
Operação mira grupo criminoso que fabricava fuzis para favelas do RJ, como Rocinha e Complexo do Alemão
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira, a Operação Forja, que tem como alvo um grupo criminoso suspeito de fabricar fuzis para favelas do Rio, como Rocinha e Complexo do Alemão. Agentes cumprem dez mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão no RJ, em São Paulo e em Minas Gerais. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de R$ 40 milhões em bens e valores dos investigados, com o objetivo de descapitalizar a quadrilha. De acordo com as investigações, a produção do bando era em escala industrial, com capacidade estimada em 3,5 mil fuzis por ano. Estava foragido: Polícia prende chefe do tráfico de Mato Grosso em apartamento de alto padrão na Barra da Tijuca Longa lista de adeptos: Segredos da Maçonaria atraem jovens cariocas a partir de vídeos virais e influenciadores nas redes A investigação é um desdobramento da "Operação Wardogs", realizada em outubro de 2023. Na ocasião o chefe do grupo foi preso em flagrante com 47 fuzis, levando à interdição de uma primeira fábrica ilegal de armas em Belo Horizonte (MG). Mesmo em prisão domiciliar, após ser condenado a uma pena de 12 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça do Rio, ele continuou a comandar a organização, afirma a Polícia Federal. Segundo os investigadores, a produção dos fuzis foi reestruturada e transferida para uma nova e mais sofisticada planta industrial em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. Em agosto de 2025, a PF conseguiu desarticular a fábrica, que operava sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas. No local foram apreendidos fuzis já montados e mais de 31 mil peças e componentes, material suficiente para a produção de dezenas de outras armas, afirmam os agentes. Dinheiro vinculado ao RioPrevidência: Projeto que autoriza Governo do Rio a usar recursos dos royalties para pagar dívida do estado com a União recebe 113 emendas e sai de pauta O grupo criminoso também importava componentes de fuzis dos Estados Unidos e da China, usando maquinário industrial de alta precisão (CNC) para produzir as peças em território nacional. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa majorada, tráfico Internacional de arma de fogo de uso restrito, comércio ilegal de arma de fogo de uso restrito. A Operação Forja — que ganhou esse nome numa referência à principal atividade do grupo, a fabricação clandestina de armas de fogo — tem apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP). Referência em eletrônica e frequentador da UFRJ mesmo com Alzheimer: Saiba quem é professor desaparecido no Morro da Urca A PF frisa que a ação desta quarta "integra a Missão Redentor, um esforço permanente da Polícia Federal para desarticular organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro, em estrita conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635". Initial plugin text