'Professores da educação infantil fazem o trabalho mais importante da sociedade, mas são desvalorizados', diz pesquisadora de Harvard

'Professores da educação infantil fazem o trabalho mais importante da sociedade, mas são desvalorizados', diz pesquisadora de Harvard

'Professores da educação infantil fazem o trabalho mais importante da sociedade' “Ser levada a sério é o maior desafio.” É assim que Elisangela Lima, de 47 anos, define seu principal obstáculo como professora de educação infantil no Brasil. Ela trabalha em uma creche pública conveniada à prefeitura de São Paulo: são 10 horas por dia dedicadas a uma turma de 25 crianças (de 3 e 4 anos). “A maioria das pessoas acha que é só cuidar e brincar. E não é assim — exige formação e planejamento. Estamos formando cidadãos”, afirma. ‍Neste 15 de outubro, Dia dos Professores, o g1 explica por que os docentes dessa etapa desempenham uma função tão relevante para o país — e como, ainda assim, não são reconhecidos. Em entrevista à reportagem, Dana McCoy, professora da Universidade Harvard e co-presidente do Programa de Desenvolvimento Humano e Educação (HDE) da instituição americana, reforça que a tendência mundial ainda é esta: desvalorizar os profissionais de creches (instituições para bebês de 0 a 3 anos) e pré-escolas (4 e 5 anos). Unidade de Educação Infantil na cidade de SP Reprodução/Prefeitura de São Paulo “Eu ficaria feliz se pelo menos recebessem o mesmo que os outros professores”, afirma ela, que esteve em São Paulo neste mês para o Simpósio Internacional de Educação Infantil da Fundação Bracel. “Eles não só ensinam leitura e matemática, mas também ajudam a desenvolver o ‘todo’ da criança: auxiliam na regulação emocional, nas relações sociais, no cuidado físico.” McCoy diz que eles não têm um status compatível com o impacto que são capazes de produzir. “Fazem o trabalho mais importante de toda a sociedade. O futuro econômico e a capacidade de inovação nascem nas creches e pré-escolas, porque é lá que as habilidades fundamentais serão desenvolvidas”, afirma. Dana McCoy é professora de Harvard e estuda sobre a primeira infância Divulgação Veja 4 fatores que demonstram o peso da fase escolar inicial: ?Os primeiros anos de vida são os mais importantes para o aprimoramento do sistema neurológico. Experiências educativas nessa etapa estimulam áreas do cérebro responsáveis por linguagem, raciocínio lógico e criatividade. A interação com outras crianças em ambientes educativos favorece o desenvolvimento de habilidades sociais, como empatia, cooperação e resolução de conflitos. O acesso à educação infantil de qualidade ajuda a diminuir disparidades socioeconômicas: reduz em 65% o risco de um indivíduo cometer crimes violentos no futuro e em 20% a probabilidade de não ter um trabalho (de acordo com estudo de Sneha, Garcia, Hojman e Heckman, de 2016). Ambientes estimulantes e acolhedores contribuem para a formação de autoestima, autonomia e segurança emocional dos alunos. Em resumo: programas de educação infantil melhoram os resultados dos alunos não só em aprendizado e em habilidades acadêmicas, mas também em bem-estar emocional, saúde física, autonomia e desenvolvimento motor. “Os investimentos que fazemos em políticas e programas voltados para a primeira infância têm maior retorno do que em qualquer outro período da vida. Claro que nunca é tarde para investir, mas, se quisermos ter o maior benefício possível para cada dólar investido, esse é o momento ideal”, explica a professora de Harvard. 'Algumas crianças só se alimentam na escola' Elisangela é professora em escola de educação infantil pública Arquivo pessoal Nos casos de alunos que vivem em contextos de vulnerabilidade, a escola acaba assumindo funções que inicialmente nem seriam atribuídas a ela. Um exemplo básico: o mais importante para uma criança nos primeiros anos de vida é ter uma relação forte e afetiva com um adulto que realmente se importe com ela. Se não houver essa possibilidade na família, é o professor que acaba assumindo o papel, por mais sobrecarregado que já esteja. “Caso seja uma educação infantil de alta qualidade, com um professor dedicado e afetuoso, isso pode proteger alguém dos impactos negativos e das adversidades vividas em casa”, afirma McCoy, de Harvard. Elisangela, professora citada no início da reportagem, conta que, na sua turma de 25 alunos, há três com deficiência. Um deles, com paralisia cerebral, ainda está na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a terapias. “Enquanto a aprovação não sai, a gente tenta desenvolvê-lo com o que tem aqui dentro da escola”, diz Elisangela, citada no início da reportagem. “Há também crianças que só se alimentam aqui dentro. Eu sei que algumas delas precisam da creche também para isso.” O que falta aos professores? Dana McCoy divide as necessidades dos docentes em dois aspectos: Níveis básicos de segurança e de estrutura: por quantas crianças cada professor é responsável? Há acesso a brinquedos, livros, água potável e banheiros infantis? O ambiente é seguro e estimulante? No Brasil, apenas 35% das escolas públicas de educação infantil têm área verde. Nem metade (41%) disponibiliza parquinho, e 30% não possuem material pedagógico específico para crianças, segundo microdados do Censo Escolar da Educação Básica, formulado pelo Inep e analisado pela ONG Todos Pela Educação. Qualidade processual: a remuneração é compatível com a função desempenhada pelos professores? Eles estão sobrecarregados emocionalmente ou recebem cuidados? Os currículos são completos? Todos receberam a formação adequada? “Precisamos oferecer condições para que eles próprios estejam bem. Só assim poderão fazer esse trabalho essencial de cuidar e interagir com as crianças”, diz Dana McCoy. Segundo ela, houve, historicamente, uma tendência nas políticas públicas e nas pesquisas sobre educação infantil de focar apenas na criança — e de ver no educador alguém que apenas transmite conteúdos, “como se ele não fosse um ser humano, mas um ‘agente de entrega’”. “Isso está começando a mudar”, diz. ➡️Entre os avanços, especificamente no Brasil, estão a instituição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) com diretrizes sobre a creche e a pré-escola, e a instituição de um piso salarial nacional para todos os professores. Mas nem sempre os documentos e decisões públicas são respeitados no dia a dia. No caso da remuneração, como os responsáveis pelo pagamento são as redes de ensino, cada estado e município oficializa seus valores. Segundo pesquisa do QueroBolsa, professores de educação infantil recebem, em média, R$ 2.604,57, bem abaixo do piso (R$ 4.867,77, para a jornada de 40 horas semanais). A sociedade tende a subvalorizar o trabalho de cuidado de crianças pequenas. “Historicamente, isso foi visto como responsabilidade das famílias, especialmente das mães, que faziam esse trabalho sem apoio social e sem remuneração. Há, portanto, uma dimensão de gênero muito forte”, diz McCoy. No Brasil, as mulheres representam 97% dos professores de creche e 94% dos de pré-escola. Formação frágil dos pedagogos agrava o quadro ✏️No Brasil, outro obstáculo é a qualidade na formação dos professores. Na creche, dos 373.181 docentes, 19% estudaram até o ensino fundamental ou médio, sem faculdade. A situação é parecida na pré-escola, em que, dos 366.042 professores, 17% não têm graduação. E, mesmo no caso daqueles que cursaram pedagogia, existe outro problema: a baixa qualidade dos cursos oferecidos, principalmente à distância. “Estudos que avaliaram os currículos dos cursos de pedagogia mostram que eles não estão tão voltados para a educação infantil. Quando essas disciplinas existem, são muito teóricas e pouco voltadas para a prática docente”, diz Abuchaim, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. “O professor acaba não tendo uma formação inicial que realmente o prepare para o que encontrará em sala de aula.” Veja questões que os professores enfrentam na educação infantil e que requerem a formação em pedagogia, e não apenas "instinto" ou "improviso": saber colocar intencionalidade educativa nas brincadeiras e no convívio entre todos, para que mais habilidades sejam desenvolvidas; conhecer os objetivos da etapa de ensino e conseguir organizar o processo escolar para dar conta de todos esses eixos. conseguir elaborar atividades adequadas à idade de cada criança e aos objetivos de aprendizagem a serem atingidos; fazer uma observação sistemática de cada aluno, para monitorar o desenvolvimento dele; saber rever o próprio trabalho e, quando necessário, mudar a estratégia pedagógica. É um ciclo: quanto mais atrativa for a carreira, mais bem preparados estarão os professores. E quanto mais qualificados eles forem, melhor será a educação oferecida às crianças — especialmente nas regiões mais vulneráveis. Vídeos de Educação Por que o alto nº de professores temporários é ruim para o Brasil? Censo Escolar mostra precarização dos professores e descumprimento de meta nas creches

'Professores da educação infantil fazem o trabalho mais importante da sociedade, mas são desvalorizados', diz pesquisadora de Harvard

'Professores da educação infantil fazem o trabalho mais importante da sociedade, mas são desvalorizados', diz pesquisadora de Harvard

'Professores da educação infantil fazem o trabalho mais importante da sociedade' “Ser levada a sério é o maior desafio.” É assim que Elisangela Lima, de 47 anos, define seu principal obstáculo como professora de educação infantil no Brasil. Ela trabalha em uma creche pública conveniada à prefeitura de São Paulo: são 10 horas por dia dedicadas a uma turma de 25 crianças (de 3 e 4 anos). “A maioria das pessoas acha que é só cuidar e brincar. E não é assim — exige formação e planejamento. Estamos formando cidadãos”, afirma. ‍Neste 15 de outubro, Dia dos Professores, o g1 explica por que os docentes dessa etapa desempenham uma função tão relevante para o país — e como, ainda assim, não são reconhecidos. Em entrevista à reportagem, Dana McCoy, professora da Universidade Harvard e co-presidente do Programa de Desenvolvimento Humano e Educação (HDE) da instituição americana, reforça que a tendência mundial ainda é esta: desvalorizar os profissionais de creches (instituições para bebês de 0 a 3 anos) e pré-escolas (4 e 5 anos). Unidade de Educação Infantil na cidade de SP Reprodução/Prefeitura de São Paulo “Eu ficaria feliz se pelo menos recebessem o mesmo que os outros professores”, afirma ela, que esteve em São Paulo neste mês para o Simpósio Internacional de Educação Infantil da Fundação Bracel. “Eles não só ensinam leitura e matemática, mas também ajudam a desenvolver o ‘todo’ da criança: auxiliam na regulação emocional, nas relações sociais, no cuidado físico.” McCoy diz que eles não têm um status compatível com o impacto que são capazes de produzir. “Fazem o trabalho mais importante de toda a sociedade. O futuro econômico e a capacidade de inovação nascem nas creches e pré-escolas, porque é lá que as habilidades fundamentais serão desenvolvidas”, afirma. Dana McCoy é professora de Harvard e estuda sobre a primeira infância Divulgação Veja 4 fatores que demonstram o peso da fase escolar inicial: ?Os primeiros anos de vida são os mais importantes para o aprimoramento do sistema neurológico. Experiências educativas nessa etapa estimulam áreas do cérebro responsáveis por linguagem, raciocínio lógico e criatividade. A interação com outras crianças em ambientes educativos favorece o desenvolvimento de habilidades sociais, como empatia, cooperação e resolução de conflitos. O acesso à educação infantil de qualidade ajuda a diminuir disparidades socioeconômicas: reduz em 65% o risco de um indivíduo cometer crimes violentos no futuro e em 20% a probabilidade de não ter um trabalho (de acordo com estudo de Sneha, Garcia, Hojman e Heckman, de 2016). Ambientes estimulantes e acolhedores contribuem para a formação de autoestima, autonomia e segurança emocional dos alunos. Em resumo: programas de educação infantil melhoram os resultados dos alunos não só em aprendizado e em habilidades acadêmicas, mas também em bem-estar emocional, saúde física, autonomia e desenvolvimento motor. “Os investimentos que fazemos em políticas e programas voltados para a primeira infância têm maior retorno do que em qualquer outro período da vida. Claro que nunca é tarde para investir, mas, se quisermos ter o maior benefício possível para cada dólar investido, esse é o momento ideal”, explica a professora de Harvard. 'Algumas crianças só se alimentam na escola' Elisangela é professora em escola de educação infantil pública Arquivo pessoal Nos casos de alunos que vivem em contextos de vulnerabilidade, a escola acaba assumindo funções que inicialmente nem seriam atribuídas a ela. Um exemplo básico: o mais importante para uma criança nos primeiros anos de vida é ter uma relação forte e afetiva com um adulto que realmente se importe com ela. Se não houver essa possibilidade na família, é o professor que acaba assumindo o papel, por mais sobrecarregado que já esteja. “Caso seja uma educação infantil de alta qualidade, com um professor dedicado e afetuoso, isso pode proteger alguém dos impactos negativos e das adversidades vividas em casa”, afirma McCoy, de Harvard. Elisangela, professora citada no início da reportagem, conta que, na sua turma de 25 alunos, há três com deficiência. Um deles, com paralisia cerebral, ainda está na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a terapias. “Enquanto a aprovação não sai, a gente tenta desenvolvê-lo com o que tem aqui dentro da escola”, diz Elisangela, citada no início da reportagem. “Há também crianças que só se alimentam aqui dentro. Eu sei que algumas delas precisam da creche também para isso.” O que falta aos professores? Dana McCoy divide as necessidades dos docentes em dois aspectos: Níveis básicos de segurança e de estrutura: por quantas crianças cada professor é responsável? Há acesso a brinquedos, livros, água potável e banheiros infantis? O ambiente é seguro e estimulante? No Brasil, apenas 35% das escolas públicas de educação infantil têm área verde. Nem metade (41%) disponibiliza parquinho, e 30% não possuem material pedagógico específico para crianças, segundo microdados do Censo Escolar da Educação Básica, formulado pelo Inep e analisado pela ONG Todos Pela Educação. Qualidade processual: a remuneração é compatível com a função desempenhada pelos professores? Eles estão sobrecarregados emocionalmente ou recebem cuidados? Os currículos são completos? Todos receberam a formação adequada? “Precisamos oferecer condições para que eles próprios estejam bem. Só assim poderão fazer esse trabalho essencial de cuidar e interagir com as crianças”, diz Dana McCoy. Segundo ela, houve, historicamente, uma tendência nas políticas públicas e nas pesquisas sobre educação infantil de focar apenas na criança — e de ver no educador alguém que apenas transmite conteúdos, “como se ele não fosse um ser humano, mas um ‘agente de entrega’”. “Isso está começando a mudar”, diz. ➡️Entre os avanços, especificamente no Brasil, estão a instituição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) com diretrizes sobre a creche e a pré-escola, e a instituição de um piso salarial nacional para todos os professores. Mas nem sempre os documentos e decisões públicas são respeitados no dia a dia. No caso da remuneração, como os responsáveis pelo pagamento são as redes de ensino, cada estado e município oficializa seus valores. Segundo pesquisa do QueroBolsa, professores de educação infantil recebem, em média, R$ 2.604,57, bem abaixo do piso (R$ 4.867,77, para a jornada de 40 horas semanais). A sociedade tende a subvalorizar o trabalho de cuidado de crianças pequenas. “Historicamente, isso foi visto como responsabilidade das famílias, especialmente das mães, que faziam esse trabalho sem apoio social e sem remuneração. Há, portanto, uma dimensão de gênero muito forte”, diz McCoy. No Brasil, as mulheres representam 97% dos professores de creche e 94% dos de pré-escola. Formação frágil dos pedagogos agrava o quadro ✏️No Brasil, outro obstáculo é a qualidade na formação dos professores. Na creche, dos 373.181 docentes, 19% estudaram até o ensino fundamental ou médio, sem faculdade. A situação é parecida na pré-escola, em que, dos 366.042 professores, 17% não têm graduação. E, mesmo no caso daqueles que cursaram pedagogia, existe outro problema: a baixa qualidade dos cursos oferecidos, principalmente à distância. “Estudos que avaliaram os currículos dos cursos de pedagogia mostram que eles não estão tão voltados para a educação infantil. Quando essas disciplinas existem, são muito teóricas e pouco voltadas para a prática docente”, diz Abuchaim, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. “O professor acaba não tendo uma formação inicial que realmente o prepare para o que encontrará em sala de aula.” Veja questões que os professores enfrentam na educação infantil e que requerem a formação em pedagogia, e não apenas "instinto" ou "improviso": saber colocar intencionalidade educativa nas brincadeiras e no convívio entre todos, para que mais habilidades sejam desenvolvidas; conhecer os objetivos da etapa de ensino e conseguir organizar o processo escolar para dar conta de todos esses eixos. conseguir elaborar atividades adequadas à idade de cada criança e aos objetivos de aprendizagem a serem atingidos; fazer uma observação sistemática de cada aluno, para monitorar o desenvolvimento dele; saber rever o próprio trabalho e, quando necessário, mudar a estratégia pedagógica. É um ciclo: quanto mais atrativa for a carreira, mais bem preparados estarão os professores. E quanto mais qualificados eles forem, melhor será a educação oferecida às crianças — especialmente nas regiões mais vulneráveis. Vídeos de Educação Por que o alto nº de professores temporários é ruim para o Brasil? Censo Escolar mostra precarização dos professores e descumprimento de meta nas creches

Chope, cuca, erva-mate e até sorvete: conheça 'Rota da Lavanda', novo atrativo turístico de cidade no RS

Chope, cuca, erva-mate e até sorvete: conheça 'Rota da Lavanda', novo atrativo turístico de cidade no RS

Rota da Lavanda, em Morro Reuter, é nova atração turística Os campos tingidos de lilás deixam a paisagem de Morro Reuter parecendo uma pintura. O aroma inconfundível espalha perfume por toda a região. A flor é um dos maiores patrimônios da cidade e do estado, e por isso, o Rio Grande do Sul ganhou um novo atrativo turístico: a Rota da Lavanda. O município, localizado a cerca de 60 km de Porto Alegre, é considerado o maior produtor do Brasil e virou referência no cultivo das flores. Agora, pretende levar toda a experiência com a lavanda para os turistas. Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Ao todo, 16 empreendimentos fazem parte do roteiro. A intenção é promover um turismo sustentável, valorizando o empreendedorismo local e proporcionando uma experiência sensorial com passeios pelos campos floridos, cafés, casas de artesanato, pousadas e cervejarias da cidade. Da planta é possível fazer uma infinidade de produtos, mas o destaque é para os óleos essenciais produzidos no município. "A lavanda, inicialmente, era produzida para extração de óleo e com a questão do turismo fechou um elo. Tudo que pode ser extraído da planta, desde o chá, a erva-mate, a essência que é usada na torta, nas bolachas, nos cosméticos", explica o presidente da Associação de Produtores de Lavanda, Alexandre Enzveiler. Rota da Lavanda contempla turismo, gastronomia e cosméticos no RS Júlia Taube/RBS TV Gastronomia, turismo e cosméticos O plantio da lavanda em Morro Reuter começou há 20 anos, com as primeiras mudas vindas da França. O que começou de maneira despretensiosa é hoje uma das maiores fontes de renda das famílias que moram na cidade. São 15 produtores de lavanda que destinam os resultados da colheita para a indústria. Outros 16 empreendedores trabalham com os derivados da planta. A flor de cor lilás também está na gastronomia da cidade, que já desenvolveu bolachas, chope, cuca, torta, erva-mate e até sorvete de lavanda. Já nos cosméticos, são cremes para mão e corpo. Para o ambiente, velas à base da flor. A prefeitura lançou atrativos para os produtores, como fornecimento de mudas, horas-máquina e apoio técnico em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS). "Além da muda e das horas-máquina, há observação do solo para garantir que a planta floresça e gere óleo puro e de qualidade", explica a secretária de Desenvolvimento Econômico, Cultural, Turístico e Rural, Thaís Backes Klein. A Rota da Lavanda, de Morro Reuter, passa pela BR-116, pelo Centro e pelos bairros Linha Gorgen, Birkenthal, Walachai e São José do Herval. Rota da Lavanda contempla turismo, gastronomia e cosméticos no RS Júlia Taube/RBS TV Rota da Lavanda contempla turismo, gastronomia e cosméticos no RS Júlia Taube/RBS TV VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Chope, cuca, erva-mate e até sorvete: conheça 'Rota da Lavanda', novo atrativo turístico de cidade no RS

Chope, cuca, erva-mate e até sorvete: conheça 'Rota da Lavanda', novo atrativo turístico de cidade no RS

Rota da Lavanda, em Morro Reuter, é nova atração turística Os campos tingidos de lilás deixam a paisagem de Morro Reuter parecendo uma pintura. O aroma inconfundível espalha perfume por toda a região. A flor é um dos maiores patrimônios da cidade e do estado, e por isso, o Rio Grande do Sul ganhou um novo atrativo turístico: a Rota da Lavanda. O município, localizado a cerca de 60 km de Porto Alegre, é considerado o maior produtor do Brasil e virou referência no cultivo das flores. Agora, pretende levar toda a experiência com a lavanda para os turistas. Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Ao todo, 16 empreendimentos fazem parte do roteiro. A intenção é promover um turismo sustentável, valorizando o empreendedorismo local e proporcionando uma experiência sensorial com passeios pelos campos floridos, cafés, casas de artesanato, pousadas e cervejarias da cidade. Da planta é possível fazer uma infinidade de produtos, mas o destaque é para os óleos essenciais produzidos no município. "A lavanda, inicialmente, era produzida para extração de óleo e com a questão do turismo fechou um elo. Tudo que pode ser extraído da planta, desde o chá, a erva-mate, a essência que é usada na torta, nas bolachas, nos cosméticos", explica o presidente da Associação de Produtores de Lavanda, Alexandre Enzveiler. Rota da Lavanda contempla turismo, gastronomia e cosméticos no RS Júlia Taube/RBS TV Gastronomia, turismo e cosméticos O plantio da lavanda em Morro Reuter começou há 20 anos, com as primeiras mudas vindas da França. O que começou de maneira despretensiosa é hoje uma das maiores fontes de renda das famílias que moram na cidade. São 15 produtores de lavanda que destinam os resultados da colheita para a indústria. Outros 16 empreendedores trabalham com os derivados da planta. A flor de cor lilás também está na gastronomia da cidade, que já desenvolveu bolachas, chope, cuca, torta, erva-mate e até sorvete de lavanda. Já nos cosméticos, são cremes para mão e corpo. Para o ambiente, velas à base da flor. A prefeitura lançou atrativos para os produtores, como fornecimento de mudas, horas-máquina e apoio técnico em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS). "Além da muda e das horas-máquina, há observação do solo para garantir que a planta floresça e gere óleo puro e de qualidade", explica a secretária de Desenvolvimento Econômico, Cultural, Turístico e Rural, Thaís Backes Klein. A Rota da Lavanda, de Morro Reuter, passa pela BR-116, pelo Centro e pelos bairros Linha Gorgen, Birkenthal, Walachai e São José do Herval. Rota da Lavanda contempla turismo, gastronomia e cosméticos no RS Júlia Taube/RBS TV Rota da Lavanda contempla turismo, gastronomia e cosméticos no RS Júlia Taube/RBS TV VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Duas Linhas e Meia (15-10-2025)

Duas Linhas e Meia (15-10-2025)

.A Procuradoria Geral do Município do Rio finaliza as tratativas com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a realização do 9º Concurso para a carreira de Procurador do Município do Rio. O regulamento já foi disponibilizado e o edital deve ser publicado neste mês de outubro. A FGV também irá apoiar a realização do 4º Concurso para Procurador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro que terá parte das provas em comum com o concurso para Procurador do Município. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Vasco faz trabalho especial com Matheus França para evitar fantasma das lesões

Vasco faz trabalho especial com Matheus França para evitar fantasma das lesões

O meia-atacante Matheus França tem feito um trabalho especial no Vasco para evitar o fantasma das lesões, que o assombram nos últimos anos de carreira. A razão de o reforço ainda não ter atuado tanto como o técnico Fernando Diniz gostaria é essa cautela, com trabalhos de manutenção antes de todas as atividades. Desde que deixou o Flamengo, vendido ao Crystal Palace, Matheus sofreu com problemas musculares de maneira recorrente. Mesmo diante de um cenário de incerteza, o Vasco insistiu na contratação, com aval de Diniz e do presidente Pedrinho, e ajuda dos representantes do jovem, com boa relação com o clube. A expectativa é que França seja testado na sequência que a equipe tem pela frente contra o Fortaleza, nesta quarta-feira, no Castelão, e nos jogos contra Fluminense e Bragantino.

No ar em 'Dona de mim', Juan Paiva acerta novo trabalho na Globo

No ar em 'Dona de mim', Juan Paiva acerta novo trabalho na Globo

Juan Paiva já tem projeto definido na Globo depois de “Dona de mim”. Ele fará “Jogada de risco”, série estrelada por Cauã Reymond no Globoplay. O personagem, um jovem atleta em ascensão, será agenciado por Maurício, o protagonista. Os atores viveram melhores amigos na novela “Um lugar ao Sol”, de 2021. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Air fryer + forno: 6 modelos tão baratos que parece mentira (mas não é)

Air fryer + forno: 6 modelos tão baratos que parece mentira (mas não é)

Ter uma air fryer já é um grande avanço na cozinha, facilitando o preparo dos alimentos, além de garantir uma alimentação mais saudável por não precisar de óleo para fritar. Entretanto, é possível ter uma fritadeira mais completa ainda: os modelos oven. Esse tipo de aparelho promete ser uma air fryer e um forno ao mesmo tempo, aumentando ainda mais o leque de receitas possíveis. Por isso, o TechTudo selecionou seis opções que são tão baratas que parecem mentira. A lista conta com modelos da WAP, Mondial, Britânia, Electrolux e Philco, com preços que variam desde R$ 445 na versão mais barata (Philco Oven PFR2200P), até R$ 743 na alternativa mais cara disponível (Electrolux EAF90). Vale destacar que os preços foram verificados durante a apuração da matéria, no mês de outubro de 2025. ? Grupo do TechTudo no Telegram: receba ofertas e cupons de desconto todos os dias Canal de ofertas no WhatsApp: confira promoções, descontos e cupons a qualquer hora Air Fryer oven pode ser uma ótima opção para quem quer praticidade no dia a dia Divulgação/Mondial A air fryer é mesmo saudável? Veja a opinião de especialistas Initial plugin text É seguro comprar online? Descubra no Fórum do TechTudo 1. Air Fryer Philco Oven PFR2200P 12L – a partir de R$ 445 Essa air fryer da Philco é 4 em 1, conseguindo assar, fritar, reaquecer e desidratar os alimentos. O modelo tem controle de temperatura entre 80°C e 200°C, nove funções pré-programadas, potência de 1.800 W, iluminação interna e porta de vidro. Além disso, ele conta com duas assadeiras, uma bandeja e um cesto removível de 3,5 litros. As dimensões de 37 cm de altura, 31,5 cm de largura e 33,5 cm de profundidade, além de 12 litros de capacidade. É possível adquirir o produto na Amazon por R$ 445, com avaliação de 4,6 estrelas de 5. Nos comentários, os usuários elogiam praticidade, facilidade de uso e de limpeza dos acessórios, design atraente e eficiência no preparo dos alimentos. Por outro lado, alguns compradores reclamam de dificuldade para limpar a porta e fragilidade das assadeiras. Prós: praticidade; facilidade de uso e de limpeza dos acessórios; design atraente; eficiência no preparo dos alimentos Contras: alguns compradores reclamam de dificuldade para limpar a porta e fragilidade das assadeiras 2. Air Fryer Britânia Oven BFR2100P 12L – a partir de R$ 492 O aparelho apresenta dimensões de 37,5 cm de altura, 32,3 cm de largura e 35,5 cm de profundidade, além de 12 litros de capacidade. O modelo é mais um 4 em 1 e assa, frita, desidrata e reaquece os alimentos. A air fryer conta com duas assadeiras, uma bandeja e um cesto removível. Além disso, ela tem potência de 1.800 W, temporizador de 90 minutos, controle de temperatura entre 80°C e 200°C, desligamento automático, proteção contra superaquecimento, botões touch e painel digital. O produto pode ser encontrado por R$ 492 na Amazon, com avaliação de 4,6 estrelas de 5. Nos comentários, os usuários elogiam eficiência no preparo dos alimentos, design atraente, custo-benefício e facilidade de uso. Entretanto, alguns compradores reclamam do aparecimento de ferrugem, dificuldade de limpeza e durabilidade. Prós: eficiência no preparo dos alimentos; design atraente; custo-benefício; facilidade de uso Contras: alguns compradores reclamam do aparecimento de ferrugem, dificuldade de limpeza e durabilidade 3. Air Fryer Oven 2 em 1 Mondial AFON-12L-BI 12L – a partir de R$ 549 O aparelho conta com dimensões de 39 cm de altura, 32 cm de largura e 36,1 cm de profundidade, além de 12 litros de capacidade. O modelo possui painel digital com dez funções predefinidas: batata, frango, carne, peixe, camarão, pão de queijo, pizza, bolo, legumes e a função reaquecer. Além disso, a air fryer apresenta iluminação interna, porta com visor de vidro, cesto removível e três assadeiras antiaderentes. É possível comprar o produto na Amazon por R$ 549, com avaliação de 4,7 estrelas de 5, e nas Casas Bahia pelo mesmo valor, com classificação de 4,9 estrelas. Nos comentários, os usuários elogiam iluminação interna, design atraente, variedade de funções e custo-benefício. Por outro lado, alguns compradores reclamam da potência e da durabilidade. Prós: iluminação interna; design atraente; variedade de funções; custo-benefício Contras: alguns compradores reclamam da potência e da durabilidade Outros modelos de Air Fryer que podem te agradar 4. Air Fryer WAP Oven WAOD2 – a partir de R$ 555 O aparelho conta com dez funções pré-programadas, como legumes, pizza, camarão, peixe, frango, carne, pão de queijo, batata frita, bolo e reaquecer. Além disso, a air fryer apresenta painel digital, iluminação interna e porta com abertura lateral, que facilita a entrada e retirada dos alimentos. Ela possui também dimensões de 35 cm de comprimento, 37,5 cm de largura e 37,3 cm de altura, e capacidade de 12 litros. Outros destaques são os recipientes: um cesto removível e duas assadeiras antiaderentes. O produto pode ser encontrado na Amazon por R$ 555, com avaliação de 4,6 estrelas de 5. Nos comentários, os usuários elogiam design atraente, eficiência no preparo dos alimentos, silêncio durante o funcionamento e facilidade de limpar as assadeiras. No entanto, alguns compradores reclamam da durabilidade e de dificuldade na limpeza da bandeja coletora. Prós: design atraente; eficiência no preparo dos alimentos; silêncio durante o funcionamento; facilidade na limpeza das assadeiras Contras: alguns compradores reclamam da durabilidade e de dificuldade na limpeza da bandeja coletora 5. Air Fryer Britânia Oven BAF16A 4 em 1 – a partir de R$ 557 Esse modelo da Britânia apresenta painel digital com dez funções pré-programadas, porta removível que facilita a limpeza, cesto de 5,5L, duas assadeiras e bandeja coletora, sendo todos os acessórios com revestimento antiaderente Redstone. Além disso, o aparelho possui cinco níveis de altura diferentes, iluminação interna, desligamento automático e visor transparente. A air fryer também conta com temporizador de 90 minutos e seletor de temperatura com ajuste entre 80ºC e 200ºC. As dimensões são de 37 cm de altura, 35 cm de largura e 33,5 cm de profundidade, além de 16 litros de capacidade. O produto está disponível tanto no Mercado Livre quanto nas Casas Bahia por R$ 557, em ambos com avaliação de 4,9 estrelas de 5. Nos comentários, os usuários elogiam design atraente, espaço interno, silêncio durante o funcionamento e facilidade de limpeza. Entretanto, alguns compradores reclamam da potência e da dificuldade em preparar alimentos em diferentes assadeiras ao mesmo tempo. Prós: design atraente; espaço interno; silêncio durante o funcionamento; facilidade de limpeza Contras: alguns compradores reclamam da potência e da dificuldade em preparar alimentos em diferentes assadeiras ao mesmo tempo 6. Air Fryer Oven Electrolux EAF90 – a partir de R$ 743 Esse modelo é 5 em 1, ou seja, possui cinco modos de preparo em um único produto, como Air Fry, Gratinar, Reaquecer, Desidratar e Rotisserie, que aciona o espeto giratório, ideal para assar por igual frangos, legumes e carnes. O aparelho também apresenta seletor de temperatura de 60ºC até 200ºC e sete funções pré-programadas, como carne, frango, peixe, legumes, batata, pão de queijo e bolo. As dimensões são de 40,9 cm de altura, 32,2 cm de largura e 37,6 cm de profundidade, além de 12 litros de capacidade. O produto pode ser comprado nas Casas Bahia por R$ 743, com avaliação de 4,9 estrelas de 5, e na Amazon pelo mesmo valor, com classificação de 4,7 estrelas de 5. Nos comentários, os usuários elogiam design atraente, aviso na metade do tempo para virar os alimentos e praticidade no uso. No entanto, alguns compradores reclamam de dificuldade na limpeza e da bandeja coletora. Prós: design atraente; aviso na metade do tempo para virar os alimentos; praticidade no uso Contras: alguns compradores reclamam de dificuldade na limpeza e da bandeja coletora Com informações de Amazon, Britânia, Casas Bahia, Electrolux, Mercado Livre, Mondial, Philco e WAP Initial plugin text Mais do Techtudo Initial plugin text Assista: WAP Barbecue: a air fryer que é quase um fogão WAP Barbecue: a air fryer que é quase um fogão Nota de transparência: o TechTudo mantém uma parceria comercial com lojas parceiras. Ao clicar no link da varejista, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques. Os valores indicados no texto são referentes a outubro de 2025.

Vacina, agrotóxico ou erro em dados? Veja respostas para dúvidas dos leitores sobre a 'explosão' de casos de câncer entre jovens

Vacina, agrotóxico ou erro em dados? Veja respostas para dúvidas dos leitores sobre a 'explosão' de casos de câncer entre jovens

Com terapias modernas, câncer caminha para se tornar doença crônica controlável Diagnósticos de câncer em jovens adultos cresceram quase quatro vezes em cerca de 10 anos, segundo dados do DataSUS apresentados em levantamento realizado pelo g1. Mas o que a causa essa "explosão de casos"? ️SUA DÚVIDA : Este texto responde as principais perguntas dos leitores nos comentários da reportagem "Casos de câncer em jovens adultos de até 50 anos aumentam 284% no SUS entre 2013 e 2024". Você também pode mandar sugestões pelo VC no g1. Na reportagem sobre o tema, leitores enviaram perguntas sobre as possíveis causas, questionando desde um suposto papel de vacinas, dos agrotóxicos e dos adoçantes até os efeitos do estresse, da alimentação e do uso de tecnologias. O g1 reuniu as respostas com base em evidências científicas e dados oficiais. Veja abaixo: 1. As vacinas podem causar câncer? Não. Nenhuma vacina — nem contra a Covid-19, nem outras do calendário nacional — tem relação causal com câncer. “Vacina não causa câncer”, enfatiza Stephen Stefani, oncologista do grupo Oncoclínicas e da Americas Health Foundation. “As pessoas podem ficar tranquilas — não há nenhum dado que relacione imunizantes à doença. Pelo contrário: a tecnologia desenvolvida para as vacinas da Covid-19 ajudou a impulsionar novas plataformas de terapias oncológicas.” As vacinas contra o HPV, por exemplo, previnem um tipo de câncer, o de colo do útero. Além disso, o aumento recente de tumores em adultos jovens começou anos antes da pandemia, e estudos internacionais, como o publicado na revista Nature Medicine (2022), não encontraram qualquer vínculo entre vacinas e aumento de risco oncológico. ☠️ 2. O uso de agrotóxicos está relacionado ao aumento de casos? Há evidências de risco aumentado em exposições prolongadas, mas isso não explica sozinho o crescimento dos casos. “Sim, há dados que mostram que o consumo de alimentos com quantidade acima da recomendada de agrotóxicos aumenta o risco. Não é um aumento explosivo, mas ele está relacionado, estatisticamente, ao aumento de tumores”, explica Stephen Stefani. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também reconhecem que a exposição a pesticidas pode elevar o risco de alguns tumores, sobretudo em trabalhadores rurais e populações vulneráveis. No entanto, especialistas alertam que dieta, obesidade e sedentarismo têm peso muito maior na origem do câncer do que a contaminação química isolada. Vale a pena substituir o açúcar pelo adoçante? Veja 5 benefícios dessa troca Shutterstock ? 3. O aspartame causa câncer? Em julho de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou os resultados da avaliação de perigo e risco do aspartame. O adoçante foi classificado como “possivelmente cancerígeno”, mas a própria OMS e a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) afirmaram que o limite atual de ingestão é considerado seguro. “O aspartame é classificado como possível risco, mas não está bem estabelecido que vá aumentar o risco de câncer”, explica Stefani. “É preciso calibrar esse debate para não gerar alarme e levar as pessoas a trocar o adoçante pelo açúcar — e o açúcar, sim, contribui para o ganho de peso, que é um fator de risco bem documentado.” 4. O 5G, o Wi-Fi ou o micro-ondas causam câncer? Não. “Não, 5G e Wi-Fi não têm como causar câncer. O conteúdo biológico é absolutamente inverossímil — essas ondas não têm energia suficiente para danificar o DNA, que é o que precisaria acontecer para gerar uma doença oncológica”, afirma Stefani. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há qualquer evidência de aumento de risco de câncer associado à exposição a redes sem fio, celulares, antenas ou aparelhos domésticos. 5. O estresse pode causar câncer? Não diretamente. O estresse não causa mutações genéticas nem danos celulares suficientes para iniciar um tumor. “O estresse não é o causador, mas pode diminuir a imunidade em algumas situações e isso está relacionado ao crescimento de doenças existentes”, explica Stefani. Eu gosto de colocar de forma prática: o estresse não é a semente; ele é o ambiente — a terra, a luz e a água para essa semente crescer.” Ou seja, o estresse não cria o câncer, mas pode favorecer a progressão de uma doença já instalada, dificultar o tratamento e interferir no sistema imunológico. Aditivos alimentares e ultraprocessados Freepik 6. A alimentação tem influência? Sim, e muita. A alimentação é hoje um dos principais fatores modificáveis de risco. Estudos do INCA e da IARC mostram que dietas ricas em ultraprocessados, bebidas açucaradas e carnes processadas estão relacionadas à maior incidência de tumores colorretais, de mama e de fígado. “É uma doença de estilo de vida. Só 5% dos casos são hereditários; 90% têm relação com alimentação, sedentarismo e obesidade”, explica Samuel Aguiar, líder do Centro de Referência de Tumores Colorretais do A.C.Camargo Cancer Center e diretor do programa de residência médica da instituição. Segundo a médica nuclear Sumara Abdo, do INCA, a obesidade é um fator central, porque “a gordura abdominal é um tecido biologicamente ativo que produz substâncias inflamatórias capazes de estimular o crescimento celular e favorecer mutações”. “O corpo é forçado a se regenerar o tempo todo num ambiente hostil. É um processo inflamatório silencioso, difícil de reverter”, conclui Stefani. ? 7. Os dados do SUS estão errados ou inflados? Não. O Painel Oncologia BR – DataSUS usa a mesma metodologia de notificação desde 2013, com dados informados por hospitais e serviços de oncologia da rede pública de todo o país. O crescimento de 284% reflete um aumento real na incidência. “Toda política de saúde depende de dados, e hoje eles são frágeis”, disse Stefani. “Na saúde suplementar, a notificação não é compulsória. Então o país subestima a real dimensão do problema.” A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que não é possível medir a incidência de câncer na rede privada porque, desde 2010, uma decisão judicial impede o uso da Classificação Internacional de Doenças (CID) nas bases das operadoras. O Ministério da Saúde também afirmou não possuir dados completos que integrem todo o sistema de saúde. ? 8. O que realmente causa câncer? Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o risco está mais ligado a comportamentos e exposições acumuladas ao longo da vida, como: consumo excessivo de álcool; tabagismo; alimentação ultraprocessada e obesidade; radiação solar sem proteção; poluição e exposição química crônica. “Temos coisas que realmente agridem o DNA e o danificam ao longo da vida: álcool, cigarro, sol em excesso e poluição”, resume Stephen Stefani. “A bebida alcoólica, por exemplo, não tem dose segura — assim como o sol. Já o cigarro, com 7 mil substâncias e 300 delas cancerígenas, é o maior vilão conhecido.” Fontes: Painel Oncologia BR – DataSUS; entrevistas com Stephen Stefani (Oncoclínicas e Americas Health Foundation), Sumara Abdo Lacerda Matedi (INCA), Samuel Aguiar (A.C.Camargo Cancer Center); OMS; INCA; Anvisa; Nature Medicine (2022); IARC (2023). Leia também: Casos de câncer em jovens adultos de até 50 anos aumentam 284% no SUS entre 2013 e 2024

Vacina, agrotóxico ou erro em dados? Veja respostas para dúvidas dos leitores sobre a 'explosão' de casos de câncer entre jovens

Vacina, agrotóxico ou erro em dados? Veja respostas para dúvidas dos leitores sobre a 'explosão' de casos de câncer entre jovens

Com terapias modernas, câncer caminha para se tornar doença crônica controlável Diagnósticos de câncer em jovens adultos cresceram quase quatro vezes em cerca de 10 anos, segundo dados do DataSUS apresentados em levantamento realizado pelo g1. Mas o que a causa essa "explosão de casos"? ️SUA DÚVIDA : Este texto responde as principais perguntas dos leitores nos comentários da reportagem "Casos de câncer em jovens adultos de até 50 anos aumentam 284% no SUS entre 2013 e 2024". Você também pode mandar sugestões pelo VC no g1. Na reportagem sobre o tema, leitores enviaram perguntas sobre as possíveis causas, questionando desde um suposto papel de vacinas, dos agrotóxicos e dos adoçantes até os efeitos do estresse, da alimentação e do uso de tecnologias. O g1 reuniu as respostas com base em evidências científicas e dados oficiais. Veja abaixo: 1. As vacinas podem causar câncer? Não. Nenhuma vacina — nem contra a Covid-19, nem outras do calendário nacional — tem relação causal com câncer. “Vacina não causa câncer”, enfatiza Stephen Stefani, oncologista do grupo Oncoclínicas e da Americas Health Foundation. “As pessoas podem ficar tranquilas — não há nenhum dado que relacione imunizantes à doença. Pelo contrário: a tecnologia desenvolvida para as vacinas da Covid-19 ajudou a impulsionar novas plataformas de terapias oncológicas.” As vacinas contra o HPV, por exemplo, previnem um tipo de câncer, o de colo do útero. Além disso, o aumento recente de tumores em adultos jovens começou anos antes da pandemia, e estudos internacionais, como o publicado na revista Nature Medicine (2022), não encontraram qualquer vínculo entre vacinas e aumento de risco oncológico. ☠️ 2. O uso de agrotóxicos está relacionado ao aumento de casos? Há evidências de risco aumentado em exposições prolongadas, mas isso não explica sozinho o crescimento dos casos. “Sim, há dados que mostram que o consumo de alimentos com quantidade acima da recomendada de agrotóxicos aumenta o risco. Não é um aumento explosivo, mas ele está relacionado, estatisticamente, ao aumento de tumores”, explica Stephen Stefani. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também reconhecem que a exposição a pesticidas pode elevar o risco de alguns tumores, sobretudo em trabalhadores rurais e populações vulneráveis. No entanto, especialistas alertam que dieta, obesidade e sedentarismo têm peso muito maior na origem do câncer do que a contaminação química isolada. Vale a pena substituir o açúcar pelo adoçante? Veja 5 benefícios dessa troca Shutterstock ? 3. O aspartame causa câncer? Em julho de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou os resultados da avaliação de perigo e risco do aspartame. O adoçante foi classificado como “possivelmente cancerígeno”, mas a própria OMS e a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) afirmaram que o limite atual de ingestão é considerado seguro. “O aspartame é classificado como possível risco, mas não está bem estabelecido que vá aumentar o risco de câncer”, explica Stefani. “É preciso calibrar esse debate para não gerar alarme e levar as pessoas a trocar o adoçante pelo açúcar — e o açúcar, sim, contribui para o ganho de peso, que é um fator de risco bem documentado.” 4. O 5G, o Wi-Fi ou o micro-ondas causam câncer? Não. “Não, 5G e Wi-Fi não têm como causar câncer. O conteúdo biológico é absolutamente inverossímil — essas ondas não têm energia suficiente para danificar o DNA, que é o que precisaria acontecer para gerar uma doença oncológica”, afirma Stefani. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há qualquer evidência de aumento de risco de câncer associado à exposição a redes sem fio, celulares, antenas ou aparelhos domésticos. 5. O estresse pode causar câncer? Não diretamente. O estresse não causa mutações genéticas nem danos celulares suficientes para iniciar um tumor. “O estresse não é o causador, mas pode diminuir a imunidade em algumas situações e isso está relacionado ao crescimento de doenças existentes”, explica Stefani. Eu gosto de colocar de forma prática: o estresse não é a semente; ele é o ambiente — a terra, a luz e a água para essa semente crescer.” Ou seja, o estresse não cria o câncer, mas pode favorecer a progressão de uma doença já instalada, dificultar o tratamento e interferir no sistema imunológico. Aditivos alimentares e ultraprocessados Freepik 6. A alimentação tem influência? Sim, e muita. A alimentação é hoje um dos principais fatores modificáveis de risco. Estudos do INCA e da IARC mostram que dietas ricas em ultraprocessados, bebidas açucaradas e carnes processadas estão relacionadas à maior incidência de tumores colorretais, de mama e de fígado. “É uma doença de estilo de vida. Só 5% dos casos são hereditários; 90% têm relação com alimentação, sedentarismo e obesidade”, explica Samuel Aguiar, líder do Centro de Referência de Tumores Colorretais do A.C.Camargo Cancer Center e diretor do programa de residência médica da instituição. Segundo a médica nuclear Sumara Abdo, do INCA, a obesidade é um fator central, porque “a gordura abdominal é um tecido biologicamente ativo que produz substâncias inflamatórias capazes de estimular o crescimento celular e favorecer mutações”. “O corpo é forçado a se regenerar o tempo todo num ambiente hostil. É um processo inflamatório silencioso, difícil de reverter”, conclui Stefani. ? 7. Os dados do SUS estão errados ou inflados? Não. O Painel Oncologia BR – DataSUS usa a mesma metodologia de notificação desde 2013, com dados informados por hospitais e serviços de oncologia da rede pública de todo o país. O crescimento de 284% reflete um aumento real na incidência. “Toda política de saúde depende de dados, e hoje eles são frágeis”, disse Stefani. “Na saúde suplementar, a notificação não é compulsória. Então o país subestima a real dimensão do problema.” A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que não é possível medir a incidência de câncer na rede privada porque, desde 2010, uma decisão judicial impede o uso da Classificação Internacional de Doenças (CID) nas bases das operadoras. O Ministério da Saúde também afirmou não possuir dados completos que integrem todo o sistema de saúde. ? 8. O que realmente causa câncer? Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o risco está mais ligado a comportamentos e exposições acumuladas ao longo da vida, como: consumo excessivo de álcool; tabagismo; alimentação ultraprocessada e obesidade; radiação solar sem proteção; poluição e exposição química crônica. “Temos coisas que realmente agridem o DNA e o danificam ao longo da vida: álcool, cigarro, sol em excesso e poluição”, resume Stephen Stefani. “A bebida alcoólica, por exemplo, não tem dose segura — assim como o sol. Já o cigarro, com 7 mil substâncias e 300 delas cancerígenas, é o maior vilão conhecido.” Fontes: Painel Oncologia BR – DataSUS; entrevistas com Stephen Stefani (Oncoclínicas e Americas Health Foundation), Sumara Abdo Lacerda Matedi (INCA), Samuel Aguiar (A.C.Camargo Cancer Center); OMS; INCA; Anvisa; Nature Medicine (2022); IARC (2023). Leia também: Casos de câncer em jovens adultos de até 50 anos aumentam 284% no SUS entre 2013 e 2024

'Falsa couve': Paciente respira sem ajuda de aparelhos, mas segue na UTI

'Falsa couve': Paciente respira sem ajuda de aparelhos, mas segue na UTI

Morre mulher que comeu ‘falsa couve’ em MG O idoso de 64 anos internado após comer a "falsa couve" respira sem a ajuda de aparelhos, mas segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O outro paciente internado segue em coma induzido. Os dois foram internados após ingerir a planta tóxica Nicotiana glauca em 8 de outubro, em Patrocínio, no Alto Paranaíba. O estado de saúde dos pacientes é: Homem de 60 anos: estado grave. Permanece em coma induzido, respirando por aparelho. Também trata de pneumonia Homem de 64 anos: estável. Respira espontaneamente com cateter de oxigênio. Está na UTI para controle de pressão arterial, que permanece elevada ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Na segunda-feira (13), Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu após piora no estado de saúde por causa de uma lesão grave no cérebro. Um homem, de 67 anos, também foi internado, mas recebeu alta em 9 de outubro, um dia após a intoxicação. Claviana Nunes da Silva morreu após ingerir "falsa couve" em Patrocínio. Redes Sociais/Reprodução Família socorrida com sintomas de envenenamento Na quarta-feira (8), por volta das 15h, Claviana e os três homens passaram mal pouco depois do almoço em família em uma chácara na zona rural. Eles foram atendidos por equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar. No momento do socorro, as vítimas chegaram a sofrer parada cardiorrespiratória, mas os socorristas conseguiram reverter o quadro ainda no local. Elas foram encaminhadas em estado grave para a Santa Casa de Patrocínio e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Uma criança de 2 anos também foi hospitalizada, mas apenas para observação, já que não chegou a ingerir a planta. Nicotiana glauca Corpo de Bombeiros/Divulgação Vítimas confundiram planta com couve A "falsa couve" foi colhida no próprio terreno e servida refogada na refeição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família havia se mudado recentemente para a chácara e acreditava que a planta era couve, devido à semelhança com o vegetal. A Secretaria de Saúde informou que parte da “falsa couve” foi encontrada na arcada dentária da mulher e encaminhada, junto com outras folhas da planta, para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. A principal linha de apuração é envenenamento acidental. Como diferenciar a 'falsa couve' da verdadeira A Nicotiana glauca, planta conhecida como "falsa couve", tem características físicas que podem diferenciá-la da couve verdadeira. Entre elas, estão: folhas um pouco mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada. As informações foram confirmadas pela professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). "Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, a Nicotiana glauca tem um verde mais vivo. Mas, ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação. A dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência", afirmou a especialista. Ainda de acordo com a professora, a ingestão da Nicotiana glauca pode causar intoxicação grave e até levar à morte. Falsa couve tem folhas mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada. Polícia Militar/Divulgação LEIA TAMBÉM: Festa termina com convidado morto e outros internados por suspeita de intoxicação Morte de funcionário após churrasco de empresa foi causada por agrotóxico Homem apanha de paciente e acaba preso após importunação sexual em UBS Preparo influencia na toxicidade da planta A Nicotiana glauca, também chamada de charuteira, tabaco-arbóreo ou popularmente como "fumo bravo", é uma planta extremamente tóxica, comum em áreas rurais e à beira de estradas em todo o Brasil. Conforme a professora da UFU, a planta contém uma substância chamada anabazina, um alcaloide que pode causar paralisia muscular, respiratória e até levar à morte. A especialista alerta que o modo de preparo também influencia na gravidade da intoxicação. "Ela é bastante comum em áreas rurais, em todo o Brasil, na beira de estradas. Infelizmente, ela é bem comum e facilmente confundida com a couve. Dependendo da forma como é consumida, crua ou cozida, isso vai alterar a quantidade dessa substância tóxica que a pessoa vai consumir, podendo levar a efeitos ainda mais graves", explicou. Em casos de ingestão da 'falsa couve', não existe nenhum tipo de antídoto que possa ser administrado em casa. A indicação é procurar imediatamente atendimento médico, pois quanto mais rápido for o socorro, maiores são as chances de evitar complicações graves da intoxicação. Três pacientes seguem internados na Santa Casa de Patrocínio Paulo Barbosa/TV Integração VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

'Falsa couve': Paciente respira sem ajuda de aparelhos, mas segue na UTI

'Falsa couve': Paciente respira sem ajuda de aparelhos, mas segue na UTI

Morre mulher que comeu ‘falsa couve’ em MG O idoso de 64 anos internado após comer a "falsa couve" respira sem a ajuda de aparelhos, mas segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O outro paciente internado segue em coma induzido. Os dois foram internados após ingerir a planta tóxica Nicotiana glauca em 8 de outubro, em Patrocínio, no Alto Paranaíba. O estado de saúde dos pacientes é: Homem de 60 anos: estado grave. Permanece em coma induzido, respirando por aparelho. Também trata de pneumonia Homem de 64 anos: estável. Respira espontaneamente com cateter de oxigênio. Está na UTI para controle de pressão arterial, que permanece elevada ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Na segunda-feira (13), Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu após piora no estado de saúde por causa de uma lesão grave no cérebro. Um homem, de 67 anos, também foi internado, mas recebeu alta em 9 de outubro, um dia após a intoxicação. Claviana Nunes da Silva morreu após ingerir "falsa couve" em Patrocínio. Redes Sociais/Reprodução Família socorrida com sintomas de envenenamento Na quarta-feira (8), por volta das 15h, Claviana e os três homens passaram mal pouco depois do almoço em família em uma chácara na zona rural. Eles foram atendidos por equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar. No momento do socorro, as vítimas chegaram a sofrer parada cardiorrespiratória, mas os socorristas conseguiram reverter o quadro ainda no local. Elas foram encaminhadas em estado grave para a Santa Casa de Patrocínio e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Uma criança de 2 anos também foi hospitalizada, mas apenas para observação, já que não chegou a ingerir a planta. Nicotiana glauca Corpo de Bombeiros/Divulgação Vítimas confundiram planta com couve A "falsa couve" foi colhida no próprio terreno e servida refogada na refeição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a família havia se mudado recentemente para a chácara e acreditava que a planta era couve, devido à semelhança com o vegetal. A Secretaria de Saúde informou que parte da “falsa couve” foi encontrada na arcada dentária da mulher e encaminhada, junto com outras folhas da planta, para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. A principal linha de apuração é envenenamento acidental. Como diferenciar a 'falsa couve' da verdadeira A Nicotiana glauca, planta conhecida como "falsa couve", tem características físicas que podem diferenciá-la da couve verdadeira. Entre elas, estão: folhas um pouco mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada. As informações foram confirmadas pela professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). "Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, a Nicotiana glauca tem um verde mais vivo. Mas, ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação. A dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência", afirmou a especialista. Ainda de acordo com a professora, a ingestão da Nicotiana glauca pode causar intoxicação grave e até levar à morte. Falsa couve tem folhas mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada. Polícia Militar/Divulgação LEIA TAMBÉM: Festa termina com convidado morto e outros internados por suspeita de intoxicação Morte de funcionário após churrasco de empresa foi causada por agrotóxico Homem apanha de paciente e acaba preso após importunação sexual em UBS Preparo influencia na toxicidade da planta A Nicotiana glauca, também chamada de charuteira, tabaco-arbóreo ou popularmente como "fumo bravo", é uma planta extremamente tóxica, comum em áreas rurais e à beira de estradas em todo o Brasil. Conforme a professora da UFU, a planta contém uma substância chamada anabazina, um alcaloide que pode causar paralisia muscular, respiratória e até levar à morte. A especialista alerta que o modo de preparo também influencia na gravidade da intoxicação. "Ela é bastante comum em áreas rurais, em todo o Brasil, na beira de estradas. Infelizmente, ela é bem comum e facilmente confundida com a couve. Dependendo da forma como é consumida, crua ou cozida, isso vai alterar a quantidade dessa substância tóxica que a pessoa vai consumir, podendo levar a efeitos ainda mais graves", explicou. Em casos de ingestão da 'falsa couve', não existe nenhum tipo de antídoto que possa ser administrado em casa. A indicação é procurar imediatamente atendimento médico, pois quanto mais rápido for o socorro, maiores são as chances de evitar complicações graves da intoxicação. Três pacientes seguem internados na Santa Casa de Patrocínio Paulo Barbosa/TV Integração VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Enem: os 7 principais erros que os candidatos cometem na redação

Enem: os 7 principais erros que os candidatos cometem na redação

Redação nota mil no Enem: alunos de escola pública que atingiram pontuação dão dicas Quem pretende concorrer a uma vaga no ensino superior usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sabe que cada ponto é valioso. Na prova de redação, deslizes que parecem pequenos podem acarretar em perdas significativas na nota. Para evitar isso, é importante ter clareza do que o Enem espera dos candidatos e os erros mais frequentes. Confira abaixo quais são e por que descontam pontos. O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, sendo a redação parte do primeiro dia de exame, em que os participantes também encaram 90 questões objetivas de Linguagens e Ciências Humanas. 1. Não elaborar um projeto de texto A Cartilha de Redação do Enem 2025 destaca que planejar o texto antes de escrevê-lo é essencial para garantir clareza, coerência e boa argumentação. Esse planejamento, feito no espaço destinado ao rascunho, ajuda o candidato a definir a tese, organizar os argumentos e preparar a proposta de intervenção. Embora a banca corretora não tenha acesso a esse "bastidor", um texto bem estruturado mostra que o candidato tinha um projeto claro desde o início, o que é valorizado na competência 3 da Matriz de Referência. Siga o canal do g1 Enem no WhatsApp Além de facilitar o processo de escrita, ter uma boa organização do texto garante que os critérios cobrados pelo exame sejam atendidos e diminui a chance de erros mais graves. 2. Problemas linguísticos Erros de gramática, ortografia e pontuação, quando frequentes, comprometem a nota na competência 1, que avalia o domínio escrita formal da língua portuguesa. O texto deve seguir as regras da norma padrão e apresentar estrutura sintática correta e clara. Conforme a Cartilha de Redação, são considerados desvios: convenções da escrita — acentuação, ortografia, uso de hífen, emprego de letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica (translineação); gramaticais — regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, tempos e modos verbais, pontuação, paralelismos sintático, morfológico e semântico, emprego de pronomes e crase; escolha de registro — adequação à modalidade escrita formal, isto é, ausência de uso de registro informal e/ou de marcas de oralidade; escolha vocabular — emprego de vocabulário preciso, o que significa que as palavras selecionadas são usadas em seu sentido correto e são apropriadas ao contexto em que aparecem. As falhas na estrutura sintática incluem períodos truncados (ponto final separando duas orações que deveriam constituir um mesmo período), justaposição (uma vírgula no lugar de um ponto final que deveria indicar o fim da frase), ausência de termos ou excesso de palavras. Para alcançar a nota máxima de 200 pontos nesta competência, é importante que os períodos do texto apresentem complexidade, sendo bem articulados e variados. Enem 2025: checklist para revisar a redação e garantir mais pontos 3. Problemas de coesão e coerência Esse tipo de falha aparece quando o texto não estabelece ligações claras entre as ideias, o que pode ocorrer pelo uso incorreto de conectivos, repetições desnecessárias ou falta de continuidade entre os parágrafos. A competência 4 avalia se o candidato demonstra domínio dos mecanismos linguísticos que estruturam a argumentação, ou seja, se organiza o texto de forma lógica e fluida. Para garantir clareza, é preciso usar recursos de coesão, como os operadores argumentativos – palavras e expressões que marcam relações de semelhança, oposição, causa ou conclusão (assim como, porém, por isso, portanto etc.). Preposições, conjunções e advérbios também ajudam no encadeamento de ideias. "Na produção da sua redação, você deve utilizar variados recursos linguísticos que garantam as relações de continuidade essenciais à elaboração de um texto coeso", esclarece o documento. Enem 2025: prova será nos dias 9 e 16 de novembro. Freepik 4. Fuga ao tema e/ou ao tipo textual Conforme discriminado na cartilha, a redação recebe nota zero se apresentar problemas como ter até 7 linhas escritas, letra ilegível, impropérios, desenhos e outras características (veja aqui). Mas os erros mais graves e comuns são fugir ao tema ou não seguir o formato dissertativo-argumentativo, avaliados na competência 2. Ela verifica se o candidato compreende a proposta e desenvolve o tema de forma adequada. "Por isso, a dupla natureza desse tipo textual: é argumentativo porque defende um ponto de vista, uma opinião, e é dissertativo porque utiliza explicações para justificá-lo", explica a cartilha. Entregar poemas, narrativas ou relatos pessoais, por exemplo, é fugir ao tipo exigido pelo Enem e resulta em anulação. Quanto ao desvio do tema proposto, que também compromete a nota, há dois cenários possíveis: Fuga total ao tema: quando nem o assunto mais amplo nem o tema específico proposto são desenvolvidos, a redação recebe zero. Fuga parcial/tangenciamento ao tema: quando o texto aborda só parcialmente, de forma ampla, o assunto a que o tema está vinculado. Não zera a prova, mas a perda de pontos pode ser significativa, já que afeta as Competências 2, 3 e 5. 5. Argumentação insuficiente A argumentação sustenta e justifica a tese apresentada na introdução do texto. Quando é superficial ou genérica, a redação perde força e clareza. A competência 3 avalia justamente a capacidade do candidato de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos para defender seu ponto de vista. A nota é bastante prejudicada quando a argumentação é construída com frases vagas, exemplos irrelevantes, informações soltas, repetitivas ou contraditórias. Uma boa argumentação exige clareza, consistência e lógica, além de exemplos que reforcem a tese. 6. Uso de repertório de bolso É um erro comum entre os candidatos e foi destacado pela primeira vez na Cartilha de Redação 2025. O termo "repertório de bolso" se refere ao uso de citações e referências prontas, decoradas e genéricas, que aparecem em muitos textos sem relação real com o tema. ➡️ SAIBA MAIS A presença de repertório sociocultural é avaliada pela competência 2 da Matriz de Referência, que mede se o candidato consegue utilizar conhecimentos de diferentes áreas de conhecimento para reforçar a tese e os argumentos construídos. O problema não está em citar autores ou fatos conhecidos por si só, mas em fazê-lo de forma superficial. O candidato deve, portanto, ter olhar crítico ao empregar o repertório escolhido. Para ser considerado produtivo, esses exemplos precisam ser pertinentes ao assunto, bem contextualizados e articulados aos argumentos e à tese. Enem 2025: como estudar usando filmes, séries e outras obras 7. Proposta de intervenção inadequada ou incompleta A competência 5 avalia, em até 200 pontos, a capacidade do estudante de elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado pela frase-tema, respeitando os direitos humanos. Em outras palavras, uma iniciativa que enfrente ou resolva a questão. Apresentada na conclusão da redação, a proposta deve ser concreta, específica e coerente com a argumentação desenvolvida ao longo do texto, apresentando cinco elementos fundamentais: ação, agente, meio de execução, finalidade, e algum detalhamento. A nota será severamente prejudicada em caso de ausência de proposta de intervenção, ou apresentação de propostas vagas, genéricas ou incompatíveis com o tema. Além disso, essa proposta deve respeitar os direitos humanos universais, como vida, liberdade, segurança, justiça e educação. O candidato que ferir esses direitos pode ter a nota zerada na competência, perdendo os 200 pontos possíveis. Redação do Enem: nota pode ser zero na competência 5 em caso de desrespeito aos direitos humanos

Enem: os 7 principais erros que os candidatos cometem na redação

Enem: os 7 principais erros que os candidatos cometem na redação

Redação nota mil no Enem: alunos de escola pública que atingiram pontuação dão dicas Quem pretende concorrer a uma vaga no ensino superior usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sabe que cada ponto é valioso. Na prova de redação, deslizes que parecem pequenos podem acarretar em perdas significativas na nota. Para evitar isso, é importante ter clareza do que o Enem espera dos candidatos e os erros mais frequentes. Confira abaixo quais são e por que descontam pontos. O Enem 2025 será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, sendo a redação parte do primeiro dia de exame, em que os participantes também encaram 90 questões objetivas de Linguagens e Ciências Humanas. 1. Não elaborar um projeto de texto A Cartilha de Redação do Enem 2025 destaca que planejar o texto antes de escrevê-lo é essencial para garantir clareza, coerência e boa argumentação. Esse planejamento, feito no espaço destinado ao rascunho, ajuda o candidato a definir a tese, organizar os argumentos e preparar a proposta de intervenção. Embora a banca corretora não tenha acesso a esse "bastidor", um texto bem estruturado mostra que o candidato tinha um projeto claro desde o início, o que é valorizado na competência 3 da Matriz de Referência. Siga o canal do g1 Enem no WhatsApp Além de facilitar o processo de escrita, ter uma boa organização do texto garante que os critérios cobrados pelo exame sejam atendidos e diminui a chance de erros mais graves. 2. Problemas linguísticos Erros de gramática, ortografia e pontuação, quando frequentes, comprometem a nota na competência 1, que avalia o domínio escrita formal da língua portuguesa. O texto deve seguir as regras da norma padrão e apresentar estrutura sintática correta e clara. Conforme a Cartilha de Redação, são considerados desvios: convenções da escrita — acentuação, ortografia, uso de hífen, emprego de letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica (translineação); gramaticais — regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, tempos e modos verbais, pontuação, paralelismos sintático, morfológico e semântico, emprego de pronomes e crase; escolha de registro — adequação à modalidade escrita formal, isto é, ausência de uso de registro informal e/ou de marcas de oralidade; escolha vocabular — emprego de vocabulário preciso, o que significa que as palavras selecionadas são usadas em seu sentido correto e são apropriadas ao contexto em que aparecem. As falhas na estrutura sintática incluem períodos truncados (ponto final separando duas orações que deveriam constituir um mesmo período), justaposição (uma vírgula no lugar de um ponto final que deveria indicar o fim da frase), ausência de termos ou excesso de palavras. Para alcançar a nota máxima de 200 pontos nesta competência, é importante que os períodos do texto apresentem complexidade, sendo bem articulados e variados. Enem 2025: checklist para revisar a redação e garantir mais pontos 3. Problemas de coesão e coerência Esse tipo de falha aparece quando o texto não estabelece ligações claras entre as ideias, o que pode ocorrer pelo uso incorreto de conectivos, repetições desnecessárias ou falta de continuidade entre os parágrafos. A competência 4 avalia se o candidato demonstra domínio dos mecanismos linguísticos que estruturam a argumentação, ou seja, se organiza o texto de forma lógica e fluida. Para garantir clareza, é preciso usar recursos de coesão, como os operadores argumentativos – palavras e expressões que marcam relações de semelhança, oposição, causa ou conclusão (assim como, porém, por isso, portanto etc.). Preposições, conjunções e advérbios também ajudam no encadeamento de ideias. "Na produção da sua redação, você deve utilizar variados recursos linguísticos que garantam as relações de continuidade essenciais à elaboração de um texto coeso", esclarece o documento. Enem 2025: prova será nos dias 9 e 16 de novembro. Freepik 4. Fuga ao tema e/ou ao tipo textual Conforme discriminado na cartilha, a redação recebe nota zero se apresentar problemas como ter até 7 linhas escritas, letra ilegível, impropérios, desenhos e outras características (veja aqui). Mas os erros mais graves e comuns são fugir ao tema ou não seguir o formato dissertativo-argumentativo, avaliados na competência 2. Ela verifica se o candidato compreende a proposta e desenvolve o tema de forma adequada. "Por isso, a dupla natureza desse tipo textual: é argumentativo porque defende um ponto de vista, uma opinião, e é dissertativo porque utiliza explicações para justificá-lo", explica a cartilha. Entregar poemas, narrativas ou relatos pessoais, por exemplo, é fugir ao tipo exigido pelo Enem e resulta em anulação. Quanto ao desvio do tema proposto, que também compromete a nota, há dois cenários possíveis: Fuga total ao tema: quando nem o assunto mais amplo nem o tema específico proposto são desenvolvidos, a redação recebe zero. Fuga parcial/tangenciamento ao tema: quando o texto aborda só parcialmente, de forma ampla, o assunto a que o tema está vinculado. Não zera a prova, mas a perda de pontos pode ser significativa, já que afeta as Competências 2, 3 e 5. 5. Argumentação insuficiente A argumentação sustenta e justifica a tese apresentada na introdução do texto. Quando é superficial ou genérica, a redação perde força e clareza. A competência 3 avalia justamente a capacidade do candidato de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos para defender seu ponto de vista. A nota é bastante prejudicada quando a argumentação é construída com frases vagas, exemplos irrelevantes, informações soltas, repetitivas ou contraditórias. Uma boa argumentação exige clareza, consistência e lógica, além de exemplos que reforcem a tese. 6. Uso de repertório de bolso É um erro comum entre os candidatos e foi destacado pela primeira vez na Cartilha de Redação 2025. O termo "repertório de bolso" se refere ao uso de citações e referências prontas, decoradas e genéricas, que aparecem em muitos textos sem relação real com o tema. ➡️ SAIBA MAIS A presença de repertório sociocultural é avaliada pela competência 2 da Matriz de Referência, que mede se o candidato consegue utilizar conhecimentos de diferentes áreas de conhecimento para reforçar a tese e os argumentos construídos. O problema não está em citar autores ou fatos conhecidos por si só, mas em fazê-lo de forma superficial. O candidato deve, portanto, ter olhar crítico ao empregar o repertório escolhido. Para ser considerado produtivo, esses exemplos precisam ser pertinentes ao assunto, bem contextualizados e articulados aos argumentos e à tese. Enem 2025: como estudar usando filmes, séries e outras obras 7. Proposta de intervenção inadequada ou incompleta A competência 5 avalia, em até 200 pontos, a capacidade do estudante de elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado pela frase-tema, respeitando os direitos humanos. Em outras palavras, uma iniciativa que enfrente ou resolva a questão. Apresentada na conclusão da redação, a proposta deve ser concreta, específica e coerente com a argumentação desenvolvida ao longo do texto, apresentando cinco elementos fundamentais: ação, agente, meio de execução, finalidade, e algum detalhamento. A nota será severamente prejudicada em caso de ausência de proposta de intervenção, ou apresentação de propostas vagas, genéricas ou incompatíveis com o tema. Além disso, essa proposta deve respeitar os direitos humanos universais, como vida, liberdade, segurança, justiça e educação. O candidato que ferir esses direitos pode ter a nota zerada na competência, perdendo os 200 pontos possíveis. Redação do Enem: nota pode ser zero na competência 5 em caso de desrespeito aos direitos humanos

Decoradora e irmão são atacados a facadas por dono de espaço de festas em MG; VÍDEO

Decoradora e irmão são atacados a facadas por dono de espaço de festas em MG; VÍDEO

Decoradora e irmão são atacados a facadas por dono de espaço de festas em Itaúna Uma decoradora e o irmão dela foram atacados a facadas pelo dono de um espaço de festas em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas, após um desentendimento enquanto buscavam móveis de decoração que haviam ficado no local após um evento. Veja o vídeo acima. Na última segunda-feira (13), Ingridy Cristina Lucci, de 26 anos, relatou o ocorrido nas redes sociais e disse que “nasceu de novo” após sobreviver às agressões. O suspeito, Lucas Peixoto Rodrigues, de 30 anos, se apresentou à delegacia acompanhado do advogado e foi preso em flagrante. O g1 tenta contato com a defesa dele. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp O crime aconteceu no dia 28 de setembro, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro da cidade. Segundo a Polícia Militar (PM), Ingridy foi ao local acompanhada pelo irmão, de 29 anos, e pelo marido, para buscar três móveis que haviam sido usados na decoração de uma festa. Ela explicou no vídeo que havia feito a decoração do espaço na sexta-feira (26) e pretendia recolher os móveis no sábado (27), mas acabou trabalhando até tarde e só conseguiu ir ao local no domingo (28). Quando chegou, o espaço estava fechado e sem ninguém. A decoradora contou que ligou para o dono do imóvel, que logo apareceu, mas não acendeu a luz do salão. Em seguida, começou a confusão. “Ele já chegou me agredindo. Tentou esfaquear meu marido, mas ele conseguiu correr. Atingiu o pescoço do meu irmão, o meu pescoço e perfurou minha barriga, causando três perfurações no intestino”, relatou. Os dois irmãos foram socorridos pelos policiais e levados ao Hospital Manoel Gonçalves, em Itaúna. Vídeo mostra o momento em que o dono do espaço em Itaúna, identificado como Lucas Peixoto Rodrigues, parte pra cima das vítimas durante a confusão Reprodução LEIA TAMBÉM: Quem era a mulher morta a facadas pelo irmão em Divinópolis Entregador é encontrado morto em pista de skate em Nova Serrana Suspeito preso e indiciado De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Lucas já estava armado com uma faca, escondida na cintura, antes de atacar as vítimas. Após o crime, ele fugiu em um carro acompanhado do pai, mas foi localizado momentos depois e preso em flagrante. Ainda segundo a PM, o pai dele foi orientado a pedir que o filho se apresentasse à polícia. A Polícia Civil informou que Lucas permanece preso e foi indiciado por dois crimes de homicídio tentado, duplamente qualificados por motivo fútil e por dificultar a defesa das vítimas. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça. “Acho que é um caso que não deve ficar encoberto. Graças a Deus tive a oportunidade de viver novamente. No meu coração agora só tenho gratidão a Deus por essa nova chance”, finalizou Ingridy. Decoradora Ingridy Cristina Lucci, esfaqueada em Itaúna, fala sobre agressão e mostra recuperação após o ataque Reprodução/Instagram VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas

Decoradora e irmão são atacados a facadas por dono de espaço de festas em MG; VÍDEO

Decoradora e irmão são atacados a facadas por dono de espaço de festas em MG; VÍDEO

Decoradora e irmão são atacados a facadas por dono de espaço de festas em Itaúna Uma decoradora e o irmão dela foram atacados a facadas pelo dono de um espaço de festas em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas, após um desentendimento enquanto buscavam móveis de decoração que haviam ficado no local após um evento. Veja o vídeo acima. Na última segunda-feira (13), Ingridy Cristina Lucci, de 26 anos, relatou o ocorrido nas redes sociais e disse que “nasceu de novo” após sobreviver às agressões. O suspeito, Lucas Peixoto Rodrigues, de 30 anos, se apresentou à delegacia acompanhado do advogado e foi preso em flagrante. O g1 tenta contato com a defesa dele. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp O crime aconteceu no dia 28 de setembro, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro da cidade. Segundo a Polícia Militar (PM), Ingridy foi ao local acompanhada pelo irmão, de 29 anos, e pelo marido, para buscar três móveis que haviam sido usados na decoração de uma festa. Ela explicou no vídeo que havia feito a decoração do espaço na sexta-feira (26) e pretendia recolher os móveis no sábado (27), mas acabou trabalhando até tarde e só conseguiu ir ao local no domingo (28). Quando chegou, o espaço estava fechado e sem ninguém. A decoradora contou que ligou para o dono do imóvel, que logo apareceu, mas não acendeu a luz do salão. Em seguida, começou a confusão. “Ele já chegou me agredindo. Tentou esfaquear meu marido, mas ele conseguiu correr. Atingiu o pescoço do meu irmão, o meu pescoço e perfurou minha barriga, causando três perfurações no intestino”, relatou. Os dois irmãos foram socorridos pelos policiais e levados ao Hospital Manoel Gonçalves, em Itaúna. Vídeo mostra o momento em que o dono do espaço em Itaúna, identificado como Lucas Peixoto Rodrigues, parte pra cima das vítimas durante a confusão Reprodução LEIA TAMBÉM: Quem era a mulher morta a facadas pelo irmão em Divinópolis Entregador é encontrado morto em pista de skate em Nova Serrana Suspeito preso e indiciado De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Lucas já estava armado com uma faca, escondida na cintura, antes de atacar as vítimas. Após o crime, ele fugiu em um carro acompanhado do pai, mas foi localizado momentos depois e preso em flagrante. Ainda segundo a PM, o pai dele foi orientado a pedir que o filho se apresentasse à polícia. A Polícia Civil informou que Lucas permanece preso e foi indiciado por dois crimes de homicídio tentado, duplamente qualificados por motivo fútil e por dificultar a defesa das vítimas. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça. “Acho que é um caso que não deve ficar encoberto. Graças a Deus tive a oportunidade de viver novamente. No meu coração agora só tenho gratidão a Deus por essa nova chance”, finalizou Ingridy. Decoradora Ingridy Cristina Lucci, esfaqueada em Itaúna, fala sobre agressão e mostra recuperação após o ataque Reprodução/Instagram VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas