PMDF e Receita Federal apreendem 120 cigarros eletrônicos em Planaltina

PMDF e Receita Federal apreendem 120 cigarros eletrônicos em Planaltina

Na noite deste sábado (23), por volta das 18h50, o Tático Operacional Rodoviário (TOR) da Polícia Militar do Distrito Federal apreendeu uma carga irregular de cigarros eletrônicos em Planaltina, durante uma operação conjunta com a Receita Federal. A ação ocorreu durante uma fiscalização de rotina, quando os agentes abordaram um veículo suspeito. Na revista, foram encontrados 120 dispositivos eletrônicos, cuja fabricação, importação, venda, transporte, armazenamento e propaganda são proibidos no Brasil. Os produtos e os envolvidos foram encaminhados à sede da Receita Federal, onde a ocorrência foi registrada.

A interrogação que divide os palácios do Planalto e Bandeirantes para o leilão do túnel Santos-Guarujá

A interrogação que divide os palácios do Planalto e Bandeirantes para o leilão do túnel Santos-Guarujá

Está marcado para dentro de duas semanas, na B3, o leilão que definirá quem tocará uma das maiores obras dos próximos anos: o túnel que liga Santos ao Guarujá, ao custo de no mínimo R$ 6,8 bilhões. Uma obra conjunta dos governos estadual e federal. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Postura de Moraes reflete atual pressão política e personalismo no STF

Postura de Moraes reflete atual pressão política e personalismo no STF

GUSTAVO ZEITEL SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) Tantos dias se passaram e ainda não sabemos a quem se destinou o dedo médio do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Eram as oitavas de final da Copa do Brasil, e o jogo na NeoQuímica Arena, na zona leste da capital paulista, opunha Corinthians e Palmeiras, uma rivalidade que pode ser comparada àquela da política brasileira, agora cindida entre lulistas e bolsonaristas. Poucas horas antes, o magistrado havia sido punido com a Lei Magnitsky, uma sanção do governo americano para retaliar o Poder Judiciário brasileiro. O gesto obsceno de Moraes não causou, porém, menos perplexidade por isso. Ao contrário, o episódio se somou a outros momentos em que o ministro mostrou estar estressado com os ataques dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Nos últimos anos, Moraes esteve à frente da maioria dos processos envolvendo o ex-presidente, inclusive a trama golpista, cujo julgamento se inicia na primeira semana de setembro. E foi Moraes quem decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares. Em paralelo, especialistas afirmam que o comportamento do ministro está ligado à personalização do Judiciário, quando as autoridades aparecem mais do que as instituições, em um momento de exposição do STF no debate político. De início, o psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da USP, conta que as atitudes de Moraes podem ser entendidas como uma reação à pressão que tem sofrido. A Lei Magnitsky prevê sanções econômicas para acusados de corrupção e violação de direitos humanos. No caso do ministro, foi um artifício encontrado pela Casa Branca para punir uma suposta perseguição a Bolsonaro. O presidente americano Donald Trump anunciou, inclusive, uma taxa de 50% aos produtos brasileiros. Como parte das sanções, o ministro ainda teve um cartão de bandeira americana bloqueado no Brasil. "Moraes deveria mesmo estar afetado com tudo o que está acontecendo, porque tudo isso deve ser muito exaustivo e qualquer um se sentiria nervoso", afirma Dunker. "Se ele fosse mais autocontrolado, aí sim seria um problema. Eu não vejo nenhuma guinada patológica. Moraes é um sujeito comum, feito de carne e osso, não de aço." Ao que parece, o ministro tenta aliviar a pressão em atividades fora dos tribunais. Em uma entrevista à revista americana The New Yorker, disse praticar muay thai, o que, segundo Dunker, é uma forma de liberar a agressividade, recomendada por profissionais da saúde para quem é alvo de estresse. Em geral, esses pacientes não podem dar vazão às emoções no dia a dia. As atitudes desarrazoadas do magistrado não se limitam, porém, ao seu dedo médio. Embora não seja uma novidade no STF, Moraes não poupa os leitores de pontos de exclamação nem de letras maiúsculas. Quanto à estilística, os documentos expedidos pelo ministro podem deixar uma impressão de impaciência. Ao determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro, voltou a empregar o bordão: "A JUSTIÇA É CEGA, MAS NÃO É TOLA." Em outra frente, acumulou episódios em que sua postura intransigente suscitou desaprovações nos meios jurídico e político. No processo da trama golpista, a acareação entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o coronel da reserva Marcelo Câmara, que ocorreu na semana passada, terminou em bate-boca. Moraes pediu que um segurança averiguasse se o advogado Marcus Vinícius de Camargo Figueiredo, do general da reserva Mário Fernandes, estava gravando a sessão, o que é proibido. O desentendimento começou porque o ministro rejeitou uma questão de ordem do defensor, que disse respeitar o Judiciário. O magistrado rebateu pedindo respeito também. Três meses atrás, Moraes ameaçou prender Aldo Rebelo, ex-ministro dos governos Dilma e Lula, por desacato. Rebelo prestava depoimento ao STF como testemunha da trama golpista, quando ponderou a necessidade de se analisar as falas dos envolvidos além do sentido literal, considerando a força de expressão. Moraes também deu uma bronca no advogado Eumar Novacki, do ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres, dizendo que não o permitiria transformar o tribunal num circo. Na oitiva, Novacki fez a mesma pergunta quatro vezes ao general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, como uma estratégia retórica. O cientista político Henrique Curi, da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), repudia o comportamento do ministro do STF. Em sua visão, a pressão existe porque há personalismo no Judiciário, quando algumas figuras concentram capital político e simbólico, mantendo certa independência das instituições. "Moraes transita entre um guardião constitucional e um ator político de alta voltagem", diz Curi. A personalização acontece, entre outros fatores, com o excesso de decisões monocráticas, a exposição midiática e a falta de coordenação interna no STF. Não à toa, Moraes causou surpresa ao decidir pela prisão domiciliar do ex-presidente. Nessas situações, a imagem do magistrado costuma ficar à frente da própria instituição. O ministro ganhou até o apelido de Xandão. Mesmo pressionado, Moraes determinou, na quarta-feira passada, a imposição de medidas cautelares ao pastor Silas Malafaia. Em seu entendimento, o líder religioso atuou de forma coordenada com Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), para atrapalhar o andamento da ação penal sobre a trama golpista. Professora de direito constitucional da PUC-SP, Gabriela Zancaner diz que o comportamento de Moraes não pode ser dissociado de outro problema na corte: a politização. Ela afirma que, se hoje os ministros são alvos diretos, isso se deve ao modo como o STF teve de intervir, nos últimos tempos, em assuntos políticos, dada a inação do Congresso diante de polêmicas. "O STF está em uma situação peculiar. A forma de escrita do Moraes é uma questão de estilo, mas isso ser debatido mostra como os ministros deixaram de ser meros funcionários públicos e agora são vistos como heróis ou vilões", diz Zancaner. Para evitar a personalização e a politização do Judiciário, a especialista afirma que o STF deveria adotar mais decisões em colegiado, deixando a opção monocrática em segundo plano. "É bastante reprovável que um ministro faça um gesto obsceno, mas é compreensível. Moraes está absorvendo toda a pressão do contexto político do país." Talvez por isso o dedo médio de Moraes tenha ofuscado até a classificação do Corinthians para as quartas de final da Copa do Brasil.

Ministros ignoram comentários de Bolsonaro sobre diálogo com STF em processo

Ministros ignoram comentários de Bolsonaro sobre diálogo com STF em processo

Em meio ao avanço das investigações sobre a tentativa de obstrução do julgamento da suposta trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), ministros da Corte optaram pelo silêncio diante das menções feitas a eles por Jair Bolsonaro (PL) e pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Apesar de mensagens trocadas entre pai e filho em junho indicarem supostos contatos com integrantes do STF, as agendas oficiais não registram reuniões recentes com o ex-presidente. + Leia mais notícias de Política em Oeste O relatório final da Polícia Federal, apresentado na quarta-feira 20, traz detalhes dessas referências e sugere que Bolsonaro e Eduardo teriam supostamente atuado para interferir no andamento do processo em análise no Supremo. O jornal Folha de S.Paulo questionou os 11 ministros, além da assessoria do STF, sobre eventuais encontros com Bolsonaro ou seus aliados, mas a resposta oficial foi que não haverá pronunciamento enquanto o caso estiver em curso. Apenas André Mendonça, Flávio Dino e Gilmar Mendes enviaram notas afirmando que não comentariam; os demais não responderam. https://www.youtube.com/watch?v=37ys6J59pyI Diálogos e estratégias de aproximação a ministros do STF Entre as citações presentes no documento da PF, destaca-se o diálogo de Bolsonaro com Eduardo em 27 de junho. Na ocasião, Bolsonaro orientou o filho a não compartilhar determinado material nas redes sociais, pediu que evitasse críticas a Gilmar Mendes e relatou ter “conversado com alguns do STF”, alegando que “todos ou quase todos demonstram preocupação com sanções”. Uma tentativa de aproximação entre Gilmar Mendes e aliados de Bolsonaro chegou a ser feita, mas não resultou em encontro. No caso de André Mendonça, o relatório aponta que ele foi citado em contexto de “ação coordenada” entre Eduardo, Jair Bolsonaro e a defesa de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente e também réu, com o objetivo de promover “tumulto processual”. Em 10 de julho, o advogado Jeffrey Chiquini, que representa Martins, apresentou mandado de segurança questionando a atuação do ministro Alexandre de Moraes no processo e criticando a recusa de depoimentos de testemunhas de defesa. Esse pedido foi distribuído a Mendonça por sorteio eletrônico, o que gerou expectativa nos aliados do ex-presidente, já que o ministro é visto como crítico à posição predominante na Corte sobre os eventos de 8 de Janeiro. Dois dias depois, Eduardo enviou mensagens a Bolsonaro dizendo que havia “oportunidade de mudar a relatoria da trama golpista” e que Mendonça poderia ficar com as ações destinadas ao plenário, ressaltando: “Precisamos que o Mendonça dê essa liminar”. https://www.youtube.com/watch?v=Zi1bNJaqpG8 Possível influência e limites jurídicos De acordo com a Polícia Federal, as conversas sugerem que Bolsonaro, Eduardo e a defesa de Martins buscaram influenciar o julgamento no STF. O relatório ressalta que não há indícios de que Mendonça estivesse ciente dessas intenções dos investigados, e o caso ainda aguarda análise do ministro. Mendonça já indicou a interlocutores que, segundo o entendimento do Supremo, mandado de segurança não serve para anular decisão de outro ministro, tornando a solicitação da defesa de Martins juridicamente inadequada. https://www.youtube.com/watch?v=XR_xKaXfF9o Além de Gilmar Mendes e Mendonça, apenas Alexandre de Moraes é citado entre os ministros no relatório da PF Além de Gilmar Mendes e Mendonça, apenas Alexandre de Moraes é citado entre os ministros no relatório da PF. Para os investigadores, Jair e Eduardo Bolsonaro agiram juntos, contando com apoio de nomes como o pastor Silas Malafaia, incluído no inquérito, e o advogado Martin de Luca, ligado à Trump Media Group e à plataforma Rumble nos Estados Unidos, para pressionar o Judiciário e tentar evitar uma eventual condenação criminal do ex-presidente. Leia também: “A anistia inevitável” , artigo de Augusto Nunes e Branca Nunes publicado na Edição 255 da Revista Oeste O post Ministros ignoram comentários de Bolsonaro sobre diálogo com STF em processo apareceu primeiro em Revista Oeste .

Estação de Telessaúde de Santos passa a funcionar no Parque Tecnológico; veja o que muda

Estação de Telessaúde de Santos passa a funcionar no Parque Tecnológico; veja o que muda

Estação de Telessaúde Integrada e Bem-estar de Santos agora opera no Parque Tecnológico, no bairro Vila Nova. Francisco Arrais/Prefeitura de Santos A Estação de Telessaúde Integrada e Bem-estar de Santos, no litoral de São Paulo, mudou de endereço. A unidade, que antes funcionava em uma escola no Embaré, agora opera no Parque Tecnológico, no bairro Vila Nova. A alteração para a Rua Henrique Porchat, n.º 47, ocorreu na quinta-feira (21), com objetivo de acolher um público maior na região central. De acordo com a administração municipal, o novo ambiente é resultado de um Termo de Cessão de Espaço, assinado pela prefeitura, o Programa Santos Jovem Doutor e a disciplina de Telemedicina da Universidade de São Paulo (USP). ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Segundo a prefeitura, a estação de telessaúde é uma espécie de cápsula equipada com tecnologia, mas com um ambiente que remete ao aconchego de uma sala de estar. O espaço oferece atendimento biopsicossocial remoto por meio de uma equipe multidisciplinar de saúde, além de ações educativas e informativas. Internamente, a estação conta com três câmeras para monitoramento em 360 graus e sistema próprio de higienização. “Neste programa, educação, saúde e tecnologia caminham juntos. Vamos abrir ainda mais as portas desta unidade para um maior número de pessoas, que por vezes não alcançam a policlínica, mas podem utilizar a estação para um atendimento à distância num lugar seguro, confortável e tecnológico para cuidar da sua saúde”, explicou a secretária de Educação e vice-prefeita, Audrey Kleys, em nota publicada pela prefeitura. Santos Jovem Doutor Ainda segundo a administração municipal, a estrutura da estação estará integrada a uma área dedicada ao programa Santos Jovem Doutor. O espaço conta com sala ampla e tecnologia de ponta, projetada para formação de professores e uso educacional dos estudantes, além de funcionar como ponto de assistência à população. Desde 2015, o programa Santos Jovem Doutor capacita alunos do 7º ao 9º ano da rede municipal em saúde, ciência e cidadania. Desta forma, os jovens se tornam multiplicadores do conhecimento dentro das escolas e comunidades, abordando temas como prevenção, empatia e direitos humanos. A primeira estação de telessaúde foi inaugurada em 2023. Veja: G1 em 1 minuto - Santos: Santos inaugura primeira estação de telessaúde em escola do país VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

O fim de agosto reserva uma surpresa para alguns signos

O fim de agosto reserva uma surpresa para alguns signos

O mês de agosto é frequentemente associado a mudanças e transições, especialmente em aspectos financeiros. Diversos fatores astrológicos podem influenciar na maneira como os indivíduos gerenciam suas finanças neste período. A astrologia, por meio dos signos do zodíaco, sugere que algumas pessoas podem experimentar boas notícias financeiras no final de agosto, devido ao posicionamento favorável... The post O fim de agosto reserva uma surpresa para alguns signos appeared first on O Antagonista .

Do Planalto à cadeirada, PSDB some da política, sem identidade e lideranças

Do Planalto à cadeirada, PSDB some da política, sem identidade e lideranças

GUSTAVO ZEITEL SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, disse que o Brasil mudou. A sentença, proferida em discurso no início da semana, lhe serviu como justificativa para trocar o PSDB, onde permaneceu por duas décadas, pelo PP, agora numa federação com o União Brasil. Riedel era o último tucano na liderança de um estado. Desde 2022, o PSDB perdeu, um a um, seus governadores eleitos: Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Raquel Lyra, de Pernambuco, já haviam migrado para o PSD. É um quadro bem representativo da perda de relevância política do partido. Em quase quatro décadas de existência, a legenda viveu seu auge na presidência do tucano Fernando Henrique Cardoso e entrou em decadência, depois da derrota de Aécio Neves na disputa contra Dilma Rousseff (PT), em 2014. Uma série de fatores contribuiu para tanto: a ausência de identidade marcante, a falta de novos quadros, a Lava Jato, além das disputas internas e da ascensão do bolsonarismo como força antipetista. "Quando apareceu um líder que falava com a alma profunda do eleitorado do PSDB, o voto foi para Bolsonaro", afirma Aloysio Nunes, que compôs o ministério do governo FHC e exerceu três mandatos como deputado federal e um como senador até pedir, no ano passado, para ser desfiliado da sigla. Ele afirma que os partidos de direita estão se "coagulando" e têm o desafio de escapar do bolsonarismo. "Existe uma facilitação, estamos vendo o final da vida política de Jair Bolsonaro (PL), que entrou como leão no Supremo Tribunal Federal (STF), mas saiu como cão sarnento e desdentado", diz, lembrando o depoimento do ex-presidente, em junho, sobre a trama golpista. No passado recente, Aloysio credita à Operação Lava Jato o aumento da impopularidade do PSDB. Ele próprio foi investigado pela Polícia Federal, suspeito de se envolver no esquema de corrupção da Odebrecht. Assim como aconteceu com outros então tucanos, como José Serra e o agora vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o processo foi arquivado. À época, o PSDB usava o discurso anticorrupção para fazer frente ao PT e acabou ficando sem retórica quando seus integrantes figuraram em delações. Pouco a pouco, o eleitorado migrou para Bolsonaro, que despontava como candidato à presidência nas eleições de 2018. "Aí o estrago já estava feito", afirma Aloysio. Professor de ciências políticas da FGV, Marco Antonio Teixeira conta que o bolsonarismo já se camuflava no tucanato, em especial por causa do discurso anticorrupção, uma prévia do sentimento antissistema. A transmissão do capital político do PSDB para Bolsonaro, afirma Teixeira, foi pavimentada por organizações da sociedade civil, como o MBL (Movimento Brasil Livre), que atuou pelo impeachment de Dilma, em 2016. "O bolsonarismo corroeu a base política tucana", afirma Teixeira, acrescentando que o PSDB não foi capaz de produzir novas lideranças e sucumbiu a disputas internas. Em 2018, por exemplo, João Doria conseguiu se eleger governador de São Paulo, apoiando Bolsonaro à presidência, numa estratégia conhecida como "BolsoDoria". Alckmin, naquele momento no PSDB e opositor de Bolsonaro na corrida eleitoral, considerou o movimento de Doria uma traição e resolveu apoiar Márcio França (PSB) ao governo paulista. "Doria foi o coveiro do PSDB", diz Teixeira. "Ele criou uma grande confusão e saiu da vida pública. Não era um projeto do PSDB, era um projeto do Doria, que puxou o tapete do agora vice-presidente." O Partido da Social Democracia Brasileira foi fundado em 1988, em um contexto de redemocratização. Seus fundadores, entre eles o primeiro presidente da sigla, Franco Montoro, eram dissidentes do PMDB, que abrigava políticos mais conservadores. No evento de lançamento do partido, Montoro discursou diante de uma réplica do tucano. Como ainda não havia sido definido o nome da legenda, a imprensa passou a chamá-la de "partido dos tucanos", criando uma mascote antes mesmo da denominação. Não tardaria para que o partido tivesse expressão nacional. Em 1994, o tucano Fernando Henrique Cardoso venceu as eleições presidenciais. No primeiro mandato, FHC notabilizou-se por implementar o Plano Real, cujos efeitos já eram sentidos desde quando ainda era ministro da Fazenda, no governo Itamar Franco. Do mesmo modo, FHC fez uma série de reformas que enxugou o Estado brasileiro e privatizou estatais, como a Vale do Rio Doce. Um dos escândalos que mais desgastaram sua imagem esteve ligado à emenda que o beneficiou, autorizando a sua reeleição. Em 1997, uma reportagem da Folha revelou que deputados do extinto PFL negociaram seus votos a favor da proposta por R$ 200 mil. Na época, a cúpula da Câmara impediu a instalação de uma CPI. Finda a era FHC, o PSDB tornou-se sinônimo de oposição ao PT e construiu sua força eleitoral em Minas Gerais, estado que governou por quatro mandatos, e em São Paulo, onde chefiou o governo estadual por 28 anos até Rodrigo Garcia (PSDB) ficar de fora do segundo turno, em 2022. Professor da FespSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Henrique Curi identifica um momento determinante para o ocaso do partido. Em 2014, o PSDB entrou com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para verificar a lisura da eleição presidencial. Aécio perdera o pleito para Dilma por uma margem apertada -51% a 48%. "Contestar as urnas significou a abertura do partido à antipolítica e não mais se diferenciou da política baseada em radicalizações", diz Curi. Aloysio Nunes, porém, tem uma versão diferente do ocorrido. Ele afirma que viu Aécio ligar para Dilma e reconhecer a derrota. Diz também que o pedido no TSE era evitar que houvesse um sentimento de fraude, e não uma demanda por recontagem de votos. De toda forma, o episódio, na visão de Curi, aprofundou sua noção de que o partido nunca conseguiu construir uma identidade própria, além da oposição ao PT. Os números, afinal, mostram que a decadência do PSDB se iniciou depois de 2014. Nas eleições passadas, o partido elegeu apenas 13 deputados federais e três senadores. Em 1998, conseguiu eleger 99 deputados federais e 16 senadores. A decadência do PSDB foi consumada com o episódio da cadeirada de José Luiz Datena, candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, em Pablo Marçal (PRTB), seu adversário, em um debate nas eleições de 2024. Em junho deste ano, a convenção nacional do PSDB aprovou a fusão do partido com o Podemos. Dias depois, porém, as siglas desistiram do acordo por divergências sobre quem assumiria a presidência. "O episódio da cadeirada mostrou como a sigla não conseguia mais controlar os valores de sua fundação", diz Curi. "A fusão só poderia funcionar se não parecesse um ajuntamento cartorial."

Uberlândia inaugura corredor de arte urbana com mais de 1.200 m² no 'Beco do Planalto'

Uberlândia inaugura corredor de arte urbana com mais de 1.200 m² no 'Beco do Planalto'

Evento do projeto Jardim Urbano, no Beco do Planalto, é aberto ao público em Uberlândia Tiago Dequete/Arquivo pessoal A partir deste domingo (24), o Beco do Planalto deixa de ser oficialmente apenas uma travessa de pedestres para se tornar um corredor vivo de expressão artística na Zona Oeste de Uberlândia. É ali que mais de 60 artistas de todo o Brasil transformaram 1.200 m² de concreto em uma galeria urbana a céu aberto. A ação faz parte do projeto cultural Jardim Urbano e é um presente coletivo para a comunidade em celebração aos 137 anos de Uberlândia. Sob a curadoria do artista Tiago Dequete, o projeto Jardim Urbano volta a ocupar as ruas com arte, diversidade e afeto, reafirmando o graffiti e a pintura urbana como linguagem que conecta, inclui e emociona. O Beco do Planalto é uma travessa exclusiva para pedestres que conecta a Avenida Indaiá à Avenida Imbaúbas. O Jardim Urbano 2025 ocupa cinco dos seus quinze quarteirões, criando um corredor cultural na cena urbana local. A proposta da iniciativa é transformar os muros em telas e as ruas em galerias, democratizando o acesso à arte e valorizando a cultura hip-hop. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp Arte que transforma e dá vida aos muros O projeto é produzido pela pedagoga e produtora cultural Débora Costa, conhecida como Preta em Flor. Conta ainda com realização do Ponto de Cultura Aljava Cultural e incentivo da Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia. Segundo a produção, o Jardim Urbano dá continuidade a uma série de intervenções que vêm ressignificando espaços públicos da cidade. Em edições anteriores, o projeto revitalizou o Teatro de Arena da Praça Sérgio Pacheco e os pontos de ônibus da Avenida Monsenhor Eduardo, transformando estruturas cotidianas em verdadeiras obras de arte. Para Dequete, o impacto vai além da estética. "Eu falo que o graffiti, a pintura na rua, ela democratiza a arte e leva a experimentação artística para a nossa gente brasileira, trabalhadora e guerreira, que muitas das vezes não tem condição, nem tempo de acessar o espaço formal para as artes como uma galeria em um museu. Então cada ação nossa do Jardim Urbano vem potencializando e contribuindo para esse fomento da arte", comentou. A curadoria de Dequete reúne artistas da velha e da nova escola do graffiti, incluindo muralistas, grafiteiros e representantes da comunidade LGBTQIA+. "Estou convidando mais de 60 artistas que vêm de várias regiões do Brasil. São amigos e amigas queridos que a gente se encontra e pinta pelo Brasil afora. Vai ser uma coisa linda, é uma riqueza que o Jardim Urbano tem a nos oferecer", comentou. Leia também: Menino de 3 anos estreia como artista em exposição gratuita UFU Sketchers: estudantes transformam paisagens urbanas em arte ao ar livre Após levar seis tiros, artista mineiro vê no grafite uma segunda chance Programação diversa e inclusiva No sábado (23), os artistas iniciaram a pintura dos murais, enquanto o público pôde participar de oficinas de graffiti para jovens e idosos, assistir a apresentações de DJs, intervenções artísticas, performances de cultura hip-hop e atividades de recreação infantil. A programação foi realizada em parceria com o SESC Uberlândia, que também promoveu oficinas voltadas para a terceira idade. Já neste domingo (24), os murais serão finalizados e entregues oficialmente à comunidade, consolidando o Beco do Planalto como um novo ponto de referência da arte urbana em Uberlândia. Serviço Jardim Urbano – Edição Beco do Planalto Data: 24 de agosto Horário: das 9h às 18h Local: Beco do Planalto (Av. Indaiá nº 1014) Entrada gratuita Cerca de 60 artistas ocuparam o espaço na edição 2025 do Jardim Urbano Redes sociais/Reprodução Muro após a ação do Jardim Urbano em Uberlândia, em outra edição Preta em Flor/arquivo pessoal Edição do Jardim Urbano na Praça Sérgio Pacheco Acervo pessoal/Dequete Projeto social Jardim Urbano leva cores a bairros de Uberlândia VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Boxeador Chávez Jr. enfrentará em liberdade julgamento por ligações com narcotráfico

Boxeador Chávez Jr. enfrentará em liberdade julgamento por ligações com narcotráfico

O boxeador mexicano Julio César Chávez Jr. enfrentará em liberdade provisória o seu julgamento no México por suposto envolvimento com o narcotráfico, informou seu advogado no sábado, 23, ao fim da primeira audiência judicial. O pugilista, filho da lenda do boxe Julio César Chávez, foi entregue ao México pelos Estados Unidos na última segunda-feira, 18, […]