CPI do INSS vai votar requerimento para ouvir irmão de Lula sobre descontos irregulares de benefícios previdenciários

CPI do INSS vai votar requerimento para ouvir irmão de Lula sobre descontos irregulares de benefícios previdenciários

A CPI do INSS vai votar, na sessão desta quinta-feira, um requerimento de convocação para depoimento de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente do colegiado, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou em suas redes sociais que o requerimento será votado "em bloco", ou seja, junto com outros pedidos de oitivas de pessoas ligadas a entidades e associações vinculadas aos descontos irregulares em benefícios previdenciários. No mês passado, a CPI aprovou outro requerimento, que abria o sigilo sobre as pessoas que tinham procuração para atuar em nome do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi), entre os anos de 2015 e 2023. A entidade tem como vice-presidente Frei Chico. O sindicato é citado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre possíveis fraudes e nega irregularidades. Frei Chico não é investigado. A blindagem a Frei Chico é uma das prioridades para os governistas que integram a CPI e a votação da convocação dele "em bloco" quebra um acordo alinhavado no início dos trabalhos do colegiado. Na ocasião, ficou pactuado que a votação de requerimentos em bloco na comissão só aconteceria se houvesse consenso sobre todos os nomes analisados. Isto evitaria que o nome de Frei Chico aparecesse ao lado de outros alvos, o que faria com que uma possível convocação tivesse que ser submetida individualmente aos parlamentares, o que aumentaria a margem de articulação do governo para derrotar o pleito. A expectativa é de que os governistas peçam a retirada do requerimento.

Família de noiva flagrada com padre em casa paroquial de MT denuncia exposição de imagens nas redes

Família de noiva flagrada com padre em casa paroquial de MT denuncia exposição de imagens nas redes

Padre é flagrado com noiva de fiel em Nova Maringá (MT) A família da noiva flagrada com o padre Luciano Braga Simplício na casa paroquial de Nova Maringá (MT) registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira (13) denunciando o vazamento das imagens do flagrante no local. Segundo a Polícia Civil, o boletim de ocorrência descreve uma divulgação indevida das imagens que, em algumas horas, se espalharam pela cidade, de pouco mais de 5 mil habitantes, e viralizou na internet. A ocorrência foi registrada pela polícia como “caso atípico”. Como se trata de um crime que depende de representação, mais detalhes não foram divulgados pela Polícia Civil. O g1 entrou em contato com a família da noiva, mas os envolvidos optaram por não se pronunciar sobre o caso. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Entenda o caso Na última segunda-feira (13) foi divulgado nas redes sociais um vídeo do padre Luciano, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com a noiva de um fiel em uma casa paroquial de Nova Maringá, onde atua. As imagens mostram um grupo de homens arrombando a porta do quarto e do banheiro da casa paroquial, após o padre se recusar a abri-las. Em seguida, a noiva é encontrada chorando embaixo da pia do banheiro (assista acima). LEIA MAIS VÍDEO: padre é investigado pela Igreja após ser flagrado com noiva de fiel em casa paroquial de MT Padre flagrado com noiva de fiel pode ser afastado do cargo? Entenda Padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida Reprodução

Subsídios, repressão e atentados: Entenda o que está por trás da onda de protestos e violência no Equador

Subsídios, repressão e atentados: Entenda o que está por trás da onda de protestos e violência no Equador

Na tarde do último domingo, centenas de pessoas saíram às ruas da capital do Equador, Quito, contra a decisão do governo de Daniel Noboa de eliminar os subsídios aos combustíveis, o que elevou os preços em 56%. Os gritos de “Noboa, fora, fora!”, dividiram espaço com as bombas de gás lançadas pelas forças de segurança. A manifestação foi apenas uma da longa série de protestos contra o governo desde o mês passado — além de gritos de ordem, os atos são acompanhados por ataques contra autoridades, denúncias de abusos e pela ação de grupos criminosos. A crise desencadeada pelos protestos corre em paralelo a um outro e igualmente grave desafio para o Equador: a violência das organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas, que parecem se aproveitar do estado de tensão entre governo e manifestantes. Na terça-feira, um carro-bomba foi detonado do lado de fora de um shopping da maior cidade do Equador, Guayaquil, matando uma pessoa e deixando 26 feridos. Um dia depois, houve explosões em pontes em outras duas províncias, deixando uma pessoa ferida e causando danos às estruturas. Onda de violência: Ataques de gangues do narcotráfico deixam 14 mortos no Equador; vítimas apresentavam sinais de tortura Apostas e futebol: Tráfico de drogas ameaça esporte mais popular do Equador Mesmo diante do crescente número de mortos, no entanto, Noboa não está disposto a recuar. Na segunda-feira, anunciou o envio de um segundo comboio de 100 veículos do Exército a Imbabura, e o emprego de 5 mil militares para desobstruir os bloqueios. O ponto central na nova crise equatoriana foi o anúncio, no dia 12 de setembro, do fim do subsídio oficial aos preços dos combustíveis: nas bombas, o litro do diesel passou de US$ 1,80 (R$ 9,83) para US$ 2,80 (R$ 15,29 — o dólar é a moeda usada no Equador). O governo aponta para uma economia de US$ 1,1 bilhão (R$ 6 bilhões) aos cofres públicos, mas críticos destacam o impacto sobre os orçamentos das famílias, especialmente as mais pobres. Manifestantes durante protesto contra o fim dos subsidios aos combustíveis, anunciado pelo governo do Equador, em Quito Rodrigo BUENDIA / AFP A reação nas ruas foi quase imediata. Uma semana depois, já em meio a protestos, a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), uma das principais forças políticas do Equador, convocou uma greve geral, aliada a protestos, enfrentamentos com forças de segurança e bloqueios de rodovias. Noboa, que até agora se recusa a ceder sobre o subsídio, declarou estado de exceção em sete das 24 províncias equatorianas. O mecanismo suspende alguns direitos e é voltado a suprimir situações de crise, e tem sido usado com relativa frequência no país, diante da infindável sequência de turbulências internas. Os bloqueios nas estradas continuaram, assim como os protestos em várias cidades, especialmente na região andina, base da Conaie. No dia 28 de setembro, uma pessoa morreu e 12 soldados ficaram feridos em um violento confronto em Otavalo, na província de Imbabura — a Conaie acusa os militares de terem efetuado o disparo que matou Efraín Fuerez, um líder comunitário, mas as autoridades negam. Ao mesmo tempo, as Forças Armadas afirmam que as manifestações foram “infiltradas por grupos terroristas”, e ao menos 13 pessoas detidas enfrentam acusações de terrorismo. Initial plugin text Em comunicado, a Conaie afirma que o governo “transformou nossas comunidades em zonas de guerra”, repetindo acusações de uso de munição letal contra manifestantes desarmados. Até agora, três pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas, algumas em estado grave. A ONG equatoriana Periodistas Sin Cadenas relata ainda que 55 profissionais da imprensa foram agredidos. “A repressão aos protestos, os ataques ao Tribunal Constitucional e a persistência de uma estratégia de segurança militarizada, apesar das graves violações de direitos humanos, colocam o Equador na lista de países da região que vivenciam um aumento preocupante de práticas autoritárias”, afirmou a diretora para as Américas da Anistia Internacional, Ana Piquer, em comunicado divulgado pela organização. Manifestante é detido pela polícia durante protesto contra o governo em Quito Rodrigo BUENDIA / AFP No dia 4 de outubro, Noboa expandiu o estado de exceção para dez províncias, suspendendo por 60 dias o direito de reunião, efetivamente proibindo manifestações. Na ocasião, Edgar Lama, presidente do Conselho de Previdência Social, afirmou: "Não há nada a discutir com uma minoria que busca impor sua vontade por meio da violência". na rede social X, Noboa foi além, afirmando que “aqueles que optarem pela violência enfrentarão a lei. Aqueles que agirem como criminosos serão tratados como criminosos”. Em outro grave incidente, no dia 7, Noboa foi alvo do que as autoridades chamam de tentativa de assassinato. Durante uma visita a uma localidade em uma região andina, o carro de sua comitiva foi atacado por pedras, paus e, de acordo com a ministra de Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano, por disparos de arma de fogo. Veja vídeo: Veja como era luxuoso bunker onde criminoso mais procurado do Equador se escondia O presidente saiu ileso, cinco pessoas foram presas e o ministro da Defesa, Gian Carlo Loffredo, disse que se tratou de “um ato de terrorismo”. A Conaie, por sua vez, afirmou que Noboa foi a uma área onde sabia que seria hostilizado “para justificar a sua política de guerra”. Yaku Pérez, ativista e ex-candidato à Presidência, disse que não há nada que ligue os detidos ao ataque, condenado pela comunidade internacional. — Se houver repressão em Imbabura, os povos e nacionalidades não ficarão insensíveis. Nós nos levantaremos, não por solidariedade, mas por responsabilidade, porque o que eles estão fazendo em Imbabura está sendo feito com o resto do país — afirmou Yaku Pérez, em entrevista ao jornal La Hora. Até o momento, não há sinal de diálogo entre o governo e a Conaie. Para Juan Fernando Páez, da Pontifícia Universidade Católica do Equador, hoje Noboa tem a mão mais forte à mesa, e mostra o ímpeto para usar a força para resolver a crise. Contudo, ele aponta que o presidente precisará fazer concessões em algum momento. No mês que vem, o país vai às urnas em um referendo que inclui, dentre outras medidas, a convocação de uma Assembleia Constituinte. — Muitas das reivindicações deles (da Conaie) são legítimas e contam com o apoio da população — afirmou em entrevista ao site Cuenca High Life. — Pode haver espaço limitado para concessões sobre o diesel, mas é preciso haver uma discussão sobre saúde pública, educação e outros temas. Uma maneira de resolver esta greve é ​​o presidente e o governo admitirem que muitos dos argumentos da Conaie são válidos. Duas pessoas foram presas: Equador apreende, na fronteira com o Peru, material explosivo para 'atos terroristas' na Colômbia Destroços de carro-bomba detonado diante de um shopping center em Guayaquil Marcos Pin / AFP Aumento do crime organizado Antes considerada uma nação segura, o território equatoriano passou a ser usado por cartéis para o transporte de narcotráficos para os EUA e Europa, e se tornou cenário de confrontos sangrentos, inclusive dentro das penitenciárias. Não há ligação comprovada entre as explosões de terça e quarta-feira, mas o ministro do Interior, John Reimberg, afirmou que a organização criminal Los Lobos, uma das maiores do país, era a principal suspeita: segundo ele, seriam represálias a um ataque recente contra áreas de mineração ilegal, controladas pelo grupo, em Imbabura. Para o ministro da Infraestrutura, Roberto Luque, o narcotráfico também tenta se aproveitar das turbulências sociais para causar distúrbios e afetar a vida dos cidadãos. Já o governador da província de Guayas, Humberto Plaza, onde fica Guayaquil, tentou ligar a explosão ao movimento indígena, algo rejeitado pela Conaie. “Repudiamos as acusações irresponsáveis ​​e sem fundamento do governador de Guayas, Humberto Plaza, que quer vincular os povos indígenas à explosão”, afirma a organização, em publicação no X. “Este discurso bélico das autoridades do regime, como o de John Reimberg, só evidencia a violência estatal contra nossos povos.”

Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira

Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira

Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio O concurso 2.928 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 40 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (16), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (14), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.

Consórcio da Linha 15-Prata paga R$ 41 milhões para encerrar investigação sobre falhas no monotrilho

Consórcio da Linha 15-Prata paga R$ 41 milhões para encerrar investigação sobre falhas no monotrilho

Consórcio da Linha 15-Prata paga R$ 41 milhões para encerrar investigação sobre falhas no monotrilho O consórcio de empresas responsável pela construção da Linha 15-Prata do monotrilho, formado pela Alstom e pela antiga Queiroz Galvão — que hoje se chama Álya — fechou um acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e vai pagar R$ 41 milhões para encerrar uma investigação sobre falhas no sistema. O valor foi definido em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para evitar que a Promotoria entrasse com uma ação na Justiça cobrando uma indenização ainda maior pelos problemas ocorridos no início da operação da linha. Além do TAC, o consórcio também concordou em pagar ao Metrô de São Paulo mais R$ 27 milhões em multas contratuais. Todo o dinheiro arrecadado deve ser investido em melhorias no transporte, como a instalação de novos assentos nos trens, câmeras de segurança e filtros de ar. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp A Linha 15-Prata enfrentou incidentes graves nos últimos anos. Em fevereiro de 2020, o pneu de um trem estourou, revelando uma falha no sistema. A operação precisou ser suspensa por três meses. Na ocasião, o MP-SP pediu explicações ao Metrô sobre a segurança no Monotrilho. A Linha 15-Prata do Monotrilho de São Paulo foi paralisada pouco antes das 7h desta quarta-feira, 08, devido a uma colisão frontal entre trens entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, na zona leste da capital paulista. O acidente aconteceu antes do início da operação, segundo o Metrô, durante o posicionamento dos trens. Dois operadores estavam nos trens e não tiveram ferimentos graves. O Metrô já iniciou apuração para saber o motivo desta colisão, disse a companhia em nota. TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO Já em março de 2023, dois trens bateram, e peças se soltaram, caindo sobre a Avenida Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. O monotrilho liga a Vila Prudente ao Jardim Colonial, ambos na Zona Leste, e transporta cerca de 140 mil de passageiros diariamente. O Ministério Público seguirá acompanhando o cumprimento dos termos do acordo. Linha 15-Prata do Metrô Reprodução/Metrô

A lição do Líbano para Gaza

A lição do Líbano para Gaza

Imagine se fosse formado um governo democrático palestino em Gaza, opositor ao Hamas e com enorme apoio internacional, incluindo dos EUA. Imagine se esse governo tivesse um exército treinado pelos americanos. Imagine se forças de paz da ONU e embaixadas de diversos países estivessem presentes no território. Imagine se houvesse aeroporto e porto funcionais. Você diria que a chance de o cessar-fogo ser mantido entre o grupo palestino e Israel seria maior? Talvez, mas haveria boa chance de o conflito seguir, ainda que em menor intensidade. Afinal, o cenário descrito acima é o Líbano. Guerra de Gaza: Alegria no presente, tristeza no passado e ceticismo no futuro Disputas internas: Hamas convoca moradores de Gaza a caçar 'colaboradores de Israel' Restos mortais de reféns: Como é o trabalho de Israel para identificar os corpos dos reféns devolvidos pelo Hamas? No ano passado, o Hezbollah e Israel firmaram um acordo de cessar-fogo. O Líbano passou nos meses seguintes a ser governado pelo presidente Joseph Aoun, ex- comandante das Forças Armadas e treinado nos EUA, e pelo premier Nawaf Salam, que antes ocupava o cargo de presidente da Corte Internacional de Haia. Ambos defensores do desarmamento do Hezbollah e da desocupação israelense do Sul do Líbano, onde forças de paz da ONU (Unifil) estão presentes há décadas. Washington e praticamente toda a comunidade internacional apoiam esse governo. Todo esse cenário positivo foi insuficiente para conseguir convencer o Hezbollah a se desarmar e Israel a se retirar das áreas que ainda ocupa no Sul do Líbano. Um lado culpa o outro. Além disso, os israelenses seguem bombardeando o território libanês, embora em uma escala bem menor do que há um ano atrás e sem alvejar a capital, Beirute. Não há mais guerra. Mas tampouco há paz e não dá para dizer que exista um cessar-fogo. Apesar de improvável, a escalada do conflito não pode ser descartada. No Oriente Médio, é sempre preciso ter cautela. A queda da ditadura sanguinária de Bashar al-Assad precisava ser celebrada. Mas, como muitos que acompanhavam a guerra na Síria, deixei claro meu ceticismo com a chegada do grupo jihadista Hayett Tahrir al-Sham ao poder em Damasco. Nos meses seguintes, vimos massacres de alauitas, de drusos e ataques a cristãos. A Síria virou uma ditadura jihadista e não uma democracia liberal. No caso de Gaza, o cenário atual deve ser descrito como um gigantesco avanço em relação ao status quo de duas semanas atrás, antes de Donald Trump deixar de apoiar a limpeza étnica de população palestina. O presidente americano deu uma guinada a favor do acordo defendido pela comunidade internacional há mais de um ano e sempre vetado pelos EUA no Conselho de Segurança da ONU tanto pelo republicano como por seu antecessor democrata, Joe Biden. Graças a essa mudança, não há mais reféns israelenses em Gaza. Todos foram soltos. Isso precisa ser celebrado. Palestinos não são mais mortos nos bombardeios israelenses. Isso também precisa ser celebrado. Initial plugin text Mas o cessar-fogo em Gaza é frágil. A guerra pode ser retomada a qualquer momento. Existe enorme ceticismo e cautela para as próximas etapas. Os maiores obstáculos são a relutância do Hamas em de desarmar e de Israel a se retirar de mais da metade do território palestino, que ainda ocupa. As dificuldades para a manutenção do cessar-fogo existiriam em qualquer circunstância. Foram responsáveis inclusive pelo fracasso do cessar-fogo do começo do ano. Cabe a Trump e seus aliados na região seguirem engajados para conter os agentes da guerra e fortalecer os agentes da paz. E devem saber que mesmo com todos os pontos do plano sendo implementados, talvez o sucesso não seja total, como não foi no Líbano. Ainda assim, melhor do que uma guerra.

Hoje é o dia da padroeira dos endividados: conheça a santa que atrai mais fiéis em busca de ajuda divina para sair do vermelho

Hoje é o dia da padroeira dos endividados: conheça a santa que atrai mais fiéis em busca de ajuda divina para sair do vermelho

Quem sobe as escadarias do Santuário Arquidiocesano de Santa Edwiges, na vizinhança da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, se depara logo de cara com uma imponente imagem da santa, talhada em madeira. Trazida da Itália, a representação mostra Edwiges em sua versão mais conhecida: segurando uma bíblia e uma coroa, símbolo de sua origem nobre. Ali, católicos recorrem a ela para pedidos como a cura de uma doença, sucesso profissional ou a realização de um projeto. Mas a maioria das preces tem a ver com uma inquietação cada vez mais comum entre os brasileiros: as dívidas. Inadimplência bate recorde: mesmo com emprego em alta e inflação caindo, calotes disparam. Entenda por quê O fluxo de fiéis recorrendo à santa padroeira dos endividados tem aumentado nos últimos meses, e a expectativa é que o auge ocorra nesta quinta-feira, dia 16 de outubro, quando os católicos comemoram o Dia de Santa Edwiges. A previsão de "casa cheia" do padre Henrique Gomes, pároco do santuário, e da comunidade da igreja tem amparo na realidade. Apesar de vários índices econômicos estarem favoráveis, o orçamento das famílias está comprimido. A taxa de desemprego, por exemplo, alcança patamares mínimos históricos, e a inflação também dá sinais de alívio. Ainda assim, o brasileiro nunca esteve tão endividado.  Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em agosto, 78,8% das famílias declararam ter dívidas, em atraso ou em dia. Já a proporção de famílias inadimplentes, ou seja, com débitos em atraso, atingiu no mês analisado o maior nível da série histórica, iniciada em 2010, com 30,4% dos entrevistados nessa situação.   Enquanto mutirões de renegociação ajudam quem deseja colocar o orçamento em dia, recorrer à ajuda divina também não faz mal.   — Tem mais gente chegando nos últimos meses. Fico impressionado pela fé que as pessoas depositam e as graças que recebem, mas também na gratidão em voltar para agradecer — conta padre Henrique.  Padre Henrique Gomes, do Santuário de Santa Edwiges Marcelo Theobald / Agência O Globo De desemprego a golpes De um novo emprego para dar conta das despesas até a solução para dívidas contraídas durante o tratamento de uma doença, os pedidos de ajuda feitos à santa são muitos. Padre Henrique lembra de um caso recente de um casal que perdeu uma quantia relevante ao investir num negócio. A empreitada, porém, era um golpe, e o casal ficou com uma dívida grande no banco.  O advogado do casal disse que era causa "quase perdida", conta o religioso. A senhora, então, recorreu à santa e prometeu que, se tivesse a graça alcançada, voltaria ao santuário para compartilhar seu caso. — Um dia, ela me procurou após a missa porque queria dar um testemunho. Disse que, de forma muito inesperada, o banco reconheceu que eles tinham sofrido um golpe e perdoou as dívidas. Chorou muito e disse que não tinha dúvida de que foi atendida por Edwiges — se recorda. A bancária aposentada Leila Maria Simas, de 74 anos Marcelo Theobald / Agência O Globo Frequentadora há quase 50 anos do santuário e hoje responsável pela lojinha da igreja, a bancária aposentada Leila Maria Simas, de 74 anos, também já escutou muitas das histórias de fiéis aflitos em busca de ajuda da santa, e não apenas pelo orçamento familiar. Empresários também recorrem à Edwiges em busca de prosperidade para os negócios. — Já conversei com várias pessoas que vieram pedir por causa de problemas em empresas. E relatos de negócios que se recuperaram a partir de promessas, dessa interação entre o proprietário e a santa — diz Leila. — Quando o desespero bate, bate da mesma forma para todos nós, e as pessoas vêm rezar para aliviar mesmo as dores. Missas de hora em hora As festividades em celebração à Santa Edwiges começaram no último dia 6 e seguem até o dia 19, mas o ápice é nesta quinta-feira. A programação inclui missas de hora em hora, das 7h às 20h (com exceção das 16h). A cerimônia das 15h será presidida por Dom Orani Tempesta, cardeal arcebispo do Rio. No domingo, além de missas, haverá também uma procissão pelas ruas de São Cristóvão.  Santuário de Santa Edwiges, em São Cristóvão Marcelo Theobald / Agência O Globo Filha de uma nobre família católica de onde hoje é a Alemanha, Edwiges nasceu em 1174. Aos 12 anos, se casou com um duque da atual Polônia. A tradição católica conta que, com os filhos criados, ela ajudava famílias pobres.  Nas visitas, percebeu que os maiores problemas que as pessoas enfrentavam estavam relacionados à falta de dinheiro. Eram principalmente agricultores que precisavam pagar aos proprietários da terra uma quantia proporcional à colheita que deveriam ter. Mas, em muitos casos, a produção era menor do que o esperado, o que deixava os lavradores endividados.  O problema maior era que esses produtores rurais acabavam presos por conta das dívidas, e suas famílias ficavam sem amparo.  — Além de ser uma mulher de muita fé, ela era uma pessoa de muita caridade. Conta-se que, em muitas situações, pagava as dívidas dos presos e ajudava as famílias — conta padre Henrique. — E é também a santa dos pobres e desvalidos, tinha muito cuidado com os moradores de ruas, levava comida, cuidava de quem estava doente ou ferido.  Depois da morte de dois dos filhos e do marido, Edwiges foi morar num convento, onde morreu aos 69 anos. Em 1267, a Igreja Católica decidiu pela canonização.

Bruno e Dom: Justiça Federal começa a ouvir 'Colombia' e outros nove réus por organização criminosa

Bruno e Dom: Justiça Federal começa a ouvir 'Colombia' e outros nove réus por organização criminosa

Manifestação em homenagem a Dom e Bruno, mortos no Vale do Javari Reuters via BBC Rubén Dario da Silva Villar, o “Colômbia”, Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”, e outros oito réus acusados de envolvimento nas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, vão ser interrogados em audiência nesta quinta (16) e sexta-feira (17) como parte de inquérito que são investigados por organização criminosa. A audiência ocorre na Justiça Federal em Tabatinga, no interior do Amazonas. Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição na Amazônia, no território que engloba os municípios de Guajará e Atalaia do Norte. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiriam para o munícipio de Atalaia do Norte, mas foram mortos. Pelado é apontado como o autor dos disparos que mataram Bruno e Dom, enquanto Colômbia é acusado de ter mandado executar o crime devido às fiscalizações realizadas por Bruno Pereira na região. Os dois estão presos em presídios federais e deverão participar da audiência por videoconferência. A audiência desta quinta-feira é relativa à ação penal que trata do crime de organização criminosa, em um processo diferente do que apura a morte de Bruno e Dom, e envolve outros oito réus além de Colômbia e Pelado. Colômbia é apontado como líder do grupo que atuava com a pesca ilegal na Terra Indígena Vale do Javari e tráfico de munição. A acusação sustenta ainda que o assassinato de Bruno e Dom foi motivado pelas ações de fiscalização ambiental realizadas pelo indigenista, que prejudicavam os interesses econômicos do grupo criminoso. Baixe o app do g1 para ver notícias do AM em tempo real e de graça Colômbia "Colômbia" suspeito de mandar matar Bruno e Dom. Rede Amazônica. Envolvimento com o tráfico de drogas, pesca ilegal e uso de documentos falsos. O histórico de Rubén Villar veio à tona após os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips. Em 1º de novembro de 2024, ele foi indiciado pela Polícia Federal (PF) como mandante do crime. Segundo a investigação, Colômbia forneceu cartuchos para a execução do crime, patrocinou financeiramente as atividades da organização criminosa e interveio para coordenar a ocultação dos cadáveres das vítimas. A PF confirmou que os assassinatos ocorreram devido às fiscalizações realizadas por Bruno Pereira na região. Apesar do apelido Colômbia, o homem é de nacionalidade peruana e foi preso em flagrante por uso de documento falso ao comparecer à sede da PF, em Tabatinga, em 8 de junho de 2022. Ele alegava não ter envolvimento com as mortes do indigenista e do jornalista. No decorrer das investigações, as autoridades constataram que Colômbia é suspeito de chefiar uma quadrilha de pesca ilegal em áreas da Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, e de ter envolvimento com tráfico de drogas. A região fica na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Segundo a PF, o traficante pagava despesas de pescadores que atuam ilegalmente em áreas indígenas. Quadrilhas lideradas por ele também escondiam cocaína em carregamentos de pescado, constatou a PF. PF diz que "Colômbia" é o mandante dos assassinatos de Bruno e Dom A primeira prisão dele, no entanto, durou pouco mais de 4 meses. Em outubro de 2022, a Justiça Federal do Amazonas concedeu a ele liberdade provisória, em decisão que alegava que a PF "não reuniu um único elemento de ligação dele com as mortes". Na ocasião, Colômbia foi submetido a medidas cautelares, como o pagamento de uma fiança de R$ 15 mil, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de moradia em Manaus. Em dezembro daquele ano, foi novamente preso por descumprimento das condições impostas pela Justiça e conduzido a um presídio em Manaus. Atualmente, ele está preso em um presídio de segurança máxima. Caso Bruno e Dom: veja cronologia desde a morte das vítimas até o indiciamento do suposto mandante do assassinato PF usou escutas na cela para desvendar assassinatos de Bruno e Dom; conversas entre criminosos revelam detalhes da trama O caso Relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos afirma que Brasil deve esgotar as investigações sobre a possibilidade de encontrar mandantes nos assassinatos de Dom e Bruno Getty Images via BBC Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Dom escrevia o livro "How to save the Amazon?" (Como salvar a Amazônia?). O objetivo era mostrar como povos indígenas fazem para preservar a floresta e se defender de invasores. Na viagem de campo, os dois foram vistos pela última vez em 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino. Os restos mortais dos dois foram achados em 15 de junho daquele ano. A polícia concluiu que eles foram mortos a tiros, e seus corpos corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Além de Colômbia, também respondem pelo crime Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos" e Jefferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha". Amarildo foi preso em flagrante em 8 de junho de 2022 por ter feito ameaças a indígenas que participavam das buscas pelos corpos e em posse de munição de uso restrito e permitido. No dia seguinte a prisão, a polícia encontrou vestígios de sangue na lancha usada por ele. Oseney foi preso em 14 de junho do mesmo ano. Ele é irmão de Amarildo e teria o ajudado a fazer uma emboscada e cometer o crime contra as vítimas. Jefferson foi preso no dia 18 de junho de 2022. A investigação indicou que ele teve participação direta no caso, desde a emboscada até a ocultação dos corpos. Além deles, também foram denunciados pelo MPF os pescadores Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa Oliveira por usarem um menor de idade para ajudar a ocultar os cadáveres de Bruno Pereira e Dom Phillips. Eles também foram denunciados pelo delito de ocultação de cadáveres. Amarildo e Jefferson serão julgados por duplo homicídio qualificado e pela ocultação dos cadáveres das vítimas. Os dois continuam presos. Quanto a Oseney, ele aguarda a finalização do julgamento do caso em prisão domiciliar, com monitoração eletrônica.

Bolsa lança incentivo para estimular abertura de capital de pequenas e médias empresas

Bolsa lança incentivo para estimular abertura de capital de pequenas e médias empresas

No ano em que o mercado vê nove pedidos de fechamento de capital de empresas em andamento — os mais recentes são de Pan e Gol —, a B3 anuncia hoje uma estratégia para ampliar o acesso de companhias com faturamento de até R$ 500 milhões ao mercado de capitais. Bolsa sobe 21% em nove meses, maior alta desde 2017. Veja três fatores que explicam o salto Ambipar: como uma dívida de R$ 35 milhões pode gerar um risco financeiro de R$ 10 bi? Entenda O movimento permite que pequenas e médias empresas tenham acesso facilitado à emissão de ações e títulos de dívidas corporativas, como debêntures e notas comerciais. As companhias poderão se tornar listadas sem fazer ofertas, mas terão o limite de 24 meses para lançar uma. Haverá um teto de captação de R$ 300 milhões por ano. O movimento permite que pequenas e médias empresas tenham acesso facilitado à emissão de ações e títulos de dívidas corporativas, como debêntures e notas comerciais. cil”, que pretende agilizar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado acionário. Esta regulação entra em vigor a partir de janeiro de 2026. Com risco eleitoral no radar: captação de empresas no exterior este ano já supera em 29% a de todo 2024 De acordo com Flávia Mouta, diretora da B3, a nova abertura à empresas pequenas e médias oferece uma nova oportunidade ao investidor e também às companhias: — É oportunidade para que o público investidor acessem essas empresas quando ainda estão em fase de crescimento, combinando interesse da empresa, em fase de ascendência, com possibilidade do público investidor capturar parte desse ritmo — disse. As empresas que buscam emitir também ações poderão buscar a chamada "classe A", enquanto aquelas que pretendem emitir apenas títulos de dívidas para se capitalizar podem escolher a "classe B". Diante da Taxa Selic em 15%, num patamar restritivo e o maior em quase 20 anos, e ímpeto nas emissões de crédito corporativo, a B3 aposta que as empresas optem mais pelo nível com maior foco em emissão de dívidas: — A expectativa é que a gente comece maior em renda fixa, de que (as empresas) tenham interesse maior, porque é um mercado mais ativo hoje — afirmou Fernando de Andrade Mota, superintendente na B3. — Não é um cenário fácil, sabemos dos desafios que o mercado enfrenta, mas estamos trabalhando para que saiam operações destinadas a experimentar o regime — disse Flávia, se referindo ao cenário dos juros. A taxa Selic no atual patamar tende a frear o apetite à renda variável, já que há a tendência de que os investidores busquem aplicar seu capital em títulos de renda fixa, considerados mais seguros. Com isso, o custo de oportunidade para se investir em renda variável, como é o caso de ações, sobe, já que elas correm o risco de não dar os retornos garantidos por aplicações mais conservadoras. 'Fácil' facilita As empresas que buscam a abertura de capital via Fácil terão obrigações regulatórias mais flexíveis, proporcionais ao tamanho dessas pequenas e médias empresas, para que consigam reduzir seus custos para o acesso. Quando listadas, também terão flexibilidades, como divulgar relatórios não trimestralmente, mas de seis em seis meses. Rafael Erlinger, sócio do escritório Machado Meyer afirma que essas companhias terão flexibilizações: — O regime tem várias dispensas de documentação, como lâmina, prospecto, o formulário de referência. No Fácil há um formulário específico e simplificado, com informações mínimas, demonstração financeira só do último exercício, com processo que não deve durar mais de 30 dias — afirma ele, comparando com a abertura de capital de uma empresa maior, que pode durar de três a quatro meses. Dólar: é hora de comprar ou vai cair mais? Veja as previsões para a cotação Via Fácil na B3, os processos de abertura devem durar de cinco a doze dias. Ainda não está definido qual será a sinalização que estas empresas terão, mas, ao investidor, no painel de negociações — o chamado ‘homebroker’ —, os códigos das ações (tickers) terão “duas ou três letras” em sinalização, disse Flávia. Segundo o advogado, que participou das discussões da autarquia com o mercado para a estruturação da regulação, o conjunto de regras teve inspiração no mercado inglês, que possui diretrizes semelhantes para empresas menores. — O Fácil é um degrau. A ideia é que, aos poucos, a companhia crie musculatura e robustez para conseguir galgar passos maiores e alcançar um novo mercado — afirma. Initial plugin text Para o advogado, a redução de compromisso de empresas em divulgar informações tem objetivo de não compará-las com empresas maiores, mas que essa flexibilização não prejudica ou diminui a qualidade do negócio: — Ter menos não significa ter menor qualidade. Não é pelo fato de ter menos informação que você vai saber menos da companhia e diminuir a decisão de investimento. Vimos aí no passado recente de companhias do Novo Mercado, que adotaram padrões mais elevados de governança e mesmo assim houve carência de informações precisas, que seriam importantes para tomada de decisão — compara. — O primeiro critério de governança é a transparência de informações, flexibilizando em alguma medida. Mas não está abrindo mão 100% das informações dessas companhias, e sim trazendo proporcionalidade ao porte — disse Flávia, da B3. Segundo os executivos da Bolsa, já há conversas para empresas se listarem através do regime e até mesmo consultas de empresas já listadas para o reenquadramento, mas não foram divulgados detalhes. De acordo com Erlinger, já há um movimento de interesse para acesso à este mercado por empresas de laboratórios de exames, empresas de entretenimento esportivo e até mesmo as SAFs, sociedades anônimas de futebol. Initial plugin text

Tempestade se aproxima e deve atingir todas as regiões do RS nesta quinta-feira; veja previsão do tempo

Tempestade se aproxima e deve atingir todas as regiões do RS nesta quinta-feira; veja previsão do tempo

Previsão de chuva nesta quinta-feira no RS O Rio Grande do Sul deve enfrentar uma quinta-feira (16) marcada por chuvas em todas as regiões, com maior intensidade na metade Norte do estado. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta possibilidade de tempestades, incluindo trovoadas e queda de granizo em regiões isoladas. Conforma a Climatempo Meteorologia, a origem do mau tempo está na combinação de três fatores: o calor; a umidade do ar; a presença de uma área de baixa pressão atmosférica no Paraguai. Esse sistema atua como um motor para a formação de nuvens carregadas, ao organizar o transporte de umidade da região amazônica em direção ao Sul do país. Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp As pancadas de chuva devem acontecer de forma pontual, mas com força moderada a intensa. Regiões como as Missões, o Centro, o Oeste e a Campanha Noroeste estão entre as mais suscetíveis a temporais, com possibilidade de granizo. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo potencial para tempestades em todo o território gaúcho (sinalizado em amarelo no mapa abaixo). Além disso, há uma área considerada com grau de severidade de "perigo" de tempestade (destacada em laranja), que abrange principalmente as regiões Central, Noroeste e Sudoeste do estado, onde as condições para eventos extremos, são ainda mais favoráveis. Previsão de tempestade para o RS na quinta-feira (16) Divulgação/ Inmet Em Porto Alegre, os moradores devem se preparar para chuvas isoladas entre a manhã e a tarde, que podem vir acompanhadas de trovões. Apesar da instabilidade, as temperaturas tendem a subir ao longo do dia, aumentando a sensação de abafamento. Fim de semana com chuva e queda nas temperaturas A sexta-feira não promete trégua. As instabilidades continuam espalhadas pelo estado. A previsão é de pancadas de chuva a qualquer hora, especialmente na metade Norte, onde há risco de novos temporais. As temperaturas devem cair em relação aos dias anteriores. Na Serra, o tempo segue instável, com chuvas moderadas a fortes ao longo do dia. A partir da tarde, há possibilidade de tempestades. As temperaturas permanecem amenas. Já no sábado, a frente fria avança pelo oceano e, junto com uma nova área de baixa pressão entre o Sul e o Sudeste, reforça as instabilidades no Norte do estado. A chuva deve se concentrar entre a madrugada e a manhã, perdendo força à tarde. Enquanto isso, o Sul gaúcho deve ter um dia mais firme, com a chegada de uma massa de ar frio que derruba as temperaturas. Chuva em Porto Alegre Prefeitura de Porto Alegre/ Alex Rocha VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Temporais voltam a atingir o Sul, e chuva se espalha pelo país; veja previsão do tempo desta quinta-feira

Temporais voltam a atingir o Sul, e chuva se espalha pelo país; veja previsão do tempo desta quinta-feira

O tempo volta a mudar em boa parte do país nesta quinta-feira (16), segundo o site especializado Climatempo. Áreas de instabilidade ganham força sobre o Sul e se espalham gradualmente pelo Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte, mantendo o cenário de chuvas irregulares e temporais localizados. A atuação de uma nova frente fria, prevista para o fim de semana, deve reforçar as instabilidades e abrir caminho para uma queda de temperatura mais ampla nos próximos dias. Veja vídeo: Tufão Bualoi deixa mais de 30 mortos no Vietnã e nas Filipinas Leia também: riscos à saúde decorrentes de mudanças climáticas podem custar ao mundo mais de R$ 8 trilhões em produtividade até 2050 No Sul, o cenário é de atenção para temporais. A combinação entre o ar quente e úmido e uma área de baixa pressão que se forma no Paraguai favorece a ocorrência de chuva forte acompanhada de trovoadas e, em alguns pontos, granizo. No Rio Grande do Sul, as instabilidades se espalham desde cedo, com maior risco de temporais no oeste e na Campanha. Em Santa Catarina, o tempo vira já pela manhã no oeste, e as pancadas se tornam mais abrangentes à tarde. No Paraná, as nuvens carregadas se formam ao longo do dia, principalmente nas regiões central e oeste. Temperaturas mínima (à esquerda) e máxima (à direita) previstas para as capitais do país nesta quinta-feira (16) Reprodução / Inpe — Há uma probabilidade alta de chuva para acontecer nesta quinta-feira, por conta do alongamento de uma baixa pressão, também chamado de cavado. Isso se dá justamente por conta do favorecimento das instabilidades, que refletem as precipitações ao longo do dia — explica a meteorologista Andrea Ramos. Já no Sudeste, o calor e a umidade continuam dominando a região, mantendo as condições para pancadas de chuva irregulares, especialmente entre a tarde e a noite. Em São Paulo e Minas Gerais, as precipitações tendem a ocorrer de forma isolada, mas não se descarta chuva mais forte no Triângulo Mineiro. No Rio de Janeiro, o dia começa abafado, e o tempo pode ficar carregado em alguns momentos. No Espírito Santo, as pancadas devem ser mais fracas e passageiras. A capital paulista terá uma quinta-feira de sol entre nuvens e temperatura em elevação ao longo do dia. A mínima deve ficar em torno de 16 °C, e a máxima pode alcançar os 29 °C. À noite, há chance de pancadas isoladas, mas de forma irregular, e várias áreas da cidade podem terminar o dia sem registro de chuva. 'Zomba da ciência': especialistas americanos criticam relatório climático de Trump Enquanto isso, no Centro-Oeste, as instabilidades se concentram em pontos isolados, com possibilidade de chuva forte no Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás. Em Mato Grosso, as nuvens ganham força no norte do estado, onde há risco de temporais. Mesmo com a chuva, as temperaturas seguem elevadas, com sensação de abafamento. — Haverá um retorno gradual da chuva na parte central do país, enquanto, no Norte, a tendência é que a chuva persista, em especial na parte oeste do Amazonas. Apesar disso, será um dia típico de primavera, com altas temperaturas em boa parte do país e a diminuição da umidade em muitos pontos do mapa — complementa a especialista. No Nordeste, o tempo permanece firme na maior parte da região, com predomínio de sol e calor no interior. Na faixa leste, entre o Rio Grande do Norte e Sergipe, a umidade trazida do oceano provoca chuva fraca e passageira. A umidade relativa do ar segue baixa no interior durante as tardes. Por fim, no Norte, a chuva mais volumosa se concentra sobre o Amazonas, Acre, Rondônia, sul do Pará e sul do Tocantins. Há risco de temporais pontuais, especialmente no oeste amazonense. Em Roraima e no norte do Amapá, as pancadas devem ser rápidas e de menor intensidade. Alerta para a chuva A recomendação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que a população evite enfrentar o mau tempo, observe a alteração nas encostas e, se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia. O Instituto ainda deixa uma série de instruções para os moradores de áreas que possam ser mais afetadas pelas chuvas. Veja: Alertas do Inmet para esta quinta-feira (16) Reprodução / Inmet Desligue aparelhos elétricos, quadro geral de energia; Observe alteração nas encostas; Permaneça em local abrigado, e em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, devido a leve risco de queda e descargas elétricas, e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda; Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos; Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Mega-Sena sorteia prêmio acumulado de R$ 40 milhões nesta quinta-feira

Mega-Sena sorteia prêmio acumulado de R$ 40 milhões nesta quinta-feira

A Caixa Econômica Federal realiza, nesta quinta-feira (16), o sorteio do concurso 2.928 da Mega-Sena, com prêmio estimado em R$ 40 milhões. As apostas para a Mega-sena podem ser feitas até as 19h do dia do concurso, nas casas lotéricas credenciadas, pela internet ou no aplicativo da loteria. Os sorteios acontecem sempre às 20h, no Espaço da Sorte, em São Paulo (SP), e contam com transmissão ao vivo pelas redes sociais da instituição. Veja novos valores: Caixa reajusta preços da Mega-sena e de outras apostas IR: imposto mínimo para alta renda pode baixar de 10% para até 8% O palpite mínimo custa R$ 6,00. Além desse modelo de aposta, com seis números selecionados, que paga o prêmio principal, ainda é possível ganhar prêmios ao acertar quatro ou cinco dezenas. Apostas para a Mega-sena podem ser feitas até as 19h, em lotéricas credenciadas, na internet ou no app Reprodução Bolão O Bolão Caixa é a possibilidade que o apostador tem de realizar apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Na Mega-Sena, os bolões têm um preço mínimo de apenas R$ 15,00, com cada cota a partir de R$ 6,00. Veja os dez maiores prêmios sorteados na História da Mega-sena: Concurso 2.525 (01/10/2022) — R$ 317.853.788,54 Concurso 2.150 (11/05/2019) — R$ 289.420.865,00 Concurso 2.237 (27/02/2020) — R$ 211.652.717,74 Concurso 2.795 (09/11/2024) — R$ 207.460.095,00 Concurso 2.696 (05/03/2024) — R$ 206.475.189,75 Concurso 1.764 (25/11/2015) — R$ 205.329.753,89 Concurso 1.772 (22/12/2015) — R$ 197.377.949,52 Concurso 2.464 (19/03/2022) — R$ 189.381.872,36 Concurso 2.745 (04/07/2024) — R$ 162.788.325,19 Concurso 2.562 (08/02/2023) — R$ 152.807.887,30

Eutanásia: veja quais países permitem a prática, legalizada no Uruguai

Eutanásia: veja quais países permitem a prática, legalizada no Uruguai

Senadores do Uruguai debatem projeto de lei que legaliza a eutanásia em 15 de outubro de 2025. Santiago Mazzarovich/AFP O Senado do Uruguai aprovou nesta quarta-feira (15) um projeto de lei que legaliza a eutanásia em todo o território nacional. Com isso, o país se junta a uma curta lista de países que descriminalizaram a prática. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em outros países, as regras para o procedimento são mais permissivas, como na Holanda, em que um ex-premiê realizou a eutanásia com a sua esposa no início de 2024. Veja abaixo outros países do mundo que a eutanásia é permitida. A eutanásia é diferente de suicídio assistido. O suicídio assistido ocorre quando uma equipe médica fornece medicamentos para o procedimento, mas é o próprio paciente que administra a dose fatal. Já na eutanásia, a própria equipe médica administra a dose no paciente. EUTANÁSIA X SUICÍDIO ASSISTIDO: entenda diferença entre os dois procedimentos Veja os vídeos que estão em alta no g1 Eutanásia pelo mundo Na Europa, a eutanásia é praticada de forma legal na Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Portugal. Nas Américas, Canadá, Colômbia e alguns estados dos Estados Unidos (Oregon, Vermont, Washington, Califórnia e Montana) também permitem a eutanásia. Cuba aprovou a prática em dezembro de 2023. No Peru, o procedimento é proibido, porém uma psicóloga fez a eutanásia em 2024 após conseguir autorização especial da Suprema Corte do país. Na Oceania, a eutanásia é permitida na Austrália e na Nova Zelândia. Na Bélgica, nos últimos 20 anos é possível realizar o suicídio assistido em casos de doenças incuráveis ou em casos que o paciente tenha uma dor incurável. A eutanásia também é permitida mesmo que não haja doença terminal, em casos de doenças psiquiátricas e demência, e desde 2014 não há limite de idade. O Equador reconheceu pela primeira vez em fevereiro o direito à eutanásia a uma paciente terminal, a partir de decisão da Corte Constitucional do país. A decisão incluiu instrução para o Ministério da Saúde equatoriano regulamentar o procedimento em dois meses, enquanto a lei para legalizar de forma ampla vai ao Congresso. A Igreja Católica do país classificou a medida como "diabólica". A morte assistida também é discutida em outras partes do mundo, com o debate em diferentes estágios. Na Alemanha e na Suíça, por exemplo, apenas é permitido o suicídio assistido. Na Itália também, embora sob condições restritas, já há uma lei que proíbe a eutanásia. A Suíça é um dos poucos países que permite que estrangeiros realizem o suicídio assistido. Foi o caso do cineasta francês Jean-Luc Godard, em 2022. A diferença entre as duas técnicas é que na eutanásia é a própria equipe médica que administra uma dose fatal de um medicamento no paciente. Em diversos dos países em que a eutanásia é permitida por lei, há certas condições para sua realização, como existência de doença incurável, sofrimento exacerbado, altos índices de dores ou impossibilidade de suicídio assistido. No Brasil, tanto o suicídio assistido como a eutanásia são considerados ilegais. O Código Penal brasileiro define as práticas como crime de homicídio, com pena que pode variar de 6 meses a 2 anos de prisão, "induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça". Entenda o que é suicídio assistido

Invasão secreta da CIA, sobrevoo de bombardeiros: os sinais de que Trump está disposto a derrubar Maduro na Venezuela

Invasão secreta da CIA, sobrevoo de bombardeiros: os sinais de que Trump está disposto a derrubar Maduro na Venezuela

Donald Trump autoriza CIA a executar operações secretas na Venezuela O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira (15) que autorizou operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela. A medida representa mais uma investida do governo norte-americano contra o regime de Nicolás Maduro. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp ▶️ Contexto: As tensões entre Venezuela e Estados Unidos começaram a se intensificar em agosto, quando Washington anunciou o envio de navios e aeronaves militares para o sul do Caribe. Pelo menos oito navios americanos, além de um submarino nuclear, estão em uma área próxima à costa venezuelana. As embarcações carregam armas e centenas de militares. O governo norte-americano alega que conduz uma operação militar contra o tráfico internacional de drogas e já bombardeou uma série de barcos que estariam transportando entorpecentes. Ao mesmo tempo, os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado como organização narcoterrorista. Em agosto, o Departamento de Justiça ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do presidente venezuelano. Desde setembro, autoridades da Casa Branca ouvidas pela imprensa norte-americana vêm afirmando que os EUA estudavam a possibilidade de um ataque contra a Venezuela. Segundo o jornal “The New York Times”, o objetivo final de toda essa movimentação seria tirar Maduro do poder. Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Iuperj e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, também vê na movimentação indícios de um possível ataque em larga escala contra a Venezuela. O que até então circulava apenas nos bastidores — e era tratado como hipótese por especialistas — começou a ganhar traços de realidade durante uma entrevista coletiva do presidente na Casa Branca, nesta terça-feira. Trump confirmou informações reveladas pelo “New York Times” e admitiu que havia autorizado operações secretas da CIA na Venezuela, sem detalhar como elas funcionariam. Segundo o presidente, as ações são necessárias porque a Venezuela estaria enviando drogas e criminosos para os Estados Unidos. "Cada barco que destruímos, salvamos 25 mil vidas de americanos", afirmou. "Certamente estamos olhando para a terra agora, porque temos o mar muito bem controlado." No mesmo dia, bombardeiros dos EUA sobrevoaram uma região muito próxima do território venezuelano. Leia mais abaixo. Maduro reagiu criticando o que chamou de “golpe de Estado da CIA”. O governo venezuelano também classificou as declarações de Trump como belicistas. Trump não quis responder se agentes de inteligência receberam autorização para matar Maduro. Por outro lado, o “New York Times” afirmou que “operações letais” também estão no radar e que as ações secretas podem mirar o líder venezuelano e seu governo. Segundo o jornal, não está claro se a CIA já tem um plano traçado, se as operações de fato ocorrerão ou quando serão colocadas em prática. O que se sabe, até o momento, é que Trump autorizou que a agência aja contra a Venezuela por questões de segurança nacional. O que está por trás? Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson Para o professor Maurício Santoro, os movimentos dos EUA são, provavelmente, uma ação político-militar para tentar derrubar o governo de Nicolás Maduro. Especialistas apontam que o acesso ao petróleo e às riquezas minerais da Venezuela também estaria no radar. Santoro destaca que o aumento da concentração de tropas americanas no Caribe e o anúncio envolvendo a CIA indicam que os EUA podem estar se preparando para uma grande operação militar na Venezuela. Ele levanta algumas possibilidades, como: ataques a alvos de grande importância na Venezuela; tentativa de assassinar ou capturar líderes políticos e militares do país; provocar uma revolta popular contra o governo venezuelano por meio da força militar. “O que os americanos estão planejando ainda não está claro, mas, sem dúvida, estamos na iminência de um ataque de larga escala. E, se isso acontecer, será a primeira vez que os Estados Unidos atacam militarmente um país da América do Sul.” Embora a movimentação militar seja grande, Santoro acredita que ela ainda não é suficiente para invadir e ocupar um país de grande dimensão como a Venezuela. Segundo Santoro, para convencer a opinião pública da necessidade da operação, o governo Trump aposta na narrativa de que existe uma organização criminosa a ser combatida. Ao mesmo tempo, a Casa Branca tem usado uma linguagem mais ligada à segurança pública do que à guerra. “Esse é o tipo de linguagem usada quando você não planeja nenhum tipo de acordo. O governo americano tem dito que as autoridades da Venezuela são ilegítimas. Muitas vezes, o governo Trump se refere a Maduro como narcoterrorista”, afirmou. Vale lembrar que Trump acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles. Essa organização, no entanto, não existe oficialmente como grupo estruturado, segundo pesquisadores. Especialistas afirmam que o chamado Cartel de los Soles é, na verdade, uma “rede de redes” que facilita o tráfico de drogas e lucra com ele. Há indícios de que Maduro seja um dos principais beneficiários do esquema, que também conta com a participação de militares e autoridades do governo venezuelano. Sobrevoo de bombardeiros Imagem de arquivo mostra um avião bombardeiro B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos decolando da base aérea em Gloucestershire, Inglaterra REUTERS/DarrenStaples/Files Na quarta-feira, três bombardeiros B-52 fizeram um voo em uma região muito próxima da Venezuela. As aeronaves sobrevoaram a chamada “FIR” — Região de Informação de Voo, na sigla em inglês. Essa área está fora do território venezuelano, mas fica sob jurisdição do país. Sendo assim, aviões precisam se identificar ao controle do espaço aéreo da Venezuela. ✈️ O B-52 é um modelo fabricado pela Boeing, com capacidade para ataque nuclear. O avião carrega armas de alta precisão e pode voar por mais de 14 mil quilômetros sem reabastecer. É considerado a espinha dorsal da força de bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos. Para Santoro, a manobra com os bombardeiros representa uma provocação à Venezuela, em uma tentativa dos EUA de mostrar que estão muito próximos do território do país. “É uma provocação política, para dizer: ‘olha, eu tenho capacidade de invadir o teu espaço aéreo’. Mas tem também um objetivo militar, de treinar as tripulações. Quer dizer, isso é um ensaio geral para futuros bombardeios e um teste das defesas aéreas venezuelanas”, avaliou. Imagens do FlightRadar mostraram que a rota traçada pelos aviões lembrava um desenho obsceno. O professor acredita que isso não foi feito por acaso. Para ele, faz parte de uma estratégia de guerra psicológica. Maduro reage O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em 12 de outubro de 2025 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria Em discurso na noite de quarta-feira, Nicolás Maduro criticou o que chamou de “golpes de Estado da CIA” após o anúncio de Trump sobre as operações secretas. O presidente venezuelano afirmou que o povo venezuelano rejeita qualquer tentativa de intervenção no país. “Chega de golpe da CIA. Não à mudança de regime, que tanto nos lembra das guerras eternas e fracassadas no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e assim por diante”, afirmou. Maduro também criticou opositores que estão fora do país e que, segundo ele, convocam os Estados Unidos a atacarem a Venezuela. Ele também criticou o que classificou como ameaças dos EUA e guerra psicológica. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela classificou como "belicistas e extravagantes" as falas de Trump sobre o país. O governo afirmou ainda que os norte-americanos estão adotando políticas de "agressão, ameaça e assédio". "É evidente que tais manobras buscam legitimar uma operação de 'mudança de regime' com o objetivo final de se apropriar dos recursos petrolíferos venezuelanos", diz a nota. Segundo o “New York Times”, Maduro chegou a oferecer a Trump petróleo e minerais venezuelanos para tentar reverter a movimentação americana. A oferta, foi rejeitada, e os Estados Unidos fecharam a porta diplomática para a Venezuela. Operações no Caribe EUA bombardeiam barco perto da costa da Venezuela Desde setembro, os Estados Unidos vêm bombardeando barcos que, segundo o governo, pertencem a organizações narcoterroristas envolvidas no transporte de drogas para o território norte-americano. O bombardeio mais recente foi autorizado na terça-feira (14), quando militares atingiram um barco em águas internacionais próximas à costa da Venezuela. Seis pessoas morreram, segundo Trump. "A inteligência confirmou que a embarcação estava traficando narcóticos, estava associada a redes ilícitas de narcoterrorismo e transitava por uma rota conhecida de organização terrorista", publicou o presidente em uma rede social. Na quarta-feira, o presidente americano disse que os cartéis de drogas têm barcos muito ágeis, mas afirmou que os mísseis dos Estados Unidos são mais rápidos. Esses tipos de operações têm sido alvo de críticas de entidades internacionais. A Human Rights Watch afirmou que os bombardeios violam a lei internacional por se tratar de "execuções extrajudiciais ilegais". O tema também foi discutido no Conselho de Segurança da ONU na semana passada, que levantou preocupações sobre a execução de civis sem julgamento, além da possibilidade de uma escalada militar na região. Já o governo da Venezuela pediu para que a comunidade internacional investigue os ataques, afirmando que as vítimas — que os EUA alegam ser narcotraficantes — eram apenas pescadores. Veja os vídeos que estão em alta no g1