O quadro geral dos atingidos

O quadro geral dos atingidos

O número final ainda está sendo refinado, mas em torno de oito mil empresas foram atingidas pelo tarifaço de Donald Trump. Esta crise afeta as empresas de forma diferente e, por isto, a ajuda do governo foi formatada para socorrer mais quem teve prejuízo maior. O economista Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, diz que até o dia 8 todos os sistemas de financiamentos estarão prontos e espera para a segunda quinzena as primeiras liberações de crédito. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Aterro de Gramacho tem capacidade para acumular 23 milhões de litros de chorume, evitando contaminação do manguezal

Aterro de Gramacho tem capacidade para acumular 23 milhões de litros de chorume, evitando contaminação do manguezal

Destino de dejetos produzidos na cidade do Rio de Janeiro por mais de três décadas, o aterro sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, já foi conhecido como o maior lixão a céu aberto da América Latina. Fechado em 2012, ainda hoje é considerado uma área de risco ambiental. O terreno exige cuidados para evitar que o chorume —líquido proveniente da decomposição orgânica, eventualmente misturado a metais pesados — produzido pelo acúmulo de dejetos contamine o manguezal do entorno, e até a Baía de Guanabara. Essa operação custa R$ 2 milhões por mês à Comlurb, gastos com equipes que cuidam de uma estação de tratamento, além da manutenção de lagoas usadas para armazenar o material poluente. O passivo é tão grande que a expectativa é que Gramacho continue a produzir chorume pelo menos até 2050. Máquinas de jogos: Paes e Castro ainda não se reuniram para tratar sobre a videoloteria Mulheres pardas entre 20 e 29 anos: grupo representa principais vítimas de violências notificadas por profissionais de saúde O despejo de lixo a céu aberto no local — com área superior à do Aterro do Flamengo — foi cena comum entre 1978 e 2006, quando começaram a ser adotadas medidas para minimizar o impacto ambiental na área. A última fase desse projeto foi concluída no mês passado, com a inauguração de nova lagoa de chorume, a sexta de Gramacho, usada para armazenar o material não tratado. — Antes dessa obra, quando chovia forte, tínhamos que adotar medidas para evitar que não vazasse até a Baía. Uma parte do excedente que não conseguíamos tratar nessas condições acabava sendo levada para estações de tratamento de esgoto (ETE) do Rio em solução de emergência — explica Jorge Arraes, presidente da Comlurb. Lagoas de chorume O dirigente da empresa de limpeza pública da cidade chama atenção para a complexidade da rotina local. Parte do chorume acumulado nas lagoas segue para uma estação de tratamento capaz de processar 45 mil litros por hora. O excedente é transportado por caminhões-pipa até áreas que eram usadas para despejo de lixo, onde o líquido passa por nova filtragem. Mesmo após o tratamento, a água usada no processo continua imprópria para o consumo humano e, por isso, é despejada em afluentes do Rio Saracuruna — seguindo regras do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Toda essa estratégia busca evitar a contaminação do entorno, mas o ambientalista Sérgio Ricardo de Lima, do Movimento Baía Viva, faz críticas às ações de tratamento do chorume e ao monitoramento ambiental: — Em quase 40 anos, o lixo despejado em Gramacho foi suficiente para acumular 1,6 milhão de litros de chorume. Essa estação de tratamento é muito pequena para cuidar de tudo isso. E há relatos de que chegou a ficar fora de operação em alguns momentos, poluindo o meio ambiente. Gramacho sofre ainda com outro problema sério. Ao redor da instalação existem aterros clandestinos, que crescem cada vez mais em áreas controladas por traficantes, e geram chorume também — afirma Sérgio Ricardo. O ambientalista acrescenta que pescadores artesanais da Baía de Guanabara atribuem à situação atual em Gramacho dificuldades para exercer seu ofício no entorno do Rio Sarapuí. Com entrada em operação da nova lagoa, Gramacho passa a ter capacidade de acumular até 23 milhões de litros de chorume, o equivalente ao volume de água de 9,2 piscinas olímpicas (cada uma comporta 2,5 milhões de litros). A chegada da sexta estrutura resultou em aumento de 22%, em comparação à capacidade anterior, de aproximadamente 19 milhões de litros. O chorume chega às lagoas por uma vala que circula o antigo lixão. Para evitar a contaminação do solo, essa estrutura recebeu revestimento de uma espécie de argila fina, pouco permeável. Outra parte da operação consiste em monitorar a estabilidade dos terrenos, já que em algumas áreas o lixo armazenado ao longo dos anos chegou a 60 metros de altura, o equivalente a um prédio de 20 andares. —O passivo ambiental deixado por Gramacho era muito grande. Na realidade, quase tudo que a Comlurb prometeu ao desativar o aterro foi cumprido. Os manguezais foram recuperados e foi implantado um polo de reciclagem para os antigos catadores que trabalhavam lá. Mas algumas iniciativas não saíram do papel, como uma parceria com a prefeitura de Caxias para reurbanizar o bairro, degradado por décadas— diz o deputado e ambientalista Carlos Minc, líder do PSB na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Estudos para energia solar Na década passada, através de uma concessão à iniciativa privada, houve exploração e comercialização do biogás formado a partir do lixo em decomposição. Segundo a Comlurb, ainda há emissão de gás metano, mas a quantidade não é mais viável economicamente. Há outras opções em estudo para o futuro uso do terreno. —Uma das ideias é aproveitar áreas de Gramacho que não receberam lixo para implantar uma fazenda de captação de energia solar, para geração de energia elétrica, assim como fizemos em um aterro desativado de Santa Cruz (em fase de instalação de equipamentos). Estudos de viabilidade econômica estão sendo feitos pela iniciativa privada. A gente deve ter os resultados em setembro, para decidir se vamos licitar uma operação do gênero— diz o presidente da Comlurb. Caso o projeto seja bem-sucedido, estima-se que Gramacho teria capacidade de fornecer 50 megawattshora de energia, o suficiente para abastecer até 50 mil residências. Gramacho fechou em definitivo em maio de 2012, às vésperas da Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A partir daquela época, mais de 9,5 mil toneladas de lixo recolhidas na cidade do Rio de Janeiro e em outros municípios da região metropolitana passaram a ter como destino o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica (CTR). Quando o aterro sanitário de Jardim Gramacho entrou em operação, em 1978, a legislação ambiental era menos rígida do que a atual. Por anos, o lugar funcionou como um lixão sem qualquer controle, em torno do qual chegaram a se reunir 6 mil catadores, incluindo crianças, que buscavam material reciclável. Boa parte dos resíduos e do chorume produzido chegava aos manguezais e contaminava a Baía de Guanabar. — A ideia de despejar lixo ali às margens da Baia não seguiu critérios técnicos e revela a incompetência dos governantes daquela época. E as gerações seguintes pagam pela falta de planejamento, — critica o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-RJ), Renato Espírito Santo. Perigo aéreo Além de catadores, o descarte diário a céu aberto atraía urubus, que se alimentavam de material em decomposição. Houve ocasiões em que a concentração de aves chegou a atrapalhar as operações no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). O lixo doméstico ainda era misturado a material oriundo de clínicas e hospitais, expondo os catadores ao risco de doenças. A partir de 1996, Gramacho começou a receber melhorias que a longo dos anos mudaram sua classificação de lixão para aterro controlado, com o material acumulado coberto por mantas.

PM do Rio estuda contratação de central de call center para atender chamadas do 190

PM do Rio estuda contratação de central de call center para atender chamadas do 190

Diante da queda percentual de chamadas atendidas pela central do 190 e a avaliação de uma “deterioração progressiva” no serviço, identificadas no ano passado, a Polícia Militar do Rio analisa a contratação de uma empresa de call center para atender o telefone de emergência da corporação. Com isso, agentes que trabalham no serviço atualmente poderiam ser empregados em outras atividades, como o policiamento ostensivo. A contratação deverá ocorrer por meio de licitação, via pregão eletrônico, com o menor preço como critério de julgamento, conforme prevê um estudo técnico preliminar, elaborado em maio deste ano pela Diretoria Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação, ao qual O GLOBO teve acesso. Tentativa de assalto: suspeitos de tentar roubar PM são presos ao dar entrada no Hospital Carlos Chagas com comparsa baleado Segurança pública: PM do Rio pede acesso às câmeras dos ônibus para coibir crimes Ao todo, 188 atendentes terceirizados se dividiriam em turnos de 6 horas diárias, com 40 funcionários simultâneos atuando no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, na capital fluminense, onde está instalada a central do 190. O serviço continuará operando 24 horas, nos sete dias da semana, mas com policiais militares apenas como monitores, como acontece em São Paulo, por exemplo. No estado vizinho, são recebidas 50 mil ligações diárias, em média, com atendentes terceirizados registrando os chamados e direcionando para outros setores, informa a Secretaria de Segurança Pública paulista. A supervisão e tomada de decisões, por outro lado, seguem a cargo de policiais. Central 190 pode ser terceirizada na PM do Rio Brenno Carvalho / 31-03-2023 Professora do curso de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense, Jacqueline Muniz pontua que centrais de atendimento já são operadas por civis nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo. Como vantagens enumeradas por ela estão a formação plural e salários 30% menores para ter um atendente qualificado, que passaria por treinamentos de três a seis meses e atuam com protocolos claros. —É melhor gastar a polícia, que é caro, fazendo o policiamento. Mesmo que despacho tenha supervisão policial, isso não é problema nenhum: provavelmente é como vai funcionar aqui e já é assim no Ceará e em São Paulo, são os modelos híbridos — menciona ela, colocando como desafios a reestruturação da estrutura da PM e os trotes (hoje, 6% das ligações). — Não há necessidade de ter porte de arma nem carteira de policial para fazer o atendimento: isso significa economizar na atividade meio, racionalizar a prestação de serviços, reduzindo o tempo de resposta. De acordo com a especialista, as principais demandas da população não são sobre o crime organizado, mas sobre desordens, como som alto, e brigas. Atualmente, perturbação da ordem e violência doméstica são os principais motivos de ligações para o 190 fluminense. Justificativas Fernando Gutman Barbosa, gerente de projetos da PM, assina o estudo de 68 páginas, demandando pelo coronel Gilbert dos Santos, do Centro de Controle Operacional da Polícia Militar (Cecopom). Segundo o texto, foi identificada queda no percentual de chamadas atendidas pelos atendentes do serviço de atendimento de emergência da corporação no ano passado: outubro teve o menor percentual de atendimentos desde o início do monitoramento (que iniciado no ano retrasado): 82,42% das chamadas foram atendidas (o ideal deve estar acima dos 93%), com projeção de piora, “reforçando a urgência de medidas corretivas”. A queda progressiva de atendentes também é citada. Em 2024, a média diária era de 31 atendentes (número considerado o mínimo aceitável para garantir o atendimento), enquanto o número diário chegou a 22 em novembro. Questões de saúde e faltas, as movimentações para outras unidades da polícia estão entre os motivos para essa queda, além do envelhecimento e entrada da reserva de policiais que são substituídos por atendentes do 190 em outros setores. Ao menos 47 praças deixaram o atendimento de emergência desde 2023. Em outubro, 146 policiais, entre subtententes, sargentos, cabos e soldados, estavam lotados no setor. Outro agravante é que setores do interior do Rio — Volta Redonda (5º CPA), Campos (6º CPA) e Teresópolis (7º CPA) —, que tinham ligações encaminhadas para batalhões de área, passaram a direcionar as ligações para a central 190, o que colaborou para o aumento em 24% na média mensal de chamadas recebidas na central 190: o salto foi de 136 mil, em 2023, para 167 mil no último ano, com outubro tendo registrado o pico de atendimentos (200 mil). Desde dezembro do ano passado, o processo para a possível contratação da central de teleatendimento foi aberto e, em junho, suas últimas movimentações foram com a aprovação do estudo e encaminhamento para "fases subsequentes do processo licitatório", conforme reconheceu a Diretoria Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação da PM. Em nota, a PM informa pontua que “até o momento, não há qualquer definição a respeito de mudanças no Serviço de Emergência 190”. Custo Em média, a estimativa é que esse serviço tenha custo mensal de cerca de R$ 1,8 milhões ao Estado (R$ 21,8 milhões ao ano), valor 44% maior que o gasto em folha atualmente com os profissionais que trabalham no 190: R$ 1,2 milhão (entre salários e valores de pagamento de hora extra, com o Regime Adicional de Serviço). No entanto, o estudo da PM pontua que “o valor da contratação deverá ter uma redução” após a licitação. A redução com custos de salários e encargos previdenciários são apontados como vantagens, assim como a reposição imediata de mão de obra em casos de baixa, o que não é possível hoje. O antropólogo Robson Rodrigues, ex-chefe do Estado-Maior da PM, lembra que o estado viveu na década passada a experiência de contratar terceirizados para atender no 190, mas que "houve um descuido" e que "havia uma insensibilidade" por parte dos atendentes. O serviço voltou para as mãos de policiais ao fim de um órgão da Secretaria de Segurança. Por isso, para ele, o contrato com os novos atendentes deve deixar claro que a população deve estar "em primeiro lugar". —Deve-se visar sempre o bom atendimento e o amparo, não só uma um atendimento eficiente, mas também esse aspecto emocional das pessoas. Os profissionais têm que ter uma habilidade muito grande. É um serviço de emergência — pontua. Em Sergipe, onde o serviço tem terceirizados desde 2009, 88 atendentes se revezam em quatro turnos para atender as ligações. Eles são os responsáveis por colher informações da ocorrência e encaminhá-las aos batalhões, onde policiais as recebem e encaminham para a rua, enviando alertas para policiais na rua, por exemplo. — Como são funcionários de CLT, caso algum esteja com desvio de conduta, é mais fácil de você corrigir, demitir, por exemplo, e contratar alguém que tem o perfil e se enquadre naquilo que a gente entende como um atendimento padrão — pontua o tenente coronel J. Luiz Ferreira, diretor do Centro Integrado de Sergipe, que atende as ligações do 190 do estado. No Rio, Os atendentes — que devem ser ágeis na digitação, ter mais de 18 anos e Ensino Médio Completo — passarão ainda por uma avaliação psicológica para esse tipo de serviço. A ausência de antecedentes criminais, assim como a “avaliação de conduta social, reputação e idoneidade” do candidato, também serão levados em consideração na contratação. O salário deve ser em torno de R$ 2 mil.

Você tem predisposição genética a doenças?

Você tem predisposição genética a doenças?

Não é novidade que nascemos com certas predisposições genéticas a doenças. A novidade é que com um simples exame feito no DNA da saliva ou sangue podemos identificar e nos prevenir de algumas delas. De nossos 20 mil genes, cerca de apenas cem são testados nesse exame. Por que bem esses genes? Porque testes genéticos devem respeitar aspectos éticos e ter utilidade clínica. Apenas eles são genes que por consenso internacional foram criteriosamente classificados como “acionáveis”, ou seja, se o exame apontar certa predisposição genética, existem ações médicas que comprovadamente podem minimizar o efeito da predisposição. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

'A PrEP não está chegando às pessoas mais vulneráveis ao HIV, como os jovens', diz pesquisadora da Fiocruz

'A PrEP não está chegando às pessoas mais vulneráveis ao HIV, como os jovens', diz pesquisadora da Fiocruz

Havia expectativa no ar este ano na principal conferência de HIV/Aids do mundo, realizada no mês passado, em Ruanda. Por um lado, os cortes de verbas para o combate ao vírus promovidos pelo governo Trump ameaçavam programas do mundo inteiro, principalmente da África Subsaariana. Na outra ponta, a da esperança, a chegada das versões injetáveis dos remédios da profilaxia pré-exposição (PrEP) carregava a promessa de maior adesão de usuários e impacto profundo no controle da infecção. Na delegação brasileira, um nome sobressaía: o da infectologista brasileira Beatriz Grinsztejn, atual presidente da International Aids Society (IAS), associação mundial que promove o encontro. Com mais de 25 anos de trajetória nesse campo, a especialista já acompanhou de perto muitos avanços e entraves na história da epidemia. Na entrevista a seguir, a chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST e HIV/Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) fala sobre as novas drogas para prevenir a infecção, a eterna busca por uma vacina e os acertos e limitações do programa brasileiro de PrEP. Durante muito tempo falou-se sobre a tentativa de cura ou de pesquisas de vacina como o grande foco nas buscas pela erradicação do HIV. Recentemente, esses esforços parecem ter se concentrado na PrEP. É isso mesmo? O termo erradicação é extremamente complexo em termos epidemiológicos. E está fora do horizonte. O que a gente busca de fato, e que é viável, é eliminar o HIV como um problema de saúde pública, conforme as metas da OMS para 2030. Isso significa reduzir significativamente o número de novas infecções e mortes relacionadas ao HIV. E a gente continua avançando nisso nos últimos anos com várias estratégias, como testar e tratar, como o acesso universal à terapia antirretroviral e a PrEP. Além disso, é importante destacar que as buscas por uma cura e pela vacina se mantêm. Mas a impressão é de que a PrEP saltou em importância recentemente, principalmente com as novas versões injetáveis. A PrEP é extremamente importante. Mas, isoladamente, ela não vai nos levar a eliminação do HIV como um problema de saúde pública. Isso tem que vir num contexto da testagem ampliada, do acesso ao tratamento antirretroviral. A gente ainda tem no mundo 9,2 milhões de pessoas que vivem com HIV e que não estão em tratamento. Isso corresponde a mais ou menos 25% das pessoas que vivem com HIV. São várias estratégias combinadas, que variam conforme o momento da vida da pessoa. A corrida por uma vacina continua aquecida, então? As pesquisas continuam. Porque o mundo vive crises de financiamento, e para se manter uma política de PrEP é preciso ter dinheiro, investimentos para os insumos continuarem disponíveis. Na perspectiva de saúde pública, o acesso a uma vacina é muito diferente disso. Uma pesquisa publicada na Science recentemente voltou a trazer esperança ao campo das vacinas contra o HIV. Os imunizantes testados induziram anticorpos em 80% dos casos usando a tecnologia de RNA mensageiro. Essa abordagem é promissora? Esses estudos em humanos e macacos oferecem novas pistas na longa busca por uma vacina para o HIV. Os autores destacaram que se trata da primeira vez que uma vacina contra o HIV gera anticorpos capazes de neutralizar a infecção em uma porcentagem significativa de sujeitos. No entanto, as vacinas não estimularam anticorpos amplamente protetores como o necessário para uma vacina ser bem-sucedida. O programa de PrEP brasileiro já tem oito anos de existência. Como ele impactou nossa realidade? Nesse quesito, o Brasil foi novamente pioneiro, assim como havia sido lá atrás, na década de 1990, em relação ao acesso universal à terapia de retroviral. Temos acesso universal à PrEP, qualquer pessoa que se identificar com a necessidade de usar pode procurar o Sistema Único de Saúde (SUS). Na América Latina, somos o país com o maior número de usuários de PrEP. Desde o início da oferta no SUS, 274.216 pessoas iniciaram o uso. Hoje, 66%, ou 128.573 pessoas, estão em uso ativo, mas 65 mil descontinuaram. Qual é a estratégia do programa? É uma política que se estende ao país inteiro, com 1.170 pontos de dispensação. As estratégias são diferentes conforme as cidades ou os estados. No município do Rio de Janeiro, por exemplo, um avanço muito importante que se deu foi o acesso por meio do programa de atenção primária e de saúde da família, além dos serviços especializados. Isso levou à expansão do programa. A cidade de São Paulo trabalha de forma diferente, com outras abordagens de extremo sucesso, como a estação de prevenção no metrô, que funciona até as 23h com máquinas tipo “vending machines” onde você pode retirar a PrEP ou a PEP (o tratamento pós-exposição ao vírus). E quais são as lacunas, onde dá para melhorar? É importante ressaltar que a maior parte dos usuários de PrEP não é de jovens entre 18 a 24 anos, eles só representam 10% do total. E o maior número de novas infecções pelo HIV no Brasil acontece justamente nessa faixa. Então, a gente ainda não tem a PrEP chegando às pessoas sob maior vulnerabilidade. Também é preocupante a taxa de descontinuação, que se dá mais entre os indivíduos pardos e pretos e com menor escolaridade. Como explicar o fato de os mais jovens não serem tão atingidos pelo programa? A gente tem uma questão muito séria de conservadorismo no nosso país. Bancadas conservadoras impedem que a educação sexual nas escolas possa acontecer. Então, não temos de fato um conhecimento sendo disseminado entre os jovens sobre a saúde sexual, sobre a prevenção primária do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Temos hoje uma grave epidemia de sífilis no Brasil, por exemplo. No início do programa, se falava mais de públicos mais vulneráveis ao contato com o vírus, como os homens que fazem sexo com homens e as profissionais de sexo. Isso mudou? Ainda se ouve falar pouco da inclusão de mulheres. Em tese, a PrEP está disponível para qualquer pessoa que tenha interesse em usar. Então, não existe uma restrição ao uso entre mulheres, pelo contrário. Mas ele chega a elas de forma ainda muito limitada. O conhecimento sobre PrEP — e agora entra de novo o fator educação — entre mulheres cis é relativamente baixo, inclusive entre aquelas que se encontram sob maior vulnerabilidade. Além disso, existem barreiras estruturais, culturais, institucionais que dificultam o acesso. O próprio machismo estrutural nos serviços de saúde faz com que os profissionais muitas vezes não abordem a sexualidade das mulheres abertamente e deixem de considerar que elas potencialmente podem estar expostas ao HIV. Precisamos então ampliar o entendimento das pessoas sobre a PrEP? Temos que diversificar as narrativas em relação aos seus benefícios, explicar que ela não precisa ser uma solução aplicada para a vida inteira da pessoa, pode muito bem ser usada em determinados momentos de maior vulnerabilidade. E que ela não deve ser ofertada apenas como uma resposta a situações de risco, mas também como parte da promoção de saúde sexual e da autonomia das mulheres. As PrEPs injetáveis estão avançando no mundo, com doses mais espaçadas e em tese uma adesão maior. Estamos preparados para receber o cabotegravir (profilaxia com injeções a cada dois meses)? Fizemos um grande estudo de implementação no Brasil que incluiu 1.200 pessoas, entre homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, pessoas não binárias. Ele foi realizado em seis serviços de saúde pública do SUS. Os dados iniciais foram apresentados no início deste ano e houve uma excelente aceitação do medicamento: 83% das pessoas a quem foi ele foi ofertado junto com outras opções escolheram o cabotegravir. O estudo foi feito justamente para a população entre 18 e 30 anos, que é onde acontecem a maior número de infecções. O que falta para ele ser oferecido? Ele já está registrado na Anvisa, mas não foi incorporado ao SUS por questões de inadequação dos preços. Ainda não se chegou ainda a uma negociação viável de preços para que o Brasil possa de fato incorporar essa tecnologia. E o nosso estudo de implementação do lenacapavir ((PrEP com duas injeções por ano)? Quando virá? Ele já está pronto e deve ser iniciado no segundo semestre deste ano. Tem financiamento da Unitaid (iniciativa global para HIV/Aids, malária e tuberculose) a apoio irrestrito do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz. Vamos fazer em oito centros, para o mesmo público do cabotegravir: homens que fazem sexo com homens, população trans e pessoas não binárias. A Gilead, do lenacapavir, e a ViiV, fabricante do cabotegravir, fizeram acordos de produção de genéricos em alguns países com o Medicines Patent Pool (organização da ONU para garantir acesso a medicamentos essenciais). Quantos países serão contemplados? Isso inclui o Brasil? São 136 territórios cobertos pela licença do cabotegravir, 120 países da Gilead. Praticamente toda América Latina está fora desse acordo. O Brasil, então, não tá coberto por nenhum dos dois. Teremos que pagar o preço cheio? Essas são negociações que se dão com o Ministério da Saúde. A gente espera que as empresas tenham sensibilidade para uma negociação com preços justos. Qual será o impacto de uma eventual incorporação dessas PrEPs injetáveis nos programas brasileiros? Hoje, temos dificuldade na expansão da PrEP e entre os mais jovens. E a gente vê que a persistência das pessoas no programa é pior entre as pessoas menos escolarizadas, mais pobres, e entre pardos e pretos. Essas novas estratégias com drogas de longa ação podem ser úteis não só para aumentar o interesse na PReP como melhorar a persistência. Esses injetáveis acabarão com a PReP de comprimido? Essas drogas são fundamentais para aumentar o interesse e o portfólio. Cada forma de PrEP pode ser adequada a um momento da vida do indivíduo. Não existe uma única solução. A gente viu com os contraceptivos como novas formas que surgiram ao longo do tempo ampliaram muito o uso em geral. Sempre haverá um espaço para a PrEP oral, que é muito mais barata e é extremamente eficaz. Vivemos um momento de incerteza na economia global com as taxações do governo Trump e os desmontes de programas de saúde. Como isso afeta o quadro de HIV/Aids no Brasil? As políticas do atual governo americano de cortes de verbas, de extinção da USAID e de restrições ao PEPFAR (iniciativa dos EUA lançada em 2003 para destinar verbas a programas contra HIV/Aids no mundo todo) não atingem nem acesso, nem o tratamento, nem a prevenção do HIV no Brasil. Existe uma concepção equivocada de que recebemos algum tipo de auxílio externo para manutenção de seus serviços, mas não. Tudo é oferecido pelo nosso SUS. Entretanto, em outras regiões do planeta e para outros países, a situação é muito diferente. Quem será mais afetado? Os países da África Subsaariana foram os mais atingidos com a extinção da USAID e com os cortes substanciais feitos no PEPFAR. E isso é extremamente grave porque esses países tinham uma dependência da iniciativa que correspondia em alguns casos a 80% do montante de seus programas de prevenção. É dramático. No longo prazo, como os cortes impactam o cenário? O PEPFAR foi um programa de extremo sucesso, ele salvou 26 bilhões de vidas. Mas é impossível a gente imaginar que ele fosse continuar exatamente como estava para todo sempre. Adaptações são necessárias. O que é inconcebível é executar cortes de forma radical, sem preparação nenhuma. Mas é esperado que os países ao longo do tempo adquiram propriedade sobre os seus programas e não fiquem numa dependência externa tão violenta. Do lado mais esperançoso, mesmo o corte não tendo sido algo bom, dá para ver no cenário uma movimentação que rearranje um pouco essa dinâmica e crie um multilateralismo dos programas de HIV no mundo. Segundo o último relatório da Unaids, o Brasil atingiu duas das três metas de 95%. Em 2024, 96% das pessoas que viviam com HIV conheciam seu diagnóstico e 95% das pessoas em tratamento estavam com a carga viral suprimida. Porém, só 82% das pessoas que sabem que vivem com HIV estavam em tratamento antirretroviral. O que falta para atingirmos esse objetivo? A questão tem a ver com acesso. Embora a gente tenha um programa de acesso universal, quando falamos do individual as coisas se complicam. O HIV é um dos elementos na vida das pessoas, e para muitas está longe de ser uma prioridade. Quando se trata de pessoas menos escolarizadas, mais empobrecidas, em situações de autoestigma, com dificuldades na aceitação do diagnóstico, tudo isso afasta. Muitas vezes, os serviços de saúde não são amigáveis. Também temos uma situação importante que é o desengajamento do cuidado, quando a pessoa que já começou a se tratar parou. Isso se acentuou durante a pandemia e no pós-pandemia. Essas pessoas não necessariamente já voltaram aos serviços. O Brasil já foi referência no mundo de programa de HIV/Aids. Isso se mantém? O Brasil ainda ocupa esse lugar, mais do que nunca. Num momento em que a gente vê esses cortes e essa enorme dependência de países para manter os seus programas, temos uma situação única, de autonomia. Somos um exemplo de integração de políticas contra o HIV. No ano que vem, a conferência de HIV/Aids da IAS será no Brasil. Qual é a expectativa? Será importantíssimo. Esperamos trazer 10 mil pessoas para o Rio de Janeiro. É muito importante trazer os olhares para a situação da América Latina, que é uma das únicas regiões no mundo onde o número de novas infecções pelo HIV continua a crescer. Entre 2010 e 2024, tivemos um aumento de 13% nas novas infecções pelo HIV, principalmente nas populações mais vulnerabilizadas, de jovens, pardos e pretos e pessoas com menos escolaridade.

Tarcísio acelera

Tarcísio acelera

Ao mesmo tempo que reafirma sua lealdade quase suicida ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pisa no acelerador no discurso de candidato à Presidência da República, reproduzindo até o famoso slogan de um dos mais populares presidentes brasileiros, Juscelino Kubitschek. Fazer 40 anos em quatro é uma promessa de palanque de Tarcísio, que nunca antes havia ultrapassado a linha imaginária que separa o sonho da realidade. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Bolsonarismo vê arranjo do ‘sistema’ para forçar candidatura Tarcisio

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Uma sequência de eventos com a presença de potenciais candidatos da direita à presidência da República nos últimos dias, em especial Tarcísio de Freitas, e a divulgação da última pesquisa do PL para as eleições de 2026 causaram uma convulsão nos setores mais radicais do bolsonarismo. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

BRL Holds Near R$5.45 as Commodities and Inflation Expectations Steer Tuesday Trade

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This report relies on official sources: Banco Central do Brasil’s Focus survey, IBGE’s release calendar, IpeaData’s PTAX series, ICE benchmarks, CME FedWatch, BlackRock iShares data, and the attached TradingView charts. The PTAX close for Monday registered R$5.4168. The attached charts show USD/BRL trading near R$5.455 around 06:10 UTC today. The pair holds above R$5.40 as […]

Cientistas detectam explosão cósmica rara e ultrabrilhante 'próxima' a Terra

Cientistas detectam explosão cósmica rara e ultrabrilhante 'próxima' a Terra

A explosão de rádio “RBFLOAT”, originada nas proximidades da constelação da Ursa Maior Danielle Futselaar Um clarão cósmico extremamente raro e poderoso foi registrado por cientistas internacionais, incluindo físicos do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Trata-se de uma fast radio burst (FRB) — explosão rápida de rádio — detectada a cerca de 130 milhões de anos-luz, uma distância considerada 'próxima' a Terra, na constelação da Ursa Maior. O fenômeno é tão luminoso que ganhou o apelido de RBFLOAT (radio brightest flash of all time, ou “clarão de rádio mais brilhante de todos os tempos”). FRBs são emissões intensas de ondas de rádio que duram apenas milésimos de segundo, mas que podem brilhar mais do que todas as estrelas de uma galáxia juntas nesse breve instante. Apesar de estudadas desde 2007, sua origem ainda é um mistério. A explosão mais próxima e detalhada já registrada Segundo o professor Kiyoshi Masui, do MIT, essa é uma chance única para a ciência: “Cosmicamente falando, essa explosão aconteceu em nosso ‘bairro’. Isso nos permite estudar em detalhes um fenômeno considerado normal no universo.” O clarão foi detectado pelo CHIME, um conjunto de antenas localizadas no Canadá. O telescópio ganhou recentemente reforço de estações menores, chamadas CHIME Outriggers, espalhadas pela América do Norte. Juntos, formam um sistema de escala continental capaz de localizar com grande precisão a origem das explosões cósmicas. Foi a primeira vez que a combinação entre CHIME e Outriggers conseguiu identificar não apenas a galáxia de origem, mas também a região exata dentro dela. O sinal partiu da borda da galáxia NGC 4141, em uma área próxima, mas não central, de formação de estrelas. O que pode estar por trás Os cientistas acreditam que magnetars — estrelas de nêutrons jovens e com campos magnéticos extremamente fortes — estejam entre os candidatos a explicar esses eventos. Como geralmente são encontrados em regiões ativas de nascimento estelar, a localização do FRB fora do núcleo desse processo sugere que a explosão pode ter vindo de um magnetar um pouco mais antigo. “São pistas importantes. Estar na borda de uma região de formação estelar pode indicar que a fonte teve mais tempo para envelhecer”, explica Masui. Destaques do g1: Meteoro é visto no céu do Agreste de PE Um evento único Para entender melhor o fenômeno, a equipe revisou os últimos seis anos de registros do CHIME em busca de sinais repetidos na mesma região. O resultado foi negativo: o clarão parece ser um evento único. A descoberta reacende um debate central na astronomia: alguns FRBs se repetem, enquanto a maioria ocorre apenas uma vez. Há indícios de que esses dois tipos possam ter origens diferentes. Shion Andrew, doutorando do MIT, destaca a importância do achado: “Estamos caminhando para localizar centenas de FRBs por ano. Quanto mais amostras tivermos, mais perto estaremos de entender toda a diversidade desses fenômenos.” O estudo foi publicado nesta semana na revista Astrophysical Journal Letters e marca um dos avanços mais importantes na investigação de explosões rápidas de rádio desde que foram identificadas pela primeira vez.

Dores que podem indicar problemas nos quadris

Dores que podem indicar problemas nos quadris

Está difícil se curvar para calçar os sapatos? Você está sentindo uma dor persistente nos joelhos, virilhas, coxas ou costas? Um novo estudo, do Centro Médico Wexner da Universidade Estadual de Ohio, revela que muitas pessoas não percebem que esses sintomas podem indicar um problema em outra parte do corpo. O médico e cirurgião Matthew Beal examina uma paciente The Ohio State University Wexner Medical Center A pesquisa, realizada com 1.004 indivíduos, mostra que 72% não sabem que a dor no joelho pode, na verdade, ser um sinal de problema no quadril. Da mesma forma, 69% não associam um desconforto na virilha – assim como 66% não relacionam fisgadas na coxa – com uma condição no quadril. “Os pacientes chegam ao consultório queixando-se do joelho. Quando os examino e faço uma rotação do quadril, a dor é clara”, explicou o médico Matthew Beal, professor associado da universidade e cirurgião ortopédico do Wexner. A investigação é complementada com radiografias, para verificar a presença de artrite, e uma avaliação sobre a necessidade de colocação de uma prótese. O estudo aponta que quatro em cada dez pessoas lidam com uma dor constante simplesmente “aguentando firme”, sendo que 52% afirmam tomar medicamentos que não precisam de receita médica para controlar o desconforto. Beal enfatiza que é importante consultar um profissional de saúde para que se obtenha um diagnóstico correto. “Embora a cirurgia de substituição do quadril possa parecer assustadora, na verdade é um dos procedimentos mais fáceis de se recuperar,” destacou. Recentemente, o ex-jogador Raí passou por uma cirurgia para colocar uma prótese, que devolve ao paciente qualidade de vida e funcionalidade. A pesquisa revelou também que a maioria (71%) reconhece que uma sensação de “travamento” ou estalo no quadril merece atenção. Um grupo menor, mas ainda majoritário (59%), identificou a dificuldade para se curvar ou amarrar os sapatos como um sinal de alerta, assim como dor na lombar (53%). O trabalho listou os sintomas relatados e os percentuais de quadros relacionados ao quadril: Dor noturna ou dificuldade para dormir: 45% Dor na coxa: 34% Dor na virilha: 31% Dor no joelho: 28% Dança solta prioriza o movimento dos quadris

Prefeitura de Ibiporã abre PSS com 12 vagas e salários de até R$ 10 mil; veja como participar

Prefeitura de Ibiporã abre PSS com 12 vagas e salários de até R$ 10 mil; veja como participar

Ibiporã, na região norte do Paraná Roberto Dziura Jr/AEN A Prefeitura de Ibiporã, no norte do Paraná, abriu um Processo Seletivo Simplificado (PSS) oferecendo 12 vagas, mais formação para cadastro reserva. As inscrições podem ser feitas até 9 de setembro, com taxas entre R$ 80 a R$ 100. Veja abaixo como participar. Os candidatos serão avaliados por meio de prova objetiva marcada para o dia 5 de outubro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Londrina no WhatsApp De acordo com o edital, os salários variam de R$ 2.140,24 a R$ 10.021,21, a depender do cargo. As oportunidades são para níveis médio, técnico e superior. Há vagas para enfermeiro, educador infantil, psicólogo, entre outras funções. A carga horária varia entre 20 e 40 horas semanais, dependendo da função. Leia também: Sob ameaças de pai e madrasta: Adolescentes eram forçadas a produzir até 20 vídeos de conteúdo sexual por dia VÍDEO: Caminhoneiro é preso por tentar subornar policial com R$ 70 para evitar autuação Uniflor: Adolescente morre e criança na cadeirinha sai ilesa após carros baterem de frente Veja como participar Prefeitura de Ibiporã abre PSS com 12 vagas e salários de até R$ 10 mil; veja como participar Divulgação/ TJ-MA Os candidatos podem se inscrever para o processo seletivo até as 17h do dia 9 de setembro, de forma online. A taxa varia de acordo com o nível de escolaridade. Para os cargos de nível médio e técnico, o valor é de R$ 80. Já para nível superior, a taxa é de R$ 100. Confira vagas e salários Cargos oferecidos no PSS de Ibiporã - PR Seleção Os candidatos serão selecionados por meio de prova objetiva, que será aplicada em 5 de outubro, conforme descrito no edital. Serão 30 questões divididas entre as seguintes áreas de conhecimento: língua portuguesa, legislação municipal, matemática/raciocínio lógico e conhecimentos específicos. O local e horário da prova ainda serão divulgados. O resultado final do processo seletivo está previsto para 24 de outubro. A validade do PSS é de um ano, a partir da data de homologação, podendo ser prorrogado. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Leia mais notícias em g1 Norte e Noroeste.