar pelo plano que melhor se adeque à sua situação para ter acesso a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença”, explica. (veja como contribuir) Por fim, Vasconcellos reforça a importância de investigar bem a empresa contratante e manter clareza sobre direitos e obrigações: “O que parece um sonho pode virar um pesadelo sem os devidos cuidados”. “É sempre importante manter-se informado sobre os direitos trabalhistas e regras tributárias/previdenciárias, especialmente em um contexto global. Além disso, cada situação é única, e consultar um advogado especializado pode ser fundamental para garantir que seja cumprido o que foi prometido”, completa o advogado trabalhista. ? Declaração de IR Profissionais que prestam serviços para empresas estrangeiras devem ficar atentos à tributação no Brasil e à declaração do Imposto de Renda (IR), que varia conforme o regime de contratação. Segundo Thais Ribeiro, advogada do L.O. Baptista Advogados, os autônomos que recebem remuneração de uma empresa estrangeira devem converter os valores em moeda estrangeira para reais usando a taxa de câmbio do dia do pagamento, divulgada pelo Banco Central. Esses valores recebidos precisam ser declarados no carnê-leão, para apuração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), cuja alíquota é progressiva e pode chegar a 27,5%. (veja o que é e como emitir) O imposto deve ser recolhido até o último dia útil do mês seguinte ao recebimento, e todas as informações precisam ser replicadas na declaração no ano seguinte. Além disso, é necessário contribuir para o INSS como contribuinte individual e, quando aplicável, pagar o ISS (Imposto sobre Serviços), definido pelo município. (entenda como funciona) Se houver tratado de bitributação entre o Brasil e o país da empresa contratante, é possível compensar no Brasil o imposto já pago no exterior, desde que o valor também seja informado no carnê-leão. Para quem presta serviços por meio de Pessoa Jurídica (PJ), a operação é considerada uma exportação de serviços, segundo a especialista Veronica Melo de Souza, sócia do Gaia Silva Gaede Advogados. A exportação de serviços ocorre quando uma empresa brasileira presta serviços a um cliente no exterior e recebe o pagamento em moeda estrangeira. Nesse sentido, os pagamentos da empresa internacional vão diretamente para a PJ. Ou seja: quando o profissional opta por prestar serviços por meio de uma pessoa jurídica aberta no Brasil, é a empresa que deve declarar e tributar as receitas, de acordo com o regime tributário escolhido — seja Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. “Neste caso, o imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) é devido normalmente e calculado de acordo com o regime de tributação da Pessoa Jurídica (PJ), que geralmente é o Simples Nacional ou Lucro Presumido”, explica Verônica Melo de Souza. “O trabalhador recebe os valores apenas pela PJ e deve informá-los em sua Declaração de Ajuste Anual como pró-labore, no campo de rendimentos tributáveis, ou como distribuição de lucros e dividendos, no campo de rendimentos isentos, conforme a forma de contabilização”, completa a advogada Thais Ribeiro. Já o regime CLT exige que a empresa estrangeira tenha CNPJ no Brasil para recolher encargos como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e INSS. Por isso, é raro que empregadores internacionais contratem diretamente com registro em carteira. Muitas vezes, eles utilizam empresas intermediárias, que assumem a folha de pagamento, recolhem impostos e contribuições — a contratação via Employer of Record (EOR) já citada nesta reportagem. Por isso, os especialistas recomendam que profissionais busquem orientação de contadores ou advogados especializados, garantindo que todos os impostos e contribuições sejam pagos corretamente e evitando problemas com a Receita Federal. Vantagens e desafios Um exemplo de profissional que conquistou uma vaga em uma empresa norte-americana, mantendo residência no Brasil, é Roque Santos, engenheiro de software sênior, que vive em Salvador, na Bahia. A experiência internacional veio após um incentivo inesperado: sua professora de inglês sugeriu que ele participasse de entrevistas com empresas estrangeiras para praticar o idioma em situações reais. O exercício acabou rendendo uma proposta de trabalho. Segundo ele, o maior desafio não foi técnico, mas lidar com entrevistas em inglês. “Tudo era novidade. Consegui explicar bem a minha experiência, soar inteligente e claro nas entrevistas foi um desafio, para mim, muito maior que o técnico”, conta. No dia a dia, Roque explica que mantém uma rotina parecida com a que tinha no Brasil, mas destaca diferenças marcantes: menos reuniões, ausência de microgerenciamento e uma relação de maior confiança com a equipe. “Temos muito mais liberdade com o nosso tempo, mas como contrapartida somos responsabilizados pelas nossas entregas”, explica. O trabalho exige um “overlap” de 4 a 6 horas diárias no fuso horário da empresa contratante. Isso significa que ele precisa estar online por pelo menos este período durante o horário oficial de trabalho da empresa. A comunicação é feita principalmente pelo Slack, enquanto e-mails são pouco utilizados. Para ele, clareza e efetividade na comunicação foram tão importantes quanto às competências técnicas. Diplomas, por outro lado, não pesaram no processo de contratação. “Nunca precisei entregar uma cópia formal do meu diploma para a empresa que trabalho. Fui perguntado se me formei, onde e quando”, afirma. Sobre remuneração, Roque explica que os salários iniciam no mesmo patamar do Brasil, e aumentam conforme o crescimento na empresa. “No início, você pode entrar ganhando ‘pouco’, mas a diferença é que esse pouco normalmente se iguala ao salário do Brasil, mas lá esse é seu piso, e não o teto”, afirma. Como a empresa não tem sede por aqui, o contrato é feito diretamente, cabendo ao trabalhador organizar-se via PJ para fins tributários. Entre as dificuldades, o engenheiro cita a insegurança no início, tanto pela barreira do idioma quanto pela diferença cultural e pela ausência de feedbacks constantes. Em contrapartida, a autonomia e a confiança mútua com a equipe foram pontos positivos. O conselho para quem quer seguir o mesmo caminho é direto: investir no inglês. “Saber se comunicar é o principal fator para conquistar a vaga. Depois disso, prepare-se para a entrevista: estude a empresa e mostre interesse real”, recomenda. Defender home office nas redes custou o emprego deles Fui demitido, e agora? Veja dicas do que fazer

Lula quer definir nesta semana sucessão de Barroso, alternativas para fechar contas de 2026 e futuro de Boulos

Lula quer definir nesta semana sucessão de Barroso, alternativas para fechar contas de 2026 e futuro de Boulos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca em Brasília nesta terça-feira (14), após viajar para Roma, com três assuntos na mesa como prioridades para definição: o nome que vai ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF); as alternativas para substituir a medida provisória (MP) que aumentava tributos e previa impulsionar a arrecadação para fechar as contas em 2026, mas deixou de valer sem ser analisada pelo Congresso; e o futuro do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que vem sendo cotado para assumir um ministério no Palácio do Planalto. Lula deve se reunir com ministros e líderes durante a semana para decidir sobre as três pautas. Nesta segunda-feira (13), o presidente concedeu entrevista em Roma, onde participou da Semana Mundial da Alimentação, liderada por organismo multirateral da ONU, e também se encontrou pela primeira vez com o Papa Leão XIV. Em viagem à Itália, Lula se encontra com o Papa Leão XIV Na conversa com jornalistas, o presidente foi questionado sobre quem indicará para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. Lula disse que ainda vai "conversar com muita gente" antes de fazer o anúncio. "Eu quero uma pessoa, não sei se mulher ou homem, não sei se preto ou branco, eu quero uma pessoa que seja antes de tudo uma pessoa gabaritada para ser ministro da Suprema Corte. Eu não quero um amigo. Eu quero um ministro da Suprema Corte que terá como função específica cumprir a Constituição brasileira. É isso que eu quero", declarou o presidente. Valdo: Lula quer 'pessoa gabaritada' para STF, e não 'amigo' Na semana passada, Lula também afirmou publicamente que nesta semana iria se reunir com o governo para discutir como vai recompor a redução de R$ 20 bilhões na previsão de arrecadação de 2026. O governo contava com o aumento da arrecadação por meio de uma medida provisória para atingir a meta fiscal de 2026, de um superávit de R$ 34 bilhões. Mas a Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao governo e não votou a MP, que perdeu a validade. Em entrevista na quarta-feira (8), à Rádio Piatã FM, da Bahia, o presidente Lula lamentou a decisão do Congresso. Lula afirmou que vai discutir alternativas, como uma proposta para aumentar a tributação das fintechs, empresas que usam tecnologia para oferecer serviços financeiros. "Eu vou reunir o governo para discutir como é que a gente vai propor que o sistema financeiro, sobretudo as fintechs –e tem fintech hoje maior do que banco –, que elas paguem o imposto devido a esse país”, disse o presidente Lula à rádio. Governo busca alternativas para fechar contas de 2026 sem MP que aumentava impostos Sucessão de Barroso A aposentadoria de Barroso, anunciada na semana passada, abriu mais uma vaga no STF — a terceira indicação de Lula desde o início do atual mandato. Entre os nomes cotados, estão: Jorge Messias, advogado-geral da União e nome de confiança direta do presidente; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado e aliado de Davi Alcolumbre; Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU); Daniela Teixeira, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é considerada a principal alternativa caso aumente a pressão por uma indicação feminina. SADI: os nomes mais cotados para a vaga de Barroso no STF e o que está em jogo O critério da confiança pessoal tem orientado as últimas escolhas de Lula — como as de Cristiano Zanin e Flávio Dino. No entanto, a pressão de movimentos jurídicos e sociais por uma mulher, e especialmente por uma mulher negra, vem crescendo nos últimos dias. Lula disse a aliados que iria indicar o sucessor de Barroso rápido, assim que voltasse de Roma, portanto, a partir desta terça-feira (14). Messias é visto como o favorito do presidente. Segundo ministros próximos, Lula e Messias se aproximaram muito nos últimos meses, desde a indicação de Dino. Outro ponto que aliados avaliam é que o presidente não quer perder tempo para não desgastar relação com o Supremo. Alternativas à MP e retaliação A derrota na semana passada na Câmara dos Deputados impôs ao governo uma dificuldade para cumprir a meta do Orçamento em 2026, em parte porque não houve uma redução dos gastos. O governo se propôs a impedir o aumento de gastos públicos, mas a tarefa está longe de ser alcançada. Uma das medidas de contenção de despesas, a exigência de biometria para quem já recebe benefícios sociais como o BPC e Bolsa Família, não saiu do papel. A iniciativa para impedir fraudes e irregularidades representaria R$ 2,5 bilhões de economia por ano, mas não entrou em vigor de maneira efetiva. No Congresso, as ações de redução de despesas defendidas pelo governo também não andaram. O corte dos chamados supersalários no funcionalismo público, a reforma da Previdência dos militares e a revisão de benefícios fiscais seguem sem previsão de votação. Do lado da arrecadação, o governo se empenhou a votar no Congresso um aumento de impostos – que não avançou. A previsão é que o ano que vem comece com mais de 92% de despesas obrigatórias consumindo praticamente todo o orçamento público, ou seja, quase todo o dinheiro arrecadado com impostos. Após derrota no Congresso, Haddad vai apresentar a Lula alternativas ao aumento de imposto Enquanto a equipe econômica tenta costurar saídas para 2026 ter um Orçamento menos engessado, a área política do governo começou a demitir uma série de indicados do Centrão em cargos de segundo escalão em retaliação ao grupo político que atuou contra a MP e, segundo governistas, quebrou um acordo para a sua aprovação. Boulos no Planalto O presidente Lula afirmou a pessoas próximas que pretende anunciar o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para um ministério no Palácio do Planalto nos próximos dias. A possível ida de Boulos para o Planalto já foi ventilada em outros momentos do governo, mas nunca se concretizou. O presidente tem sinalizado a aliados que quer indicar o deputado do PSOL para a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente chefiada por Márcio Macêdo. Entre as atribuições da pasta, está a função de promover a articulação do governo federal com movimentos sociais. Na última semana, Boulos esteve com Lula na cerimônia de lançamento de um novo modelo de crédito imobiliário, com financiamento da Caixa, em São Paulo. Márcio Macêdo também estava no evento. Lula e Boulos em imagem de maio de 2024 Ricardo Stuckert/Presidência da República O nome de Boulos para o primeiro escalão do governo voltou a ganhar força depois das manifestações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e o projeto de anistia a condenados pelo 8 de janeiro. O deputado do PSOL foi um dos articuladores dos atos, realizados em várias capitais no dia 21 de setembro. A presença de público surpreendeu integrantes do governo Lula. Um dos entraves para a indicação de Boulos para o cargo no primeiro de escalão seria onde acomodar Márcio Macêdo. Outro é a resistência de setores do PSOL e do PT à ida de Boulos para o ministério.

'Caldeirão com Mion' reúne famosos em homenagem para Arlindo Cruz

'Caldeirão com Mion' reúne famosos em homenagem para Arlindo Cruz

Marcos Mion reuniu um timaço para homenagear Arlindo Cruz no “Caldeirão” do próximo sábado. O apresentador, que aparece ao lado da viúva do cantor, Babi, e dos filhos dele, Flora e Arlindinho, recebeu os atores Douglas Silva, Carla Cristina Cardoso, Erika Januza, Tatiana Tiburcio, Gi Fernandes, Viviane Araújo, Juliana Alves e Quitéria Chagas. Também participaram os cantores Thaís Macedo, Feyjão, Gabrielzinho do Irajá e Diogo Nogueira, além do mentalista português João Blumel. Entrevista: Sabrina Sato fala da gravação de novo programa e do casamento com Nicolas Prattes E mais: Equipe grava o episódio final do 'Vai que cola', que terminará após 13 anos no ar. Veja quem participou O apresentador fala da relevância de Arlindo para a música brasileira: — Foi muito gratificante fazer essa homenagem. Eu conhecia muito da obra do Arlindo, mas pra um programa desses temos que fazer um mergulho, e, receber a família dele aqui, além de todos esses músicos, foi muito emocionante. Eu sinto que a gente tem a obrigação de passar adiante a importância do Arlindo, a poesia dele, o quão talentoso como compositor ele era e, acima de tudo, o ser humano generoso que ele era. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Galerias Relacionadas Initial plugin text

Idosa que trabalhou por 25 anos como doméstica e cuidadora é resgatada em situação análoga à escravidão em MG

Idosa que trabalhou por 25 anos como doméstica e cuidadora é resgatada em situação análoga à escravidão em MG

Idosa trabalhava para uma família que morava no Centro de Ubá Secretaria de Inspeção do Trabalho Uma trabalhadora doméstica de 76 anos foi resgatada de situação análoga à escravidão na cidade de Ubá, na Zona da Mata mineira. Conforme informações da Secretaria de Inspeção do Trabalho, ela trabalhou por mais de 25 anos como doméstica e cuidadora de uma idosa, que faleceu neste ano. Nos 20 primeiros anos, o pagamento era de meio salário mínimo por mês, e, nos últimos 5, passou de ser remunerada. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp A ação aconteceu no fim do mês de setembro, na casa da família da idosa, no Centro de Ubá. A inspeção contou com a participação do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal e só foi divulgada na segunda-feira (13). Segundo os fiscais, a trabalhadora nunca teve férias, nem 13º salário, e trabalhava todos os dias da semana. Além disso, dormia em um quarto minúsculo, que mal cabia sua cama. “Se os patrões tivessem cumprido suas obrigações, ela poderia ter se aposentado em 2012, por idade. Além de tudo, ela perdeu 13 anos de aposentadoria”, esclareceu os auditores, que determinaram o encerramento imediato do contrato, a regularização do registro da empregada e o pagamento dos direitos desde o início do trabalho. Ele teve direito a três parcelas de seguro desemprego, devidas por lei aos trabalhadores resgatados de situação análoga à escravidão. Também foram lavrados 13 autos de infração, e os empregadores foram notificados para recolher o FGTS devido à trabalhadora. LEIA TAMBÉM: Chamada de 'Vó Preta', doméstica foi mantida em condições análogas à escravidão por 3 gerações em MG; patrões terão que pagar R$ 2 milhões em indenização Doméstica que vivia há quase 30 anos sem salário e férias, sem quarto para dormir e com poucos itens pessoais é resgatada em MG ASSISTA TAMBÉM: Agricultor resgatado comemora liberdade em Conceição da Barra de Minas Agricultor resgatado comemora liberdade em Conceição da Barra de Minas VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

Brasileira de 7 anos se emociona ao vencer concurso de beleza no Peru

Brasileira de 7 anos se emociona ao vencer concurso de beleza no Peru

Goiana de 7 anos vence concurso de miss no Peru A pequena Maria Heloísa Matos, de 7 anos, venceu o concurso de beleza Miss Mirim Dreams Internacional, realizado em Arequipa, no Peru (veja o vídeo acima). Moradora de Goiânia, ela contou que estava emocionada com a conquista: “Eu consegui. Obrigada a quem torceu e orou por mim”. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp A final aconteceu no domingo (12). A menina participou de três desfiles em dias diferentes até ser coroada campeã. A competição avaliou as candidatas com três trajes: um vestido de gala, um vestido de princesa e um traje típico. Para representar Goiás, Maria usou um figurino de boiadeira. Em entrevista ao g1, o pai da miss, Leandro Mattos, contou que a família chegou alguns dias antes do evento, já que Arequipa fica a mais de 2 mil metros de altitude e isso afeta a respiração. LEIA TAMBÉM: Ex-miss do Goiás diz que é vetada em seleção para Victoria’s Secret por compartilhar conteúdo adulto: 'feria os valores da marca' Goiana é eleita Miss Brasil Europa 2025 Saiba quem é ‘Jussara’, primeira Miss Brasil goiana que deu nome a cidade em Goiás Leandro disse que sentiu muito orgulho e quase não conseguiu conter a emoção ao ver a filha ser coroada. “Eu chorei tanto que precisei usar uma bombinha de ar de tanta emoção”, conta o pai. Miss mirim vencedora de concurso Arquivo pessoal/ Leandro Mattos Paixão por desfiles Segundo a família, Maria sempre foi encantada pelas histórias de princesas da Disney, mas não conhecia o mundo dos desfiles. Há cerca de um ano, Leandro assistiu a um evento de moda infantil e decidiu inscrever a filha, que logo se destacou. Em abril, Maria venceu uma competição realizada em Goiânia, representando Goiás. A conquista garantiu sua vaga na etapa internacional, na qual se consagrou campeã. Leandro explicou que leva a filha para participar por prazer e diversão. “É algo muito natural. Eu falo: ‘Vai lá e se diverte, filha’. Quando ela entra na passarela, se transforma”, afirmou o pai. De acordo com a família, Maria é uma ótima estudante e sonha trabalhar como atriz. Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

Com a dívida do município estimada em R$ 1,1 bilhão, Câmara de Taubaté deve votar projeto de anistia de juros e multas para devedores nesta terça (14)

Com a dívida do município estimada em R$ 1,1 bilhão, Câmara de Taubaté deve votar projeto de anistia de juros e multas para devedores nesta terça (14)

Imagem de arquivo mostra vista em Taubaté. Prefeitura de Taubaté A Câmara de Taubaté deve votar nesta terça-feira (14) o projeto de lei que cria um programa de anistia de multas e juros sobre dívidas de moradores com o município. A proposta, de autoria do prefeito Sérgio Victor (Novo), entra em primeira discussão e votação no Legislativo. O texto foi encaminhado aos vereadores no último dia 20 e ainda precisa ser aprovado e sancionado para se tornar lei. De acordo com o projeto, se aprovado, o programa — chamado de Programa de Recuperação de Créditos Municipais — oferecerá diferentes opções de desconto para quem desejar quitar ou parcelar débitos com a Prefeitura. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Para os contribuintes que já possuem acordo de parcelamento e estão com os pagamentos em dia, há duas alternativas previstas: Pagamento à vista, com redução de 100% da multa moratória e 100% dos juros; Pagamento em até três parcelas, com redução de 90% da multa e 90% dos juros, desde que nenhuma parcela seja inferior a R$ 53,88. Já para quem ainda não fez acordo de parcelamento, o projeto prevê: Pagamento à vista, com 100% de redução de multa e juros; Pagamento em até três parcelas, com 80% de redução de multa e juros, respeitando o valor mínimo de R$ 53,88 por parcela. Alguns tipos de débitos, como multas de trânsito e cobranças da vigilância sanitária, não estão incluídos no programa. Na justificativa enviada à Câmara, o prefeito afirmou que o objetivo da medida é auxiliar a Prefeitura a equilibrar as contas e recuperar receitas diante da situação financeira delicada do município. Segundo dados da administração municipal, a dívida atualizada da Prefeitura de Taubaté é de R$ 1,1 bilhão — sendo R$ 849 milhões em débitos de longo prazo (com pagamento acima de 12 meses) e R$ 255 milhões referentes a restos a pagar de anos anteriores. Sessão da Câmara de Taubaté é marcada por confusão Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina