Montador de palco é assassinado a tiros em rua na Zona Sudeste de Teresina

Montador de palco é assassinado a tiros em rua na Zona Sudeste de Teresina

Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso? O montador de palco Kaio Eduardo de Sousa, de 27 anos, foi morto a tiros na tarde de domingo (24), no bairro Novo Horizonte, Zona Sudeste de Teresina. Segundo o 8º Batalhão da Polícia Militar, homens em três motocicletas rondavam a região e se aproximaram do jovem na Rua Alonso de Carvalho. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Eles atiraram várias vezes contra a vítima, que morreu no local, e fugiram. Os atiradores ainda não foram localizados. A PM isolou o trecho da rua e acionou a perícia criminal e o Instituto de Medicina Legal (IML), que recolheu o corpo de Kaio. De acordo com a polícia, o jovem tinha registros criminais e havia sido alvo de uma tentativa de homicídio anteriormente. Não se sabe a motivação do crime. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Montador de palco é assassinado a tiros na Zona Sudeste de Teresina Divulgação/PMPI VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube

Marido de estudante de medicina que morreu em acidente viu quando caminhonete entrou na frente de carro: ‘Veio o choque. Gritei e apaguei’.

Marido de estudante de medicina que morreu em acidente viu quando caminhonete entrou na frente de carro: ‘Veio o choque. Gritei e apaguei’.

Guilherme passou por duas cirurgias e está internado com quadro de saúde estável; Paula morreu no acidente que aconteceu na BR-060 Arquivo pessoal/Guilherme Sampaio e O Correiro News/Reprodução O estudante de medicina Guilherme Sampaio, de 22 anos, que perdeu a esposa, Paula Abrantes da Silva, de 23, num acidente de carro na BR-060, no dia 18, contou ao g1 que só se lembra da última cena que viu antes da colisão. "Eu lembro que um caminhão estava vindo na outra via, no sentido contrário. De repente, só vi uma caminhonete na minha frente e veio o choque. Na hora, eu ainda gritei 'não' e apaguei". Depois desse momento, Guilherme conta que só se lembra de "vultos". "Eu acordei na hora do socorro. Alguém falou "'Peraí' que o socorro já está chegando". Mas aí eu já apaguei de novo e acordei na ambulância depois. E conversei um pouco com a mulher que estava lá (na ambulância)", descreveu o estudante, acrescentando que não viu Paula em nenhum momento. Guilherme só ficou sabendo da morte da esposa na Santa Casa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde ele está internado. Foi a mãe dele que lhe deu a notícia, após ele passar pela primeira cirurgia, na tíbia da perna esquerda. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp "Foi muito difícil. A reação dele foi de desespero. Ele ficou dizendo que queria ter ido no lugar dela. Eles se davam muito bem, foram bastante felizes juntos", contou Keila Sampaio, mãe de Guilherme, ao g1. LEIA TAMBÉM Marido de estudante de medicina se desesperou ao saber que ela tinha morrido em acidente: 'Parte de mim se foi' Morte de estudante de medicina causa comoção nas redes sociais Pai chora ao falar sobre a morte de estudante de medicina em acidente e diz que ela não queria viajar: 'Parece que estava sentindo' 'Não sei como vou lidar com tudo isso' Guilherme disse que, agora, seu maior desejo é se recuperar do acidente. Segundo o estudante, os médicos que acompanham o seu caso disseram que ele só deve conseguir voltar a andar em 90 dias. Ele conta, porém, que o maior desafio será lidar com o impacto emocional da tragédia. "E eu não quero de jeito nenhum desistir da faculdade. Mas como nós dávamos suporte um ao outro lá, não sei como vou fazer. Não sei como vou conseguir lidar com tudo isso, psicologicamente. Vou ter que fazer todo um preparo psicológico", afirmou Guilherme ao g1. Guilherme destaca que Paula era uma pessoa alegre e espontânea, que fará muita falta. Eles moravam juntos na cidade de Pedro Juan Caballero, onde cursavam medicina na Universidad Sudamericana. "A gente vivia juntos todos os dias. Éramos grudados 24 horas. Parte de mim se foi", afirmou. Como foi o acidente Guilherme e Paula voltavam de Alexânia, onde moram as suas famílias, para o Paraguai, onde eles cursavam medicina. Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Mato Grosso do Sul, o carro em que eles estavam, na BR-060, foi atingido de frente por uma caminhonete, que invadiu a contramão. Segundo Guilherme, eles sempre faziam o trajeto de carro. Apenas uma vez, em maio deste ano, eles voltaram de ônibus porque o carro estava no conserto. Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

Sol: perigo para a pele ou um santo remédio?

Sol: perigo para a pele ou um santo remédio?

Especialista explica qual o perigo da exposição ao sol em excesso Todos nós já ouvimos os alertas médicos sobre os riscos de câncer de pele decorrentes da exposição excessiva ao sol. Mas há também teorias que sugerem que a radiação solar poderia ser a chave no combate a doenças devastadoras. Afinal, o que diz a ciência hoje sobre o potencial terapêutico do sol? A ideia de que o sol faz bem não é nova. Por séculos, diversas culturas reconheceram o poder curativo do astro-rei. Do Egito à Grécia antiga, passando pelas tradições médicas islâmicas, o sol foi considerado uma fonte de saúde e revitalização. O surpreendente é que, em pleno século 21, essa crença ancestral esteja sendo validada pela ciência com uma força inesperada. A era da vitamina D Durante anos, a hipótese preponderante foi simples: a luz solar produz vitamina D, essencial para a saúde óssea e, talvez, para a prevenção de uma série de doenças. Num influente artigo de 1980, os irmãos Frank e Cedric Garland, epidemiologistas da Universidade Johns Hopkins (EUA), sugeriram que o nutriente era responsável pelas menores taxas de câncer colorretal em regiões ensolaradas do planeta. Assim começou a era da vitamina D, com médicos de todo o mundo recomendando cápsulas de suplementação. Em países como o Reino Unido, por exemplo, pesquisas nos anos seguintes constataram o ressurgimento de doenças como o raquitismo – enfraquecimento severo dos ossos em crianças –, sobretudo em populações com pele mais escura e baixa exposição ao sol. Ali, os raios UVB simplesmente "não chegam ao solo" entre os meses de novembro e março, como explicou a especialista em nutrição Inez Schoenmakers, de Cambridge, ao jornal britânico The Guardian. Mas a "era da vitamina D" parece hoje ter chegado ao seu limite. Os suplementos se mostraram úteis na prevenção de deficiências graves, mas os ensaios clínicos não confirmaram efeitos milagrosos sobre o câncer, diabetes ou doenças cardiovasculares – doenças que afetam igualmente quem toma suplementos e quem não toma. Como conclui uma reportagem publicada em maio na Scientific American, "seja o que for que a luz solar esteja fazendo para prevenir uma miríade de doenças, é muito mais complicado do que simplesmente fazer a pele produzir um pouco de vitamina D". Alguns estudos observacionais sugerem que, apesar do aumento de melanomas, as pessoas mais expostas à luz solar diária vivem mais. Por exemplo, em um artigo publicado na revista Psychology Today, o diretor do Centro de Pesquisa sobre a Luz Circadiana, Martin Moore-Ede, cita um estudo com o pessoal da Marinha dos Estados Unidos que mostrou uma taxa de mortalidade por câncer de pele três vezes menor do que o esperado e 44% menos mortes por outros tipos de câncer, apesar da alta exposição ao sol. Embora o estudo não estabeleça uma relação de causalidade e possa ter sido influenciado por outros fatores, ele sugere que a luz solar tem um efeito protetor. Outro estudo sueco, que acompanhou mulheres ao longo de 20 anos, chegou a resultados semelhantes: a taxa de mortalidade entre aquelas com menor exposição à luz solar foi o dobro das mais expostas. O risco de morte por doenças cardiovasculares era 130% maior e o risco por outras causas não relacionadas nem a câncer nem a doenças cardiovasculares era 70% maior. Surpreendentemente, mesmo aquelas que desenvolviam melanoma tinham melhor sobrevida se continuassem a tomar sol. De fato, segundo a Scientific American, alguns estudos em camundongos mostraram que a exposição a raios UV melhora doenças autoimunes sem afetar os níveis de vitamina D, o que levou cientistas como Robyn Lucas, na Austrália, a revisitar seus próprios dados e encontrar uma correlação mais forte com a exposição solar em si do que com a vitamina. Sol é a melhor forma de ativar a vitamina D no organismo, mas há riscos Nilson Porcel/EPTV Exposição ao sol e esclerose múltipla Um dos casos mais estudados e promissores é o da esclerose múltipla, doença autoimune em que o sistema imunológico ataca a mielina que recobre os nervos, e cuja ocorrência no planeta parece seguir um padrão geográfico. Por mais de um século, pesquisadores constataram a correlação de diversas doenças, principalmente autoimunes e cardiovasculares, com a latitude. Mesmo após ajustar variáveis como dieta e nível socioeconômico, a incidência dessas patologias tende a aumentar conforme nos afastamos da Linha do Equador. Na Austrália, por exemplo, as taxas de esclerose múltipla saltam de 12 a cada 100 mil pessoas no norte tropical para 76 no sul, segundo a Scientific American. Por outro lado, a exposição ao sol, especialmente durante a infância ou a gravidez, parece exercer um efeito protetor. Estudos observacionais descobriram que crianças que passam mais de uma hora por dia ao ar livre têm até cinco vezes menos risco de desenvolver esclerose múltipla do que aquelas que passam menos de 30 minutos. Um caso concreto citado pela Scientific American é o de uma americana diagnosticada com a doença em 2008. Poucos meses após começar a utilizar uma caixa de luz UV prescrita por seu médico, seu quadro regrediu e ela recuperou sua disposição. Fotoimunologia é nova fronteira científica A terapia com luz UV pode ser apenas a ponta do iceberg. Há indícios de que a luz UV é capaz de acalmar um sistema imunológico descontrolado, e cientistas agora querem entender como isso acontece. Ao incidir sobre a pele, os raios desencadeiam uma cascata de reações bioquímicas, cujos impactos exatos na saúde humana ainda não estão claros: são geradas endorfinas, serotonina, óxido nítrico (que reduz a pressão arterial), lumisterol (com efeitos anti-inflamatórios) e outras moléculas que ainda estão sendo descobertas. Um estudo publicado em 2023 , por exemplo, identificou lipídios gerados pela pele após a exposição solar que instruem as células T a não se multiplicarem descontroladamente – justamente o processo que desencadeia doenças autoimunes como a esclerose múltipla. Em outro pequeno e preliminar ensaio clínico na Austrália, citado pela Scientific American, 30% dos pacientes no estágio inicial de esclerose múltipla tratados com fototerapia UV não desenvolveram a doença, frente a 0% do grupo de controle. E os efeitos positivos – embora ainda não confirmados em pesquisas mais amplas – persistiram meses após o fim do tratamento. Vitamina D: benefícios, sintomas da falta e como repor Esse campo, denominado fotoimunologia, também pode oferecer perspectivas valiosas para entender outras patologias com componentes inflamatórios, como diabetes tipo 1, artrite reumatoide, doença de Crohn e colite ulcerativa – males mais comuns em populações com exposição limitada ao sol. Sol também afeta os ritmos circadianos Há ainda outros benefícios. Como aponta a Psychology Today, mesmo sem exposição direta ao sol, sair ao ar livre ajuda a sincronizar os ritmos circadianos, o que impacta diretamente na regulação hormonal, no humor e no metabolismo. A luz azul da manhã, em particular, ajuda a calibrar o "relógio biológico interno" e pode reduzir o risco de desenvolver diversas doenças. Em outras palavras, nem é preciso tomar sol pleno para obter benefícios: basta ver a luz natural diariamente, de preferência pela manhã. Tradição milenar A fascinação pela luz não é nova. O Papiro Ebers, um antigo pergaminho médico egípcio de 1500 a.C., contém receitas de unguentos que deviam ser aplicados para, depois, expor o corpo à luz solar. O médico grego Areteu da Capadócia já recomendava, no século 2 d.C., expor pacientes melancólicos aos raios solares. E no século 19, a enfermeira britânica Florence Nightingale (1820-1910) assegurava que "depois do ar fresco, a luz solar direta é o mais importante", enquanto pessoas como o americano Edwin Babbitt (1828-1905) e o indiano Dinshah Ghadiali (1873-1966) se notabilizaram por construir aparelhos de cromoterapia. Embora muitas dessas ideias hoje sejam consideradas pseudociência, outras foram incorporadas à medicina moderna. A luz azul é usada em hospitais para tratar a icterícia neonatal, e as lâmpadas de luz branca ajudam no transtorno afetivo sazonal, popularmente conhecida como "depressão de inverno". Questão de dosagem Como equilibrar os benefícios da exposição solar com os riscos conhecidos do câncer de pele? A questão talvez já não seja se a luz solar pode ter efeitos curativos, mas sim como e quando aproveitá-los sem se exceder e expor a riscos. O câncer de pele continua sendo um perigo real, como alertam as autoridades de saúde. Mas cada vez mais especialistas propõem repensar esse equilíbrio. O mais sensato é agir com moderação: evitar queimaduras solares, manter-se afastado do sol entre 11h da manhã e 3h da tarde no verão e usar protetores solares com fator 15 ou superior. É improvável que a fototerapia entregue todos os benefícios da luz solar de espectro completo, mas isso nem precisa acontecer. Para pessoas com doenças autoimunes, essa abordagem oferece uma esperança tangível de melhora. Enquanto isso, cientistas seguem tentando desvendar o enigma sobre como exatamente a exposição ao sol "acalma" o sistema imunológico. Diferentemente do que sugeriu a "era da vitamina D", é bem possível que não exista uma única substância responsável. "Provavelmente são múltiplas", pontua a imunologista Prue Hart à Scientific American. A lição, por ora, é clara: o sol não é vilão nem salvação absoluta. A chave, como em tantos aspectos da medicina, parece estar no equilíbrio.

'Influencer do Tigrinho' presa em Tocantins gravou reality em mansão apreendida; veja imagens

'Influencer do Tigrinho' presa em Tocantins gravou reality em mansão apreendida; veja imagens

A influenciadora Maria Karollyny Campos Ferreira, presa na semana passada por suspeita de lavagem de dinheiro, exploração ilegal de jogos de azar e associação criminosa, gravou meses atrás um reality show numa mansão agora apreendida pelas autoridades. Karol Digital, como é conhecida, publicou nas redes sociais várias imagens da produção, batizada de "Mansão da Digital", que contou com 27 participantes e distribuiu prêmios de R$ 65 mil, em agosto. A defesa da dupla nega o envolvimento com quaisquer práticas ilícitas. Governo diz que 'acompanha situação' de brasileira trans detida pelo serviço de imigração dos EUA Porsches exibidos por Gato Preto receberam 24 multas em menos de dois meses e não estão no nome do influenciador Na Operação Fraus, deflagrada na sexta-feira passada, policiais apreenderam sete carros de luxo em nome de Karol, incluindo uma McLaren Artura estimada em R$ 3,1 milhões, uma fazenda e sete imóveis, como o palco da "Mansão da Digital". Karol Digital e o namorado dela, Dhemerson Rezende Costa, foram presos em um condomínio de alto padrão em Araguaína, no Norte de Tocantins. "Gratidão eterna a cada pessoa que fez parte desse sonho! A Mansão da Digital foi um sucesso porque tivemos uma equipe incrível e colaboradores dedicados em cada detalhe", diz postagem no Instagram do reality, compartilhada no perfil da influenciadora. Initial plugin text O reality teve câmeras nos quartos, shows de artistas, disputas de provas e gincanas, concurso de fantasias e até Jogo da Discórdia. Initial plugin text Initial plugin text Ao determinar a prisão da influencer e do namorado, a Justiça citou "grande movimentação financeira incompatível com a renda declarada, além do uso de empresas de fachada para lavagem de dinheiro, ocultação de bens de luxo, promoção fraudulenta de jogos de azar e conversas indicando corrupção e fraude". Initial plugin text A polícia acredita que Karol Digital utilizava o jogo para encobrir ganhos de outras fontes. As investigações apontam que ela e outros alvos da operação movimentaram mais de R$ 217 milhões entre janeiro de 2019 e outubro de 2024. O dinheiro seria de plataformas de jogos de azar ilegais e de empresas de intermediação de pagamentos. Ainda de acordo com os investigadores, os alvos usaram 30 contas bancárias em 11 agências de 13 instituições financeiras. Só as contas de Karol receberam aportes de mais de R$ 37 milhões em depósitos que seriam de plataformas ilegais.

‘O Retorno de Ulisses’, o mito homérico mais humano, chega às telas

‘O Retorno de Ulisses’, o mito homérico mais humano, chega às telas

O Retorno de Ulisses, novo filme dirigido por Uberto Pasolini, estreou na Espanha em 22 de agosto de 2025, prometendo uma versão diferente da famosa epopeia de Homero. Estrelado por Ralph Fiennes e Juliette Binoche, esta adaptação cinematográfica se distancia da narração épica tradicional que muitos esperam, eliminando elementos fantásticos e sobrenaturais para oferecer uma... The post ‘O Retorno de Ulisses’, o mito homérico mais humano, chega às telas appeared first on O Antagonista .

Tarcísio faz novos acenos, reforça lealdade a Bolsonaro e ignora filhos do ex-presidente

Tarcísio faz novos acenos, reforça lealdade a Bolsonaro e ignora filhos do ex-presidente

BRUNO RIBEIRO E JULIANA ARREGUY SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) Considerado principal pré-candidato da oposição à Presidência em 2026, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) estreita vínculos com o mercado financeiro, o agronegócio e os partidos de centro-direita, enquanto isola os filhos de Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político, e reforça a lealdade ao ex-presidente. Em meio à série de notícias negativas para seu campo, que inclui o tarifaço de Donald Trump, a prisão domiciliar de Bolsonaro e o novo indiciamento dele e de seu filho Eduardo, deputado federal que está nos Estados Unidos, Tarcísio participou de eventos que ampliaram sua visibilidade como presidenciável, mas sem se descolar do ex-presidente. No campo do apoio empresarial, ele participou de eventos dos bancos BTG e Itaú, da corretora de investimentos Warren e do Secovi, associação do setor imobiliário paulista, além de dois fóruns do setor agropecuário. Já no campo político, participou da convenção que uniu Progressistas e União Brasil e do jantar em Brasília, na casa do presidente do União Brasil, Antônio de Rueda -grupo que abertamente trabalha para consolidar sua candidatura. Além disso, deu uma palestra na Igreja Batista Lagoinha de Alphaville, na região metropolitana de São Paulo, em aceno a evangélicos; teve um almoço promovido por Alexandre Bettamio, do Bank of America, segunda maior instituição financeira dos EUA; e participou de jantares com artistas como Latino, Wesley Safadão e Felipe Araújo. Nos encontros, Tarcísio foi tratado como presidenciável e fez discursos para promover a própria gestão ou criticar o governo Lula (PT), mas sem deixar de expor gratidão a Bolsonaro por ter apostado nele para o governo paulista. Os acenos, no entanto, se restringem ao próprio ex-presidente e não incluem, por exemplo, a defesa de Eduardo ou de outros bolsonaristas na mira do STF (Supremo Tribunal Federal). Ainda em maio, quando Eduardo já estava nos Estados Unidos pregando sanções ao ministro Alexandre de Moraes, Tarcísio trabalhava por uma unificação da centro-direita contra a reeleição do presidente Lula. Em um evento para filiar seu secretário Guilherme Derrite ao PP, que reuniu Valdemar Costa Neto (PL), Antônio de Rueda (União Brasil), Ciro Nogueira (Progressistas), Gilberto Kassab (PSD) e Renata Abreu (Podemos), mas foi boicotado por aliados do clã Bolsonaro, o governador exaltou essa união. "Uma coisa que é importante, que não pode passar despercebida, é o simbolismo desta reunião aqui. É a quantidade de lideranças que nós temos aqui, do Brasil inteiro. Para quem duvida que esse grupo vai estar unido no ano que vem, eu digo para vocês: esse grupo estará unido." Ele mantém o mesmo discurso desde então. Bolsonaristas radicais criticam o movimento. Na avaliação de um integrante do grupo, o governador mira atrair o eleitorado de Bolsonaro, mas sem se comprometer com as pautas mais caras a eles, como a anistia aos acusados de envolvimento na tentativa de golpe e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que não são prioridade do mercado financeiro. Tarcísio nunca respondeu a nenhuma das diversas críticas públicas que já recebeu de bolsonaristas. Confrontado com as mensagens expostas pela Polícia Federal na última quarta-feira (20), em que o ambiente de desconfiança e desrespeito entre Eduardo, o pai, Tarcísio e o pastor Silas Malafaia foi exposto, o governador manteve a estratégia. "Não vou comentar uma conversa privada de pai para filho. É uma questão que só interessa aos dois. E eu não sei nem por que essas conversas foram divulgadas", disse, na tarde de quinta-feira. No início da semana, ele já havia deixado sem resposta o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL), que disse que "governadores democráticos" tinham comportamento "desumano, sujo, oportunista e canalha", em uma crítica às movimentações de Tarcísio e de Romeu Zema (MG), que havia lançado, no dia anterior, sua pré-candidatura presidencial. O governador não admite publicamente a intenção de disputar a Presidência e diz que busca a reeleição. Um aliado de Tarcísio disse que o cenário turbulento recente deu fôlego a essa alternativa, mas que o governador se mexe para manter-se na preferência dos dirigentes partidários e de diferentes agentes do mercado. Outro aliado pondera que, independentemente do cargo que Tarcísio disputar em 2026, ele não pode deixar de atender aos chamados -como o jantar promovido por Rueda na terça (19)-, porque o campo político precisa passar a imagem de união para derrotar Lula nas urnas. Para o círculo mais próximo de Tarcísio, contudo, a avaliação é que o cenário ainda é o mesmo de antes da crise mais recente: é Bolsonaro quem decidirá se o governador disputará ou não a Presidência. Na última sexta-feira (22), o governador se reuniu com a maioria de seu secretariado e prefeitos da região de Marília, no interior, para anunciar um pacote de investimentos na área, forte na indústria alimentícia e na pecuária. Em uma agenda típica de governador em pré-campanha pela reeleição, ele fez uma série de acenos aos governantes municipais, vitais para a abertura de palanques locais. "A gente vai trabalhar para que os mandatos de vocês sejam os melhores possíveis, para que vocês possam fazer muita entrega, e a gente quer estar participando, celebrando cada vitória com cada um de vocês", disse.

O custo trilionário da falta de água para o planeta

O custo trilionário da falta de água para o planeta

Cerca de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo já vivem sem acesso regular a água potável fresca. Foto: Reprodução/EPTV A Terra é formada por 70% de água, mas só 0,5% disso é própria para consumo e uso na agricultura e está ao nosso alcance. E esse recurso precioso está se tornando ainda mais escasso devido ao aumento na demanda por água e a um planeta cada vez mais aquecido e seco no contexto das mudanças climáticas. Cerca de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo já vivem sem acesso regular a água potável fresca. E metade da população global enfrenta escassez de água numa parte do ano. Da queda nos níveis de produtividade agrícola à insegurança alimentar, redução da capacidade energética e impacto do saneamento precário na saúde, o estresse hídrico custa caro. O valor econômico de ecossistemas funcionais de água doce era estimado em cerca de 58 trilhões de dólares em 2023 (R$ 314 trilhões), segundo a ONG ambientalista WWF – o equivalente a cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global. "Não há água suficiente para todos" O alto estresse hídrico em países áridos e castigados pela seca na África e no Oriente Médio devem provocar uma queda de 25% em suas economias nacionais dentro dos próximos 20 a 30 anos, afirma o economista Quentin Grafton, chefe do departamento de economia da água da Unesco e professor na Universidade Nacional da Austrália. Isso significa que haverá menos dinheiro disponível para importações cruciais de alimentos, ou para infraestruturas importantes para aplacar a falta d'água, como represas e plantas de dessalinização. Grafton diz que é preciso lidar urgentemente com os impactos do estresse hídrico sobre economias globais: "Esse é um momento decisivo. Teremos que nos adaptar de uma forma muito mais rápida." Grafton aponta que essas regiões podem sofrer com a instabilidade política, inclusive revoluções, à medida que a falta d'água afetar as cadeias de suprimento de alimentos, a atividade econômica e o emprego nessas regiões. Como consequência, afirma, poderemos ver o deslocamento e migração em massa de povos. E à medida em que pessoas atravessam o Mar Mediterrâneo em direção ao sul da Europa para fugir de regiões em processo cada vez mais avançado de desertificação, essa instabilidade também chegará ao Velho Continente. E como implementar soluções também custa muito dinheiro, o problema é amplificado. Veja quais hábitos e métodos ajudam na hora de economizar de água Ecossistemas de água doce diversos podem reduzir a duração e intensidade de secas, mas têm sido esgotados pelo progresso e a irrigação excessiva dos campos agrícolas. Reabilitá-los demandará esforços maciços de reabilitação, já que desde 1970 o mundo perdeu um terço de suas zonas úmidas, segundo a WWF. A crise da água também deve desacelerar economias em desenvolvimento poderosas. Grafton cita que a Índia, por exemplo, não tem água o suficiente para manter as usinas de carvão que produzem a eletricidade que permitiu o rápido crescimento econômico do país e ajudou a melhorar seus índices de pobreza. "A meta deles é um crescimento de 7%, mas isso é uma ilusão", afirma Grafton. O país tem 18% da população do mundo, mas só 4% da água doce. "Não há água suficiente para todos." A população rural pobre da Índia é a que mais sofre com esse quadro de falta d'água. A exploração predatória de aquíferos é uma preocupação central à medida que o lençol freático recua. Possíveis soluções incluem programas para fortalecer os reservatórios locais de água com barragens de terra que retêm melhor as chuvas de monções antes da estação seca. Água para agricultura é problema O calor e a seca recordes que desaceleram rios e esvaziam lagos e reservatórios também afetaram o ciclo hidrológico – processo em que a água evapora e retorna à terra como chuva. O resultado disso é o declínio permanente da umidade e da qualidade do solo, com impactos devastadores sobre a produção agrícola que sustenta economias na Ásia e na África. Durante a seca severa de 2020-2023 no Chifre da África – e que se tornou cem vezes mais provável por causa da mudança climática –, produtores rurais perderam cerca de 13 milhões de animais, além de colheitas inteiras. Ao menos 20 milhões de pessoas sofreram com a falta aguda de alimentos e perderam seu sustento. Enquanto isso, na África Subsaariana, 40 bilhões de horas são perdidas todos os anos com a coleta de água – tempo que poderia ser usado para trabalhar e obter renda, ou estudar –, segundo a The Water Project, ONG que atua para mitigar a crise hídrica na região. COP30 - Qual o documento mais relevante que a ciência tem sobre a mudança climática? Crise hídrica à espreita também na Europa A escassez de água também aumenta na Europa, uma região que tem esquentado mais rápido que qualquer outro continente do planeta, com exceção da Antártica. Depois de a Europa registrar seu ano mais quente em 2024, a Alemanha teve, neste ano, sua mais seca transição de inverno para primavera. A seca se estendeu por grande parte do continente, do Reino Unido à Europa Central, enquanto países no Mediterrâneo sofreram com o calor extremo, incêndios florestais e falta d'água. Ao mesmo tempo, cada vez mais setores da indústria competem por recursos hídricos limitados, observa Sergiz Moroz, especialista em gerenciamento de água da rede Escritório Europeu do Meio Ambiente (EEB). "O setor de TI de repente começou a vir até Bruxelas e dizer que nós precisamos de um monte de água de alta qualidade para todo o crescimento que vai acontecer", afirma Moroz. "Fazendeiros vêm e falam: 'Olha, não podemos plantar sem água'." A União Europeia está lidando com o consumo significativo de água por data centers, que dependem de sistemas de resfriamento para evitar o superaquecimento e estão se expandindo rapidamente junto com sistemas de computação em nuvem e a inteligência artificial. A estratégia de resiliência de água da UE, que deve entrar em vigor em 2026, planeja impor limites no consumo de água às empresas de tecnologia. Enquanto isso, na Inglaterra a mudança climática, o crescimento populacional e as pressões ambientais devem provocar uma falta d'água até 2055 equivalente a um terço do que é usado hoje diariamente no Reino Unido, segundo a agência ambiental britânica. O déficit deve ser maior na região sudoeste do país, que é mais densamente habitada. "Os recursos hídricos do país estão sob pressão enorme e cada vez maior", afirma o chefe da agência ambiental britânica, Alan Lovell. Segundo ele, o déficit põe em risco o crescimento econômico e a produção de alimentos. Acesso à água nos EUA também está mais difícil Nos Estados Unidos, moradores com acesso limitado a água também estão sob pressão econômica. O número crescente de lares sem água e saneamento suficientes gastam em média 15,8 mil dólares a mais por ano com saúde do que outros domicílios (R$ 85,7 mil), e viram seus níveis de rendimento no trabalho e na escola caírem, segundo um estudo de 2022 da ONG DigDeep. "À medida que a água se torna mais escassa, o número de pessoas sem acesso deve crescer por causa de pressões relacionadas a eventos climáticos", avisa George McGraw, fundador e diretor da DigDeep. "O jeito mais fácil de proteger a economia dos EUA desses choques é universalizar o acesso à água", afirma McGraw à DW. Isso inclui investimentos em "sistemas de água inteligentes e sustentáveis, dentro e fora da rede", para fazer frente aos "obstáculos ao acesso" em sistemas de distribuição de água ultrapassados que não são resilientes ao clima. Autor: Stuart Braun

Al Jazeera anuncia morte de jornalista em ataque israelense em Gaza

Al Jazeera anuncia morte de jornalista em ataque israelense em Gaza

A emissora de televisão Al Jazeera (Catar) informou nesta segunda-feira que um de seus jornalistas morreu em Gaza em um bombardeio israelense contra um hospital, duas semanas após as mortes de quatro repórteres e dois colaboradores do canal em outro ataque. Projeto de pesquisa desenvolvido na Noruega promete revolucionar investigações de crimes de guerra Verdade ameaçada: Guerra e censura escancaram dilemas do jornalismo na Faixa de Gaza e Israel O fotógrafo e repórter cinematográfico Mohammad Salama morreu em um bombardeio israelense contra o hospital Al Nasser em Khan Yunis, no sul do território palestino, informou a emissora na rede social X. Segundo o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmud Bassal, os ataques israelenses contra o hospital deixaram 15 mortos, incluindo quatro jornalistas e pelo menos um membro da equipe do organismo de proteção civil. "Confirmamos a morte de Mohammad Salama", disse à AFP um porta-voz da Al Jazeera. O Exército israelense, procurado pela AFP, afirmou que estava "verificando" o incidente. Um bombardeio israelense na madrugada de 10 para 11 de agosto contra uma tenda utilizada por uma equipe de jornalistas na Cidade de Gaza matou quatro funcionários da Al Jazeera e dois colaboradores. O ataque provocou indignação na comunidade internacional.

Chacina do Curió: mais 7 réus começam a ser julgados em Fortaleza

Chacina do Curió: mais 7 réus começam a ser julgados em Fortaleza

Quatro policiais foram condenados por participação em 11 homicídios na Chacina do Curió, em Fortaleza Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) inicia nesta segunda-feira (25), no Fórum Clóvis Beviláqua, o quarto julgamento Chacina do Curió, que deixou 11 mortos em Fortaleza, em 2015. Nesta etapa, sete novos réus serão julgados pelo Conselho de Sentença (jurados) da 1ª Vara do Júri da capital. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp Dos 30 réus pronunciados, 20 já foram julgados, sendo 14 condenados e 6 absolvidos. Os últimos três réus serão julgados em 22 de setembro. A chacina aconteceu entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015, na comunidade do Curió, na região da Grande Messejana, área na periferia de Fortaleza. A maioria das vítimas tinha de 16 a 18 anos, sem passagens pela polícia. Segundo o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a companheira em uma tentativa de assalto no bairro Lagoa Redonda, também na região da Grande Messejana. Policiais envolvidos Reportagem especial mostra lutas motivadas pelo luto da Chacina do Curió Inicialmente, 45 policiais militares foram acusados de envolvimento no crime. A Justiça acatou a denúncia contra 44. No decorrer do processo, 10 policiais foram impronunciados - isto é, não foram levados a júri por falta de evidências. Dos 34 acusados restantes, um morreu e três tiveram o caso transferido para a Vara Militar, restando 30 réus. Os julgamentos da Chacina do Curió começaram em junho de 2023. O processo conta com mais de 13 mil páginas e foi desmembrado em três para dar maior agilidade aos julgamentos. Condenados mais dois policiais militares do Ceará pela Chacina do Curió Condenados e absolvidos O processo da Chacina do Curió foi dividido em etapas. Até o momento, três delas foram concluídas. O julgamento de março deve ser a quarta etapa do caso. Confira os resultados até agora: Primeiro julgamento, de 21 a 25 de junho: quatro policiais condenados a 275 anos e 11 meses de prisão. Ninguém foi absolvido. Segundo julgamento, de 29 de agosto a 6 de setembro: oito PMs inocentados. Ninguém foi condenado. O Ministério Público recorreu da sentença. Terceiro julgamento, de 12 a 16 de setembro: dois policiais foram condenados e seis foram absolvidos. Quarto julgamento: inicia em 25 de agosto, com 7 réus Quinto julgamento: inicia em 22 de setembro, com 3 réus Confira os policiais militares condenados: Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar. José Oliveira do Nascimento: 210 anos e nove meses de prisão por 18 crimes, entre eles, homicídio, tentativa de homicídio e tortura. José Wagner Silva de Souza: 13 anos e cinco meses por tortura. Foram absolvidos dos crimes: Francinildo José da Silva Nascimento Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes Gerson Vitoriano Carvalho José Haroldo Uchoa Gomes Josiel Silveira Gomes Ronaldo da Silva Lima Thiago Aurélio de Souza Augusto Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes Antônio Flauber de Melo Brazil Clênio Silva da Costa Francisco Helder de Sousa Filho Igor Bethoven Sousa de Oliveira Maria Bárbara Moreira Antônio Carlos Matos Marçal foi absolvido dos crimes julgados no Tribunal de Justiça, mas teve parte do processo encaminhado para a Justiça Militar, que deve realizar um novo julgamento Julgamento da Chacina do Curió, em Fortaleza. J.Paulo Oliveira / TJCE Assista aos vídeos mais vistos do Ceará: