Pesquisas brasileiras avançam no diagnóstico de Alzheimer

Pesquisas brasileiras avançam no diagnóstico de Alzheimer

Estudos recentes feito por cientistas brasileiros confirmaram o potencial de um exame de sangue para o diagnóstico do Alzheimer. As análises apontam o bom desempenho da proteína p-tau217 como o principal biomarcador para distinguir, por meio desse exame, indivíduos saudáveis de pessoas com a doença. O objetivo das pesquisas, apoiadas pelo Instituto Serrapilheira, é levar os estudos para o Sistema Único de Saúde (SUS) para uso em larga escala. Segundo Eduardo Zimmer, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apoiado pelo instituto, atualmente no Brasil existem dois exames capazes de identificar o Alzheimer: o exame de líquor, um procedimento invasivo no qual é feita uma punção lombar utilizando uma agulha bem fina; e o exame de imagem (tomografia). Antes disso, a única forma de detectar a possibilidade da doença era o exame clínico, normalmente feito por um neurologista que fazia diagnóstico baseado nos sintomas do paciente. Notícias relacionadas: Saúde amplia tratamento para casos graves de Alzheimer no SUS. Demência em idosos hospitalizados não é percebida em até 50% dos casos. “Tanto o exame de líquor quanto a tomografia podem ser solicitados pelo médico para o diagnóstico da doença de Alzheimer assistido por biomarcadores. O problema é que quando pensamos num país como o Brasil, continental, com 160 milhões de pessoas que dependem do SUS, como vamos fazer esses exames em larga escala? Uma punção lombar necessita de infraestrutura, experiência e normalmente é o neurologista que faz. Já o exame de imagem é muito caro para usar no SUS em todo o país”, afirmou. A pesquisa, assinada por 23 pesquisadores, incluindo oito brasileiros, analisou mais de 110 estudos sobre o tema com cerca de 30 mil pessoas, confirmando que o p-tau217 no sangue é o biomarcador mais promissor para identificar a doença de Alzheimer. Além de Zimmer, o estudo conta com Wagner Brum, aluno de doutorado e membro do grupo de pesquisa na UFRGS, como coautores. Pesquisador brasileiro Eduardo Zimmer, da UFRGS, participa de estudo sobre diagnóstico do Alzheimer - Foto Instituto Serrapilheira/Divulgação Os resultados foram obtidos em análises de 59 pacientes e os testes foram comparados com o “padrão ouro”, o exame de líquor, apresentando alto nível de confiabilidade, acima de 90%, padrão recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) . Segundo Zimmer, ao mesmo tempo um grupo de pesquisadores do Instituto D’Or, no Rio de Janeiro, e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), os professores Sérgio Ferreira, Fernanda De Felice e Fernanda Tovar-Moll, devolveram um estudo praticamente igual e com os mesmos resultados. “São duas regiões diferentes do país, com genética e características socioculturais completamente diferente e o exame funcionou muito bem”, destacou. Atualmente, o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer é considerado um dos principais desafios de saúde pública no mundo. De acordo com a OMS, aproximadamente 57 milhões de pessoas no mundo vivem com algum tipo de demência — dessas, pelo menos 60% têm o diagnóstico de Alzheimer. No Brasil, o Relatório Nacional sobre Demência, de 2024, estima cerca de 1,8 milhão de pessoas com a doença. A previsão é que o número pode triplicar até 2050. Baixa escolaridade No estudo, os cientistas identificaram que a baixa escolaridade parece acentuar mais a doença, reforçando a hipótese de que fatores socioeconômicos e educacionais impactam no envelhecimento do cérebro. “A baixa escolaridade é um fator de risco muito importante para o declínio cognitivo, ficando acima de idade e sexo. Fizemos esse estudo no Brasil e o primeiro lugar disparado é a baixa escolaridade. No contexto biológico, a gente entende que o cérebro que é exposto a educação formal cria mais conexões. É como se a gente exercitasse o cérebro que fica mais resistente ao declínio cognitivo”, ressaltou o pesquisador. SUS O diagnóstico por exame de sangue já é uma realidade na rede privada. Testes realizados no exterior, como o americano PrecivityAD2, são oferecidos no Brasil a um custo que pode chegar a R$ 3,6 mil. Embora apresentem alta precisão, seu preço elevado reforça a importância de desenvolver uma alternativa nacional e gratuita. O pesquisador explicou que, para que o exame chegue ao SUS, primeiro é preciso entender se ele vai ter a performance necessária. Em segundo lugar estabelecer a estratégia e a logística para a inclusão no SUS. “Precisamos de várias avaliações para entender onde as análises serão feitas, quando esses exames vão ser utilizados, que população será beneficiada, se vai acelerar ou não o diagnóstico no SUS”, disse. Entretanto, antes de chegar a essa etapa ainda há um caminho a ser percorrido, o que dificulta colocar uma estimativa dessa disponibilidade. Os resultados definitivos estarão disponíveis em cerca de dois anos. Apesar de a doença ser mais frequente em pessoas com 65 anos, serão iniciados estudos em pessoas com mais de 55 anos. “Vamos começar os estudos com indivíduos com mais de 55 anos, porque sabemos que existe uma fase que a gente chama de pré-clínica da doença de Alzheimer, que é quando a doença começa a se instalar, mas o indivíduo ainda não tem sintomas. A ideia é conseguirmos mapear também a prevalência desses indivíduos”, acrescentou Zimmer. De acordo com o Instituto Serrapilheira, a pesquisa foi publicada na revista Molecular Psychiatry, e os resultados foram reforçados em revisão internacional publicada em setembro, no periódico Lancet Neurology.

Rio das Pedras, Gardênia e Muzema: por que região por onde Rio pretende iniciar retomada de favelas é estratégica?

Rio das Pedras, Gardênia e Muzema: por que região por onde Rio pretende iniciar retomada de favelas é estratégica?

A região de Rio das Pedras, Gardênia Azul e Muzema, na Zona Sudoeste do Rio, pode ser o ponto de partida da retomada de territórios dominados pelo crime organizado, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da “ADPF das Favelas”. O governo do estado estuda iniciar o projeto-piloto no Itanhangá, área que reúne características simbólicas e estratégicas para as forças de segurança — e também para as facções criminosas. Retomada: Governo estuda iniciar reocupação de território, determinada pelo STF, no Itanhangá, na Zona Sudoeste do Rio Segredos da Maçonaria atraem jovens cariocas a partir de vídeos virais e influenciadores nas redes A região é considerada estratégica por reunir três fatores: a presença simultânea das principais facções criminosas do estado (Comando Vermelho, milícia e Terceiro Comando Puro), sua localização entre o Recreio e o Maciço da Tijuca — um corredor que facilita fugas e conexões logísticas —, e o fato de concentrar áreas de expansão urbana e econômica, com alta densidade populacional. Nos últimos dois anos, o Comando Vermelho (CV) tomou a tiros pelo menos dez comunidades na nova Zona Sudoeste, numa ofensiva que busca criar um “cinturão” de domínio entre o Recreio dos Bandeirantes e o Maciço da Tijuca. A estratégia da facção visa controlar um corredor territorial que permitiria rotas de fuga pela Floresta da Tijuca e acesso a áreas de expansão urbana e econômica. Enquanto isso, milicianos e integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) reforçam suas posições, transformando a região numa das áreas mais conflagradas do estado. Entre as comunidades em disputa estão Muzema, Morro do Banco, Sítio do Pai João, Tijuquinha, Gardênia Azul e Rio das Pedras — esta última considerada o berço histórico da milícia no Rio. Disputas e prisões recentes Na segunda-feira (13), a Polícia Militar prendeu 14 suspeitos de integrar uma milícia em Jacarepaguá e apreendeu 12 fuzis, 43 carregadores, duas pistolas e um revólver em um esqueleto de construção na Colônia Juliano Moreira, em Curicica. Segundo a PM, os detidos fariam parte do grupo do miliciano André Costa Barros, o André Boto, preso desde 2021, e estariam encarregados de impedir novas invasões do CV na região. A ação, avaliada em R$ 1 milhão em armamentos, fez parte da Operação Contenção, que busca frear o avanço das facções na Zona Sudoeste. Mapa do Crime: veja quais são os bairros mais perigosos do Rio Atualmente, entre as Vargens e o Itanhangá, os paramilitares mantêm domínio apenas em Curicica, Dois Irmãos, Colônia e Rio das Pedras, enquanto o CV avança sobre as demais áreas. O Morro Dois Irmãos, em Curicica, é um dos principais focos de conflito. No fim de setembro, traficantes da Cidade de Deus tentaram invadir a comunidade, mas foram repelidos após uma operação da PM que deixou seis mortos ligados ao CV. Dias depois, o chefe do tráfico na Gardênia Azul e na Cidade de Deus, Ygor Freitas de Andrade, o Matuê, foi morto em confronto com a Polícia Civil na Praça Seca. Plano do governo Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, a proposta de iniciar o projeto de retomada pela Zona Sudoeste se baseia no potencial de crescimento da região e na necessidade de reocupar áreas dominadas por grupos armados com a presença de serviços públicos. — A Zona Sudoeste tem um potencial de expansão muito grande. E está todo mundo olhando para ela, inclusive os serviços públicos. O eixo econômico saiu do Centro do Rio de Janeiro e foi para aquela região. Isso tem que ser considerado. Sem contar o impacto na vida das pessoas, já que você atinge um número muito maior de moradores — afirmou Santos. Mapa do Crime; veja seu bairro A secretaria criou cinco eixos temáticos para cumprir as 18 determinações do STF após o julgamento da ADPF das Favelas: Segurança pública e justiça; Desenvolvimento social; Urbanismo e infraestrutura; Desenvolvimento econômico; Governança e sustentabilidade. O plano de retomada deverá ser apresentado ao Conselho Nacional do Ministério Público e, em seguida, submetido ao STF até o fim do ano. Se aprovado, o Estado iniciará a execução do projeto. Operação Ordo como ensaio A Operação Ordo, realizada no ano passado, serviu como ensaio do modelo de reocupação pretendido pelo governo. A ação reuniu forças de segurança, concessionárias de serviços e órgãos estaduais e municipais em áreas como Cidade de Deus, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Morro do Banco, Muzema, Tijuquinha, Sítio do Pai João, Terreirão e César Maia. Segundo o governo, o objetivo foi restabelecer a presença do Estado e mapear demandas locais de infraestrutura, regularização fundiária e serviços essenciais. Cassinos on-line; operação policial mira cassino on-line clandestino de grupo ligado ao contraventor Adilsinho e ao PCC Medidas determinadas pelo STF Nesta quarta-feira, a Secretaria de Segurança apresentou um relatório sobre o cumprimento das medidas exigidas pelo Supremo. Entre as ações com prazo de 180 dias estavam: Instalação de câmeras em 2.839 viaturas operacionais da PM até novembro; Criação de um programa de saúde mental para policiais, com apoio psiquiátrico e psicológico; Presença obrigatória de ambulâncias em operações com risco de confronto. Initial plugin text

'Personal trainer do volante': como vai funcionar a nova profissão que governo quer criar com mudança na CNH

'Personal trainer do volante': como vai funcionar a nova profissão que governo quer criar com mudança na CNH

A minuta da resolução que estabelece novas normas para o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) prevê a criação de uma "nova profissão": a do instrutor autônomo, sem vínculo obrigatório com uma autoescola — uma espécie de "personal trainer" do volante. A proposta do governo federal para desburocratizar e baratear o processo foi submetida a consulta pública até 2 de novembro, em meio a críticas de entidades do setor, que apontam riscos à segurança no trânsito e a empregos. Fim da obrigatoriedade de frequentar autoescola para obter CNH pode gerar 170 mil demissões e fechamento de 15 mil empresas, diz entidade Mudança nas aulas práticas e economia de 77%: o que pode mudar para tirar a CNH O projeto prevê que o candidato, uma vez aprovado nos exames teóricos, possa combinar "livremente" a carga horária das atividades práticas com um instrutor "devidamente autorizado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente". O profissional poderá ser substituído por outro "a qualquer tempo", conforme a "conveniência" do aluno, diz a minuta. O governo federal afirma que a medida vai "ampliar as oportunidades de emprego" e permitir que os alunos tenham mais opções de como aprender a dirigir. Os profissionais interessados deverão obter a Carteira de Identificação Profissional de instrutor autônomo, que será disponibilizada gratuitamente no site da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), e cumprir alguns requisitos: Ter no mínimo 21 anos de idade; Ter concluído o Ensino Médio; Ter habilitação para a condução de veículo há pelo menos 2 anos; Possuir certificado de curso específico realizado pelo órgão executivo de trânsito; Não ter cometido nenhuma infração gravíssima nos últimos 60 dias; Não ter sofrido penalidade de cassação da CNH. Depois de realizar o curso de formação, o instrutor precisa ser autorizado pelo Detran para exercer a atividade. Com o aval, ele terá o nome registrado junto ao Ministério dos Transportes, e seus alunos poderão verificar pela internet se o profissional está devidamente apto para ser contratado. O próprio instrutor será responsável por registrar e validar as atividades realizadas, confirmando oficialmente a participação do aluno, destaca o governo federal. Os instrutores que atualmente são contratados por uma autoescola já são registrados no sistema — pelo novo modelo, poderão seguir normalmente com as atividades e, em paralelo, trabalhar de forma autônoma. A proposta prevê que o instrutor deverá orientar o candidato "na definição das habilidades a serem exercitadas nas aulas, considerando seu perfil de condução, suas necessidades de aprendizagem e os critérios de avaliação previstos para o exame de direção veicular". O veículo utilizado nas aulas poderá ser disponibilizado pelo instrutor de trânsito ou pelo próprio aluno, contanto que observe alguns requisitos estipulados na resolução, como bom estado de conservação, limite de até 12 anos de fabricação e identificação visual clara do uso para aprendizagem. Não é obrigatório que o carro tenha pedal duplo nem que seja de câmbio manual. Conforme a minuta, as aulas práticas só poderão ocorrer após expedição da Licença de Aprendizagem Veicular e nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão ou entidade de trânsito responsável. Os instrutores estarão sujeitos a ações de fiscalização e, nas inspeções, deverão apresentar os documentos obrigatórios: CNH; Credencial de Instrutor ou crachá fornecido pelo órgão competente; Licença de Aprendizagem Veicular; e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo. A minuta prevê que, independentemente de realizar previamente alguma aula prática, o aluno aprovado no exame teórico já poderá agendar a realização do exame de direção veicular — a etapa final para obter a permissão para dirigir. Já para as carteiras C, D e E, a minuta prevê carga horário de dez horas para aulas práticas, a serem realizadas junto a autoescolas ou entidades ligadas ao Serviço Nacional de Aprendizagem. Cumprida esta etapa, os candidatos então poderão agendar a prova prática. Exame prático O projeto também prevê que, a partir da aprovação nos exames teóricos, "independentemente da realização prévia de aulas práticas de direção veicular, o candidato poderá agendar a realização do exame de direção veicular, destinado a avaliar as habilidades do candidato na condução do veículo". Esse exame tem por finalidade "indicar se o candidato reúne as condições indispensáveis para a condução segura do veículo em vias terrestres", detalha a minuta, e será aplicado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito com circunscrição sobre o local de residência ou domicilio indicado pelo candidato no Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach). No exame de direção veicular, o candidato deverá conduzir o veículo por um trajeto previamente definido pelas autoridades. O aluno será acompanhado por um representante do órgão ou da entidade de trânsito competente que deverá transmitir as instruções necessárias à execução do trajeto estabelecido, zelar pela segurança do motorista e dos outros usuários da via e também registrar as ocorrências relevantes para subsidiar a avaliação de uma comissão examinadora. "A avaliação do exame caberá exclusivamente à comissão de exame de direção veicular, designada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente, composta por três membros, sendo que pelo menos um deles deverá possuir habilitação na categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato", diz a minuta. O exame poderá ser submetido a monitoramento eletrônico, por meio de tecnologias de imagem, áudio, georreferenciamento, telemetria, sensores, dentre outros, para aferir "o cumprimento dos critérios de avaliação e a subsidiar a decisão da comissão examinadora". Quando houver o registro, o candidato terá direito a acessar as informações eletrônicas e usá-las, inclusive, para contestar os resultados. "Quando adotado o monitoramento eletrônico, a comissão de exame de direção veicular poderá realizar a avaliação de forma remota, desde que assegurado o acesso às informações necessárias, na forma disciplinada pelo órgão máximo executivo de trânsito da União", destaca o texto. Para realizar o exame, o candidato poderá usar veículo disponibilizado pelo órgão de trânsito ou apresentar ele mesmo um veículo, inclusive de propriedade de terceiros — "a critério do órgão ou entidade executivo de trânsito competente", diz a minuta (neste caso, se houver monitoramento eletrônico, os equipamentos deverão ser instalados no local de realização da prova). O automotor deverá atender às condições de circulação e segurança do Código de Trânsito Brasileiro e normas complementares do Contran. Nota de 0 a 100 No exame prático, o candidato terá nota de zero a cem. Ele iniciará a prova com o valor total e terá descontados pontos para cada infração de trânsito que cometer. Para ser aprovado, o motorista deverá ter aproveitamento mínimo de 90 pontos. Cada irregularidade ao volante valerá um ponto, mas será multiplicada pelo peso da gravidade da infração — de um a quatro. Veja: I - peso um: infração de trânsito de natureza leve; II - peso dois: infração de trânsito de natureza média; III - peso três: infração de trânsito de natureza grave; e IV - peso quatro: infração de trânsito de natureza gravíssima. A decisão final sobre o resultado caberá "exclusivamente" à comissão de exame de direção veicular, será lançado no Renach após a avaliação e será comunicado ao candidato. Quem for reprovado poderá tentar de novo até alcançar a aprovação. O projeto admite a possibilidade, inclusive, de o candidato realizar uma nova tentativa no mesmo dia, desde que o órgão ou entidade de trânsito tenha capacidade para atender essa demanda. A alternativa não vale para quem for eliminado no exame.

Refém libertado pelo Hamas come chocolate pela primeira vez após dois anos em cativeiro; veja vídeo

Refém libertado pelo Hamas come chocolate pela primeira vez após dois anos em cativeiro; veja vídeo

Depois de dois anos em cativeiro nos túneis do Hamas, o israelense Guy Gilboa-Dalal reencontrou um símbolo de liberdade na forma mais simples possível: uma bolinha de chocolate preparada por sua irmã, Gaya. O vídeo do momento, publicado pela família, mostra Guy sorrindo e saboreando o doce enquanto é levado de carro ao hospital durante seu primeiro contato com algo tão cotidiano desde que foi sequestrado em 7 de outubro de 2023. Israel identifica restos mortais de dois reféns devolvidos pelo Hamas Em Gaza, 50 milhões de toneladas de escombros e falta de equipamentos desafiam busca por corpos de reféns israelenses; entenda Veja o momento: Initial plugin text Guy foi mantido em cativeiro subterrâneo em Gaza, sob tortura física e psicológica, fome e isolamento total da luz solar, conforme relatou a família em uma campanha de arrecadação de fundos lançada para financiar sua reabilitação. Durante os dois anos de cativeiro, Guy esteve preso ao lado do amigo Evyatar David, outro refém libertado na troca recente entre Israel e Hamas. Eles foram separados um mês antes da libertação, quando Guy foi levado para servir de escudo humano pelos sequestradores. Os dois se reencontraram no Hospital Beilinson, onde permanecem internados. O irmão de Guy relatou o espanto dele ao reencontrar o mundo moderno: — Mostrei a ele um vídeo criado com inteligência artificial, e ele ficou em choque. Sabia o que era IA, mas não acreditava no quanto havia avançado.

Morre Beth Fernandes, ativista da causa LGBTQIA+

Morre Beth Fernandes, ativista da causa LGBTQIA+

Beth Fernandes, ativista pela causa LGBTQIA+, morre em Goiás Fábio Lima/O Popular A ativista da causa LGBTQIA+ em Goiás, Beth Fernandes, morreu nesta quarta-feira (15), em Goiânia. Mulher trans e psicóloga, Roberta Fernandes de Souza é uma das principais referências do movimento em defesa dos direitos dos transexuais, atuando em conselhos estaduais e nacionais pela defesa da diversidade. A causa da morte não foi divulgada. Nas redes sociais, políticos, instituições e amigos prestaram homenagens e lembraram com carinho da ativista. O vereador por Goiânia Fabrício Rosa (PT), publicou um texto lembrando da trajetória de Beth e sua importância na militância em Goiás. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp "Beth foi, e sempre será, a diva da militância, a pedagoga do ativismo, a mãe de muitos de nós. [...] Beth foi militante, psicóloga, intelectual, formadora, mãe, madrinha e força. Uma constelação inteira", diz o texto. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Outros políticos como a vereadora Kátia Maria (PT), os deputados Mauro Rubem (PT) e Bia de Lima (PT), também lamentaram a morte de Beth. A Associação da Parada do Orgulho GLBT de Goiás também publicou um texto destacando os feitos de Beth durante anos de ativismo. LEIA TAMBÉM: Primos, Mônica e Alberto Rassi Jr. morrem em Goiânia Por trás das grades: conheça histórias e desafios de detentos do primeiro presídio LGBTQIAPN+ de Goiás VÍDEO: Homem tem nariz e costelas quebrados ao ser espancado, e família acredita que motivo seja homofobia Além do trabalho político, Beth era psicóloga de formação e, segundo a associação, sua trajetória de luta pela causa LGBT começou nos anos 1980. Em 2011, ela fundou o Fórum de Transexuais de Goiás e coordenou a Parada LGBT de Goiânia por diversos anos. "Beth deixa um legado inestimável de coragem, resistência e humanidade. Sua voz, suas ações e seu amor transformaram vidas e instituições", manifestou a ONG. Segundo as informações divulgadas por amigos nas redes sociais, o velório de Beth acontece nesta quinta-feira (16), a partir das 7h e o enterro está marcado para as 11h, no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia. Legado As homenagens publicadas na internet ressaltam a trajetória de Beth, marcada por "pioneirismo, coragem e comprometimento com as pessoas mais vulnerabilizadas". A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), manifestou solidariedade à família a aos amigos de Beth. "Deixa um legado de luta e resistência em prol dos direitos da população LGBTQIAPN+. Que sua trajetória seja inspiração àqueles que lutam pelo direito de existir com dignidade", diz a nota, Em seu perfil oficial, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), publicou uma nota em memória da ativista que destaca o seu papel na "construção de políticas públicas, formação de lideranças e fortalecimento dos movimentos sociais em Goiás e no Brasil". "Beth não nos deixa apenas saudades — deixa um legado para ser retomado e multiplicado. Que cada conquista, cada voz levantada, cada passo adiante carregue seu espírito de resistência", diz o texto. O Conselho Regional de Psicologia da 9ª Região de Goiás também manifestou pesar e reconheceu o legado de Beth como "uma das pioneiras do ativismo LGBTQIAPN+ no Brasil e referência na defesa da diversidade em Goiás". Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Regularidade nos investimentos pode ser a chave para a estabilidade na maturidade

Regularidade nos investimentos pode ser a chave para a estabilidade na maturidade

Num país em que a expectativa de vida já ultrapassa os 75 anos, são os gestos cotidianos que constroem segurança financeira para o futuro. Mais do que aplicar grandes somas de forma esporádica, é a disciplina que assegura tranquilidade, autonomia e qualidade de vida ao envelhecer. Atitudes simples, como revisar gastos automáticos e separar mensalmente uma quantia para investir, podem ter um impacto enorme quando mantidas ao longo do tempo. Para a educadora financeira Dina Prates, o maior desafio não está em começar a investir, mas em manter a regularidade. — Muita gente aplica R$ 1 mil de uma vez e passa um, dois anos sem investir. Quando olha o saldo, tem algum valor guardado, mas ainda distante de seus objetivos. Se tivesse investido R$ 50 ou R$ 100 por mês, além de acumular mais, teria criado um hábito — explica. Segundo ela, é esse comportamento que garante a manutenção do patrimônio e a construção da independência. E a constância está diretamente ligada à qualidade de vida e à longevidade. — O valor que eu guardo hoje é pensando na minha aposentadoria, na vida que quero ter mais adiante e na capacidade dos meus recursos de sustentar essa rotina — afirma a economista. Na planilha, entram também gastos com viagens e atividades prazerosas, fundamentais para preservar o bem-estar ao longo dos anos. Questão de hábito O primeiro passo para um futuro financeiro saudável é justamente criar o hábito de poupar, mesmo que pouco. Em seguida, é importante ampliar o horizonte do planejamento — de metas de seis ou 12 meses para prazos mais longos, que contemplem os próximos dois anos. — As pessoas até conseguem se organizar para objetivos imediatos, mas têm dificuldade de olhar para o amanhã. É preciso conectar as metas à idade e entender como você quer estar em 10, 20 e 30 anos — ensina. Dina Prates, educadora financeira Divulgação/Guilherme Souza O valor que eu guardo hoje é pensando na minha aposentadoria, na vida que quero ter mais adiante e na capacidade dos meus recursos de sustentar essa rotina” Parte desse processo envolve revisar os hábitos de consumo. Isso não significa deixar de gastar, e sim usar os recursos com consciência. — Quando você começa a pensar na durabilidade do que compra e avalia se aquilo faz sentido dentro do seu contexto, consegue otimizar o orçamento e sobra mais para o que realmente importa — comenta ela. Outro passo importante é observar o orçamento e identificar onde é possível reduzir. — Não estamos falando em cortar, mas em ajustar. Reduzir hoje cria espaço para investir mais amanhã. E, com o tempo, é isso que faz diferença — diz a educadora. A boa notícia, segundo ela, é que nunca é tarde para começar. Dina cita o exemplo da própria mãe, que começou a se organizar financeiramente aos 50 anos e, hoje, aos 68, tem uma reserva sólida. Além de colocar as contas em dia e montar uma reserva de emergência, a educadora financeira recomenda atenção especial à alimentação e à saúde física. — Essas áreas, quando negligenciadas, acabam se transformando em grandes custos. Olhar para elas é também investir em estabilidade financeira — pontua. Investimento é autocuidado Mais do que uma questão prática, Dina ressalta que o cuidado com as finanças também tem impacto emocional e está diretamente ligado à autoestima. — Uma pessoa que tem liberdade para decidir onde e como gastar vive com mais leveza. Quem está endividado ou com restrições sente que não tem capacidade de investir em nada, nem em si mesmo. E isso afeta profundamente a maneira como se enxerga. O estresse financeiro corrói a autoestima — afirma. Para ela, aprender a investir é uma forma de autocuidado. Saber administrar seus recursos é compreender que eles devem ser ferramentas, não o centro de tudo. E não adianta ter pressa: cultivar uma relação saudável com as finanças é um processo. Pequenos hábitos, repetidos ao longo do tempo, trazem tranquilidade e permitem viver momentos significativos com mais segurança. O equilíbrio financeiro, afinal, também é emocional. — Não existe relação perfeita com o dinheiro. O importante é ter consciência, buscar equilíbrio e entender que planejar o futuro é um ato de amor-próprio. É isso que garante não só segurança, mas a liberdade de envelhecer com dignidade e escolhas — conclui.

'Pobre de merda, vai morrer trabalhando', disse acusado de ser chefe da quadrilha dos fuzis a agente do Detran ao ser parado em blitz

'Pobre de merda, vai morrer trabalhando', disse acusado de ser chefe da quadrilha dos fuzis a agente do Detran ao ser parado em blitz

Faltava pouco para a meia-noite em 11 de setembro de 2023 quando um Audi RS Q8 preto, sem placa, foi parado pela Operação Lei Seca na esquina das ruas Senador Vergueiro com Barão do Flamengo, no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ao volante do carro, avaliado em cerca de R$ 1,3 milhão, estava Silas Diniz Carvalho. Os agentes da blitz pediram que o motorista fizesse o teste do bafômetro; Silas se recusou. O carro havia sido comprado um dia antes, segundo a nota fiscal apresentada pelo dono do veículo. Governo estuda iniciar reocupação de território, determinada pelo STF, no Itanhangá, na Zona Sudoeste do Rio Desaparecido em trilha na Urca: buscas por professor aposentado entram no quarto dia com ajuda de mergulhadores e drones Ao ser informado que teria o carro rebocado, o motorista se irritou. Primeiro, alegou que era rico e tinha dinheiro "para comprar mais 15 carros", como descreve o registro de ocorrência de desacato feito na 9ª DP (Catete). Depois, ofendeu a agente do Detran que fazia a ocorrência, chamando-a de "pobre de merda" e pontificando que ela "vai morrer trabalhando". Audi RS Q8 modelo 2024 Divulgação/Audi Quase um mês depois, em 10 de outubro, Silas foi preso pela Polícia Federal com mais dois homens, numa casa dentro de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio, com 47 fuzis e centenas de munições para fuzil calibre .556. A Operação Wardogs, da PF, apontava que Silas chefiava uma quadrilha que fabrica e fornece fuzis para traficantes. Nesta quarta-feira, dois anos após ser preso, Silas foi alvo de um desdobramento da operação. Segundo a Polícia Federal, o grupo tinha capacidade para produzir 3.500 fuzis por ano. Segredos da Maçonaria atraem jovens cariocas a partir de vídeos virais e influenciadores nas redes A operação desta quarta, batizada como Forja, prendeu sete suspeitos, dois no Rio de Janeiro e cinco em São Paulo. Foram apreendidos R$ 158 mil no apartamento de Silas, onde ele cumpria prisão domiciliar. Além do dinheiro, os agentes da PF encontraram malas prontas para viagem no local, o que indica, segundo a polícia, que o casal estaria se preparando para deixar o país em direção ao Paraguai. Essa informação levou a Polícia Federal a antecipar a operação. Os fuzis apreendidos pela Polícia Federal na fábrica da quadrilha em Santa Bárbara d'Oeste, interior de São Paulo Divulgação/Polícia Federal Prisão domiciliar e tornozeleira Mesmo em prisão domiciliar e usando tornozeleira, após ser condenado a uma pena de 12 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça do Rio, Silas continuou a comandar a organização, afirma a Polícia Federal. Segundo os investigadores, a produção dos fuzis, originalmente em Minas Gerais, foi reestruturada e transferida para uma nova e mais sofisticada planta industrial em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. A fábrica onde os fuzis eram fabricados, em Santa Bárbara d'Oeste: segundo a PF, fachada de empresa de peças aeronáuticas Divulgação/Polícia Federal Em agosto de 2025, a PF conseguiu desarticular a fábrica, que operava sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas. No local foram apreendidos fuzis já montados e mais de 31 mil peças e componentes, material suficiente para a produção de dezenas de outras armas, afirmam os agentes. No ano anterior, a PF havia realizado outra apreensão de fuzis fabricados pela quadrilha. Segundo a corporação, 13 deles, calibre 5,56, que haviam sido enviados de São Paulo foram interceptados na Rodovia Presidente Dutra. O destino das armas na capital carioca seria o Complexo do Alemão.

PF, ANP e Ministério da Agricultura fazem operação contra fábricas clandestinas de bebidas com metanol em ao menos cinco estados

PF, ANP e Ministério da Agricultura fazem operação contra fábricas clandestinas de bebidas com metanol em ao menos cinco estados

Viatura da Polícia Federal participa de operação em São Paulo. Divulgação/PF Agentes da Polícia Federal (PF), da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Ministério da Agricultura e Pecuária realizam nesta quinta-feira (16) uma operação de fiscalização em locais suspeitos de funcionarem como fábricas clandestinas e usinas ilegais. A operação faz parte da investigação da cadeia de falsificação de bebidas alcoólicas com metanol que tem feito várias vítimas fatais em todo o país. O levantamento mais recente do Ministério da Saúde diz que, até está quarta (15), o Brasil já tem oito mortes mortes confirmadas por intoxicação, seis em São Paulo e duas em Pernambuco. O objetivo da operação da PF é identificar a origem do metanol e confirmar se há relação entre os materiais apreendidos nesta operação e outras amostras já recolhidas pela Polícia Federal e por órgãos como a ANP. A ação ocorre simultaneamente em pelo menos cinco estados brasileiros: São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. SP cria protocolo para detectar metanol em bebidas As equipes envolvidas vão verificar a procedência dos materiais apreendidos e coletar amostras para análise no Instituto Nacional de Criminalística (INC). As cidades alvo da operação desta quinta (16) são as seguintes: SÃO PAULO Araçariguama Arujá Cotia Guarulhos Laranjal Paulista Limeira Jandira Sumaré Suzano PARANÁ Colombo Paranaguá Araucária MATO GROSSO Várzea Grande MATO GROSSO DO SUL Dourados Campo Grande Caarapo SANTA CATARINA Cocal do Sul Deve chegar nesta quinta, 09, ao Brasil o antídoto para tratar intoxicação por metanol