'Sempre dizia que era a última vez', relata advogada que perdeu quase R$ 200 mil para falso pai de santo preso em SP

'Sempre dizia que era a última vez', relata advogada que perdeu quase R$ 200 mil para falso pai de santo preso em SP

Advogada transferiu R$ 200 mil para suspeito de aplicar golpes por meio de falsas promessas de trabalhos espirituais Reprodução/RBS TV Uma advogada do RS afirma ter sido extorquida pelo falso pai de santo preso preventivamente em São Paulo, nesta quinta-feira (16), por suspeita de chefiar um esquema de estelionato religioso. A mulher, que prefere não se identificar, afirma que realizou dezenas de transferências bancárias que somaram quase R$ 200 mil para tentar reatar um relacionamento amoroso via trabalhos espirituais. (Saiba mais abaixo) "Os valores sempre aumentando, não cessava nunca. Ele sempre dizia que era a última vez. Daí me dizia um valor X, eu dizia: 'só tenho tanto', e ele: 'pode ser'. Daí eu depositava e logo ele me chamava: 'os orixás estão dizendo que você está mentindo para mim, que você tem condições, sim'", relata. O suspeito é Hugo Rafael, conhecido como Pai Hugo de Oxalá. Ele é investigado por estelionato e associação criminosa. Além dele, outras sete pessoas também foram presas. O g1 e a RBS TV entraram em contato com a defesa do pai de santo, que não retornou até a mais recente atualização desta reportagem. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Conforme a Polícia Civil, o esquema envolvia diversos operadores financeiros, que recebiam os valores em contas de diferentes bancos e repassavam para outros integrantes do grupo, dificultando o rastreamento dos recursos. Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Os perfis utilizados pelo grupo nas redes sociais somam milhares de seguidores e exibem depoimentos de supostos clientes satisfeitos, muitos deles identificados como influenciadores digitais que teriam sido contratados para gravar vídeos promocionais. Bode preto de R$ 1,5 mil para concluir um dos rituais A advogada que deu início à investigação contou aos policiais que enfrentava o término de um relacionamento e que viu em uma rede social anúncio de uma suposta "mãe de santo" que dizia ter o poder de "trazer o amor de volta" por meio de rituais espirituais. Ela entrou em contato com a mulher em 29 de maio deste ano. A mulher se apresentava como "Mãe Natasha". Mãe Natasha, que a polícia alega que é uma estelionatária, afirmou que poderia resolver o problema amoroso mediante um ritual de "amarração" no valor de R$ 300. A vítima fez o pagamento, mas, em seguida, a falsa mãe de santo alegou que seria necessário um "trabalho de dominação de coração", exigindo mais R$ 750. Quando a vítima tentou desistir, foi informada de que o cancelamento não seria possível porque os "nomes já estavam na mesa", e que as entidades poderiam puni-la caso interrompesse o processo. Foi então que começaram as ameaças. Em poucos dias, a suposta religiosa passou a pedir valores cada vez maiores, alegando que as entidades espirituais exigiam novos rituais, como "benzimentos", "casamento de almas" e "afastamento de rivais". A suspeita ainda garantia que todos os valores seriam devolvidos em poucas horas após cada ritual, o que nunca aconteceu. No dia 30 de maio, entrou em cena o pai de santo que foi preso nesta quinta, que dizia ser chefe do terreiro onde os trabalhos estariam sendo feitos. Em tom autoritário, ele começou a intimidar a vítima, dizendo que ela estaria "enganando as entidades" e que sofreria consequências se não fizesse os pagamentos que eram exigidos. A mulher, temendo ser exposta ao ex-companheiro, que os estelionatários afirmavam conhecer, cedeu às ameaças e fez os pagamentos para diferentes contas bancárias. Em determinado momento, os estelionatários disseram que precisavam comprar um bode preto para concluir um dos rituais, pedindo mais R$ 1,5 mil. Depois, afirmaram que o dinheiro da vítima estava bloqueado pelo banco e que seria necessário pagar taxas para a liberação dos valores. Os suspeitos ainda enviaram prints falsos de conversas com supostos gerentes bancários e até de um empresário que teria uma loja de carros, tentando dar credibilidade às mentiras. Mesmo diante de sucessivos pagamentos e promessas não cumpridas, as ameaças continuaram. O golpista dizia que "as entidades estavam furiosas" e exigiam novos valores para "reforçar o trabalho espiritual". Pai de santo é preso sob suspeita de chefiar esquema de estelionato religioso no RS Polícia Civil/Divulgação VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Prisão de imigrantes em Chicago, nos EUA, têm tumulto entre agentes do ICE e multidão; VÍDEO

Prisão de imigrantes em Chicago, nos EUA, têm tumulto entre agentes do ICE e multidão; VÍDEO

A prisão de dois imigrantes em Chicago, nos Estados Unidos, na terça-feira (14), acabou em um grande tumulto entre os agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) e uma multidão. Soldados da Guarda Nacional começam patrulhamentos nas ruas de Chicago nesta quarta (08) Tropas da Guarda Nacional enviadas pelo governo de Donald Trump chegaram na região metropolitana de Chicago no dia 7 de outubro e se preparam para entrar na 3ª maior cidade dos Estados Unidos. Trump disse nesta quarta-feira (8) que o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, e o governador de Illinois, JB Pritzker, "deveriam estar presos por não conseguirem proteger agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE)". Não há indícios, até a última atualização desta reportagem, de que essas autoridades serão presas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O envio de tropas a Chicago intensificou uma escalada de tensões entre o presidente dos EUA e os governos municipal e estadual — ambos democratas—, que já teve processos na Justiça, trocas de insultos e restrições contra agentes federais. (Leia mais abaixo) Para justificar o envio das tropas, o governo Trump vem dizendo em diversas ocasiões nas últimas semanas que Chicago tem altos níveis de violência e que agentes federais do ICE e do Serviço de Proteção Federal (FPS) estão sofrendo "ataques coordenados por grupos violentos". O ICE é a agência designada por Trump para deter imigrantes em situação irregular em todo o país, seguindo uma promessa de campanha do republicano. A atuação dos agentes de imigração tem gerado protestos pelos EUA. Cerca de 200 soldados da unidade do Texas da Guarda Nacional foram designados pelo governo federal para Chicago até o momento. As tropas se instalaram em um centro da Reserva do Exército em Elwood, a cerca de 50 km de Chicago e estão recebendo treinamento para a operação (veja fotos abaixo). Nas últimas semanas, o presidente descreveu Chicago com diversos termos hostis e chegou a chamar a cidade de "buraco infernal" do crime —apesar de estatísticas policiais mostrarem quedas significativas na maioria dos crimes, incluindo homicídios. Sobre a alegação de Trump de que os agentes do ICE não estão sendo protegidos, Chicago tem sido uma das cidades em que houve uma onda de protestos contra operações visando imigrantes ilegais —esses movimentos geralmente se concentram em frente a centros federais de detenção de imigrantes. Por que Trump tenta enviar a Guarda Nacional para várias cidades dos EUA? Tropas da Guarda Nacional do Texas caminham por centro de treinamento do Exército em Elwood, perto de Chicago, nos Estados Unidos, em 7 de outubro de 2025. REUTERS/Jim Vondruska O envio de tropas federais a Chicago enfrenta forte resistência dos governos municipal e estadual. O prefeito Johnson disse "rezar por Trump" para que ele se torne uma pessoa melhor e que o presidente "toma decisões que fariam Vladimir Putin corar". Já o governador Pritzker acusou Trump de fabricar uma crise e usar as tropas como “peças de teatro político”. Johnson também assinou uma ordem executiva para estabelecer "zonas livres do ICE", que proibiu batidas de imigração em propriedades municipais e locais privados que se oponham à presença de agentes do ICE. A Casa Branca chamou a medida de doentia e perturbadora. O governo de Illinois entrou na Justiça contra o envio de tropas da Guarda Nacional do Texas a Chicago, porém uma juíza federal não concedeu a liminar porque disse que precisava de mais informações para barrar a medida. Os argumentos de Trump para enviar tropas federais para Chicago - e o que diz a oposição Soldado da Guarda Nacional do Texas com fuzil na mão no centro de treinamento do Exército em Elwood, perto de Chicago, nos Estados Unidos, em 7 de outubro de 2025. REUTERS/Jim Vondruska Outros 300 soldados da Guarda Nacional de Illinois, estado que engloba Chicago, também foram designados à cidade pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth. Esse envio, porém, foi barrado pela Justiça estadual. Chicago tem mais de 2,7 milhões de habitantes e é um grande centro econômico dos EUA. Apesar de o governo Trump ter alegado proteção a agentes federais e combate à violência na cidade, a missão exata das tropas federalizadas da Guarda Nacional ainda não está clara. O segundo mandato do republicano tem sido marcado por uma forte operação anti-imigração, e Chicago é considerada uma "cidade-santuário", por ter políticas voltadas a imigrantes e ser considerada segura para esse grupo. Trump tem utilizado decretos emergenciais para acelerar sua agenda nesses centros urbanos. Uma estratégia militar mais ampla Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala com repórteres na saída da Casa Branca em 5 de outubro de 2025. REUTERS/Aaron Schwartz Desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, Trump enviou ou anunciou planos de enviar tropas para dez cidades dos EUA, incluindo Baltimore, Memphis, Washington D.C., Nova Orleans e as cidades californianas de Oakland, São Francisco e Los Angeles. A maioria dos crimes violentos nos EUA caiu nos últimos anos. Em Chicago, os homicídios diminuíram 31% até agosto, totalizando 278, segundo dados policiais. Em Portland, os homicídios caíram 51% — de 35 para 17 — entre janeiro e junho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Em Portland, uma instalação do ICE tem sido palco de protestos noturnos há meses, que atingiram o auge em junho, quando a polícia local declarou motim; confrontos menores ocorreram desde então. No último fim de semana, multidões maiores se reuniram em frente à instalação, e agentes federais lançaram gás lacrimogêneo. Um tribunal de apelações marcou para quinta-feira a audiência sobre o recurso do governo para reverter as decisões judiciais anteriores e permitir o envio da Guarda Nacional a Portland. A governadora democrata do Oregon, Tina Kotek, disse que se reuniu na terça-feira com a secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, e afirmou que não há “nenhuma insurreição” no estado. “O Oregon está unido contra o policiamento militar em nossas comunidades”, declarou Kotek. O chefe de polícia de Portland, Bob Day, afirmou na terça-feira que o departamento precisa trabalhar mais de perto com agentes federais para aumentar a presença policial nas instalações do ICE. “Temos tentado coordenar isso com a resposta federal porque temos políticas e expectativas diferentes em relação aos procedimentos”, disse. Noem afirmou à Fox News na terça-feira que disse ao prefeito de Portland, Keith Wilson, que, se a cidade não reforçasse a segurança no prédio do ICE, não obtivesse apoio das forças locais e não tomasse outras medidas de segurança, “enviaríamos quatro vezes mais agentes federais para cá”. Em setembro, um juiz federal declarou que o governo havia “deliberadamente” violado a lei ao enviar tropas da Guarda Nacional para Los Angeles, durante protestos contra as batidas de imigração.

Tuta, chefe do PCC preso na Bolívia, é transferido de Brasília para SP sob forte esquema de segurança

Tuta, chefe do PCC preso na Bolívia, é transferido de Brasília para SP sob forte esquema de segurança

Tuta, chefão do PCC, foi transferido nessa quarta (15) de Brasília para São Paulo, sob forte esquema de segurança. Divulgação/MJ Cumprindo decisão da Justiça de SP, o governo federal confirmou que o líder do PCC Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi transferido para o sistema penitenciário estadual de São Paulo na quarta-feira (15). A transferência foi feita sob forte esquema de segurança, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, por meio da Polícia Penal Federal e com apoio de um avião da Polícia Rodoviária Federal (PRF). ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Após chegar em São Paulo, Tuta foi levado para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau II, no interior de São Paulo, a pedido do Ministério Público paulista. O local é onde se concentram as lideranças do PCC no estado de São Paulo, antes que sejam encaminhados ao sistema federal, dependendo do grau de periculosidade dos detentos. A transferência de Tuta tinha sido autorizada pelo Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP) no início de agosto. Naquela ocasião, o juiz estadual tinha determinado a notificação do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), a Justiça Federal e a Polícia Federal para coordenarem a transferência conjuntamente. Justiça de SP determina transferência de Tuta, líder do PCC, para Penitenciária de Presidente Venceslau Considerado um dos chefes do PCC e substituto de Marcola na liderança da organização criminosa, Tuta deve ser levado para a Penitenciária de Presidente Venceslau, unidade de segurança máxima do estado. Tuta foi preso em maio na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e levado pela Polícia Federal (PF) para o presidio federal de Brasília há quase três meses. Desde então, havia essa expectativa para a transferência dele para São Paulo, já que as condenações até o momento foram da Justiça paulista. No Brasil, Marcos Roberto de Almeida tem duas prisões decretadas em investigações do Ministério Público de São Paulo. Ele foi um dos principais alvos da Operação Sharks, deflagrada em 2020, quando fugiu do Brasil e passou a constar como foragido na lista da Interpol. LEIA MAIS: Forjado, Chacal, Mijão e André do Rap: quais são os outros líderes do PCC que podem estar escondidos na Bolívia, segundo o MP de SP PERFIL: Quem é Tuta, substituto de Marcola no PCC e preso na Bolívia Major da polícia boliviana é preso por suspeita de acobertar Tuta, chefe do PCC no país vizinho, detido na semana passada Imagens e documentos exclusivos mostram como Tuta se tornou um dos chefes do PCC Nas últimas semanas, tanto o MP-SP quanto a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) se manifestaram favoráveis à transferência de Tuta para o sistema penitenciário paulista. No processo, a SAP informou “não identificar motivos ou elementos concretos aptos a justificarem a inclusão definitiva do encarcerado no sistema federal para o interesse da segurança pública bandeirante”. O Ministério Público também opinou no mesmo sentido e se mostrou favorável pela transferência do recluso para uma das unidades prisionais de segurança máxima de Presidente Venceslau. Como foi a prisão na Bolívia Bolívia prende chefe do PCC foragido da Justiça brasileira Tuta é apontado pelo MP de SP como novo número 1 da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC, e foi preso na Bolívia em 16 de agosto. Ele estava foragido há cinco anos e foi capturado na sexta-feira (16) na cidade de Santa Cruz de la Sierra com documentos falsos, segundoa Polícia Federal. A prisão foi feita pela Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen, da Bolívia. Ele é considerado o sucessor de Marcola, o chefe máximo da facção que está preso no sistema penitenciário federal e cumpre penas de mais de 300 anos. A polícia boliviana informou que o homem detido se apresentou como Maycon Gonçalves da Silva, nascido em 25 de março de 1971, em um centro comercial da cidade, para tentar renovar a Cédula de Identidade de Estrangeiro (CEI), documento necessário para não bolivianos que residem no país. Polícia da Bolívia prende Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, chefe do PCC foragido da Justiça brasileira, nesta sexta-feira (16). Foto cedida por Ariel Melgar/El Deber Ao consultar o sistema internacional de estrangeiros, surgiu um alerta indicando que se tratava de um procurado pela Interpol. A PF, então, foi comunicada. Marcos Roberto de Almeida foi detido sob suspeita de uso de documentos falsos e falsidade ideológica. Dias depois, um major da polícia boliviana também foi preso em Santa Cruz de la Sierra por suspeita de dar proteção para Tuta na Bolívia. Segundo a PF, até a noite de sexta, o suspeito seguia sob custódia das autoridades bolivianas, aguardando a confirmação de sua identidade e os procedimentos legais que podem resultar em sua expulsão e extradição ao Brasil. Tuta tem duas prisões decretadas e já foi condenado Preso pela PF, Tuta é considerado o substituto de Marcola no comando do PCC Reprodução No Brasil, Marcos Roberto de Almeida tem duas prisões decretadas em investigações do Ministério Público de SP. Ele foi um dos principais alvos da Operação Sharks, deflagrada em 2020, quando fugiu do Brasil e passou a constar como foragido na lista da Interpol. À época, o MP de São Paulo confirmou que Tuta havia assumido o comando do PCC após a transferência de Marcola para um presídio federal, em fevereiro de 2019. O criminoso já foi condenado em primeira instância por organização criminosa, com pena de 12 anos e seis meses de prisão. Responde ainda a outro processo por organização criminosa e lavagem de dinheiro. "O Marcos Roberto, vulgo Tuta, já era da sintonia de 1, mas não era o número 1 do PCC. Com a remoção do Marcola, ele foi elencado, nominado pelo Marcola para ser o novo n° 1 do PCC, tanto dentro como fora dos presídios. É um velho conhecido nosso. Só que, em liberdade, ele atingiu o status, seria o novo Marcola na nossa concepção", explicou na ocasião o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há décadas em São Paulo. Marcola, chefe do PCC, está preso no sistema penitenciário federal desde 2019 Arquivo/TV Fronteira Nova estrutura do PCC O novo organograma da cúpula do PCC em São Paulo, apresentado pelo Ministério Público de SP nesta segunda-feira (14). Reprodução Em 2020, após a primeira fase da Operação Sharks, o MP paulista identificou os 21 suspeitos de integrar a nova cúpula do PCC. Entre eles estava Tuta, que fazia parte da cúpula, chamada de Sintonia Final da Rua. Alvos foram identificados na Bolívia, no Paraguai e até na África. Segundo o então procurador-geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo, Tuta assumiu o comando do PCC por escolha do próprio Marcola. Ele estava foragido e chegou a ser identificado, na época, como ocupante de um cargo de adido no consulado de Moçambique em Belo Horizonte. Seria uma estratégia para ocultar sua identidade. O termo "adido" é usado para designar um agente diplomático que não é um diplomata de carreira. "A partir da remoção [para o sistema federal], as ordens passaram a ser nas ruas. E um dos indivíduos, Marcos Roberto, vulgo Tuta, ele assumiu a função do Marcola. É um indivíduo que tem contato em consulado, que transita no país e fora do país. É uma operação hoje que a ordem não está mais centralizada dentro do presídio, mas na rua. Por isso a importância da operação de hoje", afirmou o promotor Lincoln Gakiya. Além dele, o Ministério Público identificou outros 20 nomes que fazem parte da nova cúpula da facção. Entre eles três nomes que seriam o braço financeiro da organização criminosa. Eles administram o dinheiro oriundo do tráfico feito belo bando. Entre os nomes que fazem parte do braço financeiro está uma mulher: Carla Luy Riciotti Lima, além de Robson Sampaio Lima e José Carlos de Oliveira. Operação em 2020 mirou nova cúpula do PCC Deflagrada em fevereiro de 2020, a Operação Sharks teve como objetivo prender membros da nova cúpula do PCC. Foram cumpridos 12 mandados de prisão, além de 40 de busca e apreensão. A força-tarefa envolveu oito promotores e mais de 250 policiais militares. Três pessoas foram presas na ocasião. A polícia também apreendeu explosivos, armas e carros de luxo usados pela organização. Durante as buscas, os investigadores encontraram mais de R$ 100 mil em dinheiro vivo. Explosivos encontrados no endereço de um dos alvos da operação Divulgação/MP-SP A operação também desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro feito por meio de dólar-cabo, operação informal de câmbio sem registro no sistema financeiro. Planilhas apreendidas indicaram que a facção movimentava cerca de R$ 100 milhões por ano, com lucros vindos principalmente do tráfico de drogas e da arrecadação entre integrantes. Para ocultar valores, os investigados compravam veículos e usavam fundos falsos em casas e apartamentos. As transferências eram feitas por meio de doleiros. Operação investiga facção criminosa que movimenta R$100 milhões por ano

Crimes e polêmicas inflam debate sobre quem seguir nas redes sociais

Crimes e polêmicas inflam debate sobre quem seguir nas redes sociais

Não é exagero: quase semanalmente, deparamo-nos com manchetes sobre influenciadores digitais envolvidos em esquemas criminosos dos mais diversos tipos. Nesta semana, a Operação Narco Bet da Polícia Federal, que investiga tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, prendeu Bruno Alexssander Silva. Mais conhecido como Buzeira , ele tem mais de 15 milhões de seguidores somente no Instagram , onde promove sorteios e rifas, e também ostenta uma vida de luxo. Leia mais (10/16/2025 - 12h36)

Mulher de 53 anos é encontrada morta no chão de quarto no interior de SP

Mulher de 53 anos é encontrada morta no chão de quarto no interior de SP

O caso foi registrado como homicídio e as investigações seguem pela Delegacia de Fartura (SP) Reprodução/Polícia Civil Uma mulher de 53 anos foi encontrada morta no chão do quarto com um corte no pescoço em Fartura (SP). O caso é investigado pela Polícia Civil do município e foi registrado como homicídio. Ninguém foi preso. Segundo a Polícia Civil, o corpo da vítima tinha sinais de violência. A porta da casa estava escorada em uma cadeira, o que indicou uma tentativa de dificultar o acesso à parte interna da residência. Participe do canal do g1 Itapetininga e Região no WhatsApp Conforme o registro da ocorrência, os policiais militares foram acionados na terça-feira (14) para atender uma ocorrência classificada como “emergência clínica”. No local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já havia confirmado a morte da mulher. Para a Polícia Militar, uma testemunha, de 26 anos, relatou que foi até à casa da mulher a pedido de um familiar, que costumava dar carona diária para o trabalho. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A testemunha foi verificar o que havia acontecido com a vítima, que não fazia contato desde o sábado anterior. Ela chegou no endereço, não teve resposta, empurrou a porta e encontrou a mulher caída. A funerária responsável informou que o corpo de Elza Maria de Oliveira Santos, de 53 anos, foi sepultado no Cemitério Municipal de Fartura, na terça-feira (14). Ninguém foi preso. Veja mais notícias no g1 Itapetininga e Região

Como uma pequena empresa ficou no meio da guerra comercial entre EUA e China e acabou sob intervenção estatal

Como uma pequena empresa ficou no meio da guerra comercial entre EUA e China e acabou sob intervenção estatal

No fim do mês passado, a disputa cada vez mais intensa de Washington com Pequim pelo controle das cadeias de suprimentos de tecnologia chegou à Holanda. Sob pressão de autoridades americanas, o governo holandês assumiu o controle das decisões da fabricante de chips Nexperia, de propriedade chinesa. A Nexperia, cuja sede fica na Holanda, pertence à empresa chinesa Wingtech. Ela opera uma cadeia de suprimentos complexa e global, típica da indústria de semicondutores. A empresa projeta tipos mais antigos de chips usados em automóveis e eletrônicos e emprega milhares de pessoas na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia. Suas fábricas produzem finas lâminas de silício no Reino Unido e na Alemanha, e montam e testam chips na China, nas Filipinas e na Malásia. Em 30 de setembro, o governo holandês declarou que as decisões da empresa passariam a ser determinadas pelo ministro de Assuntos Econômicos, Vincent Karremans. Horas antes, os Estados Unidos haviam ampliado o alcance de uma lista de restrições comerciais, o que significava que a Nexperia enfrentaria controles rigorosos sobre suas operações, já que sua controladora, a Wingtech, já estava nessa lista. Em comunicado divulgado no domingo, revelando sua ação, o governo holandês afirmou ter agido para impedir que os produtos da Nexperia se tornassem indisponíveis em uma situação de emergência. No entanto, documentos publicados em um tribunal de Amsterdã na terça-feira mostraram que, meses antes, autoridades americanas haviam pressionado o governo holandês em relação à propriedade da empresa. O Departamento de Comércio dos EUA impôs restrições comerciais à Wingtech em dezembro. Em junho, autoridades americanas informaram ao Ministério das Relações Exteriores da Holanda que a Nexperia poderia ser a próxima, a menos que a empresa substituísse seu CEO chinês, Zhang Xuezheng. “O fato de o CEO da empresa ainda ser o mesmo proprietário chinês é problemático”, disseram os oficiais americanos, segundo os documentos judiciais. A Nexperia é apenas uma das empresas que estão no meio da batalha pelo controle da indústria global de semicondutores, enquanto Washington e Pequim reivindicam ampla autoridade sobre as cadeias de suprimentos de chips e minerais — insumos críticos para tudo, de automóveis a sistemas de inteligência artificial. À medida que Estados Unidos e China exercem sua influência sobre essas cadeias, outros países buscarão desfazer a propriedade chinesa de ativos tecnológicos essenciais sob o argumento da segurança nacional, disse Reva Goujon, diretora do Rhodium Group, uma empresa de pesquisa. A Nexperia era um alvo óbvio. O governo chinês gastou bilhões de dólares com o objetivo de fortalecer suas indústrias domésticas, e empresas chinesas também intensificaram aquisições de empresas estrangeiras que fabricam chips e outras tecnologias. Embora os fabricantes chineses de chips tenham dificuldades em produzir os semicondutores de ponta que alimentam sistemas avançados de IA, eles fabricam uma fatia cada vez maior dos chips mais antigos. Algumas autoridades nos EUA e na Europa têm se preocupado com a possibilidade de a China dominar o mercado desses chips. Mesmo que sejam menos avançados, eles são usados em automóveis e em uma ampla variedade de máquinas e eletrodomésticos. Agora, muitos governos querem trazer essas cadeias de suprimentos de volta para o próprio controle, disse Reva. — Houve alguns grandes arrependimentos. Todos esses governos estão muito desconfortáveis com isso e gostariam de ter esses ativos de volta — afirmou. Dias depois de o governo holandês assumir o controle da Nexperia, o Ministério do Comércio da China emitiu um comunicado proibindo as unidades chinesas da Nexperia de exportar alguns produtos, segundo informou a empresa em nota na terça-feira. A empresa está buscando uma isenção das restrições chinesas e “mobilizou todos os recursos disponíveis para esse fim”, diz o comunicado. O Ministério do Comércio da China não comentou publicamente sobre as restrições à Nexperia. He Yongqian, porta-voz do ministério, afirmou em uma coletiva na quinta-feira que os controles ampliados de Washington “prejudicaram seriamente a segurança e a estabilidade da cadeia de suprimentos industrial global”. A tomada de controle da Nexperia pelo governo holandês foi “um claro exemplo de como a influência americana prejudica os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, afirmou He. Pequim também exerceu sua influência sobre outra parte da cadeia global de tecnologia na semana passada, ao anunciar amplos controles sobre minerais críticos usados em chips, automóveis, mísseis e outros produtos. As novas regras lembravam de perto os controles tecnológicos dos EUA, que as autoridades chinesas há muito criticam. O governo chinês também mirou um setor que considera crucial para sua própria segurança e crescimento econômico: o transporte marítimo. Na terça-feira, Pequim impôs sanções às subsidiárias americanas da empresa sul-coreana Hanwha, acusando-as de “apoiarem e auxiliarem” os Estados Unidos em sua indústria naval. A medida entrou em vigor imediatamente e proíbe empresas e indivíduos chineses de fazer negócios com as unidades da Hanwha. Reva Goujon acrescentou que os governos continuarão buscando maneiras de retomar o controle da fabricação de tecnologias críticas, à medida que a disputa por influência entre Washington e Pequim se intensifica. — Isso vem se acumulando há muito tempo — disse ela.

Vídeo mostra momento em que homem é executado em shopping na Zona Oeste de Manaus

Vídeo mostra momento em que homem é executado em shopping na Zona Oeste de Manaus

Vídeo mostra o momento em que homem é executado em shopping Câmeras de segurança registraram o momento em que Júlio César Santos das Chagas foi morto dentro do Shopping Ponta Negra, na Avenida Coronel Teixeira, Zona Oeste de Manaus. O caso aconteceu no dia 1º de outubro e as investigações apontam que a vítima vinha sendo ameaçada por integrantes de uma facção criminosa. (Veja o vídeo acima) De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), dois homens, identificados como Eduardo e Mateus, foram presos nesta quarta-feira (15) suspeitos de participação do crime. Um terceiro suspeito continua foragido. Nas imagens é possível ver o momento em que um dos suspeitos corre em direção a vítima que estava saindo de um carro, próximo a um grupo de pessoas. Ao se aproximar, o suspeito saca a arma e dispara contra Júlio, que corre para dentro do shopping. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Baixe o app do g1 para ver notícias do AM em tempo real e de graça De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), as prisões ocorreram durante uma operação iniciada por volta das 12h de quarta. Um dos suspeitos foi localizado no bairro Compensa, Zona Oeste da cidade, e o outro, no bairro Raiz, Zona Sul da capital. LEIA MAIS: Ministério Público deflagra operação para combater corrupção na saúde do Amazonas O caso Segundo informações da 19ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), a vítima já havia sido presa por tráfico de drogas e cumpriu pena na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), sendo liberado em 2019. Uma testemunha contou à Rede Amazônica que, após os tiros, as lojas foram fechadas e clientes buscaram abrigo. Até o momento, não há confirmação de outros feridos. Em nota, a administração do Shopping Ponta Negra classificou o caso como uma “ocorrência de caráter isolado” e que está colaborando com as autoridades. O shopping encerrou as atividades mais cedo e reforçou o compromisso com a segurança dos clientes. Câmeras de segurança registram momento em que homem é morto em shopping de Manaus. Reprodução/Rede Amazônica Marca de tiro em um vidro no shopping Divulgação Veja os vídeos que estão em alta no g1