O que acontece em Altamira?

O que acontece em Altamira?

O que acontece em Altamira, no Pará? Faltam poucos meses para a COP 30 em Belém, quando o mundo estará com os olhos totalmente voltados para a Amazônia. Mas por que essa conferência do clima é tão importante? O g1 mostra o exemplo de Altamira, no sudoeste do Pará, que tem tudo a ver com as mudanças climáticas que afetam o planeta inteiro e com a COP 30. Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Altamira é o maior município do Brasil em extensão territorial, com 159.534 km², sendo até maior que 10 estados brasileiros, incluindo Ceará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe. A cidade de 126 mil habitantes está no centro de um dos maiores desafios ambientais do Brasil: Por anos, Altamira lidera o ranking de desmatamento no país. Em 2019, com as florestas derrubadas, emitiu mais que o dobro de gases do efeito estufa que a cidade de São Paulo. São Paulo: 12 milhões de habitantes, emitiu 16,6 milhões de toneladas de CO₂. Altamira: 126 mil habitantes, 35,2 milhões de toneladas de CO₂ Os 35,2 milhões de toneladas de CO₂ emitidos é como se cada morador fosse responsável por 500 carros rodando por dia, e 95% dos gases emitidos foram do desmatamento. O Brasil está entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo. E não é só a Amazônia: o Cerrado, a Mata Atlântica, todos os biomas estão sob pressão e Altamira está entre as cidades que mais ajudou a alavancar este resultados ruins. Mas como Altamira chegou a essa situação? Foi ainda na década de 70, com a construção da Transamazônica. Em 1972, o então presidente Médici inaugurou a rodovia bem perto de Altamira, prometendo desenvolvimento e ocupação da floresta. Foram décadas de desmatamento descontrolado, pecuária extensiva e ocupação sem planejamento ambiental. Nos anos 2000, outro megaprojeto: a Usina de Belo Monte com mais impactos, desmatamento indireto, mais pressão sobre a floresta. Pecuária é apontada por especialistas como principal causa do desmatamento em Altamira TV Liberal/Reprodução Desmatamento para pecuária Altamira desponta entre as cidades que mais desmatam, principalmente por conta da pecuária. Inclusive, é uma das cidades amazônicas onde a população de bovinos é maior que a quantidade de pessoas. Isso também contribui para o aquecimento global por conta da emissão de metano, gás mais nocivo que o CO2 para o clima e que vêm, principalmente, da pecuária bovina. "O desmatamento na região é prioritariamente para a pecuária. Então, a pecuária de fato é o principal uso da terra da Amazônia, depois da floresta. A gente tem os pastos ocupando grande parte aí da área que não é floresta, da área desmatada", detalha Ane Alencar, diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Grilagem Além disso, o município sofre com a grilagem ,e especulação imobiliária, com pessoas que invadem as terras, desmatam e ocupam com gado para depois vende esses territórios. Esse desmatamento ocorre, muitas vezes, por meio de queimadas. "A gente também sabe que ali na região de Castelo dos Sonhos (distrito de Altamira) tem também muita invasão de terras, tem grilagem de terras. E as pessoas, para grilarem a terra e demonstrarem que aquela terra tem um dono, a primeira coisa que elas fazem: desmatam. É o uso da terra para desmatar só para fins de especulação", afirma a especialista Desmatamento ocorre, principalmente com uso de fogo em Altamira TV Liberal/Reprodução . Porém, há sinais de mudança Em 2023, Altamira reduziu o desmatamento. No entanto, mesmo começando a reduzir o desmatamento, ainda desponda entre os municípios que mais desmatam no Brasil. Essa ambiguidade se deve, segundo especialistas, pelo tamanho do território. "De fato é o município que mais desmata, mas ele também foi o município que mais reduziu o desmatamento. Assim como o Pará: é o estado que mais desmata, mas foi o que mais reduziu o desmatamento nos últimos anos. Apesar de ainda ser o município que mais desmata em termos absolutos, pelo tamanho, foi um município onde realmente a gente teve uma maior redução do desmatamento", afirma Ane. Segundo ela, entre as ações que contribuíram para essa redução de desmatamento estão as fiscalizações ambientais. "Aonde teve maior redução do desmatamento, foram lugares que, provavelmente, tiveram maior atuação do poder público, tanto federal quanto estadual, na perspectiva de realmente conseguir reduzir o desmatamento". Outra ação que vem sendo realizada como tentativa de também frear o desmatamento para pecuária é o rastreamento de boi com chip para saber se a carne é proveniente de área livre de desmatamento. Há também iniciativas com crédito de carbono. Atualmente, existem projetos de restauração, como o de recuperar 10 mil hectares na região com investimentos de R$ 258 milhões. A previsão de gerar R$ 1,2 bilhão em créditos de carbono. E é aí que entra a COP 30 Belém não foi escolhida por acaso para sediar a conferência climática mais importante do mundo. A Amazônia não é importante só para os brasileiros - ela regula o clima do planeta inteiro. O Pará quer mostrar que mostrar que é possível ter desenvolvimento com a floresta em pé. Por isso, a COP 30 no Brasil é tão estratégica: é a chance de o país tentar liderar pelo exemplo, mostrando e iniciativas, como as que tem ocorrido em Altamira, para frear o desmatamento. Por que preservar a Amazônia é importante para o clima do planeta? Como projeto no Pará quer recuperar floresta desmatada vendendo crédito de carbono? MAIS VÍDEOS sobre a COP:

Suspeito da morte de Odete: veja o álibi de Eugênio na primeira versão de 'Vale tudo'

Suspeito da morte de Odete: veja o álibi de Eugênio na primeira versão de 'Vale tudo'

Se na versão de "Vale tudo" escrita por Manuela Dias e exibida em 2025 Eugênio, interpretado por Luis Salem, não faz parte da lista dos cinco suspeitos do delegado Mauro (Claudio Jaborandy) de ter matado Odete Roitman (Debora Bloch), em 1988 o mordomo estava no rol dos possíveis autores dos disparos contra a vilã. Carnaval fora de época: Cariocas criam bloco para Odete Roitman, de 'Vale tudo', e Debora Bloch reage Quem matou: Web reúne 'pistas' da morte de Odete Roitman — tiros na parede, senhora no elevador, arma sem silenciador Em 1988, ano em foi ao ar a primeira versão do folhetim, Eugênio, então interpretado por Sérgio Mamberti, foi ouvido pelo Dr. Arnaldo (Rogério Fróes) na delegacia — até porque, no dia do crime, ele saiu da casa de forma suspeita. Veja cena em que o álibi do mordomo Eugênio para a morte de Odete Roitman "O senhor, por acaso, está suspeitando de mim?", questionou, no capítulo 197, o personagem, que em 1988 era mostrado com um cinéfilo, sempre com uma referência de clássicos de Hollywood em seus comentários. "Mas que falta de imaginação, senhor delegado. Essa história de que o mordomo é sempre o assassino, além de ser clássica, nunca passou de uma mera piadinha de cinema. E, depois, não há nada mais diferente do cinema do que a realidade. Aliás, infelizmente, porque comparado à magia do cinema, a realidade é tão banal". Essa semana viralizou a cena posterior ao depoimento do mordomo na delegacia, na qual diz que foi à locadora de vídeo no momento do assssinato de Odete, na qual Eugênio conta a verdade para Celina. Para a patroa, ele confirma ter ido alugar fitas de VHS, mas confessa ter omitido um detalhe: "Essa não era exatamente toda a verdade. naquela tarde depois que eu sai da locadora, eu resolvi arrejar um pouco e resolvi dar uma voltinha na praia, passear pelo calçadão. Acho tão lindo essa hora, ver aqueles rapazes tão saudáveis. Mas, da primeira vez que o delegado esteve aqui, eu omiti esse fato (...) Mas quem poderia testemunhar a meu favor? Acha que estão suspeitando de mim?" Quem matou Odete Roitman em 1988? Cássia Kiss, na pele de Leila, dispara o tiro que matou Odete Roitman Reprodução Leila (Cassia Kis)foi a assassina de um dos maiores crimes das novelas. A mulher de Marco Aurélio, na verdade, cometeu o crime por engano, achando que o vulto que aparece na parede do apartamento de Odete é o de Maria de Fátima (Gloria Pires), que estava tendo um caso com o vice-presidente da TCA. Nem ela nem o marido pagam pelos crimes que cometerem. Os dois fogem num jatinho e Marco Aurélio dá uma banana para o Brasil, numa das cenas mais icônicas da teledramaturgia.

Quem matou Odete Roitman? Jornalistas do g1 dão seus palpites antes do capítulo final

Quem matou Odete Roitman? Jornalistas do g1 dão seus palpites antes do capítulo final

Quem matou Odete Roitman? Jornalistas do g1 dão seus palpites sobre suspeitos O capítulo final do remake de "Vale Tudo" vai ao ar nesta sexta (17). Além do final dos personagens, saberemos também quem matou Odete Roitman nesta versão, assinada por Manuela Dias. Antes que a resposta seja revelada, a equipe de Pop & Arte do g1 dá seus palpites finais. Veja no vídeo acima. A morte de Odete Roitman A aguardada morte de Odete Roitman foi ao ar no dia 6 de outubro. Ao longo do capítulo, cinco personagens (Celina, Heleninha, Maria de Fátima, Marco Aurélio e César) apareceram planejando o assassinato de Odete, com a cena final mostrando finalmente a morte da vilã (sem mostrar quem deu o tiro). Odete Roitman (Debora Bloch) assassinada em 'Vale Tudo' Reprodução A novela somou cerca de 130 mil menções e 2,9 milhões de interações no X (antigo Twitter) no dia da exibição. Segundo um levantamento da FGV Comunicação, o número de menções e interações foi o maior registrado em todo o período de exibição da novela. Em 1988, o mistério foi um marco na teledramaturgia e mobilizou o público, que queria descobrir quem era o responsável pela morte de uma das maiores vilãs da história das novelas. A assassina, revelada no último capítulo, foi Leila (Cássia Kis), esposa de Marco Aurélio.

Governo vai definir preços de referência para novo vale-gás. Veja os valores por estado

Governo vai definir preços de referência para novo vale-gás. Veja os valores por estado

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva prepara uma portaria para definir os preços de referência de cada estado para o novo vale-gás, do programa “Gás do Povo”. Os valores, que valem até dezembro de 2025, variam entre R$ 122,12, no Acre, e R$ 89,67, em Pernambuco. O novo programa lançado pelo governo vai fornecer às famílias beneficiárias um voucher exclusivo para a compra de gás em pontos de revenda credenciados. Os primeiros vouchers devem ser emitidos entre novembro e dezembro. O texto preparado pelo Ministério da Fazenda e Ministério de Minas e Energia define que os preços de referência de cada estado devem considerar: custo de aquisição do gás liquefeito de petróleo no fornecimento primário pelos distribuidores; valor dos tributos federais; valor dos tributos estaduais. Os valores devem ser atualizados a cada dois meses, e publicados em site do Ministério de Minas e Energia. O governo prevê que o novo benefício deve atingir 15,5 milhões de famílias de baixa renda (o equivalente a 50 milhões de pessoas) com a compra de botijões de 13kg. A principal diferença para atual é o recebimento do voucher, em vez de um valor, hoje de R$ 108, cada dois meses, que pode ser usado para outras finalidades. A retirada do botijão deve ser feita pelo beneficiário responsável pela família inscrita no CadÚnica em uma revendedora de GLP credenciada pelo governo. Para efetuar a retirada será necessário apresentar um documento que comprove a inscrição no Cadastro Único, como cartão bancário do Programa Bolsa Família ou cantão bancário da Caixa Econômica Federal, nos termos estabelecidos em contrato da União com a Caixa Econômica Federal. Veja o preço de cada estado: Preço de referência O número de benefícios a ser recebido no ano varia de acordo com o tamanho da famíla: família de duas ou três pessoas - quatro auxílios por ano. Validade de três meses, cada vale. família de quatro ou mais pessoas - seis auxílios por ano. Validade de dois meses, cada vale.

Ace Frehley: Família quis desligar aparelhos que mantinham o guitarrista vivo; entenda

Ace Frehley: Família quis desligar aparelhos que mantinham o guitarrista vivo; entenda

Ace Frehley, guitarrista e um dos fundadores do Kiss, morre aos 74 anos O guitarrista Ace Frehley, do Kiss, tem recebido muitas homenagens nas redes desde que sua morte foi anunciada, nesta quinta-feira (16). O músico morreu após complicações causadas por uma hemorragia cerebral. Entenda a seguir o que aconteceu. Segundo o site TMZ, semanas antes de morrer, Ace Frehley havia caído em seu estúdio. A queda causou uma hemorragia cerebral no guitarrista. Os shows dele foram cancelados, e o músico ficou hospitalizado, sendo mantido vivo por aparelhos médicos. LEIA TAMBÉM: Gene Simmons e ex-membros do Kiss homenageiam Ace Frehley: 'Estamos devastados' Nesta quinta, a família de Frehley decidiu desligar os aparelhos. "Estamos completamente devastados e com o coração partido", diz um comunicado da família, conforme divulgado pela "Rolling Stone". "Guardamos com carinho todas as suas melhores lembranças, suas risadas e celebramos a força e a bondade que ele dedicou aos outros. A magnitude de sua partida é incompreensível e de proporções épicas. Refletimos sobre todas as suas incríveis conquistas de vida, a memória de Ace continuará viva para sempre" Gene Simmons, Ace Frehley e Paul Stanley tocam em show de despedida do Kiss, em 2000 Paul Warner/AP Ace Frehley é o primeiro integrante original do Kiss a morrer. O grupo ajudou a popularizar o hard rock e o glam rock. A banda é uma das mais influentes da música não apenas pelos seus hits, mas também por suas apresentações. Com maquiagem marcante, figurinos extravagantes e performances teatrais, os músicos redefiniram a experiência de um show de rock. Carreira e Legado Frehley foi um dos fundadores do Kiss, ao lado de Gene Simmons, Peter Criss e Paul Stanley. Ele tocou com a banda entre os anos de 1973 e 1982. Depois, deixou o grupo por atritos internos e problemas com drogas. Em 1996, ele se reuniu com o Kiss para uma turnê de reencontro e permaneceu na banda até 2002. Conhecido pelo apelido "Spaceman" (Astronauta), o guitarrista ajudou a criar hits como "I Was Made for Lovin' You," "Detroit Rock City" e "Rock and Roll All Nite". Entre seus trabalhos solo, ele é lembrado pelas versões cover das músicas "Into the Night" e "Back in the New York Groove". Seu último show como artista solo ocorreu no mês passado, nos Estados Unidos, sendo encerrado com o clássico "Rock and Roll All Nite". Ace Frehley foi o guitarrista e um dos fundadores do Kiss Divulgação Ace Frehley, guitarrista da banda Kiss em show da banda em 1977 Richard Drew/AP Ace Frehley, Gene Simmons, Peter Criss e Paul Stanley durante cerimônia da introdução do Kiss na Calçada da Fama de Hollywood, em 1999 Katie Callan/AP Ace Frehley toca o hino nacional em um jogo de futebol americano em 2009 L.G. Patterson/AP

O som que a ciência devolveu

O som que a ciência devolveu

Publicado recentemente no New England Journal of Medicine, um estudo reacendeu um dos sonhos mais humanos: o de curar a surdez congênita. Pesquisadores de universidades dos Estados Unidos e da Europa anunciaram os resultados iniciais da terapia gênica DB-OTO, desenvolvida pela Regeneron Pharmaceuticals, capaz de restaurar a audição de crianças nascidas sem ouvir absolutamente nada. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

O canibalismo fiscal de R$ 64 bi do governo Lula

O canibalismo fiscal de R$ 64 bi do governo Lula

Quem digita “fagocitose” num dos instrumentos de IA aprende que é “um processo biológico pelo qual células chamadas fagócitos engolem e digerem partículas como microrganismos, formando um vacúolo que depois se funde para destruir o material englobado”. Na figura popular, “canibalismo” é a “prática de se alimentar de indivíduos da mesma espécie”. Este artigo se destina a explicar a fagocitose das finanças públicas. Ou, coloquialmente, o canibalismo fiscal do governo Lula. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Enem 2025: como reconhecer as competências avaliadas na redação

Enem 2025: como reconhecer as competências avaliadas na redação

Como reconhecer as competências avaliadas na redação do Enem A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é avaliada conforme cinco competências, estabelecidas na Matriz de Referência, documento que orienta os corretores quanto aos parâmetros que devem verificar no texto de cada candidato. Por isso, é primordial que o aluno bem-preparado saiba exatamente o que é cobrado, para identificar o domínio das competências no próprio texto e aumentar as chances de alcançar uma boa pontuação. O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, sendo a redação parte do primeiro dia de exame, em que os participantes também encaram 90 questões objetivas de Linguagens e Ciências Humanas. Cada competência reúne aspectos específicos e recebe nota entre 0 e 200 pontos – que, somados, resultam na nota máxima de 1.000 pontos. São elas: Competência 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Os corretores utilizam níveis de desempenho (de 0 a 5) que descrevem o grau de atendimento aos critérios. Um texto que demonstra domínio pleno da competência, com inadequações raras, atinge o nível máximo de 200 pontos. Enquanto isso, a redação com falhas pontuais é classificada em níveis intermediários. Já aquela com desvios graves recebe notas muito baixas ou até zero na competência. ➡️ Como funciona a atribuição de notas? O texto passa pelo crivo de dois avaliadores, e a nota final do participante é a média aritmética das duas notas atribuídas. Siga o canal do g1 Enem no WhatsApp As cinco competências não são avaliadas de forma isolada. Deve haver coerência entre elas, o que garante a unidade do texto. Os aspectos exigidos estão interligados e se articulam para formar uma redação coesa e convincente. Assim, o corretor consegue perceber se o candidato domina o gênero dissertativo-argumentativo de forma global. LEIA TAMBÉM: Veja checklist para revisar a redação e garantir mais pontos O que pode zerar a redação (e como evitar) Um mês para o Enem: o que estudar e como se preparar para cada área da prova? Enem 2025: Prova será aplicada em 9 e 16 de novembro. Bruna Araújo/MEC Competência 1 A primeira competência avaliada é o domínio da norma formal escrita da língua portuguesa. Ou seja, se o candidato sabe usar corretamente a gramática. Desvios da norma padrão, quando frequentes, comprometem a nota nessa competência. A presença de registro informal, marcas de oralidade ou gírias também prejudica a pontuação. Atenção: escrita formal não é sinônimo de usar termos difíceis para impressionar o corretor. Se não tiver segurança sobre o significado de uma palavra que soa bonita, evite usá-la na redação. Redação do Enem ou 'cover' de Machado de Assis? Conforme a Cartilha de Redação do Enem, são considerados desvios: convenções da escrita — acentuação, ortografia, uso de hífen, emprego de letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica (translineação); gramaticais — regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, tempos e modos verbais, pontuação, paralelismos sintático, morfológico e semântico, emprego de pronomes e crase; escolha de registro — adequação à modalidade escrita formal, isto é, ausência de uso de registro informal e/ou de marcas de oralidade; escolha vocabular — emprego de vocabulário preciso, o que significa que as palavras selecionadas são usadas em seu sentido correto e são apropriadas ao contexto em que aparecem. Veja como a nota da competência 1 é composta: Competência 1 da redação do Enem 2022. g1 Competência 2 Para "gabaritar" a segunda competência, é preciso estar familiarizado com o formato de texto dissertativo-argumentativo pedido na prova. Segundo a cartilha, o candidato "deve evitar elaborar um texto de caráter apenas expositivo, devendo assumir claramente um ponto de vista". Esse tipo textual tem dupla natureza: argumentativo porque defende uma opinião, e dissertativo porque utiliza explicações para justificá-la. Para isso, a estrutura esperada inclui introdução, desenvolvimento e conclusão. LEIA TAMBÉM: Quantos parágrafos tem uma redação do Enem? Relembre a estrutura Além da adequação ao gênero textual, o respeito ao tema apresentado na proposta de redação também é fundamental e é avaliado na competência 2. Há dois cenários em que os prejuízos podem ser grandes: fuga total ao tema (quando nem o assunto mais amplo nem o tema específico proposto são desenvolvidos) e fuga parcial ou tangenciamento ao tema (quando o texto aborda só parcialmente, de forma ampla, o assunto a que o tema está vinculado). No primeiro caso, a redação recebe nota zero. Se há tangenciamento, a prova não é zerada, mas a perda de pontos pode ser significativa, já que afeta várias competências – afinal, o candidato não respondeu ao recorte proposto pela frase-tema. A competência 2 também avalia a presença de repertório sociocultural: uma informação, um fato, uma citação ou uma experiência vivida que, de alguma forma, esteja relacionada ao tema e contribua como argumento para a discussão proposta. Nesse ponto, a cartilha também alerta para o uso de "repertório de bolso" (entenda por que isso é problemático). Veja como a nota da competência 2 é composta: Competência 2 da redação do Enem 2022. g1 Competência 3 A terceira competência da redação avalia a capacidade do participante de selecionar, relacionar, organizar e interpretar fatos, opiniões e argumentos para defender seu ponto de vista acerca da situação-problema do tema proposto. Ou seja, como o aluno vai argumentar, com base em dados e informações, para reforçar sua opinião na redação. A argumentação sustenta e justifica a tese apresentada na introdução do texto. Quando é superficial ou genérica, a redação perde força e clareza. Por isso, a nota é bastante prejudicada quando a argumentação é construída com frases vagas, exemplos irrelevantes, informações soltas, repetitivas ou contraditórias. Uma boa argumentação exige clareza, consistência e lógica, além de exemplos, dados ou alusões pertinentes (o tal repertório sociocultural), que reforcem a tese. Se as referências apresentadas não tiverem relação direta com o tema, a nota será reduzida. Para ir bem nesta competência, o aluno deve construir repertório cotidianamente, sempre refletindo sobre como poderia aplicar os conhecimentos de diferentes áreas em temas de redação. Confira como a nota da competência 3 é constituída: Competência 3 da redação do Enem 2022. g1 Competência 4 A competência 4 vai avaliar a coesão do texto, que garante a unidade textual. O desempenho é insuficiente nessa competência quando o texto não estabelece ligações claras entre as ideias, o que pode ocorrer pelo uso incorreto de conectivos, repetições desnecessárias ou falta de continuidade entre os parágrafos. Os avaliadores vão considerar as conexões entre as partes do texto. Ou seja, as ligações entre as palavras na frase, entre as frases no parágrafo e, especialmente, entre os parágrafos na progressão do texto. Além disso, para garantir uniformidade na correção, há um critério que exige que pelo menos dois parágrafos se iniciem com o que é chamado de operador argumentativo, um tipo de recurso de coesão. É um termo que estabelece uma relação lógica entre o parágrafo que se inicia e o parágrafo anterior – e marca relações de semelhança, oposição, causa ou conclusão (assim como, porém, por isso, portanto etc.). Preposições, conjunções e advérbios também ajudam no encadeamento de ideias. A variedade também será observada. "Na produção da sua redação, você deve utilizar variados recursos linguísticos que garantam as relações de continuidade essenciais à elaboração de um texto coeso", esclarece a cartilha. O documento recomenda que seja evitado: ausência de articulação entre orações, frases e parágrafos; ausência de paragrafação (texto elaborado em um único parágrafo); emprego de conector (preposição, conjunção, pronome relativo, alguns advérbios e locuções adverbiais) que não estabeleça relação lógica entre dois trechos do texto e prejudique a compreensão da mensagem; repetição ou substituição inadequada de palavras sem se valer dos recursos oferecidos pela língua (pronome, advérbio, artigo, sinônimo). Veja como a nota da competência 4 é constituída: Competência 4 da redação do Enem 2022. g1 Competência 5 A quinta e última competência cobrada na redação do Enem é a apresentação de uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Em outras palavras, uma iniciativa que enfrente ou resolva a questão. Apresentada na conclusão da redação, a proposta deve ser concreta, específica e coerente com a argumentação desenvolvida ao longo do texto, apresentando cinco elementos fundamentais: A ação: o que é possível apresentar como solução para o problema; O agente: quem deve executá-la; A maneira: como viabilizar essa solução; O resultado: qual efeito ela pode alcançar; Detalhamento de um dos elementos anteriores: que outra informação pode ser acrescentada para detalhar a proposta. A nota será severamente prejudicada em caso de ausência de proposta de intervenção ou apresentação de propostas vagas, genéricas ou incompatíveis com o tema. Além disso, é fundamental que a proposta seja feita respeitando os direitos humanos. Isto é, a proposta de intervenção não pode, por exemplo, atentar contra a integridade física ou sugerir linchamento. A redação que não seguir essa orientação será zerada na competência 5, perdendo os 200 pontos possíveis. SAIBA MAIS: Nota pode ser zero na competência 5 em caso de desrespeito aos direitos humanos Confira como a nota da competência 5 é composta: Competência 5 da redação do Enem 2022. g1

De Pix ao pedido no delivery: agentes de IA ganham espaço no dia a dia dos dos brasileiros

De Pix ao pedido no delivery: agentes de IA ganham espaço no dia a dia dos dos brasileiros

Os agentes de IA, turbinados com inteligência artificial generativa, começam a ganhar espaço entre as empresas que atuam no comércio eletrônico. Com apenas um simples comando de voz ou de texto, o usuário consegue fazer pedidos no delivery de comida ou até mesmo consultar saldo, realizar pagamentos e transferências via Pix. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Etanol pode ser um ponto-chave para destravar negociação entre Lula e Trump sobre tarifaço. Veja por quê

Etanol pode ser um ponto-chave para destravar negociação entre Lula e Trump sobre tarifaço. Veja por quê

Grandes empresários e entidades setoriais do Brasil ouvidos pelo GLOBO estão otimistas com a conversa entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. Entre os temas-chave da negociação do lado comercial, a possível redução de tarifa que o Brasil impõe ao etanol anidro importado dos Estados Unidos é tida como a demanda americana que poderia ser mais facilmente atendida pelo Brasil. Vieira e Rubio evitam falar sobre Bolsonaro e focam em comércio: veja bastidores da reunião em Washington Nota do CNU: Calculadora do GLOBO mostra seu desempenho para cada cargo O Brasil hoje importa etanol anidro em momentos em que a demanda interna é alta e a produção local não consegue atendê-la. A reclamação dos americanos é que a taxação brasileira, de 18%, é elevada. Os EUA taxam em 2,5% o etanol brasileiro. No mercado de etanol, produzimos a partir da cana-de-açúcar e os americanos a partir milho, os dois países são os maiores produtores do mundo. Um presidente de entidade setorial que tem dialogado com autoridades brasileiras e americanas sobre a negociação comercial afirma que o assunto está na mesa, juntamente com o interesse americano por um eventual acordo sobre terras raras e minerais críticos para a transição energética. Descubra: Quem é a figura histórica no quadro atrás de Vieira e Rubio em foto da reunião de hoje? Leandro Barcelos, sócio da consultoria 7IBS, lembra que o etanol brasileiro é menos poluente e mais barato: — Ocorre que eventualmente abastecemos o mercado deles e vice-versa. O nosso etanol tem valor de produção mais baixo e é menos poluente. O que o Trump alega é que o Brasil tem tarifa mais alta para o etanol americano que o Brasil importa. Essa é seria a reclamação de mais fácil resolução porque pode-se fazer uma regulação de cotas de importação a uma tarifa mais baixa via Câmara de Comércio Exterior, pelo próprio Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Mineração é outro ponto Na área de minerais, os Estados Unidos pleiteiam a garantia de fornecimento firme, se não preferencial, por meio de um acordo com o Brasil para a aquisição dos chamados minerais estratégicos, a exemplo de lítio e nióbio, bem como acordos envolvendo as chamadas terras raras, um conjunto de minerais importantes para a transição energética e usados, por exemplo na fabricação de baterias, turbinas eólicas e telas de LED. 'Impacto administrativo': INSS suspende pagamento bônus para reduzir fila de pedidos por falta de recursos Hoje, a rigor, empresas americanas já podem investir no setor no Brasil, embora parcela relevante dos investimentos na área no país hoje ser feita por empresas chinesas. Não há, atualmente, tratamento preferencial a empresas americanas. Uma possível proposta aventada por executivos é um acordo comercial setorial, ou seja, com escopo só para a mineração, a exemplo do acordo que Trump firmou com o Japão em setembro, que inclui compromissos de não impor tarifas de exportação sobre minerais críticos. Hoje, o Brasil cobra uma tarifa média de 15% à exportação de minerais usados na transição energética, segundo Barcelos. Um alto executivo ligado ao setor de mineração afirma que um acordo sobre minerais críticos é meta para médio prazo, mas lembra que os EUA hoje competem com a China pela demanda para a transição energética. Os chineses, além de estarem, por exemplo, entre os principais compradores de nióbio, também são investidores. Initial plugin text

Governo vai definir preços de referência para novo vale-gás. Veja os valores por estado

Governo vai definir preços de referência para novo vale-gás. Veja os valores por estado

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva prepara uma portaria para definir os preços de referência em cada estado para o novo vale-gás, do programa “Gás do Povo”. Os valores, que valem até dezembro de 2025, variam entre R$ 122,12, no Acre, e R$ 89,67, em Pernambuco. O novo programa lançado pelo governo vai fornecer às famílias beneficiárias (integrantes do Cadastro Único, o CadÚnico) um voucher exclusivo para a compra de gás em pontos de revenda credenciados. Os primeiros vales devem ser emitidos entre novembro e dezembro. Benefícios sociais: Governo atualiza regras do BPC/Loas. Saiba o que muda CNU 2025: calculadora do GLOBO mostra sua pontuação para cada cargo pela nota final ponderada O texto preparado pelo Ministério da Fazenda e Ministério de Minas e Energia define que os preços de referência de cada estado devem considerar: Custo de aquisição do gás liquefeito de petróleo no fornecimento primário pelos distribuidores; Valor dos tributos federais; Valor dos tributos estaduais. Os valores devem ser atualizados a cada dois meses, e publicados no site do Ministério de Minas e Energia. 15,5 milhões de famílias no alvo O governo prevê que o novo benefício deve atingir 15,5 milhões de famílias de baixa renda (o equivalente a 50 milhões de pessoas) com a compra de botijões de 13kg. A principal diferença para o programa atual é o recebimento do voucher em vez de um valor, hoje de R$ 108, a cada dois meses, que pode ser usado para outras finalidades. Aviação: Motta anuncia aceleração de projeto que garante gratuidade da mala de mão em voos. Sim, há aéreas cobrando por isso A retirada do botijão deve ser feita pelo beneficiário responsável pela família inscrita no CadÚnico em uma revendedora de GLP credenciada pelo governo. Para efetuar a retirada será necessário apresentar um documento que comprove a inscrição no Cadastro Único, como cartão bancário do Programa Bolsa Família ou cantão bancário da Caixa Econômica Federal, nos termos estabelecidos em contrato da União com a Caixa Econômica Federal. Veja aqui tudo o que você precisa saber para se cadastrar.

Copa do Mundo 2026: bola oficial, Trionda supera vendas da antecessora em 220% no Brasil

Copa do Mundo 2026: bola oficial, Trionda supera vendas da antecessora em 220% no Brasil

Anunciada no último dia 3, a Trionda, bola oficial da Copa do Mundo de 2026, já é um sucesso comercial no Brasil. O GLOBO teve acesso, em primeira mão, a levantamento da Netshoes que aponta um aumento de 220% nas vendas da bola em comparação a sua antecessora, a Al Rihla, do mundial do Catar. A comparação é feita com base nos dez primeiros dias de disponibilidade de ambas as bolas. A gigante do e-commerce ainda aponta uma forte predileção do público pela versão mini da Trionda, que representa 37% das vendas. As versões da bola, fabricada pela Adidas, vão de R$ 99 a R$ 1.299. — O desempenho superou as nossas expectativas e ver a Trionda alcançar resultados tão expressivos em poucos dias mostra o quanto o público brasileiro já está no clima do mundial — afirma Thiago Bessa, gerente comercial de futebol da Netshoes. Saiba mais sobre a bola Trionda é anunciada como a nova Bola para a Copa do Mundo de 2026 Divulgação/Adidas O nome Trionda tem origem no espanhol e significa “três ondas”, em homenagem à primeira vez em que três países serão a sede do torneio: Estados Unidos, México e Canadá. O torneio começa no dia 11 de junho. O design apresenta uma combinação de vermelho, verde e azul, em homenagem aos três países-sede, enquanto uma nova construção de quatro gomos com geometria fluida remete às ondas que inspiraram o nome da bola. Esses gomos se conectam para formar um triângulo no centro, simbolizando a união histórica das três nações anfitriãs. A bola possui ícones que representam cada país: a folha de bordo do Canadá, a águia do México e a estrela dos Estados Unidos.

Ídolo do Miami Heat celebra novas funções e é sincerão sobre saudades das quadras: 'Falta nenhuma'

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Ainda que o glamour e o poder financeiro acompanhem, a rotina de um atleta da NBA, repleta de viagens em curto período de tempo é desgastante. Principalmente para quem jogou 20 anos na liga, como o ex-ala-pivô Udonis Haslem. Hoje vice-presidente de desenvolvimento de jogadores do Miami Heat e comentarista da NBA no Prime Video, o ex-jogador foi sincero ao falar sobre o novo estilo de vida e a distância das quadras: — Não sinto falta nenhuma. Não sinto falta de pousar em cidades às 3 da manhã e ter que acordar às 10, com o corpo dormindo e a mente acordada. Não sinto falta disso. Mas tenho essa chance de ser o vice-presidente de desenvolvimento de jogadores do Miami Heat. Ainda vou aos treinos, treino com os caras, tento me manter conectado com o vestiário e com Spo (Erik Spoelstra, técnico). Ainda tenho influência e impacto sobre as gerações mais jovens. Esse é meu objetivo — disse ele, ao GLOBO, em evento de lançamento da temporada da NBA do Prime Video, em Culver City, na última terça-feira. Initial plugin text Aposentado em 2023, aos 43 anos, Haslem colecionou três títulos da NBA e teve a camisa 40 aposentada pela franquia. Ele entrou no top 10 de carreiras mais longevas da liga. Animado com a nova temporada e com o novo papel no entretenimento, ele aponta uma das principais mudanças que vê no cenário tático da liga: a queda do um contra um. — A bola se movimenta mais rápido que os jogadores. O movimento dela, o ritmo de jogo e o espaçamento da quadra têm sido enfatizados. Se você pode explorar um duelo individual, tudo bem, mas acho que essa é a última opção comparando com quando eu cheguei na liga. O um contra um, naquela época (início dos anos 2000) era a primeira opção. Agora, é a última. Os times querem ritmo, espaço, criar duelos desfavoráveis. Se não conseguem, aí recorrem ao trabalho dos pontuadores — diz Haslem, que aposta num próximo MVP europeu, seguindo a sequência não americana. *O repórter viajou a convite do Prime Video.