'Pim, pim, professora está a chegar!': educadora angolana é recebida pelos alunos com canto e festa; vídeo viraliza

'Pim, pim, professora está a chegar!': educadora angolana é recebida pelos alunos com canto e festa; vídeo viraliza

Educadora angolana é recebida pelos alunos com canto e festa “Pim, pim, pim, professora está [a] chegar!”, gritam crianças de uma escola no Cazenga, em Luanda, capital de Angola. O furor delas na cantoria lembra o de um fã clube ao ver o ídolo pisando no palco. Quem entra na sala de aula e anima ainda mais o público é a grande estrela e compositora do hit: Isabel Zua Domingos, de 24 anos, que leciona no colégio desde 2018. A cena, registrada em um vídeo com milhões de visualizações, é impossível de ser vista apenas uma vez. Todo mundo pede bis, principalmente os brasileiros, que dominam os comentários do post. Por meio da música, Isabel faz mágica: consegue transportar a plateia (formada por alunos de 10 e 11 anos) para um mundo mais festivo e acolhedor — “um lugar de conforto”, nas palavras da professora. “Muitos dos meus alunos não têm alimentação adequada nem material escolar completo. Outros são expulsos por falta de pagamento da mensalidade. Mas eles amam ficar na escola”, diz Isabel, em entrevista ao g1. “Brincando e aprendendo, aproveitam para esquecer as dificuldades que enfrentam em casa.” ‘A felicidade deles é a minha’ Professora viralizou ao animar alunos de escola em Angola Reprodução/Redes sociais As perguntas feitas pelo g1 a Isabel podem até versar sobre a história da docente, o dom que ela tem de encantar as crianças, os desafios do seu trabalho… Não importa. As respostas são sempre focadas nos alunos, nunca nela própria. “Fico muito feliz quando sou recebida por eles, porque a felicidade deles é também a minha. Preciso motivá-los, para que eles não desistam de estudar”, diz. O “álbum” de Isabel tem, além da música de boas-vindas, batuques e letras para quase todas as disciplinas. Ela acredita que seja essa a chave para conquistar as crianças — como Emanuel, o primeiro que grita e canta ao vê-la entrar na sala de aula, e a quem ela se refere como seu "quase filho”. “Não é difícil fazer o que se ama. E eu amo o que eu faço. É uma profissão muito bonita”, afirma a professora. Professora Isabel cativa seus alunos por meio da música Arquivo pessoal

Porto de São Sebastião terá área de triagem obrigatória para caminhoneiros em Caraguatatuba

Porto de São Sebastião terá área de triagem obrigatória para caminhoneiros em Caraguatatuba

Área de Apoio Logístico Portuário, em Caraguatatuba Divulgação/Serveng O Porto de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, vai receber uma Área de Apoio Logístico Portuário (AALP) para organizar a chegada de caminhões. O espaço vai ficar em Caraguatatuba (SP) e deve começar a operar no dia 29 de outubro. A Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), responsável pela administração portuária, informou que a passagem pela área será obrigatória, com necessidade de agendamento prévio pelas empresas cadastradas. A estrutura deve fazer a triagem de até 150 caminhões por dia, com capacidade total para 500 veículos no estacionamento. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp De acordo com o presidente da CDSS, Ernesto Sampaio, o objetivo é reduzir o congestionamento e o tempo de espera nas vias de acesso ao porto, além de aumentar a previsibilidade logística e diminuir a emissão de gases poluentes. “A iniciativa beneficia tanto os caminhoneiros, dando mais conforto a eles, quanto a população local, que perceberá menor circulação de veículos pesados dentro da cidade [de São Sebastião]”, afirmou Sampaio. O investimento, de cerca de R$ 10 milhões, é privado e será feito pela empresa Serveng, contratada para a operação. O custo de uso do pátio será pago mensalmente pelas transportadoras credenciadas, sem qualquer despesa pública. “Essa expansão pode quadruplicar a capacidade de movimentação no porto, chegando a 4,3 milhões de toneladas por ano. Ou seja, a criação da AALP é fundamental para atrair investimentos bilionários à região”, complementou Sampaio. Como é a Área de Apoio Batizado de Centro de Triagem Serramar, o espaço ficará no bairro Pontal de Santa Marina, ao lado de um shopping e de um supermercado atacadista. A estrutura irá contar com estacionamento, banheiros, refeitório e área de descanso com monitoramento 24 horas. O passo a passo para o credenciamento dos caminhoneiros ainda será divulgado. O credenciamento do pátio foi autorizado por uma portaria publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo no fim de setembro. O documento também prevê que uma Comissão Especial poderá solicitar ajustes e adequações se necessário. Estado assina aditivo de R$ 55 milhões para obras de novo acesso ao Porto de São Sebastião Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

Autoridades venezuelanas teriam oferecido participação no petróleo para encerrar tensões com os EUA

Autoridades venezuelanas teriam oferecido participação no petróleo para encerrar tensões com os EUA

Na esperança de encerrar o conflito de seu país com os Estados Unidos, autoridades venezuelanas ofereceram ao governo Trump uma participação dominante no petróleo e outras riquezas minerais, em discussões que duraram meses, de acordo com várias pessoas próximas às negociações. Cessar-fogo: Após 738 dias em cativeiro, reféns israelenses são libertados pelo Hamas em troca de quase 2 mil presos palestinos Guga Chacra: Alegria no presente, tristeza no passado e ceticismo no futuro A oferta de longo alcance permaneceu na mesa enquanto o governo Trump chamava o governo do presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, de "cartel narcoterrorista", reunia navios de guerra no Caribe e começava a explodir barcos que, segundo autoridades americanas, transportavam drogas da Venezuela. Em um acordo discutido entre um alto funcionário dos EUA e os principais assessores de Maduro, o ditador venezuelano ofereceu abrir todos os projetos de petróleo e ouro existentes e futuros para empresas americanas, dar contratos preferenciais a empresas americanas, reverter o fluxo de exportações de petróleo venezuelano da China para os Estados Unidos e cortar os contratos de energia e mineração de seu país com empresas chinesas, iranianas e russas. O governo Trump rejeitou as concessões de Maduro e cortou a diplomacia com a Venezuela, efetivamente acabando com o acordo, pelo menos por enquanto, disseram pessoas próximas à discussão. Embora os Estados Unidos tenham como alvo o que chamam de barcos de drogas, o corte da diplomacia, o acúmulo militar perto da Venezuela e as ameaças cada vez mais estridentes contra Maduro por parte de autoridades do governo Trump levaram muitos em ambos os países a pensar que o verdadeiro objetivo do governo Trump é a remoção de Maduro. Marco Rubio, secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional dos EUA, tem sido a voz principal na iniciativa do governo para depor Maduro. Ele o chamou de líder ilegítimo, um "fugitivo da Justiça americana", e se mostrou cético em relação à abordagem diplomática conduzida por um enviado especial dos EUA, Richard Grenell. Pessoas próximas à sede da PDVSA, em Caracas Adriana Loureiro Fernandez/The New York Times Os defensores da diplomacia reconhecem que a abordagem linha-dura de Rubio prevaleceu por enquanto. Mas acreditam que seus esforços podem eventualmente dar frutos, apontando para as mudanças repentinas do presidente Donald Trump em outras questões importantes de política externa, como a guerra na Ucrânia, o comércio com a China ou o programa nuclear do Irã. Para esta reportagem, foram feitas entrevistas com mais de uma dúzia de representantes americanos e venezuelanos de diferentes lados que clamam por diplomacia com Maduro. Eles o fizeram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizados a falar publicamente. Publicamente, o governo venezuelano respondeu à escalada militar de Trump com desafio e promete defender o que chama de revolução socialista iniciada na década de 1990 pelo falecido antecessor e mentor de Maduro, Hugo Chávez. Ao mesmo tempo, Maduro afirmou que permanece aberto a negociações e que seu governo continua aceitando voos de deportação dos Estados Unidos. Nos bastidores, no entanto, altos funcionários da Venezuela, com a bênção de Maduro, ofereceram a Washington concessões de longo alcance que essencialmente eliminariam os vestígios de nacionalismo de recursos no cerne do movimento de Chávez. Embora Grenell e as autoridades venezuelanas tenham progredido em questões econômicas, não chegaram a um acordo sobre o futuro político de Maduro, segundo pessoas próximas às negociações. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, disse em uma entrevista no mês passado que Maduro não negociaria sua saída. Maduro reprimiu repetidamente os desafios democráticos ao seu governo depois de assumir a presidência em 2013. Ele se manteve no poder no ano passado depois de perder uma eleição presidencial, fraudando os resultados e reprimindo brutalmente os protestos. Grenell não quis comentar para esta matéria. O Departamento de Estado, a Casa Branca e o governo da Venezuela não responderam aos pedidos de comentário. US$ 1,7 trilhão em 15 anos Em Washington, autoridades americanas apresentam avaliações divergentes das negociações. Uma autoridade americana afirmou que os relatos sobre as negociações para o levantamento das sanções e o acesso ao mercado venezuelano "não eram uma avaliação precisa do que ocorreu". Mas outras autoridades americanas disseram que representates do país e da Venezuela mantiveram repetidas conversas sobre como seria a normalização econômica, incluindo o acesso aos mercados de energia venezuelanos por empresas americanas e o levantamento das sanções de Trump. Milícias venezuelanas em protesto pró-Maduro, em 23 de setembro. Apesar do discurso de força, governo tenta manter negociações abertas com os EUA Adriana Loureiro Fernandez/The New York Times Enquanto os enviados de Grenell e Maduro negociavam um acordo, a líder do principal movimento de oposição da Venezuela, María Corina Machado, apresentou sua própria proposta econômica na cidade de Nova York. Ela argumentou que uma riqueza econômica ainda maior — US$ 1,7 trilhão em 15 anos — aguardava empresas americanas na Venezuela se seu movimento iniciasse uma transição política. María Corina recebeu o Prêmio Nobel da Paz na sexta-feira passada (10), pelo que o Comitê Norueguês do Nobel descreveu como "seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela". Assessor econômico de María Corina, Sary Levy disse que os acordos de investimento oferecidos por Maduro nunca se materializariam sem democracia, estado de direito e liberdades individuais. — O que Maduro oferece aos investidores não é estabilidade, é controle, mantido por meio do terror — disse Levy. — O governo Trump demonstrou uma clara intenção de não cair nessas ofertas de soluções fáceis. A Venezuela produz cerca de 1 milhão de barris de petróleo por dia, abaixo dos cerca de 3 milhões produzidos quando Chávez assumiu o poder. A maior parte das exportações de petróleo da Venezuela vai para a China, com exceção dos cerca de 100 mil barris por dia que a gigante energética americana Chevron vende para os Estados Unidos. A maioria dos especialistas concorda que a Venezuela poderia aumentar rapidamente a produção de petróleo com uma grande injeção de capital estrangeiro, embora discordem sobre se isso é viável sob o governo atual. "Nossa mensagem para as petrolíferas é: queremos vocês aqui, com certeza", disse María Corina a representantes corporativos americanos em junho. "Queremos vocês aqui, não produzindo migalhas de algumas centenas de milhares de barris por dia. Queremos vocês aqui produzindo milhões de barris por dia." A nova Nobel da Paz se recusou a comentar este artigo. No passado, os Estados Unidos enquadraram seu apoio a um novo governo na Venezuela como um imperativo de direitos humanos. Em contraste, os pontos econômicos discutidos pelos enviados de Maduro com Grenell ecoaram uma visão mercantilista que Trump promoveu em outros lugares. Trump exigiu acesso a minerais ucranianos como pagamento pelo apoio americano ao esforço de guerra da Ucrânia. Ele lamentou frequentemente que os Estados Unidos não tenham obtido petróleo iraquiano após a invasão de 2003. E concordou em manter tropas americanas na Síria em 2019, com a condição de que os EUA "mantivessem o petróleo". O acordo discutido entre Grenell e autoridades venezuelanas foi especialmente abrangente, representando a tentativa mais ambiciosa de diplomacia de recursos durante o segundo mandato do presidente. Normalizar o comércio e permitir que empresas americanas retornem à Venezuela pode ser tentador para algumas autoridades americanas devido às reservas de petróleo do país, as maiores do mundo, bem como aos depósitos significativos de gás natural, ouro, ferro, bauxita e coltan, uma mistura de minerais usada em baterias elétricas. Oposição de Marco Rubio O alcance econômico de Maduro nos Estados Unidos também se estendeu ao setor privado, numa tentativa de fortalecer sua influência em Washington. A empresa estatal de petróleo da Venezuela deu à Chevron, a maior empresa americana a operar no país, o controle total de seus projetos conjuntos de petróleo e as duas entidades discutiram dar à Chevron uma participação em outro grande campo do combustível. Autoridades venezuelanas têm trabalhado para restaurar as relações com outra gigante petrolífera americana, a ConocoPhillips, que deixou a Venezuela em 2007 após o governo tomar suas operações. O governo de Maduro e a Conoco vêm negociando um acordo comercial de petróleo ainda este ano, de acordo com duas pessoas familiarizadas com as negociações. A Chevron afirmou que suas transações comerciais na Venezuela estão em conformidade com todas as leis locais e americanas aplicáveis. A Conoco não respondeu a um pedido de comentário. A iniciativa de autoridades e líderes empresariais venezuelanos foi a que mais se aproximou de um avanço diplomático em maio, de acordo com pessoas informadas sobre as negociações. Como sinal de boa vontade, Grenell orquestrou naquele mês o retorno de uma criança venezuelana abandonada nos Estados Unidos após a deportação dos pais, dando a Maduro uma vitória política interna. O governo venezuelano retribuiu logo depois, libertando um veterano da Força Aérea dos EUA preso no país e entregando-o a Grenell. Maduro passou a apoiar a maioria dos termos econômicos da proposta discutida com Grenell. Uma pessoa familiarizada com as negociações disse que Maduro inicialmente hesitou em relação à exigência dos EUA de limitar os laços econômicos da Venezuela com a China, a Rússia e o Irã. Mas ele acabou percebendo que afrouxar essas alianças era um preço inevitável para evitar a intervenção militar dos EUA, disse a fonte. Para maximizar a renda diante da pressão americana, a Venezuela também interrompeu o envio de petróleo para Cuba, agravando a grave escassez de energia elétrica no país aliado. As conversas de Grenell com os enviados de Maduro enfrentaram forte oposição de Rubio, um cubano-americano e ex-senador que há muito tempo considera a queda de Maduro crucial para acabar com a ditadura comunista na ilha. Os proponentes do engajamento econômico com Maduro conseguiram pequenas vitórias. A Chevron conseguiu que sua licença do Tesouro dos EUA para operar na Venezuela fosse restabelecida em julho, segundo o governo venezuelano. A empresa conseguiu reverter a proibição imposta por Trump meses antes, após uma campanha de lobby em Washington, segundo pessoas a par do acordo. Na quarta-feira, o Departamento do Tesouro emitiu outra licença que, na prática, permite à Shell, maior empresa de energia da Europa, retomar suas atividades na Venezuela. Com a nova licença, a Shell poderá começar a produzir gás de um enorme campo offshore venezuelano já no ano que vem, de acordo com uma pessoa familiarizada com o acordo. O gás do campo, conhecido como Dragon, será processado e vendido da vizinha Trinidad. Rubio disse no mês passado que os Estados Unidos garantiriam que o projeto Dragon “não proporcionaria benefícios significativos ao regime de Maduro”. O presidente assinou uma cláusula que obriga a Shell a investir em projetos sociais na Venezuela em vez de pagar ao seu governo. Para o governo Maduro, o principal benefício é mostrar que a Venezuela continua aberta aos negócios.

Motor de barco pode ter atraído raio que matou amigos durante tempestade no Rio Tocantins, diz bombeiro

Motor de barco pode ter atraído raio que matou amigos durante tempestade no Rio Tocantins, diz bombeiro

Pescadores morrem após raio atingir barco no rio Tocantins O raio que caiu em um barco de pescadores no Rio Tocantins e matou duas pessoas pode ter sido atraído pelo motor. Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros Thiago Silva, as embarcações possuem materiais metálicos que podem favorecer a atração de raios. O acidente aconteceu a cerca de 3 km de Filadélfia, no norte do estado, na tarde de sábado (11). Murilo Guimarães Vinhal, de 33 anos, e Idael da Silva Farias, de 38 anos, foram atingidos pela descarga elétrica, caíram no rio e morreram. Ricardo Moacir Machado Vieira, de 40 anos, sobreviveu ao acidente. De acordo com o sargento Silva, que esteve em Filadélfia para dar apoio à ocorrência, as vítimas estavam em um barco de pesca convencional, com um motor na parte frontal e outro traseiro. A descarga maior foi na frente da embarcação onde, segundo o sargento, deveriam estar próximos os dois mortos. "Eles eram um ponto de atração, com certeza, no rio aberto. Eles estão com um material de alumínio ali, tende a chamar a descarga, procurar esse tipo de local", explicou. Clique aqui para seguir o canal do g1 TO no WhatsApp Bombeiros durante busca por pescadores que caíram no rio Tocantins após queda de raio Márcio Novais/TV Anhanguera O bombeiro comentou ainda que esse tipo de acidente é raro no estado. Entretanto, para evitar problemas semelhantes, é preciso ter planejamento antes de ir para o ambiente aquático. "Materiais energizados tendem a ter uma atração maior e aí a questão da segurança é você se planejar. Verificar a previsão do tempo antes de marcar alguma pescaria. Caso o tempo venha a mudar, venha a ficar fechado, procurar ir para a terra, procurar um ambiente seguro. Não entrar de barco embaixo de árvores, de lugar fechado. E caso saia daquilo que está previsível, que é um dia tranquilo, sem risco de chuva, sem risco de raios, e caso o clima venha a mudar, é parar a atividade e tentar buscar um lugar seguro", alertou o sargento dos bombeiros. No caso dos pescadores, o sargento acredita que eles buscavam um local seguro no momento da tempestade, por estarem perto de Filadélfia. "Foi muito repentino, mas dentro da prevenção, que eu acredito que era o que eles iam tentar fazer, era ir procurar um lugar fechado, sair dessa área aberta. Mas infelizmente eles não conseguiram que isso acontecesse", lamentou. LEIA TAMBÉM: Corpos de amigos atingidos por raio durante pescaria são encontrados no Rio Tocantins Sobrevivente que estava com pescadores atingidos por raio tentou puxá-los de volta para o barco, diz amigo Sobrevivente relata desespero após raio atingir barco no Tocantins: 'Fecho os olhos e vejo meus amigos afundando' Momento da descarga Murilo Guimarães Vinhal e Idael da Silva Farias morreram após raio Murilo Guimarães Vinhal/ Redes Sociais/ Reprodução Ricardo Moacir Machado Vieira, que sobreviveu à descarga elétrica, contou que ele era amigo de Murilo e Idael havia mais de 15 anos e tinham o hábito de pescar juntos. Ele relembrou que os amigos caíram na água após o raio e que tentou salvá-los, mas ficou em pânico por causa da chuva e da ventania. "Senti a descarga do raio na vara de pescar que estava em minhas mãos, como se fosse um choque, e aquele barulho tremendo. O raio caiu no barco, arremessando meus amigos na água", relatou. Ricardo retornou para a embarcação enquanto a chuva ficava mais intensa e a correnteza arrastava seus amigos. Ele conseguiu pedir socorro por ligação e aguardou o resgate. "Liguei para meu irmão, relatando o acontecido e implorando por socorro. Não sei quanto tempo se passou, se foram minutos ou horas de tormento”, contou. Os bombeiros foram chamados por volta das 14h de sábado e deram início às buscas por Murilo e Idael no mesmo dia. Ao escurecer, as buscas foram suspensas e retomadas no domingo (12). Os corpos foram encontrados por volta das 11h50, a aproximadamente oito metros de profundidade, três quilômetros abaixo da cidade de Filadélfia. O Corpo de Bombeiros de Imperatriz (MA) deu apoio nas buscas. Após serem levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína para os procedimentos periciais, o corpo de Idael foi levado para a cidade Fortaleza dos Nogueiras (MA), onde moram seus familiares. Murilo foi sepultado no Cemitério Jardim das Paineiras, em Araguaína, nesta segunda-feira (13). Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.