Ozempic, Mounjaro e Wegovy alteram reação ao álcool e reduzem vontade de beber, aponta novo estudo

Ozempic, Mounjaro e Wegovy alteram reação ao álcool e reduzem vontade de beber, aponta novo estudo

O que acontece com o paladar de quem usa Ozempic, Wegovy e Mounjaro Um novo estudo da Virginia Tech, publicado na revista Scientific Reports, sugere que os populares medicamentos à base de semaglutida e liraglutida — conhecidos comercialmente como Ozempic e Wegovy — podem ajudar a reduzir o consumo de álcool. A pesquisa, conduzida por cientistas do Instituto de Pesquisa Biomédica Fralin, observou que pessoas em uso dessas substâncias apresentaram efeitos mais lentos do álcool no organismo e menor sensação subjetiva de embriaguez após ingerir a mesma quantidade de bebida alcoólica. O que o estudo descobriu Os pesquisadores recrutaram 20 participantes com obesidade (IMC acima de 30), sendo metade em uso contínuo de medicamentos agonistas de GLP-1 e metade sem uso. Todos receberam uma dose padronizada de álcool suficiente para atingir cerca de 0,08% de concentração no ar expirado, o equivalente a um copo de vinho ou uma dose de uísque. Mesmo consumindo a mesma quantidade, o aumento do álcool no sangue foi mais lento entre os que tomavam semaglutida, tirzepatida ou liraglutida. Eles também relataram sentir-se menos bêbados em escalas de 0 a 10 aplicadas pelos pesquisadores durante a hora seguinte à ingestão. “Medicamentos de ação mais rápida têm maior potencial de abuso. Se os GLP-1s retardam a entrada do álcool na corrente sanguínea, podem reduzir seus efeitos e ajudar as pessoas a beber menos”, explica Alex DiFeliceantonio, professora da Virginia Tech e uma das autoras do trabalho. Como o 1º estudo controlado mostra que Ozempic pode reduzir o desejo e o consumo abusivo de álcool arte g1 Como isso pode funcionar Os agonistas de GLP-1 — classe que inclui Ozempic e Wegovy — retardam o esvaziamento gástrico, fazendo com que a absorção do álcool pelo sangue aconteça de maneira mais gradual. Isso muda o “pico” da embriaguez e pode alterar a forma como o cérebro responde à bebida. Atualmente, medicamentos usados para tratar o alcoolismo, como naltrexona e acamprosato, atuam diretamente no sistema nervoso central. A possível ação dos GLP-1s seria, portanto, um novo caminho terapêutico para ajudar quem quer reduzir o consumo de álcool. “Nossos dados preliminares sugerem que os GLP-1 suprimem a ingestão de álcool por um mecanismo diferente”, completa Alex. O desenho do experimento Antes de beber, os participantes passaram por jejum controlado e receberam uma barra de cereal para padronizar a digestão. Depois da ingestão alcoólica, os cientistas monitoraram pressão arterial, glicemia, pulso e teor alcoólico no ar expirado ao longo de quatro horas. Durante o processo, os voluntários responderam perguntas sobre paladar, desejo por bebida, efeitos percebidos e sensação de embriaguez — incluindo a questão que deu nome ao estudo: “Quão bêbado você se sente agora?” Em todas as rodadas, o grupo em uso de GLP-1 reportou níveis menores de intoxicação. Um achado com origem curiosa A ideia do experimento nasceu após os pesquisadores observarem relatos espontâneos em redes sociais de pessoas que diziam ter perdido a vontade de beber ao começar a usar os medicamentos para diabetes e obesidade. O projeto foi liderado por Warren Bickel, especialista em comportamento e dependência química, que morreu em 2024. A primeira autora do artigo, Fatima Quddos, dedicou o estudo à memória do orientador. “Ele sempre perguntava: ‘Como podemos ajudar as pessoas mais rapidamente?’”, relembra Alex. “Usar um medicamento já aprovado e seguro pode ser uma forma ágil de oferecer ajuda a quem quer parar de beber.” O que isso significa — e o que ainda falta saber O trabalho é preliminar e envolveu um grupo pequeno de voluntários, mas abre caminho para pesquisas maiores sobre o uso de GLP-1 no tratamento do alcoolismo. Nos Estados Unidos, o álcool é consumido por mais da metade da população adulta, e 1 em cada 10 pessoas sofre com transtorno por uso de álcool, segundo dados de saúde pública. No Brasil, ao menos 20% dos adultos bebem uma ou duas vezes na semana, segundo dados do Datafolha divulgados em maio de 2025. O que são os medicamentos GLP-1 O que significam: GLP-1 é a sigla para glucagon-like peptide 1, um hormônio que regula a glicose e o apetite. Principais marcas: Ozempic, Wegovy e Mounjaro. Uso principal: controle da diabetes tipo 2 e tratamento da obesidade. Como agem: retardam o esvaziamento do estômago e reduzem a sensação de fome. Efeitos observados: perda de peso, melhor controle glicêmico — e, agora, possível redução do consumo de álcool.

Startups maranhenses conquistam mercados globais e colocam o estado no radar das soluções tecnológicas

Startups maranhenses conquistam mercados globais e colocam o estado no radar das soluções tecnológicas

O g1 destaca três startups: a Autoclipper, que usa inteligência artificial para criadores de conteúdo; a DAAS – Drone as a Service, que desenvolve tecnologia de drones para o setor portuário; e a QTM HealthTech Arquivo Pessoal O Maranhão vem ganhando espaço no mapa da inovação brasileira. De acordo com o Observatório Sebrae Startups (2025), o estado abriga 422 startups em 45 municípios, das quais 82,7% são microempresas. O levantamento também mostra que o Nordeste é a segunda região com mais startups do país, à frente do Sul, concentrando 24,7% das empresas inovadoras brasileiras. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Maranhão no WhatsApp ? Mas, afinal, o que é uma startup? São empresas inovadoras com potencial de crescimento rápido, que testam soluções, conquistam clientes e buscam expandir seus negócios mesmo em cenários de incerteza. No Maranhão, 34,6% das startups estão na fase de validação — quando o produto mínimo viável (MVP) é testado no mercado. Outras 34,3% permanecem na etapa de ideação, em que a ideia é estruturada. Já 22,5% alcançaram a fase de tração, momento em que conquistam os primeiros clientes e começam a gerar receita, que é um sinal de amadurecimento e potencial de crescimento. Entre os modelos de negócio mais comuns, o destaque é o B2B (Business to Business), no qual a startup vende para outras empresas. Em seguida vem o B2B2C (Business to Business to Consumer), em que o produto é comercializado para uma empresa que o repassa ao consumidor final. Leia, abaixo, sobre três startups que simbolizam essa virada de chave no estado (clique para navegar): Autoclipper, que usa inteligência artificial para criadores de conteúdo; DAAS – Drone as a Service, que desenvolve tecnologia de drones para o setor portuário; QTM HealthTech, voltada à saúde integrativa e bem-estar. Autoclipper: a IA que transforma vídeos longos em cortes prontos para viralizar A Autoclipper é uma IA que transforma podcasts, lives e entrevistas em cortes curtos prontos para redes sociais Arte g1 MA Criada em 2023 dentro da Aduela Ventures, braço de inovação aberta do Grupo Mirante, a Autoclipper começou como um produto interno, mas, por decisão estratégica, se tornou um produto comercial. A startup é resultado da fusão de projetos liderados por Gerson Diniz (CEO) e Lucas Cleopas (CPO), em parceria com o desenvolvedor Nihey Itakizawa (CTO). A plataforma transforma podcasts, lives e entrevistas em vídeos curtos, prontos para serem compartilhados nas redes sociais. Segundo Gerson Diniz, a ideia surgiu a partir da observação do mercado de infoprodução, especialmente do tempo que os profissionais gastavam para identificar os melhores trechos e reaproveitar conteúdos brutos. “Na prática, a ferramenta da Autoclipper funciona como um assistente de IA. Ela auxilia o social media, o editor de vídeo, o criador de conteúdo na criação de cortes: você coloca um vídeo longo, a inteligência artificial entende os melhores momentos e depois você consegue emtrar em toda jornada de edição para criar o seu corte de conteúdo e depois postar nas redes sociais”, diz Gerson. A Autoclipper é resultado da fusão de projetos liderados por Gerson Diniz (CEO) e Lucas Cleopas (CPO) Arquivo Pessoal O processo é simples: o usuário envia o vídeo, a IA identifica os trechos de maior impacto, aplica cortes, legendas e enquadramentos, e exporta o conteúdo no formato ideal para cada plataforma. O objetivo é reduzir tarefas repetitivas sem substituir a criatividade humana, funcionando como um "braço direito". “Hoje o principal ponto que diferencia a Autoclipper das ferramentas internacionais é o posicionamento para o mercado brasileiro e principalmente esse olhar de combater conteúdos robotizados e criados 100% por IA. A gente acredita que o futuro da comunicação é o mercado de criação de conteúdo", afirma Gerson. Gerson afirma que a Autoclipper deve expandir para novos mercados, com a inclusão de outros idiomas, acompanhando o movimento orgânico de internacionalização da marca. Para ele, o que impulsiona o surgimento de ideias inovadoras no estado é justamente o cenário de escassez. As limitações históricas do Maranhão, segundo o empreendedor, acabam estimulando a criatividade e o pensamento disruptivo. "A gente tem uma tese dentro de startups de inovação de que o cenário escasso aflora a criatividade. Existem negócios atípicos, muito específicos que nascem no Nordeste -- e que não apareciam em lugares com fartura de capital", conta. No estado, esse avanço é impulsionado por programas como o Startup Nordeste, da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além de hubs e aceleradoras locais, como a Aduela Ventures. 'Aduela Day' atrai criadores de startups, em São Luís DAAS: drones que medem navios sem expor trabalhadores aos riscos A inovação tecnológica também chegou aos portos. Criada no Maranhão, a DAAS – Drones as a Service desenvolveu uma solução que usa drones para medir o nível de carga dos navios, processo conhecido como arqueação ou draft survey. Testada no Complexo Portuário do Itaqui, 4º maior porto público do Brasil, a tecnologia promete mais segurança, agilidade e sustentabilidade nas operações. “A DAAS oferece um serviço de arqueação de navios graneleiros por meio de drones equipados com câmeras de alta precisão e sistemas de visão computacional”, explica Daniel Pereira, oceanógrafo e cofundador da startup. Método tradicional de arqueação: leitura de calado usando lancha (à esquerda) / Algoritmo de leitura automática do calado do navio (à direita) Initial plugin text Tradicionalmente, a leitura do calado – que indica quanto o navio está submerso e, portanto, o peso da carga – exige que um profissional se desloque de lancha até o costado do navio para fazer a medição manual. Segundo Daniel Pereira, que também é presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Maranhão (SINDOMAR) e especialista em inovação e logística há mais de dez anos, esse processo é demorado, sujeito a falhas e expõe trabalhadores a riscos físicos. Com a tecnologia criada pela startup, essa medição é feita de forma remota, por meio de drones que captam as imagens e enviam os dados com alta precisão. “Nos primeiros testes, tivemos erro inferior a 1 centímetro. Mesmo sem a aplicação do algoritmo de deep learning, já conseguimos uma medição mais segura, rápida e sustentável, reduzindo custos operacionais e tempo de espera nas operações portuárias.”, destaca Daniel. Criada no Maranhão, a DAAS – Drones as a Service desenvolveu uma solução que usa drones para medir o nível de carga dos navios Arquivo Pessoal O drone da DAAS foi adaptado especialmente para operações marítimas. Ele é equipado com câmeras de alta precisão e um sistema de estabilização que garante imagens nítidas, mesmo com o movimento das ondas. O software consegue identificar automaticamente as marcas de calado, ou seja, as indicações do quanto o navio está submerso, mesmo em condições difíceis, como águas agitadas ou pouca visibilidade. De acordo com Daniel, os ganhos são diretos e mensuráveis: Redução do risco ocupacional, ao eliminar o deslocamento de profissionais em embarcações de apoio; Menor tempo de operação, otimizando o uso do berço e reduzindo o consumo energético dos navios em espera; Redução da pegada de carbono, já que as lanchas utilizam diesel S10, com fator de emissão entre 3,3 e 3,6 kg de CO₂ por litro; Maior rastreabilidade. Ainda segundo ele, o uso dos drones reduziu o tempo de medição de carga de 60 para 20 minutos e diminuiu pela metade o risco de acidentes nas operações portuárias. O projeto conta com apoio da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) — que colabora no desenvolvimento dos modelos de IA — e da Fapema/SECTI, por meio do Inova Maranhão. A DAAS também negocia projetos-piloto com empresas da China e de Moçambique. Segundo Daniel, criar a startup no Maranhão tem um peso simbólico, pois o estado reúne uma das maiores infraestruturas portuárias do país, mas ainda busca se consolidar como polo tecnológico. “Temos muitos problemas no quesito socioeconômico, porém ao criar uma tecnologia de ponta aqui, mostramos que o Maranhão não é apenas um ponto de escoamento, mas também um laboratório de inovação portuária, capaz de exportar conhecimento e tecnologia para o mundo, exportando talentos, não apenas comodities", afirma. Startups maranhenses investem em Inteligência Artificial para criar soluções tecnológicas QTM HealthTech: tecnologia que leva terapias ao alcance de todos Criada durante a pandemia, a QTM HealthTech nasceu com o objetivo de unir tecnologia e bem-estar, aproximando pessoas de terapias naturais e acessíveis. A startup maranhense desenvolveu uma plataforma que conecta terapeutas, pacientes e centros de terapia integrativa, já que na época da pandemia o setor era muito fragmentado, com profissionais sem estrutura para atender, pacientes com dificuldade para agendar consultas e centros de terapia com pouca visibilidade. “A QTM nasce em 2020, quando o sistema de saúde estava sobrecarregado e as pessoas buscavam soluções naturais, acessíveis e menos invasivas”, explica Juliana de Santos Nogueira, cofundadora da empresa. Fundada em 2020, durante a pandemia, a QTM HealthTech conecta terapeutas, pacientes e centros de terapia por meio da tecnologia Arquivo Pessoal Juliana é formada em Ciências Sociais, mestre em Preservação do Patrimônio Cultural pelo IPHAN, mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e doutoranda no mesmo programa. Além de pesquisadora, ela também atua como terapeuta de práticas integrativas e empreendedora, sendo fundadora da Gamezônia. A QTM tem foco nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), reconhecidas pelo SUS, e busca ampliar acesso, integração e cuidado preventivo. Segundo o Ministério da Saúde, as PICS são terapias que ajudam a prevenir doenças e promover o bem-estar. Elas valorizam a escuta acolhedora, o vínculo entre paciente e terapeuta e a conexão com o meio ambiente e a comunidade. Segundo Juliana, quem empreende no Maranhão precisa olhar além das fronteiras do estado. Ela defende que é essencial pensar grande e buscar conexões que permitam às ideias locais crescer e alcançar novos mercados. "Meu conselho para quem empreende no Maranhão é: pense global desde o início. Internacionalizar não é sair do Brasil, é ampliar as possibilidades de impacto. Em muitos países, o ecossistema de inovação está mais maduro, há mercados mais estruturados, moedas mais fortes e regulamentações favoráveis às startups. Isso abre espaço para parcerias, validações e investimentos que podem acelerar o crescimento do negócio", diz a empreendedora. Como formatar um novo negócio - startup. g1

Prova para oficial combatente dos Bombeiros do AP será aplicada neste domingo (19) em Macapá

Prova para oficial combatente dos Bombeiros do AP será aplicada neste domingo (19) em Macapá

Prova para Concurso de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) do Amapá será realizada neste domingo (19) g1 A prova objetiva do concurso público para oficial combatente do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá será realizada na manhã deste domingo (19), em Macapá. O processo seletivo oferece 180 vagas para formação de cadastro reserva, conforme previsto no edital. A aplicação da prova marca o início de um certame dividido em seis fases. A primeira etapa consiste em uma avaliação objetiva com 70 questões de múltipla escolha, abrangendo conteúdos como Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia do Amapá, além de conhecimentos específicos da área militar. Baixe o app do g1 para ver notícias do AP em tempo real e de graça   Documentação obrigatória Para ter acesso à sala de provas, os candidatos devem apresentar documento de identidade oficial válido com foto, seja em formato físico ou eletrônico. São aceitos: Carteiras de identidade expedidas por Secretarias de Segurança Pública, Forças Armadas, Ministério das Relações Exteriores, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros; Cédula de Identidade para Estrangeiros; Carteiras de ordens e conselhos profissionais; Certificado de Reservista; Passaporte; Carteira de Trabalho e Previdência Social; Carteira Nacional de Habilitação (com foto, conforme Lei nº 9.503/1997); Carteiras funcionais expedidas por órgãos públicos. A ausência de documento válido impedirá o acesso ao local de prova, conforme alerta o edital. LEIA TAMBÉM: Estágios e vagas de jovem aprendiz estão com inscrições abertas no Amapá Pesquisadores encontram microplásticos na praia do Goiabal, no litoral do Amapá Etapas do concurso Além da prova objetiva, o concurso é composto por outras cinco fases eliminatórias: Exame Documental: verificação de documentos exigidos para o cargo; Avaliação das Capacidades Físicas (ACF): testes físicos como corrida, flexão e abdominal; Teste de Avaliação Psicológica (TAP): análise do perfil psicológico do candidato; Exame de Saúde: avaliação clínica e laboratoriais; Investigação Social: análise da conduta e antecedentes do candidato. O concurso é organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), e os candidatos podem acompanhar todas as etapas pelo site oficial da banca. Aprovados no concurso do Corpo de Bombeiros passam pelo exame de aptidão física em Macapá Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:

Enem 2025: responda QUIZ para testar conhecimentos sobre literatura

Enem 2025: responda QUIZ para testar conhecimentos sobre literatura

Ingresso Universitário: começa nesta quarta (1º) uma sequência de conteúdos sobre o Enem Em 1º de outubro, o g1 começou a disponibilizar uma série de conteúdos para quem está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp O Enem será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, e até essas datas, na editoria do Ingresso Universitário serão disponibilizados quiz de perguntas e respostas, vídeos de professores explicando a resolução de questões e mais conteúdos que vão ajudar o aluno que está se preparando para o exame. Leia também: Faça QUIZ para testar conhecimentos sobre Ciências Humanas Para o quiz sobre literatura, o professor Geraldo Junior preparou uma seleção de perguntas baseadas em temas que costumam cair nas provas do Enem. Uma oportunidade de testar as habilidades. Veja abaixo. Enem 2025: vamos treinar seus conhecimentos sobre Literatura? VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube

“Educação é resistência para quem nasce sem herança”, diz professor de escola quilombola do AP

“Educação é resistência para quem nasce sem herança”, diz professor de escola quilombola do AP

“Educação é resistência para quem nasce sem herança”, diz professor de escola quilombola O professor Bruno Brandão, de 30 anos, atua há três anos na Escola Estadual Professor David Miranda dos Santos, localizada na comunidade de Porto do Céu, na zona rural de Macapá. A unidade é quilombola e fica às margens do Rio Matapi, um dos afluentes do Rio Amazonas. Para ele, ensinar é mais que profissão: é um ato de resistência. Para Bruno, o trabalho na escola fortalece as raízes, a história e o futuro dos alunos. O educador é formado em geografia pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). “Me sinto parte da escola e não me vejo em outro lugar. Trabalhar em uma escola quilombola tem um significado especial, principalmente por ser na zona rural. Nossos alunos precisam ter acesso a novas experiências”, relembra Bruno. Bruno estudou em escola pública desde criança. Inspirado por professores e familiares, decidiu seguir carreira na educação. Baixe o app do g1 para ver notícias do AP em tempo real e de graça O professor afirma que, por estar na zona rural, a escola oferece menos oportunidades do que as instituições do centro da capital. Por isso, é necessário que os alunos se sintam pertencentes ao ensino. Em sala de aula, ele compartilha sua trajetória com os alunos para incentivar o ingresso em universidades públicas. "A educação é um ato de resistência para a gente que nasce desprovido de herança, de berço. A educação é o caminho, ela é algo que se te roubarem, entrarem na tua casa e roubarem tudo que você tem de material, a única coisa que vai ficar é a educação, é o conhecimento que você adquiriu. Então, sendo professor aqui conseguimos tocar nossos alunos e despertar certas vivências", descreveu Bruno. ✊ Educação ancestral Bruno faz parte do projeto Identidade Cultural, que ensina aos alunos a história afro-brasileira e promove o sentimento de pertencimento. Com apoio do professor, quatro alunas criaram um jogo de tabuleiro sobre a história afro-amapaense. A proposta venceu a segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Cartografia (Obrac). Escola quilombola do Amapá vence etapa regional da Olimpíada de Cartografia com jogo sobre cultura afro-amapaense O objetivo do projeto é despertar o pertencimento nos alunos. Bruno acredita que a educação liberta e não deve se limitar à sala de aula. Dia dos Professores: homenagem à educação tem origem histórica No Brasil, o Dia dos Professores é celebrado em 15 de outubro. A data foi criada oficialmente em 1963, por decreto do governo federal. A escolha do dia tem origem histórica. Em 15 de outubro de 1827, Dom Pedro I assinou uma lei que criou as primeiras escolas de ensino básico no país, chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”. Em 1947, um grupo de professores em São Paulo sugeriu a criação de uma data para homenagear a profissão. A proposta ganhou força e, anos depois, virou oficial. A ideia partiu do professor Salomão Becker, de Piracicaba (SP). Ele se inspirou em uma tradição local, onde os alunos levavam doces e salgadinhos para celebrar com os professores. Professor Bruno atua na escola há 3 anos Bruno Brandão/Arquivo pessoal Professor Bruno Brandão, de 30 anos Bruno Brandão/Arquivo pessoal Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá:

VÍDEO: Mãe suspeita de matar filha de 2 meses aparece com bebê em bar horas antes da morte

VÍDEO: Mãe suspeita de matar filha de 2 meses aparece com bebê em bar horas antes da morte

Mãe suspeita de matar filha de 2 meses aparece com bebê em bar horas antes da morte Um vídeo mostra Renata Pereira dos Santos, de 26 anos — suspeita de matar a própria filha Melinda Sofia Conceição dos Santos, de quase 2 meses — com a bebê no colo em um bar de Boa Vista, horas antes de a criança ser encontrada morta no apartamento da família. Renata e o pai, Halisson Conceição dos Santos, de 36, estão presos por homicídio qualificado pela morte de Melinda. As imagens foram gravadas por uma testemunha por volta das 10h30 de domingo (12). Melinda foi encontrada morta com hematomas em um apartamento no bairro Jardim Equatorial, zona Oeste de Boa Vista na manhã da segunda-feira (13). No vídeo, Renata aparece com a criança no colo enquanto briga com a testemunha. Ela então começou a filmá-la ao ver que ela estava bebendo em um bar com a bebê. O g1 tenta contato com a defesa de Renata e da Halisson. LEIA TAMBÉM: Mãe ameaçou matar filha de 2 meses em mensagens e Justiça mantém prisão dos pais por homicídio Mãe é presa após filha de menos de 2 meses ser encontrada morta em apartamento com hematomas Pais de bebê de 2 meses encontrada morta foram expulsos de apartamento por brigas, diz vizinha Pais de bebê de menos 2 meses encontrada morta com hematomas são autuados por homicídio qualificado Em vários trechos, a mãe expõe a menina à câmera — segurando-a e encorajando que a outra pessoa “poste” imagens ou grave a cena. Suspeita de matar a própria filha aparece bom o bebê em bar horas antes da morte Reprodução/Portal Raniely Carvalho Em outro momento ela afirma que o pai de Melinda é advogado e por isso ela não tem medo de expor a criança. Halisson é churrasqueiro. "Para tu ver, o tanto que eu sou doida, porque se eu fosse normal, aonde que eu ia expor minha filha, desse jeito... eu não ia expor, mas eu sou tão doida que eu exponho mesmo", afirma Renata enquanto briga. Mesmo aparecendo com a criança no colo, Renata afirmou no depoimento que não saiu com a criança e que a deixou em casa com o pai. Presos por homicídio qualificado Renata Ferreira dos Santos, de 26 anos, e Halisson Conceição dos Santos, de 36, suspeitos de matar a filha Melinda Sofia Conceição dos Santos, de menos de 2 meses. Reprodução A Justiça de Roraima decretou a prisão preventiva do casal Renata e Halisson por homicídio qualificado. O juiz levou em consideração que Renata enviou mensagens a Halisson ameaçando matar a própria filha. O casal foi preso em flagrante pela Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) e é investigado por homicídio qualificado com quatro agravantes, entre elas motivo torpe, motivo fútil, meio que dificultou a defesa da vítima e homicídio praticado contra menor de 14 anos por ascendente. Na decisão, o magistrado destacou que o caso apresenta “risco real e atual à ordem pública” e que a conduta do casal “reforça a necessidade de segregação cautelar”. Segundo o documento, as versões dos dois são contraditórias, e há mensagens de texto nas quais a mãe teria dito que mataria a filha, sem que o pai tomasse qualquer providência. "As versões apresentadas por ambos são contraditórias, sendo que um aponta o outro como o responsável pelo resultado morte. Contudo, há mensagens de texto através da qual Renata fala de forma expressa que irá matar a infante, sendo que Halisson não age com a devida providência para evitar referido resultado", destacou o juiz na decisão. Conforme o delegado João Evangelista, diretor em exercício do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e titular da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), o casal foi inicialmente apresentado pela Polícia Militar no Plantão Central I e, depois, encaminhado à DGH, onde as diligências foram conduzidas. O delegado informou que as investigações apontam que o relacionamento entre os dois era marcado por brigas constantes e episódios de violência. Há indícios de que a criança vivia em situação de vulnerabilidade desde o nascimento. “Na madrugada em que o crime ocorreu, o casal teria ingerido bebida alcoólica e se envolvido em uma nova discussão, o que pode ter sido o estopim para o delito”, explicou o delegado. O casal, de acordo com vizinhos, havia sido expulso do apartamento onde viviam há 3 meses pelos donos da vila por causa de "brigas constantes". O caso Melinda Sofia Conceição dos Santos tinha menos de 2 meses e foi encontrada morta Caíque Rodrigues/g1 RR e Arquivo Pessoal Cerca de duas horas depois, o homem teria voltado ao local, jogado a chave na direção dela e dito para ir cuidar da criança. A mulher permaneceu no bar e só retornou mais tarde, acompanhada de um amigo de 24 anos, quando encontrou a bebê sem vida no quarto. A Delegacia Geral de Homicídios (DGH) e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para o local. O corpo da menina foi encaminhado para exame de necropsia, que deve apontar a causa da morte. O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Roraima. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

Professores indígenas compartilham saberes tradicionais em escolas do Rio

Professores indígenas compartilham saberes tradicionais em escolas do Rio

Lucas Munduruku, natural do Baixo Rio Tapajós, no Pará, ensina aos alunos da Escola Parque, na Gávea, noções de plantio, arquitetura indígena e até de astronomia na perspectiva de povos da floresta. Tsara Kokama, do Amazonas, usa elementos como grafismos tradicionais, arco e flecha e sementes durante suas lições de Matemática nas escolas municipais Mendes Viana e José do Patrocínio, em Irajá. E Pâmela Souza, da etnia Cariri, de Alagoas, lança mão de pulseiras, colares e maracás nas suas aulas de Artes Plásticas na Escola Municipal Zelia Gattai Amado, no Rio Comprido. Apoiados na lei de 2008 que tornou obrigatório o ensino de História e cultura indígena (e afro-brasileira) nas escolas do país, professores representantes de diferentes povos originários do Brasil se valem da propriedade no assunto para dar aulas de diversidade e sustentabilidade em unidades de ensino do Rio. Assim, eles expandem a visão de mundo de estudantes criados na metrópole carioca e, em alguns casos, estimulam um mergulho na ancestralidade dos próprios alunos, já que muitos têm ascendentes indígenas, mas nem sequer sabiam disso antes de conhecer um professor que se declara assim. — Quando chego à escola com pinturas no corpo e colares, por exemplo, isso gera um assunto. As crianças perguntam de onde vêm as sementes, o que são as miçangas. Eu explico sobre o povo que fez aquela peça, conto a história. É uma porta para falar de culturas que eles nem sabem que existem — exalta Pâmela Souza, cuja família migrou de Alagoas para o Rio nos anos 1950. — Alguns alunos acabam descobrindo indígenas em suas próprias famílias, e isso vai revertendo o apagamento que os povos originários sofreram no país. Eu mesma só comecei a me identificar assim há alguns anos. Tsara Kokama cresceu em Manaus e veio morar no Rio aos 20 anos. Decidiu estudar Matemática ao entender que grande parte de sua vivência envolvia a ciência dos números. Ela se formou e fez uma pós-graduação em Neurociência da Educação. Deu aulas em duas escolas na Baixada Fluminense, trabalhou no Museu Nacional dos Povos Indígenas, em Botafogo, e, hoje, é professora de Matemática em duas unidades de ensino da rede municipal do Rio, em Irajá, onde ela mora. — Existe muito desconhecimento. Alguns alunos perguntam se eu sou da Índia ou batem a mão na boca para imitar um grito — relata Tsara. — Mas, aos poucos, o diálogo se estabelece, e eles próprios se envolvem com uma perspectiva diferente. Uso grafismos para ensinar geometria. Sementes, arco e flecha e nossa arquitetura também podem ser elementos de referência em exercícios de matemática. Quando dava aulas numa escola estadual em Nova Iguaçu, a professora aproveitou um programa do governo chamado "Matemática 360" e levou seus alunos para visitar um asilo. Além de propor exercícios com base em informações como o número de idosos na casa, suas faixas etárias e a quantidade de visitas que recebiam, Tsara queria quebrar preconceitos contra a terceira idade. — Foi um choque de realidade quando entendi o que é um asilo e como as pessoas são deixadas ali. De onde eu venho, na cultura indígena, um idoso é considerado uma fonte de saber. A gente fica até grato de poder ouvir suas experiências. Os velhos são os nossos tesouros — ressalta a professora. — A neurociência ensina que o nosso corpo envelhece, mas o cérebro se mantém ativo por muito tempo. Só que, quando uma pessoa é invalidada por conta da idade, o cérebro começa a apresentar atrofias. Isso explica as altas taxas de doenças que provocam demência nas sociedades ocidentais. Na Escola Parque, o professor Lucas Munduruku, que veio morar no Rio com a família aos 13 anos e se formou em Filosofia, orienta alunos de diferentes anos do ensino básico no desenvolvimento de projetos com base na sustentabilidade. No “roçado indígena” da escola, por exemplo, as crianças, recentemente, aprenderam sobre a técnica ancestral das “três irmãs”, que combina o plantio de feijão, milho e abóbora para reforçar benefícios mútuos. Já com alunos do ensino médio, o professor realiza trabalhos de bioconstrução, fazendo uso de técnicas da arquitetura indígena. — A gente leva vida para determinados espaços da escola, realizando mutirões de construção. Neste semestre, por exemplo, fizemos uma casa de instrumentos que será usada pelo ensino infantil. A gente funciona como um escritório de arquitetura com bases sustentáveis.

Prazo para pagamento do IPVA termina nesta quarta-feira; veja como emitir boleto online

Prazo para pagamento do IPVA termina nesta quarta-feira; veja como emitir boleto online

Prazo para o pagamento do IPVA vence nesta quarta-feira (15) Os motoristas do Tocantins devem ficar atentos ao prazo para pagamento do licenciamento de veículos e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) que termina nesta quarta-feira, 15 de outubro. Clique aqui para seguir o canal do g1 TO no WhatsApp Ao longo do ano, os contribuintes puderam quitar o imposto com desconto à vista ou de forma parcelada, mas nesta reta final, o pagamento só pode ser feito em cota única e sem abatimentos. A quitação é obrigatória e necessária para a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo eletrônico (CRLV-e). Quem não quitar o licenciamento ou o IPVA até o prazo final comete uma infração gravíssima de trânsito. As consequências incluem a aplicação de sete pontos na CNH, multa de R$ 293,47 e retenção do veículo até a regularização. Há ainda a previsão de uma multa administrativa de R$ 36,86, aplicada sobre o imposto a partir do dia seguinte ao vencimento. LEIA TAMBÉM: Prazo para pagar o licenciamento de veículos no Tocantins termina no dia 15 de outubro; veja como acessar boletos Mais de 600 mil motoristas ainda não quitaram o licenciamento do veículo no Tocantins; prazo vence dia 15 Tocantins tem mais de 47 mil motoristas com carteira de habilitação vencida; saiba como e quanto custa renovar a CNH Pagamento do IPVA é exigência para emissão do CRLV João di Pietro/Governo do Tocantins Como pagar o imposto Para fazer o pagamento será necessário acessar o portal de serviços no site do Detran/TO e preencher dados como o número da placa do veículo e o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), para emitir o boleto. Após o pagamento, a CRLV-e estará disponível no formato digital. Todo o processo pode ser feito de forma on-line, sem custo adicional e sem a necessidade de ir até uma unidade do Detran/TO. Segundo um levantamento do órgão, mais de 600 mil motoristas ainda não haviam quitado o licenciamento do veículo até o dia 9 de outubro. O atraso também dificulta o processo de compra e venda, e pode levar o contribuinte a ter o nome inscrito na dívida ativa, o que pode atrapalhar a aprovação de empréstimos. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins. Reinaldo Carvalho é integrante do programa de estágio entre o Grupo Jaime Câmara e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Patrício Reis.

Apagão serve de alerta para problemas estruturais do setor elétrico

Apagão serve de alerta para problemas estruturais do setor elétrico

O apagão que afetou todos os estados do país teve como origem uma falha em uma subestação, de acordo com informações preliminares dos órgãos envolvidos no tema. Embora aparentemente pontual, a situação serviu para chamar a atenção para um emaranhado de problemas pelos quais passa o setor elétrico, podendo levar a cenários mais graves e duradouros do que o vivido nesta terça-feira. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

A carta na manga da oposição contra favorito de Lula para a vaga de Barroso no STF

A carta na manga da oposição contra favorito de Lula para a vaga de Barroso no STF

Opositores do governo Lula no Congresso já mapearam mais um instrumento de pressão nos esforços para atrapalhar a possível indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares da direita guardam na manga um requerimento aprovado para convidar Messias, favorito de Lula para o Supremo, a depor na CPI do INSS sobre o escândalo dos descontos em aposentadorias. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Projeto de lei que libera novos hospitais em Botafogo reacende debate sobre impacto no trânsito da Zona Sul

Projeto de lei que libera novos hospitais em Botafogo reacende debate sobre impacto no trânsito da Zona Sul

Com a sanção do prefeito Eduardo Paes à lei que libera a construção e ampliação de hospitais em Botafogo e Humaitá — incluindo a unidade da Prevent Senior na Avenida Pasteur, nos números 138 e 146 —, reacendeu-se o debate sobre o impacto viário e urbanístico da medida em uma das regiões mais congestionadas da Zona Sul. A proposta, aprovada pela Câmara e publicada no Diário Oficial na última terça-feira, permite a implantação de unidades de saúde com internação nos dois bairros, flexibilizando uma restrição vigente desde 1982. Comunidades do Horto: após assinatura de acordo com Jardim Botânico, desafio é impedir expansão das construções na área Perturbação do sossego: Leblon e Botafogo estão entre os lugares mais barulhentos do Rio Para o engenheiro Paulo César Pêgas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ (Coppe/UFRJ), a localização escolhida para o hospital, no antigo prédio da IBM, é uma das áreas mais delicadas do ponto de vista da mobilidade urbana. — A Avenida Pasteur é uma via estreita, de pista simples, e já apresenta congestionamentos mesmo com baixo fluxo. É um trecho que dá acesso à Praia de Botafogo e à Rua da Passagem, duas vias com gargalos históricos — explica Pêgas. — A instalação de um hospital, mesmo sem pronto-atendimento, cria uma circulação contínua de funcionários, pacientes, prestadores e visitantes, em um funcionamento de 24 horas. Isso naturalmente pressiona ainda mais o sistema viário local. Antigo prédio da IBM, na Avenida Pasteur, em Botafogo Márcia Foletto/Agência O Globo O especialista observa que, diferentemente de um escritório como o da IBM, que funcionava em horário comercial, um hospital opera em tempo integral e com fluxos imprevisíveis. — A entrada e saída de ambulâncias, a chegada de funcionários por turnos e o movimento de visitantes geram uma dinâmica que a via não foi projetada para comportar. Será preciso repensar acessos, áreas de carga e descarga, estacionamentos e pontos de embarque e desembarque — afirma Pêgas. 'Serial killer': defesa alega que 'não há elementos robustos' sobre a participação de universitária, que confessou dois assassinatos O engenheiro ainda aponta que a prefeitura deve exigir da empresa um estudo detalhado de impacto de vizinhança e um plano de mobilidade antes da emissão do “habite-se”. — Isso gera custo: reconfiguração de semáforos, sinalização, possíveis ajustes de mão de direção. Esses custos não podem recair sobre o cidadão, mas sobre o empreendimento. É improvável que um hospital desse porte mantenha equipamentos de diagnóstico ociosos. No médio prazo, é provável que amplie serviços e atraia ainda mais usuários, elevando o fluxo na região — avalia. Moradores desaprovam Entre os moradores, a sanção da lei foi recebida com indignação. Regina Chiaradia, presidente da Associação de Moradores de Botafogo, acusa o poder público de ceder à pressão do setor privado. — É impressionante que em 1982 o bairro já fosse considerado saturado urbanisticamente e, 42 anos depois, o poder público retroceda para atender a um lobby empresarial. Por que esse hospital não poderia ser implantado em outro bairro mais carente desse tipo de equipamento? — questiona. Guerra de expansão: em dois anos, Comando Vermelho tomou pelo menos dez favelas na Zona Sudoeste do Rio Segundo Regina, o prefeito Eduardo Paes havia se comprometido, há três anos, a não autorizar a instalação da Prevent Senior na região: — Tenho até a ata dessa reunião. Mas depois ele mudou de ideia, não sei por quê. Redes hospitalares da região A região de Botafogo e Humaitá concentra hoje algumas das principais unidades privadas de saúde da cidade, como a Casa de Saúde São José e um hospital da Rede D’Or. Em nota, o grupo Santa Catarina, responsável pelo São José, na rua Macedo Sobrinho, no Humaitá, informou que “neste momento, a Casa de Saúde São José tem em seus planos de ampliação a reinauguração de sua Maternidade e o lançamento do Câncer Center”. Já a Rede D’Or ainda não se manifestou sobre planos de novos hospitais na região. A Prevent Senior, por sua vez, ainda não divulgou o cronograma de obras nem informações sobre o início da implantação do hospital, que pretende chamar de Sancta Maggiore Mônaco, em referência ao país europeu. O projeto original apresentado em audiência pública prevê 76 leitos de internação, um centro cirúrgico com cinco salas e uma UTI com 18 leitos. Em nota, a Prevent Senior disse que "o projeto está em elaboração e, quando for apresentado à Prefeitura e demais órgãos públicos, divulgaremos os detalhes".

Triplo homicídio ocorrido em Ilhéus completa dois meses sem solução; perícia analisa cerca de 700 vídeos da área do crime

Triplo homicídio ocorrido em Ilhéus completa dois meses sem solução; perícia analisa cerca de 700 vídeos da área do crime

Alexsandra, Mariana e Maria Helena foram achadas mortas após saírem para passear com cachorro na Bahia Reprodução/Redes Sociais O triplo homicídio ocorrido na cidade de Ilhéus, no sul do estado, completou dois meses, nesta quarta-feira (15), sem solução. Enquanto tenta localizar outros envolvidos, além do suspeito confesso que já está preso, a polícia aguarda resultados de perícia de cerca de 700 vídeos que podem ajudar na investigação. Conforme apurou o g1, as imagens mostram a região próxima ao local do crime. A análise é realizada pelo Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto, do Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador. O objetivo é reconstruir o contexto do crime e identificar a dinâmica da ação. No mês passado, a Polícia Civil (PC) conseguiu a prorrogação do prazo de entrega do inquérito do crime por 60 dias. Com a decisão da Justiça da Bahia, a autoridade policial tem até novembro para encerrar o caso. Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, 41, e Mariana Bastos da Silva, 20, foram achadas mortas, com marcas de facadas, em uma área de mata da Praia dos Milionários, destino turístico da região. Dez dias após o crime, Thierry Lima da Silva confessou ter matado as três, sozinho, em meio a uma tentativa de assalto. Mais 60 dias para investigação de triplo homicídio na Bahia Apesar da confissão, os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) não encontraram material genético do suspeito nas unhas e nas partes íntimas das mulheres. Também não foi achado DNA do homem e nem das vítimas nas três facas apreendidas após o crime. Isso não significa que ele não participou do crime. Em nota enviada quando pediu mais tempo para investigar o crime, a polícia informou que a prorrogação do prazo tinha como finalidade reunir novos elementos e realizar desdobramentos investigativos. Outros detalhes seguem em sigilo para não comprometer as apurações. A população ainda pode colaborar, fornecendo informações ao Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), pelo número 181. Não é preciso se identificar e o sigilo é garantido. Relembre o caso Relembre caso das três mulheres assassinadas em Ilhéus, na Bahia; suspeito foi preso Alexsandra Oliveira e Maria Helena do Nascimento Bastos eram amigas, vizinhas e trabalhavam em unidades de ensino da rede municipal. Já Mariana Bastos da Silva, filha de Maria Helena, estudava Engenharia Ambiental. Todas moravam em condomínios que ficam a 200 metros da praia. No dia 15 de agosto, as mulheres saíram para passear com o cachorro de estimação de Mariana, na Praia dos Milionários. Câmeras de segurança instaladas em barracas da localidade registraram parte do passeio. Nas imagens, é possível ver as vítimas lado a lado, enquanto caminhavam pela areia. Tutora do cão, Mariana segurava a coleira do cachorro. As três chegaram a cruzar com outras duas pessoas que se exercitavam na praia, e seguiram em frente. Depois disso, as vítimas sumiram e foram encontradas mortas no dia seguinte. As mortes motivaram pelo menos três protestos com pedidos de justiça na cidade. As mobilizações foram pacíficas e contaram com a presença de policiais militares. Após ser preso, no dia 25 de agosto, Thierry Lima da Silva disse, em depoimento à polícia, que agiu sozinho e esfaqueou as vítimas ao tentar assaltá-las. O suspeito foi detido por tráfico de drogas e, durante a audiência de custódia, admitiu o triplo homicídio. Ele também revelou que matou o companheiro após uma briga por ciúmes. Homem confessou ter matado as três mulheres em Ilhéus TV Bahia LEIA TAMBÉM: Preso disse que agiu sob efeito de drogas ao tentar assaltar vítimas Arma usada no crime foi enterrada na areia da praia O que se sabe sobre mortes de três mulheres em Ilhéus Infográfico - Confira cronologia de crime contra três mulheres encontradas mortas em Ilhéus Arte/g1 Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia