Jovens, mulheres e negros sofrem mais com violência, aponta Fiocruz

Jovens, mulheres e negros sofrem mais com violência, aponta Fiocruz

Estudo feito por duas unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o impacto da violência é diferente no Brasil conforme idade, sexo e cor da pele. Adolescentes e jovens adultos, mulheres, pretos e pardos sofrem mais com o problema do que outros grupos sociais no Brasil. Os dados analisados são as notificações médico-hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) e as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativas a 2022 e 2023. A iniciativa do levantamento é de pesquisadores da Agenda Jovem Fiocruz (AJF) e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). Notícias relacionadas: Estudo mostra que violência no Rio impacta aprendizagem de estudantes. Unicef alerta para violência contra crianças e jovens na Amazônia. Racismo é fator determinante na formação da Cracolândia, diz relatório. O estudo dos números apurados mostra que 65% dos óbitos da juventude resultam de causas externas, como violências e acidentes . Em termos absolutos: 84.034 das 128.826 mortes notificadas em 2022 e 2023. Pessoas de 15 a 19 anos estão mais sujeitas à violência física de forma geral e tendem a ser mais vítimas em situações de conflito. Já na faixa etária de 20 a 24 anos, os jovens estão mais sujeitos a mortes violentas – e a taxa de mortalidade é de 390 óbitos para cada 100 mil habitantes. Jovens sofrem principalmente com agressão física (47%), violência psicológica e moral (15,6%), e violência sexual (7,2%). Segundo o estudo, “quanto mais velha a vítima, maior a proporção de violência psicológica. Quanto mais jovem, maior a proporção de violência física.” Se considerada a cor de pele, jovens pretos e pardos representam mais da metade (54,1%) das notificações de violência no SUS. Jovens negros somam quase três quartos (73%) dos óbitos por causas externas ─ um total de 61.346 mortes. Se considerados raça e sexo, a mortalidade por causas externas entre jovens homens negros chega a 227,5 para cada 100 mil habitantes. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Violência contra mulheres O estudo enfatiza, no entanto, que as mulheres são as maiores vítimas das violências notificadas no SUS, em todos os estados e no Distrito Federal (DF), especialmente as meninas de 15 a 19 anos. Entre as unidades da federação, o DF e o Espírito Santo apresentam um caso de violência para cada grupo de 100 mulheres. Tiro disparado por arma de fogo e cortes causados objetos penetrantes são as principais causas de morte violenta que vitima as jovens mulheres. Ainda segundo o estudo da Fiocruz, os jovens com deficiência foram vítimas de violência em um quinto (20,5%) das notificações. Conforme os dados, esses jovens tinham alguma forma de transtorno mental, de comportamento, ou de deficiência intelectual.

Filhote de ouriço é resgatado com hipotermia em Mogi das Cruzes

Filhote de ouriço é resgatado com hipotermia em Mogi das Cruzes

Ouriço segue internado e será encaminhado para centro de reabilitação animal Jefferson Leite/Arquivo Pessoal Um filhote de ouriço, com menos de um dia de vida, foi resgatado com hipotermia pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). O animal estava próximo ao acesso da rodovia Mogi-Dutra, no Jardim Aracy, em Mogi das Cruzes. Nesta quinta-feira (21), ao perceber que o pequeno animal estava caído, uma pessoa que passava pelo local acionou a Guarda Civil Municipal (GCM) para resgatar o bicho. A mãe do filhote não foi localizada por perto. ✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp No dia do resgate, Mogi das Cruzes passava pelo "veranico," um fenômeno caracterizado por temperaturas pelo menos 5ºC ou mais acima da média, fora da época do verão. Apesar do clima mais quente, o filhote estava com hipotermia, que ocorre quando a temperatura do corpo do animal fica abaixo dos níveis fisiológicos normais. O veterinário e diretor do Departamento de Vigilância em Saúde de Mogi das Cruzes, Jefferson Leite, explica que é comum os filhotes apresentarem hipotermia logo que nascem. Isso porque seus sistemas de controle de temperatura ainda não estão totalmente desenvolvidos. “Ele tinha um dia de vida, nasceu naquele dia. Ele estava com umbigo ainda, nasceu e caiu. O filhote não tem condição de manter a temperatura corporal. A gente alimentou, manteve ele alimentado e fizemos uma incubadora pra ele se manter aquecido”, completa. Por ser um recém-nascido, o quadro de saúde do animal ainda é delicado. Ele segue internado recebendo um leite substituto ao materno, composto por leite de vaca sem lactose, água, preparo para herbívoro e cereais. “Ele vai ser encaminhado para um Centro de Reabilitação em São Paulo ou em outra cidade, ainda esta semana”, contou Leite. Se a população encontrar animais silvestres no ambiente urbano, pode acionar o CCZ pelo 153, 4798-6799 ou pelo 4798-6785. Ouriço no ambiente urbano Ouriço é um roedor mamífero. Ele costuma viver em árvores e se adaptou bem no ambiente urbano. Por ser herbívoro, ele se alimenta de folha, frutos e espécies de árvores. “Você encontra ele passando de um lado para o outro, onde tem árvore frutífera”, descreveu Leite. De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, frequentemente há chamados para resgatar esses animais. “Eles não atacam, a defesa deles são os espinhos, que têm os pelos modificados. Acontecem acidentes com cães, porque eles acabam abocanhando os ouriços e ficam com os espinhos na boca. Esse é o grande problema dele, mas é um bichinho tranquilo. Não recomendamos ninguém pegar o bicho”, pontuou. Espécie se adaptou bem ao ambiente urbano e costuma viver em árvores Jefferson Leite/Arquivo Pessoal Leia também Quem era a adolescente encontrada morta pela mãe no quarto de casa CPTM inicia operação assistida da Linha 11- Coral até a Barra Funda nesta segunda-feira Após entrar em comércio, arara-canindé é resgatada em Mogi das Cruzes Após entrar em comércio, arara-canindé é resgatada em Mogi das Cruzes Veja tudo sobre o Alto Tietê

Ciee tem quase 200 vagas abertas para estágio na região; veja número por cidade e como se inscrever

Ciee tem quase 200 vagas abertas para estágio na região; veja número por cidade e como se inscrever

Ciee disponibiliza vagas de estágio para na região. Bruna Bonfim/g1 O Centro de Integração Empresa Escola (Ciee) está com 196 vagas abertas para estágio nas cidades do Vale do Paraíba e região. Os dados foram atualizados pela instituição nesta segunda-feira (25). Há vagas em diversas áreas. São José dos Campos, Atibaia, Taubaté e Jacareí são as cidades com mais oportunidades disponíveis - veja o número por cidade abaixo. Os interessados devem fazer o cadastro no site e acompanhar as vagas disponíveis. Enfermagem, administração, direito, marketing, engenharia, contabilidade, jornalismo, construção civil e tecnologia são alguns dos ramos com vagas abertas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Não há limite de idade para as vagas de estágio, porém, o interessado deve ter no mínimo 16 anos e estar matriculado em uma instituição de ensino para participar do processo seletivo. Para as vagas de jovem aprendiz, os estudantes devem ter entre 14 e 24 anos incompletos e precisam estar cursando o ensino médio ou já ter concluído os estudos. A remuneração é por hora trabalhada, em regime CLT. Os valores de bolsa-auxílio, vale-refeição e outros benefícios variam conforme a vaga e a carga horária escolhida. Veja o número de vagas por cidade da região: Atibaia - 48 vagas Bom Jesus dos Perdões - 2 vagas Bragança Paulista - 3 vagas Caçapava - 10 vagas Campos do Jordão - 1 vaga Caraguatatuba - 11 vagas Cruzeiro - 1 vaga Guaratinguetá - 2 vagas Jacareí - 20 vagas Joanópolis - 1 vaga Lorena - 3 vagas Pindamonhangaba - 3 vagas Piracaia - 2 vagas São José dos Campos - 63 vagas São Sebastião - 1 vaga Taubaté - 22 vagas Tremembé - 1 vaga Ubatuba - 1 vaga Para participar dos processos seletivos é necessário realizar o cadastro no Portal CIEE. Na plataforma, o usuário ainda contará com cursos e poderá enriquecer o perfil para o processo seletivo por meio de vídeo apresentação e redação online. Todas as ferramentas são disponibilizadas gratuitamente. Os interessados podem tirar dúvidas por meio do WhatsApp no número (11) 3003-2433 do Ciee. CIEE/SC ensina a elaborar currículo e se preparar para entrevistas de emprego Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

Saiba quem é Tomas Machac, próximo adversário de João Fonseca no US Open

Saiba quem é Tomas Machac, próximo adversário de João Fonseca no US Open

Depois de passar mal, mas vencer sem perder sets, nesta segunda-feira, em sua estreia na chave principal do US Open, João Fonseca já sabe o seu próximo adversário. Trata-se de Tomas Machac, que ganhou por 3 sets a 0 (6/3, 6/1 e 6/1) do italiano Luca Nardi (86º) na primeira fase. Análise: João Fonseca mostra confiança e resiliência para superar sérvio em sua estreia na chave principal do US Open Número 22 do mundo, o tcheco de 24 anos conquistou, ao lado da ex-namorada Katerina Siniakova, a medalha olímpica de ouro nas duplas mistas em Paris-2024. Nesta temporada, Machac venceu seu primeiro título no ATP 500 de Acapulco, no México. À época, ele conseguiu atingir seu melhor ranking (20º) na carreira até aqui. Segundo o site oficial da ATP, seu golpe favorito é o tweener — quando o jogador rebate a bola por entre as pernas e virado de costas para a quadra do adversário —, enquanto o piso favorito é a quadra dura, como é o caso do US Open. Apesar disso, o torneio predileto é a grama de Wimbledon, na Inglaterra. O tenista da República Tcheca também tem uma curiosidade que vai além do seu jogo. Como marca registrada, ele gosta de entrar em quadra com shorts curtos, o que nunca passa despercebido dos fãs de tênis.

Interessados no Prouni 2025 podem tentar entrar na lista de espera até terça (26)

Interessados no Prouni 2025 podem tentar entrar na lista de espera até terça (26)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) Os candidatos não pré-selecioandos nas chamadas do Prouni (Programa Universidade para Todos) podem manifestar, nesta segunda (25) e terça-feira (26), interesse em participar da lista de espera referente ao segundo semestre de 2025. Também podem participar os estudantes que foram reprovados por falta de formação de turma. O Prouni oferece bolsas de estudo integrais e parciais para estudantes de baixa renda, com o objetivo de ampliar o acesso ao ensino superior. As bolsas são destinadas a cursos de graduação em instituições privadas de educação superior credenciados pelo MEC (Ministério da Educação). Para tentar entrar na lista de espera, o candidato deve acessar a página do portal único de acesso ao ensino superior, no site oficial do MEC. A divulgação dos candidatos pré-selecionados na lista de espera está prevista para sexta-feira (29). Os estudantes convocados deverão apresentar a documentação a instituição de ensino escolhida entre os dias 29 de agosto e 5 de setembro. Após a verificação, o estudante poderá realizar a matrícula seguindo as regras da universidade escolhida. Segundo o MEC, o Prouni beneficia 632.503 estudantes de todo o país, que estão matriculados em 1.851 instituições particulares de ensino superior. Desse total de estudantes beneficiados, 533.790 estudam com bolsa integral. Nesta edição de segundo semestre, estão sendo ofertadas mais de 211 mil bolsas no processo seletivo, sendo mais de 118 mil integrais e mais de 93 mil parciais. As bolsas são para mais de 370 cursos de 887 instituições privadas de ensino superior de todo o Brasil. Entre os cursos com maior número de bolsas nesta edição, administração ocupa o primeiro lugar, com 13.774 vagas, sendo que 9.275 são integrais e 4.499 parciais. Na sequência aparece o curso de direito, totalizando 13.152 bolsas, sendo 4.277 integrais e 8.875 parciais. E, na terceira colocação está o curso de pedagogia, com 11.339 bolsas - das quais 4.277 vagas são integrais e 8.875 parciais. A Folha oferece assinatura gratuita para estudantes que se inscreverem no Enem; clique aqui para saber mais.

Caiado relata plano de Bolsonaro para 2026

Caiado relata plano de Bolsonaro para 2026

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou nesta segunda, 25, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse aos governadores postulantes ao Planalto nas eleições presidenciais de 2026, durante uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para “cada um sair candidato”, segundo o Estadão. Além de Caiado, os governadores Tarcísio de Freitas... The post Caiado relata plano de Bolsonaro para 2026 appeared first on O Antagonista .

Genial/Quaest: 49% dos brasileiros acham injusto o uso da Lei Magnitsky contra Moraes

Genial/Quaest: 49% dos brasileiros acham injusto o uso da Lei Magnitsky contra Moraes

São Paulo, 25 - Quase metade dos brasileiros considera que a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é injusta. Segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 25, 49% dos entrevistados veem injustiça na sanção imposta pelo governo de Donald Trump ao ministro da Suprema Corte brasileira. Outros 39% consideram que a ação do presidente americano é justa, e 12% não souberam ou não quiseram responder. A Lei Magnitsky é um dispositivo da legislação americana que permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos. A medida imposta dia 30 de julho se tornou a primeira vez que uma autoridade de país democrático foi punida pela lei e faz parte das ações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com a autoridades americanas para tentar beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pai de Eduardo responde por golpe de Estado no STF e ambos foram indiciados na semana passada por tentarem coagir o curso do processo. A mesma pesquisa mostrou que 52% dos brasileiros acham que Bolsonaro participou do plano de golpe, enquanto 36% dizem que não. São 10% os que não souberam ou não responderam, e 2% dizem que não houve plano golpista. No contexto do novo inquérito, sobre a atuação da família no país americano, Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica e, mais tarde, por quebrar cautelares, teve prisão domiciliar decretada. A pesquisa também demonstrou que a maioria dos brasileiros considera a domiciliar do ex-presidente justa. Além da aplicação da Magnitsky, os Estados Unidos também impuseram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, chantageando o País a encerrar o processo penal contra Bolsonaro. Como mostrou o Estadão, a Advocacia-Geral da União (AGU) está contratando um escritório de advocacia para atuar nos EUA para reverter as sanções impostas pelo governo Trump. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com mais de 16 anos entre 13 e 17 de agosto em 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. Estadão Conteúdo

80 anos de Marsha P. Johnson: conheça o legado da ativista trans que mudou o movimento LGBTQIA+

80 anos de Marsha P. Johnson: conheça o legado da ativista trans que mudou o movimento LGBTQIA+

No último domingo (24), Marsha P. Johnson teria completado 80 anos. Mulher trans, negra, drag queen, artista e ativista, ela foi uma das mais importantes lideranças do movimento LGBTQIA+ no século 20. Sua trajetória, pelo acolhimento e pela alegria como ferramenta política, segue inspirando novas gerações em todo o mundo. De LGBT a LGBTQIAPN+: por que a sigla mudou e o que significa cada letra? Wanessa Camargo canta com Luan Pereira, dueto viraliza e web não perdoa: 'Recado Dado' Da infância em Nova Jersey às ruas de Nova York Marsha nasceu em 1945, em Elizabeth, no estado de Nova Jersey. Designada do sexo masculino ao nascer, era a quinta de sete filhos de uma família afro-americana da classe trabalhadora. Desde criança gostava de vestidos e roupas femininas, mas abandonou esse hábito por conta do bullying e da violência. Após se formar no ensino médio, mudou-se para Nova York com apenas 15 dólares e uma mala de roupas. Marsha P. Johnson (1945-1992) na Pride March em Nova York, símbolo de resistência e luta pela liberdade LGBTQIA+ Getty Images Na cidade, retomou a expressão de sua identidade e adotou o nome Marsha P. Johnson. O “P.” vinha de sua frase favorita: “Pay It No Mind”, em tradução livre, “Não se importe”. A expressão se tornou um lema de vida. Ela se descrevia como travesti, drag queen e gay; o termo “transgênero” só se popularizou depois de sua morte. As dificuldades foram muitas. Marsha trabalhou como garçonete, artista de rua e, para sobreviver, também recorreu ao trabalho sexual, enfrentando violência policial e abusos constantes. Muitas vezes não tinha moradia fixa, dormindo em hotéis baratos, restaurantes e até cinemas. Em 1992, resumiu esse período em uma entrevista: “Eu não era ninguém, ninguém, de Nowheresville até me tornar uma drag queen”. Stonewall: a virada histórica O grande ponto de virada em sua vida ocorreu em 28 de junho de 1969, durante a invasão policial ao bar Stonewall Inn, em Nova York. O local era um dos poucos espaços de sociabilidade para gays, lésbicas, drag queens e trans. Naquela madrugada, a violência policial desencadeou uma reação inédita: os frequentadores resistiram. Marsha e sua amiga Sylvia Rivera, também mulher trans e porto-riquenha, estavam entre as primeiras da linha de frente. Mais tarde, Johnson declarou em entrevista que, quando chegou ao bar, “o lugar já estava pegando fogo e já havia uma invasão. Os tumultos já haviam começado”. 27 de julho de 2019, Amsterdã: milhares celebram a Pride Walk pelo 50º aniversário de Stonewall, lembrando o passado e construindo o futuro LGBTQIA+ Getty Images A revolta, conhecida como Revolta de Stonewall, é considerada o marco inicial do movimento LGBTQIA+ moderno. Dela nasceram organizações como a Frente de Libertação Gay e, no ano seguinte, a primeira Parada do Orgulho Gay. A criação da STAR e o acolhimento às juventudes Frustrada com a exclusão de pessoas trans e negras dentro do próprio movimento, Marsha fundou, em 1970, junto com Sylvia Rivera, a Street Transvestite Action Revolutionaries (STAR). O grupo tinha como missão abrigar e alimentar jovens LGBTQIA+ expulsos de suas famílias. A STAR House, primeira casa criada pelo grupo, chegou a funcionar na caçamba de um caminhão abandonado. Mais tarde, mudou-se para um prédio em ruínas, onde Johnson e Rivera ofereceram moradia e apoio a dezenas de jovens. STAR em ação na Casa de Detenção de Nova York, acolhimento e luta por jovens trans e travestis Fred W. McDarrah Marsha também sonhava em celebrar a vida dentro do movimento. Em uma de suas reflexões, disse: “All Gay Love will do is give birthday parties” (“Tudo o que o Gay Love fará será dar festas de aniversário”), explicando que alegria e celebração eram também formas de resistência. Marsha ficou conhecida por suas coroas de flores e roupas coloridas de brechó, que transformava em verdadeiros trajes de realeza. Essa estética não era apenas vaidade: era política. “Darling, cada banner que eu faço é muito trabalhado”, dizia sobre os cartazes e bandeiras que produzia para as marchas, como o famoso com os dizeres “GAY POOR PEOPLE” (“Pessoas Gays Pobres”). Ela participou de grupos artísticos como o coletivo drag Hot Peaches e chamou a atenção de Andy Warhol, que a retratou na série Ladies and Gentlemen em 1975. Desde os anos 1970, unia teatro, moda e artes têxteis para desafiar normas de gênero e reafirmar a existência trans. Voz e consciência política Marsha sempre articulou sua luta em termos de justiça social. Em uma entrevista de 1972, declarou que sua maior ambição era “ver os gays liberados e livres e ter direitos iguais aos de outras pessoas na América”. Também disse: “Enquanto os gays não tiverem seus direitos em toda a América... não há motivo para comemoração”. Outra frase célebre atribuída a ela resume seu pensamento coletivo: “Você nunca tem completamente seus direitos, individualmente, até que todos tenham”. Lançamento do 50º aniversário do Young Vic em Londres: instalação artística celebra Marsha P. Johnson e outros pioneiros da comunidade negra Getty Images Apesar do sorriso constante, a vida de Marsha foi atravessada por dificuldades. Sofreu colapsos mentais, internações e prisões, mas nunca deixou de lutar. Em 1990, foi diagnosticada com HIV e fez questão de falar publicamente sobre isso para combater o estigma. Em 6 de julho de 1992, seu corpo foi encontrado no Rio Hudson, em Nova York. A polícia inicialmente classificou como suicídio, mas amigos e ativistas sempre contestaram. A investigação foi reaberta em 2012, sem conclusões definitivas. O documentário da Netflix “A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson” (2017) mostra as falhas da apuração e sugere que ela pode ter sido vítima de crime de ódio. Com o passar dos anos, sua importância foi cada vez mais reconhecida. Em 2019, a cidade de Nova York anunciou um monumento em homenagem a Marsha e Sylvia Rivera, o primeiro dedicado a mulheres trans na cidade. Em 2020, o estado de Nova York nomeou um parque no Brooklyn em sua memória. Seu nome hoje batiza centros culturais, coletivos, espaços de acolhimento e movimentos em defesa de pessoas trans e negras. 80 anos de flores e luta No aniversário de 80 anos de Marsha P. Johnson, sua memória se faz ainda mais urgente. No Brasil, essa urgência é ainda mais evidente. Um dossiê da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgado em janeiro de 2025, revelou que o país segue sendo o mais letal do mundo para essa população, pelo 16º ano consecutivo. Foram registradas 122 mortes em 2024, número que representa uma redução de 16% em relação ao ano anterior, mas que mantém o Brasil na liderança global desse tipo de violência. O aniversário de Marsha P. Johnson sendo comemorado em 2020, em Washington Square Park, Nova York Getty Images Segundo o levantamento, a maioria das vítimas são mulheres trans jovens, negras e nordestinas, assassinadas em espaços públicos, durante a noite, quase sempre com requintes de crueldade. A expectativa de vida dessa população no país continua sendo de apenas 35 anos. O mundo não lhe deu tempo de ver essa realidade se concretizar, mas seus 80 anos lembram que a semente foi plantada. E como suas flores, segue florescendo nas ruas, nos movimentos e nas vozes de quem insiste em existir.

Detonações de rochas provocam interrupção na pista de subida da Serra das Araras

Detonações de rochas provocam interrupção na pista de subida da Serra das Araras

Detonações de rochas provocam interrupção na pista de subida da Serra das Araras Divulgação/CCR RioSP A pista de subida da Serra das Araras será interditada para novas detonações de rochas. A interrupção no tráfego, na pista sentido São Paulo, seguirá acontecendo nesta terça, quarta e quinta-feira (26, 27 e 28), das 13h às 15h, na altura do km 225, em Paracambi (RJ). ✅Clique aqui e entre no canal do g1 no WhatsApp Durante os trabalhos, não haverá alteração no sentido contrário da rodovia. O trecho, que faz parte da Via Dutra, é a principal ligação entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A previsão é de que a nova pista de subida seja entregue em 2028. Já a pista de descida, no ano seguinte. Segundo a concessionária que administra a rodovia, cerca de 40% da obra de ampliação da Serra das Araras já foi concluída. O serviço começou em abril de 2024. Os motoristas podem utilizar rotas alternativas durante as detonações de rochas. A Polícia Rodoviária Federal, no entanto, não recomenda porque os trechos são mais longos e aumentam o tempo de viagem. Sentido RJ Veículos pesados (cargas) e leves: Sair da Via Dutra nos quilômetros 271 ou 264, acessar a BR-393 (Lúcio Meira) até Três Rios, acessar a BR-040 e seguir até o Rio de Janeiro; Apenas veículos leves: Sair da Via Dutra no quilômetro 276, acessar a RJ-155 (Saturnino Braga), seguir até a BR-101 (Rio-Santos), em Angra, e seguir sentido Rio de Janeiro. Sentido SP Veículos pesados (cargas) e leves: Sair da BR-040, acessar a BR-393 em Três Rios e entrar na Via Dutra nos quilômetros 264 ou 271; Apenas veículos leves: Sair da BR-101 (Rio-Santos), em Angra, acessar a RJ-155 (Saturnino Braga) e entrar na Via Dutra no quilômetro 276. VÍDEOS: as notícias que foram ao ar na TV Rio Sul

Vanguard Experience: inspiração e imersão no estilo de vida da Vila Madalena

Vanguard Experience: inspiração e imersão no estilo de vida da Vila Madalena

Em busca de novas referências e experiências que possam transformar a forma de pensar e viver os espaços em Londrina, o time da Vanguard embarcou para São Paulo em uma imersão intensa: a Vanguard Experience. Durante alguns dias, a equipe mergulhou em bairros icônicos e cheios de vida, como a Vila Madalena, onde o residencial se mistura com bares, cafés, arte urbana e uma energia boêmia que não se resume ao copo. É sobre um jeito mais leve, livre e autêntico de viver a cidade. Caminhar sem pressa, observar os caminhos, os encontros inesperados, a forma como as pessoas se conectam com os espaços. Tudo isso provocou um olhar novo para repensar experiências que realmente criam conexão. Pensar fora da caixa. Divulgação A imersão também passou por ícones da arquitetura paulistana, como o SESC Pompeia e o MuBE (Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia). Nesses lugares, a força do brutalismo de Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha aparece mais do que só no concreto aparente. Está no jeito como as pessoas ocupam os espaços, como a arquitetura promove os encontros, os usos, a vida. Estar ali, presentes de corpo e alma, foi entender, na prática, que um projeto pode ser ousado e funcional ao mesmo tempo e, ainda assim, ter aquela sensação de acolhimento que faz tudo se conectar. Divulgação O grupo também explorou espaços com uma estética crua e autêntica. Ambientes que, num primeiro olhar, podem até causar estranhamento, mas logo abraçam e fazem você se sentir parte deles. Essa convivência com o novo e o inusitado reforçou um aprendizado essencial: criar espaços diferenciados exige curadoria, cuidado e uma boa dose de sensibilidade. Quando esses elementos se encontram, o resultado é algo muito maior que um projeto, é uma experiência de vida. Divulgação “A viagem foi muito importante para que a gente se aprofundasse na essência das propostas da Vanguard. Entender a curadoria, os detalhes e como cada elemento se conecta muda a forma como enxergamos nossos próprios projetos”, compartilha um dos integrantes do time. “E viver tudo isso junto com a equipe tornou a experiência ainda mais especial. Foi um mergulho em novas ideias que, com certeza, vão se refletir em cada conversa com nossos clientes”, completa outro colaborador. Divulgação A Vanguard Experience foi uma imersão que abriu novas camadas de conhecimento e trouxe uma bagagem cheia de inspiração. Um movimento que reforça o compromisso da Vanguard em criar empreendimentos que não só acompanham as tendências, mas ajudam a redesenhar o jeito de se relacionar com os espaços em Londrina. Confira o vídeo nas redes sociais: Initial plugin text