Técnico do Real, Xabi Alonso volta a criticar jogo do Barcelona em Miami: 'Adultera a competição'

Técnico do Real, Xabi Alonso volta a criticar jogo do Barcelona em Miami: 'Adultera a competição'

O técnico do Real Madrid, Xabi Alonso, reiterou neste sábado que não concorda com a realização do jogo entre Villarreal e Barcelona por LaLiga em Miami e apoiou os protestos dos jogadores neste fim de semana. Após Trump cogitar mudanças: Fifa diz que 'espera que cidades-sede estejam preparadas' para Copa do Mundo de 2026 Leia também: Londres tenta reverter veto a torcedores de time israelense em jogo do Aston Villa "Minha opinião é a mesma quando me perguntaram há dois meses. Somos contra o jogo, acreditamos que adultera a competição", declarou Alonso em entrevista na véspera da visita do Real Madrid ao Getafe. "Não houve unanimidade nem consulta sobre o jogo ser disputado em campo neutro. Os protestos são positivos e esse sentimento é positivo. Achamos que pode acontecer, se houver unanimidade, mas não é o caso", acrescentou. A Associação de Jogadores de Futebol Espanhóis (AFE) anunciou na sexta-feira um "protesto simbólico" no início de cada jogo da 9ª rodada do campeonato contra a realocação do jogo programado para o dia 20 de dezembro nos Estados Unidos. No entanto, Xabi Alonso admitiu que "as decisões que precisam ser tomadas para que isso não aconteça provavelmente recaem sobre outras pessoas". Sobre as condições físicas do atacante Kylian Mbappé, o treinador afirmou que o camisa 10 merengue está melhor das dores no tornozelo que o afetaram na data Fifa com a seleção francesa e pode ser titular contra o Getafe. Por outro lado, o zagueiro Dean Huijsen continuará afastado devido a um problema muscular na panturrilha. "Todos os que serviram às seleções, exceto Dean, voltaram bem. Tanto hoje [sábado] como ontem [sexta-feira], conseguiram treinar", explicou. Líder do Campeonato Espanhol, o Real Madrid enfrenta no domingo o Getafe (11º) para se manter na ponta da tabela a uma semana do clássico contra o Barcelona (2º).

‘Minha carreira chegou ao fim’, lamenta professor agredido na Unesp

‘Minha carreira chegou ao fim’, lamenta professor agredido na Unesp

O dia 2 de setembro deste ano foi um divisor de águas para Gabriel Cepaluni. Professor concursado do departamento de relações internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desde 2010, ele foi impedido de realizar o seu trabalho na data em questão. Em vez de lecionar, sofreu empurrões, chutes e socos . Capitaneada por um grupo de alunos, a agressão ainda contou com xingamentos como “fascista”, “nazista”, “sionista”, “assediador” e “abusador”. O ato de violência em pleno local de trabalho, o campus da Unesp em Franca , faz com que Cepaluni repense a sua trajetória profissional. Afastado da sala de aula desde a agressão física que sofrera, ele revela o diagnóstico de estresse pós-traumático e admite a possibilidade de abandonar o ambiente acadêmico. “Acredito que minha carreira como professor universitário chegou ao fim — ao menos nos moldes em que a exerci até hoje”, relata, em entrevista a Oeste . “No momento, não me sinto em condições de retomar aulas presenciais em universidades brasileiras.” A ideia de trocar de profissão vai além dos golpes físicos que levou. Cepaluni lamenta a falta de apoio por parte da direção da Unesp. Além disso, com a experiência de alguém que atua como professor universitário há 15 anos, vê uma dificuldade cada vez maior àqueles que, como ele, não seguem a cartilha ideológica da esquerda, ainda mais em instituições de ensino mantidas pelo Estado. + Leia mais notícias de Brasil em Oeste “As universidades públicas, infelizmente, refletem essa tensão: muitos docentes sérios e comprometidos têm se afastado, enquanto parte do debate acadêmico vem sendo substituída por disputas ideológicas”, avalia Cepaluni. “Isso enfraquece a vida intelectual, distancia a sociedade das humanidades e gera desconfiança.” Momento em que o professor (de chapéu) é cercado por estudantes na Unesp | Foto: Câmera de segurança/Unesp Franca Entrevista com Gabriel Capaluni, professor da Unesp Na entrevista a Oeste , Cepaluni dá detalhes de sua carreira acadêmica, explica o que tem feito desde que foi agredido fisicamente dentro da Unesp, adianta que age para que os culpados sejam devidamente responsabilizados e avalia o cenário universitário no Brasil. Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista. Visão acadêmica Como e quando o senhor começou a se interessar pela vida acadêmica? Meu interesse pela vida acadêmica surgiu no primeiro ano dos cursos de ciências sociais na Universidade de São Paulo e de jornalismo na Universidade Metodista, em 1996. Antes disso, participei de um grupo de estudos com colegas comunistas, mas logo me afastei por considerar o ambiente excessivamente doutrinário. Nos últimos 20 anos, tenho procurado integrar minhas pesquisas estatísticas para desenvolver uma teoria sobre como os países podem prosperar dentro do capitalismo e de forma democrática, que chamo de “Institucionalismo de Mercado Justo”, uma síntese entre liberdade política, instituições fortes e justiça social. Como foi para o senhor, então com 35 anos, passar no concurso para ser professor da Unesp, em 2010? Fiquei muito feliz com a aprovação, mas logo percebi os desafios do ambiente universitário. Com o tempo, percebi que o meio acadêmico pode ser extremamente dogmático e fechado. É doloroso ver o quanto fatores extra-acadêmicos podem interferir na vida profissional de um docente. Às vezes penso que, se pudesse voltar no tempo, talvez tivesse escolhido outro caminho — quem sabe ciências exatas —, uma área em que as divergências tendem a ser mais técnicas do que pessoais. Antes de se tornar professor concursado da Unesp, o senhor já havia lecionado em outras faculdades? Lecionei em instituições de ensino superior em Florianópolis e também em São Paulo, antes de ingressar na Unesp. Isso foi há cerca de 20 anos, em uma fase em que eu ainda conciliava a docência com o doutorado. https://www.youtube.com/watch?v=sJ5XvjA65G0 Quais são os principais desafios de ser um professor universitário que não compactua com a cartilha dos ideais promovidos pela esquerda? A extrema esquerda está mais presente nos cursos de humanas das universidades públicas, embora eu não acredite que seja maioria. O problema é que a inércia institucional e certas táticas de coerção dificultam muito que quem pensa diferente se manifeste. Hoje, a sociedade espelha o comportamento das redes sociais: nelas, barulho e acusações infundadas ganham mais espaço do que a verdade. Sou crítico do radicalismo de esquerda porque ele predomina no ambiente em que atuo, mas também sou contrário aos autoritarismos de direita. O extremismo destrói o diálogo e ameaça a todos — inclusive seus próprios adeptos. Análise de quem está inserido no meio acadêmico de uma universidade pública: há propagação da ideologia esquerdista na sala de aula? Sim. As universidades públicas brasileiras, especialmente nas áreas de humanas, são predominantemente de esquerda. Quando se propõe a leitura de um autor liberal, muitas vezes há resistência — a menos que o texto sirva para críticas. Esse desbalanceamento é mais acentuado na América Latina do que na Europa ou nos Estados Unidos. Um verdadeiro acadêmico deve ler amplamente, confrontar ideias e formar seu próprio juízo. O debate entre “esquerda” e “direita” é limitador. O que realmente preocupa é o extremismo, que recorre à desinformação e à coerção para manter poder e influência. Isso gera medo e autocensura. Agressão na sala de aula da Unesp Como ocorreu, no dia 2 de setembro de 2025, a agressão física que o senhor sofreu dentro do campus ? Como o grupo de agressores se reuniu e chegou até o senhor? Na verdade, para minha surpresa, apenas vi um monte de gente na frente da minha sala e só depois percebi que o protesto estava direcionado contra mim. Cabe à universidade e às autoridades investigarem como esse grupo se organizou. Imagens mostram que o grupo de agressores era composto por, no mínimo, algumas dezenas de estudantes. O senhor, que estava sozinho, chegou a temer pela sua vida? O que o senhor fez ou tentou fazer durante a agressão? Em princípio, acreditei ser possível estabelecer diálogo. Contudo, naquele episódio, o grupo pareceu priorizar a hostilidade e os insultos, o que inviabilizou qualquer conversa. Não houve contato prévio comigo, e eu havia retomado as aulas havia poucas semanas, depois de um período de afastamento sem vencimentos, durante o qual trabalhei no exterior. Sofri empurrões, fui derrubado, levei chutes e golpes na região da cabeça, o que representou risco concreto à minha integridade física, conforme registrado em boletim de ocorrência e atendimentos médicos. Um dos resultados da agressão sofrida pelo professor da Unesp: óculos entortados | Foto: Arquivo pessoal/Gabriel Cepaluni O senhor chegou a ser hospitalizado? Fez exame de corpo de delito? O que os laudos pós-agressão indicaram? Logo depois do ataque, registrei boletim de ocorrência e fui encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal de Franca, onde recebi atendimento médico de urgência, conforme os registros hospitalares e o atestado de corpo de delito solicitado pela Polícia Civil. Os laudos indicam lesões na região craniana compatíveis com agressão física, reforçando a tipificação de lesão corporal. Permaneci em observação hospitalar e, posteriormente, fui diagnosticado com transtorno de estresse pós-traumático, o que levou ao afastamento médico por 90 dias. Então, o senhor está afastado da sala de aula desde o episódio de agressão física… O afastamento decorre de recomendação médica psiquiátrica, amparada por atestados do hospital e do Instituto Médico-Legal, em razão do trauma físico e psicológico sofrido. Embora a diretoria da unidade tenha posteriormente homologado o pedido de acidente de trabalho, a iniciativa foi minha, motivada pela necessidade de tratamento contínuo para o transtorno de estresse pós-traumático. Tive muito pouco amparo da universidade, muito aquém do que a lei determina. Com esse relato de “pouco amparo”, como tem sido, desde então, a sua relação com a universidade? Infelizmente, não houve suporte institucional efetivo imediato. O setor de recursos humanos reconheceu que “não ocorreu nenhum atendimento profissional” no momento do fato, e nenhum socorro médico ou policial foi acionado pela universidade. A comunicação com a reitoria limitou-se a e-mails formais, e as medidas protetivas ou psicológicas não foram implementadas. Em termos policiais, o senhor registrou boletim de ocorrência. Como está a investigação do caso? Foram solicitadas imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas. Confio no trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público, embora reconheça que o sistema de Justiça brasileiro seja, por vezes, moroso e imperfeito. "Mantenho esperança de que haja algum tipo de responsabilização, pois a impunidade seria um sinal de enfraquecimento das próprias instituições que devemos preservar" Na parte da universidade, como estão as diligências internas para identificar e, consequentemente, punir os agressores? A universidade informou, mais de um mês depois do ocorrido, que instaurou um “procedimento de apuração preliminar”. No entanto, desconheço comunicação oficial sobre o andamento ou resultados. A nota pública da instituição, embora correta ao repudiar a violência, omite fatos documentados — como a ausência de socorro imediato, a inexistência de protocolo de segurança e a falta de acompanhamento médico ou jurídico. Ainda assim, mantenho esperança de que haja algum tipo de responsabilização, pois a impunidade seria um sinal de enfraquecimento das próprias instituições que devemos preservar. Desde quando parte dos alunos passou a te xingar de "fascista", "nazista", "sionista" e "assediador"? É impressionante como alguns dos agressores tentam inverter os papéis. Passei a ser alvo de insultos e acusações infundadas, sendo chamado de “fascista”, “nazista”, “sionista”, “assediador” e “abusador” — termos graves, usados de forma irresponsável e sem qualquer prova. Se levadas ao pé da letra, tais palavras me colocariam como uma das piores pessoas da história, o que é evidentemente absurdo. Sou apenas um professor, sem envolvimento político ou cargo de poder, e considero preocupante o grau de irracionalidade e a aparente confiança na impunidade com que certos grupos têm agido. Fachada de um campus da Unesp, universidade pública que teve professor agredido em plena sala de aula | Foto: Divulgação/Unesp Acredita que esse tipo de ofensa se tornou comum pelo simples fato de o senhor, enquanto um pesquisador de assuntos internacionais, ir contra o pensamento esquerdista? Acredito que, sim, parte dessas ofensas decorre do fato de eu não seguir determinadas cartilhas ideológicas e de sempre priorizar o debate racional e o rigor acadêmico. Em ambientes polarizados, isso costuma gerar resistência e, em alguns casos, hostilidade. Também é possível que minha trajetória como pesquisador com reconhecimento internacional desperte incômodo em alguns setores, o que, infelizmente, se manifesta de forma pessoal e ofensiva. O senhor pensa em processar a Unesp? Meus advogados — do escritório Duarte & Almeida — estão conduzindo as medidas cabíveis nas esferas administrativa, cível e criminal. A atuação abrangerá diferentes frentes — administrativa, cível e criminal. A universidade deverá responder judicialmente pelas omissões e falhas institucionais que permitiram que a situação chegasse a esse ponto. Futuro profissional A agressão física fez o senhor repensar a sua carreira? Acredito que minha carreira como professor universitário chegou ao fim — ao menos nos moldes em que a exerci até hoje. No momento, não me sinto em condições de retomar aulas presenciais em universidades brasileiras. Fui marcado por grupos estudantis que, em vez de promover o diálogo, escolheram o caminho da hostilidade. Chegaram a convocar todo o movimento estudantil brasileiro contra mim. Terei de me reinventar de alguma forma, mesmo que continue formalmente vinculado à Unesp. No entanto, é difícil se reinventar aos 50 anos, quando muitos colegas já estão desacelerando. Ainda assim, estou aberto a novas possibilidades e projetos — dentro ou fora da academia. Com professores sendo alvo de agressões (inclusive físicas), como o senhor vê o futuro das universidade públicas no Brasil? Acredita que aqueles que não seguem a cartilha da esquerda terão cada vez menos espaço? A polarização política, somada à ampliação das redes sociais e à perda de confiança nas instituições, agravou esse cenário. As universidades públicas, infelizmente, refletem essa tensão: muitos docentes sérios e comprometidos têm se afastado, enquanto parte do debate acadêmico vem sendo substituída por disputas ideológicas. Isso enfraquece a vida intelectual, distancia a sociedade das humanidades e gera desconfiança. "Profissionais moldados por visões dogmáticas tendem a reproduzir intolerância e resistência ao contraditório" O que o senhor diria hoje para algum colega não esquerdista que pensa em se dedicar a carreira acadêmica, inclusive prestando concurso para alguma universidade pública? As universidades estão formando muitos doutores, enquanto contratam cada vez menos. É um ambiente em que a relevância política costuma ser limitada, mas a necessidade de lidar com a política universitária é constante. Se a pessoa realmente amar o que faz, deve seguir em frente — o entusiasmo intelectual ainda pode compensar as dificuldades. No meu caso, a carreira me permitiu conhecer o mundo, dialogar com pessoas brilhantes e aprender muito. Mas é preciso realismo: a remuneração é modesta diante do esforço e da qualificação exigida. Para além da sala de aula, quais os riscos de universidades, sobretudo públicas, ajudarem a formar para o mercado de trabalho profissionais que carreguem a doutrinação esquerdista em seus pensamentos? O risco é real quando a formação universitária deixa de priorizar o pensamento crítico e a pluralidade de ideias. Profissionais moldados por visões dogmáticas tendem a reproduzir intolerância e resistência ao contraditório, o que pode prejudicar tanto o ambiente de trabalho quanto a inovação. Instituições e empresas responsáveis devem valorizar competência, ética e capacidade de diálogo — e não a adesão a uma determinada ideologia. Àqueles que lhe agrediram, o que o senhor diria caso tivesse a oportunidade de ficar frente a frente com eles novamente? Eu perguntaria o mesmo que disse naquele momento: “Por que estão fazendo isso comigo se nem me conhecem?”. Ainda acredito que o diálogo pode transformar, como ocorreu em momentos históricos de reconciliação, como no pós-apartheid da África do Sul. Mas também reconheço que há grupos extremistas que se julgam representantes exclusivos do bem e, por isso, acreditam que os fins justificam os meios — e isso é o que torna esse tipo de radicalismo tão perigoso. Leia também: "Universidades do ódio" , reportagem de Branca Nunes e Mateus Conte publicada na Edição 288 da Revista Oeste E mais: "Vítimas da intolerância" O post ‘Minha carreira chegou ao fim’, lamenta professor agredido na Unesp apareceu primeiro em Revista Oeste .

Dona de Mim: Samuel briga com Leo pela guarda de Sofia

Dona de Mim: Samuel briga com Leo pela guarda de Sofia

A paz entre Leo e Samuel está com os dias contados em Dona de Mim. No capítulo deste sábado (18), o casal vai protagonizar uma nova e intensa discussão após a Justiça determinar que Sofia volte a usar o sobrenome Boaz. Inconformado com a situação, Samuel decide agir por conta própria e entra com um pedido oficial pela guarda da irmã, atitude que deixa Leo revoltada. Tudo começa quando Jaques revela que Filipa pretende lutar pela guarda da menina. Temendo que isso aconteça, Samuel procura a advogada da família e toma uma decisão drástica: “Vim te avisar que se eu não entrar com o pedido de guarda da Sofia, a Filipa entra e vai ser muito pior. Já conversei com a advogada”, explica ele a Leo. Samuel e Leo tem conversa tensa sobre Sofia. Surpresa e magoada, a ex-babá reage com indignação: “É claro que você já agiu pelas minhas costas”. Samuel rebate, lembrando que tudo o que faz é pela irmã. Mas Leo o confronta, questionando suas reais intenções: “Da sua irmã ou dos 25% da fábrica?” Leo se sente mal com situação. Tomada pela emoção, Leo desabafa ao sentir que está perdendo a menina que criou com tanto carinho: “Eu dou todo meu amor, todo meu afeto, eu assumo todas as responsabilidades quando ninguém mais estava lá pela Sofia…”. Samuel, por sua vez, tenta se manter racional e lembra que a ex-namorada tinha apenas a guarda temporária. Ferida com a situação, Leo se sente descartada: “E agora que eu já fui usada vocês vão me arrancar da vida da Sofia de uma hora pra outra?”. A conversa termina em clima tenso, com lágrimas e despedida: “Você pode ir embora? Eu preciso pensar um pouco em tudo o que a gente falou”, diz ela. Antes de sair, Samuel avisa: “Eu te mantenho informada dos próximos passos”.

The Truth Always Leaks Out

The Truth Always Leaks Out

Upon learning he is banned by the Magnitsky Act from setting foot in the United States, Luís Roberto Barroso reacted with a phrase mingling irony and indifference. “There will always be Paris...,” he sneered. The City of Lights, however, is no longer enough, clear changes indicate. Parties and singing performances are less frequent, and the wrinkles on his face reveal sleepless nights. Even his usually impeccable eyebrows are disfigured by two or three stray hairs. His melancholy eases only when he speaks. Barroso loves the sound of his own voice. That must be why he’s more loquacious than ever. On TV shows, at lectures, official ceremonies, and off-the-record conversations, the justice repeatedly claims that, during his two-year tenure as president of the Supreme Court, it definitively restored the health of democracy, which was threatened by those far-right dimwits, and ensured the integrity of the elections that defeated Bolsonarism. “We are still far from perfection,” he asserts, but we will get there. Barroso promises that the Supreme Court will “recivilize Brazil.” Such an audacious project, he proudly declared, includes “the reoccupation by the traditional press of the space lost to the internet.” As he exits the Supreme Court presidency, he states that social media lies profusely, fails to filter its publications, and ultimately pollutes with an immensity of fake news the far more careful reporting of traditional newspapers, TV news, and magazines of yesteryear. Luís Roberto Barroso, presidente do STF - 1º/8/2025 | Foto: Reprodução/YouTube Barroso’s preference makes perfect sense. When he praises the wisdom of Gilmar Mendes, the traditional press finds it unnecessary to recall that the current admirer of the dean once saw a figure “horrible, with hints of psychopathy” in the justice who, for nearly 30 years, has been absolving all his pet scoundrels (some of whom could impress even an American movie serial killer). Nationalized journalism has never seen similarities between Alexandre de Moraes and Lavrenti Beria, head of the secret police during the Soviet Union’s darkest years. “Show me the man and I’ll show you the crime,” Joseph Stalin’s favorite executioner used to reiterate. Journalists endowed with intellectual independence see things as they are and recount events as they happened. The crowd from the old, and now miniaturized, major newspapers and ultramodern futuristic studios has always been far more docile. They tend to what suits the company owner, the advertisers, and the powerful federal establishment. For these domesticated professionals, Moraes is not an incurable bigot who, disguised as a protector of the Democratic Rule of Law, treats the Constitution with punches and kicks. Nostalgic for analog times, it’s only natural that Barroso guides himself by news and analyses as committed to the truth as Dilma Rousseff. Os ministros do STF, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, Luiz Inácio Lula da Silva e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante a solenidade comemorativa ao Dia do Soldado, em 2024, Brasília | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil By limiting himself to such sources of information, for instance, the justice will read that “Vaza Toga (‘Robe Leaks’) was an alleged leak of WhatsApp messages and audio.” He will also learn that “some leaked messages allegedly showed, according to the authors of the report series published by Folha de S. Paulo , that justice Alexandre de Moraes acted informally in the Superior Electoral Court, outside normal procedures.” Anyone reading Revista Oeste understands it was far more than that. Texts and audio attest that a Supreme Court justice trampled legal barriers to forge evidence incriminating targets of his persecutory fury. With the help of auxiliary judges and judicial staff, the Brazilian Beria proved even more overbearing than his Soviet original. Moraes personally selected both the prey and the crime to be imputed to them. Subsequently, he would dispatch subordinates to obtain evidence that would justify an indictment, a trial, an arrest — perhaps even the imposition of another ankle monitor, his ultimate fetish. One of the duos frequently mobilized comprised auxiliary judge Ayrton Vieira, Moraes’s chief of staff at the Supreme Court, and forensic expert Eduardo Tagliaferro. On December 6, 2022, at 6:11 PM, Vieira sent Tagliaferro a curt and blunt request: "Let’s round up all these coup-mongering magazines to demonetize them on social media." The message was followed by a Twitter (now X) link to Revista Oeste , known for being a right-wing, anti-Workers’ Party (PT) magazine. "This one and others of the same ilk," Vieira added. Days later, Tagliaferro reported that upon looking into the magazine, he found only journalistic material. He was met with the recommendation that he should resort to his own creativity. The repetition of similar episodes convinced the expert to compile copies of the dialogues. In August 2024, he realized the time had come to break his silence and handed part of the material to journalist Glenn Greenwald. Six years prior, the American journalist had gained notoriety by publishing on The Intercept website the series that would become known as Vaza Jato (Operation Car Wash Leaks). Despite being based on messages exchanged among members of history’s largest and most effective anti-corruption offensive, the reports astonishingly revealed not a single, scarce illegality involving federal judges and prosecutors. A frase "use sua criatividade" virou um símbolo da perseguição promovida pelos assessores de Moraes | Foto: Divulgação/Oeste Honest observers, however, merely witnessed bursts of enthusiasm from law enforcement officials who were rapidly closing in on high-ranking figures from all three branches of government, some even ensconced within the Supreme Court. But the immense club of powerful scoundrels wouldn’t miss the chance to staunch the bleeding, as then-senator Romero Jucá had advised. Hacking someone else’s application is a crime, just as leaking private information is. Yet, the hacker who attacked Operation Car Wash waited only two months for the Supreme Court's protection. And an injunction granted by Gilmar Mendes prevented Greenwald from being investigated or held accountable for what he published. Folha , Estadão , and Veja colluded in orchestrating the most aggressive Brazilian-style Western, a cinematic extravagance where, unlike American shoot-'em-ups, the villains pursue the sheriff (with the help of the capital’s judges). Lula and his henchmen walked free from prison. First-class thieves received back, a courtesy of justice Dias Toffoli, the billions budgeted in plea bargain agreements. Brazil resurrected impunity for grand larceny. And the country plunged into a lawfare dictatorship. The ‘Robe Leaks’ brazenly expose the dark side of a judge who gleefully and eagerly conjugates the verbs “capture,” “arrest,” “punish,” “persecute,” and “chastise” — caring little whether the targets are guilty or innocent. On Wednesday, August 13, Folha de S. Paulo discreetly released the first report in the series dubbed Vaza Toga ‘Robe Leaks’. With no set schedule, without due prominence on prime pages, and failing to draw the attention of competitors, the series was soon interrupted without explanation. This was precisely what Moraes needed to launch a secret inquiry aimed at “investigating the authenticity and origin of the leaks.” As if he were the victim. Jair Bolsonaro’s conviction was not enough for the First Jailer. The persecuted target this time is Tagliaferro, now a refugee in the Calabria region. Moraes requested the Italian government arrest his former associate and extradite him to Brazil. The expert was instructed to stay home, but he already knows he will not be extradited. Incidentally, in 2010, then-lawyer Luís Roberto Barroso successfully ensured that his client Cesare Battisti, a terrorist sentenced to life imprisonment by Italian justice, remained in Brazil as an asylum seeker. Deported during the Bolsonaro administration, Battisti confessed, upon landing, still on the tarmac, that he had indeed committed four murders. Consistency suggests Barroso should disapprove of the extradition of Moraes’s former aide. Ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, em pronunciamento via videoconferência na Comissão de Segurança Pública (CSP), em Brasília, DF (2/9/2025) | Foto: Saulo Cruz/Agência Senado Other participants in the criminal scheme orchestrated by Moraes escaped the legal proceedings initiated by their boss, but not U.S. sanctions. Three of them had their visas revoked: Cristina Kusahara, a.k.a. “The Witch,” Moraes’s chief of staff at the Supreme Court, will only see New York in postcards. Judge Ayrton Vieira will have to choose other locales to rest from his toil. Marco Antônio Vargas continues assisting Moraes at the TSE. It would be wise to learn from Tagliaferro’s example. Cesare Battisti com seus apoiadores brasileiros | Foto: José Cruz/Agência Brasil Conceived to investigate the use of a gas station for money laundering, Operation Car Wash launched on March 17, 2014. The arrest of money changer Alberto Youssef led to a network of shortcuts and trails that, courageously and competently unearthed by the Curitiba-based task force, exposed to the world the incredible scandal dubbed Petrolão (‘Big Oil Scandal’). The thievery perpetrated by scoundrels infiltrated at the helm of Petrobrás, in the leadership of the country’s eight largest construction companies, at the apex of all three branches of government, and in the direction of political parties, exceeded R$ 100 billion. Not to mention the pilfering promoted in other countries by the cartel's offshoots tasked with international dealings. Ex-presos na Operação Lava-Jato | Foto: Montgem Revista Oeste/Divulgação Lula returned to the presidency. The pet criminals remain at large. The PCC (‘First Command of the Capital’) continues to expand relentlessly. Moraes has his sights set on Tagliaferro. He undoubtedly reads the same newspapers and magazines recommended by Barroso. + The crisis wears a black robe O post The Truth Always Leaks Out apareceu primeiro em Revista Oeste .

Lula encara o centrão

Lula encara o centrão

Lula começou a demitir um pessoal do centrão que tinha cargos no governo. É gente que foi indicada por partidos de direita que têm votado contra Lula no Congresso e deve apoiar Tarcísio na eleição do ano que vem. Leia mais (10/18/2025 - 15h00)

'Horizonte Amazônia': manguezais concentram projetos de recuperação e saberes que mantêm viva a floresta

'Horizonte Amazônia': manguezais concentram projetos de recuperação e saberes que mantêm viva a floresta

Horizonte Amazônia: especial mostra importância dos manguezais para o clima A Amazônia abriga uma das maiores faixas contínuas de manguezais do mundo, e parte desta riqueza está em Bragança, no nordeste do Pará. É nesse ambiente que o pescador Gessé Martins trabalha todos os dias, colhendo caranguejos e respeitando os ciclos naturais da espécie: “As fêmeas a gente devolve, pra garantir que continue tendo caranguejinho pra trabalhar”, explica. É do manguezal que ele tira o sustento da família e criou os filhos. Em uma floresta de raízes entrelaçadas, peixes, aves e mamíferos se reproduzem. Além de garantir alimentos e renda, os mangues protegem comunidades vulneráveis às mudanças do clima e são barreiras naturais contra enchentes e a erosão. No campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Bragança, o Laboratório de Ecologia do Manguezal estuda o equilíbrio do ecossistema dos manguezais. O grupo integra o projeto Mangues da Amazônia, que mede a emissão de gases do efeito estufa no solo e avalia a “saúde” do mangue. A pesquisadora Mayara Vieira explica o processo: “Usamos um analisador de gás por infravermelho que registra toda a emissão de CO₂”. O pesquisador Hudson Silva complementa: “Esses dados ajudam a estimar quanto carbono está sendo liberado na área. O manguezal preservado é um sumidouro quatro a cinco vezes mais eficiente que uma floresta de terra firme”. O coordenador Marcus Fernandes reforça a importância de planejar intervenções costeiras. Ele lembra que parte do ecossistema foi devastada nos anos 1970, com a construção da rodovia PA-458. “Não que a gente não deva construir, mas é preciso pensar no ambiente para evitar impactos severos”, afirma. Acompanhe as principais notícias da COP 30 Recuperar o que foi perdido Pesquisadores e moradores trabalham para regenerar as áreas degradadas. O replantio de mudas, principalmente da espécie tinteiro, tem ajudado a restaurar o solo e atrair novamente a fauna local. “Nosso caso de sucesso é quando os caranguejinhos voltam. Isso mostra que o ambiente está se recuperando”, conta John Gomes, um dos integrantes do projeto Mangues da Amazônia. Entre os beneficiados está o pescador Domingos, que utiliza madeira do mangue, com autorização do ICMBio, para construir currais de pesca. “Cada dia é diferente no mar, mas é isso que faz a vida boa”, afirma. Tradição e arte moldadas pela natureza Além da ciência e da pesca, o mangue também inspira arte. Em uma das comunidades mais antigas de Bragança, a artesã Lene transforma argila em panelas de barro, tradição passada por gerações. “Aprendi vendo minha mãe produzir. O contato com a argila vem dos nossos antepassados caetés”, conta. Ao lado da mãe, dona Nazaré, ela mantém viva a técnica ancestral e o respeito pela floresta. “Se respeitar o mangue, todo tempo tem trabalho. Se não respeitar, perde”, ensina. Enquanto o mundo se prepara para a COP 30, em 2025, exemplos como o de Bragança mostram caminhos possíveis. Nas mãos de cientistas, pescadores e mulheres que transformam o mangue em arte, a floresta segue respirando. E ensinando. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará

Clima extremo assola o Japão em ano de calor recorde

Clima extremo assola o Japão em ano de calor recorde

O verão japonês de 2025, entre junho e agosto, se tornou o mais quente já registrado desde o início da série histórica, em 1898, com temperaturas médias 2,36°C acima do padrão. Os termômetros marcaram recordes em 123 estações meteorológicas do país, com a cidade de Isesaki registrando uma nova máxima nacional de 41,8 °C em 5 de agosto. Leia mais (10/18/2025 - 14h56)

Assembleia em Ação: 'às vezes é difícil sair, pegar um ônibus, hoje os serviços estavam aqui na comunidade', comenta participante

Assembleia em Ação: 'às vezes é difícil sair, pegar um ônibus, hoje os serviços estavam aqui na comunidade', comenta participante

Assembleia em Ação: parceria entre Alepi e Rede Clube terá novas edições "É muito importante para as pessoas que não têm acesso a esses serviços", comentou Teresinha de Jesus, moradora do bairro Mocambinho, que participou do projeto Assembleia em Ação, parceria entre a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e a Rede Clube. "Às vezes é difícil pegar um ônibus, chegar e passar horas e horas, acordar cedinho. Hoje não, [os serviços] estavam aqui na comunidade", completou. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Moradores do bairro, situado na Zona Norte da capital, tiveram acesso a serviços sociais gratuitos na manhã de sábado (18), no Parque Ambiental Matias Matos. A programação reuniu diversos órgãos públicos e outras instituições parceiras (veja a lista de serviços). LEIA TAMBÉM: Assembleia em Ação: projeto com parceria da Rede Clube terá novas edições Assembleia em Ação: serviços gratuitos de beleza e bem-estar colaboram com qualidade de vida, afirma profissional Assembleia em Ação: moradores de Teresina formam fila para acessar serviços gratuitos neste sábado (18) Moradores formaram fila Moradores de Teresina formaram filas para acessar os serviços gratuitos. Algumas pessoas optaram por chegar antes das 5h, no intuito de garantir o atendimento. "Eu cheguei era 10 pras cinco da manhã. A expectativa é muito boa, porque vou fazer biometria, vou renovar minha identidade, tá na hora, já tem 10 anos e tem lugar que nem quer aceitar mais. Fui abrir uma conta e o banco não aceitou porque a 'bicha' tá velha demais. Antes tinha que tirar o registro novo e agora não precisa mais, aqui vai dar é certo", afirmou Maria Antônia, moradora do bairro Pedra Mole, na Zona Leste da capital. Já Márcia Farias buscou atendimento no Procon, que receberá reclamações e denúncias de abusos praticados por fornecedores de produtos e serviços. "O evento em si é maravilhoso, [torço para] que tenha muito mais. Eu fiquei sabendo pelas propagandas e também pelas pessoas, no boca a boca, que estavam falando, porque foi muito divulgado pela TV", contou. Veja os serviços que foram ofertados: Águas de Teresina: cadastro na Tarifa Social e informações sobres serviços e orientações. Procon (Alepi): recebimento de reclamações e denúncias de abusos praticados por fornecedores de produtos e serviços. Zoonoses (FMS): vacinação de cães e gatos. Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF): Feira da Agricultura Familiar. Secretaria de Estado da Cultura (Secult): exposição de artesanato e serviço de retirada da carteira do artesão. Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI): emissão da nova Carteira de Identidade Nacional. Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves (FMC): Orquestra Sanfônica e Balé da Cidade. OAB-PI: serviços jurídicos e sociais gratuitos. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI): biometria, revisão, alistamento, pagamento de multa para quem não votou e 2ª via e transferência de título. Centro Odontológico de Teresina (COThe): apresentação de técnicas de escovação e higiene dental, distribuição de kits odontológicos e voucher de avaliação gratuita. Oncobem: serviços gratuitos de aferição de pressão arterial, teste de glicemia, orientação nutricional e orientações sobre o autoexame das mamas. Assessoria Fiscal e Tributária (Alepi): consultas e orientações cadastrais e fiscais, formalização e regularização de MEIs, previdência social para o MEI e encaminhamentos e apoio. Sala do Bem-Estar (Alepi): terapias integrativas como massagem e aromaterapia. Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi): Ônibus Lilás, com atendimentos psicossociais, orientações jurídicas, e materiais educativos sobre direitos das mulheres e enfrentamento à violência. Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi): vacinação para adultos: febre Amarela, DT, hepatite e influenza. Secretaria de Estado da Educação (Seduc): matrícula do Alfabetiza Piauí, EJA e divulgação dos cursos técnicos. Defensoria Pública do Estado do Piauí: assistência jurídica gratuita. Clínica Tércio Rezende: SPA dos Olhos – momento de bem-estar e tratamento para olho seco; aferição de pressão arterial; glicemia capilar; refração (refratometria computadorizada). Assembleia em Ação: serviços gratuitos foram ofertados em Teresina Gabrielly Corrêa/g1 *Gabrielly Corrêa, estagiária sob supervisão de Ilanna Serena. VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube