
PL aposta em brecha no regimento para evitar cassação de Eduardo Bolsonaro
A cúpula do PL segue em busca de um caminho para tentar evitar a cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está em autoexílio nos Estados Unidos desde fevereiro. Novo gesto de Fux faz ministros desacreditarem na paralisação do julgamento de Bolsonaro Gleisi cobra líderes pela cassação de Eduardo Bolsonaro A alternativa que as lideranças do partido avaliam no momento uma brecha no regimento da Câmara dos Deputados que permita a Eduardo exercer o mandato mesmo à distância. A estratégia atual seria nomear o filho de Jair Bolsonaro para uma função que o possibilite manter sua cadeira de deputado atando remotamente. Para viabilizar o plano, auxiliares jurídicos de parlamentares do PL estão mergulhados no regimento da Casa. A ideia é apresentar a proposta nos próximos dias. Mensagens obtidas pela Polícia Federal, na investigação que indiciou Eduardo e Jair Bolsonaro por coação, entre outros crimes, revelam que o ex-presidente tem buscado formas de evitar a cassação do filho. Como revelou O GLOBO, Bolsonaro articulou uma mudança nas regras da Câmara e chegou a considerar a indicação de Eduardo para um cargo no governo de Tarcísio de Freitas, com o objetivo de preservar o mandato do deputado. Em conversa com a coluna, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu que Eduardo seja cassado pela Câmara antes de acumular faltas suficientes para ser desligado automaticamente do cargo. A ministra também cobrou o envolvimento dos líderes da Casa e afirmou que a cassação do deputado não cabe apenas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Na sexta-feira (15), Motta enviou quatro pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro ao Conselho de Ética. As solicitações estavam paradas na Mesa Diretora da Câmara.