Marcelo D2 encerra ciclo do Planet Hemp com coragem, fé e gratidão

Marcelo D2 encerra ciclo do Planet Hemp com coragem, fé e gratidão

Três décadas depois de desafiar as regras da indústria e transformar a contracultura em força popular, o Planet Hemp chega ao último capítulo de uma história que se confunde com a do próprio rap e rock brasileiros. A turnê A Última Ponta , que desembarca em Brasília neste sábado (18), na Arena BRB, é mais do que uma despedida: é um rito de passagem. Uma celebração da ousadia, da irreverência e da consciência que sempre moveram a banda desde os primeiros acordes. Em conversa exclusiva com o Jornal de Brasília , Marcelo D2 fala sobre esse encerramento como quem entende que certos ciclos se fecham apenas para dar início a outros. Com a serenidade de quem aprendeu a transformar dor em arte e caos em propósito, ele explica que o fim do Planet Hemp não representa o fim do movimento que ele ajudou a construir. “A gente vai continuar. Todo mundo vai lançar disco, continuar trabalhando junto. O que para é o Planet Hemp, não a energia que a gente criou”, disse, entre risadas e o aroma de café fresco no ar. O tom de D2 é de maturidade, não de melancolia. “Foi uma decisão difícil, claro. É raro uma banda ganhar dois Grammys e decidir parar. Mas o Planet sempre foi movido por propósito, e a gente queria encerrar com esse mesmo espírito. Não é uma despedida pra chorar, é pra agradecer.” No lugar de um adeus silencioso, o grupo preparou uma despedida vibrante — feita de palco, suor, barulho e memória. Foto: Divulgação/@youknowmyface O show de Brasília integra uma jornada que vem atravessando o país com uma mistura de celebração e reflexão. A turnê reúne clássicos que marcaram gerações e faixas recentes do álbum Jardineiros (2022), vencedor de dois Grammys Latinos. Mais do que revisitar o passado, D2 enxerga nessa série de apresentações um manifesto. “A gente quis fazer um fechamento à altura da nossa história. Pensar o que ainda tínhamos pra dizer. Essa turnê é isso: um manifesto final, uma festa pela história que a gente construiu juntos.” E que história. Desde os anos 1990, quando a legalização da maconha ainda era tabu e a mistura de rap com guitarras soava como provocação, o Planet Hemp se impôs com coragem e coerência. Letras combativas e humor ácido transformaram o grupo em símbolo de liberdade de expressão e resistência cultural. D2, BNegão, Formigão, Pedro Garcia, Nobru e Daniel Ganjaman fizeram da banda um espaço de questionamento e pertencimento, onde música e política se cruzaram com naturalidade. Ao revisitar os marcos dessa trajetória, Marcelo se emociona ao lembrar de Skunk, cofundador da banda, falecido em 1994. “Foi muito difícil, mas também foi o que nos deu força pra seguir sem dar brecha pro sistema. O Skunk acreditava muito nesse sonho. Quando ele morreu, a gente transformou isso em fé.” Essa fé, segundo ele, foi o alicerce do grupo. “Para fazer o Planet Hemp com 22 anos, eu tive que acreditar muito. Eu era camelô, cheio de incertezas, e banquei um sonho. E valeu a pena.” Essa crença também se reflete na forma como D2 observa o momento político e social do país. “O Brasil vive uma onda de medo, de isolamento. É a política do medo, muito alimentada pelas redes sociais. E o medo é o contrário da fé. A gente veio de um lugar de combate, de acreditar que fazer o bem é revolucionário. Jardineiros fala disso: sobre plantar junto, compartilhar, sonhar um mundo melhor.” O discurso é firme, mas sereno — de quem já entendeu que o gesto mais radical é permanecer acreditando. Foto: Divulgação/@youknowmyface O artista também reflete sobre o impacto de ter atravessado gerações. “Os filhos da gente cresceram com o Planet. A música manteve a cabeça jovem. Essa é uma das maiores dádivas que a banda me deu: o pensamento jovem. Morra com a cabeça jovem, sabe? É isso.” A frase, dita com leveza, sintetiza o espírito que acompanha o grupo desde o início — rebelde, inquieto e esperançoso. O fim da banda abre espaço para novos caminhos. Além da turnê, estão em andamento um documentário e um livro que prometem contar, com liberdade e profundidade, os bastidores dessa história coletiva. “A gente quer deixar um registro bonito, não só do que foi a banda, mas do que ela representou. O Planet Hemp é mais do que a soma dos integrantes, é um movimento. Cada pessoa que cantou com a gente fez parte dessa história.” Ao se despedir, Marcelo D2 fala com gratidão e plenitude. O Planet Hemp pode encerrar sua trajetória nos palcos, mas sua mensagem segue viva — no som, nas ruas, nas ideias e em cada um que um dia se sentiu representado por ela. “O público é parte essencial de tudo. Eles são o Planet também. E é com eles que a gente vai continuar queimando tudo até a última ponta.” Serviço Planet Hemp - Turnê de despedida Data: 18 de outubro de 2025 (sábado) Local: Arena BRB - Eixo Monumental - SRPN - Asa Norte, Brasília - DF Horário de Abertura da casa: 19h Horário do Show: 23h Ingressos: eventim.com.br/planethemp

Paulo Octávio e a Memória de Brasília: 50 Anos de História no Coração da Capital

Paulo Octávio e a Memória de Brasília: 50 Anos de História no Coração da Capital

Com uma trajetória profundamente entrelaçada à história da cidade, o empresário Paulo Octávio foi um dos convidados do JBr Talks – edição especial da CASACOR Brasília. A conversa, em formato de podcast, aconteceu poucos dias antes do encerramento da 33ª edição da mostra que ocupou a icônica Casa do Candango, na 603 Sul. Celebrando 50 anos de atuação no setor imobiliário, o empresário participou de um debate enriquecedor sobre a construção de Brasília, sua trajetória e os próximos capítulos dessa narrativa em constante transformação. O arquiteto, professor e sociólogo, Marcelo Teixeira, foi o apresentador da gravação e conversou com Paulo Octávio, um dos autores da narrativa de concreto da capital do país, nos últimos 50 anos. Ele teve a trajetória de vida construída tijolo por tijolo com as ruas da cidade. Os dois conversaram sobre a PaulOOctavio Investimentos Imobiliários, fundada em 1976, com empreendimentos que fazem parte da identidade de Brasília. Na ocasião, Paulo, apaixonado pela cidade, contou que ao chegar em Brasília aos 12 anos, encontrou uma cidade futurista. "Eu fui fazendo a minha vida em Brasília, conhecendo as pessoas, me apaixonando pela cidade, porque meu pai era apaixonado por essa construção e passou para mim esse amor também". Com 50 anos de jornada, Paulo contou que a logomarca da PaulOOctavio foi criada pelo marido de sua irmã e permaneceu a mesma desde então. “Eu gosto da tradição, eu gosto de manter as coisas como são”, salientou. Além da logo, ele também afirmou no podcast, que o CNPJ da empresa permanece o mesmo desde quando foi criado.  “Eu dou muito valor a isso. Quer dizer que a empresa passou por todos os desafios, sobreviveu, está viva e crescendo”, frisou. Paixão por Brasília Paulo Octávio Alves Pereira contou no podcast que nunca pensou que se tornaria empresário, já que, na família, não havia ninguém com essa profissão. Ele inaugurou a imobiliária aos 25 anos, mas começou a trabalhar ainda mais cedo, aos 15, no mercado de seguros. “Fui desenvolvendo a minha vida, mas sempre curtindo as coisas de Brasília — cada nova quadra que surgia, cada nova escola, cada novo hospital — a gente ia vendo aquele desenvolvimento, e isso é apaixonante”, relembrou. Paulo também lembrou como tudo começou, depois que aos 15, conheceu um vizinho que tinha uma empresa de seguros de vida. "Eu procurava os professores no intervalo das aulas para vender seguro de vida, e eles falavam para mim: "Mas quem é esse menino que quer me vender seguro"? Mas eu construí um relacionamento com esses professores". Mais para frente, ele passou a trabalhar com o mercado de capitais, através de outro amigo do pai, vendendo fundos de ações ainda sem entender muito do setor. Quando completou 20 anos, conheceu um grande diretor do mercado imobiliário que o chamou para trabalhar na área. Todo esse tempo, ele conciliava o trabalho com os estudos "Depois disso, eu trabalhei 3 anos no mercado imobiliário, aprendi tudo que eu precisava aprender e resolvi montar a minha empresa”, disse. Foi quando ele fechou o primeiro contrato na Asa Norte, região que estava começando a se desenvolver. Nessa época em que virou empresário “da noite para o dia” como falou no podcast, ele começou a ver um mercado muito potencial em Brasília. Paulo descreveu que viu as cidades crescerem, não só a capital, mas cada região administrativa do DF, como Ceilândia, Riacho Fundo e Samambaia. “Esses dias fui à Samambaia e lembrei da primeira rua que abriu ali, quando eu era deputado federal. Hoje vejo prédios, luzes, movimento. É emocionante ver tudo isso acontecer.” Ele contou ainda que se impressiona com o ritmo de crescimento das cidades e que busca acompanhar esse movimento com novos projetos, como a construção do shopping que vai ser inaugurado no dia primeiro de novembro em Águas Claras. Paulo também anunciou que vai construir shoppings em regiões como Planaltina e no Gama. Para o empresário, a realidade superou o sonho que Juscelino Kubitschek teve de construir uma cidade que seria a capital da República. "Eu vejo que Brasília hoje é uma cidade que mudou o Brasil. Trouxe o desenvolvimento para toda a região do Centro-Oeste, que era esquecido no mapa", disse. Ele considera que o quadradinho deu para o país inteiro o senso de que o Brasil tinha que sair do litoral. "Todas as cidades importantes do Brasil eram litorâneas, estávamos todos voltados para o mar", pontuou. Entretanto, esse cenário mudou quando Brasília foi construída, pois houve o resgate dessa região, que começou a ser observada por todos e de repente se consolidou como o celeiro da produção do Brasil. O céu da capital Paulo foi questionado sobre o que aprendeu com o horizonte e o silêncio de Brasília, que outras cidades não poderiam ensinar e ressaltou de imediato que quem ama Brasília, olha o céu todos os dias, aprende a valorizar esses momentos e apreciar a natureza. "O céu de Brasília é fantástico. Eu olho o céu todos os dias, todas as noites", comentou. Mas para além da imensidão do céu da capital, Paulo citou que o contexto da cidade é maravilhoso e diferente de outros lugares no país: um clima seco que favorece muito, a pessoa não transpira pois está em um lugar com um clima agradável, sem um verão ou inverno rigorosos. "Se eu sair com esse terno hoje, eu posso sair com ele praticamente durante todo o ano. Essa é uma cidade que permite que você esteja bem vestido o tempo todo", destacou.  Com uma qualidade de vida extraordinária, ele elogia o planejamento de Brasília feito por Lúcio Costa, com um traçado arquitetônico que permite sair de qualquer quadra e chegar ao centro rapidamente. Cidade tombada Na ocasião, Paulo também conversou sobre o tombamento de Brasília, que ele considera ser algo que inspira mesmo com os limites impostos. “É uma inspiração, no momento que você preserva a beleza, preserva um projeto urbanístico fantástico”, afirmou. Para Paulo, o tombamento é um privilégio. Paulo descreveu que a preservação da capital é importante, por ter crescido ali e também por ter uma questão familiar muito forte, que costura a sua história de vida com a da capital: “Eu sou casado com a neta do presidente do JK e  sou vice-presidente do Memorial JK, com muito carinho e dedicação”, comentou. Apaixonado, Paulo disse na gravação que só tem investimentos na capital. Ao Jornal de Brasília, Paulo afirmou no final do projeto, que é muito importante ter conversas apaixonantes sobre esse lugar, essa cidade livre que reuniu brasileiros de todos os cantos do país. “Eu tenho a convicção de que nós somos da cidade que pode ser a mais feliz do Brasil. E para isso nós temos que trabalhar bastante para acabar com o desemprego, acabar com a má qualidade dos serviços públicos e melhorar cada vez mais os equipamentos públicos”, finalizou.

Raul Seixas ganha tributo sinfônico com Orquestra Filarmônica e Bruce Gomlevsky

Raul Seixas ganha tributo sinfônico com Orquestra Filarmônica e Bruce Gomlevsky

Nesta sexta-feira (17), o Centro de Convenções Ulysses será palco do espetáculo Raul Seixas Sinfônico. A apresentação integra o projeto Brasília em Concertos e celebra a obra de um dos maiores ícones da música brasileira, que em 2025 completaria 80 anos. O concerto combina a imponência da Orquestra Filarmônica de Brasília com a energia e a irreverência do eterno “Maluco Beleza”. Em arranjos orquestrais inéditos, o público será conduzido por uma jornada musical que revela a força poética e filosófica de Raul Seixas, unindo rock, poesia e sinfonia em uma experiência envolvente e emocionante. Foto: Divulgação A apresentação contará com a participação especial do ator Bruce Gomlevsky, que tem emocionado plateias de todo o Brasil ao incorporar Raul em uma performance intensa e visceral no espetáculo RAUL. O artista celebra o desafio e a emoção de cantar acompanhado por uma orquestra pela primeira vez. “Poder cantar sendo acompanhado por uma orquestra, por uma filarmônica, é o sonho de qualquer cantor, ator ou músico. É linda essa mistura do popular e do erudito, do rock com o clássico. Estou muito feliz de ter esse privilégio de fazer Raul Seixas, o musical, com a Filarmônica de Brasília”, comenta Gomlevsky. “Nosso espetáculo busca fazer com que as novas gerações conheçam Raul Seixas. É impressionante ver crianças de 8 ou 10 anos na plateia, levadas pelos pais que são fãs. Raul tem uma obra atemporal, universal e capaz de tocar o coração de qualquer jovem, mesmo em 2025. Ele faz muita falta no Brasil de hoje, mas deixou uma obra que continua dialogando com a nossa contemporaneidade — uma obra que precisa ser ouvida, lida e divulgada, porque Raul Seixas é o que o Brasil tem de melhor.” O espetáculo tem direção e dramaturgia de Leonardo da Selva e direção musical de Gabriel Gabrie. A produção mergulha na intimidade do processo criativo de Raulzito, inspirando-se em seus manuscritos originais — um material raro que revela reflexões sobre música, ética, amor, liberdade e o Brasil. Foto: Divulgação “Dirigir o Raul Seixas Sinfônico é um grande desafio e também uma imensa alegria. Raul foi um artista à frente do seu tempo, um criador que unia música, pensamento e poesia de forma única. Trazer sua obra para o formato sinfônico, no ano em que ele completaria 80 anos, é a realização de um sonho e um gesto de reconhecimento de sua importância cultural”, afirma Leonardo da Selva. O diretor também destaca a contribuição do músico Mauro Berba, responsável pelos arranjos da orquestra. “O Mauro é um músico completo, baixista, compositor e arranjador de grande talento. A partir do momento em que tivemos acesso aos manuscritos de Raul, ficou evidente a profundidade filosófica de sua obra. Ele não era apenas um grande músico e poeta, mas também um pensador que refletia sobre o Brasil, as relações humanas, a ética, o amor, a política e a arte. Seus escritos são universais, atemporais — e revelam um verdadeiro filósofo da canção brasileira.” Raul Sinfônico Local: Centro de Convenções Ulysses Dia: 17 de outubro (sexta-feira) Horário: 20h30 Ingressos: https://www.bilheteriadigital.com/raul-sinfonico-17-de-outubro

Lilia Cabral e Giulia Bertolli estrelam “A Lista” em curta temporada no Teatro UNIP

Lilia Cabral e Giulia Bertolli estrelam “A Lista” em curta temporada no Teatro UNIP

Após rodar mais de 14 cidades brasileiras e reunir mais de 70 mil espectadores, o espetáculo “A Lista” chega à capital federal para uma curta temporada de sexta-feira (17) a domingo (19), no Teatro UNIP. As sessões acontecem às 20h na sexta e no sábado, e às 17h no domingo, com ingressos disponíveis pelo Sympla. Com texto de Gustavo Pinheiro e direção de Guilherme Piva, a montagem é protagonizada por Lilia Cabral e sua filha Giulia Bertolli, que dividem o palco pela primeira vez. Desde a estreia, há três anos, o espetáculo conquistou o público ao equilibrar humor e emoção em uma história sobre convivência, empatia e encontros inesperados. Na trama, Laurita (Lilia Cabral), uma professora aposentada ranzinza e ressentida, tem sua rotina transformada por Amanda (Giulia Bertolli), jovem vizinha que, durante o isolamento social, se oferece para fazer compras para os idosos do prédio em Copacabana. Dessa convivência forçada nasce uma amizade improvável — e profundamente humana. Giulia bertolli e Lilia cabral na peça A Lista. Foto: Priscila Prade A peça marca o retorno de Lilia Cabral aos palcos de Brasília após 14 anos, desde “Maria do Caritó”, em 2011. O texto foi publicado pela Editora Cobogó, na coleção Dramaturgia, e adaptado para o cinema pela Globoplay, com elenco estrelado por Toni Ramos, Beth Faria, Letícia Colin, Rosamaria Murtinho, Reginaldo Faria, Tony Tornado, Zezeh Barbosa e Betty Faria. Um encontro de gerações Compartilhar o palco pela primeira vez tem sido uma experiência intensa para mãe e filha. “Cada dia é uma experiência nova, porque o teatro nunca é o mesmo”, diz Lilia. “A gente compartilha todas as emoções possíveis e a nossa cumplicidade, não só como mãe e filha, mas como atrizes. Quando olho para a Giulia, vejo a imensa responsabilidade e o talento dela em dominar o palco com tão pouca idade. Essa troca é muito bonita — somos de gerações diferentes, mas vivemos as mesmas emoções.” Giulia bertolli e Lilia cabral na peça A Lista. Foto: Priscila Prade A atriz reflete ainda sobre o caráter atemporal dos temas abordados. “Solidão e empatia são temas universais. O tempo pode passar, mas as emoções continuam. Quando se está verdadeiro diante de uma história, ela tem a obrigação de chegar até o público — e isso independe da época ou da idade de quem assiste.” Copacabana como metáfora do Brasil O autor Gustavo Pinheiro explica que ambientar a trama em Copacabana foi uma escolha simbólica. “A peça é uma crônica do Brasil e não há lugar melhor para falar do país do que Copacabana — essa grande metáfora onde o melhor e o pior convivem o tempo todo. Morei ali por dez anos, minha mãe ainda mora, e sempre me fascinou essa mistura de pessoas, essa beleza caótica.” O diretor Guilherme Piva, também ex-morador do bairro, acrescenta: “O texto é uma montanha-russa de emoções, cheio de camadas que vão do riso ao choro, da dor ao amor. Trabalhamos para equilibrar leveza e profundidade, conduzindo esse encontro de duas gerações numa comédia dramática cheia de poesia e afeto.” Espetáculo A LISTA De 17 a 19 de outubro de 2025 Sexta e Sábado, às 20h e domingo, às 17h Local: Teatro Unip | End: SGAS 913 Asa Sul | Dentro da faculdade Unip Duração: 75 minutos Gênero: Comédia dramática Classificação etária: 12 anos Ingressos: A LISTA em Brasília - Sympla

Entre o sangue e o silêncio: 6 animes para perder o sono neste Halloween

Entre o sangue e o silêncio: 6 animes para perder o sono neste Halloween

Esqueça fantasmas de lençol e vilões caricatos, o terror japonês vai muito além disso. Nos animes, o medo costuma nascer de dentro: da culpa, da solidão e das transformações do corpo e da mente. É o tipo de horror que cutuca, incomoda, perturba e, às vezes, até emociona. Selecionamos seis produções que exploram o terror sob diferentes formas, psicológico, existencial e visceral. Se você procura mais do que sustos fáceis, prepare-se para encontrar monstros que falam muito sobre nós mesmos. Hellsing Terror gótico com vampiros cruéis e organizações secretas. A premissa do anime gira em torno da organização Hellsing, que combate criaturas sobrenaturais (vampiros, criaturas não-mortas) para proteger o Reino Unido. O vampiro Alucard trabalha para Hellsing, servindo como arma letal contra inimigos. Essa combinação de ação sobrenatural e terror clássico de vampiros dá ao anime uma identidade própria, uma mistura elegante entre o horror europeu e a energia frenética dos animes modernos. Hellsing é violento, estiloso e repleto de personagens carismáticos, especialmente o enigmático Alucard, cuja presença domina a tela com um carisma tão assustador quanto hipnótico. https://www.youtube.com/watch?v=7CQKMDFAKMk Onde assistir: Crunchyroll, YouYTube Prime Video Devilman Crybaby Esse aqui é um dos casos mais intensos que você pode escolher como porta de entrada no terror anime. Na trama, o jovem Akira Fudō descobre com seu amigo Ryo Asuka que demônios estão ressurgindo para retomar o mundo humano. Para enfrentá-los, Akira funde-se a um deles e se torna “Devilman”: ele ganha poder demoníaco, mas mantém seu coração humano. O que chama atenção na série é o contraste radical entre o horror explícito e os dilemas morais profundos, identidade, traição, medo coletivo, culpabilidade. Tudo isso muito bem representado através da animação É visualmente chocante, sem recuos em cenas violentas e perturbadoras ao longo dos 10 episódios. https://www.youtube.com/watch?v=ww06yGPM7Kc Onde assistir: Netflix Elfen Lied Se você gosta de tensão emocional e cenas violentas, Elfen Lied pode te fisgar. Lucy, uma mutante da espécie Diclonius, consegue escapar de um centro de pesquisa. Ela carrega memórias fragmentadas e, ao perder a cabeça (literalmente) numa fuga, desenvolve uma segunda personalidade infantil chamada Nyu. Ela é acolhida pelos estudantes Kōta e Yuka, sem saberem quem, ou o que, realmente esconderam em casa. O ponto envolvente da trama é como Lucy/Nyu transita entre a pureza infantil e a brutalidade vingativa dentro de si e como os humanos reagem ao “monstro dentro de casa”. A história fala sobre discriminação, sofrimento, trauma e moral ambígua através de muitas cenas de violencia física e psicológica ao longo de 13 episódios (mais um OVA entre os episódios 10 e 11). https://www.youtube.com/watch?v=GvhVHBv6v1Q Onde assistir: Crunchyroll e Prime Video Parasyte: The Maxim Uma escolha bem equilibrada entre sci-fi, horror e reflexão. Aqui, parasitas alienígenas invadem a Terra e se alojam nos cérebros humanos. O protagonista, Shinichi Izumi, acaba com um parasita chamado Migi inserido em sua mão direita, e eles passam a compartilhar o corpo. Agora, enquanto lutam contra outros parasitas, Shinichi tenta manter sua humanidade. O roteiro mergulha fundo nas questões filosóficas sobre empatia, sobrevivência e a natureza da vida. O medo de perder a própria alma é constante, e o espectador é provocado a se perguntar quem são, afinal, os verdadeiros monstros: os parasitas que matam para sobreviver ou os humanos que destroem por escolha. Visualmente intenso e com uma trilha sonora viciante, o anime dosa com precisão ação visceral, momentos de tensão psicológica e diálogos que convidam à reflexão em 24 episódios. https://www.youtube.com/watch?v=2ilVWE9uw88 Onde assistir: Netflix Kabaneri of the Iron Fortress Mistura de steampunk com terror zumbi. A história se passa num mundo devastado por criaturas chamadas Kabane, que são seres quase imortais que transformam humanos com suas mordidas. Os sobreviventes se refugiam em fortalezas móveis e usam trens blindados para se locomover. A protagonista Mumei e o engenheiro Ikoma encaram missões para sobreviver e desvendar segredos dessa epidemia. O grande destaque do anime está em sua ambientação claustrofóbica e cinematográfica: boa parte da ação acontece dentro de trens blindados que cruzam um Japão feudal devastado por criaturas sedentas de sangue. Essa escolha de cenário não é apenas estética — ela amplifica a sensação de confinamento e desespero, onde cada estação representa tanto uma pausa quanto uma nova ameaça. https://www.youtube.com/watch?v=lQ9VjFBqfH8 Onde assistir: Crunchyroll Uzumaki Uma adaptação mais recente de um dos trabalhos clássicos do mestre do horror Junji Ito. Em uma pequena cidade costeira, uma maldição ligada a espirais começa a infectar as pessoas e o ambiente, tudo passa a se torcer, girar e enlouquecer. A protagonista, Kirie Goshima, presencia fenômenos estranhos e perturbadores ao redor. Visualmente, o anime é uma homenagem viva ao traço inconfundível do mangá original: linhas densas, contrastes agressivos e um preto e branco que cria um clima quase hipnótico. É uma experiência sensorial e psicológica, onde cada espiral parece puxar o espectador para dentro do próprio pesadelo. Com apenas quatro episódios, Uzumaki entrega uma imersão intensa e sufocante, ideal para quem prefere um terror que incomoda mais pela atmosfera e pela ideia do que pelo susto. https://www.youtube.com/watch?v=2ivmweJQaco Onde assistir: HBO Max

Cena na Quebrada reafirma a potência da arte periférica na Estrutural

Cena na Quebrada reafirma a potência da arte periférica na Estrutural

Até este domingo (19), a Cidade Estrutural volta a se tornar um grande palco de criação, convivência e resistência cultural. Em sua segunda edição, o Cena na Quebrada – Festival de Teatro consolida-se como uma das principais iniciativas de valorização da arte periférica no Distrito Federal. Totalmente gratuito, o evento ocupa praças públicas, escolas e o Espaço Cultural CREAS, mantendo o compromisso com a descentralização da cultura e a ampliação do acesso ao teatro. Mais do que uma mostra de espetáculos, o festival se estrutura como um movimento de afirmação artística e política. “O Cena na Quebrada surge da necessidade de democratizar o acesso ao teatro tanto para artistas e coletivos que historicamente tiveram sua produção invisibilizada, quanto para o público das periferias, que muitas vezes não tem acesso à fruição artística no próprio território”, explica Lucas Isaksson, diretor artístico do festival. Teatro como resistência Idealizado a partir da constatação de que os grandes eventos de artes cênicas raramente chegam a territórios periféricos, o festival se propõe a romper com a lógica elitista e excludente que marca parte da produção cultural. Para Isaksson, o evento “rompe com essa estrutura ao colocar a periferia no centro da cena teatral por uma semana, irradiando a partir dela reflexões sobre arte, território e cidadania”. Neste ano, a curadoria prioriza obras que dialogam com pautas sociais contemporâneas e ampliam a visibilidade de artistas historicamente afastados dos circuitos tradicionais. Entre os nove espetáculos selecionados estão produções de diferentes linguagens, como Os Saltimbancos (Coletivo Arrow Workshop), O Segredo do Tecnomundo (Grupo Teatro dos Ventos), Show de Palhágica (Chouchou Produções), Último Dia (Grupo Raiz de 3), Dia de Baile (Coletivo Ubuntu), Os Irmãos Sukulonsky (Cia. CircomVida), Eternos (Cia. Barril), Traquinagens de Maquinário e Maravilha (Grupo Chamados Lúdicos) e De Fio a Pavio (Cia. Cumbuca). O segredo do tecnomundo. Foto: Divulgação Dia de baile. Foto: Thaiane Miranda/ Divulgação A abertura oficial acontece hoje, às 20h, no Espaço Cultural CREAS. O evento de abertura será uma performance coletiva que traduz o espírito do festival, múltiplo, urbano e sensorial. Comunidade como protagonista Para Wanderson de Sousa, diretor de produção e morador da Estrutural, o festival é resultado direto da força comunitária. “Ver a Estrutural se transformar em palco de um festival como o Cena na Quebrada é algo profundamente simbólico. Eu que cresci nesse território, sei o quanto ele é potente, mas também o quanto foi invisibilizado ao longo dos anos. Produzir cultura aqui é um ato de resistência, de amor e de afirmação.” Segundo ele, esse ano o público pode esperar uma programação “mais ampla e diversa, com espetáculos que dialogam com diferentes faixas etárias e linguagens artísticas”, com destaque para as produções voltadas às crianças. Das nove apresentações, cinco foram pensadas especialmente para o público infantil. “Foi emocionante ver a comunidade ocupando os espaços das apresentações, com crianças, jovens e idosos vivenciando o teatro muitas vezes pela primeira vez. O festival deixou o sentimento de que a quebrada também é lugar de arte, celebração e resistência”, afirma. Wanderson destaca ainda os aprendizados da experiência: “Fazer cultura na periferia é também um exercício de gestão, diálogo e afeto. Aprendemos a importância do planejamento colaborativo, que envolve artistas, escolas e lideranças comunitárias, e o quanto a comunicação precisa ser acessível e próxima, usando redes sociais e o boca a boca como ferramentas poderosas de mobilização”. Linguagens que nascem do território Entre as produções desta edição está Dia de Baile , dirigido por Ellen Gabs e Gabriel da Paz, do Coletivo Ubuntu. A artista destaca a importância de trazer o funk e suas narrativas para o centro da cena: “A nossa proposta enquanto espetáculo é fazer uma imersão ao baile funk, trazendo o contato com a evolução do funk no Brasil, com a dança e com as histórias que acontecem dentro das nossas periferias”. A diversidade de linguagens é, para Isaksson, um reflexo direto da multiplicidade da quebrada. “A quebrada é múltipla, não pode nem deve ser reduzida a uma única forma de expressão. Buscamos reunir espetáculos que conversam com todas as faixas etárias e sensibilidades: alguns abordam amizade e afeto, outros trazem reflexões sobre violência policial, cotidiano e resistência. Há produções lúdicas e obras que incorporam o funk e a musicalidade popular como centro do debate”, explica. De fio a pavio. Foto: Sant.cae/ Divulgação Desafios e futuro Realizar um festival desse porte em um território periférico ainda impõe desafios. Isaksson ressalta que “os principais desafios estão diretamente ligados à captação de recursos e ao fomento cultural”. Segundo ele, a realização só é possível “graças ao Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e ao profundo conhecimento das necessidades desse tipo de projeto por parte da equipe de produção”. Como parte do processo de aprimoramento, o festival adota nesta edição um questionário virtual para ouvir o público e compreender suas percepções. “Sentimos a importância de aperfeiçoar essa relação para entender o que funciona, o que pode ser melhorado e quais são os desejos da comunidade”, diz Isaksson. Com uma programação de cinco dias e nove espetáculos voltados a diferentes públicos, o Cena na Quebrada consolida-se como um espaço de celebração, escuta e transformação social por meio da arte. “Nosso objetivo é consolidar o Cena na Quebrada como uma referência em festivais teatrais periféricos e plantar sementes para que outras iniciativas floresçam”, conclui o diretor artístico. Show de palhágica. Foto: Jullyely Roberta/ Divulgação Programação: Dia 17/10 – sexta-feira A noite no Espaço Cultural CREAS começa com a Abertura Oficial às 20h, com DJ e encontro cultural, seguida do espetáculo "Dia de Baile", do Coletivo Ubuntu. A montagem investiga a cultura do funk como manifestação cultural originária das periferias, explorando-a não apenas como movimento musical, mas como símbolo de resistência e representação para grupos marginalizados. Dia 18/10 – sábado Às 16h, na Praça Central, a Cia. CircomVida apresenta "Os Irmãos Sukulonsky", que acompanha a jornada de dois irmãos circenses forçados a repensar a tradição familiar ao receberem um convite para criar um espetáculo contemporâneo. A peça é uma busca por um novo picadeiro onde a única bagagem é sua própria história. Às 20h, no CREAS, a Cia. Barril exibe "Eternos", espetáculo que transporta o público para a virada do milênio, acompanhando quatro amigos que fazem um pacto de amizade eterna ao final do ensino médio. Anos depois, o reencontro revela como o tempo transformou seus vínculos, em uma reflexão sobre a força e a fragilidade das relações. Dia 19/10 – domingo Às 16h, na Praça Central, o Grupo Chamados Lúdicos promove o espetáculo circense "Traquinagens de Maquinário e Maravilha", onde dois palhaços se enfrentam em desafios de truques e acrobacias, disputando a atenção da plateia em uma divertida brincadeira coletiva. Encerrando a programação, às 20h, no CREAS, a Cia. Cumbuca apresenta "De Fio a Pavio", baseado na crônica "A Moça Tecelã" de Marina Colasanti. A peça conta a história de uma moça e seu tear mágico em uma jornada de liberdade e autoconhecimento, refletindo sobre a importância de estabelecer limites e se libertar de amarras emocionais. Dia de baile. Foto: Thaiane Miranda /Divulgação Cena na Quebrada – 2ª Edição Quando: até 19 de outubro Onde: Cidade Estrutural (DF) – Praça Central, escolas públicas e Espaço Cultural CREAS Entrada gratuita

Monólogo “Invisível” expõe a violência em relações homossexuais

Monólogo “Invisível” expõe a violência em relações homossexuais

A violência doméstica e o abuso em relacionamentos amorosos seguem temas urgentes no Brasil, país que lidera rankings mundiais de assassinatos de pessoas LGBTQIAPN+ e registrou recorde de feminicídios em 2023. Mas ainda são raros os trabalhos artísticos que abordam, com profundidade, as dinâmicas abusivas entre casais do mesmo sexo. É justamente esse tabu que o monólogo “Invisível”, protagonizado por João Côrtes, coloca sob os refletores do Teatro Brasília Shopping, com apresentações hoje, amanhã e domingo. Com texto de Moisés Bittencourt e direção de Fernando Gomes, a peça foi indicada a melhor ator e melhor iluminação na Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis (FITA). A temporada brasiliense integra a programação da Mostra Teatral Brasília e conta com patrocínio do Grupo Bali, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura. Foto: Divulgação O amor que adoece Em cena, Côrtes interpreta Eduardo, um homem que vive um relacionamento abusivo com o namorado Michel, ambos interpretados pelo ator. A relação, inicialmente marcada pela paixão, se transforma em um ciclo de violência física e psicológica, agravado quando o casal passa a dividir o mesmo teto. Ao denunciar o parceiro, Eduardo enfrenta o descaso e o preconceito de quem deveria protegê-lo. “A sociedade fecha os olhos para determinadas minorias. Estamos mostrando que essas pessoas existem, não são invisíveis e estão no mesmo barco, seja trans, hetero, bissexual... ”, afirma o autor Moisés Bittencourt. O desafio do espelho Para João Côrtes, conhecido por trabalhos no cinema, na TV e na publicidade, o espetáculo representa uma virada artística e pessoal. É seu primeiro monólogo e, segundo o ator, também um mergulho em profundezas emocionais: “Essa é uma peça muito desafiadora, com uma demanda física e emocional enorme. Descobri uma força que não imaginava ter. Me arremessei inteiro nessa história, nesse penhasco e descobri que consigo voar”, conta. O ator destaca o processo de pesquisa emocional que empreendeu para dar vida aos personagens. “Apesar de não ter vivido um relacionamento abusivo, busquei abusos e sentimentos que vivi de qualquer maneira. Abuso é universal”, afirma. Para ele, “Invisível” é mais que um espetáculo: é também uma denúncia e um gesto político. “Existe uma visceralidade intrínseca no teatro. Estar ali, presente, exposto, é sagrado, ainda mais quando se aborda temas como esse. A responsabilidade é imensa. É mais do que teatro, é denúncia também. É político. Você pode estar representando muita gente ali no palco”, reflete. Foto: Divulgação Côrtes ainda ressalta o papel da arte como ferramenta de transformação. “A representatividade é fundamental nesse processo. É urgente contar histórias múltiplas, para que todos possam se sentir representados, vistos e honrados. Sem a arte, a vida se torna intragável, principalmente para quem traça caminhos tortuosos.” Entre o desconforto e a reflexão “Invisível” não se limita a retratar a dor da violência doméstica. A peça também convida o público a refletir sobre o silêncio que envolve o tema, especialmente entre homens. “Já ouvi inúmeros relatos de homens que viveram histórias parecidas e se sentiram confortáveis para compartilhar suas vivências comigo. Ao mesmo tempo, sei que essa é uma peça que incomoda, que provoca. Mas isso é um ótimo sinal. É através do incômodo que a mudança acontece”, diz Côrtes. A montagem aposta na força da interpretação e em uma estética minimalista para fazer o público encarar o desconforto como ponto de partida para a empatia. “Relações abusivas são complexas, cheias de camadas, nuances, contradições. Foi preciso cuidado e sensibilidade pra mergulhar nessas águas. É dentro desse jogo de poder, vulnerabilidade e violência que mora a riqueza dessa peça: falar de seres humanos, de luz e sombra”, conclui o ator. Foto: Divulgação Serviço Monólogo Invisível Onde: Teatro Brasília Shopping – SCN, Q. 5, Bl. A – Térreo Quando: 17, 18 e 19 de outubro. Sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h Ingressos: R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira). Populares: R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira) no site Duração: 65 min Classificação: 16 anos

Grupo Pele leva poesia, dança e acrobacias à CAIXA Cultural

Grupo Pele leva poesia, dança e acrobacias à CAIXA Cultural

Até este domingo (19), a CAIXA Cultural Brasília recebe o espetáculo Um Lugar de Amor , do Grupo Pele, companhia brasiliense que mistura dança contemporânea, teatro, acrobacias aéreas e artes visuais em suas criações. A montagem, inspirada no livro homônimo escrito e ilustrado pelos fundadores do grupo, Carlos Guerreiro e Catherine Zilá, apresenta de forma poética o encontro dos personagens Sol e Lua, dois corpos celestes que se afetam e se completam, movendo mares, mundos e emoções. Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, o espetáculo é embalado por uma trilha sonora marcada por clássicos da Música Popular Brasileira e promete encantar públicos de todas as idades. Foto: Satine Cunha/ Divulgação Para Catherine Zilá, bailarina e co-diretora, a montagem é um convite ao encontro e à sensibilidade. “O espetáculo fala sobre relações, de como afetamos a vida de outras pessoas e como nos deixamos afetar, tendo sempre a liberdade de ser quem somos dentro de qualquer relação, como um ponto de equilíbrio”, afirma. Ela destaca ainda que a obra é uma excelente opção para famílias no Mês das Crianças: “É uma chance de levar as crianças ao teatro e fugir das telas de celular e computador.” Já Carlos Guerreiro, bailarino e co-diretor, celebra o retorno da montagem em um novo momento. “ Um Lugar de Amor nasceu literalmente de um lugar de amor, porque não tínhamos verba. Fomos nos virando com o que tínhamos, mas com um enorme desejo de criar”, relembra. Agora, com o apoio do FAC, a reestreia ganha novos contornos. “O espetáculo está mais maduro, com soluções de cena mais elaboradas e novos elementos cênicos. Quem nunca viu vai se apaixonar; quem já viu terá gratas surpresas em uma versão aprimorada.” O trabalho une poesia e movimento. Tecidos acrobáticos e uma escada cenográfica ajudam a construir a atmosfera lúdica da narrativa, em que Sol e Lua parecem realmente flutuar. “Esses elementos fazem o espectador acreditar que os corpos estão em órbita, ou fora dela, quando se encontram, assim como nos sentimos em alguns relacionamentos”, explica Guerreiro. Foto: Humberto Araújo/ Divulgação Um Lugar de Amor integra o projeto Pele em Curso, que prevê quatro montagens do grupo em diferentes regiões do Distrito Federal. Além desta produção, o repertório inclui os espetáculos Inabitável , A Sós e O Labirinto de Vidro . Acessibilidade e programação A temporada traz sessões acessíveis: hoje, 17, às 15h, haverá apresentação exclusiva para escolas públicas com audiodescrição; amanhã, 18, às 19h, o público contará com intérprete de LIBRAS. Espetáculo Um Lugar de Amor Onde: Teatro da CAIXA – CAIXA Cultural, SBS Quadra 4 Lotes 3/4 – Asa Sul, Brasília – DF Quando: 17 a 19 de outubro 17/10 (sexta) – 15h | Sessão com audiodescrição 18/10 (sábado) – 19h | Sessão com intérprete de LIBRAS 19/10 (domingo) – 18h Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) no site Classificação indicativa: Livre para todos os públicos

Peças de Odete Roitman em 'Vale Tudo' passam de R$ 30 mil; veja os valores e as grifes

Peças de Odete Roitman em 'Vale Tudo' passam de R$ 30 mil; veja os valores e as grifes

Se a memória de milhões de telespectadores guarda o mistério sobre quem matou Odete Roitman, o mesmo não acontece com o estilo da vilã de Vale Tudo. Interpretada por Debora Bloch, a personagem, conhecida por sua postura firme e presença dominante, também se destacou pelo guarda-roupa elaborado, que refletia poder, liderança e sofisticação. O figurino, assinado pela figurinista Marie Salles, tornou-se parte fundamental da narrativa. Juliana Paes fala sobre beleza, autocuidado e maturidade: 'A verdadeira liberdade é fazer o que quiser' 'Me sinto cada vez mais conectada com a moda': Lore Improta embarca em jornada transformadora por Paris Marie Salles buscou referências em ícones da moda internacional, incluindo Miranda Priestly, do filme "O Diabo Veste Prada", para criar um visual que transmitisse autoridade. O processo de composição dos looks envolveu garimpos em brechós de luxo em São Paulo e outlets, além de parcerias com estilistas renomados como Alexandre Herchcovitch, Mateus Cardoso, Sandro Barros e Vitor Zerbinato, responsáveis por peças exclusivas para a personagem. Grifes internacionais como Valentino, Emporio Armani, Chanel e Christian Dior também marcaram presença no figurino, enquanto lingeries foram assinadas por Intimissimi, La Rouge Belle, Lougerie e Lutecia. Entre os destaques do guarda-roupa de Odete, a camisa Balmain de poá combinada com a bolsa Valentino Garavani 9TO5 se tornou icônica, especialmente na cena em que a vilã atira em Ana Clara (Samantha Jones). Odete Roitman usa bolsa Valentino de R$ 25 mil ao chegar na novela 'Vale Tudo' Divulgação/TV Globo A bolsa, vendida por R$ 25.200 na Farfetch, acompanhou Odete em diversas cenas, consolidando o estilo refinado da personagem. Outro clássico inclui a calça reta de lã com cintura alta da marca Casablanca, atualmente em promoção na Farfetch por R$ 3.836, que complementava terninhos elegantes. As joias usadas por Debora Bloch no remake de Vale Tudo foram selecionadas pelo fashion designer Sandro Barros Ruby Lane /Reprodução As joias também tiveram papel central na construção da personagem. Sandro Barros foi responsável pelas peças usadas por Debora Bloch, incluindo uma gargantilha vintage em prata esterlina 925, com inspiração Art Nouveau, disponível na Ruby Lane. Para ocasiões especiais, como o casamento do filho Afonso com Maria de Fátima, Odete usou acessórios exclusivos do joalheiro grego Nikos Koulis, incorporando ainda mais sofisticação ao figurino. Débora Bloch como Odete Roitman Globo/ Estevam Avellar Entre os casacos, o Trench Coat The Chelsea Heritage da Burberry se destacou, valorizando a entrada de Odete na trama, que contou com helicóptero e toda a imponência que a personagem exigia. Vendido por R$ 14.750 no site da Farfetch, o trench coat foi um dos símbolos de autoridade da vilã. Joias de Odete Roitman em "Vale tudo" Reprodução/Globo e Divulgação No campo das joias, os brincos H.Stern em Ouro Nobre 18K com diamantes cognac, disponíveis por R$ 32.300, complementaram o visual em cenas de looks all black. Peças de Odete Roitman em 'Vale tudo' Divulgação Giorgio Armani também marcou presença no guarda-roupa de Odete, como na blusa estilo túnica com decote redondo e cortes a laser, vendida por 410 euros (R$ 2.599,90), reforçando o equilíbrio entre o clássico e o contemporâneo no figurino da personagem.

Eye patches viram acessório de luxo e símbolo de autocuidado nas redes; entenda o motivo

Eye patches viram acessório de luxo e símbolo de autocuidado nas redes; entenda o motivo

O que antes era um gesto íntimo de skincare virou uma tendência global de moda e comportamento. Os eye patches, pequenas máscaras adesivas aplicadas sob os olhos para aliviar o inchaço e hidratar a pele, deixaram o banheiro e foram parar nos bastidores de desfiles, nos vídeos do TikTok e até nas campanhas das grandes marcas de luxo. Influenciadora muda o rosto após sugestões do ChatGPT: 'Foi mais eficaz que conversar com uma pessoa' Existe amizade entre ex? Especialista esclarece os dilemas das relações pós-término sem drama Grifes como Dior, Chanel e Dolce & Gabbana lançaram suas versões do acessório, enquanto a Rhode, marca da modelo e empresária Hailey Bieber, transformou o produto em objeto de desejo. Suas fotos usando patches brancos estampados com o logo da marca viralizaram e impulsionaram um novo símbolo de autocuidado elegante, rápido e esteticamente cool. No TikTok, a hashtag #eyepatch ultrapassa 250 milhões de visualizações, reforçando o impacto da tendência entre criadores de conteúdo e fãs de skincare. Os eye patches conquistaram o público pela combinação entre praticidade e resultado imediato. Feitos de gel ou hidrogel, são ricos em ácido hialurônico, cafeína e peptídeos, que suavizam olheiras, reduzem o inchaço e hidratam profundamente a pele em poucos minutos. O efeito é instantâneo: o olhar ganha frescor, vitalidade e luminosidade. Dermatologistas explicam que se trata de um tratamento de impacto rápido, ideal para reanimar a pele cansada antes da maquiagem ou de compromissos importantes. Mas o sucesso dos patches vai além da função estética. Exibir o gesto de se cuidar virou parte do estilo de vida contemporâneo. Nas redes sociais, é comum ver influenciadoras e celebridades incorporando o acessório à rotina diária, mostrando que autocuidado e vaidade podem caminhar juntos. O que antes era restrito ao espelho do banheiro agora é parte da estética do dia a dia, simbolizando tempo, bem-estar e confiança. Patches para os olhos conquistaram o feed e também a influenciadora Janaína Prazeres Reprodução Instagram No Brasil, a influenciadora Janaína Prazeres é uma das adeptas declaradas do produto. Ela conta que usa os adesivos todas as manhãs, especialmente em dias de compromissos. "Costumo aplicar logo ao acordar, enquanto tomo café e organizo meu dia. Em quinze minutos já sinto a região mais suave e o olhar mais leve", diz. Janaína afirma que percebeu melhora na hidratação e na textura da pele ao redor dos olhos e que os resultados também aparecem na maquiagem, com o corretivo aderindo melhor e marcando menos. Mais do que um cuidado de beleza, Janaína enxerga no uso dos patches uma forma de expressão pessoal. "Virou um acessório que transmite cuidado e confiança. Já usei em aeroporto e no camarim antes de ensaios. A sensação é de que estou me preparando não só por fora, mas por dentro também", afirma. Para ela, o ritual é uma pausa necessária no meio da rotina. De skincare ao street style: eye patches ganham status de tendência de luxo Freepik Os eye patches representam o encontro entre tecnologia cosmética e linguagem visual. Ao mesmo tempo em que revitalizam a pele, refletem uma nova forma de viver a beleza: visível, leve e autêntica. Em tempos de pressa e excesso de filtros, exibir o cuidado virou o novo luxo e talvez o verdadeiro segredo de uma pele radiante seja justamente esse, o tempo dedicado a si mesma.

Espanha chega à Copa do Mundo de 2026 como favorita absoluta

Espanha chega à Copa do Mundo de 2026 como favorita absoluta

A menos de um ano da Copa do Mundo, é difícil sustentar qualquer argumento que não coloque a Espanha como a grande favorita ao título. Nesta data Fifa, o time comandado pelo técnico Luis de la Fuente chegou à quarta vitória em quatro jogos das eliminatórias europeias e lidera o Grupo E com 15 gols marcados e nenhum sofrido. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.