Triciclos e patinetes elétricos terão circulação suspensa no calçadão da Beira-Mar após reordenamento, diz secretário

Triciclos e patinetes elétricos terão circulação suspensa no calçadão da Beira-Mar após reordenamento, diz secretário

Secretário afirma que não há espaço adequado para uso desses equipamentos. Kid Junior/SVM O novo Plano de Reordenamento da Beira-Mar prevê uma série de ações para reorganizar o comércio ambulante numa das avenidas mais turísticas de Fortaleza. Uma delas é a suspensão de novas permissões para o comércio ambulante pelo prazo de 180 dias. No entanto, Márcio Martins, titular da Secretaria Regional 2, adiantou que algumas atividades serão permanentemente suspensas, como o uso de “equipamentos de micromobilidade para entretenimento” no calçadão. O termo é usado para se referir a pequenos veículos individuais movidos a eletricidade ou manualmente, que circulam em espaços públicos, geralmente para lazer. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp No contexto da Beira-Mar de Fortaleza, inclui, por exemplo: Patinetes elétricos de uso recreativo; Triciclos elétricos ou manuais para passeio ou lazer; Skates elétricos; Bicicletas de recreação que circulam em áreas de passeio. Segundo o secretário, o alto fluxo de pessoas na Beira-Mar torna inviável a continuidade do uso desses equipamentos no calçadão. A Prefeitura pretende dialogar com os permissionários desses equipamentos para oferecer alternativas de uso em outras áreas da cidade. "As atividades que usam qualquer equipamento no passeio, a gente não tem como renovar [a permissão]. O passeio é para o pedestre que está indo e vindo, se exercitando. A ciclofaixa é para as bicicletas. Agora, esse equipamento, nós não temos uma terceira via que dê para fazer o aproveitamento. Não tem local apropriado para o uso desses equipamentos", afirma. Reordenamento da Beira-Mar A Prefeitura de Fortaleza anunciou no dia 21 de agosto o Plano de Reordenamento da Beira-Mar, com foco na reorganização do comércio ambulante. Atualmente, cerca de 1.700 ambulantes possuem permissões para atuar ao longo dos quase 5 km da orla. Pelo prazo de 180 dias, ficarão suspensos novos processos de concessão, renovação, transferência de titularidade e ampliação de permissões de uso de espaços públicos na orla. Os ambulantes já autorizados poderão continuar atuando durante o período de reordenamento. Conforme o Diário Oficial do dia 21 de agosto, a concessão indiscriminada e desordenada de autorizações comprometeu o uso público da região. O objetivo do plano de reordenamento é garantir mais segurança, acessibilidade e harmonia urbanística ao longo da orla. O processo será conduzido pela Secretarias Regionais (SER) 2 e 12. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

Com apoios e críticas, Planalto conclui reuniões com setores sobre projetos de regulamentação das redes sociais

Com apoios e críticas, Planalto conclui reuniões com setores sobre projetos de regulamentação das redes sociais

O governo Lula concluiu nesta segunda-feira (25) a rodada de reuniões com os setores impactados pelos dois projetos que tratam da regulação das plataformas digitais. As propostas foram recebidas com apoio, embora com ressalvas, pelas entidades que militam na área e com questionamentos das big techs. Câmara aprova projeto contra adultização nas redes sociais Com a conclusão das reuniões, a avaliação no Palácio do Planalto é que as propostas estão maduras para serem enviadas ao Congresso nos próximos dias. O desejo é apresentar os textos ainda nesta semana, mas o governo quer esperar o Senado concluir a votação do PL da Adultização, que tem como foco medidas de proteção de crianças e adolescentes. A expectativa é que a Casa conclua a tramitação na quarta-feira (27). Além disso, a entrega dos projetos depende de ajustes na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente já afirmou a auxiliares que gostaria de realizar um ato solene de entrega dos projetos de lei aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas o formato de apresentação das propostas ainda não está definido. Um projeto vai tratar da regulamentação de conteúdo e o outro abordará a regulação econômica, com medidas para combater a concorrência desleal. Encontros com envolvidos Representantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom), do Ministério da Justiça e da Advocacia-Geral da União (AGU) realizaram, entre quinta-feira e hoje, quatro reuniões separadas com: entidades que militam na área; representantes das big techs no Brasil; integrantes do Comitê Gestor da Internet no Brasil; e setor de radiodifusão. O governo realizou as reuniões com o objetivo de diluir resistências aos textos e engajar as organizações da sociedade civil no apoio às matérias. Mesmo com o apelo das entidades e das big techs, o Palácio do Planalto optou por não compartilhar os dois projetos na íntegra. Nos encontros, o governo fez uma apresentação com as linhas gerais das propostas. Segundo fontes do Planalto, a decisão por não compartilhar o texto tem relação com um entendimento de que a arena de debates será o Congresso Nacional. Abrir as propostas para negociação antes do envio ao Legislativo poderia abrir brechas para medidas protelatórias das big techs (grandes empresas de tecnologia que gerenciam plataformas digitais). Felca fala sobre motivação para fazer vídeo 'Adultização' Críticas das big techs A reunião com as big techs ocorreu na sexta-feira (22). De acordo com fontes que estavam no encontro, os representantes das plataformas apresentaram dúvidas e críticas quanto ao escopo das propostas. Um ponto questionado foi a decisão do governo de sujeitar à regulação de conteúdo as plataformas com três milhões de usuários ou mais. Algumas big techs defendem que a linha de corte deveria ser feita com número maior de usuários. As empresas também pediram informações sobre quais plataformas serão afetadas pela regulação econômica. O projeto do governo mira as maiores empresas mundiais do setor, como Amazon, Apple, Meta, Google e Microsoft. Por fim, as plataformas apresentaram questionamentos sobre como irá funcionar o sistema de notificação de conteúdo ilegal. Entidades apoiam com ressalvas Já o encontro com as entidades foi realizado na quinta-feira (21). Participaram integrantes de IDEC (Instituto de Defesa de Consumidores), Coalizão Direitos Na Rede, da Repórteres Sem Fronteiras, Artigo 19 e Sala de Articulação contra a Desinformação, além de centros de pesquisa e representantes de universidades. Do lado positivo, membros das entidades que estavam na reunião destacam a abordagem da proposta, com foco na defesa dos direitos dos usuários. A expectativa é que isso ajude na discussão com o Congresso e enfraqueça a alegação de que as propostas visam censurar conteúdo. Também há elogios à possibilidade de a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados), que funcionará como órgão regulador das big techs, criar protocolos de emergência em situações específicas (pandemias, catástrofes naturais, entre outras), adotando medidas adicionais de regulação. Algumas entidades questionam o fato de não haver mecanismos claros para evitar abusos das plataformas na remoção de conteúdos. Outro questionamento apontado é a falta de participação social no arranjo regulatório, sem a previsão de conselhos consultivos, consultas públicas e outros instrumentos para auxiliar a atuação da ANPD.

Pete Townshend e Roger Daltrey falam sobre a turnê de despedida do The Who e mostram por que nem sempre estão de acordo

Pete Townshend e Roger Daltrey falam sobre a turnê de despedida do The Who e mostram por que nem sempre estão de acordo

A banda The Who iniciou, no último dia 16, sua turnê de despedida pela América do Norte. Pete Townshend, de 80 anos, e Roger Daltrey, de 81, formaram o grupo com Keith Moon e John Entwistle, que morreram em 1978 e 2002. A banda lançou apenas dois álbuns nos últimos 40 anos. Mas, ao longo dos anos 1960 e 70, o The Who tratava o rock tanto como uma forma de arte quanto como uma cerimônia comunitária catártica, expandindo os limites de quanto a música pode ser reflexiva e expansiva. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Trump ameaça China sobre fornecimento de metais; Brasil e o país asiático têm maiores potenciais na área

Trump ameaça China sobre fornecimento de metais; Brasil e o país asiático têm maiores potenciais na área

O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (25) que a China precisa fornecer ímãs aos Estados Unidos ou terá de "cobrar uma tarifa de 200% ou algo parecido" sobre produtos chineses. A fala ocorreu em meio à disputa comercial e tecnológica entre as duas maiores economias do mundo, que já vinham trocando tarifas desde o início do chamado tarifaço. A China, por sua vez, tem demonstrado maior preocupação com o controle da oferta de terras raras e, em abril, incluiu diversos itens desse setor — entre eles os ímãs — na lista de restrições de exportação, em resposta às medidas americanas. Por que os ímãs são estratégicos? As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos fundamentais para a produção de smartphones, carros elétricos, turbinas eólicas, equipamentos médicos, foguetes e armamentos. Os ímãs mais potentes são produzidos a partir de ligas de terras raras como neodímio e samário. Em algumas aplicações, adiciona-se disprósio para aumentar a estabilidade térmica, especialmente em usos de alta performance. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras do mundo, com cerca de 21 milhões de toneladas, atrás apenas da China, que também domina a extração e o refino. O Brasil no mapa das terras raras Apesar do potencial, o Brasil ainda exporta boa parte dos minerais de forma bruta, sem agregar valor industrial. O Ministério de Minas e Energia (MME) reconhece a lacuna, mas aposta na chance de desenvolver tecnologia própria e atrair investimentos. Entre as iniciativas em curso estão: ▶️Projeto MagBras (SENAI): cria cadeia de produção de ímãs permanentes para carros elétricos, energia renovável e eletrônicos; ▶️Fundo de participação de R$ 1 bilhão para pesquisa mineral, com foco em empresas juniores; ▶️Debêntures incentivadas para projetos ligados à transformação de minerais estratégicos; ▶️Chamada pública de R$ 5 bilhões (BNDES, FINEP e MME) para plantas industriais e planos de negócio; ▶️Estudos do SGB (Serviço Geológico Brasileiro) para mapear reservas e avaliar reaproveitamento de rejeitos de mineração. “O Brasil tem uma janela de oportunidade para desenvolver uma robusta indústria de processamento de terras raras, aproveitando sua oferta de energia limpa e competitiva”, afirmou o Ministério de Minas e Energia ao g1. Disputa global O valor desses minérios se reflete em acordos e tensões. Neste ano, os EUA fecharam parceria com a Ucrânia para explorar seu potencial mineral. Trump também anunciou — sem confirmação oficial da China — um acerto com Pequim para fornecimento temporário de ímãs e terras raras. Ainda assim, especialistas apontam que a vantagem segue com a China, que detém a tecnologia e as patentes de processamento. “Precisamos ter a mesma inteligência estratégica que a China tem demonstrado. O Brasil deve tratar os minerais críticos como ativos de alavancagem de interesses nacionais”, diz Ronaldo Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG). As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos essenciais para o funcionamento de diversos produtos modernos Arte/g1

Quem são os paranaenses que lutaram na guerra da Ucrânia e o que motiva jovens a se voluntariarem para o conflito

Quem são os paranaenses que lutaram na guerra da Ucrânia e o que motiva jovens a se voluntariarem para o conflito

Psicóloga explica motivos que levam jovens a lutar na guerra da Ucrânia Antônio Hashitani, Murilo Lopes Santos, Gabriel Lopacinski, Wagner da Silva Vargas e Lucas Felype Vieira Bueno são alguns dos paranaenses que se voluntariaram para a guerra da Ucrânia. Quatro deles estão mortos ou desaparecidos. Lucas Felype conseguiu fugir após decidir abandonar o campo de batalha. Os combatentes são jovens entre 20 e 29 anos. Conheça mais sobre as histórias deles abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Foz do Iguaçu no WhatsApp Segundo a psicóloga Adriana Schiavone, um dos fatores que motiva um jovem a ir para uma área de conflito armado é a busca por um sentido na vida. “Em alguns casos são pessoas que se sentem muito vazias, sem muitos objetivos, então elas buscam dentro do cenário de uma guerra um sentido e objetivo de vida. Também tem essa coisa patriota de lutar por um país, de encontrar ali um lugar social que pode ser mais reconhecido”, diz a psicóloga. Deborah Sedor, coordenadora da comunidade ucraniana no Brasil, explica ainda que a maioria desses voluntários não é descendente de ucranianos e se interessa pelo conflito a partir de convites de colegas engajados na guerra ou pela expectativa de ganhos financeiros. Paranaenses voluntários na guerra da Ucrânia Reprodução “Eles veem vídeos produzidos pelos soldados, que não mostram nem 1% da realidade. Isso gera a ideia de que a guerra é algo heroico, quando, na verdade, é devastadora”, afirmou Sedor. Julia Regina Bertoldi, do Comitê Humanitas Brasil-Ucrânia, acrescenta que muitos são motivados pelo sonho de integrar forças militares, um objetivo que não conseguiram realizar no Brasil. “Há jovens que gostariam de estar na polícia ou no Exército, mas não tiveram a oportunidade. Na Ucrânia, eles veem uma chance de viver esse sonho”, explica. O comitê oferece apoio psicológico gratuito a combatentes e familiares. “Tem pessoas que voltam e não conseguem ouvir o barulho de um avião sem entrar em pânico. Já para famílias de mortos ou desaparecidos, o luto é ainda mais complexo, porque muitas vezes não há corpo a ser velado”, diz Julia. LEIA TAMBÉM: Quaest, governo do Paraná em 2026: Sergio Moro tem 38%; Paulo Martins, 8%, Enio Verri, 7%, e Guto Silva, 6% Guerra na Ucrânia: Paranaense na guerra da Ucrânia foge do país após não conseguir quebrar contrato com o governo Conflitos: Após jovem ser decapitado em aldeia, crianças indígenas param de ir à escola Quem são os paranaenses voluntários na guerra da Ucrânia Antônio Hashitani Antônio Hashitani era estudante da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em Curitiba, e, segundo a família, foi como voluntário para a guerra. Reprodução Estudante de medicina em Curitiba, Antônio Hashitani trancou o curso para atuar em projetos humanitários na África e depois se voluntariou na Ucrânia. Morreu em combate em Bakhmut, Ele morreu enquanto combatia forças russas na cidade de Bakhmut, em agosto de 2023. A notícia da morte, conforme os familiares, chegou por meio de um telefonema do Itamaraty para o irmão de Antônio. Contudo, a morte pode ter ocorrido entre 2 e 3 de agosto daquele ano. Murilo Lopes Santos Murilo Lopes Santos, de 26 anos, morreu em combate na Ucrânia Arquivo pessoal Natural de Castro, nos Campos Gerais, Murilo Lopes Santos se alistou em novembro de 2022. Morreu em julho de 2024, em Zaporizhzhia. Em entrevista ao g1, a mãe de Murilo, Rosângela Pavin Santos, conta que o jovem se alistou voluntariamente, motivado pelo desejo de lutar ao lado das forças ucranianas contra a invasão russa. "Ele falava: 'É muito covarde o que fizeram com a Ucrânia e eu quero defender'. E aquilo ficou na cabeça, no coração dele. Era o ideal que ele tinha", disse a mãe. Gabriel Lopacinski Gabriel Lopacinski, jovem de Mallet que morreu na Guerra da Ucrânia Redes Sociais De Mallet, no sul do estado, Gabriel Lopacinski partiu para a Ucrânia em setembro de 2024. Um mês depois, em janeiro de 2025, a família foi informada de sua morte em combate, mas o corpo nunca foi localizado. Oficialmente, ele é considerado desaparecido. Gabriel era filho único e embarcou para lutar pelo país dos seus antepassados na guerra contra a Rússia. Wagner da Silva Vargas O paranaense Wagner da Silva Vargas, de 29 anos, está desaparecido desde 15 de junho após combate na guerra da Ucrânia Arquivo pessoal Natural de Santo Antônio do Sudoeste, Wagner da Silva Vargas está desaparecido desde julho de 2025, após ser enviado para a linha de frente. Vargas mantinha contato diário com a mãe, Maria de Lourdes Lopes da Silva. A última troca de mensagens com ele aconteceu em 11 de junho e, segundo a mãe, ele avisou que ficaria sem celular por alguns dias, pois iria para a linha de frente. Ainda de acordo com ela, o filho não tinha experiência em combates. Lucas Felype Vieira Lucas compartilha nas redes sociais medo de ir para linha de frente do conflito Arquivo pessoal De Francisco Beltrão, Lucas Felype Vieira viajou em maio de 2025 com a promessa de atuar como operador de drones. Ao perceber que seria enviado para o front, fugiu no dia 12 de agosto, após percorrer mais de mil quilômetros até cruzar a fronteira. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.

Enfermeira que denunciou diarista por racismo diz que está com medo e aguarda por medida protetiva

Enfermeira que denunciou diarista por racismo diz que está com medo e aguarda por medida protetiva

Enfermeira denuncia que sofreu racismo de diarista após reclamar de faxina, em Goiás; veja A enfermeira Luciana Ponciano, que denunciou ter sofrido racismo da diarista Sthefany Sibele França Rayzer após reclamar de faxina, contou ao g1 que espera por uma medida protetiva contra a mulher. Segundo ela, Sthefany ainda tem acesso ao seu condomínio, onde realiza trabalhos em outros imóveis. "Se eu não conseguir essa medida, fico com medo. Porque ela ainda tem acesso ao meu condomínio. Ela ainda faz faxina para algumas pessoas", afirmou. Ao g1, a diarista disse que não irá comentar o caso. Tudo aconteceu no dia 9 de agosto, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da Capital. Sthefany foi indiciada por injúria racial, afirmou o delegado do caso, Joaquim Adorno. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp De acordo com Luciana, o delegado responsável pelo caso mencionou que colocaria uma medida protetiva contra Sthefany. O g1 tentou entrar em contato com o delegado Joaquim para saber se o pedido de medida protetiva foi protocolado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. LEIA TAMBÉM: ENTENDA: Enfermeira denuncia que sofreu racismo de diarista após reclamar de faxina: 'Chata porque é de cor' SEGUNDA VEZ: Enfermeira conta que voltou a sofrer racismo e receber mensagens debochadas de diarista após denúncia: 'Cabelo de Bombril' INDICIAMENTO: Enfermeira que denunciou racismo de diarista após reclamar de faxina se diz aliviada com indiciamento: 'Quero que ela seja responsabilizada' Luciana contou que também tentou falar com o síndico do condomínio onde vive sobre a entrada da suspeita. O condomínio afirmou que aguarda documento oficial para tomar alguma medida, disse a enfermeira. O g1 entrou em contato com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) na noite de segunda-feira (25) para saber se o órgão acatou o inquérito e ofereceu a denúncia, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. 'Chata porque é de cor' Luciana Ponciano denuncia que sofreu racismo da diarista ao reclamar da faxina. Em prints divulgados pela TV Anhanguera, a diarista chama a moradora de chata por ser negra e admite que tem preconceito. Nas mensagens, ela ainda se referiu à enfermeira como “cabelo de Bombril” e declarou: “Branco nunca me ‘encheu tanto o saco’”. “Você é chata porque é de cor”, disse em uma das mensagens, ao que Luciana questionou: “Você tem preconceito com pretos?”. A diarista respondeu: “Demais, do seu jeito, sim, que reclama, que fica exigindo. A sua raça é isso aí, não se espera mais nada”, afirmou. Zombou de denúncia Luciana compartilha prints com novas ofensas da diarista Arquivo pessoal/Luciana Ponciano e Reprodução/TV Anhanguera Após a denúncia, a enfermeira Luciana Ponciano disse que a diarista zombou dela após revelar áudios do crime de racismo. Em mensagens enviadas para ela, Sthefany chama Luciana de "cabelo de Bombril" e diz que as pessoas estão rindo da cara dela. "Foi lá passar essa vergonha. Um monte de gente rindo dessa sua cara", escreveu Sthefany Sibele em mensagens para a enfermeira. Em prints de uma conversa do dia 13 de agosto, a diarista volta a ofender a Luciana e a chama de "bicha feia sebosa" e diz: "Ficou feio pra tu mesmo, pra mim não!". Segundo Luciana, ela não atendeu as ligações e nem respondeu a nenhuma das novas mensagens da diarista. Racismo é crime Segundo o Michael Félix, presidente do Conselho de Direitos Humanos e Igualdade Racial em Goiás, o racismo é crime desde 1989, mas que não é fácil a implementação da lei que tipificou como crime. "Essa implementação não ocorre de maneira fácil, principalmente por um entendimento superficial do que é o racismo, o que é racismo de fato, o que é injúria racial, o que é só bullying e o que uma brincadeira", explicou à TV Anhanguera. Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Pedacinhos de cacau cobertos de chocolate: conheça doce de SC vencedor de prêmio internacional

Pedacinhos de cacau cobertos de chocolate: conheça doce de SC vencedor de prêmio internacional

Vídeo mostra processo para produção de doce feito com pedaços de cacau em SC Pedacinhos de cacau cobertos com chocolate ao leite. A iguaria de uma fábrica de Pomerode, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, venceu a medalha de bronze no International Chocolate Awards. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O chamado Dragée de Nibs de Cacau com Chocolate ao Leite ganhou o terceiro lugar na categoria "dragée com chocolate ao leite", atrás de produtos da Jamaica e El Savador. A competição vencida é de toda a América Latina. A categoria foi julgada remotamente durante todo o inverno e agora, a iguaria catarinense vai disputar a fase mundial, que deve ocorrer em outubro e novembro. O International Chocolate Awards premia apenas chocolates bean to bar, ou seja, cuja produção é controlada pela marca desde a amêndoa de cacau até a embalagem. Chocolate ao leite cobre pedacinhos de cacau em iguaria vencedora de prêmio internacional Nugali/Divulgação Mas o que é dragée? O dragée envolve um processo de drageamento, em que um fruto, ou pedaços dele, fica dentro de uma cuba circular girando, enquanto recebe uma camada que vai ficar externa a ele. No caso da iguaria premiada, são pedacinhos, chamados de nibs, em inglês, de cacau. Eles ficam girando na cuba enquanto recebem camadas de chocolate ao leite cacau 45%. O resultado são bolinhas com o centro de cacau puro. Ivan Blumenschein, sócio e diretor de produção da Nugali, descreveu a iguaria como de sabor intenso e textura crocante no centro, com o pedacinho de cacau. E, em volta, o sabor aveludado do chocolate. "Este produto já havia sido premiado em outras competições internacionais, mas nunca na International Chocolate Awards, a mais prestigiosa do mundo", disse o diretor. Mãos seguram amêndoas de cacau em produção de doce catarinense Nugali/Divulgação O que são os nibs de cacau? Quando a amêndoa de cacau é torrada e descascada, ela quebra em pedaços, e "nibs de cacau" é o nome usado para esses pedacinhos da amêndoa de cacau. "Nós usamos para esse produto os melhores lotes de cacau de cada safra do Pará ou da Bahia, com pouco amargor e notas frutais, que recebem uma torra muito leve, para que a combinação encante na boca", disse o diretor. Os nibs de cacau são cobertos por finas camadas de chocolate derretido, que se cristalizam à medida que envolvem cada camada anterior. Esse processo precisa ser feito aos poucos para alcançar o formato ideal, o que leva várias horas e exige atenção constante para evitar que as bolinhas grudem umas nas outras. Segundo a fábrica, não existe uma forma certa de saborear essa delícia. "Por um lado, o formato em bolinhas é lúdico e convida a ser consumido como um snack; por outro, é um produto bastante sofisticado pela combinação de sabores e texturas, que também pode ser degustado mais cuidadosamente. Como é fornecido em embalagens de 100 gramas, pode ser compartilhado, mas há quem não divida com ninguém!", disse o diretor. Produção de cacau em fábrica de SC Nugali/Divulgação Queijo feito em SC vence concurso internacional Maior concentração de casas enxaimel fora da Europa, rota em SC é finalista no Prêmio Nacional de Turismo Fábrica A empresa foi fundada em 2004 por Maitê Lang e Ivan Blumenschein, casal de engenheiros que trocou carreiras na Embraer pela nova carreira. A fábrica está localizada em Pomerode (SC), na Rota do Enxaimel. O tour para conhecer a produção dos chocolates recebe cerca de 100 mil visitantes por ano. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

Educafro processa Flamengo por racismo estrutural e pede indenização de R$ 100 milhões

Educafro processa Flamengo por racismo estrutural e pede indenização de R$ 100 milhões

A Educafro, conhecida associação civil que busca a igualdade racial no país, ajuizou uma ação civil pública contra o Flamengo, acusando a agremiação de praticar, há décadas, racismo estrutural em suas políticas administrativas. A ação tramita desde a semana passada na Justiça Federal do Rio de Janeiro, com pedido de indenização de R$ 100 milhões por danos morais coletivos. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Aquisição de minas de níquel no Brasil por empresa chinesa incomoda siderúrgicas nos EUA. Entenda por que

Aquisição de minas de níquel no Brasil por empresa chinesa incomoda siderúrgicas nos EUA. Entenda por que

Os investimentos da China no Brasil em minerais considerados essenciais para a indústria de tecnologia entraram no radar da guerra tarifária dos Estados Unidos. A AISI, associação industrial que representa as siderúrgicas americanas, pediu ao governo Donald Trump que “levante preocupações” junto a Brasília em relação à aquisição de minas de níquel no Brasil por uma mineradora chinesa. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.

Noruega inaugura primeiro armazém comercial de CO2 do mundo

Noruega inaugura primeiro armazém comercial de CO2 do mundo

Instalações do projeto Northern Lights de captura e armazenamento de carbono, em Øygarden, nos arredores de Bergen, na Noruega. orstein Lund Eik / Equinor O consórcio internacional Northern Lights realizou "com sucesso" a primeira injeção de gás carbônico no fundo do Mar do Norte, anunciou nesta segunda-feira (25) o primeiro serviço comercial de transporte e armazenamento de CO₂ do mundo. O projeto, que reúne os gigantes Equinor, Shell e TotalEnergies, consiste em transportar e enterrar o gás carbônico capturado de chaminés de fábricas e usinas elétricas na Europa, mediante pagamentos feitos por indústrias ou empresas energéticas. Após ser capturado, o CO₂ é liquefeito, transportado por navio até o terminal de Øygarden, próximo a Bergen (oeste da Noruega), transferido para grandes cisternas e depois injetado por tubulações, a 110 quilômetros da costa, em um aquífero salino situado a 2.600 metros abaixo do leito marinho. A tecnologia é considerada pelo Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) como uma das soluções para reduzir a pegada de indústrias difíceis de descarbonizar, como cimenteiras e siderúrgicas. Foto da instalação do projeto Northern Lights, em Øygarden (Noruega), com ilustração da infraestrutura prevista para a expansão. Northern Lights Mas a tecnologia de captação e armazenamento de CO₂ (CCS) ainda é complexa e cara comparada à compra de "licenças para poluir" do Sistema de Comércio de Emissões da UE (ETS, na sigla em inglês). Além de seus parceiros iniciais Heidelberg Materials e Hafslund Celsio, a Northern Lights assinou até agora apenas três contratos comerciais na Europa: a produtora de amônia Yara nos Países Baixos, duas centrais de biomassa da Ørsted na Dinamarca e uma termoelétrica da Stockholm Exergi na Suécia. LEIA TAMBÉM: Qual o documento mais relevante que a ciência tem sobre a mudança climática? O custo trilionário da falta de água para o planeta Qual o documento mais relevante que a ciência tem sobre a mudança climática?

Como caixas podem ajudar a salvar ave rara que tem pouco mais de mil exemplares no mundo

Como caixas podem ajudar a salvar ave rara que tem pouco mais de mil exemplares no mundo

Homem instala ninho artificial em árvore no Victoria Park, em Hong Kong, para ajudar na preservação da cacatua-de-crista-amarela, uma das aves mais ameaçadas do mundo. YAN ZHAO/AFP Nas ruas movimentadas e repletas de lojas do bairro de Causeway Bay, em Hong Kong, trava-se uma batalha nas copas das árvores para salvar uma das espécies mais ameaçadas do mundo: a cacatua-de-crista-amarela. Entre os extensos galhos de um deles foi instalado um ninho artificial em forma de caixa projetado para esta ave de inconfundível crista amarela, da qual restam apenas entre 1.200 e 2.000 exemplares em todo o mundo. Embora sejam originárias do Timor Leste e da Indonésia, um décimo das que restam encontra-se em Hong Kong, uma das "maiores populações selvagens unidas que ainda existem" no planeta, explica Astrid Andersson, pesquisadora de pós-doutorado da Universidade de Hong Kong. Seu futuro está por um fio, devido à perda de seu habitat e, segundo alguns suspeitam, ao mercado clandestino. O número de cacatuas tem se mantido estável, com muito menos exemplares jovens do que quando Andersson começou a monitorá-las há quase 10 anos. Essas aves não constroem seus próprios ninhos, mas dependem de cavidades naturais nas árvores, das quais 80% desapareceram nos últimos anos devido aos tufões e à poda realizada pelas autoridades desta cidade semiautônoma chinesa. As caixas-ninho instaladas por Andersson são uma tentativa de remediar essa situação, pois procuram imitar os buracos que esses animais procuram. Além disso, elas permitirão observar seu comportamento reprodutivo, que nunca foi estudado exaustivamente. Ela planeja instalar cerca de 50 em toda a cidade. Sem esses ninhos artificiais, "acho que as cacatuas terão cada vez menos oportunidades de aumentar ou substituir os indivíduos que morrem em sua população", afirma. Cacatuas-de-crista-amarela descansam sobre um poste de luz no bairro de Sai Ying Pun, em Hong Kong, onde vive uma das maiores populações da espécie ameaçada. YAN ZHAO/AFP Coexistência positiva A existência das cacatuas em Hong Kong tem sido "uma história muito positiva sobre a coexistência entre humanos e fauna selvagem", explica Andersson. A população que reside na cidade foi introduzida, e uma lenda urbana conta que eles vieram de um aviário liberado pelo governador britânico de Hong Kong antes de se render aos japoneses em 1941. No entanto, não há provas que sustentem essa história: acredita-se que os ancestrais do bando atual eram animais de estimação que fugiram. Os parques urbanos de Hong Kong, repletos de árvores maduras que dão frutos, nozes e outros alimentos, tornaram-se um "santuário" para elas, estima Andersson. Essas cacatuas já fazem parte da estrutura da agitada cidade. Posadas nos postes de luz, elas ficam sentadas tranquilamente enquanto observam o barulhento tráfego das passarelas e seus fortes grasnados ecoam ao anoitecer. Muitas pessoas não percebem que estão vendo uma espécie em extinção em seu bairro. "Nós realmente pensávamos que elas eram como qualquer outra ave", disse Erfan, um morador, à AFP. Elas também são frequentemente confundidas com as cacatuas sulfúreas, muito comuns na Austrália. No entanto, elas são geneticamente diferentes, e esta última espécie não está em perigo. Harry Wong instala ninho artificial em árvore no Victoria Park, em Hong Kong, para proteger a cacatua-de-crista-amarela, ave criticamente ameaçada. YAN ZHAO/AFP Mercado clandestino Os comerciantes do mercado de aves de Hong Kong conhecem bem a diferença. Quando a AFP visitou o mercado, as cacatuas sulfúreas estavam expostas abertamente, enquanto as de crista amarela só eram mostradas mediante solicitação. Uma ave com um ano de idade era vendida pela exorbitante quantia de 56.000 dólares de Hong Kong (cerca de 7.000 dólares americanos ou 37,9 mil reais na cotação atual), enquanto um filhote podia chegar a 14.000. Desde 2005, é ilegal comercializar cacatuas-de-crista-amarela selvagens. A venda de exemplares criados em cativeiro é permitida, mas os criadores devem ter uma licença ao abrigo da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (Cites). Não há nenhum registrado em Hong Kong. Sharon Kwok Pong, fundadora da Hong Kong Parrot Rescue, acredita que pode existir um "mercado clandestino". "Há pessoas que descobrem onde essas aves se encontram e as capturam", disse ela à AFP. As cacatuas criadas em cativeiro devem usar um anel na pata e ter documentação que comprove sua origem, mas esses documentos podem ser falsificados. Cacatua-de-crista-amarela exibe sua crista ao descansar em galho no Victoria Park, em Hong Kong, onde a espécie ameaçada luta para sobreviver. YAN ZHAO/AFP "População de apoio" Andersson desenvolveu um teste forense que analisa a dieta das cacatuas para determinar se elas foram capturadas recentemente na natureza. Ela espera que isso ajude a fazer cumprir a proibição da venda ilegal. Em seus habitats naturais, a caça ilegal, a rápida perda de habitat e as mudanças climáticas devastaram o número de cacatuas. As aves que vivem neste centro financeiro, entre os arranha-céus, poderão um dia ajudar a reviver a espécie. "A população de Hong Kong pode ter linhagens genéticas que agora desapareceram", diz Andersson. Poderia funcionar "como uma população de apoio para seus equivalentes selvagens da Indonésia". LEIA TAMBÉM: Qual o documento mais relevante que a ciência tem sobre a mudança climática? Como a floresta fabrica a própria chuva? Pesquisa desvenda segredo da Amazônia O custo trilionário da falta de água para o planeta Antártica perde 1 em cada 4 pinguins-imperadores em apenas 15 anos

Veja o que o cacau ‘premium’ da Bahia tem para virar o chocolate que encantou a rainha Elizabeth II

Veja o que o cacau ‘premium’ da Bahia tem para virar o chocolate que encantou a rainha Elizabeth II

O município de Uruçuca, no sul da Bahia, é um dos berços do chocolate fino no Brasil. É ali que, há mais de duas décadas, a premiada Fazenda Leolinda, do produtor João Tavares, cultiva um cacau especial que atende exclusivamente marcas premium de chocolate. Do pé ao ‘morango do amor’: colheita da fruta vira atração turística no Espírito Santo Sabe o que é achachairu? Não comeu nem ouviu falar? Conheça a fruta exótica que o Brasil já exporta É o caso do Chocolate Q, da chef brasileira Samantha Aquim, que, em 2012, foi degustado e elogiado pela Rainha Elizabeth II. A iguaria, além das amêndoas baianas, tinha também um design exclusivo do arquiteto Oscar Niemeyer. A principal diferença entre o cacau fino e o cacau commodity está na escolha da variedade e no manejo pós-colheita, que influenciam diretamente a qualidade e o sabor do produto final. Enquanto o primeiro passa por uma seleção cuidadosa, em que só os frutos maduros e sadios vão para fermentação e secagem, o segundo não tem triagem: todos os frutos são processados juntos, sem controle de maturação, o que reduz a qualidade e o sabor do produto final. Consumo de subsistência: Produtores gaúchos vencem o frio e cultivam café em pleno inverno A Associação Bean to Bar Brasil, presidida por Bruno Lasevicius, também é uma das clientes de João Tavares. A entidade faz a ponte entre produtores de cacau fino e fabricantes de chocolate. Segundo o especialista, o que caracteriza o chocolate bean to bar (do grão à barra) é a ausência manipulação industrial: João Tavares, produtor de cacau premiado mundialmente, em sua Fazenda, Uruçuca (BA) Thiago de Jesus — Para ter o valor que tem, quanto menos intervenção, melhor. Geralmente, chocolate bean to bar só tem cacau e açúcar. Salto na cotação dificulta Enquanto o ciclo do cacau commodity se resume à colheita, pós-colheita e o contato direto com uma moageira, o processo do cacau fino é longo. — O produtor colhe, seca, matura, e envia uma amostra para nós. Só depois fazemos o chocolate. É um ciclo que pode levar até seis meses, e por isso pagamos mais — diz Lasevicius. In natura: Lichia surpreende com supersafra e desafia logística para chegar fresca na cidade Há dois anos, porém, a produção de cacau fino no Brasil começou a esbarrar na alta explosiva dos preços da commodity. As cotações saíram do patamar de US$ 3 mil por tonelada na Bolsa de Nova York para os atuais US$ 8 mil, o que levou os cacauicultores a produzirem em maior quantidade, sem a qualidade que o mercado premium exige. Em 2023, a associação pagava até quatro vezes o preço da commodity, estimulava o produtor a cumprir todos os procedimentos para obter um cacau fino. Atualmente a associação paga cerca de 50% de prêmio sobre o valor de US$ 8 mil na Bolsa, segundo Lasevicius. A produtora Juliana Arleo, que separa cinco dos 170 hectares de cacau cultivados em sua propriedade para realizar o manejo refinado, conta que sentiu no bolso a diferença após a alta dos preços: Sabe o que é Tupinambu? Conheça o vegetal famoso na Europa que é cultivado no interior de SP — A gente não tem conseguido agregar o mesmo valor ao produto. Antes, o cacau especial custava o dobro do da commodity, hoje a diferença diminuiu, mas ainda existem pessoas dispostas a pagar, justamente por reconhecerem que uma matéria-prima de qualidade interfere no resultado do produto. Para Lasevicius, alguns fornecedores da associação perderam interesse em produzir cacau fino depois da explosão de preços da commodity. Mas ele acredita ser uma perda momentânea: — Com a variação dos preços, o interesse em produzir cacau fino volta logo. João Tavares conta que quando o cacau era negociado a US$ 2 mil em Nova York, ele recebia um adicional de US$ 2,5 mil por tonelada. Hoje, com a cotação em torno de US$ 8 mil, ele ainda recebe um incremento de US$ 4,5 mil por tonelada pelo seu cacau especial: Jambu vai ‘tremer’ na COP30: evento aumenta demanda da hortaliça amazônica, também usada em bebidas e cosméticos — Produzir cacau fino exige conhecimento e investimento. Não dá para abraçar os dois lados, ou você escolhe qualidade, ou alta produtividade — afirma. Hoje, ele colhe em torno de 450 quilos de cacau por hectare, um rendimento superior à media do produto commodity, de cerca de 350 quilos, em média. Segundo Tavares, “seria possível produzir muito mais”, mas não teria a qualidade desejada.

VÍDEO: Motorista é agredido ao questionar uso irregular de vaga para carro elétrico no DF

VÍDEO: Motorista é agredido ao questionar uso irregular de vaga para carro elétrico no DF

Motorista é agredido após questionar uso irregular de vaga para carro elétrico no DF. Um desentendimento em um ponto de recarga de veículos elétricos terminou em agressão física neste último domingo (24) no estacionamento do Atacadão Dia a Dia em Vicente Pires, no Distrito Federal. A vítima, o analista Jesus Soares, disse ter sido atacada após questionar um motorista que ocupava, com um carro não elétrico, uma vaga demarcada como exclusiva para a recarga elétrica de veículos. Baixe o app do g1 para ver notícias do DF em tempo real e de graça Jesus Soares contou ao g1 que foi ao local para recarregar seu carro e comprar um refrigerante – mas, ao chegar, encontrou um Chevrolet Classic LS movido a gasolina parado na vaga exclusiva. Ele acionou a gerência do supermercado para que o motorista fosse avisado e retirasse o veículo. O homem só apareceu após alguns minutos e, em vez de retirar o carro, começou a discutir. "Ele falou: 'Já apliquei três multas aí, para você ficar esperto'. Aí eu falei: 'Esperto por quê? Você é policial? Porque quem está estacionado aqui em vaga de carro elétrico é você, não sou eu'. E aí, ele veio para cima de mim e me deu um chute na perna", relatou Jesus. A vítima afirmou, ainda que o agressor estava consumindo bebida alcoólica ao sair do supermercado. E, após a confusão, deixou o local dirigindo embriagado. Motorista é agredido após questionar uso irregular de vaga para carro elétrico no DF Redes sociais/Reprodução Polícia Civil apura O analista registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal e ameaça na 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), que apura o caso. Ele também disse que já conseguiu os dados do agressor e está tomando as devidas providências. O g1 tenta contato com o suspeito de ter agredido Jesus Soares. Procurado pelo g1, o supermercado Atacadão Dia a Dia informou que soube do ocorrido, mas que, quando os funcionários chegaram ao estacionamento, os dois homens já tinham deixado o local. A rede afirmou ainda que as vagas disponibilizadas para carros elétricos estão sinalizadas de forma adequada. Vaga exclusiva: afinal, qual a regra? Em junho, reportagem do g1 mostrou como funcionam as regras atuais para o uso das vagas sinalizadas para carros elétricos. De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as vagas só podem ser utilizadas pelos veículos eletrificados ou híbridos – e só quando o carro está conectado ao carregador. Nesta segunda (25), o Detran do DF informou que ainda não há regulamentação local para aplicar multas em casos de uso irregular. O tema está em fase de estudos e elaboração de normas. O Distrito Federal já tem mais de 13 mil veículos elétricos – e é o vice-líder de emplacamentos desse tipo de carro no país, atrás apenas de São Paulo. Falta regulamentação para vagas de estacionamento pra carros elétricos Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Ex-candidato a deputado e delegado há 21 anos: saiba quem era Rafael Pareja, que morreu após passar mal em jogo de beach tennis

Ex-candidato a deputado e delegado há 21 anos: saiba quem era Rafael Pareja, que morreu após passar mal em jogo de beach tennis

Delegado Rafael Pareja Camargo Reprodução/Instagram Rafael Pareja O delegado Rafael Pareja Camargo, que morreu no domingo (24) depois de passar mal enquanto jogava beach tennis, já foi candidato à deputado federal e atuava há mais de 20 anos como delegado em Goiás. De acordo com a família, Rafael completou 50 anos no último dia 14 de agosto. Nas redes sociais, Rafael postava sobre sua rotina de delegado, as entrevistas que fazia para a imprensa, as viagens que realizava ao lado da família e os jogos que participava ao lado da esposa, Weruska Camargo. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Natural de Londrina, no Paraná, Rafael era delegado da 1ª Delegacia Distrital de Polícia e Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Ele começou a trabalhar na Polícia Civil em janeiro de 2004. Nas eleições de 2023 ele chegou a se candidatar ao cargo de deputado federal pelo partido SOLIDARIEDADE. "Ele trabalhou praticamente em todas as cidades do Entorno, mas onde deixou seus grandes préstimos foi nas cidades de Cristalina e Cidade Ocidental", disse Weruska. Weruska contou que eles se conheceram aos 19 anos, e que foram quase 30 anos juntos. Em julho, Rafael homenageou a esposa nas redes sociais. Na postagem, o delegado afirmou que eles estavam casados há 23 anos e que Weruska foi sua melhor "companhia", "escolha" e "maior missão". Rafael deixa a esposa e 3 filhos. "Rafael era o amor da minha vida, meu parceiro, meu amigo, o ser humano que o mundo jamais vai conhecer igual. Era leve, simples e o único sonho era completar a missão de criar seus filhos que infelizmente não conseguiu", lamentou a esposa. Delegado de Goiás Rafael Pareja e Weruska Camargo estavam juntos há quase 30 anos Reprodução/Instagram Rafael Pareja LEIA TAMBÉM: Delegado Rafael Pareja morre aos 50 anos em Goiás Delegado morreu após passar mal enquanto jogava beach tennis, diz polícia Delegado que passou mal em jogo de beach tennis morreu dias depois do aniversário de 50 anos Viúva de delegado que morreu após passar mal em jogo de beach tennis revela que estavam juntos há quase 30 anos e desabava: ‘Pior pesadelo’ Profissional dedicado Em nota, o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), lamentou a morte do delegado e afirmou que Rafael era um "profissional dedicado" que "honrava" a Polícia Civil. "Rafael foi um profissional dedicado, que honrava a Polícia Civil de Goiás com seu compromisso e trabalho. Sua partida precoce entristece seus colegas de corporação e toda a sociedade goiana", afirmou. O Sindicato dos Delegados de Goiás também publicou uma nota de pesar lamentando o falecimento do delegado. "Nesse momento de dor, manifestamos nossas mais sinceras condolências aos familiares e amigos", disse em nota. Nas redes sociais os internautas também lamentaram a morte de Rafael e elogiaram sua trajetória na Polícia Civil. "Que notícia triste. Foi meu primeiro chefe na polícia," escreveu uma pessoa. Morte O delegado Rafael Pareja passou mal enquanto jogava beach tennis, no domingo (24), informou ao g1 a assessoria da Polícia Civil. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu numa unidade de saúde de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. A corporação informou que ele sofreu um infarto. A Polícia Civil disse ainda que profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tentaram reanimar Rafael por 40 minutos. A cerimônia de despedida do delegado aconteceu na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Luziânia, na noite de domingo (24). Despedida De acordo com uma postagem nas redes sociais de Rafael, o corpo do delegado será velado e sepultado em São Mateus, no Espírito Santo, o velório está marcado para começar à partir das 6h com as exéquias (rito da Igreja Católica para celebrações de defuntos) marcada para às 9h e sepultamento previsto para às 12h, no cemitério do centro da cidade. ASSISTA | Delegado que passou mal morreu dias depois do aniversário de 50 anos: Delegado que passou mal morreu dias depois do aniversário de 50 anos Veja outras notícias da região no g1 Goiás.

Cena Contemporânea, festival internacional de teatro de Brasília, começa nesta terça; veja detalhes

Cena Contemporânea, festival internacional de teatro de Brasília, começa nesta terça; veja detalhes

"Ao Vivo (dentro da cabeça de alguém)", protagonizada pela atriz Renata Sorrah Divulgação O Cena Contemporânea, festival internacional de teatro de Brasília começa nesta terça-feira (26), completando 30 anos de existência. Nesta edição, que vai até o dia 7 de setembro, o festival chega a vários espaços da cidade com mais de 30 atrações. Os ingressos custam a partir de R$30 e podem ser adquiridos pelo site (veja detalhes mais abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Durante 13 dias, teatro e dança da América do Sul tomam os principais palcos da cidade. A programação conta com estreias nacionais, trabalhos internacionais inéditos no Brasil, produções premiadas, shows, oficinas, seminário, residência artística, lançamento de livro, leitura dramática e os Encontros de Cena. O festival acontece em diversos locais, como: Teatro Nacional Cláudio Santoro CAIXA Cultural Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul Espaço Multicultural Casa dos Quatro Espaço Cultural Venâncio Para a abertura do festival, duas obras: "Ao Vivo (dentro da cabeça de alguém)", protagonizada pela atriz Renata Sorrah, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro; e a premiada peça argentina "Seré", que revê um dos momentos mais sombrios da história do país, no Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo. Detalhes e como comprar ingressos ️ Quando: de terça-feira (26) a 7 de setembro ⏰ Horário: confira programação pelo site Onde: Teatro Nacional Cláudio Santoro, CAIXA Cultural, Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul, Espaço Multicultural Casa dos Quatro, Espaço Cultural Venâncio Ingressos: a partir de R$ 30, pelo site Veja o que fazer em Brasília no g1 DF.

Cúpula do PL entra em campo para blindar Gilmar Mendes de sanções dos EUA

Cúpula do PL entra em campo para blindar Gilmar Mendes de sanções dos EUA

Não é só Jair Bolsonaro que trabalha para que as sanções impostas pelos Estados Unidos a autoridades brasileiras não atinjam o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, como mostraram as mensagens divulgadas pela Polícia Federal. Integrantes da cúpula do PL, inclusive o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, defendem que o ministro seja preservado por ser uma das principais pontes do grupo com o Supremo. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.