Cientistas alemães implantam dispositivo que permite paciente tetraplégico controlar celular e braço robótico com o pensamento; entenda

Cientistas alemães implantam dispositivo que permite paciente tetraplégico controlar celular e braço robótico com o pensamento; entenda

Uma equipe de cientistas da Universidade Técnica de Munique (TUM) realizou pela primeira vez na Europa uma cirurgia para implantar um dispositivo cérebro-computador em um paciente tetraplégico, permitindo que ele controle um braço robótico e um celular apenas com o pensamento. O procedimento, considerado pioneiro, foi publicado pelo jornal português SiC Notícias. Fast food prejudica a memória em apenas quatro dias, aponta estudo Uruguai aprova lei que legaliza a eutanásia e se torna pioneiro na América Latina A operação, conduzida no Hospital Universitário TUM, durou mais de cinco horas e marcou um avanço inédito no continente. O dispositivo implantado contém 256 microeletrodos, responsáveis por captar sinais da região do cérebro ligada à planejamento e execução de movimentos, como agarrar, segurar e manipular objetos. — O objetivo é desenvolver sistemas que reconheçam a intenção humana, em vez de esperar que os pacientes aprendam a operar máquinas complexas — explicou Melissa Zavaglia, líder da equipe cirúrgica e pesquisadora do hospital universitário. O professor Simon Jacob, especialista em neurotecnologia translacional da TUM, destacou que essa é a primeira vez na Europa que uma interface cérebro-computador é implantada em uma pessoa tetraplégica. O paciente, Michael Mehringer, de 25 anos, ficou paralisado do pescoço para baixo após um grave acidente de moto aos 16 anos. Ele passou 14 meses hospitalizado, incluindo um período em coma, e desde então depende de assistência constante. — Espero poder voltar a comer e beber de forma independente, precisando de menos ajuda na vida diária — afirmou Mehringer. Após a cirurgia, ele participa de sessões semanais no laboratório, onde o implante é conectado a um computador para registrar a atividade neural. Os cientistas utilizam esses sinais para treinar algoritmos de inteligência artificial, que aprendem a interpretar os padrões cerebrais e associá-los aos movimentos desejados. Nos testes iniciais, Mehringer movimenta um mouse e pressiona botões virtuais para ensinar o sistema a reconhecer seus comandos mentais. O objetivo é que, com o tempo, ele consiga controlar o braço robótico e dispositivos eletrônicos apenas com o pensamento. Segundo os pesquisadores, a tecnologia representa um passo importante rumo à restauração da autonomia e da qualidade de vida de pessoas com paralisia severa. — Esta pesquisa poderá ajudar a devolver a independência a muitos pacientes tetraplégicos — afirmou Zavaglia.

Mulher denuncia ter sido agredida por policial militar dentro de UPA em BH; VÍDEO

Mulher denuncia ter sido agredida por policial militar dentro de UPA em BH; VÍDEO

Mulher denuncia ter sido agredida por um policial militar, dentro de uma UPA da capital Uma mulher, de 50 anos, procurou a Polícia Civil para denunciar um policial militar por agressão dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, em Belo Horizonte. O caso teria ocorrido no último sábado (12), enquanto ela acompanhava uma amiga em atendimento médico (veja vídeo acima). Segundo o boletim de ocorrência , a mulher foi abordada por um policial militar que a acusou de estar fazendo “arruaça” por conta do tom de voz. Ao se recusar a sair da unidade, alegando que era acompanhante da paciente, ela afirma ter sido arrastada para fora pelo sargento. Ainda, segundo ela, partes íntimas teriam ficado expostas. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte declarou que não houve registro de agressão na UPA Centro-Sul no dia 12 e que não consta atendimento médico, na mesma data, para a paciente mencionada pela denunciante. A equipe de reportagem da TV Globo procurou a Polícia Militar por duas vezes, mas não recebeu resposta até a última atualização desta matéria. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que apura o caso. Confira os vídeos mais assistidos:

Fafy Siqueira explica relação com mulher 35 anos mais nova

Fafy Siqueira explica relação com mulher 35 anos mais nova

A atriz Fafy Siqueira abriu a intimidade e falou sobre seu casamento com a diretora teatral Fernanda Lorenzoni. Durante participação no programa Companhia Certa, da RedeTV!, a artista de 70 anos se declarou para a mulher, de 35, e relembrou com bom humor o episódio que tornou o relacionamento público. Na conversa com Ronnie Von,... The post Fafy Siqueira explica relação com mulher 35 anos mais nova appeared first on O Antagonista .

Um ‘Iraque’ na América Latina? A estratégia da Venezuela para dissuadir um ataque dos EUA

Um ‘Iraque’ na América Latina? A estratégia da Venezuela para dissuadir um ataque dos EUA

Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson Temendo uma operação militar dos EUA para derrubar o governo, o presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou a mobilização de civis e militares para a defesa nacional. Como era de se esperar, os canais oficiais do governo bolivariano entraram em efervescência logo após os primeiros ataques dos EUA a barcos venezuelanos no Caribe. Contudo, chama atenção o conteúdo das mensagens veiculadas nos últimos dias sobre defesa nacional. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em um dos vídeos, civis à paisana recebem treinamento em sistemas de armamentos antitanques caso tenham de “neutralizar sistemas de blindados”, explica um oficial da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Nas últimas semanas, uma cascata de matérias jornalísticas deu conta da distribuição de armas a civis comprometidos a defender a Venezuela de uma “guerra não declarada” por parte de Washington. Estas mensagens distam de um cenário de guerra convencional, evocando formas de resistência arraigada no apoio da população civil – uma doutrina de defesa territorial desenvolvida ao longo dos últimos 20 anos que poderia estar a ponto de ser testada pela primeira vez. Anunciando a ativação das chamadas “Unidades Comunais” da Milícia Bolivariana, em 5/9, o presidente Nicolás Maduro ressaltou a influência de duas obras que “alimentaram nossa doutrina militar” —ambas, ensinamentos sobre os fundamentos da guerra assimétrica do ex-líder revolucionário e presidente do Vietnam, Ho Chi Minh, e do general vietcongue, Vo Nguyen Giap. “Hoje estamos dando um passo transcendental, um passo para que toda Venezuela (…) se articule na defesa do direito à paz, em defesa da Venezuela, em defesa da integridade territorial, das riquezas naturais”, disse Maduro. “E para isso temos que nos unir, como dizia Ho Chi Minh, unir a todos contra o inimigo principal.” Guerra assimétrica, popular e prolongada Quem são os milicianos de Maduro? A atual doutrina militar venezuelana tem origens no cenário pós-golpe de 2002, quando o governo George W. Bush e os militares americanos classificavam Chávez como uma das maiores “ameaças aos interesses americanos” no hemisfério. Compreendendo que as maiores ameaças à integridade venezuelana eram um conflito assimétrico com os Estados Unidos ou um enfrentamento convencional com a Colômbia – à época aliada de Washington –, Chávez empreendeu uma transformação das forças armadas venezuelanas. Isto incluiu a expansão, modernização e armamento das capacidades defensivas para fazer frente às ameaças tradicionais, além de uma série de inovações baseadas em preceitos de guerra popular para fazer frente às ameaças assimétricas. A “guerra popular e prolongada” é uma estratégia maoista, amplamente teorizada e aplicada pelos revolucionários vietnamitas, cujo princípio da assimetria e da irregularidade das formações determinam as estratégias do campo de batalha. Para citar uma das adaptações, enquanto a guerra tradicional envolve o controle de posições, a guerra assimétrica aceita a perda de território em um primeiro momento a fim de armar a resistência e engajar o inimigo em uma guerra de desgaste a longo prazo. O objetivo não é vencer de um golpe só, mas tornar a guerra insustentável para o inimigo, a exemplo dos conflitos no Iraque e no Vietnã. Para tanto, essa estratégia borra as fronteiras entre campo de batalha e sociedade, entre soldado e cidadão. “A guerra mais vigorosa pode ser travada com pouco dinheiro, mas somente com muita coragem e boa vontade”, escreveu o célebre teórico militar prussiano Carl von Clausewitz sobre as chamadas “guerras pequenas” (kleinkrieg) e a “guerra do povo” (volkskrieg). “Lutar pela pátria” é a maior motivação para o soldado, afirmou Clausewitz, cujas reflexões sobre esta modalidade de conflito são menos conhecidas que seu grande tratado sobre as “guerras grandes”. Na América Latina, as guerrilhas marxistas que brotaram no pós-Segunda Guerra sofreram alguma influência dessa concepção, embora grande parte tenha também sido influenciada pelo “foquismo” de Che Guevara, que entendia ser possível fazer a revolução apenas a partir de uma vanguarda revolucionária como a que desceu da Sierra Maestra em janeiro de 1959 e derrocou o governo de Fulgencio Batista. Na Cuba moderna, porém, a assimetria da ameaça norte-americana – assim como o sucesso das estratégias de guerra assimétrica no século XX, do Vietnã ao Afeganistão sob ocupação soviética – explicam por que ela se tornou um pilar da doutrina militar cubana. LEIA TAMBÉM: Invasão secreta da CIA, sobrevoo de bombardeiros: os sinais de que Trump está disposto a derrubar Maduro na Venezuela Capacidade nuclear e 'espinha dorsal' da Força Aérea dos EUA: conheça o bombardeiro B-52, que sobrevoou a costa da Venezuela Maduro critica 'golpes de Estado da CIA' após Trump autorizar operações secretas na Venezuela ‘Guerra popular prolongada’ Venezuela inicia exercícios militares em ilha do Caribe em meio a tensões com os EUA Na Venezuela, o conceito foi articulado a partir de 2004 através do chamado “Novo Pensamento Militar”, sob o fantasma da invasão do Iraque em 2003. Não por acaso uma das influências sobre o pensamento militar venezuelano à época foi o cientista político espanhol Jorge Verstrynge, cujo livro sobre Islã e guerra periférica foi distribuído a dezenas de milhares de oficiais venezuelanos. O sociólogo alemão Heinz Dieterich definiu a doutrina venezuelana como “um filho sui generis da mesma parteira da história que engendrou as teorias militares da ‘guerra popular prolongada’ de Mao Tse Tung e Ho Chi Minh/Vo Nguyen Giap na Ásia, e da ‘guerra de todo o povo’ em Cuba”. A Milícia Bolivariana, criada oficialmente em 2008 a partir da expansão das forças de reserva militar nos anos anteriores, é, em tese, a encarnação dessa doutrina. A Milícia incorpora a população civil em tarefas de mobilização revolucionária e defesa nacional, valendo-se de um princípio contido na Constituição de 1999 sobre a “corresponsabilidade” de civis e militares pela defesa nacional. De 1,6 milhão de membros em 2018, segundo números oficiais, passou a 5 milhões em 2024. Em agosto de 2025, o governo anunciou que a meta é mobilizar um total de 8,5 milhões de cidadãos, embora o número de tropas com apresto para combate fique provavelmente nas dezenas de milhares. Mas o objetivo desta força não é duplicar o poder convencional das Forças Armadas, e sim oferecer capilaridade ao sistema de defesa territorial, aproveitando o conhecimento geográfico detalhado das comunidades para reforçar a resistência a nível hiperlocal. Na eventualidade de um conflito, é provável que uma grande parte dos milicianos e milicianas, em vez de pegar em armas, se dedicasse ao que o governo chama de “inteligência popular” – principalmente os alistados mais velhos. Nesse contexto, é preciso interpretar as imagens que circulam de milicianos e milicianas da terceira idade manuseando fuzis de forma desajeitada não como uma ilustração do poder militar da FANB, e sim como um recurso comunicacional para projetar a noção de “guerra de todo el pueblo” – a guerra em que participa toda a sociedade. Como me contou um oficial venezuelano durante minha visita a Caracas em 2024, todo miliciano e miliciana possui um MAL: missão, arma e local. Pode ser que a arma dos velhinhos e velhinhas das fotos “não seja o fuzil”, esclareceu o oficial. “Talvez seja inteligência.” Incertezas Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aplaude soldados das Forças Especiais durante cerimônia em Caracas, na Venezuela, em 28 de agosto de 2025. Presidência da Venezuela via Reuters Existem, é claro, enormes incertezas sobre um cenário de conflito EUA-Venezuela, porque vários fatores carecem de definição em ambos os lados. Do lado venezuelano, a coordenação civil-militar em um cenário de conflito é uma tarefa extremamente complexa. Exercícios militares como o Escudo Bolivariano, que mobiliza centenas de milhares de tropas das forças convencionais, da Milícia Bolivariana e efetivos policiais, simulam ações prováveis, como incursão estrangeira, sabotagem e emergências, mas esta logística nunca foi testada na prática. Outra incerteza é sobre a coesão dos combatentes em um cenário de conflito. Fatores como grau de profissionalização, compromisso ideológico, patriotismo, disciplina e organização são decisivos. Cada um determina, à sua maneira, o comportamento das tropas no campo de batalha. Pode o comprometimento ideológico dos milicianos compensar as suas carências em profissionalismo? Estariam os oficiais subalternos das tropas profissionais dispostos a defender um governo acusado de subverter um resultado eleitoral legítimo? Abrir-se-ia um risco de golpe? Do lado americano, não existe clareza sobre qual seria o plano de Trump para a Venezuela. Assumindo que o objetivo de Washington é instalar um governo Edmundo González ou Maria Corina Machado no Palácio de Miraflores, como garantir a sobrevivência e a viabilidade de tal governo nos dias, semanas e meses subsequentes à tomada de poder? Como garantir que não haveria contragolpe ou golpe dentro do golpe? É difícil imaginar um cenário de conflito que não envolva uma boa dose de caos e possivelmente uma nova crise de refugiados venezuelanos no continente. É bom lembrar que Trump foi responsável por encerrar a presença americana no Afeganistão em 2021. A lógica da doutrina bolivariana é que as perspectivas de abrir um novo Iraque na América Latina sirvam como dissuasão para evitar um ataque. Pablo Uchoa não presta consultoria, trabalha, possui ações ou recebe financiamento de qualquer empresa ou organização que poderia se beneficiar com a publicação deste artigo e não revelou nenhum vínculo relevante além de seu cargo acadêmico. Veja os vídeos que estão em alta no g1

Mais da metade da população evita usar celular na rua por medo de roubo, aponta Datafolha

Mais da metade da população evita usar celular na rua por medo de roubo, aponta Datafolha

TULIO KRUSE SÃO PAULO (FOLHAPRESS) Três em cada cinco brasileiros evitam usar o telefone celular nas ruas da própria cidade por medo de assalto, aponta pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O receio de ter prejuízos financeiros com a perda do smartphone faz com que 30% daqueles que possuem o aparelho tomem medidas de segurança como deixá-lo em casa ou ocultar aplicativos de banco. Os dados são da segunda edição da Pesquisa de Vitimização e Percepção da Segurança Pública no Brasil, feita a partir de 2.007 entrevistas com pessoas de 16 anos ou mais em 130 municípios brasileiros, de 2 a 6 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, tanto para o total da amostra quanto para aqueles que responderam que têm smartphone (1.743 pessoas, que correspondem a 85% dos brasileiros acima dos 16 anos). No ano passado, o instituto não havia questionado se os entrevistados evitavam usar celular enquanto caminham na rua por medo de ser assaltado. Portanto, não é possível dizer se esse comportamento cresceu, diminuiu ou se manteve estável. Mulheres, pessoas com 60 anos ou mais, que têm renda familiar até dois salários mínimos (R$ 3.036) ou que moram em cidades de mais de 500 mil habitantes costumam ser mais preocupados na proteção dos smartphones ao caminhar nas ruas. O medo do estrago financeiro que o roubo ou furto do smartphone pode provocar se justifica pela sensibilidade das informações que os aparelhos carregam. Entre aqueles que possuem smartphone, 82% têm aplicativos de banco instalados. Além disso, praticamente seis em cada dez (59%) também têm programas que servem para autenticação ou certificado digital, como o gov.br e o e-CPF. Como mostraram dados da mesma pesquisa, publicados em agosto, quem teve o aparelho roubado tem uma chance quase quatro vezes maior de sofrer golpes do que o restante da população. Um em cada três diz que já deixou de anotar senhas pessoais em aplicativos no celular. O alto valor dos smartphones, por si só, já é motivo para medidas de segurança: 23% daqueles que possuem celular afirmam que contrataram seguros contra roubos ou furtos (na pesquisa anterior, eram 21%). Uma parcela igual de entrevistados com smartphones diz que já instalou aplicativos de salvamento seguro de senhas. Vítimas relatam alto índice de subnotificação Os entrevistados que declararam ter sido vítimas de crimes como roubos, fraude, estelionato, vazamento de dados pessoais na internet e ameaças apontaram também para um índice alto de subnotificação desses casos. A proporção de vítimas que registram essas ocorrências na Polícia Civil passa de 50% apenas no caso dos roubos: seis em cada dez disseram ter feito Boletim de Ocorrência. Entre as vítimas de fraude bancária, apenas 39% registraram a ocorrência, mesmo que o valor médio do prejuízo tenha sido de R$ 3.448, mais do que dois salários mínimos. Situações como clonagem de celular, fraude em investimentos, golpes envolvendo o Pix, invasão de perfis nas redes sociais, vazamento de dados e ameaças por telefone ou mensagem tiveram subnotificação de 70% dos casos ou mais. Ao mesmo tempo, a pesquisa aponta uma tendência de queda de roubos violentos contra cidadãos comuns, seja nas ruas, no transporte público, dentro de casa ou no trabalho. Em 2017, o Datafolha apontou que 16% dos brasileiros afirmavam que haviam sido vítimas de roubo nos 12 meses anteriores à pesquisa. Em 2024 e 2025, as respostas variaram entre 12% e 11%, e outras estatísticas criminais também têm apontado para a migração dos crimes patrimoniais (roubo, furto, estelionato e outros) para o meio digital. "As facções criminosas estão migrando para o mundo virtual", diz o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.

Intoxicação por metanol: força-tarefa nacional coleta amostras para testes químicos em Limeira

Intoxicação por metanol: força-tarefa nacional coleta amostras para testes químicos em Limeira

Metanol em bebidas: só teste de laboratório pode detectar Uma força-tarefa com agentes da Polícia e Receita Federal, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Ministério da Agricultura e Pecuária coletou amostras para análises químicas em Limeira (SP) na manhã desta quinta-feira (16). Com objetivo de rastrear a origem do metanol em bebidas alcoólicas, a operação fiscaliza locais suspeitos de funcionarem como fábricas clandestinas e usinas ilegais. Além da cidade no interior paulista, outros 20 municípios em cinco estados foram alvos da operação. As coletas foram feitas em empresas atuantes do setor sucroalcooleiro, importadores e distribuidores de metanol. LEIA MAIS Fiscalização apreende bebidas em adega de homem intoxicado com metanol no interior de SP Segundo a Receita, as empresas foram escolhidas com base no potencial de envolvimento na cadeia do metanol, desde a importação da substância até a possível destinação irregular. Os alvos incluem: importadores terminais marítimos empresas químicas destilarias usinas A investigação apontou que: Importadores trazem o metanol ao país, usam em processos e revendem para empresas químicas. Terminais marítimos armazenam grandes volumes de metanol até o envio às fábricas ou clientes finais; nas vendas a terceiros, o produto sai direto do terminal. Empresas químicas compram metanol de importadores para uso ou revenda. Há indícios de desvio de parte do produto fora da cadeia regular de produção. Destilarias teriam adquirido metanol de “noteiras”, com notas fiscais fraudulentas indicando caminhões e motoristas que nunca chegaram ao destino. Usinas e distribuidoras de etanol estão sob verificação por atuarem em pontos estratégicos da cadeia, ajudando a rastrear possíveis lotes adulterados ou desvios. O levantamento mais recente do Ministério da Saúde diz que, até esta quarta (15), o Brasil já tem oito mortes confirmadas por intoxicação, seis em São Paulo e duas em Pernambuco. Força-tarefa nacional coleta amostras em 24 empresas para identificar origem do metanol em bebidas alocólicas Receita Federal/Divulgação Adulteração de combustíveis A ideia é comparar as amostras com as obtidas em bebidas falsificadas apreendidas para, a partir disso, entender de onde veio a substância. A ação desta quinta é um desdobramento de operações anteriores que revelaram adulteração de combustíveis com metanol. "Há fortes indícios de que esse combustível adulterado esteja sendo utilizado na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas, configurando uma cadeia de irregularidades com alto potencial de risco à saúde pública", complementou a Receita, em nota. Como funcionava essa cadeia? O esquema consistia na compra de metanol importado por empresas químicas regulares, que repassavam o produto a empresas de fachada. Essas, por sua vez, desviavam o produto para postos de combustíveis. Nos postos, o metanol era adicionado de forma ilícita à gasolina comercializada ao consumidor final. Cidades As coletas foram realizadas em 24 empresas localizadas em 21 cidades e cinco estados. Veja o detalhamento abaixo: Mato Grosso: Várzea Grande. Mato Grosso do Sul: Caarapó, Campo Grande e Dourados. Paraná: Araucária, Colombo e Paranaguá. Santa Catarina: Cocal do Sul. São Paulo: Araçariguama, Arujá, Avaré, Cerqueira César, Cotia, Guarulhos, Jandira, Laranjal Paulista, Limeira (SP), Morro Agudo, Palmital, Sumaré e Suzano. Infográfico explica ação dos antídotos em casos de intoxicação por metanol Arte/g1 Veja mais notícias sobre a região no g1 Piracicaba

Polícia do RJ faz operação contra braço do PCC que atua em jogos de azar online e contrabando de cigarros

Polícia do RJ faz operação contra braço do PCC que atua em jogos de azar online e contrabando de cigarros

Uma organização criminosa ligada à facção PCC (Primeiro Comando da Capital) e à chamada máfia do cigarro, envolvida em contrabando, corrupção e financiamento de atividades ilícitas, teria movimentado cerca de R$ 130 milhões em apenas três anos com jogos de azar online, fraudes contra apostadores e lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro. Leia mais (10/16/2025 - 10h08)