'Alegre porque apareceu a verdade', diz vizinha inocentada após ser presa por envenenamento de crianças no Piauí

'Alegre porque apareceu a verdade', diz vizinha inocentada após ser presa por envenenamento de crianças no Piauí

Novo laudo mostra que mulher presa, acusada de envenenar dois irmãos, pode ser inocente Lucélia Maria da Conceição, de 53 anos, falou com a TV Clube nesta quarta-feira (15) sobre sua absolvição da acusação de envenenar dois irmãos, de oito e sete anos, em Parnaíba. Segundo a mulher, o sentimento é de alegria, satisfação e felicidade. Ela foi inocentada pela Justiça do Piauí na segunda (13). LEIA TAMBÉM: Defesa pede soltura de réu após laudo mostrar substância no organismo dele "[Na prisão] passei momentos ruins, sem dormir, as pessoas me chamando de assassina, dizendo que matei crianças envenenadas. Hoje me sinto muito alegre, muito satisfeita, feliz porque apareceu a verdade pra mostra que não fui eu. Depois que saí da penitenciária, chorei demais, fiquei sem rumo", explicou a mulher. Lucélia contou que ao sair da prisão morou um tempo com o filho. A casa dela, em Parnaíba, foi incendiada e destruída pela população, quando ela foi presa em flagrante. Ela ficou presa por cinco meses e foi solta em janeiro deste ano. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Atualmente, a mulher mora de aluguel e recebe doações. À TV Clube ela disse que perdoa as pessoas que queimaram sua casa, mas pede justiça pelos danos. "Vou perdoar, mas quero que a Justiça seja feita por essas pessoas que destruíram a minha casa. As coisas que tenho hoje foram doadas", disse Inocência declarada O tribunal considerou improcedente a ação penal e decidiu pela absolvição de Lucélia Maria após exames descartarem a presença do veneno nos cajus que Lucélia teria dado às crianças. A avó dos meninos e o companheiro respondem atualmente pelo envenenamento de nove pessoas da própria família e uma vizinha. Dessas vítimas, oito morreram entre agosto de 2024 e janeiro deste ano. Os irmãos morreram em agosto e novembro de 2024. Eles eram vizinhos de Lucélia, que foi indiciada e passou quase cinco meses presa. Ela foi solta em 13 de janeiro, após o laudo descartar a presença de veneno nos cajus. O g1 confirmou a decisão sobre a absolvição de Lucélia nesta terça-feira (14). Agora, o processo deve ser arquivado. Ainda cabe recurso, mas o Ministério Público já havia se posicionado a favor da absolvição e do arquivamento. Por isso, a decisão deve ser mantida. Por determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), devido às vítimas serem crianças, o processo correu em segredo de Justiça. Portanto, não foram divulgados detalhes. Lucélia Maria, a mulher acusada de matar dois meninos envenenados em Parnaíba em 2024 Reprodução/TV Clube Relembre o caso Ulisses Gabriel e João Miguel da Silva, de 8 e 7 anos, moravam com a família no residencial Dom Rufino, em Parnaíba. Segundo a mãe, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, no dia 23 de agosto, Ulisses chegou em casa com um saco de cajus. Os cajus teriam sido dados pela vizinha, Lucélia. Após comerem, os irmãos saíram para brincar. Pouco depois, João Miguel voltou para casa com tontura e moleza. Segundo a mãe, ele estava roxo, com a língua preta, babando e vomitando caju. João Miguel foi levado ao hospital. Pouco depois, Ulisses também deu entrada com os mesmos sintomas. Os dois foram entubados no Hospital Nossa Senhora de Fátima, anexo do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba. Em seguida, os irmãos foram transferidos para Teresina em uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). João Miguel morreu em 28 de agosto de 2024. Ulisses faleceu em 10 de novembro, após dois meses internado. Lucélia Maria foi presa no dia do caso. Segundo a polícia, ela tinha histórico de conflitos com vizinhos e suspeitas de envenenar animais. A casa dela foi incendiada por moradores. A prisão foi convertida em preventiva. Lucélia só foi solta após exames descartarem veneno nos cajus dados às crianças. O laudo saiu um dia após a prisão de Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças. Ele é suspeito de envenenar um baião de dois servido à família no dia 1º de janeiro de 2025. Quatro pessoas da família morreram: a mãe dos meninos, um tio e uma irmã. Francisco de Assis e Maria dos Aflitos Silva, companheira dele, avó dos meninos e mãe de outras vítimas, são réus pelo envenenamento de 10 pessoas. Oito familiares, uma vizinha e seu filho. Apenas duas pessoas sobreviveram. A audiência de instrução e julgamento do caso ocorreu no dia 5 de setembro, quando a Justiça manteve a prisão preventiva do casal. As acusações O casal Francisco de Assis e Maria dos Aflitos é acusado de envenenar nove pessoas da própria família e uma vizinha. Dessas vítimas, oito morreram entre agosto de 2024 e janeiro deste ano. Eles são réus por 11 crimes — oito homicídios qualificados e três tentativas de homicídio qualificado — e estão presos desde janeiro. Embora sejam 10 pessoas envenenadas, a acusação do Ministério Público considera que uma das vítimas foi alvo de tentativa de homicídio e, posteriormente, de homicídio. Veja quem são todas as vítimas abaixo: Manoel Leandro da Silva, de 18 anos (filho de Maria dos Aflitos e enteado de Francisco de Assis) - morto; Francisca Maria da Silva, de 32 anos (filho de Maria dos Aflitos e enteado de Francisco de Assis) - morta; Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos (filho de Francisca Maria) - morto; João Miguel da Silva, de 7 anos (filho de Francisca Maria) - morto; Maria Gabriela da Silva, de 4 anos (filha de Francisca Maria) - morta; Lauane da Silva, de 3 anos (filha de Francisca Maria) - morta; Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses (filho de Francisca Maria) - morto; Maria Jocilene da Silva, de 32 anos, (ex-nora de Maria dos Aflitos) - recebeu alta, voltou a ser hospitalizada 20 dias depois e morreu, também por suspeita de envenenamento; Uma adolescente de 17 anos (irmã de Manoel e Francisca Maria) - recebeu alta; Um menino de 11 anos (filho de Maria Jocilene) - recebeu alta. VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube

TCU suspende decisão que obrigava governo a buscar centro da meta fiscal

TCU suspende decisão que obrigava governo a buscar centro da meta fiscal

O Tribunal de Contas da União (TCU) acolheu o recurso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suspendeu a decisão que obrigava o Executivo mirar o centro da meta fiscal. No recurso, o governo alega que a medida podia oferecer “grave risco à execução de políticas públicas”. O recurso foi protocolado nesta terça-feira. No final de setembro, o TCU determinou que é irregular mirar o piso inferior da meta do resultado primário das contas públicas, e não o centro. Em aviso enviado ao governo, a Corte afirma que a ação não condiz com as regras de responsabilidade fiscal. A Corte argumenta que os parâmetros para o governo definir medidas de congelamento de recursos devem levar em consideração o centro da meta. Na resposta ao TCU, o governo argumenta que as regras fiscais estabeleceram, em 2023, a criação de bandas ou intervalos de tolerância para verificação do cumprimento da meta fiscal. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a Lei de Responsabilidade Fiscal define que o “contingenciamento de despesas há de ter como baliza, obrigatoriamente, o limite inferior do intervalo de tolerância.” O governo ainda afirma que , ao contrário do que foi alegado no acórdão do TCU, o contingenciamento de despesas não tem relação automática com a sustentabilidade da dívida pública, e que a medida deve mirar apenas o cumprimento da meta. Nesta quarta, o ministro Benjamin Zymler acolheu o recurso do governo e concedeu efeito suspensivo aos embargos. Na prática, isso suspende, temporariamente, a decisão que obrigava o governo a mirar o centro da meta. A meta fiscal deste ano é de resultado zero (equilíbrio entre despesas e receitas), com intervalo de tolerância entre déficit de R$ 31 bilhões e superávit de R$ 31 bilhões, ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo vem perseguindo esse limite inferior, o que foi considerado irregular pelo plenário da Corte. Neste ano, o governo teve que aplicar um congelamento de R$ 31,3 bilhões dos recursos planejados. Após uma melhora nas contas públicas, foram liberados R$ 20,6 bilhões em gastos em julho, reduzindo o congelamento para cerca de R$ 10 bilhões. Após nova revisão comunicada na segunda-feira, o congelamento subiu para R$ 12,1 bilhões. Ao final, o governo argumenta que, há um “grave risco à execução das políticas públicas”, caso o Executivo leve o centro da meta como referência para tomar medidas de contingenciamento de recursos. União e os respectivos gestores do Poder Executivo Federal continuem considerando como parâmetro de cumprimento da meta fiscal o limite inferior do seu intervalo de tolerância e somente promovam o contingenciamento nos montantes necessários para superar este limite inferior de tolerância (não para atingir o centro da meta fiscal), sob pena de grave risco à execução das políticas públicas a cargo da União. “Permitindo que, nos próximos relatórios bimestrais de execução orçamentária (inclusive no âmbito do TC 015.352/2025-0), a União e os respectivos gestores do Poder Executivo Federal continuem considerando como parâmetro de cumprimento da meta fiscal o limite inferior do seu intervalo de tolerância e somente promovam o contingenciamento nos montantes necessários para superar este limite inferior de tolerância (não para atingir o centro da meta fiscal), sob pena de grave risco à execução das políticas públicas a cargo da União”

Brasil tem mais nove casos de intoxicação por metanol, com três mortes

Brasil tem mais nove casos de intoxicação por metanol, com três mortes

O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira (15) mais três mortes por intoxicação por metanol em bebidas no país. Uma morte foi confirmada em Jundiaí (SP) e outras duas em Pernambuco. Essas foram as primeiras fora do estado de São Paulo desde o começo dos casos, em 26 de setembro. O total de mortes confirmadas pela intoxicação chega a oito: seis no estado e são Paulo e duas em Pernambuco. Notícias relacionadas: SP: mais de 55 pessoas já foram presas por venda de bebida adulterada. Jundiaí confirma uma morte causada pela intoxicação por metanol. O total de casos confirmados subiu de 32 na última segunda-feira (13) para 41 nesta quarta-feira (15). Outros 107 casos permanecem em investigação, enquanto 469 sobre os quais havia suspeita foram descartados. Além de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, que já haviam registrado casos confirmados, agora, o estado de Pernambuco também confirmou três casos de intoxicação, dois deles com os óbitos citados acima. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em São Paulo, 4 no Paraná, 3 em Pernambuco e 1 no Rio Grande do Sul. Casos em investigação São Paulo tem 57 casos em investigação, Pernambuco outros 31, Rio de Janeiro investiga seis casos suspeitos, Mato Grosso do Sul outros quatro, Piauí mais três, mesmo número investigado no Rio Grande do Sul, e os estados de Alagoas, Goiás e Paraná investigam um caso cada um. Em relação aos óbitos, outros 10 seguem em investigação, sendo quatro em São Paulo, três em Pernambuco, um no Mato Grosso do Sul, um na Paraíba e um no Paraná. Ações de descarte Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de São Paulo informou à imprensa a destruição de mais de 100 mil garrafas, apreendidas em um galpão clandestino na zona leste da capital paulista na semana passada. O material, cerca de 7 toneladas de vidro, foi encaminhado para uma empresa especializada em reciclagem após autorização judicial.

Polícia prende sete suspeitos de facções criminosas ligadas a execuções em Marituba

Polícia prende sete suspeitos de facções criminosas ligadas a execuções em Marituba

Sirene de viatura da PM - 28/02/2021 G1 A Polícia Civil cumpriu nesta quarta-feira (15) sete mandados de prisão contra suspeitos de integrar facções criminosas responsáveis por execuções em Marituba, na Região Metropolitana de Belém. Os mandados foram cumpridos no Pará e em Santa Catarina, segundo a corporação. Os crimes ocorreram em 7 de outubro de 2024, e as vítimas foram Flávio de Jesus Souza, de 20 anos, Ricardo Paiva, 22 anos, e Deivyson Braga, 26 anos. Todos foram mortos a tiros em dois pontos diferentes do bairro Dom Atistides, em um contexto de disputa por território entre grupos rivais. Câmeras de segurança registraram o momento de uma das execuções. Deivyson Braga, vestindo camisa laranja, foi atingido por pelo menos dez disparos enquanto tentava correr em frente a um mercadinho. Os outros assassinatos aconteceram minutos antes, a aproximadamente 350 metros de distância, entre a Avenida João Paulo Segundo e o primeiro local do crime. Flávio e Ricardo foram mortos em frente a uma residência. Ricardo, conhecido como Ricardinho, chegou a jogar pelo Clube do Remo e se recuperava de uma lesão no joelho. Mandados de busca e apreensão Durante a operação desta quarta-feira, a polícia também cumpriu 11 mandados de busca e apreensão. As investigações continuam em andamento para identificar e localizar outros envolvidos nos crimes. Segundo a Polícia Civil, todos os presos têm ligação direta com facções criminosas, reforçando o contexto de violência associado à disputa territorial na região. A corporação não divulgou detalhes sobre os locais exatos das prisões em Santa Catarina, mas confirmou que a ação integrou uma operação coordenada para combater o crime organizado. Vídeos com as principais notícias do Pará

VÍDEO: Bombeiros salvam bebê engasgado após pais pedirem socorro no quartel, em Taubaté

VÍDEO: Bombeiros salvam bebê engasgado após pais pedirem socorro no quartel, em Taubaté

VÍDEO: Bombeiros salvam bebê engasgado após pais pedirem socorro no quartel, em Taubaté Um vídeo divulgado pelo Corpo de Bombeiros mostra o momento em que os agentes conseguem salvam a vida de um bebê recém-nascido que estava engasgado, em Taubaté - veja vídeo acima. O caso aconteceu nesta quarta-feira (15), no quartel dos bombeiros em Taubaté, na região do bairro Ana Emília. Segundo os bombeiros, os pais correram até o quartel pedindo ajuda após a criança se engasgar. Bombeiros que estavam no local prestaram socorro e conseguiram salvar a criança. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp “Tivemos uma solicitação no Posto de Bombeiros do Ana Emília, em Taubaté. Tratava-se de um bebê de 57 dias que chegou engasgado, trazido no colo pelos pais. Os bombeiros, que realizavam treinamento operacional no quartel, constataram que o bebê já se encontrava em parada cardiorrespiratória”, contou a corporação em nota. “Prontamente, o Cb PM C. Alves e o Sd PM Cardoso realizaram as manobras de desobstrução das vias aéreas, obtendo êxito e permitindo que o bebê voltasse a respirar”, celebraram os bombeiros. A manobra usada pelos policiais é chamada de Heimlich, um procedimento de primeiros socorros utilizado para desobstruir as vias aéreas superiores em casos de engasgo. Após o atendimento inicial no quartel, a criança foi encaminhada ao hospital Hmut de Taubaté para avaliação médica. Ainda segundo os bombeiros, o bebê está bem. Pediatra explica o que fazer quando um bebê engasgar O que fazer em caso de engasgo Primeiro é preciso manter a calma. Peça ajuda para o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) no 192 ou na PM pelo 190. Em seguida, coloque a criança de pé, para ver se tossindo ela desengasga. Não é bom chacoalhar a criança, nem jogar para cima. Tem que sentar o bebê de cavalinho no braço, apoiando o dorso, segurar o ombro e com o dedo no queixo, manter a cabeça um pouco mais baixa que a coluna. Com o dorso da mão, no meio das escapulas, dar cinco pancadas com força para tentar causar a desobstrução das vias aérea Com o dorso da mão, no meio das escapulas, dar cinco pancadas com força para tentar causar a desobstrução das vias aéreas. Reprodução/EPTV Coloque a criança de pé e observe se desengasgou. Caso não tenha desengasgado, deite o bebê no braço. Com os dedos médio e anelar, faça cinco pressões na região 1 centímetro abaixo da linha dos mamilos. Caso não tenha desengasgado, repita a operação. Manobra de Heimlich é indicada para salvar bebês engasgados Reprodução/EPTV Se o tórax não estiver expandindo, vai ser necessário fazer a respiração boca a boca. Deite o bebê em uma mesa, com palma da mão levante um pouco a cabeça, abaixe o queixo e faça duas assopradas na boca. O ar expirado tem 18% de oxigênio e já ajuda a melhorar - veja mais orientações clicando aqui. Se o tórax não estiver expandindo, vai ser necessário fazer a respiração boca a boca Reprodução/EPTV Bombeiros salvam bebê engasgado após pais pedirem socorro no quartel, em Taubaté Divulgação/Corpo de Bombeiros Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

Homem é morto a tiros em Volta Redonda

Homem é morto a tiros em Volta Redonda

Delegacia de Volta Redonda Divulgação/Polícia Civil Um homem foi morto a tiros no final da tarde desta quarta-feira (15) no bairro Água Limpa, em Volta Redonda (RJ). Segundo a Polícia Militar, os agentes foram acionados com uma denúncia de que um homem havia sido morto em um escadão no bairro Água Limpa. Ainda de acordo com a PM, ao chegarem no local, os agentes constataram o fato. Uma equipe da perícia foi acionada para colher informações que possam ajudar nas investigações. Após a perícia o corpo será levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Volta Redonda. O caso será registrado na delegacia de Volta Redonda e será investigado pela Polícia Civil. ✅Clique aqui e entre no canal do g1 no WhatsApp Até o momento da publicação desta reportagem a motivação do crime era desconhecida e ninguém havia sido preso pela ação. Veja os vídeos que estão em alta no g1 VÍDEOS: as notícias que foram ao ar na TV Rio Sul

Trump diz avaliar ataques em terra na Venezuela e confirma ação secreta da CIA no país

Trump diz avaliar ataques em terra na Venezuela e confirma ação secreta da CIA no país

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que considera expandir as operações militares no Caribe para incluir ataques terrestres na Venezuela, o que representaria uma escalada significativa da campanha americana que até agora tem como alvo embarcações no mar na região. O americano também confirmou ter autorizado a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir ações secretas na Venezuela, intensificando uma campanha contra Nicolás Maduro, o líder autoritário do país. Desde agosto, o governo americano envia navios de guerra ao Caribe para operações de combate ao tráfico de drogas, segundo Washington, enquanto acusa Maduro de liderar redes de narcotráfico. Pelo menos cinco pequenas embarcações foram bombardeadas desde então, deixando 27 mortos, o que Caracas chama de "execuções extrajudiciais". Tensão regional: Maduro ordena exercícios militares nas comunidades da Venezuela em resposta à presença de navios dos EUA no Caribe Crise: Venezuela ofereceu participação no petróleo para encerrar tensões com os EUA, diz New York Times — Certamente estamos pensando em terra agora, porque temos o mar sob controle — disse Trump no Salão Oval quando questionado por repórteres sobre a possibilidade de ataques terrestres. Sobre usar a Guarda Costeira em vez de lançar os ataques, Trump completou dizendo que "nunca funcionou quando feito de uma maneira politicamente correta". Ainda não há detalhes sobre a nova autorização da CIA, que foi inicialmente descrita ao jornal americano New York Times por várias autoridades americanas sob condição de anonimato, mas ela permitiria à agência realizar operações letais na Venezuela e conduzir uma série de ações no Caribe. Dessa forma, a agência poderia agir de forma independente contra Maduro ou seu governo, ou em coordenação com uma operação militar maior. Antes, a agência só podia cooperar em segurança e inteligência com governos da região, sem poder realizar ataques diretos. Enquanto isso, o reforço militar americano na região já é substancial: há atualmente 10 mil soldados dos EUA, a maioria em bases em Porto Rico, além de um contingente de 4 mil fuzileiros navais em navios de assalto anfíbios. No total, a Marinha americana tem oito navios de guerra de superfície e um submarino no Caribe. Caminho incerto: Dividido entre ala dura e diplomática, Trump está indeciso sobre Venezuela Além disso, os Estados Unidos também ofereceram US$ 50 milhões (R$ 273 milhões) por informações que levem à prisão e condenação de Maduro por acusações de tráfico de drogas nos EUA. Segundo Washington, Maduro controla a gangue Tren de Aragua, embora uma avaliação de agências de inteligência dos EUA contradiga essa alegação. Maduro, por sua vez, nega as acusações e afirma que elas são uma desculpa para justificar uma incursão na Venezuela, que enfrenta a "ameaça militar mais letal e extravagante da história". Initial plugin text A Venezuela tentou encerrar a tensão de seu país com os EUA, oferecendo ao governo Trump uma participação dominante no petróleo e outras riquezas minerais no país. O governo Trump, porém, rejeitou as concessões e cortou a diplomacia com a Venezuela, efetivamente acabando com a negociação, pelo menos por enquanto, disseram pessoas próximas à discussão. Embora os EUA afirmem estar em guerra contra cartéis de drogas, o corte da diplomacia, o posicionamento militar e as ameaças cada vez mais estridentes contra Maduro por parte de autoridades do governo Trump levaram muitos em ambos os países a pensar que o verdadeiro objetivo do governo Trump é a remoção de Maduro. Na ONU: Venezuela denuncia 'ameaça militar ilegal e imoral' dos EUA no Caribe Marco Rubio, secretário de Estado e conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, tem sido a voz principal na iniciativa do governo para depor Maduro. Ele o chamou de líder ilegítimo, um "fugitivo da Justiça americana" e se mostrou cético em relação à abordagem diplomática conduzida por um enviado especial dos EUA, Richard Grenell. A estratégia é desenvolvida com ajuda de John Ratcliffe, diretor da CIA. Ratcliffe tem falado pouco sobre o que sua agência faz na Venezuela, mas prometeu que, sob sua liderança, a CIA seria "mais agressiva". A frustração com a política praticada por Trump no Caribe até então tem crescido no Congresso americano entre membros de ambos os partidos. Alguns republicanos estão buscando mais informações em Washington sobre a justificativa legal e os detalhes dos ataques. Democratas afirmam que as ações violam a legislação americana e o direito internacional. 'Toda força militar' Em resposta às incursões americanas na região, a Venezuela informou nesta quarta-feira sobre uma nova mobilização militar em duas regiões costeiras do norte, próximas ao principal aeroporto do país. A televisão estatal mostrou imagens de veículos blindados mobilizados desde a madrugada em Petare, uma das maiores favelas da Venezuela, localizada perto de Caracas. Vídeos: Venezuela exibe arsenal, incluindo caças russos com mísseis antinavio "Vamos ativar toda a força militar de defesa integral, popular, militar e policial, ativadas e unidas", disse Maduro em uma gravação de áudio no Telegram nesta quarta-feira. Maduro afirmou ainda que a mobilização busca "defender montanhas, costas, escolas, hospitais, fábricas, mercados" e comunidades "para continuar alcançando a paz". Venezuela treina militarmente civis diante de possível ataque dos EUA Pedro Mattey/AFP O ministro do Interior do país, Diosdado Cabello, disse que os ataques americanos "visam apenas roubar da Venezuela seus imensos recursos naturais". Cabello acrescentou que os exercícios de mobilização fazem parte de uma "ofensiva permanente" contra o "cerco" e a "agressão" dos Estados Unidos. Até o momento, o país realizou exercícios em estados fronteiriços com a Colômbia, como Zulia (noroeste), onde ativou a operação Catatumbo com 25 mil soldados. Também em Caracas e nas regiões costeiras, La Guaira, Falcón, Sucre, Nueva Esparta e a ilha La Orchila, no Caribe. A Venezuela também se prepara para decretar um possível estado de emergência externa, uma declaração federal de exceção que concede a Maduro poderes especiais e inclui a "restrição temporária" dos direitos constitucionais. Com agências internacionais.

Inquérito sobre morte de jovem após reação a contraste em exame em SC é concluída sem indiciamentos, diz polícia

Inquérito sobre morte de jovem após reação a contraste em exame em SC é concluída sem indiciamentos, diz polícia

Jovem morre após sofrer reação alérgica durante tomografia com contraste em SC A Polícia Civil concluiu sem indiciamentos o inquérito sobre a morte de Leticia Paul, de 22 anos. A jovem morreu em agosto, em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, após sofrer um choque anafilático durante uma tomografia com contraste de rotina e faleceu menos de 24 horas depois do procedimento. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (15) pelo delegado responsável pelo caso, Matheus Tietjen Slomsky. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Letícia se formou em direito há 5 meses: 'Sonhava alto' Entenda o que é a substância e por que pode causar alergia Ao g1, o delegado informou que foram ouvidos familiares, amigos e funcionários do hospital, além da análise de imagens das câmeras de segurança e documentos sobre o medicamento utilizado. Também foi feita uma perícia indireta com base no prontuário médico. "Não foram encontradas evidências de negligência por parte da equipe médica. A medicação usada estava regular e os procedimentos adotados pelos profissionais seguiram os protocolos da literatura médica", explicou. Os contrastes são substâncias químicas geralmente usadas em exames de ressonância, tomografia e radiografia, sempre com indicação médica, com função de realçar áreas específicas do corpo. Leticia era moradora de Lontras, cidade vizinha a Rio do Sul, com cerca de 12,8 mil habitantes. Segundo a família, ela era uma jovem alegre, apaixonada por beach tennis e fã da dupla sertaneja Henrique e Juliano. Na época da morte, o corpo foi cremado em Balneário Camboriú. Leticia Paul, de 22 anos, morreu após um choque anafilático ocorrido durante exame em SC Redes sociais/ Reprodução O que é choque anafilático? A alergista e imunologista Jane da Silva explica que o choque anafilático é uma reação alérgica grave e rara, que pode acontecer de forma muito rápida. "Ele ocorre quando o corpo reage de maneira exagerada a uma substância considerada estranha — como alimentos, picadas de insetos ou, em alguns casos, medicamentos e substâncias usadas em exames, como o contraste", explica. As manifestações, segundo ela, podem variar desde coceiras e manchas na pele, até sinais e sintomas em vários órgãos - como chiado no peito, tosse, falta de ar, alterações nos batimentos cardíacos, queda da pressão, desmaio e choque com parada cardiorrespiratória. A grande maioria das pessoas faz exames com contraste sem nenhum problema, de acordo com ela. No entanto, o paciente deve sempre fornecer as informações solicitadas pela equipe sobre histórico de reações alérgicas e outras condições. Com essas informações, os profissionais podem tomar precauções extras ou até usar outro tipo de exame, se necessário. Leticia Paul morreu após reação grave durante exame com contraste em SC Redes sociais/ Reprodução VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

Samuel perde tempo com ‘Rosa sessions’

Samuel perde tempo com ‘Rosa sessions’

Samuel Rosa lança hoje, 15 de outubro, single e clipe com feat com Duda Beat na regravação do reggae 'Tudo agora' Divulgação ♫ OPINIÃO ♩ Houve um tempo em que um artista tinha tempo para trabalhar o repertório de um álbum com calma, sem a ânsia de ter que lançar um produto novo a cada dois meses para ter visibilidade. Nas décadas de 1980 e 1990, e mesmo nos anos 2000, dava para esperar até dois anos para lançar um outro álbum. Na era da música digital, uma gravação parece ter prazo de validade cada vez mais curto no mercado. Essa necessidade de ter que pôr sempre um produto novo na prateleira digital, de preferência no formato audiovisual, parece explicar a razão de ser o projeto Rosa sessions, de Samuel Rosa. Pouco mais de um ano após ter lançado o primeiro álbum solo, Rosa (2024), o cantor, compositor e guitarrista mineiro está reciclando o repertório do disco em gravações feitas no Sonastério, estúdio situado em Nova Lima (MG), a 30 Km de Belo Horizonte (MG), em local montanhoso. Em 28 de agosto, o artista apresentou o remake da música Não tenha dó (Samuel Rosa, 2024) em feat com Seu Jorge. Hoje, 15 de outubro, o cantor lança o registro de Tudo agora (Samuel Rosa e Rodrigo Leão, 2024) em single e clipe que trazem Duda Beat na regravação desse reggae turbinado no álbum Rosa com a pulsação do soul. A questão é que Samuel parece perder tempo com Rosa sessions. As gravações originais do álbum Rosa foram formatadas com tanto apuro que esses remakes soam redundantes quando não inferiores. Entre ouvir Tudo agora com Duda Beat e escutar a gravação original, fique com a segunda opção. Com Rosa sessions, Samuel Rosa segue o movimento dos barcos e jamais pode ser crucificado por isso. Mas é triste que o mercado fonográfico já não permita que um cantor trabalhe um álbum a longo prazo. Na era dos aplicativos de música, tudo envelhece rápido demais, mesmo que ainda nem tenha perdido o frescor. É sinal dos frívolos e voláteis tempos digitais em que a música parece ter pouco valor, ainda que o custo para fazer uma gravação por vezes seja alto como o preço que o artista paga para ficar sempre em evidência.