Depois de Justiça proibir vídeos de criminosos, Havan registra recorde de furtos

Depois de Justiça proibir vídeos de criminosos, Havan registra recorde de furtos

O número de furtos nas lojas da rede Havan apresentou forte redução depois do início da divulgação de vídeos com flagrantes de crimes, estratégia lançada como “Amostradinhos do Mês”. Essa ação, que exibia o rosto dos suspeitos nas redes sociais, manteve média de 25 milhões de visualizações por vídeo e acabou influenciando outros comerciantes a adotar medidas semelhantes. No entanto, depois de uma representação do Ministério Público de Santa Catarina , a Agência Nacional de Proteção de Dados exigiu a retirada dos vídeos em julho, sob risco de multa de R$ 50 milhões, até conclusão de análise interna. Desde então, os casos de furtos nas lojas voltaram a crescer, especialmente no período noturno, segundo dados da Havan. O ponto de vista da Havan Uma loja da Havan | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons A rede informou que, só em setembro, foram 64 furtos registrados à noite, representando quase metade dos delitos de 2025. O acumulado do ano já chega a 131 ocorrências, incluindo arrombamentos e depredações. "Criminosos não temem a Justiça, mas sentem vergonha da exposição", afirmou Luciano Hang, dono da Havan, ao jornal Gazeta do Povo . Hang atribuiu a elevação dos crimes ao veto dos vídeos e relatou que, mesmo sem expor rostos, a rede manteve o monitoramento e registro de ocorrências. "Temos uma central que opera 24 horas e todas as pessoas flagradas são abordadas e cadastradas em nosso banco de dados", explicou o empresário. Projeto de lei propõe mudança na legislação Diante da suspensão, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) apresentou o projeto de lei 3630/2025, que pretende autorizar a divulgação de imagens de infratores dentro de estabelecimentos comerciais, alterando a Lei Geral de Proteção de Dados. A proposta foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça da Câma r a . Bia Kicis destacou que o intuito é permitir que todos os comerciantes possam usar o recurso para coibir crimes. "É claro que o caso da Havan nos inspirou, porque o que aconteceu foi tão absurdo que chamou muito a atenção", declarou ao jornal. Segundo a deputada, o clima na Câmara é favorável à aprovação do texto ainda neste ano. A Agência Nacional de Proteção de Dados, questionada sobre o andamento da apuração, não respondeu aos pedidos de atualização até o fechamento da reportagem da Gazeta do Povo . O post Depois de Justiça proibir vídeos de criminosos, Havan registra recorde de furtos apareceu primeiro em Revista Oeste .

Conheça a Soul Electric: pioneira de scooters elétricas em Praia Grande

Conheça a Soul Electric: pioneira de scooters elétricas em Praia Grande

Loja fica localizada na rua Espírito Santo, 369 Divulgação Em um cenário onde a mobilidade urbana sustentável ganha cada vez mais espaço, Praia Grande encontrou sua pioneira. A Soul Electric, primeira loja especializada em scooters elétricas da cidade, nasceu em 2021 das mãos de Mariana Lolo, uma empreendedora que transformou um momento de recomeço pessoal em uma história de sucesso empresarial. Do Caos da Pandemia ao Sonho Empreendedor A história da Soul Electric começa longe do litoral paulista, em Sorocaba, onde Mariana vivia uma rotina corporativa que não a realizava. "Eu trabalhava em banco, mas quando me separei, tive que retomar o mercado e já não encontrei a minha área", relembra a empresária, que passou por diferentes segmentos profissionais sem encontrar sua verdadeira vocação. Foi durante a pandemia de COVID-19, enquanto fazia home office e acompanhava as aulas online da filha, que Mariana começou a frequentar Praia Grande. "Eu vinha muito pra cá enquanto trabalhava remoto. O mundo estava aquele caos que todo mundo sentiu", conta. Era o prenúncio de uma mudança que transformaria sua vida. A Virada de Chave Divorciada há cinco anos e em busca de uma nova direção profissional, Mariana via na pandemia não um obstáculo, mas uma oportunidade. "Quando já fazia um tempo que eu pensava em abrir algo, eu pensei: agora é o momento. Se não fizer agora, não vou fazer nunca", reflete. Mariana na primeira vez que pilotou uma scooter elétrica Reprodução O insight veio através de uma amiga que mencionou um conhecido vendendo scooters elétricas em Porto Feliz. "Fui conhecer e adorei, e fui embora decidida", lembra Mariana. Inicialmente, a ideia era trabalhar com locação de veículos elétricos, mas o projeto evoluiu para algo maior. Construindo um Sonho no Litoral A mudança para Praia Grande não foi sem desafios. Após uma breve e malsucedida passagem pelo Guarujá, Mariana se estabeleceu definitivamente em PG com a filha. "Comecei a procurar pontos, fiz meu CNPJ, fiz tudo bem devagar", conta. O início foi modesto: um espaço pequeno onde ela foi "plantando essa semente de pouco em pouco". Na época, as scooters elétricas eram praticamente inexistentes na cidade, o que representava tanto uma oportunidade quanto um desafio. "Foi um acompanhamento desse mercado crescendo também. Foi um desafio bem grande", admite a empreendedora. Superando Obstáculos Regulatórios Um dos maiores desafios enfrentados pela Soul Electric foi a questão da regularização e da necessidade de CNH para conduzir scooters elétricas. "A gente achou que era a morte. Quem que ia querer fazer a CNH?", relembra Mariana. A solução veio com os modelos autopropelidos, versões menores que não exigem habilitação. "Tem até de roda larga, que é o que a gente vê muito por aí, que é por conta do tamanho dela, ela se encaixa na versão autopropelido", explica. Mais que Vendas: Um Ecossistema Completo Hoje, a Soul Electric não é apenas uma loja de veículos elétricos 0km. A empresa desenvolveu um ecossistema completo que inclui uma oficina especializada em reparos, atendendo tanto clientes próprios quanto proprietários de scooters de outras marcas. "Hoje em dia é a minha vida", resume Mariana, que vê na Soul Electric não apenas um negócio, mas a realização de um sonho que combina sustentabilidade, inovação e qualidade de vida. Como primeira loja especializada em veículos elétricos de Praia Grande, a Soul Electric abriu caminho para um mercado que hoje se mostra cada vez mais promissor. A empresa se consolidou como referência, contribuindo para a popularização de uma modalidade de transporte mais limpa e eficiente. A trajetória de Mariana Lolo e da Soul Electric representa mais que uma história de empreendedorismo bem-sucedido. É um exemplo de como a coragem de recomeçar, aliada à visão de futuro e à persistência, pode transformar não apenas a vida de uma pessoa, mas também contribuir para a evolução de toda uma comunidade em direção a práticas mais sustentáveis. A Soul Electric está localizada em Praia Grande e atende clientes de toda a Baixada Santista, oferecendo veículos elétricos 0km e serviços especializados de manutenção. Serviço Soul Electric Telefone: (13) 99748-6527 para vendas e (13) 99602-3893 para manutenção Instagram: @soulelectric_ Endereço: R. Espírito Santo, 369 - Canto do Forte, Praia Grande - SP, 11700-190

Mulher gasta mais de 30 milhões para reconstruir mansão e processa arquiteto

Mulher gasta mais de 30 milhões para reconstruir mansão e processa arquiteto

Em meio a um cenário idílico, Derrybawn House, uma mansão histórica na pitoresca região de Wicklow, na Irlanda, se tornou o centro de uma complexa disputa judicial. A protagonista deste episódio foi Aysar Barbouti, que, em 2013, adquiriu a propriedade em um momento em que necessitava de significativas reformas. O edifício, datado de 1780, tinha... The post Mulher gasta mais de 30 milhões para reconstruir mansão e processa arquiteto appeared first on O Antagonista .

À sombra do tarifaço, Alckmin busca abrir mercados na Índia

À sombra do tarifaço, Alckmin busca abrir mercados na Índia

Um marco nas relações entre Brasil e Índia. Em tempos de tarifaço, assim o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, definiu nesta quarta o momento em que ocorre sua visita a Nova Délhi. Em três dias na capital indiana, ele tem no programa reuniões com ao menos quatro ministros, além do vice-presidente. O objetivo é fortalecer a parceria estratégica e incentivar o comércio bilateral, que embora esteja em alta é considerado modesto diante do tamanho das duas economias. Disputa de gigantes: CEOs de gigantes globais se reúnem com negociador comercial chinês em meio a tensões entre EUA e China Desejo presidencial: Trump planeja arco do triunfo em Washington para comemorar o 250º aniversário de independência dos EUA O tarifaço dos Estados Unidos, que impôs uma sobretaxa semelhante aos dois países, de 50% cada, não é mencionada abertamente por autoridades indianas e brasileiras, mas é um tema que paira sobre a visita de Alckmin. Para diplomatas e representantes do mundo dos negócios de ambos os países, a escalada tarifária americana é um alerta sobre a necessidade de diversificar parcerias. Sem exceção, todos os empresários ouvidos pelo GLOBO mencionaram o tarifaço como incentivo para aproximar os dois países. Entre os anúncios feitos até agora durante a visita de Alckmin, que se encerra nesta sexta, estão a abertura de uma representação da ApexBrasil e de um escritório da Embraer em Nova Délhi, além da assinatura de um contrato da Petrobras para o fornecimento de mais 6 milhões de barris de petróleo para o país. Alckmin também conversou sobre possíveis negócios na indústria militar com o ministro indiano da Defesa, Raksha Mantri. O setor é um dos principais focos da visita do vice-presidente. Tanto que fazem parte da comitiva brasileira, além do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, vários comandantes militares, entre eles o almirante Renato de Aguiar Freire, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Existe há anos uma colaboração entre os dois países para a formação de seus militares, com cursos no Brasil e na Índia. Segundo a imprensa local, o ministro indiano promoveu a possibilidade de vender ao Brasil o sistema de defesa antiaérea Akash, de mísseis de médio alcance. Já o Brasil explora o interesse da Índia em adquirir seis aeronaves E-145 da Embraer, além de parcerias na manutenção de submarinos franceses Scorpène, usados pelos dois países. Nesta quinta, depois de encontro com o vice-presidente indiano, Chandrapuram Ponnusami Radhakrishnan, Alckmin reuniu-se com o ministro do Comércio do país, Piyush Goyal, que também participou de evento com empresários dos dois países. Goyal ressaltou o potencial de investimento da Índia, “a grande economia que mais cresce no mundo”, com projeção de expandir a um ritmo anual de 6,6% em 2025, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Alckmin lembrou que a meta estabelecida pelos governo no comércio bilateral é superar a marca de US$ 20 bilhões até 2030, a partir dos US$ 12 bilhões alcançados em 2024. — O Brasil vê na Índia um parceiro prioritário para a diversificação de exportações e investimentos — disse o vice-presidente. — Dois países que não competem, complementam-se, que não se isolam, se unem, que não esperam o futuro, constróem-no juntos. Votação apertada: Premier da França sobrevive a moções de censura após suspender reforma da Previdência As afinidades facilitam a aproximação, principalmente pela agenda de cooperação sul-sul, a parceria no BRICS e a aliança de Índia e Brasil em temas estratégicos como segurança alimentar e transição energética, disse Ana Paula Repezza, diretora de negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Já havia um movimento em busca de uma interação econômica maior e o tarifaço serviu como estímulo adicional, disse ela. — Com certeza é um fator externo que faz com que as duas economias olhem mais uma para a outra. Ambas têm relações importantes com os Estados Unidos e no momento em que essas relações se fragilizam, existe essa complementaridade de pauta, acho que isso é importante. Não é só por causa do tarifaço. Mas ele veio trazer mais um impulso para a aproximação — afirmou Repezza. De certa forma, os temas energéticos da pauta bilateral também acabam tendo alguma relação com o tarifaço, ainda que não de forma declarada. A importação de petróleo russo pela Índia foi a justificativa usada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para punir o país com sobretaxas, que totalizaram 50%. Com a compra de mais petróleo do Brasil e investimentos em biocombustíveis como o etanol, a Índia poderia reduzir a pressão americana. Nesta quarta, Trump afirmou que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, teria concordado em suspender a compra de petróleo russo. Nova Délhi, entretanto, não confirmou. Após o encontro com Alckmin, o ministro do Petróleo, Hardeep Singh Puri, disse ao GLOBO que “a relação com o Brasil é estratégica e vai se fortalecer ainda mais”, independentemente dos EUA. Puri, que foi embaixador da Índia no Brasil entre 2006 e 2008, ressaltou a parceria em iniciativas multilaterais e o crescimento contínuo do comércio e do fluxo de investimentos. — Nossa interação econômica com o Brasil está crescendo, mas ainda acredito que há mais potenciais a serem descobertos. Nós compramos anualmente petróleo no valor de US$ 2,5 bilhões do Brasil e muitas de nossas empresas entraram em acordos com a Petrobras. Acho que poderíamos comprar mais — disse o ministro. Tensão no Caribe: Plano dos EUA para pressionar Maduro deve ser abordado em reunião entre Vieira e Rubio A missão liderada por Alckmin também serve para preparar o terreno para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Índia, confirmada para fevereiro. Numa medida destinada a facilitar os intercâmbios, Alckmin anunciou que o Brasil passará a emitir vistos de negócio eletrônicos para indianos na embaixada de Nova Délhi e no consulado em Mumbai. Para Hariom Singh, dono de uma agência de viagens com sede em Nova Délhi que opera entre os dois países, a medida é um incentivo a mais para empresários da Índia viajarem ao Brasil, num momento em que o país olha para outros destinos, do turismo aos negócios. — Se uma porta é fechada, outras se abrem, e certamente o Brasil é visto como uma das oportunidades mais promissoras — disse Singh. *O repórter viajou à Índia a convite da ApexBrasil

Advogado explica como aposentar por invalidez

Advogado explica como aposentar por invalidez

A aposentadoria por invalidez, atualmente denominada aposentadoria por incapacidade permanente, é devida ao segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) considerado incapaz de forma definitiva para o trabalho, após perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conforme a Lei nº 8.213/1991. "Quando a perícia conclui pela incapacidade permanente e insuscetível de reabilitação, aplica-se a regra de aposentadoria por invalidez; o histórico contributivo e a carência afetam o direito e no valor do benefício", explica Robson Gonçalves, advogado previdenciário. Requisitos e carência São exigidos: qualidade de segurado, carência de 12 contribuições (salvo dispensa legal) e incapacidade total e permanente, comprovada em perícia oficial. A conversão de auxílio por incapacidade temporária em aposentadoria por incapacidade permanente é prevista na legislação. Doenças que dispensam carência O art. 26, II, da Lei nº 8.213/1991 admite concessão sem carência nos casos definidos em norma conjunta dos Ministérios do Trabalho/Previdência e da Saúde. A Portaria Interministerial MTP/MS nº 22/2022 lista as doenças que isentam carência: Tuberculose ativa Hanseníase Transtorno mental grave com alienação mental Neoplasia maligna Cegueira Paralisia irreversível e incapacitante Cardiopatia grave Doença de Parkinson Espondilite anquilosante Nefropatia grave Estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante) Síndrome da deficiência imunológica adquirida (Aids) Contaminação por radiação Hepatopatia grave Esclerose múltipla Acidente vascular encefálico (agudo) Abdome agudo cirúrgico A isenção, em regra, exige que a moléstia tenha início após a filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Cálculo após a reforma da previdência Desde a Emenda Constitucional nº 103/2019, a aposentadoria por incapacidade permanente não acidentária é calculada em 60% da média de todos os salários de contribuição (a partir de 07/1994), acrescida de 2% por ano que exceder 20 anos de contribuição (homens) ou 15 anos (mulheres). A renda não pode ser inferior ao salário-mínimo nem superior ao teto do INSS. Já a aposentadoria por incapacidade permanente acidentária, quando decorrente de acidente de trabalho, doença profissional ou doença do trabalho, tem coeficiente de 100% da mesma média aritmética da base contributiva. "Em termos simples: depois da reforma, a regra geral parte de 60% da média e vai aumentando conforme o tempo de contribuição. Já quando é acidente de trabalho, o valor fica em 100% da média. Essa diferença explica por que alguns benefícios são maiores do que outros", esclarece Gonçalves. Acréscimo de 25% na aposentadoria por invalidez O valor da aposentadoria por incapacidade permanente pode ser majorado em 25% quando a perícia do INSS constata que o aposentado necessita de assistência permanente de outra pessoa para atividades cotidianas, nos termos do art. 45 da Lei nº 8.213/1991. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (Tema 1095), o adicional é restrito à aposentadoria por invalidez (incapacidade permanente), não se estendendo às demais espécies de aposentadoria. "Se a perícia comprova que o aposentado precisa de ajuda de outra pessoa no dia a dia, a aposentadoria pode ter um acréscimo de 25%. O STF decidiu que esse adicional vale apenas para a aposentadoria por invalidez", alerta o advogado previdenciário.

Franquias de crédito crescem com gestão enxuta e retorno ágil

Franquias de crédito crescem com gestão enxuta e retorno ágil

Segundo a Pesquisa de Desempenho do Franchising 2024, divulgada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor registrou alta de 13,5% no faturamento em relação a 2023, alcançando R$ 273,08 bilhões. O levantamento mostra que todos os segmentos cresceram, com destaque para "Serviços e Outros Negócios", que avançou 13,5% no período. Em número de operações, o sistema de franquias como um todo variou positivamente em 0,9%, totalizando 197.709 unidades em funcionamento no país. Nesse contexto, as franquias de crédito — que atuam como correspondentes bancários e intermediadores de operações financeiras — têm atraído empreendedores pela combinação de baixo investimento inicial, estrutura simplificada e suporte integral das franqueadoras. O modelo dispensa estoques, reduz custos fixos e permite que o franqueado se concentre em atividades comerciais e de relacionamento. Segundo Leandro Tamai, sócio-fundador da empresa Empréstimoney, que é uma franquia de crédito, esse formato é estratégico: "Com uma operação enxuta, o franqueado pode focar no atendimento e venda, enquanto a franqueadora assume o suporte tecnológico, compliance e relacionamento com instituições financeiras". Operação leve como vantagem competitiva O especialista pontua que franquias de crédito costumam operar em ambientes compactos — espaços reduzidos, ou mesmo em formato home office ou modelo híbrido —, com equipe pequena e uso de sistemas digitais para análise de risco, concessão e gestão de clientes. Dessa forma, os custos fixos são minimizados. "Quanto menor for a estrutura necessária para manter a operação, mais rápido será o ponto de equilíbrio", afirma Tamai. Além disso, a franqueadora costuma entregar ao franqueado um sistema completo: plataforma de crédito já homologada, integração com bancos e instituições de crédito, automação de processos de verificação documental e scoring, e treinamento. O franqueado "entra já estruturado", observa Tamai, e evita muitos dos entraves que surgem quando alguém monta um negócio financeiro do zero. Em casos de franquias bem estruturadas, parte dos processos de back office (como análise, aprovação e controle de risco) permanece na franqueadora ou em unidades centrais, o que reduz ainda mais a necessidade de equipe especializada local. Essa divisão de responsabilidades tende a aumentar a velocidade com que um novo ponto franqueado alcança rentabilidade. Retorno mais rápido e riscos Algumas redes de franquias do setor divulgam informações de retorno considerando prazos entre 12 e 24 meses. Em casos mais otimistas, especialmente em localidades com boa demanda por crédito consignado ou crédito pessoal, o retorno pode ocorrer ainda mais rapidamente. Para Tamai, "o retorno rápido só é viável se o franqueado respeitar o plano de negócio: investir em prospecção, digitalização e eficiência na operação". Ele ressalta que suportar sazonalidades é parte do desafio e que franquias de crédito devem estar preparadas para períodos de inadimplência ou retração econômica. Desafios e cautelas para o investidor Apesar das vantagens, não é garantido que toda franquia de crédito terá desempenho imediato. Fatores como localização, perfil demográfico, concorrência de fintechs e nível de digitalização local podem afetar o desempenho. O cumprimento de normas regulatórias financeiras também impôe rigor à operação. Tamai alerta: "Mesmo com estrutura preparada, o franqueado precisa dedicar esforço comercial e manter disciplina operacional. Sem isso, o modelo não entrega o retorno esperado". Ele reforça que é importante analisar o contrato de franquia, os níveis de royalties, metas de faturamento e suporte para marketing e compliance.

Vice-presidente da Venezuela oferece aos EUA transição de governo sem Maduro, diz jornal

Vice-presidente da Venezuela oferece aos EUA transição de governo sem Maduro, diz jornal

Delcy Rodriguez, ao lado de Nicolás Maduro, durante protestos a favor do regime chavista na Venezuela em janeiro de 2019 Luis Robayo/AFP A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, ofereceu aos Estados Unidos dois planos que preveem uma transição de governo no país sem a presença de Nicolás Maduro. As informações foram reveladas pelo jornal Miami Herald nesta quinta-feira (16). As propostas foram apresentadas no contexto da escalada de tensões entre os EUA e a Venezuela. Na quarta-feira (15), o presidente Donald Trump afirmou ter autorizado operações secretas da CIA em território venezuelano e disse estar estudando ataques terrestres contra cartéis do país. Segundo o Miami Herald, as propostas de transição de governo foram encabeçadas pela vice-presidente e pelo irmão dela, Jorge Rodríguez, atual presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. As tratativas foram feitas com a Casa Branca por intermédio do Catar, com o aval de Maduro, de acordo com o jornal. A primeira proposta foi apresentada em abril deste ano, quatro meses antes de os EUA enviarem navios militares para perto da costa da Venezuela. Conforme a reportagem, o plano previa a renúncia de Maduro e o acesso do governo americano ao setor de petróleo e mineração venezuelano. Ainda segundo a proposta, Maduro poderia permanecer na Venezuela e receberia garantias de segurança. Delcy assumiria o poder e manteria o “madurismo”, ao mesmo tempo que organizaria uma transição política pacífica. Enquanto isso, os EUA retirariam as acusações criminais contra o líder venezuelano. O plano de abril foi rejeitado pela Casa Branca, segundo o jornal. À época, o secretário de Estado, Marco Rubio, teria indicado que um acordo que não previsse a mudança total de regime seria inviável. Em setembro, Delcy apresentou a segunda proposta. Desta vez, ela ofereceu um governo de transição liderado por ela e Miguel Rodríguez Torres — chavista crítico a Maduro que está exilado na Espanha. Nesse cenário, o atual presidente buscaria exílio no Catar ou na Turquia. Segundo o Miami Herald, o plano também inclui nomes de membros da oposição venezuelana na transição de governo. María Corina Machado, principal liderança opositora e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, foi excluída da proposta. Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que a segunda proposta também foi rejeitada. Uma autoridade da Casa Branca disse à reportagem que os EUA desconfiam que o plano manteria estruturas criminosas do governo Maduro “sob um novo disfarce”. Vale lembrar que o governo Trump acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles, organização que, segundo pesquisadores, não existe oficialmente como grupo estruturado. Especialistas afirmam que o chamado Cartel de los Soles é, na verdade, uma “rede de redes” que facilita e lucra com o tráfico internacional de drogas. Há indícios de que Maduro seja um dos principais beneficiários do esquema, que também contaria com a participação de militares e autoridades do governo venezuelano. Neste mês, o “New York Times” reportou que Maduro também ofereceu a Trump petróleo e minerais venezuelanos para tentar reverter a crise. A oferta foi rejeitada, e os Estados Unidos fecharam a porta diplomática para a Venezuela. Operações da CIA Donald Trump autoriza a CIA a fazer operações 'letais' na Venezuela Na quarta-feira, o presidente Donald Trump disse ter autorizado operações da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela. No mesmo dia, mais cedo, o jornal The New York Times afirmou que as ações autorizadas pela CIA podem incluir “operações letais” e outras iniciativas da inteligência americana no Caribe. Com isso, os alvos poderiam ser Nicolás Maduro e integrantes do governo venezuelano. Trump disse que autorizou operações secretas da CIA na Venezuela porque o país tem enviado drogas e criminosos para os Estados Unidos. Ao ser perguntado se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar o presidente venezuelano, ele preferiu não responder. Maduro rebateu Trump horas depois e criticou o que chamou de “golpes de Estado da CIA”. O presidente venezuelano afirmou que a população rejeita qualquer tentativa de intervenção no país. “Chega de golpe da CIA. Não à mudança de regime, que tanto nos lembra das guerras eternas e fracassadas no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e assim por diante”, afirmou. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela classificou como "belicistas" as falas de Trump sobre o país. O governo afirmou ainda que os norte-americanos estão adotando políticas de "agressão, ameaça e assédio". "É evidente que tais manobras buscam legitimar uma operação de 'mudança de regime' com o objetivo final de se apropriar dos recursos petrolíferos venezuelanos", diz a nota.

Festival MADA impulsiona turismo e movimenta economia do RN

Festival MADA impulsiona turismo e movimenta economia do RN

O MADA é um dos festivais independentes mais longevos do país Carcara Audiovisual Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Norte, o Festival MADA é também um importante vetor de desenvolvimento econômico e turístico para o estado. Mais de 30% do público é formado por turistas, vindos principalmente de outras regiões do Nordeste e de diversas partes do Brasil, reforçando o alcance regional do evento. “O Festival MADA já está no calendário turístico do Rio Grande do Norte. Esse ano estamos expandindo as fronteiras e trazendo jornalistas internacionais para colocar o MADA no hall de eventos da América Latina”, afirma Raoni Fernandes, presidente da Emprotur. Mada atrai turistas de todo o país Bia Azevedo A edição de 2025 aposta no turismo como mola propulsora de negócios e na capacidade de atrair visitantes interessados em experiências culturais únicas. O festival movimenta a rede hoteleira, o comércio local, gastronomia, transporte e serviços criativos, gerando oportunidades e visibilidade para a cidade de Natal. MADA impulsiona turismo e movimenta economia do RN Carcara Audiovisual Além do impacto econômico, o MADA promove intercâmbio cultural entre artistas, público e turistas, fortalecendo o turismo cultural como experiência transformadora. A presença de visitantes de diferentes estados também cria novas conexões de negócios, networking e oportunidades de expansão para marcas patrocinadoras e para o setor cultural. Assim, o MADA se consolida como referência de festival que une cultura, turismo e desenvolvimento econômico de forma integrada e sustentável. O evento mostra que a música pode ser, ao mesmo tempo, uma experiência artística e uma ferramenta de crescimento econômico e social para a região.

Dantas PhD, Messias doutor, Pacheco com especialização: a trajetória acadêmica dos cotados para o STF

Dantas PhD, Messias doutor, Pacheco com especialização: a trajetória acadêmica dos cotados para o STF

As diferentes trajetórias acadêmicas dos principais cotados para a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) — a escolha será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com aval do Senado — ilustram como a formação universitária não é um atributo basilar, hoje, para que um candidato se torne viável na competição por uma cadeira. Os níveis variam: tem professor com PhD em Direito, doutor com vivência acadêmica menos ativa e advogado que, depois de graduado, não seguiu na vida universitária. O componente político, que abarca a confiança do presidente da República, vem sendo cada vez mais decisivo para consolidar as escolhas. Nome tido como o menos provável para a vaga, o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), é quem mais ostenta títulos acadêmicos na comparação com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, que concluiu doutorado no ano passado, e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), graduado pela PUC-Minas. Considerado favorito por ser homem de confiança do presidente Lula, Messias entregou em 2024, já à frente da AGU, a tese “O Centro de Governo e a AGU: estratégias de desenvolvimento do Brasil na sociedade de risco global”, defendida na Universidade de Brasília (UnB). Logo de cara, nos agradecimentos, o ministro manifesta sua fé: agradece a Deus, “cuja presença constante em minha vida me concede a força e a coragem necessárias para enfrentar os desafios diários, culminando na conclusão deste projeto.” Com doses frequentes de opinião política no texto, o chefe da AGU menciona a “dolorosa derrota” do projeto político Lula-Dilma Rousseff — do qual fez parte, na reta final, como subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil. Foi depois dali, diz, que sentiu o anseio de voltar à vida acadêmica. Quando se debruça sobre os governos seguintes, Messias usa conceitos como “ultraliberalismo” para criticá-los. Menciona ainda o “negacionismo” de Jair Bolsonaro na pandemia e classifica as mudanças na Previdência como uma “reforma draconiana”. A gestão Bolsonaro, segundo o AGU, impôs uma agenda que estendeu “as regras de mercado para os destituídos” e concedeu “garantias legais aos capitalistas”. Já o Lula 3, sobre o qual há um capítulo na tese chamado “Diagnóstico e ações propostas pelo Governo Lula para a retomada do desenvolvimento nacional e o enfrentamento dos riscos globais”, é apontado por ele como um governo de propostas para “superar a armadilha da estagnação econômica e lidar com os riscos globais, que até então vinham sendo ignorados pelo governo anterior”. Messias também analisa o papel do Supremo, para o qual agora é cotado, na leitura que faz sobre o período pós-Dilma. Apesar de evocar as “críticas da esquerda sobre o conservadorismo e autoritarismo do judiciário e do STF, que estariam atuando de maneira partidarizada em detrimento dos interesses do Partido dos Trabalhadores”, o atual AGU acredita que a Corte estaria, no fundo, sendo solapada “por movimentos sociais autoritários e por instâncias inferiores do Judiciário que, em última instância, buscavam reverter a própria ordem constitucional de 1988”. O Supremo, avalia Messias, buscou estancar os “abusos” da Operação Lava-Jato, reverter decisões “injustas” de instâncias inferiores e fazer frente às “ameaças golpistas que ganharam ímpeto renovado com a chegada de Bolsonaro à Presidência”. Além da formação acadêmica, Messias é funcionário de carreira da AGU, na qual entrou como procurador da Fazenda Nacional. A graduação em Direito foi feita na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dantas: professor e currículo acadêmico vasto Professor do departamento de Direito Processual da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uer)j, universidade na qual fez pós-doutorado, e do mestrado e doutorado em Direito da Regulação da FGV do Rio, Bruno Dantas se formou na Universidade Católica de Brasília. Foi na PUC-SP, no entanto, que fez mestrado e doutorado. Em ambos os casos, os estudos do ministro se concentraram em temas que têm relação com o dia a dia do STF. A dissertação, entregue em 2007, foi chamada de “Da repercussão geral: investigação sobre os aspectos processuais civis do instituto e a mudança de perfil imposta por seu advento ao recurso extraordinário brasileiro”. Depois, a tese de doutorado sobre “tutela recursal plurindividual no Brasil”, de 2013, foi adaptada para o livro “Teoria dos Recursos Repetitivos: Tutela Plurindividual nos Recursos Dirigidos ao STF e STJ”. A análise de Dantas sobre aspectos da Corte é menos política e mais focada em minúcias técnicas. Além dos trabalhos apresentados para concluir os graus de formação, Dantas se aprofundou sobre o Supremo em artigos acadêmicos. Num deles, por exemplo, analisa a súmula vinculante, mecanismo que uniformiza a jurisprudência do STF em decisões de matérias constitucionais e a espraia para os demais órgãos do Judiciário e da administração pública. Antes do TCU, tribunal que já presidiu, Dantas foi também consultor-geral do Senado e conselheiro no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Pacheco: advogado de peso Entre os cotados para a cadeira de Barroso, Rodrigo Pacheco é quem menos seguiu carreira acadêmica. Depois da graduação em Direito pela PUC-Minas, fez apenas uma especialização em Direito Penal Econômico pelo Instituto Brasileiro de Ciências Econômicas Criminais (IBCCRIM). Foi na trajetória como advogado que o mineiro se cacifou na política e no Judiciário. O nome do senador aparece em 19 processos como advogado no Supremo. Entre eles, estão recursos em casos criminais como o de um padre condenado por pedofilia e o de um fazendeiro acusado de matar um bailarino. Ao longo da carreira na advocacia, Pacheco teve alguns clientes famosos, como o ex-diretor do Banco Rural Vinicius Samarane, condenado no Mensalão, além de deputados e prefeitos de Minas. O ex-presidente do Senado também manteve atuação ativa na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na qual foi conselheiro federal e seccional, presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas dos Advogados e líder da Comissão Nacional de Apoio aos Advogados em Início de Carreira. Na política, elegeu-se deputado federal por Minas Gerais em 2014. Quatro anos depois, chegou ao Senado, Casa que presidiu por quatro anos. Indicações mais pragmáticas Para ser indicado ao STF, o candidato precisa ser brasileiro nato, ter entre 35 e 75 anos de idade e contar com notável saber jurídico e reputação ilibada. Mas, observa o professor da FGV Direito SP Rubens Glezer, as indicações passaram a ser cada vez mais pragmáticas depois do Mensalão, o que se intensificou após a Lava-Jato. O fator político ganhou peso. — Virou crucial ser alguém com quem o mundo político tenha capacidade de dialogar, que seja sensível às suas necessidades. E os presidentes também vão tentando colocar alguém que vai ser da sua confiança — diz. — Me parece que esse é o tom que temos vivido há aproximadamente uma década, e isso tem sido deletério para a legitimidade do tribunal. Antes, avalia Glezer, era mais importante que os escolhidos fossem reconhecidos pela “autoridade” no campo do Direito. Agora, afirma, os requisitos acadêmicos e de reputação ficaram em segundo plano: — Nessa abordagem pragmática, a pessoa ter reputação ilibada e notório saber jurídico quer dizer que ela não matou ninguém e é formada em Direito.

Advogada e crossfiteira: quem é a mulher que se pendurou para fora de prédio para salvar familiares de incêndio no PR

Advogada e crossfiteira: quem é a mulher que se pendurou para fora de prédio para salvar familiares de incêndio no PR

Mulher se pendura para salvar mãe e criança em incêndio em Cascavel Juliane Suellem Vieira dos Reis, mulher de 28 anos que se pendurou para fora do prédio em que mora para salvar a mãe e um primo criança de um incêndio em Cascavel, no oeste do Paraná, tem 28 anos e é advogada na cidade. Ela pratica crossfit e, nas redes sociais, mostra uma rotina saudável e de exercícios físicos e ao ar livre. Em uma publicação recente, a jovem apareceu durante um treino ao lado do cachorrinho Barthô. O animal também foi resgatado durante o incêndio e não teve ferimentos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Foz do Iguaçu no WhatsApp "Ela gosta de treinar, de sair com os amigos, de estar ao ar livre. Mas também aprecia o silêncio, o seu canto e os momentos com a família", conta o amigo Jeferson Espósito. Além de ser advogada, Juliane também praticava crossfit. Reprodução O incêndio aconteceu na manhã desta quarta-feira (15) no 13º andar de um prédio de Cascavel, no oeste do Paraná. Saiba mais abaixo. O ato de Juliane salvou a mãe dela, de 51 anos, e um primo de segundo grau, que tem 4 anos. A advogada teve queimaduras em 70% do corpo, inalou bastante fumaça e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, onde aguarda transferência para um hospital especializado em pacientes com queimaduras. Conforme o hospital, Juliane está sendo submetida a um protocolo específico para vítimas de queimaduras graves. Juliane Vieira tem 28 anos Reprodução/Redes Sociais O amigo de Juliane destaca que a atitude que ela tomou não surpreende quem a conhece. "A Ju sempre foi prática, de resolver as coisas. E o fato de ter salvado a mãe e o primo resume bem quem ela é", afirma Jeferson. O amigo destaca como outra característica marcante de Juliane a capacidade de superar situações difíceis. "Já vi a Ju passar por dias difíceis, daqueles em que a vontade era ficar na cama, sem enxergar sentido no caminho que estava trilhando. Mas era só questão de tempo até ela recalcular a rota." Juliane Vieira, de 28, ficou pendurada em um suporte de ar-condicionado para resgatar mãe e primo durante incêndio. Reprodução/Redes Sociais Jeferson acrescenta que a amiga também eram uma grande fã do cantor norte-americano Justin Bieber. Em uma foto, Juliane aparece com uma faixa, crachá e uma bandeira em um show dele, no Rock in Rio de 2022. "Quando éramos vizinhos, achava engraçado que ela deixou essa bandeira verde que aparece na foto esticada em cima da cabeceira da cama", diz o amigo Segundo o amigo, Juliane é fã do canto Justin Bieber Arquivo pessoal Leia também: VÍDEO: apartamento pega fogo no Paraná, vítima escapa e se pendura em suporte de ar-condicionado para salvar mãe e criança Apartamento destruído: Imagens mostram destruição em apartamento que pegou fogo no PR; mulher se pendurou em suporte de ar-condicionado para salvar familiares 'Nosso medo era ela cair': vizinho fala sobre resgate de vítimas penduradas durante incêndio em apartamento no PR Feridos Além de Juliane, Sueli, mãe dela de 51 anos, teve queimaduras graves no rosto, braços, pernas e inalou fumaça. Além disso, teve as vias respiratórias queimadas. Ela está internada no Hospital São Lucas, de Cascavel. Na manhã desta quinta-feira (16), a unidade informou que ela permanecia sedada e em estado grave na UTI. O menino de 4 anos, filho da prima de Juliane, teve queimaduras no quadril, nas pernas, nas mãos e no rosto. Ele também inalou fumaça e foi transferido ao Hospital Evangélico Mackenzie, de Curitiba. Um bombeiro que ajudou no resgate teve queimaduras de 1º, 2º e 3º grau nos braços, nas mãos e em parte das costas. Ele está internado. Outro bombeiro teve queimaduras nas mãos e recebeu alta. Incêndio Apartamento pega fogo no PR, e vítima se pendura para salvar mãe e criança O incêndio foi em um apartamento no 13º andar e começou na manhã desta quarta-feira (15). O edifício fica no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country. Conforme apurado pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o fogo foi visto por trabalhadores de uma obra ao lado do prédio. Eles foram até a portaria do condomínio e avisaram o porteiro, que informou os moradores, desligou o gás e a energia, e disparou o alarme de incêndio. Imagens publicadas nas redes sociais mostram a mulher pendurada na parte externa do prédio, em cima de um suporte de ar-condicionado, fazendo o resgate No apartamento, estavam Juliana, a mãe dela e o primo de 4 anos. Todos estavam dormindo quando o fogo começou. A prima dela, que é mãe da criança e também vive no imóvel, havia saído para ir à academia e não estava no local no momento do incêndio, segundo apurou a RPC. Juliane escapou do local pela janela e se pendurou em um suporte de ar-condicionado para ajudar a resgatar a mãe e a criança que estavam presas no local. Depois de fazer o resgate, ela foi retirada pelos bombeiros pela janela do apartamento em chamas. Os outros moradores do prédio foram retirados com segurança do local. As chamas foram controladas e o apartamento isolado para inspeção técnica, segundo os bombeiros. O local foi evacuado. O local foi periciado no início da tarde. Conforme o perito Rodrigo Cavalcante de Oliveira Neves, a suspeita é de que o fogo tenha começado entre a cozinha e a sala. O delegado Ian Leão, da Polícia Civil do Paraná (PC-PR), afirmou que não há indícios de incêndio criminoso no apartamento. A declaração foi dada em coletiva nesta quinta (16). Segundo ele, o caso está sendo tratado, até o momento, como incêndio acidental. O laudo técnico da perícia feita no imóvel tem prazo inicial de 30 dias para ser finalizado, podendo ser prorrogado conforme a complexidade do caso. Infográfico - Mulher se pendura em ar-condicionado para salvar mãe de incêndio em apartamento no PR Artes/g1 VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná