Após proposta de criar agência contra facções, chefe da PF diz: 'essa agência já existe, é a PF'

Após proposta de criar agência contra facções, chefe da PF diz: 'essa agência já existe, é a PF'

Governo aumentará pena de bandido de facção criminosa Diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues comentou nesta quarta-feira (27) sobre a proposta do governo federal de criar uma agência para combater facções criminosas. Ele rebateu a ideia e disse que este trabalho já é feito pela própria PF. "Enquanto alguns, por interesses desconhecidos, querem criar uma nova agência para combater o crime organizado, a minha resposta é muito direta: essa agência já existe, ela é a Polícia Federal", discursou, durante a posse do novo superintendente da corporação no Amapá. A ideia apareceu dentro da proposta de um Plano Real da Segurança, como ficou conhecido dentro do Planalto o projeto de lei que traz uma série de mudanças para atacar grupos como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). Entenda 'Plano Real' da Segurança, proposto pelo governo para combater facções criminosas Houve recuo por parte do governo Lula (PT) justamente pela repercussão da proposta dentro da PF, que pressionou e fez com que a agência deixasse de existir mesmo antes de ser criada. Rodrigues destacou que a PF "coordena ações em todo o Brasil, de maneira integrada com os nossos parceiros nas 27 unidades da federação" para impedir a atuação de grupos criminosos. Plano Real da Segurança O governo Lula (PT) prepara uma espécie de Plano Real para combater facções criminosas no país, como a proposta tem sido chamada internamente. A ideia é se inspirar no Plano Real, responsável por resolver os graves problemas econômicos do país na década de 1990, e criar uma medida capaz por estancar a sangria na insegurança pública brasileira. São tratados 12 pontos de mudanças, entre eles: criação de um banco nacional para mapear grupos criminosos e seus integrantes e uma agência nacional para enfrentá-los; aumentar as penas relacionadas a facções, como promover, criar ou financiar tais grupos; mudar regras para punir os agentes públicos e as empresas que atuem em parceria com as facções; e alterar a progressão de pena, que é o processo de reintegrar a pessoa presa à sociedade, para condenados que integrem tais grupos criminosos. O governo trabalha com a segurança entre a prioridades das pautas no Congresso Nacional. Entre as medidas está a PEC da Segurança, aprovada em julho na Câmara dos Deputados, e que traz uma série de mudanças nas leis. O texto foi aprovado em julho na Câmara dos Deputados, e que traz uma série de mudanças nas leis, assim como ocorre na proposta direcionada às facções criminosas. Andrei Rodrigues (à dir.), diretor-geral da PF, e Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública (à esq.) Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo

Família diz que padre se recusou a falar nome de criança durante batismo no Leblon

Família diz que padre se recusou a falar nome de criança durante batismo no Leblon

A celebração do batismo da pequena Yaminah, realizada no último dia 16 de agosto na Paróquia Santos Anjos, no Leblon, Zona Sul do Rio, se transformou em motivo de dor e indignação para a família. Segundo os pais da menina, Marcelle Turan e David Fernandes, o padre responsável pela cerimônia se recusou a pronunciar o nome da criança, alegando que ele teria ligação com um culto religioso. Com piscinas aquecidas e área gourmet, mansão na Rocinha escondia criminosos cearenses do Comando Vermelho; veja fotos Maior primata das Américas e ameaçado de extinção, muriqui-do-sul é registrado pela primeira vez na Costa Verde Fluminense — O padre chamou a minha sogra antes de começar o batismo e falou que não falaria o nome da nossa filha porque não era um nome cristão. Fomos conversar com ele na sacristia e ele repetiu que o nome estava ligado a um culto religioso e, por isso, não pronunciaria. Ele sugeriu falar “Maria” antes do nome, mas não aceitamos — contou Marcelle, em entrevista ao G1. Família diz que padre se recusou a falar nome de criança durante batismo no Leblon Reprodução Durante a cerimônia, afirmam os familiares, o sacerdote se referia à menina apenas como “a criança”. — Foi constrangedor. A madrinha saiu de Belém para participar do batizado. Todos esperavam por esse momento, mas no final foi decepcionante — disse a avó, que também vive na capital paraense. Nome de origem árabe Escolhido com cuidado pelos pais, o nome Yaminah tem origem árabe e deriva de “Yameen”, que significa “direita” ou “lado direito”, posição usada em juramentos ou votos solenes. Na tradição do Oriente Médio, é associado a bênção, boa sorte e força. Para a família, a recusa do padre em pronunciá-lo causou uma marca negativa num momento que deveria ser de celebração. — Todos do lado paterno foram batizados nessa igreja. A gente planejou tudo, enviou os documentos e fez o curso de padrinhos. Não esperávamos passar por isso — lamentou David. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) instaurou investigação para apurar a conduta do sacerdote. O inquérito segue sob sigilo. Arquidiocese nega irregularidade Em nota, a Arquidiocese do Rio de Janeiro afirmou que tomou conhecimento do episódio e que o batismo foi realizado corretamente, conforme o Ritual Romano do Batismo de Crianças. Segundo a instituição, “o nome desejado pela família foi devidamente pronunciado e registrado no livro paroquial, bem como na lembrança de Batismo entregue aos pais”. A Arquidiocese destacou ainda que o Código de Direito Canônico, em seu Cânon 855, orienta para que não sejam impostos nomes “estranhos ao sentido cristão”, mas frisou que essa orientação tem caráter apenas aconselhativo, sem impedir o sacramento. “A Arquidiocese repudia qualquer forma de discriminação e reafirma seu compromisso com o acolhimento, com o diálogo respeitoso e com o respeito à diversidade cultural de nosso povo”, diz a nota. Para o professor de antropologia da UFRJ, Rodrigo Toniol, a situação é incomum e se transformou em um “verdadeiro escândalo” dentro da comunidade de fé. — O batismo é um rito de iniciação fundamental para os católicos, tanto do ponto de vista teológico quanto comunitário. Do ponto de vista legal e ritualístico, o batismo da criança foi válido, mas a experiência familiar foi profundamente marcada por esse constrangimento. É um momento que deveria ser de acolhimento, e não de exclusão — afirmou. Segundo Toniol, embora seja difícil enquadrar o caso como “racismo religioso”, uma vez que se deu dentro da própria Igreja Católica, é possível interpretá-lo como um ato de caráter discriminatório. — O nome escolhido tem relação com identidade étnica e cultural, o que não deveria afetar a identidade religiosa da família. A Igreja não impõe mais que os nomes sejam cristãos, em nenhuma parte do mundo. Alegar que um nome de origem árabe ou africana não seria “cristão” ignora que muitos nomes presentes na Bíblia também vêm dessas matrizes. O que se vê aqui é uma falta de acolhimento e, possivelmente, uma atitude racista — concluiu o pesquisador.

CONARH 2025 debate gestão de pessoas e inclusão financeira

CONARH 2025 debate gestão de pessoas e inclusão financeira

O CONARH 2025, considerado um dos maiores eventos de gestão de pessoas da América Latina, de acordo com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), reuniu lideranças do setor para discutir inovação, cultura organizacional e estratégias de retenção de talentos. Entre os participantes esteve Vanderson Aquino, CEO e fundador do Méntore Bank, que apresentou reflexões sobre inovação e inclusão financeira em um talk show mediado pela atriz Deborah Secco. O executivo abordou temas como liderança, carreira e acesso a soluções financeiras. Durante a conversa, Aquino destacou os desafios enfrentados por trabalhadores que recebem entre um e cinco salários mínimos e relatou que, muitas vezes, o dinheiro disponível em conta se esgota em apenas três horas após o pagamento. Segundo ele, a proposta do Méntore é ampliar a inclusão financeira para esse público, por meio de crédito acessível e ferramentas de apoio à gestão pessoal. Ao comentar sua trajetória profissional, Aquino citou a fundação do banco como uma das decisões financeiras mais arriscadas que já tomou. “O Brasil teve por muito tempo apenas cinco grandes bancos, com forte concentração de mercado. A grande aposta foi montar o Méntore. Apesar do risco, o retorno mostrou-se positivo”, afirmou. A participação no CONARH 2025 reforçou o espaço do setor financeiro nas discussões sobre recursos humanos, ao conectar temas como inovação, bem-estar e novas formas de relacionamento entre pessoas e empresas.

Mas já? Nestlé e Garoto apresentam o panetone Caribe para o Natal

Mas já? Nestlé e Garoto apresentam o panetone Caribe para o Natal

Amores, uma amiga chocólatra me contou uma fofoca quentíssima. A Nestlé e a Garoto lançaram neste mês a linha de panetones de 2025. Sim, em pleno agosto. Pode isso? Mas aqui vai a grande novidade no meio de toda essa antecipação: o lançamento do Panettone Caribe, inspirado no bombom. Estou ansiosa pra experimentar! Marcando o início das celebrações de fim de ano, a Nestlé® e a Garoto® apresentam o portfólio de 2025, com a grande novidade do ano, o Panettone Caribe. A novidade combina massa de fermentação natural com pedaços de banana-passa e recheio cremoso. O lançamento surge após o sucesso do Ovo de Páscoa da marca, da caixa Crocribe, cookies e sorvete, e reflete a resposta da companhia a pedidos feitos por consumidores nos últimos dois anos, que apontaram o sabor como um dos mais desejados em tabletes e panettones, representando 41% das solicitações por novos sabores. Além dele, o portfólio mantém outros três sabores já conhecidos pelo público: Alpino®; Nestlé® Trufado; e Charge® (novidade em 2024). Todos possuem massa de fermentação natural e recheios cremosos, características já consolidadas da linha. Do Brasil para o mundo: Nestlé atende a pedido dos Caribe Lovers O Caribe® integra o portfólio da Garoto desde a década de 1980 e é um dos bombons mais vendidos na loja da marca em Vila Velha, chegando a 1 tonelada por mês. O sucesso do Ovo de Páscoa em 2024, que esgotou em poucas semanas, motivou a produção triplicada para a campanha de 2025. Além disso, o produto é exportado para o Japão, atendendo à comunidade de descendentes brasileiros conhecida como Dekassegui, que também encontra versões especiais do Caribe® em caixas de bombons e candy bars. “Trazer a marca para o portfólio de panettones de 2025 foi uma resposta direta às solicitações dos consumidores. Nossos panettones são inspirados no portfólio de chocolates de Nestlé e Garoto e visa trazer propostas deliciosas e que se conectem com nosso público. E a receptividade dos consumidores quando lançamos um item chancelado por grandes marcas, como Caribe, reforça que estamos no caminho certo”, afirma Priscilla Berbert, gerente de Marketing da Nestlé®. Todos os panettones da linha Nestlé® e Garoto® já estão disponíveis nos principais varejistas do país, com preço sugerido de R$ 31,99. Ai, gente, confesso que fiquei com vontade e poderia experimentar hoje mesmo a novidade. Fica a dica para os amantes do bombom Caribe!

Justiça mantém prisão de prefeito acusado de matar policial militar em vaquejada no Maranhão

Justiça mantém prisão de prefeito acusado de matar policial militar em vaquejada no Maranhão

Prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier, é suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva Arquivo pessoal A Justiça do Maranhão decidiu manter a prisão preventiva do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), acusado de assassinar o policial militar Geidson Thiago da Silva, no município de Trizidela do Vale, no Maranhão, em julho deste ano. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (26) e é do juiz Luiz Emilio Braúna Bittencourt Júnior, titular da 2ª Vara da Comarca de Pedreiras. João Vitor está preso preventivamente desde 15 de julho, quando se entregou à polícia. A defesa havia pedido a revogação da prisão, alegando João Vitor era réu primário, possui residência fixa, bons antecedentes, além de estar licenciado do cargo de prefeito por 120 dias, reforçando que nessas circunstâncias, não haveria risco à ordem pública. Clique e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp Entretanto, o pedido foi negado pelo juiz. No documento, ele relatou que as circunstâncias do crime revelam a gravidade e que os bons antecedentes do prefeito, não afastam os demais elementos que justifiquem a prisão preventiva de João Vitor. O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) havia se manifestado contra a soltura dele. O juiz determinou ainda a retirada de postagens em redes sociais, apresentadas pela defesa, por entender que elas não tem relação com o fato apurado e que poderiam ofender a dignidade da vítima, de acordo com a Lei 14.245/2021, conhecida como Lei Mariana Ferrer. Após a decisão, as partes foram intimadas e o MP deverá se pronunciar sobre o pedido de habilitação de assistente de acusação no prazo de cinco dias. Prefeito foi indiciado Prefeito é indiciado por morte de policial em vaquejada A Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito sobre o assassinato do policial militar Geidson Thiago da Silva, no município de Trizidela do Vale. As investigações concluíram que o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), disparou todos os tiros pelas costas da vítima. Com a conclusão do inquérito policial, o prefeito foi indiciado por homicídio. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), João Vitor está em uma cela individual com cama e banheiro. Segundo testemunhas, João Vitor matou o PM durante uma confusão causada pelo fato de o policial ter pedido para o prefeito reduzir a luz dos faróis do carro, porque a luz forte estaria incomodando as pessoas no local. A defesa do prefeito alega que João agiu em legítima defesa, pois o policial militar teria sacado uma arma durante a discussão. No entanto, a investigação da Polícia Civil concluiu que a vítima foi morta pelas costas. Prisão aconteceu por força de mandado judicial Prefeito João Vitor Xavier entra em viatura durante prisão em São Luís O prefeito se entregou na sede da Polícia Civil, em São Luís, um dia após a Justiça aceitar o pedido de busca e apreensão e prisão preventiva realizado pela Delegacia de Pedreiras, que investiga o caso. No dia 14 de julho, o prefeito havia sido procurado na prefeitura e na casa onde mora em Igarapé Grande, mas não tinha sido encontrado. João Vitor foi encaminhado a uma unidade prisional, em São Luís, após audiência de custódia. O g1 questionou a SEAP sobre qual penitenciária o prefeito foi encaminhado, mas a secretaria não respondeu. O juiz Luiz Emilio Braúna Bittencourt Júnior determinou a prisão do prefeito com o objetivo de garantir a ordem pública e também para apreender a arma do crime, que ainda não foi localizada. Prefeito João Vitor Xavier se entregando à polícia Reprodução/Redes Sociais Homicídio por causa de luz de farol do carro Segundo testemunhas, João Vitor matou o policial durante uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA), quando o PM Geidson Thiago, conhecido como 'Dos Santos', pediu ao prefeito para reduzir a intensidade dos faróis do carro, pois a luz estaria incomodando as pessoas presentes no local. Relatos de testemunhas apontaram que houve uma confusão entre o prefeito e o PM, e João Vitor Xavier teria sacado uma arma e efetuado disparos contra o policial, que estava de folga. Os tiros teriam sido pelas costas. O PM ainda chegou a ser socorrido e levado a um hospital em Pedreiras, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para uma unidade com mais estrutura. No entanto, ele não resistiu e morreu durante o atendimento. O policial era lotado no 19º Batalhão de Polícia Militar. Ele foi sepultado no dia 8 de julho. Leia também: Corpo de policial militar morto por prefeito em vaquejada no MA é sepultado Prefeito suspeito de matar PM em vaquejada se apresenta à polícia no MA e é liberado após depor Prefeito que matou PM em vaquejada diz à polícia que arma foi 'presente' de eleitor Vídeo mostra confusão que terminou com policial morto a tiros no Maranhão; prefeito é suspeito Prefeito havia apresentado à polícia, mas foi solto Um dia após o crime, o próprio prefeito se apresentou, na Delegacia de Presidente Dutra, onde prestou depoimento, mas foi liberado. Segundo o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, ele não ficou preso, na época, porque 'não havia flagrante'. Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos. Divulgação/Redes sociais Prefeito pediu licença remunerada do cargo Antes de ser preso, o prefeito João Vitor pediu a licença médica alegando que iria cuidar de sua defesa e para 'tratamentos psiquiátricos'. O afastamento é pelo período de 125 dias (pouco mais de quatro meses), podendo ser interrompido com seu retorno a qualquer momento. Durante a licença, João Vitor vai continuar recebendo mensalmente o salário como prefeito, de R$ 13.256,08 (líquido). No documento, o prefeito alegou que está "profundamente abalado (...), circunstância que demanda cuidados médicos específicos, sobretudo por ser um paciente bariátrico", disse. No dia 9 de julho, a Câmara Municipal de Vereadores de Igarapé Grande aceitou o pedido de licença, por unanimidade, e empossou a vice, Maria Etelvina. O que diz a defesa A defesa do prefeito alega que João agiu em legítima defesa, pois o policial militar teria sacado uma arma durante uma discussão relacionada ao farol ligado do carro do prefeito. No entanto, a investigação da Polícia Civil concluiu que a vítima foi morta pelas costas. PERFIL: Quem é o prefeito que confessou ter matado PM a tiros em vaquejada no Maranhão No depoimento prestado à Polícia Civil, João afirmou que jogou a arma no local do crime, mas o armamento ainda não foi encontrado. Imagens de uma câmera de segurança (veja abaixo), registradas no dia do crime, também não mostram o prefeito descartando a arma em nenhum ponto da cena. Prefeito de Igarapé Grande é suspeito de matar PM em vaquejada Em relação à posse da arma, João afirmou que o revólver calibre .38, utilizado no crime, havia sido adquirido há dois anos, como um presente de um eleitor. O prefeito também declarou que a arma não possuía registro nem autorização para posse. Uma das imagens coletadas pela polícia mostra um homem, que seria o prefeito João Vitor, se dirigindo até um carro preto, de onde parece pegar um objeto. Em seguida, ele caminha em direção a um grupo de pessoas, onde há uma aglomeração e, por fim, corre de volta ao veículo e vai embora. De acordo com o delegado de Pedreiras, Diego Maciel, as imagens foram registradas no local da vaquejada onde estavam o policial militar e o prefeito.

Jurista critica reforço de monitoramento contra Bolsonaro: ‘Só humilhação’

Jurista critica reforço de monitoramento contra Bolsonaro: ‘Só humilhação’

O professor e jurista Fabricio Rebelo afirmou nesta terça-feira, 26, que o reforço de monitoramento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro representa um desvio do papel constitucional do sistema de justiça. Para ele, a iniciativa não encontra amparo legal e inaugura um tipo de perseguição inédita no país. “A decisão de reforço de monitoramento sobre Bolsonaro não tem nada de jurídica”, avaliou o docente. “Não há, sequer, precedente de algo assim feito no Brasil, contra quem quer que seja.” + Leia mais notícias de Política em Oeste Rebelo considera que a medida não se sustenta nem como precaução. Em sua leitura, o objetivo é expor o ex-presidente e ampliar sua vulnerabilidade diante da opinião pública. “O propósito parece ser só o da humilhação, em mais um capítulo do lawfare que aqui se normalizou.” A expressão lawfare se refere ao uso do aparato legal para fins políticos — como, por exemplo, calar o adversário ou destruir sua credibilidade socialmente. https://twitter.com/Fabricio_Rebelo/status/1960517048829702364 A declaração ocorreu depois de o procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que uma equipe da Polícia Federal (PF) permaneça de plantão para vigiar Bolsonaro em tempo real. O parecer foi anexado ao inquérito que apura suposta tentativa de obstrução de justiça por parte do ex-presidente. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde maio e utiliza tornozeleira eletrônica. Lindbergh insinua que Bolsonaro pode buscar asilo na Embaixada dos EUA A PF mencionou em seu relatório um ofício encaminhado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara. O parlamentar alegou risco de fuga e citou a proximidade da residência de Bolsonaro com a Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de dez minutos de distância. Como resultado, a PF encaminhou o alerta ao STF e informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal. Segundo o texto, caberá ao órgão local decidir se adotará alguma providência extra. + Leia também: "Gonet pede reforço da PF no monitoramento de Bolsonaro" A recomendação de Gonet amplia um conjunto de medidas restritivas já imposto ao ex-presidente. Agora, segundo o procurador, seria necessário acompanhar com ainda mais rigor o cumprimento das cautelares. O post Jurista critica reforço de monitoramento contra Bolsonaro: ‘Só humilhação’ apareceu primeiro em Revista Oeste .

Itens do acervo de Chico Mendes desaparecem no AC e MPF cobra medidas: 'Parte da história', diz filha

Itens do acervo de Chico Mendes desaparecem no AC e MPF cobra medidas: 'Parte da história', diz filha

Parque Chico Mendes possui espaço dedicado a memória de líder seringueiro acreano O acervo com documentos e materiais de valor histórico que contam sobre a vida e luta do ambientalista acreano Francisco Alves Mendes Filho, conhecido internacionalmente como Chico Mendes, e que ficava na Biblioteca da Floresta, em Rio Branco, está desaparecido desde 2019. Por conta disso, o Ministério Público Federal (MPF-AC) solicitou que o Ministério Público do Acre (MP-AC) implemente medidas para localizar e preservar o acervo cultural do líder seringueiro. Ao g1, o órgão informou que instaurou uma notícia de fato sobre o desaparecimento do acervo. "O caso foi enviado ao MPAC por meio de uma representação do Ministério Público Federal (MPF) e passará a ser investigado pela 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Habitação e Urbanismo e Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural", complementou. Baixe o app do g1 para ver notícias do AC em tempo real e de graça Segundo a representação do MPF, os itens, que documentam a história da luta ambiental e social na região, desapareceram após o fechamento da biblioteca para reforma e manutenção em 2019. Em maio de 2022, um incêndio também afetou parte do prédio. Em entrevista ao g1, a ambientalista Ângela Mendes, que é filha de Chico Mendes, lamentou o sumiço do material e comentou que o acervo, que inclui revistas, vídeos e exposição, é resultado de diversas pesquisas. "É muito triste, não é só porque é o caso do meu pai, mas de uma forma geral [sobre] como acervos históricos tão importantes são desprezados. Não é porque temos um Museu dos Povos Acreanos que não podemos ter a Biblioteca da Floresta restaurada. Afinal, conhecimento nunca é demais", disse ela. LEIA TAMBÉM: Patrono do meio ambiente, acreano Chico Mendes completaria 80 anos se estivesse vivo Alvo frequente de vândalos, estátua de Chico Mendes tem mãos arrancadas em Rio Branco Por que o legado de Chico Mendes continua atual Parte do acerto de Chico Mendes estava na Biblioteca da Floresta que está fechada há mais de 5 anos Seronilson Marinheiro/Rede Amazônica Acre O documento do MPF, assinado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, foi encaminhado ao MP, que deve decidir sobre as providências necessárias. O MPF afirmou ainda que a ausência de informações sobre a localização e o estado de conservação do material pode gerar uma “lacuna na memória coletiva” e causar “prejuízo concreto à sociedade”. O órgão também destacou o valor inestimável do acervo para a preservação da história e da identidade cultural do Acre. "Desde 2019 não temos nenhuma notícia sobre este material e acho válida a representação feita pelo doutor Lucas no sentido de que é um acervo importante porque além de mostrar a trajetória de meu pai, é também sobre uma parte da história do movimento socioambiental do Acre", pontuou Ângela. Chico Mendes Ambientalista Chico Mendes foi morto em 1988 no AC Reprodução Chico Mendes foi morto com um tiro de escopeta em 22 de dezembro de 1988 enquanto tomava banho nos fundos de casa, uma semana antes, o líder seringueiro havia completado 44 anos. O líder seringueiro, que morava em Xapuri, interior do Acre, é conhecido nacionalmente e internacionalmente como ativista ambiental. Após a morte de Chico Mendes, Darly Alves da Silva e seu filho Darci Alves foram apontados como os principais suspeitos do homicídio. Pai e filho acabaram sendo condenados em 1990 a 19 anos de detenção. O primeiro porque teria sido o mandante do crime e o segundo porque teria atirado no ativista. O legado de Chico Mendes hoje é mantido pelos filhos por meio do Comitê Chico Mendes e também outras ações. A casa do líder também é um patrimônio histórico do estado. Em novembro de 2023 foi reaberta após cinco anos fechada. A maior reserva extrativista do Acre leva o nome do seringueiro, mas tem sofrido com ameaças de desmatamento, sempre liderando também o ranking de queimadas em áreas protegidas. Entre 2022 e 2023 reduziu 71% o desmatamento. Ela é a área protegida mais pressionada pelo desmatamento de acordo com a Imazon. VÍDEOS: g1