Resumão diário #1629: Tensão diplomática entre Israel e Brasil; CPI do INSS; Tiroteios no RJ; COP 30 e mais

Resumão diário #1629: Tensão diplomática entre Israel e Brasil; CPI do INSS; Tiroteios no RJ; COP 30 e mais

Ministro de Israel chama Lula de 'antissemita apoiador do Hamas' e associa presidente a líder supremo do Irã. Oposição elege governista Duarte Jr. para vice-presidência da CPI do INSS. Rio tem manhã de tiroteios em comunidades da Zona Norte. Hacker preso por ameaçar Felca aprendeu a invadir sistemas pelo YouTube, diz delegado. Por que Belém foi escolhida para sediar a COP30?. Resumão diário do g1. Comunicação/Globo Produzido pelas equipes de vídeos e podcasts do g1, o Resumão é apresentado pela repórter Gabi Gonçalves.

Lula defende regulação de big techs durante reunião ministerial

Lula defende regulação de big techs durante reunião ministerial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (26) que as grandes empresas de tecnologia norte-americanas, conhecidas como big techs, são “patrimônio americano, mas não são nosso patrimônio”. De acordo com Lula, quem quiser atuar no Brasil tem que seguir a legislação nacional. A declaração ocorre horas após o presidente norte-americano, Donald Trump, emitir nota defendendo a atuação de big techs e ameaçando impor ou aumentar as tarifas de países que adotem impostos ou regulem as atividades de empresas americanas de tecnologia. Notícias relacionadas: Lula critica atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e defende cassação. Lula reafirma soberania e diz que Brasil não aceitará ofensas. “As big techs são um patrimônio americano e que ele não aceita que ninguém mexa. Isso pode ser verdade para eles. Para nós, ele é um patrimônio americano, mas não é nosso patrimônio", disse o presidente durante abertura da segunda reunião ministerial de 2025. "Nós somos um país soberano, nós temos uma Constituição, nós temos uma legislação e quem quiser entrar nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados, no nosso espaço aéreo e marítimo, na nossa floresta tem que prestar contas a nossa Constituição e a nossa legislação”, acrescentou. Em discurso recente, Lula já afirmou que vai taxar grandes empresas norte-americanas de tecnologia . >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp No Brasil, discute-se a responsabilidade das plataformas em relação a conteúdos criminosos que circulam nas redes, que vão desde pedofilia e apologia à violência nas escolas , até defesa de golpe de Estado. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, recentemente, que as plataformas devem ser responsabilizadas diretamente por postagens ilegais feitas por seus usuários .

Tati Quebra Barraco, voz que abriu alas femininas nos bailes, tem vida contada no filme de ficção 'A rainha do funk'

Tati Quebra Barraco, voz que abriu alas femininas nos bailes, tem vida contada no filme de ficção 'A rainha do funk'

Tati Quebra Barraco é a musa inspiradora do próximo longa-metragem de Susanna Lira, 'A rainha do funk' Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Cantora e compositora carioca que entrou em cena em 1997 e ganhou projeção nos anos 2000, Tati Quebra Barraco chega aos 45 anos – a serem festejados em 21 de setembro – com uma vida que daria um filme. E esse filme já começa a ganhar forma. Pioneira voz feminina do funk, Tatiana dos Santos Lourenço é a musa inspiradora do próximo longa-metragem da cineasta Susanna Lira. Intitulado A rainha do funk, o filme conta a vida de Tati Quebra Barraco, da infância na favela carioca Cidade de Deus às turnês fora do Brasil, passando pela maternidade precoce, o trabalho na creche e o sucesso nos bailes funk com músicas como Dako é bom (2004). Filme de ficção baseado na trajetória da artista, A rainha do funk tem roteiro de Maíra Oliveira e está em fase de desenvolvimento.

Bets: 17,7 milhões de brasileiros apostaram no 1º semestre, diz governo

Bets: 17,7 milhões de brasileiros apostaram no 1º semestre, diz governo

No primeiro semestre de 2025, o Brasil viu dois movimentos no setor de apostas. De um lado, 17,7 milhões de pessoas acessaram plataformas autorizadas. De outro, mais de 15,4 mil páginas de sites ilegais foram derrubados. Os dados fazem parte do balanço divulgado nesta terça-feira pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF). O levantamento aponta que a receita bruta total das empresas autorizadas de apostas e jogos on-line, o Gross Gaming Revenue (GGR), foi de R$ 17,4 bilhões no primeiro semestre. Esse valor representa o total de apostas, menos os prêmios pagos, o que pode ser indicado como o gasto efetivo dos apostadores no período. A média de gasto por apostador ativo é de cerca de R$ 983 por semestre ou R$ 164 por mês, segundo o governo. O relatório destaca ainda que a arrecadação federal chegou a R$ 3,8 bilhões no semestre, considerando tributos como IRPJ, CSLL, PIS/Cofins e contribuição previdenciária. Além disso, foram destinados R$ 2,14 bilhões para áreas sociais, conforme determina a Lei 14.790/23. Somam-se a esse montante R$ 2,2 bilhões em outorgas e R$ 50 milhões em taxas de fiscalização pagas pelas operadoras. A secretaria informou que um dos principais focos tem sido reduzir a atuação de empresas não autorizadas. Desde outubro de 2024, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já derrubou 15.463 páginas de sites ilegais. No sistema financeiro, 24 instituições comunicaram irregularidades e encerraram 255 contas de pessoas e empresas ligadas ao mercado clandestino. Apenas no primeiro semestre, a secretaria instaurou 66 processos de fiscalização contra 93 marcas, dos quais 35 resultaram em sanções. A ofensiva também chegou às redes sociais. Em parceria com o Conselho Digital do Brasil — que reúne empresas como Google, Meta, TikTok, Kwai e Amazon — foram removidas 112 páginas e 146 publicações de influenciadores que divulgavam apostas ilegais de forma disfarçada como conteúdo orgânico. Perfil dos apostadores O relatório inédito do Sistema Geral de Gestão de Apostas (Sigap) mostrou que o público é majoritariamente masculino (71%), com destaque para a faixa etária de 31 a 40 anos, que concentra 27,8% dos jogadores. Jovens de 18 a 25 anos representam 22,4% dos apostadores, enquanto pessoas acima de 60 anos correspondem a apenas 2,1%. — Este balanço tem uma importância fundamental para a regulação. São dados concretos relativos à atuação regulatória, tratando temas como fiscalização, controle, além dos primeiros números, que refletem a realidade, e não apenas estimativas — afirmou o secretário de Prêmios e Apostas, Regis Dudena.

Quem é Rogéria Bolsonaro, ex-mulher de Jair Bolsonaro, feita refém em assalto à casa da família em Resende

Quem é Rogéria Bolsonaro, ex-mulher de Jair Bolsonaro, feita refém em assalto à casa da família em Resende

Rogéria Nantes Braga Bolsonaro, de 65 anos, é a primeira esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No último domingo, ela e seus pais, ex-sogros de Bolsonaro, foram vítimas de um assalto dentro de casa, em Resende, no Sul Fluminense. Três criminosos armados invadiram o imóvel, taparam as bocas dos três com fitas adesivas, roubaram joias, celulares e ainda levaram o carro de seu pai na fuga — veículo que acabou recuperado posteriormente por agentes do 37º BPM — tudo isso enquanto ficavam com as bocas tapadas por fitas adesivas. Feitos de reféns: ex-mulher e sogros de Bolsonaro têm casa invadida e são feitos reféns por bandidos no Sul Fluminense Bandidos usaram corda para escalar muro e entrar em quintal de residência de ex-sogros de Jair Bolsonaro, no Sul Fluminense Rogéria é mãe de três dos cinco filhos do ex-presidente: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), "01", o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), "02", e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o "03". Vida política e apoio ao ex Formada em Publicidade e pós-graduada em Marketing e Administração, Rogéria já exerceu dois mandatos como vereadora no Rio, entre 1993 e 2000. Sua trajetória política inclui um episódio marcante em 2000, quando tentou conquistar um terceiro mandato na Câmara Municipal do Rio. Na época, foi barrada pelo próprio filho, Carlos Bolsonaro, então com 17 anos, que recebeu apoio direto do pai. Ele acabou eleito o vereador mais jovem da cidade, com 16.053 votos, enquanto Rogéria ficou como suplente, com 5.109 votos. Durante aquela disputa, Bolsonaro tentou inclusive impedir que ela utilizasse seu sobrenome nas urnas. Após o revés, Rogéria se manteve fora da vida pública por anos. Voltou a disputar uma vaga na Câmara em 2020, já durante o período Bolsonaro na Presidência da República, pelo Republicanos, mas obteve pouco mais de 2 mil votos e não foi eleita. Apesar de ter migrado para o PL em 2022, optou por não concorrer em 2024. Rogéria Bolsonaro, ex-esposa de Jair Bolsonaro e mãe de seus três filhos: Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, ainda jovens Reprodução Mesmo sem contar com apoio político do ex-marido — já que Bolsonaro não participou de sua campanha em 2020 — Rogéria segue declarando apoio a ele nas redes sociais. Em outubro de 2021, participou de uma “barqueata” em defesa do então presidente. Mais recentemente, esteve presente na manifestação em Copacabana, na Zona Sul do Rio, a favor da anistia para Bolsonaro. Pouco mais de um ano após o início do governo de Jair Bolsonaro, já em 2020, Rogéria Bolsonaro fez um desabafo nas redes sociais em defesa do então presidente. No post, ela destacou embates políticos como a CPMI das Fake News — que, segundo ela, tentava “forçar a narrativa” de que a vitória de Bolsonaro não teria sido limpa. No texto, Rogéria também criticou o que seriam tentativas de “desmoralizar o presidente” e relembrou o atentado a faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha de 2018. Chamou o autor do ataque de “meliante covarde e assassino, ex-militante do PSOL”, e repudiou investigações que buscavam ligar o então presidente e seus filhos ao assassinato da vereadora Marielle Franco. “É importante mantê-lo vivo em nossas mentes como combustível para continuarmos na luta contra a corrupção que assolou nosso país”, escreveu, acrescentando que Bolsonaro teria a missão de “resgatar o Brasil e fazer valer os princípios e valores de Deus, valorizando a família como base de uma sociedade sólida”. Sócia de Bolsonaro Na foto, Rogéria Bolsonaro está ao lado de Jair Bolsonaro e seus três filhos: Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, ainda jovens Reprodução O casamento com Bolsonaro terminou oficialmente em 1999, após um divórcio conturbado e até disputas políticas entre os dois, como na eleição de 2000, por exemplo, Jair lançou o filho Carlos, então com 17 anos, para concorrer a vereador contra a própria mãe. Mesmo após o divórcio, Rogéria Bolsonaro manteve vínculos estreitos com o ex-marido e os filhos não apenas na esfera familiar e política, mas também nos negócios. Ela aparece como a sócia-administradora da empresa Bolsonaro Digital Ltda., registrada com atividades ligadas a marketing direto, publicidade e pesquisa de mercado. No quadro societário da empresa também constam Jair Bolsonaro e os três filhos mais velhos do ex-presidente. Os bandidos que invadiram a residência dos avós do senador Flávio Bolsonaro(PL-RJ), no último domingo, usaram uma corda para escalar um muro e entrar no quintal do imóvel, em Resende. Em seguida, os assaltantes esperaram a avó do político abrir a porta da cozinha da casa, pouco depois das 8h, para render a vítima. Além dela e do marido, Rogéria Nantes Bolsonaro, filha do casal de idosos, e ex-esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foi rendida. Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relata mais de uma hora de “terror” com armas e ameaças; criminosos teriam fugido da casa dos avós com joias e o carro Reprodução O trio foi feito refém por cerca de uma hora. Os bandidos fugiram levando joias, celulares e um carro. O veículo foi recuperado horas após o assalto a cerca de 25 quilômetros de distância. Rogério trabalha como assessora no gabinete do deputado estadual Anderson Moraes (PL). Segundo o parlamentar, ela e os pais deverão ir à 89DP (Resende) nesta segunda-feira. — A dona Rogéria contou que a mãe foi rendida após fazer o café. Ela abriu a porta da cozinha sendo rendida por um bandido. Os caras usavam máscaras do tipo Covid e estavam encapuzados — disse o deputado. Polícia prende 20 suspeitos de ligação com uma facção criminosa que atua no Sul Fluminense: foram apreendidos armas, celulares, e meio milhão de reais em drogas O carro recuperado pela Polícia Militar foi levado para a 89ªDP e passou por uma perícia. A previsão é a de que a ex-mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro e os pais dela prestem depoimento ainda nesta segunda-feira. A notícia de que a casa dos ex-sogros de Jair Bolsonaro havia sido invadida por bandidos veio à tona após o senador Flávio Bolsonaro relatar o caso nas redes sociais, no domingo. Ele revelou que sua mãe e seus avós maternos ficaram na mira dos criminosos por mais de uma hora. E que tiveram joias e um carro da família roubados. “Não foi um simples assalto”, escreveu Flávio Bolsonaro na postagem. Segundo ele, o grupo abordou sua mãe, identificando-a e fazendo ameaças. O senador contou que os bandidos afirmaram conhecer quem ela era e queriam saber onde estava “o dinheiro que o Bolsonaro” mandaria para seus avós. “Reviraram a casa inteira. Como não havia dinheiro, levaram alguns anéis e fugiram roubando o carro do meu avô”, continuou ele. O senador escreveu ainda que todos passam bem, mas que o episódio foi marcado por muita violência: “Foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva”. Com o relato, ele publicou um vídeo no qual Rogéria - também mãe do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — dá detalhes do que viveu. As imagens mostram portas e gavetas dos armários da casa abertas, e objetos espalhados pelo chão e em cima de móveis da residência. De acordo com Rogéria, os bandidos chegaram usando luvas, mas as retiraram na hora de cobrirem a boca das vítimas com fita adesiva. Durante as ameaças, disse ela, os criminosos contaram que seriam oriundos da Penha, na Zona Norte do Rio. “Levaram os celulares, levaram algumas joias. Eles estavam procurando dinheiro. Já vieram certo, porque disseram que os amigos do Bolsonaro tinham dito que aqui tinha dinheiro, que ele mandava dinheiro para cá”, declarou ela. “Parece que já veio mandado”, acrescentou. O GLOBO tentou contato com a família, mas não obteve respostas. Em nota, a Polícia Civil disse também que foi realizada uma perícia no local, e outras diligências seguem para identificar e responsabilizar os autores do crime. A Polícia Militar, por sua vez, informou que agentes do 37º BPM (Resende) foram acionados na manhã de ontem para atender a uma ocorrência de roubo a residência no bairro Vila Julieta, em que a família mora. De acordo com o comando da unidade, policiais constataram o fato e prestaram auxílio às vítimas, que não ficaram feridas durante a ação dos criminosos. Após buscas na região, os agentes do 37º BPM recuperaram o automóvel pertencente à família, que havia sido levado pelos assaltantes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também publicou, dos Estados Unidos, um vídeo sobre o episódio. “Sequestraram meus avós e minha mãe gritando: ‘sabemos que o Bolsonaro faz PIX para vocês. Cadê a grana?’”, disse o parlamentar.

Deputados omitem dados em notas de gastos com carros oficiais no portal da Alerj

Deputados omitem dados em notas de gastos com carros oficiais no portal da Alerj

Deputados da Alerj ocultam dados em notas de gastos com carros oficiais Deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) estão ocultando informações essenciais para a fiscalização dos gastos dos parlamentares, como placas e modelos dos veículos alugados com verba pública. Cada deputado estadual tem direito a uma verba de gabinete de R$ 31.165,33 por mês. Um dos denunciados é Giovanni Ratinho, do Solidariedade. Uma reportagem do RJ1 revelou que ele alugou dois veículos por R$ 23 mil para utilizar os veículos, destinados a atividades parlamentares, em tarefas rurais numa fazenda particular. Valor mensal para uso nos gabinetes dos deputados da Alerj Reprodução/TV Globo O valor de aluguel dos veículos pode variar. A deputada Giselle Monteiro (PL) aluga um veículo por R$ 15 mil mensais. Guilherme Delaroli, do mesmo partido, paga R$ 16 mil. Já Rosenverg Reis (MDB) desembolsa R$ 19.500 por um carro seminovo. O mesmo modelo é usado por Ratinho. Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça A Alerj, questionada sobre o uso dos veículos, afirmou apenas que as notas estão disponíveis no Portal da Transparência, e que a prestação de contas é auditável pela sociedade. No entanto, a falta de informações detalhadas nas notas fiscais torna essa auditoria praticamente inviável. Entre os que também alugam veículos e ocultam dados como placas de veículos, estão: Rodrigo Bacellar Volkswagen sedan blindado R$ 10.000 Rafael Nobre Dois carros blindados (sem marca) R$ 20.000 Valdecir da Saúde Três veículos (sem identificação) R$ 20.700 Dani Balbi Não especificado R$ 13.000 Renata Souza Dois veículos (sem modelo) R$ 3.000 + R$ 12.000 Vinicius Cozollino SUV e sedan blindados R$ 16.500 Franciane Motta | Dois Jeeps (placas omitidas) R$ 19.500 Para a ONG Transparência Brasil, a omissão de dados compromete o controle social. "É dever da Assembleia Legislativa fiscalizar na hora em que são apresentadas as notas fiscais, verificar se a legalidade do gasto está posta e também tomar providências ao ser notificada ou tomar conhecimento do uso irregular dessa verba e desses veículos", afirmou Marina Atoji, diretora de programas do Transparência Brasil. " Se eu não tenho informação completa do modelo do carro, da placa do carro, do tipo de carro utilizado, eu não tenho como verificar na prática se os carros estão sendo usados para fins legais ou para fins do exercício do mandato, com interesse público ou não. Não adianta ter uma transparência incompleta ou uma transparência meramente decorativa", pontuou. Notas Vinícius Cozzolino: a placa é resguardada por segurança, e que encaminha outra nota para a Alerj em caráter reservado. Guilherme Delaroli e Rafael Nobre: Motivos de segurança. Renata Souza: A deputada citou a questão de segurança e disse que a ocultação dessas informações é uma orientação da própria Alerj. Procurado, Rodrigo Bacellar foi questionado a respeito do assunto. À Alerj, também foi pedida uma nota oficial. Nenhuma resposta foi enviada à TV Globo até a publicação desta reportagem.

CPI do INSS: investigação será dividia em seis eixos e vai até março de 2026, ano eleitoral; entenda

CPI do INSS: investigação será dividia em seis eixos e vai até março de 2026, ano eleitoral; entenda

O plano de trabalho definido pelo relator da CPI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), prevê dividir em seis partes a investigação que deve acontecer no Congresso nos próximos meses. A proposta, aprovada na comissão, desenha como o colegiado pretende organizar as apurações sobre as fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões, que têm prazo para acabar em 28 de março de 2026. Com isso, o colegiado deverá funcionar nos primeiros meses do ano eleitoral, o que pode representar mais desgaste para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A CPI foi criada após a revelação de desvios nos benefícios recebidos por aposentados e pensionistas. O caso levou à saída do então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), e revelou um rombo estimado em até R$ 6,3 bilhões. As fraudes envolvem descontos mensais não autorizados, feitos por associações de fachada. A CPI não tem poder de punir diretamente, mas pode pedir indiciamentos e encaminhar pedidos de responsabilização às autoridades competentes. Veja abaixo os seis eixos definidos no plano de trabalho da CPI: Mapeamento do esquema fraudulento e modus operandi O relator quer usar essa divisão para reconstituir como funcionava o esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões. Apurações já mostraram que entidades de fachada, como a Associação de Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), criaram cadastros falsos e chegaram a apresentar documentos adulterados e áudios forjados para justificar cobranças — uma “fraude dentro da fraude”. Identificação e responsabilização dos envolvidos O segundo eixo busca dar nomes e sobrenomes aos responsáveis. A Polícia Federal apontou que dirigentes e ex-diretores do INSS que receberam propinas em dinheiro e bens de luxo. Entre os alvos está Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”. Ele é apontado como operador central, responsável por intermediar as relações entre associações fraudulentas e servidores públicos. Relatórios da PF indicam que Antunes movimentou R$ 53 milhões em valores oriundos de entidades sindicais e empresas relacionadas, muito acima da renda mensal de R$ 24 mil que declarava oficialmente. Parte desses recursos teria sido usada para comprar presentes a dirigentes do INSS, como um veículo Porsche de R$ 500 mil transferido para a esposa de um procurador do órgão. Outros nomes citados incluem o ex-diretor de Benefícios, André Fidélis, acusado de receber mais de R$ 5 milhões. A CPI do INSS pretende convocar todos para depor. Impacto nas vítimas e no erário Milhões de aposentados e pensionistas foram atingidos. Casos relatados ao GLOBO mostram idosos de 80 e 84 anos que perderam cerca de R$ 45 por mês, um valor pequeno em números absolutos, mas dramático para quem depende exclusivamente da aposentadoria. Mais de 3,2 milhões de processos de contestação foram abertos por beneficiários que não reconheciam os descontos. Segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), as cobranças podem ter somado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, sendo pelo menos R$ 2,6 bilhões já reconhecidos como prejuízo líquido ao erário. O governo começou a pagar ressarcimentos com crédito extraordinário autorizado pelo STF. Ainda assim, a CPI do INSS pretende dimensionar de forma detalhada tanto o dano financeiro quanto o impacto humano, em um escândalo que expôs a vulnerabilidade de milhões de segurados. O caminho do dinheiro A quarta frente seguirá a trilha financeira dos desvios. A Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em abril, já bloqueou imóveis avaliados em R$ 12 milhões, sequestrou bens no valor de R$ 1 bilhão e prendeu dirigentes em Sergipe e no Distrito Federal. As investigações mostram que valores cobrados indevidamente eram transferidos a intermediários, que repassavam parte a integrantes da cúpula do INSS. Um relatório apontou, por exemplo, que o então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, autorizou descontos em massa em favor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) mesmo após parecer jurídico contrário. Para os investigadores, a rede de movimentações envolvia empresas de fachada, repasses em espécie e uso de bens de luxo para ocultar a origem dos recursos. A CPI do INSS deve solicitar novas quebras de sigilo bancário e fiscal para ampliar o rastreamento. Análise de falhas institucionais e dos mecanismos de controle Além de identificar os fraudadores, a CPI também quer entender por que os mecanismos de controle falharam. O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que os “alarmes” internos do INSS foram “desligados” deliberadamente em 2023 e 2024, impedindo que as suspeitas chegassem ao ministério. Há registros de servidores que denunciaram as fraudes já em 2020, durante o governo Jair Bolsonaro, mas a investigação aberta pela Polícia Federal foi arquivada sem indiciamentos. O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a recomendar a suspensão dos descontos até a adoção de biometria, mas o alerta foi ignorado. Segundo a PF, o INSS “não sustentou medidas preventivas”, mesmo diante de milhares de denúncias de beneficiários e da imprensa. A CPI do INSS pretende apurar essas falhas e, ao final, sugerir responsabilizações institucionais. Medidas preventivas e de aperfeiçoamento legislativo O último eixo prevê que a CPI apresente recomendações legais e administrativas para proteger aposentados e pensionistas. Entre as ideias em debate estão a exigência de biometria para validar descontos, o fortalecimento das áreas de auditoria e corregedoria e a reestruturação da ouvidoria do INSS. Também está em discussão o fim do desconto automático em folha para associações e sindicatos — um mecanismo previsto em lei desde 1991 e que, segundo investigadores, foi deturpado para viabilizar as fraudes. A CPI do INSS deve apresentar um pacote de medidas no relatório final.

Veja quem são os tripulantes da lancha que desapareceu no mar no litoral de SP

Veja quem são os tripulantes da lancha que desapareceu no mar no litoral de SP

Desaparecidos foram identificados como Lucídio Francisco Dias (à esq.), Bruno Silva Dias (ao centro) e Maria Aparecida da Silva Dias (à dir.) Reprodução/Redes sociais Uma família de Guarujá, no litoral de São Paulo, está a bordo da lancha que desapareceu no mar na região de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Os desaparecidos foram identificados como o veterinário Bruno Silva Dias e os pais dele Lucídio Francisco Dias e Maria Aparecida da Silva Dias. O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) informou que o Cobom Marítimo foi acionado no sábado (23) para o naufrágio de uma embarcação com três tripulantes, ocorrido a aproximadamente 25 quilômetros da costa de Itanhaém, nas proximidades da Ilha da Queimada Grande, popularmente conhecida como Ilha das Cobras. A Marinha do Brasil realiza buscas pela família com uma lancha e o navio-patrulha Guajará. A operação também conta com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), com a aeronave SC-105 Amazonas e o helicóptero H-36 Caracal. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Quem são os desaparecidos? Segundo apurado pelo g1, Bruno e os pais viviam em Matão, no interior de São Paulo, mas se mudaram para Guarujá. O veterinário veio para a cidade, há aproximadamente três anos. Os pais dele, Lucílio e Maria Aparecida, resolveram morar no litoral paulista há cerca de um ano. O g1 ainda apurou que Bruno é casado e tem um filho de 11 anos. Com a esposa, ele é proprietário de uma clínica veterinária inaugurada em agosto do ano passado no bairro Pitangueiras, em Guarujá. Segundo apuração da reportagem, Lucílio é conhecido como Seu Dias. Ele atuava com consertos de equipamentos, como ar-condicionado e micro-ondas, durante o dia, mas no período noturno, trabalhava como auxiliar de veterinário na clínica do filho, que funciona 24h. Conhecida como Dona Cida, Maria Aparecida está em processo de aposentadoria e ajuda nos cuidados com o neto, de 11 anos. Veterinário Bruno Silva Dias (à esq.) é procurado por equipes da Marinha do Brasil após desaparecer no mar Redes sociais e Divulgação/CPSP O g1 tentou contato com os familiares dos desaparecidos, mas não conseguiu retorno até a publicação desta reportagem. Entenda o caso Marinha realiza buscas por lancha desaparecida com três pessoas no litoral de SP O Cobom Marítimo foi acionado, no sábado (23), para o naufrágio de uma embarcação com três tripulantes, ocorrido a aproximadamente 25 quilômetros da costa de Itanhaém, nas proximidades da Ilha da Queimada Grande, popularmente conhecida como Ilha das Cobras. Segundo o GBMar, a solicitação foi feita pelo proprietário de uma marina, que disse ter recebido o pedido de socorro de um dos tripulantes e perdido o contato com ele. "A embarcação em questão é uma lancha de 21 pés, equipada com motor Yamaha de 60HP, cuja última localização registrada foi nas coordenadas 24º20'19,8''S / 46º36'19,02''W", afirmou a corporação. Depois que recebeu a ocorrência, o GBMar comunicou a Marinha do Brasil, por conta do mau tempo e baixa visibilidade. A Marinha e a Força Aérea Brasileira (FAB) realizam os trabalhos de buscas. Segundo a Capitania dos Portos, o trio estava em uma lancha de nome “Jany”, que pode ter naufragado. No entanto, não há confirmação do que teria ocorrido com a embarcação, pois não foi encontrada nenhuma evidência, como destroços ou alguma outra prova, que comprove uma situação de naufrágio. Lancha desapareceu após enviar pedido de socorro no mar na região de Itanhaém Arte g1 VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos