Tarcísio do Acordeon se une a MC Don Juan, João Gomes e Zé Vaqueiro para unir funk e forró no ‘ABC da vaquejada’

Tarcísio do Acordeon se une a MC Don Juan, João Gomes e Zé Vaqueiro para unir funk e forró no ‘ABC da vaquejada’

Tarcísio do Acordeon (à direita) canta com João Gomes (à esquerda), MC Don Juan e Zé Vaqueiro (de calça azul) no single 'ABC da vaquejada' Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ MC Don Juan já pôs a batida do funk no universo sertanejo em música gravada com Luan Santana, Sorria (2021). Agora o cantor e compositor Matheus Wallace Mendonça da Cruz – nome de batismo do funkeiro paulistano – figura como estranho no ninho do forró. MC Don Juan é um dos convidados de Tarcísio de Lima Sousa – o cantor e músico cearense conhecido como Tarcísio do Acordeon – na gravação da música inédita ABC da vaquejada. Além de Don Juan, Tarcísio reúne João Gomes e Zé Vaqueiro no single que será lançado na sexta-feira, 17 de outubro, com mix de piseiro e funk inserido no universo das festas de vaquejada. Kinho Compositor, Dogão Poeta, Mateus Vulcani, Samuel Vulcani e Kaique Carneiro são os compositores de ABC da vaquejada, música cujo refrão é composto pelos versos “A de alô, B de bolão, C de cachaça, P de paredão… pra beber e vaquejar, me chama que eu vou!”. A intenção foi apresentar festivo forró em clima de vaquejada, mas com o tempero do funk.

Thiago Silva salva o Fluminense nos acréscimos contra o Juventude, pelo Brasileiro

Thiago Silva salva o Fluminense nos acréscimos contra o Juventude, pelo Brasileiro

O Fluminense recebeu o 19º colocado Juventude, no Maracanã, pela 28º rodada do Campeonato Brasileiro, em uma noite que estreava o novo uniforme número 3, mas o espetáculo esperado pelo público passou longe de um jogo criativo. Com dificuldades de criação, o Fluminense demorou a engrenar na partida, até a metade final do jogo pouco havia finalizado. Quando as substituições do técnico Zubeldía fizeram efeito na reta final, e o time conseguiu pressionar os visitantes. Nos acréscismos, o capitão Thiago Silva recebeu um cruzamento do jovem Riquelme, e deu um voleio encobrindo o goleiro e salvando o resultado de 1 a 0. Mesmo fora de casa, o Juventude não se acomodou na defesa, e incomodou a saída de bola do tricolor com a trinca ofensiva: Gilberto, Bilú e Mandaca, pressionando os portadores da bola. O Fluminense, sem o principal armador Lucho Acosta, pouco criou no ataque e passou a tentar cruzamentos para a área como principal alternativa — o que se mostrou falho. Só na parte final do primeiro tempo houve a primeira finalização perigosa de uma das equipes: o lateral-direito Igor Formiga cruzou a bola para Mandaca, que chutou desmarcado para o gol, mas parou nas mãos do goleiro Fábio. John Kennedy esquenta o jogo; Soteldo é vaiado Percebendo a morosidade da partida, a torcida não perdoou e vaiou o jogo após o árbitro apitar o final da primeira tapa. Com a saída de Mandaca, com dores na coxa esquerda, para a entrada de Nenê, o time adicionou um armador no lugar de um ponta que auxiliava na pressão. Em resposta, Zubeldia colocou o time para frente, colocando o atacante John Kennedy no lugar do meia Lima e Gabriel Fuentes no lugar de Renê para dar mais profundidade pelo lado esquerdo. A escolha do time da casa se mostrou melhor. JK conseguiu esquentar o jogo criando as oportunidades de cabeça e chutando de fora da área. Com isso, trouxe de volta o ânimo da torcida. Já a entrada do venezuelano Soteldo foi recebida com vaias. A pressão do tricolor, ainda assim, não rendeu tanto perigo porque parou muitas vezes em u bloqueio de algum defensor. Mas serviu para recuar o Juventude. Em contra-ataque, Formiga fez novo cruzamento que parou em Giovanny. O jogador conseguiu acertar uma bela finalização, mas que explodiu na trave de Fábio. Mesmo vaiado, Soteldo conseguiu gerar um lance perigoso ao encontrar o Thiago Silva livre na grande área, mas o zagueiro chutou para fora. Embora ele não tenha feito o gol neste momento, conseguiu uma segunda chance após Riquelme cruzar para Thiago, que mandou desmarcado e de voleio para o gol, aos 52 minutos do segundo tempo. O Fluminense começou a rodada em sétimo lugar com 38 pontos — onze de diferença para o Mirassol, quarto lugar —. O próximo jogo será o clássico com o Vasco, nesta segunda-feira.

Thiago Silva salva o Fluminense nos acréscimos contra o Juventude, pelo Brasileiro

Thiago Silva salva o Fluminense nos acréscimos contra o Juventude, pelo Brasileiro

O Fluminense recebeu o 19º colocado Juventude, no Maracanã, pela 28º rodada do Campeonato Brasileiro, em uma noite que estreava o novo uniforme número 3, mas o espetáculo esperado pelo público passou longe de um jogo criativo. Com dificuldades de criação, o Fluminense demorou a engrenar na partida, até a metade final do jogo pouco havia finalizado. Quando as substituições do técnico Zubeldía fizeram efeito na reta final, e o time conseguiu pressionar os visitantes. Nos acréscismos, o capitão Thiago Silva recebeu um cruzamento do jovem Riquelme, e deu um voleio encobrindo o goleiro e salvando o resultado de 1 a 0. Mesmo fora de casa, o Juventude não se acomodou na defesa, e incomodou a saída de bola do tricolor com a trinca ofensiva: Gilberto, Bilú e Mandaca, pressionando os portadores da bola. O Fluminense, sem o principal armador Lucho Acosta, pouco criou no ataque e passou a tentar cruzamentos para a área como principal alternativa — o que se mostrou falho. Só na parte final do primeiro tempo houve a primeira finalização perigosa de uma das equipes: o lateral-direito Igor Formiga cruzou a bola para Mandaca, que chutou desmarcado para o gol, mas parou nas mãos do goleiro Fábio. John Kennedy esquenta o jogo; Soteldo é vaiado Percebendo a morosidade da partida, a torcida não perdoou e vaiou o jogo após o árbitro apitar o final da primeira tapa. Com a saída de Mandaca, com dores na coxa esquerda, para a entrada de Nenê, o time adicionou um armador no lugar de um ponta que auxiliava na pressão. Em resposta, Zubeldia colocou o time para frente, colocando o atacante John Kennedy no lugar do meia Lima e Gabriel Fuentes no lugar de Renê para dar mais profundidade pelo lado esquerdo. A escolha do time da casa se mostrou melhor. JK conseguiu esquentar o jogo criando as oportunidades de cabeça e chutando de fora da área. Com isso, trouxe de volta o ânimo da torcida. Já a entrada do venezuelano Soteldo foi recebida com vaias. A pressão do tricolor, ainda assim, não rendeu tanto perigo porque parou muitas vezes em u bloqueio de algum defensor. Mas serviu para recuar o Juventude. Em contra-ataque, Formiga fez novo cruzamento que parou em Giovanny. O jogador conseguiu acertar uma bela finalização, mas que explodiu na trave de Fábio. Mesmo vaiado, Soteldo conseguiu gerar um lance perigoso ao encontrar o Thiago Silva livre na grande área, mas o zagueiro chutou para fora. Embora ele não tenha feito o gol neste momento, conseguiu uma segunda chance após Riquelme cruzar para Thiago, que mandou desmarcado e de voleio para o gol, aos 52 minutos do segundo tempo. O Fluminense começou a rodada em sétimo lugar com 38 pontos — onze de diferença para o Mirassol, quarto lugar —. O próximo jogo será o clássico com o Vasco, nesta segunda-feira.

STF julga desoneração da folha a partir desta sexta (17) depois de derrota do governo em MP de arrecadação

STF julga desoneração da folha a partir desta sexta (17) depois de derrota do governo em MP de arrecadação

ANA POMPEU BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) O STF (Supremo Tribunal Federal) discute a partir desta sexta-feira (17) a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e municípios. O julgamento foi agendado pouco após a derrota do governo Lula (PT) com a derrubada da MP (medida provisória) que aumenta impostos. O tema entrou na pauta do Supremo na última quarta-feira (8), quando o ministro Cristiano Zanin, relator do caso, liberou a ação para julgamento de mérito. O tema teria sido incluído no sistema da corte ainda no dia anterior, mas registrado posteriormente. A análise está agendada para ocorrer até a próxima sexta (24), em plenário virtual, sistema eletrônico em que os ministros votam por escrito. No início deste ano, em manifestação ao STF enviada pela AGU (Advocacia-Geral da União), o governo Lula afirmou que a prorrogação do benefício pode provocar prejuízo de R$ 20,2 bilhões aos cofres públicos em 2025 por considerar insuficientes medidas de compensação. Assessores, advogados de setores impactados ou que frequentam a corte ouvidos pela reportagem consideram difícil prever o encaminhamento do julgamento. Dada a coincidência temporal da pauta do julgamento e do momento do Supremo em relação ao Executivo, visto como mais pró-governo, no entanto, há uma expectativa de um ambiente mais favorável ao pedido da União. A questão em torno da desoneração pode ser considerada delicada do ponto de vista político e jurídico. A análise poderia ser interrompida antes da conclusão por algum pedido de vista -mais tempo para análise do caso- ou de destaque, quando o caso é levado ao plenário físico. Temas de maior sensibilidade jurídica ou política costumam ser suspensos uma ou mais vezes para novas avaliações e articulações. A discussão jurídica poderá lidar com o fato de que, no fim de 2024, após embates com o Legislativo em torno do tema, o presidente Lula (PT) sancionou a lei que mantém a desoneração da folha de pagamento. A ação em discussão no Supremo, no entanto, é anterior a esse texto. Isso poderia resultar na chamada perda de objeto, ou seja, a lei questionada já foi superada, como apontam representantes de setores afetados. Para a perda de objeto, a lei nova tem que ter revogado ou regulado inteiramente a matéria anterior. O governo já havia judicializado a controvérsia ao buscar do STF aval para que se exigisse do Congresso a indicação de medidas compensatórias à desoneração. A ação é uma iniciativa do próprio governo Lula e é assinada pelo advogado-geral da União, ministro Jorge Messias, hoje favorito para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso na corte. Na época, em abril de 2024, o relator, Cristiano Zanin, suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração. O principal argumento da decisão foi de que a desoneração foi aprovada pelo Congresso "sem a adequada demonstração do impacto financeiro". O governo diz haver violação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e da Constituição. Zanin considerou que, sem indicação do impacto orçamentário, poderia ocorrer "um desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal constitucionalizado". O relator afirmou ainda que cabe ao Supremo ter "um controle ainda mais rígido para que as leis editadas respeitem o novo regime fiscal". Hoje, no país vigora o chamado arcabouço fiscal. A liminar levou a reações de congressistas e de setores produtivos. Para o então presidente do Senado e também do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tratava-se de um "terceiro turno". Um dos grupos beneficiados com a desoneração é o de comunicação. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros. Na prática, uma decisão contrária aos contribuintes e favorável ao governo poderia fazer com que esses setores sejam reonerados de forma imediata, e não mais progressivamente conforme o acordo alcançado em 2024 -mas os ministros também podem modular a decisão, quando estipulam o marco a partir do qual ela tem validade. Pela regra em vigor, a previsão é que o processo de reoneração gradual da folha de pagamento ocorra entre 2025 e 2027. A partir de 2028, as empresas de 17 setores da economia voltarão a pagar a contribuição sobre a folha de salários de 20% -valor cobrado atualmente das demais empresas não beneficiadas pela desoneração. A lei questionada prorrogava o benefício até o fim de 2027 e foi aprovada pelo Congresso ainda em 2023, quando o benefício foi estendido às prefeituras. O texto foi integralmente vetado por Lula. Em dezembro, o Legislativo derrubou o veto. Em reação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma MP ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha de pagamentos e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto. A medida, anunciada em 28 de dezembro de 2023, valeria a partir de 1º de abril. O novo texto sofreu resistências do Congresso, e o governo precisou revogar o trecho da reoneração das empresas na tentativa de buscar um acordo político. Ao mesmo tempo, o Executivo enviou um projeto de lei tratando da redução gradual do benefício. No início de abril, Pacheco desidratou ainda mais a MP e decidiu derrubar do texto o trecho que reonerava as prefeituras. A decisão do governo de judicializar o tema ocorreu depois da constatação de que não foi possível chegar a um acordo político com os congressistas. No início do ano, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, contava que o fim de parte das desonerações tributárias e a redução das compensações usadas por empresas para abater tributos poderão impulsionar a arrecadação federal em cerca de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos anos. Para o secretário de Política Econômica, o fim desses efeitos colaboraria com o esforço de recuperação do resultado fiscal estrutural do país. Em matéria tributária, a corte tem rejeitado pedidos com mais impacto ao caixa da União ou dos estados feito por contribuintes. Ao mesmo tempo, o Congresso tem rejeitado as medidas fiscais apresentadas pelo governo, dentre as mais rumorosas estão as de mudanças do IOF e a MP dos impostos -que tinha expectativa de R$ 50 bilhões.

Com ‘efeito COP30’, preço de frutas em Belém chega a duplicar, aponta Dieese

Com ‘efeito COP30’, preço de frutas em Belém chega a duplicar, aponta Dieese

LUCIANA CAVALCANTE BELÉM, PA (FOLHAPRESS) Belém continua sofrendo as consequências da inflação do turismo, puxada pela COP30. Alguns itens da culinária regional apresentaram alta de preço de quase 120%. À medida que o evento se aproxima a escalada é maior, avalia o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Esse cenário aparece na pesquisa realizada pelo órgão que analisou as 10 principais feiras e mercados da cidade. O levantamento mostrou que o quilo do cupuaçu teve um reajuste de 117%, entre agosto de 2024 e 2025, saltando de R$ 5,56 para R$ 12,06. A análise do Dieese aponta alta de preços também da castanha-do-pará, que era vendida entre R$ 80 e R$ 90 no início do ano e atualmente sai por até R$ 200, reajuste acima de 100%. Já o quilo do bacuri subiu 25,19%, entre junho de 2024 e 2025, levando em consideração a safra do produto. O preço do quilo da fruta saltou de R$ 6,47, para R$ 8,10. O supervisor técnico do Dieese-PA, Everson Costa, diz que a alta de preço desses produtos expõe a complexa relação entre a produção tradicional, o extrativismo e a crescente demanda do mercado, em eventos atípicos como a COP30. O aumento no preço de alguns produtos tem sido desafio para muitos empreendedores da cidade. Este é o caso de Ana Maria de Oliveira, que produz bombons de chocolate com recheio de doce de frutas regionais. "A diferença é gigante entre o início do ano e agora. A castanha-do-pará, que custava R$ 90, já encontrei até por R$ 250, isso quando tem, porque, algumas pessoas estão escondendo para vender mais caro lá na frente, durante a COP", reclama. Além da castanha, ela também aponta a alta no preço do cupuaçu, que saiu de R$ 20 no início do ano, chegando até o dobro agora, segundo ela. Assim como o bacuri, que passou de R$ 40 para R$ 90 o quilo, no mesmo período. Há quase dez anos atuando no ramo, é a primeira vez que a bombonzeira muda sua rotina por conta da alta de preços dos insumos e já pensa em repassá-lo ao consumidor. "Está impossível trabalhar com essas frutas, agora só faço se tiver encomenda. Hoje o bombom custa R$ 7, mas a maioria já está vendendo por R$ 9. Vou precisar aumentar também", diz. O chef Paulo Anijar, proprietário dos restaurantes Santa Chicória e Com'é?! Ristorante, também sentiu o impacto no preço da castanha-do-pará, que subiu mais até do que o pistache, ingrediente importado. "Hoje o quilo da castanha custa R$ 200 e o do pistache é R$ 160, mesmo sendo um produto que depende de importação, enquanto a castanha que é produzida aqui está com preço nas alturas", crítica. O chocolatier Fabio Sicilia, proprietário da chocolateria Gaudens e do restaurante Famiglia Sicilia, aponta o cupuaçu como o item que mais subiu de preço recentemente. "O cupuaçu subiu absurdamente no segundo semestre, mas todos esses ingredientes regionais sofreram alguma influência da COP pelo fato de ter aumentado o consumo, com grande fluxo de turistas descobrindo ingredientes regionais", avalia. Além da conferência do clima, o chocolatier também aponta como influência para essa alta, o preço do cacau. "O cacau vem aumentando drasticamente desde o ano passado. Isso também pressiona o preço do cupuaçu, por ele ser uma alternativa ao cacau", diz. "Estamos sofrendo a inflação nos preços, não só das frutas regionais, mas de todos os ingredientes da culinária paraense, com uma demanda muito maior do que se consegue suprir e, automaticamente, isso vai deixar o cardápio regional cada vez mais caro até o evento", pontua o supervisor técnico do Dieese-PA, Everson Costa. O promotor de justiça do consumidor Alexandre Couto explica que o controle de preços é proibido por lei no Brasil, somente permitido em casos regulamentados de serviços públicos ou calamidade, quando é possível estabelecer penalidades para abuso de preços. A situação não é tão simples, mesmo em casos como o de um vídeo que circulou recentemente nas redes sociais, onde um vendedor de frutas do mercado do Ver-o-peso ironiza turistas estrangeiros por vender a eles um pacote de castanha-do-pará por R$ 200. Segundo Couto, seria necessário comprovar que ele praticou preços diferenciados por se tratar de turistas para ser considerado crime. "É necessário avaliar cada caso e comprovar se houve usura, modalidade da lei de crimes contra a economia popular, que é a busca por lucro excessivo se beneficiando da inexperiência do turista, que não conhece o mercado, mas nesse caso não vi nenhum crime, parece mais uma tentativa de aparecer nas redes sociais", diz.

Cessar-fogo é ‘apenas a 1ª fase do plano de paz’, diz Igor Sabino

Cessar-fogo é ‘apenas a 1ª fase do plano de paz’, diz Igor Sabino

O cientista político Igor Sabino afirmou que o cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas “é apenas a primeira fase do plano de paz”. Em entrevista ao Arena Oeste desta quinta-feira, 16, ele disse que o acordo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa uma mudança significativa na geopolítica do Oriente Médio e pode abrir caminho para “a criação de um Estado Palestino”. Segundo Sabino, o entendimento entre as partes foi possível depois de “uma série de derrotas infligidas ao Hamas e ao regime iraniano”, como o enfraquecimento do Hezbollah e a queda do ditador sírio Bashar al-Assad. Ele destacou que “a maior dificuldade continua sendo o Hamas”, que ainda não devolveu todos os corpos de reféns israelenses nem aceitou se desarmar. “É necessário que o grupo terrorista devolva todos os corpos”, afirmou. + Leia mais notícias do Mundo em Oeste O diretor da StandWithUs Brasil, organização dedicada ao combate ao antissemitismo, explicou que o cessar-fogo depende do cumprimento dessas condições para avançar à segunda etapa. “A Arábia Saudita e os Emirados Árabes estão pressionando Trump, preocupados de que o Hamas não estaria disposto a se desarmar, principalmente por conta do apoio do Catar”, observou. Sabino descreveu o conflito atual como parte da luta de Israel contra o “ eixo xiita ” liderado pelo Irã. “O Irã adota como objetivo de política externa a destruição de Israel e dos EUA", afirmou. "Ele financia grupos como Hamas, Hezbollah e os Houthis.” Segundo ele, o regime iraniano “investe em repressão interna em vez de infraestrutura e energia”. O pesquisador ressaltou que o Hamas “representa o principal obstáculo à criação de um Estado palestino”. Para ele, não há como o grupo participar de qualquer solução política. “Não tem como haver um Estado palestino com o Hamas”, declarou. https://www.youtube.com/watch?v=TJNA8uER-yk Sabino classificou o ataque de 7 de outubro de 2023 como “o maior ato antissemita desde o Holocausto” e relatou que o episódio mudou o equilíbrio regional. “Os países árabes, que antes eram hostis a Israel, estavam começando a fazer paz com Israel, entendendo que o Irã era a grande ameaça”, disse. Para o cientista político, o Hamas tentou interromper o processo que começou com os Acordos de Abraão, assinados em 2020, e evitar que a Arábia Saudita se juntasse a esse movimento. “Agora vemos o Irã enfraquecido e os países árabes se aproximando de Israel”, avaliou. Sabino avalia postura do governo Lula Ao ser perguntado sobre as críticas do governo brasileiro a Israel, Sabino afirmou que há “um viés ideológico” na atual política externa. “Hoje quem manda na política externa brasileira é Celso Amorim”, disse. “Ele escreveu o endosso de um livro favorável ao Hamas, a condenação contra Israel é muito mais forte do que contra o Hamas.” Segundo Sabino, a percepção em Tel Aviv é de que a crise é “entre o governo brasileiro e o governo israelense, não entre os povos”. Ele recordou que tensões semelhantes ocorreram em gestões petistas anteriores, como em 2014. “Hoje o Brasil não tem embaixador em Tel Aviv e Israel não tem embaixador no Brasil”, afirmou. Para ele, o atual distanciamento decorre de uma visão ideológica inspirada na noção de “ sul global ”. “O Brasil se aproxima do Irã, da Rússia e da China, mas evita condenar a invasão da Ucrânia", disse. "Há um padrão duplo muito grande.” Sobre a comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre Gaza e o Holocausto, Sabino foi enfático: “Isso é uma grande distorção", criticou. "O que está acontecendo em Gaza é uma guerra em que Israel tenta se defender de um grupo terrorista que usa civis como escudos humanos.” Antissemitismo crescente Sabino também alertou para o crescimento do antissemitismo no mundo, acentuado depois do conflito. “Sempre é fácil encontrar um bode expiatório: os judeus”, declarou. Ele citou episódios recentes de ataques contra sinagogas e museus judaicos e afirmou que “tanto a extrema esquerda quanto grupos da direita norte-americana têm reproduzido teorias conspiratórias”. O pesquisador afirmou que há “uma grande incoerência” na aproximação entre movimentos progressistas e grupos islâmicos radicais. “Israel é o único país do Oriente Médio onde há direitos para a comunidade LGBT", afirmou. "É uma incoerência quando essa comunidade luta por grupos que iriam matá-los.” Ao final, Sabino reafirmou que o cessar-fogo depende de um passo decisivo: “O Hamas precisa se render, devolver os corpos dos reféns e abrir mão das armas", encerrou. "Só assim poderemos falar em paz.” Leia também: “O Brasil não está longe da fronteira da Faixa de Gaza” , artigo de Alexandre Garcia publicado na Edição 186 da Revista Oeste O post Cessar-fogo é ‘apenas a 1ª fase do plano de paz’, diz Igor Sabino apareceu primeiro em Revista Oeste .

Fluminense registra menor público como mandante no Brasileiro de 2025; veja ranking

Fluminense registra menor público como mandante no Brasileiro de 2025; veja ranking

Após o técnico Luis Zubeldía sofrer a sua primeira derrota — 2 a 1 para o Mirassol —, o Fluminense registrou, na noite desta quinta-feira, no Maracanã, o menor público como mandante no Brasileiro deste ano. O jogo contra o Juventude, válido pela 28ª rodada, teve 15.639 presentes. Antes disso, o clássico com o Botafogo, que aconteceu depois da eliminação para o Lanús na Sul-Americana e do pedido de demissão de Renato Gaúcho, era o pior público — 19.299 presentes. Por outro lado, a partida diante do Santos, pela 3ª rodada, tem a melhor marca até aqui — 47.085 presentes. Veja o ranking de públicos do Fluminense Fluminense x Santos (3ª rodada) - 47.085 Fluminense x Cruzeiro (14ª rodada) - 45.748 *Fluminense x Vasco (10ª rodada ) - 45.653 Fluminense x Fortaleza (20ª rodada) - 32.274 Fluminense x Vitória (5ª rodada) - 31.747 Fluminense x Corinthians (23ª rodada) - 24.409 Fluminense x Bragantino (2ª rodada) - 22.769 Fluminense x Palmeiras (16ª rodada) - 22.143 Fluminense x Sport (7ª rodada) - 21.541 Fluminense x Atlético-MG (27ª rodada) - 21.322 Fluminense x Grêmio (18ª rodada) - 19.595 Fluminense x Botafogo (25ª rodada) - 19.299 Fluminense x Juventude (28º rodada) - 15.639 *público 50/50