'Caiu todo': Maíra Cardi desabafa nas redes sobre problema dentário; especialista alerta para saúde bucal na gestação

'Caiu todo': Maíra Cardi desabafa nas redes sobre problema dentário; especialista alerta para saúde bucal na gestação

A influenciadora Maíra Cardi desabafou para seus 9 milhões de seguidores no Instagram sobre a fase turbulenta que tem vivido nos últimos dias. Além da reta final da gravidez e dos cuidados pós-cirúrgicos do marido, Thiago Nigro, que se acidentou durante a renovação de votos do casal, Maíra revelou ter aberto um buraco na gengiva de forma inesperada após perder o espaçador colocado no procedimento cirúrgico de retirada de um dente. Juliana Paes fala sobre beleza, autocuidado e maturidade: 'A verdadeira liberdade é fazer o que quiser' 'Me sinto cada vez mais conectada com a moda': Lore Improta embarca em jornada transformadora por Paris “Caiu todo. Não é brincadeira, não. Eu fiz uma cirurgia e arranquei o dente. Aí, sobrou um espaço entre os dentes, que eu tenho que colocar outro dente. Só que eu não posso colocar agora porque é uma outra cirurgia. Eu só podia fazer uma de emergência. Então ele [dentista] colocou um espaçador entre os dentes para eles não se unirem. Agora está cortando minha língua e está saindo sangue. Eu tenho que fazer outra cirurgia. Só que eu não tenho tempo pra fazer outra!”, explicou a influenciadora. Cristiano Demartini, dentista especialista em Implante Dentário e CEO da OdontoTop, rede pioneira no conceito de hospitais odontológicos, ressalta que a atenção à saúde bucal deve ter a mesma importância que os demais cuidados durante a gestação, já que complicações como o parto prematuro podem estar associadas tanto a emergências quanto a situações aparentemente simples. “Durante a gestação, o corpo passa por diversas mudanças hormonais que podem afetar diretamente a saúde bucal. Entre elas está o aumento dos hormônios estrogênio e progesterona, que podem deixar as gengivas mais sensíveis, favorecendo inflamações, sangramentos e até o desenvolvimento da gengivite gravídica. O cuidado principal sempre será manter a rotina correta de higiene bucal, com escovação e uso de fio dental, mas vale destacar a importância de atualizar sempre o dentista sobre a gravidez, principalmente se o paciente não tiver um dentista fixo, para evitar o uso de medicamentos e procedimentos arriscados, e obter orientação correta”, pontua Demartini. Em sua conta no Instagram, Maíra atualizou os fãs nesta terça-feira (15) informando que realizou um tratamento a laser para cicatrização do espaço vazio deixado pela falta do dente e que já se sente melhor. Em agosto, a influenciadora havia sido diagnosticada com fungos no dente, após fraturá-lo ao morder um milho de pipoca e não receber tratamento adequado, e realizou recentemente a cirurgia de extração. Maira Cardi, grávida de sua primeira filha com Thiago Nigro, detalhou aos seguidores que não sentia dor intensa no dia a dia, o que contribuiu para postergar o tratamento Reprodução/Instagram “Quando ocorre uma fratura no dente, as camadas de proteção natural podem ser comprometidas. Isso expõe a dentina e, em casos mais graves, a polpa dentária, que contém vasos sanguíneos e nervos. Essa exposição cria uma porta de entrada para bactérias da cavidade oral que, se não for tratada a tempo, como no caso da influenciadora, leva à morte do dente. É normal que durante a gravidez o uso de medicamentos seja limitado, por isso, tecnologias são grandes aliadas. O uso do laser estimula as células responsáveis pela recuperação dos tecidos, acelera a cicatrização, reduz inflamações, alivia a dor e diminui o risco de infecções. A odontologia tem evoluído rapidamente com o avanço das tecnologias, tornando os tratamentos mais precisos, confortáveis e seguros. Vale a pena procurar especialistas para entender o caso e identificar o tratamento ideal”, completa Demartini. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em colaboração com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 55% dos brasileiros não realizam consultas odontológicas anuais, um número significativo considerando que o país possui a maior concentração de dentistas do mundo. Assim como no caso da influenciadora, é comum que as pessoas negligenciem ou ignorem sinais de alerta no dia a dia. Cristiano Demartini reforça que o acompanhamento regular com um profissional pode impedir a evolução de um quadro silencioso e, inclusive, garantir a saúde geral do paciente.

Flamengo reclama de visita surpresa da entidade de antidopagem às vésperas de jogo decisivo contra Palmeiras

Flamengo reclama de visita surpresa da entidade de antidopagem às vésperas de jogo decisivo contra Palmeiras

O Flamengo reclamou de uma visita surpresa no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), às vésperas de jogo decisivo contra Palmeiras. Em nota, o clube rubro-negro manifestou seu desconforto com a presença das autoridades, que atrapalharam o trabalho dos atletas. A visita aconteceu nesta sexta-feira, dois dias antes do confronto contra o Palmeiras, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Flamengo reclamou que a presença da entidade de antidopagem desorganizou a rotina programada pelo clube e expôs indevidamente a privacidade do grupo — três representantes assistiram integralmente às movimentações táticas da equipe. Segundo o GLOBO apurou, os três estavam com uma camisa escrito "escolta". E acompanharam os jogadores em todas as movimentações dentro e fora de campo, no treino, no restaurante, etc. No total, havia 10 pessoas nessa função. Foi solicitado que o acompanhamento acontecesse após o treino, mas o clube não foi atendido. Além disso, outra reclamação feita pela equipe carioca é de que a intervenção interrompeu o aquecimento, impediu os exercícios de ativação e atrasou o início das atividades, afetando diretamente a condução do treino. Alguns atletas precisaram parar o treino para ir ao banheiro fazer os testes de urina. O Flamengo relembra que o elenco já havia sido integralmente testado pela Conmebol, em procedimento que envolveu os quatro semifinalistas da Libertadores. Na ocasião, segundo informações, havia apenas quatro pessoas para 50 jogadores. Veja a nota oficial do Flamengo "O Clube de Regatas do Flamengo manifesta seu desconforto com a postura adotada pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que realizou, nesta sexta-feira (17), dia da principal atividade antes da partida de domingo (19), uma ação surpresa no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu. A visita, marcada pela exigência de acompanhamento presencial de todo o trabalho em campo — inclusive em momentos que tradicionalmente são restritos à comissão técnica e aos jogadores —, desorganizou a rotina programada e expôs indevidamente a privacidade do grupo. Dos nove representantes da ABCD presentes, três assistiram integralmente às movimentações táticas da equipe antes de um compromisso decisivo no fim de semana. Além disso, a intervenção interrompeu o aquecimento, impediu os exercícios de ativação e atrasou o início das atividades, afetando de forma direta a condução do treino. O clube recorda que, nesta mesma semana, o elenco rubro-negro já havia sido integralmente testado pela Conmebol, em procedimento que envolveu os quatro semifinalistas da Libertadores. O Flamengo reitera seu compromisso inabalável com a transparência e com o combate ao doping no esporte, mas entende que tais ações devem observar os princípios de isonomia, planejamento e respeito à privacidade técnica"

STF arquiva ação de deputado Rui Falcão contra Tarcísio, acusado de obstrução de justiça

STF arquiva ação de deputado Rui Falcão contra Tarcísio, acusado de obstrução de justiça

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou uma representação feita pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O motivo da ação foi uma possível articulação de Tarcísio junto a lideranças parlamentares pela tramitação de um projeto de anistia em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que confuguraria, na avaliação de Falcão, obstrução de justiça. A fala do governador no 7 de Setembro, na Avenida Paulista, em que afirmou que "ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como o Moraes", também foi utilizada pelo deputado federal para justificar a abertura de uma investigação penal. No dia 15 de outubro, a Procuradoria-Geral da República já havia pedido o arquivamento da ação. – Evidente, portanto, a ausência de capacidade postulatória do noticiante, uma vez que a opção pela representação criminal deve ser formulada perante a autoridade policial ou o Ministério Público, e não diretamente ao órgão judicial eventualmente responsável pelo julgamento do noticiado. Inegável, além disso, a flagrante ilegitimidade ativa do requerente para requerer judicialmente medidas cautelares – afirma o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Além disso, Gonet ressalta que articulações políticas não configuram crime. – A concessão de anistia é matéria reservada à lei ordinária, de atribuição do Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República (art. 48, VIII, da Constituição), que extingue os efeitos penais, principais e secundários, do crime. Não obstante a matéria referida não encontre respaldo constitucional a noticiada articulação política não constitui ilícito penal, tampouco extrapola os limites da liberdade de expressão, que é consagrada e balizada pelo binômio liberdade e responsabilidade – conclui o chefe do MPF. Na noite de quinta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes concordou com o pedido de Paulo Gonet e determinou o arquivamento da ação.

IA e telemedicina avançam na saúde do trabalhador

IA e telemedicina avançam na saúde do trabalhador

A digitalização da saúde ocupacional tem ampliado o uso de tecnologias como a inteligência artificial (IA) e telemedicina, elevando a eficácia na prevenção de acidentes e no acompanhamento da saúde dos trabalhadores. Segundo parecer técnico publicado no site da Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (AGSSO), aproximadamente 30% dos exames ocupacionais no Brasil poderiam ser feitos remotamente, desde que seguidos protocolos clínicos e garantida a autonomia médica. A telemedicina é reconhecida legalmente no Brasil pela Lei n.º 14.510/2022, mas seu uso em exames ocupacionais ainda é limitado. A Resolução CFM n.º 2.323/2022 proíbe a emissão remota do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), salvo para trabalhadores expatriados; contudo, pareceres técnicos, ressaltados em uma matéria do portal Segurança, Saúde no Trabalho e Higiene Ocupacional (CONNAPA), indicam que há respaldo jurídico para aplicá-la em casos específicos, como reexames de baixo risco e retorno ao trabalho após afastamentos administrativos. Telemedicina ocupacional: entre avanços e entraves A Resolução em si também proíbe o uso da telemedicina para exames ocupacionais, salvo em casos de trabalhadores expatriados. Já a Norma Regulamentadora Número 7 (NR-7), que trata do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), não veda expressamente a prática, exigindo apenas exame clínico. O parecer técnico em questão, ressaltado em uma matéria do Consultor Jurídico, contratado pela AGSSO e desenvolvido pela advogada Dra. Sandra Franco, há espaço jurídico para emissão de ASO por telemedicina em situações específicas, como reexames periódicos de trabalhadores de baixo risco, retorno ao trabalho após afastamentos administrativos e em contextos de calamidade pública ou isolamento geográfico. "Com protocolos seguros e autonomia médica, cerca de 30% dos exames poderiam ser realizados remotamente, evitando deslocamentos desnecessários e mantendo a qualidade do atendimento", afirma Antonio Martin, presidente da AGSSO. A advogada Dra. Sandra Franco reforça que a validade jurídica do ASO depende da correta identificação do trabalhador, registro completo em prontuário eletrônico e liberdade do médico para converter a consulta remota em presencial. "Esses cuidados preservam a segurança jurídica, a ética médica e os direitos do trabalhador", diz. Cenário internacional e comparações regulatórias A advogada explica que "em países como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, a emissão de certificados médicos por telemedicina é permitida em circunstâncias específicas. Na Alemanha, o exame físico presencial não é obrigatório se houver justificativa clínica. O Reino Unido autoriza a vigilância ocupacional remota com base em protocolos seguros. Nos EUA, a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) permite avaliações clínicas remotas em contextos de baixo risco ou difícil acesso". "Esses modelos mostram que é possível equilibrar inovação tecnológica com segurança clínica, desde que haja regulamentação clara e protocolos bem definidos", ressalta a especialista. Inteligência artificial na prevenção de acidentes A IA tem sido aplicada para detectar padrões de risco em tempo real, monitorar sinais vitais e fadiga por meio de dispositivos vestíveis, gerar alertas automáticos em ambientes perigosos e prever incidentes com base em dados históricos. "O uso de IA para análise de riscos já é realidade em países que utilizam câmeras para monitorar fadiga de motoristas e drones em áreas remotas. Mas ainda falta regulamentação no Brasil para garantir segurança jurídica às empresas e aos trabalhadores", destaca o presidente da AGSSO. Segundo o relatório Revolucionar a Saúde e a Segurança: o papel da IA e da digitalização no trabalho, comentado em uma matéria do portal da Organização Internacional do Trabalho (OIT), empresas que adotam tecnologias preditivas destacam a necessidade de políticas proativas para enfrentar os novos riscos. Falhas nos exames admissionais Apesar dos avanços tecnológicos, o modelo tradicional de exames ocupacionais ainda apresenta falhas. Em Bauru (SP), relatos de profissionais apontam longas esperas e atendimentos superficiais. A professora Priscila Moraco Neves afirma que aguardou mais de três horas para ser atendida e que o exame foi extremamente breve. "O médico não aferiu minha pressão nem se levantou da cadeira. Apenas perguntou se eu tinha algum problema de saúde e se me considerava apta. Depois disso, disse que eu podia me retirar", relata. A advogada Bruna Bendzius também enfrentou atrasos e atendimento limitado. "Cheguei antes do horário marcado, mas esperei por horas para ser atendida. Quando entrei, o médico só perguntou se eu havia respondido ao questionário e, ao ouvir que não tinha nenhum fator preexistente, encerrou dizendo: ‘então tá bom, boa sorte’", conta. Telemedicina na prática Antonio Martin destaca uma perspectiva estratégica sobre o uso da telemedicina no contexto ocupacional. Segundo ele, há espaço para ajustes regulatórios que permitam a aplicação dessa tecnologia em situações específicas, como exames periódicos simples e sem riscos, o que poderia beneficiar diretamente os trabalhadores ao evitar deslocamentos desnecessários às clínicas. "Mesmo nesses casos, o médico manteria autonomia para encaminhar o paciente a uma consulta presencial caso identifique qualquer necessidade de investigação mais aprofundada. Essa abordagem permitiria que entre 30% e 35% dos exames fossem realizados por telemedicina, promovendo maior eficiência no atendimento e melhorando a experiência do trabalhador", afirma o presidente da AGSSO. Caminhos para a modernização Dra. Sandra aponta que a modernização da saúde ocupacional, bem como da validade e redução dos riscos trabalhistas a partir da emissão do ASO por telemedicina inclui: Garantir a correta identificação do trabalhador por meios eletrônicos confiáveis; Registrar todo o atendimento em prontuário médico; Assegurar que o médico tenha autonomia para converter a consulta remota em presencial sempre que identificar necessidade clínica. "Dessa forma, preserva-se a segurança jurídica do atestado, a proteção do trabalhador e a responsabilidade ética do médico", finaliza a advogada.

Vírus da gripe aviária sobrevive em queijo de leite cru por até 120 dias, mostra novo estudo da Nature Medicine; entenda

Vírus da gripe aviária sobrevive em queijo de leite cru por até 120 dias, mostra novo estudo da Nature Medicine; entenda

Pesquisadores da Universidade Cornell, EUA, realizaram um estudo mostrando que o vírus da gripe aviária, altamente patogênico, pode permanecer infeccioso por até 120 dias sob certas condições de pH em queijo de leite cru produzido a partir de leite contaminado. Essa descoberta levanta grandes preocupações, pois pode ser um caminho para o aumento da exposição humana ao vírus. Dizer não às visitas: saiba o que a psicologia diz para quem prefere ficar sozinho em casa Não é arte nem decoração: entenda por que CDs pendurados na janela podem te proteger O vírus H5N1 da gripe aviária de alta patogenicidade (HPAI) é um subtipo do vírus influenza A que afeta predominantemente aves selvagens em todo o mundo. Recentemente, surtos desse vírus foram detectados em aves e vacas leiteiras nos EUA. Vários estudos detectaram altos níveis do vírus HPAI H5N1 no leite de vacas infectadas, destacando a possibilidade de exposição viral em humanos e outros animais. Embora tenha sido observado que vários processos de pasteurização podem efetivamente inativar o vírus, ainda existe o risco de exposição através da ingestão de leite cru ou queijo de leite cru, popular em todo o mundo. O estudo, publicado na Nature Medicine, também determinou a estabilidade viral em queijos de leite cru produzidos involuntariamente com leite naturalmente contaminado e a infectividade viral alimentando furões com queijo contaminado e monitorando a ocorrência de infecção. Resultados Como resultado do estudo, os pesquisadores relataram que o vírus HPAI H5N1 permanece altamente estável durante todo o processo de produção de queijo e que o vírus infeccioso persiste por até 120 dias durante o período de monitoramento. O estudo testou três valores de pH para acidificação do leite pré-processado: 6,6, 5,8 e 5,0. Esses valores foram selecionados com base na faixa de pH encontrada em queijos de leite cru disponíveis no mercado. Como preparar aveia corretamente no café da manhã para ter todo o potencial do alimento? A receita precisa, segundo especialistas Desses valores de pH, apenas o pH 5,0 inativou o vírus de forma eficaz, resultando em nenhum vírus infeccioso detectável no queijo de leite cru imediatamente após a produção e durante o período de monitoramento de 120 dias. Essa notável estabilidade viral foi observada em queijo de leite cru produzido com leite contaminado com o vírus HPAI H5N1 (queijo experimental) e leite de vacas naturalmente infectadas (queijo fabricado pela empresa). Segundo os cientistas, os vírus da gripe são sensíveis a um ambiente ácido, e essa sensibilidade é impulsionada por alterações conformacionais dependentes do pH na glicoproteína de superfície viral hemaglutinina, que desencadeia a entrada do vírus nas células hospedeiras. Infectividade em furões Em relação à infectividade, o estudo relatou que furões que consumiram leite cru contaminado com o vírus HPAI H5N1 foram infectados. No entanto, furões que consumiram queijo contaminado não foram infectados, embora os autores tenham observado que o pequeno tamanho da amostra e possíveis diferenças na dose de infecção oral entre matrizes sólidas e líquidas podem ter influenciado esse resultado. Os pesquisadores disseram que um dos possíveis motivos para isso é que os furões são mais propensos a engolir pequenos pedaços de queijo sem mastigar continuamente, o que pode limitar o contato viral e a exposição à orofaringe (a parte média da garganta). Considerando que o vírus HPAI H5N1 permanece estável no leite cru e no queijo de leite cru por um longo período, e que essa estabilidade persistente do vírus e a circulação contínua no gado leiteiro podem facilitar o surgimento de novas variantes, os cientistas afirmam que é essencial determinar a dose infecciosa oral mínima do vírus HPAI H5N1 nesses produtos para avaliar com precisão o risco potencial à saúde humana. Importância do estudo Nos EUA, a regulamentação atual exige 60 dias de monitoramento do queijo de leite cru antes da comercialização para garantir a segurança. No entanto, os resultados do estudo atual indicam que essa janela de monitoramento é insuficiente para atingir a inativação do vírus HPAI H5N1 e garantir a segurança do queijo. O estudo também destaca a necessidade de investigar outros produtos de leite cru, como iogurte e soro de leite, quanto à possível contaminação viral e implementar estratégias adicionais de mitigação para segurança alimentar.

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

O real impacto do setor da moda no clima ainda é desconhecido devido à escassez de dados confiáveis. Mesmo assim, estima-se que o setor seja responsável por até 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Para limitar o aquecimento global, todos os setores precisam reduzir suas emissões pela metade até 2030, e a moda não pode ficar de fora. O uso de combustíveis fósseis na moda está presente em grande parte da cadeia produtiva, desde a produção de matérias-primas, como poliéster, até o transporte, os processos de beneficiamento e a geração de energia. No entanto, para alcançar justiça climática, é necessário adotar uma visão sistêmica que considere também povos, territórios e ecossistemas. “Não considerar o setor da moda na agenda de descarbonização nacional é negligenciar uma parte crucial da cadeia de valor do Brasil, pois a ausência de visibilidade dessa pauta contribui para que a moda fique de fora das estratégias climáticas. Consequentemente, não há investimentos direcionados para a descarbonização, resiliência e adaptação do setor, o que agrava a vulnerabilidade dos trabalhadores, a maioria pertencente a grupos minorizados, explica a pesquisadora Isabella Luglio. Para a gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit, Camila Zelezoglo: "O sucesso da agenda climática depende da ampla participação e do compromisso efetivo de todos os atores da sociedade global. Neste ano, ao ser país sede da Conferência, o Brasil poderá consolidar o protagonismo na diplomacia climática. Nesse contexto, as empresas têm papel fundamental, pois são elas que colocam em prática as ações necessárias para o alcance das metas.” Neste cenário, aconteceu no Museu do Amanhã a quinta edição do Rio Ethical Fashion, fórum internacional que tem como objetivo ampliar o debate sobre sustentabilidade na moda e que, neste ano, teve a edição focada na COP30. Yamê Reis, idealizadora e fundadora do evento, afirma: “Nosso propósito é ampliar a consciência sobre os impactos da moda, criando conexões entre territórios, comunidades e diferentes formas de conhecimento. O REF é um espaço para convergir ideias, experiências e soluções. A moda necessita ter mais responsabilidade pelos impactos que provoca e ter um compromisso firme contra o desmatamento, que é a maior bandeira do Brasil na luta climática”. Carol Perlingiere, Yamê Reis, Nina Braga e Lilly Clark, fundadoras do Rio Ethical Fashion Divulgação/Rafael França O evento reuniu palestrantes de norte a sul do país, além de convidados internacionais. Isabella Luglio apresentou dados inéditos do próximo Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, projeto coordenado por ela, que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação no Brasil. A construção do relatório brasileiro foi inspirada na metodologia do What Fuels Fashion, que analisa a transparência climática de marcas com operação global. De acordo com a edição recém-lançada do relatório global, em vez de reduzir as emissões no ritmo que a ciência exige, as grandes marcas de moda estão demorando a agir, e sua demanda por combustíveis fósseis continua aumentando. Desde o cultivo das fibras até o acabamento dos tecidos, carvão, gás e biomassa alimentam quase todas as etapas da produção, gerando emissões tóxicas, calor em níveis inseguros para os trabalhadores e assim acelerando o colapso ambiental. Desta forma, o relatório que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação global revela uma pontuação extremamente baixa, com média de apenas 14%, o que mostra como poucas marcas divulgam planos concretos para eliminar o uso do carvão, eletrificar fábricas ou ampliar o uso de energia renovável. No Brasil, o cenário é outro, mesmo considerando que a matriz energética do Brasil seja relativamente mais limpa, principalmente quando comparada a países com grande volume de produção para marcas globais, há desafios como a conexão da produção de matérias-primas com desmatamento e exposição dos trabalhadores. Entender os riscos climáticos na saúde e segurança dos trabalhadores e colaboradores ao longo da cadeia de valor é fundamental para desenvolver estratégias de devida diligência, já que a ponta representa o elo mais vulnerável do setor. Isabella, em sua apresentação no evento, trouxe alguns dados inéditos do Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, que será lançado no dia 3 de novembro. Ela destacou que a pontuação média na seção de Transição Justa foi de apenas 9%, e reforçou que sem ação decisiva, as emissões da moda podem aumentar entre 30% e 50% até 2030, em vez de diminuir conforme alertado por cientistas. “A responsabilização climática começa com a transparência”, afirma. Assim, considerando a complexidade do setor, a colaboração é fundamental para o avanço de soluções. O Rio Ethical Fashion foi um exemplo de como diálogos entre marcas, sociedade civil e poder público podem ampliar o debate, fortalecer iniciativas já existentes e impulsionar mudanças. “A indústria têxtil e de moda, por sua vez, além de agir, pode ser inspiradora e transformadora de cultura. Em tempos de urgência, esse potencial não pode ser desperdiçado. Por isso, estamos felizes em dar mais um passo com a Liga de Descarbonização, um movimento de engajamento empresarial que resulta de anos de colaboração efetiva e encontra no setor um terreno cada vez mais fértil para o avanço", finaliza Camila Zelezoglo, gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit. Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil. Quer participar do canal da Vogue Brasil no WhatsApp? Basta clicar neste link para participar do canal e receber as novidades em primeira mão. Assim que você entrar, o template comum de conversa do WhatsApp aparece na sua tela. A partir daí, é só esperar as notícias chegarem!

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

O real impacto do setor da moda no clima ainda é desconhecido devido à escassez de dados confiáveis. Mesmo assim, estima-se que o setor seja responsável por até 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Para limitar o aquecimento global, todos os setores precisam reduzir suas emissões pela metade até 2030, e a moda não pode ficar de fora. O uso de combustíveis fósseis na moda está presente em grande parte da cadeia produtiva, desde a produção de matérias-primas, como poliéster, até o transporte, os processos de beneficiamento e a geração de energia. No entanto, para alcançar justiça climática, é necessário adotar uma visão sistêmica que considere também povos, territórios e ecossistemas. “Não considerar o setor da moda na agenda de descarbonização nacional é negligenciar uma parte crucial da cadeia de valor do Brasil, pois a ausência de visibilidade dessa pauta contribui para que a moda fique de fora das estratégias climáticas. Consequentemente, não há investimentos direcionados para a descarbonização, resiliência e adaptação do setor, o que agrava a vulnerabilidade dos trabalhadores, a maioria pertencente a grupos minorizados, explica a pesquisadora Isabella Luglio. Para a gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit, Camila Zelezoglo: "O sucesso da agenda climática depende da ampla participação e do compromisso efetivo de todos os atores da sociedade global. Neste ano, ao ser país sede da Conferência, o Brasil poderá consolidar o protagonismo na diplomacia climática. Nesse contexto, as empresas têm papel fundamental, pois são elas que colocam em prática as ações necessárias para o alcance das metas.” Neste cenário, aconteceu no Museu do Amanhã a quinta edição do Rio Ethical Fashion, fórum internacional que tem como objetivo ampliar o debate sobre sustentabilidade na moda e que, neste ano, teve a edição focada na COP30. Yamê Reis, idealizadora e fundadora do evento, afirma: “Nosso propósito é ampliar a consciência sobre os impactos da moda, criando conexões entre territórios, comunidades e diferentes formas de conhecimento. O REF é um espaço para convergir ideias, experiências e soluções. A moda necessita ter mais responsabilidade pelos impactos que provoca e ter um compromisso firme contra o desmatamento, que é a maior bandeira do Brasil na luta climática”. Carol Perlingiere, Yamê Reis, Nina Braga e Lilly Clark, fundadoras do Rio Ethical Fashion Divulgação/Rafael França O evento reuniu palestrantes de norte a sul do país, além de convidados internacionais. Isabella Luglio apresentou dados inéditos do próximo Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, projeto coordenado por ela, que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação no Brasil. A construção do relatório brasileiro foi inspirada na metodologia do What Fuels Fashion, que analisa a transparência climática de marcas com operação global. De acordo com a edição recém-lançada do relatório global, em vez de reduzir as emissões no ritmo que a ciência exige, as grandes marcas de moda estão demorando a agir, e sua demanda por combustíveis fósseis continua aumentando. Desde o cultivo das fibras até o acabamento dos tecidos, carvão, gás e biomassa alimentam quase todas as etapas da produção, gerando emissões tóxicas, calor em níveis inseguros para os trabalhadores e assim acelerando o colapso ambiental. Desta forma, o relatório que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação global revela uma pontuação extremamente baixa, com média de apenas 14%, o que mostra como poucas marcas divulgam planos concretos para eliminar o uso do carvão, eletrificar fábricas ou ampliar o uso de energia renovável. No Brasil, o cenário é outro, mesmo considerando que a matriz energética do Brasil seja relativamente mais limpa, principalmente quando comparada a países com grande volume de produção para marcas globais, há desafios como a conexão da produção de matérias-primas com desmatamento e exposição dos trabalhadores. Entender os riscos climáticos na saúde e segurança dos trabalhadores e colaboradores ao longo da cadeia de valor é fundamental para desenvolver estratégias de devida diligência, já que a ponta representa o elo mais vulnerável do setor. Isabella, em sua apresentação no evento, trouxe alguns dados inéditos do Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, que será lançado no dia 3 de novembro. Ela destacou que a pontuação média na seção de Transição Justa foi de apenas 9%, e reforçou que sem ação decisiva, as emissões da moda podem aumentar entre 30% e 50% até 2030, em vez de diminuir conforme alertado por cientistas. “A responsabilização climática começa com a transparência”, afirma. Assim, considerando a complexidade do setor, a colaboração é fundamental para o avanço de soluções. O Rio Ethical Fashion foi um exemplo de como diálogos entre marcas, sociedade civil e poder público podem ampliar o debate, fortalecer iniciativas já existentes e impulsionar mudanças. “A indústria têxtil e de moda, por sua vez, além de agir, pode ser inspiradora e transformadora de cultura. Em tempos de urgência, esse potencial não pode ser desperdiçado. Por isso, estamos felizes em dar mais um passo com a Liga de Descarbonização, um movimento de engajamento empresarial que resulta de anos de colaboração efetiva e encontra no setor um terreno cada vez mais fértil para o avanço", finaliza Camila Zelezoglo, gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit. Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil. Quer participar do canal da Vogue Brasil no WhatsApp? Basta clicar neste link para participar do canal e receber as novidades em primeira mão. Assim que você entrar, o template comum de conversa do WhatsApp aparece na sua tela. A partir daí, é só esperar as notícias chegarem!

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

O real impacto do setor da moda no clima ainda é desconhecido devido à escassez de dados confiáveis. Mesmo assim, estima-se que o setor seja responsável por até 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Para limitar o aquecimento global, todos os setores precisam reduzir suas emissões pela metade até 2030, e a moda não pode ficar de fora. O uso de combustíveis fósseis na moda está presente em grande parte da cadeia produtiva, desde a produção de matérias-primas, como poliéster, até o transporte, os processos de beneficiamento e a geração de energia. No entanto, para alcançar justiça climática, é necessário adotar uma visão sistêmica que considere também povos, territórios e ecossistemas. “Não considerar o setor da moda na agenda de descarbonização nacional é negligenciar uma parte crucial da cadeia de valor do Brasil, pois a ausência de visibilidade dessa pauta contribui para que a moda fique de fora das estratégias climáticas. Consequentemente, não há investimentos direcionados para a descarbonização, resiliência e adaptação do setor, o que agrava a vulnerabilidade dos trabalhadores, a maioria pertencente a grupos minorizados, explica a pesquisadora Isabella Luglio. Para a gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit, Camila Zelezoglo: "O sucesso da agenda climática depende da ampla participação e do compromisso efetivo de todos os atores da sociedade global. Neste ano, ao ser país sede da Conferência, o Brasil poderá consolidar o protagonismo na diplomacia climática. Nesse contexto, as empresas têm papel fundamental, pois são elas que colocam em prática as ações necessárias para o alcance das metas.” Neste cenário, aconteceu no Museu do Amanhã a quinta edição do Rio Ethical Fashion, fórum internacional que tem como objetivo ampliar o debate sobre sustentabilidade na moda e que, neste ano, teve a edição focada na COP30. Yamê Reis, idealizadora e fundadora do evento, afirma: “Nosso propósito é ampliar a consciência sobre os impactos da moda, criando conexões entre territórios, comunidades e diferentes formas de conhecimento. O REF é um espaço para convergir ideias, experiências e soluções. A moda necessita ter mais responsabilidade pelos impactos que provoca e ter um compromisso firme contra o desmatamento, que é a maior bandeira do Brasil na luta climática”. Carol Perlingiere, Yamê Reis, Nina Braga e Lilly Clark, fundadoras do Rio Ethical Fashion Divulgação/Rafael França O evento reuniu palestrantes de norte a sul do país, além de convidados internacionais. Isabella Luglio apresentou dados inéditos do próximo Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, projeto coordenado por ela, que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação no Brasil. A construção do relatório brasileiro foi inspirada na metodologia do What Fuels Fashion, que analisa a transparência climática de marcas com operação global. De acordo com a edição recém-lançada do relatório global, em vez de reduzir as emissões no ritmo que a ciência exige, as grandes marcas de moda estão demorando a agir, e sua demanda por combustíveis fósseis continua aumentando. Desde o cultivo das fibras até o acabamento dos tecidos, carvão, gás e biomassa alimentam quase todas as etapas da produção, gerando emissões tóxicas, calor em níveis inseguros para os trabalhadores e assim acelerando o colapso ambiental. Desta forma, o relatório que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação global revela uma pontuação extremamente baixa, com média de apenas 14%, o que mostra como poucas marcas divulgam planos concretos para eliminar o uso do carvão, eletrificar fábricas ou ampliar o uso de energia renovável. No Brasil, o cenário é outro, mesmo considerando que a matriz energética do Brasil seja relativamente mais limpa, principalmente quando comparada a países com grande volume de produção para marcas globais, há desafios como a conexão da produção de matérias-primas com desmatamento e exposição dos trabalhadores. Entender os riscos climáticos na saúde e segurança dos trabalhadores e colaboradores ao longo da cadeia de valor é fundamental para desenvolver estratégias de devida diligência, já que a ponta representa o elo mais vulnerável do setor. Isabella, em sua apresentação no evento, trouxe alguns dados inéditos do Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, que será lançado no dia 3 de novembro. Ela destacou que a pontuação média na seção de Transição Justa foi de apenas 9%, e reforçou que sem ação decisiva, as emissões da moda podem aumentar entre 30% e 50% até 2030, em vez de diminuir conforme alertado por cientistas. “A responsabilização climática começa com a transparência”, afirma. Assim, considerando a complexidade do setor, a colaboração é fundamental para o avanço de soluções. O Rio Ethical Fashion foi um exemplo de como diálogos entre marcas, sociedade civil e poder público podem ampliar o debate, fortalecer iniciativas já existentes e impulsionar mudanças. “A indústria têxtil e de moda, por sua vez, além de agir, pode ser inspiradora e transformadora de cultura. Em tempos de urgência, esse potencial não pode ser desperdiçado. Por isso, estamos felizes em dar mais um passo com a Liga de Descarbonização, um movimento de engajamento empresarial que resulta de anos de colaboração efetiva e encontra no setor um terreno cada vez mais fértil para o avanço", finaliza Camila Zelezoglo, gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit. Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil. Quer participar do canal da Vogue Brasil no WhatsApp? Basta clicar neste link para participar do canal e receber as novidades em primeira mão. Assim que você entrar, o template comum de conversa do WhatsApp aparece na sua tela. A partir daí, é só esperar as notícias chegarem!

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

O real impacto do setor da moda no clima ainda é desconhecido devido à escassez de dados confiáveis. Mesmo assim, estima-se que o setor seja responsável por até 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Para limitar o aquecimento global, todos os setores precisam reduzir suas emissões pela metade até 2030, e a moda não pode ficar de fora. O uso de combustíveis fósseis na moda está presente em grande parte da cadeia produtiva, desde a produção de matérias-primas, como poliéster, até o transporte, os processos de beneficiamento e a geração de energia. No entanto, para alcançar justiça climática, é necessário adotar uma visão sistêmica que considere também povos, territórios e ecossistemas. “Não considerar o setor da moda na agenda de descarbonização nacional é negligenciar uma parte crucial da cadeia de valor do Brasil, pois a ausência de visibilidade dessa pauta contribui para que a moda fique de fora das estratégias climáticas. Consequentemente, não há investimentos direcionados para a descarbonização, resiliência e adaptação do setor, o que agrava a vulnerabilidade dos trabalhadores, a maioria pertencente a grupos minorizados, explica a pesquisadora Isabella Luglio. Para a gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit, Camila Zelezoglo: "O sucesso da agenda climática depende da ampla participação e do compromisso efetivo de todos os atores da sociedade global. Neste ano, ao ser país sede da Conferência, o Brasil poderá consolidar o protagonismo na diplomacia climática. Nesse contexto, as empresas têm papel fundamental, pois são elas que colocam em prática as ações necessárias para o alcance das metas.” Neste cenário, aconteceu no Museu do Amanhã a quinta edição do Rio Ethical Fashion, fórum internacional que tem como objetivo ampliar o debate sobre sustentabilidade na moda e que, neste ano, teve a edição focada na COP30. Yamê Reis, idealizadora e fundadora do evento, afirma: “Nosso propósito é ampliar a consciência sobre os impactos da moda, criando conexões entre territórios, comunidades e diferentes formas de conhecimento. O REF é um espaço para convergir ideias, experiências e soluções. A moda necessita ter mais responsabilidade pelos impactos que provoca e ter um compromisso firme contra o desmatamento, que é a maior bandeira do Brasil na luta climática”. Carol Perlingiere, Yamê Reis, Nina Braga e Lilly Clark, fundadoras do Rio Ethical Fashion Divulgação/Rafael França O evento reuniu palestrantes de norte a sul do país, além de convidados internacionais. Isabella Luglio apresentou dados inéditos do próximo Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, projeto coordenado por ela, que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação no Brasil. A construção do relatório brasileiro foi inspirada na metodologia do What Fuels Fashion, que analisa a transparência climática de marcas com operação global. De acordo com a edição recém-lançada do relatório global, em vez de reduzir as emissões no ritmo que a ciência exige, as grandes marcas de moda estão demorando a agir, e sua demanda por combustíveis fósseis continua aumentando. Desde o cultivo das fibras até o acabamento dos tecidos, carvão, gás e biomassa alimentam quase todas as etapas da produção, gerando emissões tóxicas, calor em níveis inseguros para os trabalhadores e assim acelerando o colapso ambiental. Desta forma, o relatório que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação global revela uma pontuação extremamente baixa, com média de apenas 14%, o que mostra como poucas marcas divulgam planos concretos para eliminar o uso do carvão, eletrificar fábricas ou ampliar o uso de energia renovável. No Brasil, o cenário é outro, mesmo considerando que a matriz energética do Brasil seja relativamente mais limpa, principalmente quando comparada a países com grande volume de produção para marcas globais, há desafios como a conexão da produção de matérias-primas com desmatamento e exposição dos trabalhadores. Entender os riscos climáticos na saúde e segurança dos trabalhadores e colaboradores ao longo da cadeia de valor é fundamental para desenvolver estratégias de devida diligência, já que a ponta representa o elo mais vulnerável do setor. Isabella, em sua apresentação no evento, trouxe alguns dados inéditos do Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, que será lançado no dia 3 de novembro. Ela destacou que a pontuação média na seção de Transição Justa foi de apenas 9%, e reforçou que sem ação decisiva, as emissões da moda podem aumentar entre 30% e 50% até 2030, em vez de diminuir conforme alertado por cientistas. “A responsabilização climática começa com a transparência”, afirma. Assim, considerando a complexidade do setor, a colaboração é fundamental para o avanço de soluções. O Rio Ethical Fashion foi um exemplo de como diálogos entre marcas, sociedade civil e poder público podem ampliar o debate, fortalecer iniciativas já existentes e impulsionar mudanças. “A indústria têxtil e de moda, por sua vez, além de agir, pode ser inspiradora e transformadora de cultura. Em tempos de urgência, esse potencial não pode ser desperdiçado. Por isso, estamos felizes em dar mais um passo com a Liga de Descarbonização, um movimento de engajamento empresarial que resulta de anos de colaboração efetiva e encontra no setor um terreno cada vez mais fértil para o avanço", finaliza Camila Zelezoglo, gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit. Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil. Quer participar do canal da Vogue Brasil no WhatsApp? Basta clicar neste link para participar do canal e receber as novidades em primeira mão. Assim que você entrar, o template comum de conversa do WhatsApp aparece na sua tela. A partir daí, é só esperar as notícias chegarem!

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

O real impacto do setor da moda no clima ainda é desconhecido devido à escassez de dados confiáveis. Mesmo assim, estima-se que o setor seja responsável por até 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Para limitar o aquecimento global, todos os setores precisam reduzir suas emissões pela metade até 2030, e a moda não pode ficar de fora. O uso de combustíveis fósseis na moda está presente em grande parte da cadeia produtiva, desde a produção de matérias-primas, como poliéster, até o transporte, os processos de beneficiamento e a geração de energia. No entanto, para alcançar justiça climática, é necessário adotar uma visão sistêmica que considere também povos, territórios e ecossistemas. “Não considerar o setor da moda na agenda de descarbonização nacional é negligenciar uma parte crucial da cadeia de valor do Brasil, pois a ausência de visibilidade dessa pauta contribui para que a moda fique de fora das estratégias climáticas. Consequentemente, não há investimentos direcionados para a descarbonização, resiliência e adaptação do setor, o que agrava a vulnerabilidade dos trabalhadores, a maioria pertencente a grupos minorizados, explica a pesquisadora Isabella Luglio. Para a gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit, Camila Zelezoglo: "O sucesso da agenda climática depende da ampla participação e do compromisso efetivo de todos os atores da sociedade global. Neste ano, ao ser país sede da Conferência, o Brasil poderá consolidar o protagonismo na diplomacia climática. Nesse contexto, as empresas têm papel fundamental, pois são elas que colocam em prática as ações necessárias para o alcance das metas.” Neste cenário, aconteceu no Museu do Amanhã a quinta edição do Rio Ethical Fashion, fórum internacional que tem como objetivo ampliar o debate sobre sustentabilidade na moda e que, neste ano, teve a edição focada na COP30. Yamê Reis, idealizadora e fundadora do evento, afirma: “Nosso propósito é ampliar a consciência sobre os impactos da moda, criando conexões entre territórios, comunidades e diferentes formas de conhecimento. O REF é um espaço para convergir ideias, experiências e soluções. A moda necessita ter mais responsabilidade pelos impactos que provoca e ter um compromisso firme contra o desmatamento, que é a maior bandeira do Brasil na luta climática”. Carol Perlingiere, Yamê Reis, Nina Braga e Lilly Clark, fundadoras do Rio Ethical Fashion Divulgação/Rafael França O evento reuniu palestrantes de norte a sul do país, além de convidados internacionais. Isabella Luglio apresentou dados inéditos do próximo Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, projeto coordenado por ela, que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação no Brasil. A construção do relatório brasileiro foi inspirada na metodologia do What Fuels Fashion, que analisa a transparência climática de marcas com operação global. De acordo com a edição recém-lançada do relatório global, em vez de reduzir as emissões no ritmo que a ciência exige, as grandes marcas de moda estão demorando a agir, e sua demanda por combustíveis fósseis continua aumentando. Desde o cultivo das fibras até o acabamento dos tecidos, carvão, gás e biomassa alimentam quase todas as etapas da produção, gerando emissões tóxicas, calor em níveis inseguros para os trabalhadores e assim acelerando o colapso ambiental. Desta forma, o relatório que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação global revela uma pontuação extremamente baixa, com média de apenas 14%, o que mostra como poucas marcas divulgam planos concretos para eliminar o uso do carvão, eletrificar fábricas ou ampliar o uso de energia renovável. No Brasil, o cenário é outro, mesmo considerando que a matriz energética do Brasil seja relativamente mais limpa, principalmente quando comparada a países com grande volume de produção para marcas globais, há desafios como a conexão da produção de matérias-primas com desmatamento e exposição dos trabalhadores. Entender os riscos climáticos na saúde e segurança dos trabalhadores e colaboradores ao longo da cadeia de valor é fundamental para desenvolver estratégias de devida diligência, já que a ponta representa o elo mais vulnerável do setor. Isabella, em sua apresentação no evento, trouxe alguns dados inéditos do Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, que será lançado no dia 3 de novembro. Ela destacou que a pontuação média na seção de Transição Justa foi de apenas 9%, e reforçou que sem ação decisiva, as emissões da moda podem aumentar entre 30% e 50% até 2030, em vez de diminuir conforme alertado por cientistas. “A responsabilização climática começa com a transparência”, afirma. Assim, considerando a complexidade do setor, a colaboração é fundamental para o avanço de soluções. O Rio Ethical Fashion foi um exemplo de como diálogos entre marcas, sociedade civil e poder público podem ampliar o debate, fortalecer iniciativas já existentes e impulsionar mudanças. “A indústria têxtil e de moda, por sua vez, além de agir, pode ser inspiradora e transformadora de cultura. Em tempos de urgência, esse potencial não pode ser desperdiçado. Por isso, estamos felizes em dar mais um passo com a Liga de Descarbonização, um movimento de engajamento empresarial que resulta de anos de colaboração efetiva e encontra no setor um terreno cada vez mais fértil para o avanço", finaliza Camila Zelezoglo, gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit. Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil. Quer participar do canal da Vogue Brasil no WhatsApp? Basta clicar neste link para participar do canal e receber as novidades em primeira mão. Assim que você entrar, o template comum de conversa do WhatsApp aparece na sua tela. A partir daí, é só esperar as notícias chegarem!

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

Rumo à COP30: Como a moda brasileira se posiciona na agenda climática

O real impacto do setor da moda no clima ainda é desconhecido devido à escassez de dados confiáveis. Mesmo assim, estima-se que o setor seja responsável por até 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Para limitar o aquecimento global, todos os setores precisam reduzir suas emissões pela metade até 2030, e a moda não pode ficar de fora. O uso de combustíveis fósseis na moda está presente em grande parte da cadeia produtiva, desde a produção de matérias-primas, como poliéster, até o transporte, os processos de beneficiamento e a geração de energia. No entanto, para alcançar justiça climática, é necessário adotar uma visão sistêmica que considere também povos, territórios e ecossistemas. “Não considerar o setor da moda na agenda de descarbonização nacional é negligenciar uma parte crucial da cadeia de valor do Brasil, pois a ausência de visibilidade dessa pauta contribui para que a moda fique de fora das estratégias climáticas. Consequentemente, não há investimentos direcionados para a descarbonização, resiliência e adaptação do setor, o que agrava a vulnerabilidade dos trabalhadores, a maioria pertencente a grupos minorizados, explica a pesquisadora Isabella Luglio. Para a gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit, Camila Zelezoglo: "O sucesso da agenda climática depende da ampla participação e do compromisso efetivo de todos os atores da sociedade global. Neste ano, ao ser país sede da Conferência, o Brasil poderá consolidar o protagonismo na diplomacia climática. Nesse contexto, as empresas têm papel fundamental, pois são elas que colocam em prática as ações necessárias para o alcance das metas.” Neste cenário, aconteceu no Museu do Amanhã a quinta edição do Rio Ethical Fashion, fórum internacional que tem como objetivo ampliar o debate sobre sustentabilidade na moda e que, neste ano, teve a edição focada na COP30. Yamê Reis, idealizadora e fundadora do evento, afirma: “Nosso propósito é ampliar a consciência sobre os impactos da moda, criando conexões entre territórios, comunidades e diferentes formas de conhecimento. O REF é um espaço para convergir ideias, experiências e soluções. A moda necessita ter mais responsabilidade pelos impactos que provoca e ter um compromisso firme contra o desmatamento, que é a maior bandeira do Brasil na luta climática”. Carol Perlingiere, Yamê Reis, Nina Braga e Lilly Clark, fundadoras do Rio Ethical Fashion Divulgação/Rafael França O evento reuniu palestrantes de norte a sul do país, além de convidados internacionais. Isabella Luglio apresentou dados inéditos do próximo Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, projeto coordenado por ela, que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação no Brasil. A construção do relatório brasileiro foi inspirada na metodologia do What Fuels Fashion, que analisa a transparência climática de marcas com operação global. De acordo com a edição recém-lançada do relatório global, em vez de reduzir as emissões no ritmo que a ciência exige, as grandes marcas de moda estão demorando a agir, e sua demanda por combustíveis fósseis continua aumentando. Desde o cultivo das fibras até o acabamento dos tecidos, carvão, gás e biomassa alimentam quase todas as etapas da produção, gerando emissões tóxicas, calor em níveis inseguros para os trabalhadores e assim acelerando o colapso ambiental. Desta forma, o relatório que analisa a transparência climática das maiores marcas com operação global revela uma pontuação extremamente baixa, com média de apenas 14%, o que mostra como poucas marcas divulgam planos concretos para eliminar o uso do carvão, eletrificar fábricas ou ampliar o uso de energia renovável. No Brasil, o cenário é outro, mesmo considerando que a matriz energética do Brasil seja relativamente mais limpa, principalmente quando comparada a países com grande volume de produção para marcas globais, há desafios como a conexão da produção de matérias-primas com desmatamento e exposição dos trabalhadores. Entender os riscos climáticos na saúde e segurança dos trabalhadores e colaboradores ao longo da cadeia de valor é fundamental para desenvolver estratégias de devida diligência, já que a ponta representa o elo mais vulnerável do setor. Isabella, em sua apresentação no evento, trouxe alguns dados inéditos do Índice de Transparência da Moda, Edição Clima, que será lançado no dia 3 de novembro. Ela destacou que a pontuação média na seção de Transição Justa foi de apenas 9%, e reforçou que sem ação decisiva, as emissões da moda podem aumentar entre 30% e 50% até 2030, em vez de diminuir conforme alertado por cientistas. “A responsabilização climática começa com a transparência”, afirma. Assim, considerando a complexidade do setor, a colaboração é fundamental para o avanço de soluções. O Rio Ethical Fashion foi um exemplo de como diálogos entre marcas, sociedade civil e poder público podem ampliar o debate, fortalecer iniciativas já existentes e impulsionar mudanças. “A indústria têxtil e de moda, por sua vez, além de agir, pode ser inspiradora e transformadora de cultura. Em tempos de urgência, esse potencial não pode ser desperdiçado. Por isso, estamos felizes em dar mais um passo com a Liga de Descarbonização, um movimento de engajamento empresarial que resulta de anos de colaboração efetiva e encontra no setor um terreno cada vez mais fértil para o avanço", finaliza Camila Zelezoglo, gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit. Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil. Quer participar do canal da Vogue Brasil no WhatsApp? Basta clicar neste link para participar do canal e receber as novidades em primeira mão. Assim que você entrar, o template comum de conversa do WhatsApp aparece na sua tela. A partir daí, é só esperar as notícias chegarem!