
Balanço da seleção: quem foi bem e quem foi mal nos amistosos contra Coreia do Sul e Japão
Os amistosos da seleção brasileira em outubro chegaram ao fim com sensações extremas. Empolgação pela goleada do que pode ser considerado o time titular contra a Coreia do Sul (5 a 0) e frustração com a derrota do misto bastante frio para o Japão (3 a 2). Muito mais do que os placares, os jogos valiam para o técnico Carlo Ancelotti analisar formas de se jogar e observar jogadores. Neste sentido, alguns se destacaram positivamente. Outros, contudo, se prejudicaram nesta corrida para estar na Copa do Mundo 2026. Carlos Eduardo Mansur: Derrota da seleção brasileira para o Japão pode ser útil para Ancelotti em meio a incertezas rumo à Copa do Mundo 'Peço que não sejam covardes de ficar me crucificando': Fabrício Bruno desabafa após falhar na derota do Brasil para o Japão No fim, quem melhor aproveitou a data Fifa foram os jogadores considerados base da seleção, que já estavam com um pé no Mundial. Já o grupo daqueles que deixaram a desejar é formado por aqueles que ainda lutam para estar na lista dos 26. Ou seja: se solidificou o time titular, os amistoso mostraram também que Ancelotti terá dificuldades para escolher aqueles que levará para serem opção no banco. Quem foi bem: Rodrygo: Além dos dois gols contra a Coreia do Sul, teve boa movimentação em campo, alternando posições com Vini Jr e participando da construção das jogadas. Depois de seis meses sem ser convocado, o atacante mostrou que segue com lugar garantido no time titular. Estêvão: Mais uma vez aproveitou a chance que lhe foi dada. Contra a Coreia do Sul, ocupou bem a direita, sabendo cair por dentro quando outro jogador fazia a função de dar largura ao time, e ainda teve leitura para saber quando infiltrar a área. Foi assim que ele marcou o primeiro gol no amistoso de sexta. Vini Jr: Saiu-se melhor no primeiro amistoso. Ora jogou mais perto dos zagueiros rivais, ora abriu pela esquerda e ora também recuou para ajudar no início das jogadas. Deu uma assistência primorosa para Rodrygo e ainda marcou o seu. Contra o Japão, não brilhou. Mas fez boas trocas com Gabriel Martinelli e Lucas Paquetá no primeiro tempo. Matheus Cunha: Ganhou pontos na briga para ser um eventual camisa 9 da seleção. Mas sem ser um centroavante clássico. O atacante do Manchester United participou bastante mais atrás, na criação; e foi fundamental na marcação por pressão. Bruno Guimarães: Segue crescendo de produção com Ancelotti. Esbanjou visão de jogo e foi o principal municiador de bolas para a área rival. Sem deixar de ser importante na fase defensiva. O time sentiu muito sua saída na derrota para o Japão. Casemiro: Mais uma vez mostrou ser difícil entender como a seleção ficou tanto tempo sem ele. Sua presença deu mais proteção à zaga e permitiu que Bruno Guimarães fosse mais à frente em alguns momentos. Também deu alguns bons passes, como a assistência contra a Coreia do Sul. Éder Militão: Outro que voltou muito bem à seleção. Protegeu a área com segurança e saiu bem com a bola. O Brasil não sentiu a ausência do lesionado Marquinhos. Paulo Henrique: Aproveitou as chances recebidas com participação ofensiva constante e eficiente. No lance de seu gol sobre o Japão, chamaram a atenção sua presença dentro da área depois de ter participado do início da jogada e a finalização. Estêvão comemora um dos gols marcados pela seleção brasileira Rafael Ribeiro/CBF Quem foi mal Fabrício Bruno: Individualmente, foi o pior contra o Japão. Não soube sair sob pressão e entregou o primeiro gol. Depois, ainda fez um contra (ainda assim, uma falha menos grave do que a anterior). Teve muita dificuldade nos embates um contra um. Carlos Augusto: Ofensivamente, não disse a que veio. Atrás, ofereceu um corredor para os avanços japoneses. Beraldo: Assumiu a função de iniciar a saída de bola, mas errou muitos passes. Foi mal na proteção à área nos momentos de pressão do rival e, para completar, falhou na marcação a Ueda no lance do terceiro gol. Luiz Henrique: Contra o Japão, não teve o mesmo entendimento que os outros companheiros de setor ofensivo. Jogou mais preso pela direita, participando menos das jogadas. Para piorar, não esteve atento ao posicionamento e recebeu impedido no que seria o terceiro gol brasileiro. Richarlison: De novo, pareceu perdido na frente. Não conseguiu fazer a mesma movimentação que os titulares do ataque e nem levou perigo aos goleiros rivais. Paulo Henrique: Não é um engano. O lateral-direito foi um destaque positivo na frente, mas muito mal atrás. Deixou espaços pelo seu lado que custaram caro. No primeiro tempo, não marcou Ueda e contou com a sorte quando o japonês não conseguiu concluir na cara do gol. Mas, na etapa final, deixou Nakamura livre para finalizar a bola que Fabrício Bruno empurrou para as redes. Hugo Souza: O goleiro falhou na virada japonesa. Não teve reflexo para espalmar a bola cabeceada por Ueda em sua direção e aceitou o gol.