Mestre Damasceno morre, aos 72 anos, em Belém

Mestre Damasceno morre, aos 72 anos, em Belém

Mestre Damasceno durante comemoração do seus 70 anos de idade. Guto Nunes Damasceno Gregório dos Santos, o Mestre Damasceno, morreu após complicações causadas por um câncer, aos 72 anos, na madrugada desta terça-feira (26), Dia Municipal do Carimbó, em Belém. Desde 22 de junho, o artista marajoara estava internado em Belém. Ele foi transferido para o Hospital Jean Bittar e, depois, encaminhado para o Hospital Ophir Loyola. No Ophir Loyola, Mestre Damasceno estava na Unidade de Terapia Intensiva, tratando um quadro de pneumonia e insuficiência renal. Em junho deste ano, o artista foi diagnosticado com câncer em estado de metástase no pulmão, fígado e rins. ✅ Clique e siga o canal do g1 PA no WhatsApp Homenageado na feira do livro Mestre Damasceno tinha sido escolhido para ser um dos homenageados da 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, junto com a escritora Wanda Monteiro. O evento ocorreu entre 16 a 22 de agosto no Hangar Convenções e Feiras, em Belém, atraindo milhares de pessoas. Uma das obras editadas lançadas durante o evento era “Mestre Damasceno e as Cantorias do Marajó”, de Antonio Carlos Pimentel Jr., com relatos de vida do homenageado para o público infanto-juvenil. Ordem do Mérito Cultural Em maio deste ano, o artista foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta honraria concedida pelo Ministério da Cultura. Mestre Damasceno recebe Ordem de Mérito Cultural em cerimônia no Rio de Janeiro A OMC, instituída pela Lei nº 8.313 de 1991, reconhece personalidades e instituições que contribuem de forma significativa para a cultura brasileira. “Trago comigo tudo o que aprendi com meus pais e avós, ancestrais quilombolas. São mais de 50 anos dedicados às tradições culturais marajoaras, e hoje colho os frutos de uma vida inteira de trabalho. Espero fazer ainda mais”, declarou o músico durante a cerimônia. Reinvenção da vida pela arte Nascido em 1954 na Comunidade Quilombola do Salvá, em Salvaterra, Mestre Damasceno soma mais de cinco décadas dedicadas à valorização das manifestações tradicionais do arquipélago do Marajó, no Pará. Ele perdeu a visão aos 19 anos, em um acidente de trabalho, e reinventou a vida por meio da arte. Mestre Damasceno Reprodução Tornou-se referência no carimbó, nas toadas, na poesia oral e na criação do Búfalo-Bumbá de Salvaterra — manifestação junina que mescla teatro popular, cultura quilombola e elementos da natureza amazônica. Com mais de 400 composições autorais e seis álbuns gravados, Damasceno é considerado um símbolo de resistência e da força cultural do Norte do Brasil. Um dos feitos de Mestre Damasceno é a composição de "A mina é cocoriô!", samba-enredo escolhido pela Grande Rio para o carnaval de 2025, que homenageou o estado do Pará. Símbolo do Marajó A atuação de Damasceno é marcada por iniciativas que consolidaram e renovaram as tradições populares marajoaras. Em 2013, ele fundou o Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara, que já lançou quatro álbuns com a marca registrada do artista: o carimbó pau e corda do Marajó. Entre as iniciativas mais recentes está o Cortejo Carimbúfalo, que mistura carimbó com Búfalo-Bumbá e leva essa expressão cultural às ruas de Salvaterra. Mestre Damasceno é recebido com cortejo nas ruas de Salvaterra Em 2023, Damasceno idealizou o Festival de Boi-Bumbá de Salvaterra, reunindo grupos de comunidades quilombolas do município e ampliando o alcance de sua arte. Mestre Damasceno já ganhou inúmeros títulos. O primeiro título foi em 1973, aos 19 anos, quando foi campeão de colocador de Boi-Bumbá, no município de Soure. Ele ainda recebeu dois prêmios da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural, do extinto Ministério da Cultura (2009 e 2017). Já recebeu o Prêmio Mestre da Cultura Popular do Estado do Pará - SEIVA, por meio da Fundação Cultura do Pará – Tancredo Neves (2015), e foi reconhecido como mestre de carimbó pelo Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2017). VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 PA

Em três dias, 12 filmes com entrada franca em Botafogo

Em três dias, 12 filmes com entrada franca em Botafogo

Serão três dias de cinema de graça. Desta terça (26) a quinta-feira, o Cinesystem Belas Artes Botafogo recebe a 4ª Mostra de Cinema ChinaBrasil, que apresenta 12 longas-metragens, seis de cada país. A curadoria é do produtor e documentarista Hélio Pitanga — com idealização de Arthur Chen, empresário chinês que atua para a difusão do cinema. CasaCor Rio: Mostra terá espaços menores, área de lazer com acesso livre e test drive de Peugeot híbrido Armadilhas, redes e paciência: Operação busca resgatar 40 gatos que vivem em telhado em Botafogo; vídeo Das seis produções chinesas, cinco são inéditas no Brasil, incluindo o drama histórico “Compositor” (quinta, às 18h30) e a comédia de ação “Detetive Chinatown: o mistério de 1900” (terça, às 18h10). Já os filmes nacionais, como “Somos tão jovens” (quarta, às 18h20) e os documentários musicais “Elis & Tom: só tinha de ser com você” (quinta, às 20h30) e “Chico, artista brasileiro” (terça, 20h45), poderão ser revisitados pelo público. — A China e o Brasil têm uma parceria de sucesso no comércio exterior, mas ainda não tão expressiva no setor audiovisual. Quero ajudar a mudar esse cenário — afirma Chen, que também busca incentivar coproduções, licenciamento de filmes e diálogos entre profissionais das duas indústrias. Em 2025, o cinema de ambos os países vem conquistando reconhecimento internacional. O Brasil foi laureado com o Oscar de Melhor Filme Internacional e prêmios em Cannes, enquanto a China registrou bilheterias recordes com produções como “Ne-Zha 2”. A mostra reforça esse cenário ao aproximar o público das narrativas, técnicas e tendências de cada país, além de destacar a importância da colaboração cultural e artística entre nações. Durante a programação, cada produção receberá o prêmio Arara Azul, que reconhece a relevância cultural e artística dos filmes, e haverá espaço para debates e encontros com realizadores. O evento oferece também uma oportunidade para estudantes, pesquisadores e profissionais da área conhecerem lançamentos e discutirem tendências de cinema internacional, fortalecendo o intercâmbio entre Brasil e China no setor audiovisual. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria, no dia de cada sessão. Mais informações em festivalcinemachinabrasil.com.

'Profissão repórter' expõe falhas na proteção infantil no Brasil após denúncia de Felca sobre 'adultização' de crianças

'Profissão repórter' expõe falhas na proteção infantil no Brasil após denúncia de Felca sobre 'adultização' de crianças

A denúncia feita pelo influenciador Felca sobre a adultização e a exploração sexual de menores nas redes sociais chocou o país e motivou o "Profissão repórter", que prepara um programa sobre o assunto para esta terça-feira, dia 26. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

PGR recomenda que PF monitore Bolsonaro em tempo real

PGR recomenda que PF monitore Bolsonaro em tempo real

A Procuradoria-Geral da República recomendou que a Polícia Federal mantenha equipes de prontidão para realizar o monitoramento em tempo real das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A manifestação foi assinada nesta segunda-feira, 25, pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em resposta a um pedido do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que solicitou a... The post PGR recomenda que PF monitore Bolsonaro em tempo real appeared first on O Antagonista .

Polícia faz perícia e busca pistas para identificar bandidos responsáveis por roubo em casa de ex-sogros de Jair Bolsonaro

Polícia faz perícia e busca pistas para identificar bandidos responsáveis por roubo em casa de ex-sogros de Jair Bolsonaro

A Polícia Civil realizou uma perícia em um Ford Focus para tentar encontrar pistas que ajudem a identificar os bandidos responsáveis por assaltar, neste domingo,  a casa dos ex-sogros do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Resende, no Sul Fluminense. O veículo foi levado por criminosos e abandonado numa estrada rural que dá acesso ao município de Arapeí, no  Estado de São Paulo. Durante o roubo, os assaltantes chegaram a manter como reféns, por mais de uma hora, Rogéria Nantes Bolsonaro, ex-mulher de mulher de Bolsonaro, e os pais dela, de 85 e 86anos respectivamente. No Sul Fluminense: Flávio Bolsonaro diz que mãe e avós foram feitos de reféns em casa durante assalto em Resende, no Rio Apreensão: PF prende homem com cerca de R$ 50 mil em produtos eletrônicos no Aeroporto do Galeão Os bandidos fugiram levando joias, celulares e um Ford Focus. O veículo foi recuperado por policiais do 37ºBPM(Resende) horas após o assalto, em uma área que concentra sítios,  a cerca de 25 quilômetros de distância do local em que foi roubado. Informações iniciais recebidas pela Polícia Civil dão conta que pelo menos três bandidos participaram da ação. Dois deles, usando máscaras e capuzes teriam invadido a residência dos avós maternos do senador Flávio Bolsonaro(PL-RJ), enquanto um terceiro ficou aguardando a dupla em um carro. Os criminosos utilizaram  uma corda para escalar um muro e entrar no quintal do imóvel, localizado em Resende, no Sul Fluminense. Em seguida, esperaram a avó do senador abrir a porta da  cozinha da casa, pouco depois das 8h, para render a vítima. Além dos idosos, Rogéria Nantes Bolsonaro, filha do casal, também foi rendida. Casa revirada. Em vídeo, vítimas mostraram como os ladrões deixaram a residência: armários abertos e objetos jogados Reprodução A notícia de que a casa dos ex-sogros de Jair Bolsonaro havia sido invadida por bandidos veio à tona após o senador Flávio Bolsonaro relatar o caso nas redes sociais, neste domingo. Ele revelou que  sua mãe e seus avós maternos  ficaram na mira dos criminosos por mais de uma hora. E que  tiveram joias e um carro da família roubados. Armadilhas, redes e paciência: operação busca resgatar 40 gatos que vivem em telhado em Botafogo; vídeo “Não foi um simples assalto”, escreveu Flávio Bolsonaro na postagem. Segundo ele, o grupo abordou sua mãe, identificando-a e fazendo ameaças.  O senador contou que os bandidos afirmaram conhecer quem ela era e queriam saber onde estava “o dinheiro que o Bolsonaro” mandaria para seus avós. Violência: mulher é atingida por bala perdida no Chapadão durante operação do Bope “Reviraram a casa inteira, Como não havia dinheiro, levaram alguns anéis e fugiram roubando o carro do meu avô”, continuou ele. O senador escreveu ainda que todos passam bem, mas que o episódio foi marcado por muita violência: “Foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva”. Junto com o relato, ele publicou um vídeo no qual Rogéria - também mãe do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — dá detalhes do que viveu. As imagens mostram portas e gavetas dos armários da casa abertas, e objetos espalhados pelo chão e em cima de móveis da residência. De acordo com Rogéria, os bandidos chegaram usando luvas, mas as retiraram na hora de cobrirem a boca das vítimas com fita adesiva. Durante as ameaças, disse ela, os criminosos contaram que seriam oriundos da Penha, na Zona Norte do Rio. “Levaram os celulares, levaram algumas joias. Eles estavam procurando dinheiro. Já vieram certo, porque disseram que os amigos do Bolsonaro tinham dito que aqui tinha dinheiro, que ele mandava dinheiro para cá”, declarou ela. “Parece que já veio mandado”, acrescentou. O EXTRA tentou contato com a família, mas não obteve respostas. O caso é investigado pela 89ªDP (Resende).