CPI do INSS tem na pauta convocações que miram governos Lula e Bolsonaro e pedidos de acesso às investigações sobre fraudes

CPI do INSS tem na pauta convocações que miram governos Lula e Bolsonaro e pedidos de acesso às investigações sobre fraudes

A CPI do INSS se reúne nesta terça-feira com uma pauta extensa de requerimentos que podem acirrar o embate entre governo e oposição. Entre os itens listados para análise estão pedidos de acesso às investigações sobre as fraudes e convocações de ex-ministros e ex-presidentes do instituto que atravessam diferentes gestões, atingindo os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Em Brasília: Tarcísio diz que mulheres tem a ‘característica de cuidar do lar’ e podem estar à frente do país O relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou requerimentos para ouvir Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência de Lula até maio deste ano, e Carlos Gabas, que chefiou a pasta nos governos petistas anteriores. Também estão na pauta nomes ligados ao bolsonarismo, como José Carlos Oliveira, último ministro do Trabalho e Previdência de Bolsonaro, além de uma série de ex-presidentes do INSS que se revezaram no comando da autarquia desde 2012 — entre eles Renato Rodrigues Vieira, Alessandro Stefanutto, Glauco Wamburg e Guilherme Serrano. A relação inclui ainda técnicos de órgãos de controle e investigação, como Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), instituições que estiveram à frente das apurações. Não há garantia, porém, de que todos os pedidos sejam votados amanhã: a prática na comissão é que acordos de bastidores possam priorizar alguns requerimentos e adiar outros. Além das convocações, a comissão deve analisar requerimentos que pedem acesso a inquéritos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, além auditorias da CGU e do Tribunal de Contas da União (TCU), relatórios do Conselho Nacional de Previdência Social e processos internos do INSS e do ministério desde 2015. Há ainda solicitações de cessão de servidores de órgãos como Receita, Banco Central, CGU e Polícia Federal para compor a equipe técnica da CPI. Estratégia governista Depois de perder a presidência e a relatoria da CPI, o Planalto tenta reorganizar sua tropa de choque. A linha traçada pelo governo é reforçar a cronologia das fraudes, sustentando que o esquema de descontos ilegais começou antes de Lula voltar ao poder e ganhou escala durante a gestão Bolsonaro. Com isso, pretende blindar o presidente e jogar a pressão sobre os adversários. Além de proteger o atual ministro da Previdência, Wolney Queiroz, governistas devem mirar nos depoimentos de ex-presidentes do INSS nomeados por Bolsonaro para destacar falhas na fiscalização. Parlamentares petistas também já apresentaram requerimento para ouvir o próprio ex-presidente. Pressão da oposição A oposição, por sua vez, aposta em dar centralidade aos nomes ligados ao atual governo. A convocação de Lupi é tratada como prioridade, por simbolizar o desgaste de Lula após a saída do ex-ministro em meio ao escândalo. Os opositores também querem trazer para o foco os ex-presidentes do INSS indicados no terceiro mandato petista, como Stefanutto, Wamburg e Serrano. Opositores pressionam também pela convocação de Frei Chico, irmão de Lula. Frei Chico é ligado ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), citado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre possíveis fraudes. Frei Chico não é investigado, e o sindicato nega irregularidades. Não há requerimento de convocação dele na pauta desta sessão. Para reforçar o discurso, aliados de Bolsonaro também protocolaram pedidos de informações ao STF, CGU, TCU e ao próprio Ministério da Previdência, com o objetivo de mostrar que a atual gestão não teria conseguido estancar as irregularidades.

Trump demite diretora do BC dos EUA: ele pode fazer isso? Veja perguntas e respostas

Trump demite diretora do BC dos EUA: ele pode fazer isso? Veja perguntas e respostas

O presidente Trump afirmou nesta segunda-feira em uma carta, também publicada na plataforma Truth Social, que estava demitindo Lisa Cook, governadora do Federal Reserve, sob a alegação que ela falsificou documentos em pedidos de hipoteca. Trata-se de uma medida legalmente questionável, que marca um desafio inédito à independência da autoridade monetária americana e deixar uma dúvida: Trump pode mesmo fazer isso? Lisa Cook: Trump diz que demitirá diretora do BC americano se ela não renunciar Fúria contra o BC: Departamento de Justiça americano planeja abrir investigação contra diretora do Fed O anúncio abre um novo capítulo em seus esforços para reformular o conselho do BC americano, nomeando alguém mais próximo ao governo para reduzir o atual patamar de juros. Veja a seguir o que é importante saber sobre o poder do presidente de demitir membros do conselho do Federal Reserve. Trump pode fazer isso? Trump pressiona o Fed para baixar juros Bloomberg O Congresso limitou o poder do presidente de demitir autoridades do Federal Reserve, afirmando que elas só podem ser removidas "por justa causa", o que geralmente é entendido como má conduta grave. Após dado de inflação: Trump volta a criticar Fed e diz que poderá permitir processo contra Powell Há motivo para demitir Lisa Cook? Lisa Cook no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole no Wyoming Bloomberg O governo Trump acusou Lisa Cook de fraude hipotecária, e Trump citou essa acusação como justificativa em sua carta de demissão. Bill Pulte, diretor da Federal Housing Finance Agency (FHFA), disse ter encaminhado o caso ao Departamento de Justiça para investigação. No entanto, Cook não foi formalmente acusada de nenhum crime, e afirmou na semana passada que “não tem intenção de ser intimidada a renunciar ao meu cargo por causa de algumas perguntas levantadas em um tweet.” Muitos especialistas jurídicos levantaram nesta segunda-feira sérias preocupações quanto à forma como a demissão foi conduzida e à justificativa apresentada pelo presidente. Quais são os recursos legais de Lisa Cook? Ela pode entrar com uma ação judicial para manter seu cargo, e um juiz decidiria se há provas suficientes para atender ao requisito de “justa causa”. O juiz também determinaria o que aconteceria no curto prazo, enquanto o caso estiver em andamento nos tribunais. Se o juiz permitir que Cook permaneça no cargo durante o processo, o governo provavelmente recorreria à Suprema Corte para intervir. Trump poderia demitir Lisa Cook sem justa causa? O Prédio da Suprema Corte americana em Washington Bloomberg Um precedente da Suprema Corte com mais de 90 anos permite que o Congresso proteja os líderes de agências independentes da interferência política, dificultando sua demissão. Trump argumenta que esses limites são inconstitucionais e que ele deve poder remover autoridades por qualquer motivo — ou por nenhum. O que diz o principal precedente legal? Em 1935, no caso Humphrey’s Executor X United States, a Suprema Corte confirmou uma lei federal que protegia comissários da Comissão Federal de Comércio (FTC), determinando que eles só poderiam ser demitidos por “ineficiência, negligência no cumprimento do dever ou má conduta no cargo.” Apesar dessa lei, o então presidente Franklin D. Roosevelt demitiu um comissário, William Humphrey, alegando apenas que ele não estava alinhado com as políticas do governo. A Suprema Corte decidiu por unanimidade que a demissão foi ilegal. Esse precedente está em risco? Sim. Em 2020, a Suprema Corte sinalizou que poderia rever ou até anular o caso Humphrey’s Executor em uma decisão envolvendo a Agência de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB). O presidente da Corte, John Roberts, escreveu: “Em nosso sistema constitucional, o Poder Executivo pertence ao presidente, e esse poder geralmente inclui a capacidade de supervisionar e remover os agentes que exercem o poder executivo em seu lugar.” Porém, Roberts fez uma distinção entre agências lideradas por um único diretor, como o CFPB, e órgãos colegiados, como o Federal Reserve. Por outro lado, vários ministros disseram na época que essa diferença não era relevante. O que a Suprema Corte decidiu recentemente? Em decisões provisórias envolvendo pedidos emergenciais desde que Trump assumiu, a Corte permitiu que ele demitisse, sem justa causa, líderes de: Conselho de Proteção ao Sistema de Mérito Conselho Nacional de Relações Trabalhistas Comissão de Segurança dos Produtos de Consumo Em uma dessas decisões, a opinião majoritária (não assinada) afirmou que Trump podia remover autoridades que exerciam poder executivo “porque a Constituição concede esse poder ao presidente.” O Fed é diferente de outras agências independentes? O Federal Reserve em Washington Anna Rose Layden/The New York Times A Suprema Corte parece pensar que sim. Mesmo ao permitir que Trump demitisse dois líderes de agências em maio, a decisão mencionou que o Federal Reserve talvez mereça proteção especial. A Corte escreveu: “O Federal Reserve é uma entidade de estrutura única, quase privada, que segue a tradição histórica distinta do Primeiro e do Segundo Banco dos Estados Unidos.” Então, o presidente não pode demitir Lisa Cook sem justa causa? Provavelmente não. A Suprema Corte tem reiterado que o Fed ocupa uma posição distinta dentro do governo. Porém, essas afirmações foram feitas como comentários paralelos, e não como decisões formais. Além disso, a Corte tem aprovado muitas outras iniciativas da administração Trump. Como destacou a ministra Elena Kagan, em uma dissidência em maio: “A independência do Federal Reserve se baseia nos mesmos fundamentos constitucionais e analíticos que a das agências cujos líderes a maioria permitiu que Trump demitisse.” Initial plugin text

Natália Toscano assiste Frei Gilson em Barretos e revela gratidão pela recuperação de Zé Neto contra depressão: 'Nos falou a verdade'

Natália Toscano assiste Frei Gilson em Barretos e revela gratidão pela recuperação de Zé Neto contra depressão: 'Nos falou a verdade'

Natália Toscano, esposa do cantor Zé Neto Marcello Carvalho/g1 Esposa do cantor Zé Neto, Natália Toscano se juntou à multidão que lotou a arena da Festa do Peão de Barretos em plena noite de segunda-feira (25) para assistir à apresentação de Frei Gilson, líder católico e influenciador com 10 milhões de seguidores só no Instagram. Siga o g1 Ribeirão Preto e Franca no Instagram Em entrevista ao g1 no camarote de onde ela assistiu à celebração de Frei Gilson, Natália revelou a gratidão que ela e toda a família têm pelo sacerdote pela recuperação do tratamento contra depressão de Zé Neto, que faz ao lado do parceiro Cristiano uma das duplas sertanejas mais importantes da atualidade. Há um ano, Zé Neto anunciou que daria uma pausa na carreira por três meses para realizar um tratamento contra depressão e síndrome do pânico. Durante o processo, a família se aproximou de Frei Gilson, o que, segundo eles, foi essencial para que a recuperação fosse bem sucedida. Frei Gilson toca violão durante show na Festa do Peão de Barretos Érico Andrade/g1 "Foi essencial para a nossa conversão. Foi quem nos falou a verdade. Ele olhou nos nossos olhos, nos olhos do Zé e disse que o caminho para a espiritualidade não é esse. Disse que teria que mudar", afirmou Natália. Natália ainda afirmou que as palavras de Frei Gilson serviram para que o cantor mudasse algumas atitudes e hábitos para focar exclusividade no tratamento contra a doença. "Foi o primeiro chacoalhão na vida do Zé. Ele falou: espera aí, se eu continuar assim não vai dar para eu continuar aqui. E aí a gente teve esse aconselhamento espiritual que foi a mudança na conversão do Zé de entender que era mais sério do que ele imaginava. O Frei Gilson doa amor, isso aqui hoje está transbordando amor, em uma festa tão linda. Se não fosse por ele, não estaríamos aqui hoje", revelou Natália. LEIA MAIS Fãs de Frei Gilson lotam arena de Barretos e falam da importância da fé: 'Esperança forte e divina' Um ano após anunciar depressão, Zé Neto reencontra Barretos, comemora recuperação e chora: 'Achei que não ia dar conta de voltar a cantar' Sacerdote, cantor e influenciador, Frei Gilson ficou conhecido por arrastar milhões de fiéis em correntes de oração em lives que começam às 4h. Ele pertence ao Instituto dos Freis Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, em São Paulo/SP. No Youtube, ele também está entre os canais cristãos com mais seguidores no Brasil, superando o Padre Marcelo Rossi. Frei Gilson durante apresentação na Festa do Peão de Barretos Érico Andrade/g1 Nascido em São Paulo, Gilson da Silva Pupo Azevedo, de 37 anos, protagonizou uma noite histórica na edição de 70 anos do maior rodeio da América Latina ao abarrotar a arena do Parque do Peão com dezenas de milhares de fãs e fiéis. Antes da apresentação, Frei Gilson comentou a oração do Pai Nosso que Zé Neto fez na abertura do show que fez Cristiano na Festa do Peão de Barretos , na noite de sábado (23). "Que bonito ver cantores seculares trazendo um pouquinho da fé. A gente vive em um mundo estranho que parece que a fé te atrapalha. A fé só te ajuda, só faz você ser uma pessoa melhor. Deus permitiu que eu tivesse aqui hoje, e eu vim por conta de fé. A fé vem pelo ouvir a pregação da palavra", afirmou Frei Gilson. Choro e desabafo Em agosto de 2024, a Festa do Peão de Barretos foi o primeiro show da sequências de três meses de agenda cancelada por Zé Neto e Cristiano. No sábado, ao reencontrar o maior templo sertanejo do Brasil, o cantor comemorou a recuperação e chorou. "Que bom pisar aqui de novo, gente. Não é segredo para ninguém o que eu passei o ano passado. E foi mais ou menos nessa data que eu parei para me cuidar. Cuidar do meu bem mais precioso, da minha família, e das minhas coisas que, realmente, [são] os maiores presentes que Deus me deu. Então, Barretos, hoje eu estou sentindo um alívio tão grande no meu coração de poder estar pisando aqui, porque eu achei que não fosse dar conta mais de voltar a cantar", contou Zé Neto. Veja grandes momentos do show de Frei Gilson na Festa do Peão de Barretos 2025 VÍDEOS: Barretão 2025

Convocações de Lupi, 'Careca do INSS' e mais: CPI começa com 910 requerimentos na fila

Convocações de Lupi, 'Careca do INSS' e mais: CPI começa com 910 requerimentos na fila

CPI do INSS começa nessa semana A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os desvios no INSS terá sua primeira sessão nesta terça-feira (26), com uma pauta que já conta com 910 requerimentos à espera de análise. A grande maioria dos pedidos se refere à convocação de pessoas envolvidas, de alguma forma, no escândalo desmembrado pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) em abril. A comissão foi instalada na semana passada para investigar fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social, estimadas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em até R$ 6,3 bilhões. Os pedidos foram protocolados, mas ainda precisam ser votados pela maioria dos membros das CPMI para passar a valer. Antônio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como careca do INSS, já teve 20 pedidos para ser ouvido pela CPMI, 19 convocações, quando há obrigatoriedade de participar e um convite, quando é facultado. Além disso, foram feitas três solicitações de análise por parte do COAF das contas do investigado, uma quebra de sigilo bancário e a relação de entradas e saídas dele em órgãos de Brasília como o INSS, o Ministério da Previdência e até mesmo a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. O segundo nome com mais convocações solicitados é a do ex-ministro do Trabalho e Previdência e também presidente do INSS, Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, que ocupou os cargos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro sob o nome de José Carlos Oliveira. Ao todo, foram 13 pedidos de convocações para ouvir Ahmed. Os senadores do Distrito Federal, Izalci Lucas (PL) e Damares Alves (Republicanos) ainda solicitaram RIFs dele ao Coaf. O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, aparece em seguida com 12 requerimentos de convocação e um de convite, feitos tanto por parlamentares da base quanto da oposição ao governo. O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, é alvo de 11 pedidos de convocação, sendo um da senadora Leila Barros (PDT-DF), parlamentar do mesmo partido do ex-ministro. Há também um pedido de quebra de sigilo telemático de Lupi, quando se pede o acesso a todos os dados do aparelho celular, uma quebra de sigilo bancário e um pedido de análise por parte do COAF. Já o atual ministro, Wolney Queiroz, recebeu oito pedidos para ser ouvido na CPMI. Cinco deles foram convocações e três como convidado. Pedidos em números Grande parte desses pedidos são originários do Senado Federal, responsável por 65% (593) dos requerimentos até então. Além de pessoas ligadas a cargos estratégicos no INSS e no Ministério da Previdência, os pedidos também tiveram como alvo associações acusadas de desviar aposentadorias bem como seus administradores. Dentre os pedidos, três quartos, 75%, foram feitos por parlamentares ligados a oposição do governo. E dos vários tipos de pedidos feitos, apenas no quesito convocação os lados opostos se aproximam. Enquanto a base apresentou 208 requerimentos, a oposição registrou 212 pedidos. Ao todo, foram protocolados 420 convocações e 59 convites para ouvir pessoas relacionadas ao caso. Dentre eles, sete pedidos foram feitos para ouvir o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também foram feitos 178 pedidos de quebras de sigilo. Dentre eles, apenas 6 foram apresentados pela base do governo. O principal pedido de quebra de sigilo foi para acesso a dados bancários, com 147 requerimentos. Em seguida aparecem 16 pedidos de quebra de sigilo fiscal, 12 de registros telemáticos e 3 telefônicos. Por fim, os parlamentares ainda registraram 172 pedidos para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Cafo) produza relatórios de inteligência financeira, conhecidos como RIFs. Nenhum desses pedidos foi feito por parlamentares da base. Vice-presidência Além dos mais de 900 requerimentos que já foram protocolados, a CPMI ainda vai decidir quem será o vice-presidente da comissão, que foi adiada na semana passada pelo presidente, Carlos Viana (Podemos-MG), após pedido de parlamentares do governo. Um dos nomes cotados é do deputado Marcel van Hatten (Novo-RS), que formaria uma mesa completamente de oposição ao governo. Mas o nome não é consenso entre os parlamentares. Uma alternativa apresentada pelo governo seria a indicação do deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), que tem um perfil mais moderado, mas que compõem a base do governo. Alvos da apuração O colegiado terá até seis meses de funcionamento, prorrogáveis, e contará com 32 membros titulares (16 deputados e 16 senadores). Segundo a PF, o esquema investigado envolvia descontos mensais não autorizados em benefícios previdenciários. Associações e entidades ligadas ao setor teriam forjado cadastros para validar cobranças indevidas, sem ter capacidade de prestar serviços aos aposentados e pensionistas. O relator Alfredo Gaspar (União-AL) afirmou que pode ampliar o escopo das investigações para fraudes em empréstimos consignados. Ex-ministro da Previdência Carlos Lupi e Wolney Queiroz, que era o número 2 da pasta e assumiu o cargo Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados; Vinicius Loures / Câmara dos Deputados/Divulgação Impacto político A oposição aposta que a CPI pode desgastar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Questionado, o presidente da comissão disse que não pretende politizar os trabalhos. “Quem está aqui é um presidente eleito que quer esclarecer o que aconteceu, pedir a punição dos culpados e, principalmente, gerar novos projetos e políticas que não permitam a repetição de um momento tão vergonhoso para o Brasil como o desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas”, declarou Carlos Viana (Podemos-MG). Já governistas vão tentar ligar o escândalo no INSS ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, já que as fraudes começaram naquele período.

Boate Kiss: Justiça julga recursos de condenados nesta terça-feira

Boate Kiss: Justiça julga recursos de condenados nesta terça-feira

Júri da Kiss: réus Reprodução/TJ-RS O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) julga, nesta terça-feira (26), os recursos solicitados pelas defesas dos quatro condenados pelo incêndio da boate Kiss: Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão. A sessão começa às 9h, no Plenário Ministro Pedro Soares Muñoz, em Porto Alegre. Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A tragédia aconteceu em 27 de janeiro de 2013 e deixou 242 pessoas mortas e outras 636 feridas. Eles foram condenados pelo júri em 2021, com penas que variam entre 18 e 22 anos de reclusão, e seguem presos preventivamente. O recurso de apelação a ser julgado avalia o mérito do processo. Diante disso, três cenários podem se definir: encaminhamento para novo júri; confirmação da decisão dos jurados (julgamento de dezembro de 2021); ou redimensionamento das penas. Cada lado terá 15 minutos para apresentar sua argumentação oral, e a expectativa é que as atividades se prolonguem até o fim da tarde. 12 anos do incêndio na Boate Kiss As penas Elissandro Callegaro Spohr: 22 anos e 6 meses Mauro Londero Hoffmann: 19 anos e 6 meses Marcelo de Jesus dos Santos: 18 anos Luciano Bonilha Leão: 18 anos O que dizem as defesas Bruno Menezes, advogado de Mauro Hoffmann: "O escritório Cipriani, Seligman de Menezes e Puerari Advogados, que representa o sócio-investidor da Boate Kiss, Mauro Hoffmann, prepara-se com grande expectativa para o julgamento, marcado para esta terça-feira, 26 de agosto, do processo referente ao acidente ocorrido na casa noturna em janeiro de 2013. Acreditamos fortemente que há elementos seguros no que diz respeito ao mérito para determinar a submissão dos réus a novo julgamento. No entanto, caso isso seja superado, há, também, elementos fundamentados em jurisprudência sólida que justificariam uma redução substancial da pena imposta a eles, considerando-se que a mesma foi fixada fora de todos os limites praticados pela jurisprudência mais atual dos tribunais superiores. Confiamos no TJRS que já havia reconhecido nulidades e anulado o julgamento de 2021 e seguimos trabalhando pelo melhor resultado: um novo e justo Tribunal do Júri." Jean Severo, advogado do Luciano Bonilha Leão: "A defesa de Luciano acredita na independência e coragem do nosso tribunal de justiça para reconhecer que o jurados julgaram manifestamente contrário a prova dos autos eis que Luciano não agiu em nenhum momento com dolo eventual luciano apenas prestava serviços para a banda luciano também foi uma vítima desmaio dentro da boate foi retirado e após recuperar suas faculdades físicas e mentais voltou para socorrer aqueles que ainda estavam dentro da boate! Luciano é inocente!" Jader Marques, advogado de Elissandro Callegaro: "A defesa de Elissandro Spohr vai se manifestar depois do encerramento da sessão." Tatiana Borsa, advogada de Marcelo de Jesus dos Santos: "A Defesa do Réu Marcelo reitera os argumentos do Recurso de Apelação e aguarda que a decisão dos Desembargadores seja no sentido de encaminhar os réus para novo júri tendo em vista a decisão dos jurados ser contrária a prova dos autos, ou que diminua as penas aplicadas. No caso de acolhimento de encaminhamento a novo júri, por entender que a decisão dos jurados foi contrária a prova aos autos, teremos novo júri, se as penas foram redimensionadas(diminuídas) no caso, Marcelo já terá direto a progredir para o regime semiaberto. No regime semiaberto ele poderá trabalhar, como já está fazendo para remir(3 dias trabalhados = 1 dia de pena cumprida) sua pena." Andamento na Justiça Em agosto de 2022, o Tribunal de Justiça (TJ) do RS anulou o julgamento alegando irregularidades na escolha dos jurados, reunião entre o juiz presidente do júri e os jurados, ilegalidades nos quesitos elaborados e suposta mudança da acusação na réplica, o que não é permitido. Em setembro do ano passado, Toffoli atendeu a recursos apresentados pela Procuradoria-Geral da República e pelo Ministério Público do Rio do Sul. As defesas questionaram a decisão. Veja cronologia desde o incêndio à decisão que ordenou volta de condenados pela tragédia à prisão Em fevereiro deste ano, a segunda Turma do STF formou maioria para manter condenação e prisão de réus da Boate Kiss. Em abril, o ministro do STF, Dias Toffoli, votou para negar os recursos dos condenados. Populares quebram paredes da boate Kiss para ajudar no resgate Reprodução/RBS TV Relembre o caso O incêndio na boate Kiss aconteceu na madrugada de 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Ele causou as mortes de 242 pessoas e feriu outras 636. A maioria das vítimas morreram por asfixia após inalar a fumaça tóxica gerada quando o fogo atingiu a espuma que revestia o teto do palco, onde a banda se apresentava. Um artefato pirotécnico usado por um dos membros da banda teria dado início ao fogo. Centenas de pessoas ficaram desesperadas e começaram a correr em busca de uma saída. Segundo bombeiros que fizeram o primeiro atendimento da ocorrência, muitas vítimas tentaram escapar pelo banheiro do estabelecimento e acabaram morrendo. Série documental do Globoplay relembra tragédia MEMÓRIA GLOBO: Incêndio da boate Kiss Homenagem às vítimas da boate Kiss TV Globo VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Mais de 180 países devem enviar metas até COP30, diz especialista

Mais de 180 países devem enviar metas até COP30, diz especialista

O diretor global da NDC Partnership, Pablo Vieira, disse que mais de 180 países devem entregar metas climáticas atualizadas antes da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai acontecer em Belém no mês de novembro. Cerca de 80% dos países estão atrasados em atualizar o compromisso para reduzir gases do efeito estufa. Essas metas são conhecidas como Contribuições Nacionalmente Determinadas, NDCs na sigla em inglês. São instrumentos estabelecidos no Acordo de Paris para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C. A NDC Partnership é uma coalizão global criada em 2016, na COP22, para facilitar a cooperação entre governos, organizações internacionais e atores não estatais para acelerar a resposta à mudança do clima. “Embora atualmente tenhamos talvez 29 NDCs na mesa, a expectativa, pelo o que ouvimos dos países, é que até a COP30 teremos mais de 180. Os países estão demorando, mas acho que muito disso acontece por estarem buscando algo com maior qualidade. Eles entendem que precisam fazer um trabalho melhor para que as metas sejam realistas, implementáveis e passíveis de investimento”, disse Pablo Vieira. “Por outro lado, a implementação bem-sucedida das NDCs ainda não foi alcançada na maioria dos países em desenvolvimento na escala necessária. E a atual situação geopolítica só tornará as coisas mais difíceis”, complementou. O diretor NDC Partnership participou de um dos eventos de abertura da Rio Climate Action Week (RCAW) nesta segunda-feira (25), no Museu do Amanhã. Até o dia 29 de agosto, estão previstos mais de 200 eventos sobre mudanças climáticas organizados pelos setores público e privado, além de diferentes organizações da sociedade civil. O cientista e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, Carlos Nobre, esteve no evento e reforçou as preocupações sobre o aquecimento global. Segundo o pesquisador, mudanças são urgentes para evitar que o bioma seja alterado permanentemente. “A floresta amazônica está muito perto do ponto de não retorno por essa interação entre desmatamento, degradação, fogo e aquecimento global. Tivemos 4 secas muito profundas recentemente: 2005, 2010, 2015/2016 e 2023/2024. Essas secas fazem com que a reciclagem de água seja muito menor. Qual o resultado: a estação seca está até cinco semanas mais longa nas últimas décadas”, disse o cientista. “Inúmeros estudos indicam que se continuarmos com o desmatamento, e o aquecimento global passar de 2ºC, não tem como salvar mais a Amazônia. Ela vai se auto degradar em 30 ou 50 anos em até 70%. E vai virar um sistema parecido com savana. E vai jogar, até 2100, mais de 250 bilhões toneladas de gás carbônico na atmosfera”, complementou. Rio de Janeiro (RJ), 25/08/2025 – Taily Terena, do Instituto Memória e Ciência Indígena, debate mudanças climáticas e soluções no Rio Climate Action Week, no Museu do Amanhã. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Outra participação de destaque na abertura da RCAW foi Taily Terena, jovem cientista social e antropóloga, que integra parte do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas e compõe o Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas das Nações Unidas. Ela trouxe a experiência de quem está vivendo de perto as mudanças climáticas na Amazônia. Natural do povo Terena, do Mato Grosso do Sul, Taily destacou o efeito das secas na rotina dos indígenas. “A água está acabando no Pantanal por conta dos incêndios que o agronegócio tem causado. Ano passado foi um dos anos mais tristes que eu já vi. Eu nasci na cidade, mas nas férias tenho a memória de tomar banho nas lagoas naturais da aldeia. E a gente costumava nadar e mergulhar fundo. Hoje, a água não chega nem no nosso tornozelo. Em épocas da seca, como agora em agosto, a gente vê os peixes boiando mortos por conta do calor”, relata Taily. Para a indígena, eventos sobre o clima, que aumentaram em 2025 no país por conta da COP30, são oportunidades para gerar mais engajamento e ações em defesa das florestas e de todo o meio ambiente. “Ter a COP 30 esse ano aqui no Brasil é muito importante para a gente mostrar ao mundo que o Brasil é um grande negociador e um grande protetor das florestas. Mas a implementação das leis só vai acontecer se nós brasileiros, e todos os movimentos da sociedade civil cobrarmos mais ações dos poderes públicos e do setor privado”, disse Taily. As informações são da Agência Brasil.

Em nota oficial, Flamengo critica CBF por mudanças no calendário

Em nota oficial, Flamengo critica CBF por mudanças no calendário

O Flamengo emitiu na noite de ontem uma nota oficial na qual deixa claro que não concorda com a decisão da CBF de mudar o calendário, com a antecipação do fim do Campeonato Brasileiro para o dia 7 de dezembro. O clube acredita que foi prejudicado por não ter mais semanas livres de preparação para a reta final da competição por pontos corridos, o que ocorreria após a eliminação rubro-negra na Copa do Brasil. Leia mais: Flamengo fulminante aplica goleada história no Vitória em noite inspirada do ataque Saiba também: Goleada do Flamengo no Vitória quebra recordes; confira marcas A nota não adotou tom de ruptura, como disse o blog de Diogo Dantas, mas fez duras críticas à CBF e citou nominalmente o presidente e um dirigente da entidade, e fala em “desrespeito”, em “desequilíbrio inadmissível”, e em “pouco apreço” da CBF. Contudo, o Flamengo reafirmou "seu compromisso com a disputa do Campeonato Brasileiro, com a integridade esportiva, com a lisura da competição e com o respeito aos seus milhões de torcedores". Confira a nota oficial do Flamengo: "O Clube de Regatas do Flamengo manifesta sua discordância em relação à decisão unilateral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), assinada pelo Diretor de Competições Júlio Avellar, de alterar o calendário oficial do Campeonato Brasileiro já com mais da metade da competição disputada. O fato de o Torneio Intercontinental de Clubes estar programado para dezembro de 2025 já era de conhecimento da CBF desde fevereiro, quando foi anunciado o calendário do ano. Portanto, não há qualquer novidade que justifique a medida adotada. No Conselho Técnico da Série A, em março deste ano, foi o próprio Flamengo quem levantou esta questão, sem que houvesse nenhuma sugestão ou solução apresentada pela CBF naquele que era o fórum adequado para tais medidas. A decisão, que antecipa rodadas e encurta o período de disputa, impõe ao Flamengo uma carga maior de jogos e longas viagens em intervalo reduzido, em alguns casos desrespeitando inclusive o prazo mínimo de 66 horas entre partidas — especialmente após datas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Tal cenário compromete o planejamento esportivo da temporada e, sobretudo, a saúde dos atletas. A medida ainda favorece indiretamente clubes que não participam da atual edição da Copa Libertadores da América, criando um desequilíbrio esportivo inadmissível em um torneio que deveria prezar pela isonomia entre seus competidores. Desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no formato de pontos corridos, a integridade da tabela sempre foi preservada, com ajustes pontuais apenas em situações excepcionais. Em mais de duas décadas, jamais houve alteração de tamanha magnitude com a competição em andamento. A decisão demonstra pouco apreço pela organização que o futebol brasileiro exige, desrespeitando atletas, clubes, torcedores, patrocinadores, detentores de direitos de transmissão e toda a indústria do esporte. Chama a atenção, ainda, o fato de a CBF sistematicamente negar pedidos pontuais de ajustes de tabela sob a alegação de interesses televisivos, mas, contraditoriamente, impor de forma unilateral a antecipação de tantas rodadas, sem levar em consideração a opinião de um clube diretamente envolvido na disputa da Libertadores. O Flamengo reafirma seu compromisso com a disputa do Campeonato Brasileiro, com a integridade esportiva, com a lisura da competição e com o respeito aos seus milhões de torcedores. Diante do exposto, o clube cobra da CBF, em especial de seu presidente Samir Xaud, que reconsidere a decisão, a fim de preservar a credibilidade de um dos maiores torneios do futebol mundial. Clube de Regatas do Flamengo".

PF apura suspeitas de corrupção na COP30

PF apura suspeitas de corrupção na COP30

A Polícia Federal (PF) investiga um grupo suspeito de praticar lavagem de dinheiro. A manobra envolveria contratos do governo do Pará em obras ligadas principalmente à COP30, conferência climática prevista para novembro, em Belém. Segundo o jornal Folha de S.Paulo , a investigação indica a existência de um esquema sob influência do comandante-geral da Polícia Militar e dois secretários da gestão do governador Helder Barbalho (MDB) . https://twitter.com/NoticiasdoPARA/status/1960046413032657167 As apurações apontam que integrantes do grupo chegaram a levar R$ 180 mil em espécie para reuniões na Assembleia Legislativa do Pará em 2024. De acordo com a PF, a organização criminosa teria a liderança do deputado federal Antonio Leocádio dos Santos, conhecido como Antônio Doido (MDB-PA). Ele contaria com o apoio do coronel da PM paraense Francisco de Assis Galhardo. Policiais armados faziam parte do grupo, de acordo com o inquérito. Dinheiro era para obras de preparação à COP30 O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do foro privilegiado do parlamentar. A investigação detectou R$ 48,8 milhões sacados em espécie durante o período de um ano, a partir das contas da empreiteira J A Construcons. A empresa recebeu R$ 633 milhões do governo do Pará entre 2020 e 2024. Leia também: “Valor das diárias em navios de luxo para a COP30 ultrapassa R$ 30 mil” A PF afirma que o coronel Galhardo era o responsável por efetuar os saques. A sócia formal da empreiteira é Andrea Costa Dantas, mulher de Antônio Doido. Entre os contratos firmados pela J A Construcons está um de R$ 123,4 milhões para execução de obras de infraestrutura em dois canais e em uma rua de Belém, diretamente vinculados à preparação da cidade para a COP30. https://www.youtube.com/watch?v=1D_X7_n91IQ Em nota, o governo do Pará declarou que todas as contratações estaduais seguem “rigorosamente” os processos licitatórios. Da mesma forma, observam princípios constitucionais como legalidade e impessoalidade. + Leia mais notícias de Política na Oeste O post PF apura suspeitas de corrupção na COP30 apareceu primeiro em Revista Oeste .

Osmar Stábile é eleito presidente do Corinthians para continuar mandato de Augusto Melo

Osmar Stábile é eleito presidente do Corinthians para continuar mandato de Augusto Melo

São Paulo, 25 (AE) - Os conselheiros do Corinthians elegeram nesta segunda-feira, 25, Osmar Stábile para cumprir mandato-tampão como presidente, cargo que ocupava interinamente desde maio, quando Augusto Melo foi afastado preventivamente da presidência. O impeachment foi confirmado no dia 9 de agosto, em assembleia de sócios que confirmou a nova eleição, na qual o agora novo presidente teve 199 votos contra 50 de Roque Citadini, figurão da política do clube, e 14 de André Castro, que prometeu aporte de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 milhões) ao clube. Apenas membros do Conselho Deliberativo e vitalícios puderam participar da votação Agora oficialmente no poder, Stábile tem de continuar resolvendo os muitos problemas que já eram de sua responsabilidade. Primeiro vice eleito na chapa de Augusto Melo em 2023, o empresário do ramo da indústria metalúrgica se desvinculou rapidamente do nome do ex-aliado, réu por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado por irregularidades no contrato com a antiga patrocinadora Vai de Bet. Melo se diz inocente e vítima de um "processo ilegítimo." Stábile tem missões imediatas para justificar a confiança depositada nele. A primeira delas é derrubar o transfer ban, punição da Fifa que impede o time de registrar novos jogadores, imposta pelo não pagamento de dívida de R$ 33 milhões ao Santos Laguna. O valor é referente à compra do zagueiro Félix Torres. Torcedores organizados marcaram presença nos arredores do Parque São Jorge e reforçaram que não apoiavam nenhum dos candidatos. Em faixas estendidas no local, a principal mensagem era o pedido pela reforma no estatuto do clube. Também foram exibidas imitações de nota de R$ 100, cujo verso mostrava o rosto de dirigentes e a mensagem: "Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão". Augusto Melo, Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves, Roberto de Andrade e Mário Gobbi era algumas das figuras que estampavam o objeto. Sem força política desde o impeachment, Melo viu seu grupo de apoio ruir e se dividir entre Citadini e Stábile. Já o grupo Renovação e Transparência (R&T), liderado por Andrés, continuou com força mesmo depois de o ex-presidente admitir ter usado o cartão corporativo do clube para gastos pessoais em sua última gestão - ele diz ter se confundido. Citadini, que foi oposição de Andrés por muitos anos, conseguiu cooptar apoio de peças importantes do grupo e deu tração à candidatura. Aposentado compulsoriamente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), há cerca de duas semanas, transferiu o foco para a eleição. Na última sexta-feira, disse ao Estadão que não pensava em concorrer, mas mudou de ideia porque via o Corinthians em uma situação "quase sem saída." André Castro, por sua vez, era o azarão da disputa. Ganhou visibilidade ao prometer um aporte de US$ 1 bilhão ao clube por meio de um banco, como disse até a coletiva de imprensa para revelar o nome do parceiro. Tratava-se de um banco de fomento mercantil, não de uma instituição financeira, mas a empresa divulgou uma nota para afirmar que teria condições de cumprir o acordo. Do lado vencedor, apoios importantes foram conquistados para levar Stábile à presidência. É o caso dos influentes Paulo Garcia, Antônio Rachid, Miguel Marques e Fran Papaiordanou. Ao longo dos dias que antecederam a eleição, o então interino preferiu a discrição e trabalhar apenas nos bastidores, enquanto seus adversários foram à imprensa. No entendimento dele e de seu círculo mais próximo, a comunicação sobre o que planejava para o mandato-tampão estava implícita na forma como vinha administrando o clube. Estadão conteúdo